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  Universidade de Brasília Departamento de Serviço Social Disciplina: Seguridade Social I - Previdência Social Profª: Priscilla Maia Slides Unidade I DI GIOVANNI, Geraldo.Sistemas de Proteção Social: uma introdução conceitual. In: OLIVEIRA, M.A.(org). R eforma do E s ta do e po lítica de empreg o no Bras il. Campinas(SP): UNICAMP.IE, 1998.  

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 Universidade de BrasíliaDepartamento de Serviço SocialDisciplina: Seguridade Social I - Previdência SocialProfª: Priscilla Maia

SlidesUnidade I

DI GIOVANNI, Geraldo.Sistemas de Proteção Social: uma introduçãoconceitual. In: OLIVEIRA, M.A.(org). Reforma do Estado e política de emprego no Brasil . Campinas(SP): UNICAMP.IE, 1998. 

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Sistemas de proteção social – perspectiva generalizanteTeórico- sistemática (não é a-histórico: captar sua complexidade historicidade eparticularidade.

“Não existe sociedade humana que não tenha desenvolvido algum sistema deproteção social”:

Literaturas: Antropológicas

EtnográficasSociológicasHistoriográficas

Sociedades antigas

Sociedades modernasSociedades contemporâneas

formas de proteção social

Rústicos Organizações Sofisticadas

Instituições não especializadas e plurifuncionais(da família à sistemas específicos)

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Sistemas de Proteção Social

As formas  – às vezes mais, às vezes menos institucionalizadas  – que as

sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros.

Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como

a velhice, a doença, o infortúnio e as privações.

Inclui também tanto as formas seletivas de distribuição e redistribuição de bens

materiais (como a comida e o dinheiro), quanto de bens culturais (como os

saberes), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas, na

vida social.

Abrange, ainda, os princípios reguladores e as normas que, com intuito de

proteção, fazem parte da vida das coletividades.

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Sociedades sempre alocaram recursos e esforços em atividades deproteção social:

• Tradição: caridade, fraternidade, solidariedade.

• Troca: práticas econômicas.

• Autoridade: Estado como gestor, regulador eprodutor das atividades de proteção social

Variam de acordo

os grupossociais, critérioshistóricos e

culturais e ospoderes

estabelecidos

Não se pode adotar uma postura evolucionista:

1. interpretações de caráter “finalista” já estão praticamente abolidas daciência social.

2. não existe registro histórico do desaparecimento de nenhuma das três

modalidades, embora se possa constatar a predominância de uma delas em

certos períodos históricos, bem como a convivência de critérios, ainda que

de modo desequilibrado.

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“Os sistemas de proteção social que ganharam maior importância foram aqueles

desenvolvidos nas sociedades capitalistas européias, especialmente a partir dasúltimas três décadas do século passado e que deram base aos sistemas de

seguridade social verificados em todas as sociedades complexas da atualidade.

O traço mais marcante e fundamental destas configurações é o fato de serem

implantados e geridos pelo Estado”.

Quais as formas de proteção social que mais ganharam relevância?:

resulta de complexas relações macropolíticas (plano do poder público) envolvendo:

principais instituições do Estado (como governo e parlamento), outras instituições e

grupos (tais como classes sociais, partidos políticos, sindicatos).

a ação de Estado resulta, assim, de jogos e embates sobre o montante, aforma e o destino dos recursos sociais.

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A proteção social se institucionaliza e toma formas concretas através de políticasde caráter social, a partir da efetiva tomada de responsabilidade pelo Estado (ereconhecimento pela sociedade) como sua função legal e legítima.

políticas integram um campo de relações que envolvem diferentesinteresses e poderes, resultando em um processo complexo, não refletindo,

assim, um consenso final entre as forças e agentes sociais envolvidos.

Funções do Estado: Proteção Social

PrivadosTradicionais Público PrivadosMercantis

Políticas Públicas deCaráter Social

Políticas deregulação social:

Conjunