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Campo Grande, MS Dezembro, 2003 Autores Luiz Roberto Lopes de S.Thiago Eng.-Agr " Ph .D., CREA N' 852/0 - Visto 1.522/MS. Embrapa Gado de Cone. Rodovia BR 262 , Km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002 · 970 Campo Grande, MS. Endereço eletrônico: thiago@cnpgc .embrapa.br José Marquei da Silva Eng.-Agr" M.Sc ., CREA N' 11.93B/0 - Visto 1.302/MS, Embrapa Gado de Corte. Endereço eletrônico: jmarques@cnpgc . embrapa.br ISSN 1518 -088 Soja na Alimentação de Bovinos Introdução A demanda do mercado por carne de melhor qualidade direciona para uma pecuária de ciclo curto. Nessa situação. dietas com elevados nfveis de concentrados o cada vez mais necessárias. para cobrir os déficits nutricionais das pastagens tropicais . A soja, pelas suas caracter'sticas organolépticas, torna - se um produto excelente para atender a essa demanda. No Brasil são produzidos anualmente mais de 42 milhões de toneladas de soja, resultando em um volume signilicativo de produtos e subprodutos para a alimentação animal. Na lavoura, da produção total obtida, cerca de 39 % são grãos, sendo o restante palhada com potencial para uso na alimentação de ruminantes. Da secagem do grão de soja, resulta o reslduo de limpeza de soja, um subproduto com teor médio de 20% de protelna bruta. Da extração do óleo, resulta a casca de soja, subproduto capaz de substituir grãos como milho e sorgo em rações para ruminantes, e o farelo de soja, que é o suplemento protéico mais utilizado no mundo para alimentação animal. Recentemente, a demanda pela soja aumentou mais ainda, com a proibição do uso de fontes protéicas de origem animal em rações para ruminantes. Este trabalho tem como objetivo mostrar o potencial do grão de soja e subprodutos da soja em rações para bovinos . Grão de soja A composição do grão de soja (38 % de protelna bruta - PB -, 82 % de nutrientes digestlveis totais - NDT - e 20 % de óleo, base matéria seca) favorece o seu uso em raçõe, para vacas de alta produção de leite IHarris Junior, 1990), mas também pode ser uma fonlE protéica/energética em rações para engorda de novilhos mestiços (Feijó el aI., 1996a) ou nelores (Feijó et aI., 1996b) em confinamento . O seu uso em rações para bovinos pode ser uma alternativa para se reduzirem custos com alimentação, pelo fato de esta já se encontrar no meio rural. Um outro aspecto que pode favorecer o seu uso é a relação custo do grão de soja:farelo de soja. Os bovinos podem utilizar grãos de soja sem a necessidade de um tratamento térmico. Para animais não-ruminantes (sulnos e aves), o tratamento térmico (cerc de 138°C) é necessário para inativar enzimas ou inibidores enzimáticos, que podem interferir na eficiência alimentar e bem-estar animal. Para os bovinos, além de inativar a enzima uréase e aumentar o tempo de estocagem do grão, seria uma forma de aumentar a quantidade de protelna que escapa à degradação rumina I, melhorando sua eficiência metabó lica. Entretanto, estudos feitos nos EUA têm mostrado pouco beneffcio do aquecimento, em comparação com a soja crua molda, em termos de produção de leite (Tabela 1) . Tabela 1 _ Consumo de matéria seca - MS -, produção e composição do leite de vacas alimentadas com silagem de milho (a vontade), alfafa (2,3 kg/dia) e rações contendo farelo de soja (FS), grão de soja aquecido - GSA - ou moldo - GSM. Rsções FS GSA GSM Consumo de MS, kg 21,1 21,4 21.4 Leite, kg/dia 28,S 29,0 28,3 Gordura, % 3,57 3,61 3,53 Protelna, % 3,00 2,92 2,93 Fonte : M ielke li Schingoethe. 1981.

Soja na Alimentação de Bovinos - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/104635/1/Soja-na... · Para animais não-ruminantes (sulnos e aves), o tratamento

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Campo Grande, MS Dezembro, 2003

Autores

Luiz Roberto Lopes de

S.Thiago Eng.-Agr " Ph.D.,

CREA N' 852/0 - Visto 1.522/MS. Embrapa

Gado de Cone. Rodovia BR 262 , Km 4, Caixa

Postal 154, CEP 79002·970 Campo

Grande, MS. Endereço eletrônico:

thiago@cnpgc .embrapa.br

José Marquei da Silva Eng.-Agr" M .Sc ., CREA

N' 11.93B/0 - Visto 1.302/MS, Embrapa

Gado de Corte. Endereço eletrônico:

[email protected]

ISSN 1518-088

Soja na Alimentação de Bovinos

Introdução

A demanda do mercado por carne de melhor qualidade direciona para uma pecuária de ciclo

curto. Nessa situação. dietas com elevados nfveis de concentrados são cada vez mais

necessárias . para cobrir os déficits nutricionais das pastagens tropicais . A soja , pelas suas

caracter'sticas organolépticas , torna -se um produto excelente para atender a essa demanda.

No Brasil são produzidos anualmente mais de 42 milhões de toneladas de soja, resultando

em um volume signilicativo de produtos e subprodutos para a alimentação animal. Na

lavoura, da produção total obtida, cerca de 39 % são grãos, sendo o restante palhada com

potencial para uso na alimentação de ruminantes . Da secagem do grão de soja , resulta o

reslduo de limpeza de soja, um subproduto com teor médio de 20% de protelna bruta. Da

extração do óleo, resulta a casca de soja, subproduto capaz de substituir grãos como milho

e sorgo em rações para ruminantes, e o farelo de soja, que é o suplemento protéico mais

utilizado no mundo para alimentação animal. Recentemente, a demanda pela soja aumentou

mais ainda, com a proibição do uso de fontes protéicas de origem animal em rações para

ruminantes . Este trabalho tem como objetivo mostrar o potencial do grão de soja e

subprodutos da soja em rações para bovinos.

Grão de soja

A composição do grão de soja (38% de protelna bruta - PB - , 82 % de nutrientes

digestlveis totais - NDT - e 20% de óleo, base matéria seca) favorece o seu uso em raçõe,

para vacas de alta produção de leite IHarris Junior, 1990), mas também pode ser uma fonlE

protéica/energética em rações para engorda de novilhos mestiços (Feijó el aI., 1996a) ou

nelores (Feijó et aI., 1996b) em confinamento . O seu uso em rações para bovinos pode ser

uma alternativa para se reduzirem custos com alimentação, pelo fato de esta já se encontrar

no meio rural. Um outro aspecto que pode favorecer o seu uso é a relação custo do grão de

soja :farelo de soja. Os bovinos podem utilizar grãos de soja sem a necessidade de um

tratamento térmico . Para animais não-ruminantes (sulnos e aves), o tratamento térmico (cerc

de 138°C) é necessário para inativar enzimas ou inibidores enzimáticos, que podem

interferir na eficiência alimentar e bem-estar animal. Para os bovinos, além de inativar a

enzima uréase e aumentar o tempo de estocagem do grão, seria uma forma de aumentar a

quantidade de protelna que escapa à degradação rumina I, melhorando sua eficiência metabó

lica. Entretanto, estudos feitos nos EUA têm mostrado pouco beneffcio do aquecimento, em

comparação com a soja crua molda, em termos de produção de leite (Tabela 1) .

Tabela 1 _ Consumo de matéria seca - MS - , produção e composição do leite de vacas

alimentadas com silagem de milho (a vontade), alfafa (2,3 kg/dia) e rações contendo farelo

de soja (FS), grão de soja aquecido - GSA - ou moldo - GSM.

Rsções

FS GSA GSM

Consumo de MS, kg 21,1 21,4 21.4

Leite, kg/dia 28,S 29,0 28,3

Gordura, % 3,57 3,61 3,53

Protelna, % 3,00 2,92 2,93

Fonte: M ielke li Schingoethe. 1981.

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2 SOl8 n., ..,hmentI'lC"o do bovinos

A boa aceltabilidade da soja crua por vacas de leite. bem

como a ausência de qualquer problema 11 saúde dos

animais, toi observada por Mello (19731. quando o

consumo toi restrito a 1,7 kg/vaca/dia . Nesta pesquisa

constatou·se que a substituição total do tarelo de algodão

pelo grão de soja aumentou a quantidade de leite produzi·

do, com vantagens econOmicas .

Em continamento, a substituição do tarelo de soja pelo

grão de soja moldo não atetou o desempenho de novilhos

jovens das raças Pardo Sulço corte x Nelore (20 meses,

idade inicial), mas o grupo de animais que recebeu grão de

soja apresentou melhor acabamento e contormação de

carcaça (Tabela 21.

Tabela 2. Ganho de peso, peso de carcaça quente e

espessura de gordura de bovinos F 1 das raças Pardo

Sulço corte x Nelore, alimentados com silagem de milho e

rações contendo tarelo (FSI ou grão (GSI de soja, em

confinamento.

'. .• - '-' Fonte pfot!JiclI .. ~. . .' . 't~.~'~ ..,.' . I.';:' _ ' FS GS

Ganho de peso, g/cab.ldia

Peso de carcaça quente, kg

Espessura de gordura, mm

1.130

248

5,9a

1.184

248

7,1b

• . b M6dll • . nalinh., seguidu delenu dif.,entes , diferem IP<O,05) , Fonte: Feijó 81 .1 .. 19961.

Entretanto, Sampaio et aI. (1995), também trabalhando

com animais mestiços em confinamento, observaram um

melhor ganho de peso para o grupo que recebeu gr60 de

soja, em comparação com o grupo que recebeu farelo de

soja. Com animais erados da raça Nelore (39 meses, idade

inicial), tanto O desempenho animal como as caracterlsticas

de carcaça não foram alterados com a substituição do

larelo de soja pelo grão de soja moldo (FeijO et aI.,

1996b).

Apesar das qualidades nutricionais do grão de soje,

algumas recomendações são sugeridas para o seu melhor

uso em rações para ruminantes:

o Permitir um per(odo de duas semanas para adaptaçiio

dos animais, como uma forma de evitar rejeição e

diarréias.

o Restringir a oferta diária/animal adulto, para 2,5 kg,

Ofertas maiores podem prejudicar o desempenho,

alterando a fermentação rumina I e/ou aumentando a

incidência de aceto se, Uma teoria é que a presença

do Oleo pode reduzir a digestão da fibra no rúmen,

ou que há redução no cálcio disponlvel no rúmen

para os microorganismos, por causa da formaçao de

sabões insolúveis com cálcio e ácidos graxos de

cadeia longa, Pode ser necessário um aumento no

teor de Ca e Mg da dieta,

• Recomenda-se uma moagem grosseira do grAo para

melhorar o consumo e a digostibilidodo. O matorial

moldo não deve ser estocado por mais de sete dias,

pois ele se rancitica com lacilidade. A mistura do

grão de soja com o milho, antes da moagem , pode

facilitar eSS8 processo.

o Não adicionar uréia em rações com grão de soja. A

presença de uréese no grão de soja crua provoca a

hidrólise da uréia, com liberação de amOnia,

o Dados de literatura sugerem que tostar grão de soja

trez pouco beneficio, em comparação com o grão cru

moldo,

o Não oferecer dietas com grão de soja para bovinos

com idade inferior aos quatro meses.

Farelo de soja

~ a fonte protéica mais usada em rações para animais,

tanto monogástricos como polig6stricos, e normalmente

como um padrão para comparar ~ valor alimentar de outros

alimentos protéicos, O farelo de soja é um subproduto de

indústria de óleo (represente cerca de 79% do grilo de

soja, bese matéria seca). Durante o processo de extração

do Oleo, ocorre um aquecimento do farelo de soja, que

contribui para aumentar suas qualidades nutricionais. Em

primeiro lugar, reduz a degradação ruminei da prote(na,

aumentando sua eficiência metabólica, visto que 98% da

protelna do farelo da soja não degradada no rúman é

digestlvel no intestino. Um segundo aspecto é que o celor

neutralize fatores anti nutricionais do grão de soja, os quais

são prejudiciais para não ruminantes ou bovinos com

menos de quatro meses de idade, O farelo de soja está

disponlvel comercialmente, com valores de protelna bruta

variando entre 44% a 48%, dependendo do nlvel de

casca de soja a ele edicionado, O farelo de soja é um

alimento de alte aceitabilidade e pode ser usado como

fonte única de protelna em rações,

Resrduo de limpeza de soja

O reslduo de limpeza de soja pode ser usado em rações

para bovinos, ~omo uma fonte protéica de baixo custo,

Sau teor médio de protalna bruta é de 20% (base matéria

leca), Independente do nlvel de concentrado estudado, a

participação de até 60% de reslduo de limpeza de sola em

rações baseadas em milho, farelo de soja e minerais.

oferecidas para novilhos mestiços com Idade iniciai de 13

melei em confinamento e lilagem de sorgo /I vontade, nllo

afetou o ganho de peso (Montagner et aI., 2000), relul­

tando em vantagens econômlcal, Os autores tiveram a

preocupação de manter as dietas exparimentals

ilonltrogenadas (13% de protelna bruta), O problema com

o UIO de reslduol é a grande variabilidade na sua campo li­

çllo bromatológica, o que dificulta o balanceamento

nutricional das dietas,

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Casca de soja

A casca do soja ó produzida antos da extração do óleo, e

con sisto do paI/cuia quo envolve o grão do soja. Na suo

composição, segundo Zambom ot ai, 120011, apresenta

alto valor de libra (FDN = 69,2 % 1, bastante próximo aos

valores encontrados em forragens. mas fibra de alta

digestibilidade Icerca de 95 % 1. Tal lato, torna a casca de

soja um alimento de alto valor energótico INDT a 78% 1 e

bastante próximo ao do milho 185% de NDT!. Essa alta

digestibilidade da FDN é função da baixa presença de

fatores antiqualidade, tais como lignina e sflica, e altas

concentrações de celulose e pectina. Além da energia , a

casca de soja apresenta, também, bom teor de protelna IPB

= 12% 1. o que favorece o seu uso com animais em

pastejo durante a seca, quando protelna é um fator

limitante para o desempenho animal. Todas essas qualida­

des, somadas ao seu relativo bai)(o custo. tornam a casca

de soja uma fonte promissora como alimento energético

alternativo, tanto para bovinos em pastejo como em

confinamento. De fato, Gomes 119981 observou que a

substituição de 100% do grào de milho pela casca de

soja, em dietas com nlveis de 70% a 30% de volumoso,

não alterou o ganho de peso, consumo de MS e conversão

alimentar de novilhos confinados (Tabela 31. Além disso,

nesta pesquisa observou-se que a inclusão da casca de

So jll 1111 1IIImorltflç Ao do bOVHlon 3

soja contribuiu para aumentar a digestibilidade da fraçào

fibrosa da dieta, sugerindo uma assoc iação positiva da

casca com li forragem , ao contrário do que pode ocorrer

quando grãos. como milho ou 50r90, são usados em

n/veis moderados a olevados na diota de bov inos recebon­

do volumosos de média a baixa qualidade, efeito conheci­

do como associativo negativo IChase Junior & Hibberd,

1987; Joannings et aI., 19811. Esse efeito tem sido

atribuldo a depressões no valor pH, que pode resultar em

uma queda na degradação da fibra IMould et aI., 19831 el

ou pelo fato de os grãos energéticos favorecerem aos

microorganismos responsáveis pela fermentação amilácea,

em detrimento daqueles responsáveis pela degradação da

fibra. Ambos os efeitos podem contribuir para uma baixa

digestibilidade da forragem e queda no consumo total de

matéria seca IKlevesahl et ai" 20031.

Thiago et aI. 120001 também avaliaram a substituição do

milho pela casca de soja em concentrados oferecidos para

animais nelores (32 meses, 386 kg de peso vivo inicial)

em confinamento, alimentados com silagem de sorgo à

vontade . Os autores relataram que, em termos de ganho de

peso, a casca de soja substituiu com vantagens o grão de

milho, contribuindo para uma redução no custo com

alimentação (Tabela 4).

Tabela 3, Médias de ganho de peso, consumo de MS e conversão alimentar de bovinos Fl das raças Aberdeen Angus x Nelore (10 meses idade inicial) em confinamento, alimentados com bagaço de cana hidrolizado + feno de Srachiaria

decumbens (60:401 e rações contendo diferentes nlveis de substituição do milho pela casca de soja.

Nfve( de substituição, %

O 50 100 P

Ganho de peso, kg/cab./dia

Consumo de MS, kg/cab./dia

Conversão alimentar

Fonte: Gomes. 1998.

1,34

7,66

5,89

1,29

7,67

6,11

1.42

7,73

5,49

NS

NS

NS

Tabela 4, Médias de consumo, ganho de peso e custo de alimentação de novilhos da raça Nelore em confinamento,

alimentados com silagem de sorgo li vontade e rações com diferentes nlveis de substituição do milho pela casca de soja_ Nlvel de substituiçiJo, %

O 33 67 100

Consumo de MS, kg/l00 kg de PV/dia 2,4 2,4 2,4

Ganho de peso, kg/cab./dia 1,143b 1.424a 1,441a

Custo alimento, R$/@ ganha' 31,71 26,13 20,78

e,b M'dllll, na linha, seguidas de latral diferente., diterem IP<O,061. 0% • 100% milho; 33% _ 33% de cuca de loja + 67% milho; 67% - 67% cllca d. loja + 33~ milho; 100% - 100% cllca de loja. , Vaiarei considerado. IRt/U: milho - 180,00; calca d. loja - 85.00.

2,5

1,386a

17,86

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Com luum l-U ~ mostiço s cns t, ndos (18 mosoS, 393 kn do

pOS('l VIVO) om conflnAmonto , n lUntl nt nnos com sllng om d o

smüo " vOlltndo " rnçAo o foroc ictn nA bnso do 1 % do poso

VIVO , A suhstlttllC (l ci o Illllh0 poln c nS Cn cio :owjn l tul1bôm

li O AfOI0 \1 0 cfo!\Oll1ponho lUlIIllnl. bom co mo IIS t~n l n c lOds ­

tlens do Cnl CnçA IlobolA 5) ,

lobol. 5, Módi .. do (lAnho do pnso o eArnetorl.t icAs do

cnr cftç " cio novilhos cin~ rnçns PAr'do Sulço cor to )( Noloro

01'11 conflllnll1onto , nllll1ontftdos com silnoom do sarga it

vontAde o rAçõos contendo milho IM) ou CAsen do sol" ICS).

, Fonte IItIwgtltlc.

,_ '. _ 111 CS

G nho do poso. kg/cnb./dln 1.59 1 1.544

Poso do cnrcaça quonto. kg 264 263

Rondlmonto do CMC"ça. % 52.9 53 .2

Espossurn de gordurn, mm 3.5 3.8

Ároo do lombo, em ' 65.4 66.2

f Onl" ' 1\1"'00 Cl t "I . 200 1

A I ~ nscn UO so jn tnmbt)11l m ostr ou um oito vn lOl nlu-nnn tUf

um IflÇrtU!; p l1ln vncn s do cio ~cn ,tu d fl ln\:u NololII nrn

c Ollll1lnrnOlll o (Fol jó ot nl ., 200 1). E s~us nflunnlS f OI um

nhllHlflwdos com tr 115 tipOS ctn sllflonm IsolOo (I cnplm

I1lOrnbnçn, com 0 11 snm nd it ivu l. mnis con c6ntr ndo com

1'11I1ho Oll Cllsc n do solll. O f OIOl: ld o nn bn s o do O.8 IH, cio

poso VIVO. Il1dopondonto do t ipo do silnoorn, n substituiçAo

do milho poln cuscn do sojn nAo nlotou o consumo o

m olhorou o dosomponho oconômlco do confinnmonto

iTnboln 6) ,

Outro ospoc to observndo por Foiló ot nl. 1200 1) 101 quo

ol11bns R9 tontos onoroéticns torlll11 cnpnzos do ostill1ulnr ti

1n"",lostaç/lo do .lto potoncinl pMn onnho do poso Iniciai

quo vocos do doscRrto normolmonto nprosontom 0111

con l inamonto ITaboln 7) .

Tabela 6. Médias do consumo du\rio O custo do ganho de peso de vncftS de doscerte conlorme os dilerentes tretementos

Consumo de maul ria seca IMS)

Silagem Ikg/dia) 8,32 8 ,20 5,60 5,35 5,48

Concontrado Ikg/dia) 3.28 3,30 3,20 3,21 3,16

Total de MS 1% PV) 2,75 2,78 2.19 2,11 2, 15

Custo do peso ganho IR$/kg)' 0 , 75 0,46 0,98 0 ,67 0 ,99

'Ganho de peso vivo prodl/lldo duronlO o confinamento .

Fonte . FeIIO ti 11. , 200 1.

Tabela 7. M6dlas ajustadas para o desempenho de vacas de descarte em conllnamento, allmentedes eom .lIegem 6

vontade e rações contendo milho ou cuce de .ola.

Fonte onorgtltlc/1

5,57

3,18

2,20

0 ,70

Milho C/1SCII do soja

Peso vivo iniciai, kg 368 365

Peso vivo IInal, kg 428 425

Ganho nos 30 dias Iniciais, kg/cab./dia 1,7 1,7

Ganho no perlodo total 143 dias), kg/cab./dla 1,3 1,3

Espessura de gordura, mm 4, la 5,Ob

Áraa de lombo, em' 58,2 58,2

e.b M6dlll, neUnhe, .eguld •• deletral diferente., ditarem IP<O,051,

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Comentários finais

Ou t odoR OH pr odul o8 fi Ruhpr odtlloH 1I0'1eo108_ U Inrolo do

tln j" nprn8nntn 11111 luum do dnRln(Juo . 'ltlnnc1o nu pOntl/1 um

nllmol1 tnç /to IInimnl . 1810 p or'ltlU 010 Ó, ntllnlmonto. n

plinc lpnl fonl u do protolnn vou01"' P"'II rnçôo8 lUltmni8 no

mundo, n pnrlh do momonlo om quo surO lu nn Europn, o

pro"'o/llo dn "vnco loucn" o resultou no proibiçAo do U 80

do lonloo prolélcns do ollgom "nlm.1. AI6m dn prololnn. 08

produlos do sojo 10,"b6m lornocom onoroln. prlnclpolmon· t o. qunndo oln Ó utllilndn nn IOlmn do 0'&0 intogrnl. Em

polso. produloros do .ojo. o oporlunldndo do U80 do grAo do 80jn om diolns poro "ovinos podO/In .01 mols oxplorodo ,

Oonlro os subprodulos d. sojo. o cosco do sojo podo sor umo o.celonle 10nl0 nltornolivn de onorglo. do bnlxo cuSlo

relolivo li bom volor nllmonlnr.

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de ruminantes 501 .

Circular Técnica, 31

Exemplares desta ediçio podem ser adquiridos na: Embrapa Gado de Corte Endereço: Rodovia BR 262. Km 4. Caixa Postal 154. 79002·970 Campo Grande, MS Fone: 1671 368 2064 F .. : 1671 368 2180

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1 ~ impresdo (2003': 500 exemplares

lAMBOM , M . A .; SANTO S, G. T . dos; ALCALDE . C. R.;

MODESTO , E. C.; DIAS GONÇALVES , G.; SILVA, K. T.;

FAUSTINO , J . de O.; SILVA , D. C. Dlges tlbllld ade in vi t fo

da matéria seca e da parede celular da casca do grão de

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ANUAL DA SOC IEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA ,

38 ., 200 1, Piracicaba . Anais ... PiraCicaba ; SBZ , 2001 .

CD·ROM . Oral. Nutr ição de ruminantes 6 .0271 .

ComitAde publicações

Preskleme: Ivo Mortins Cezor

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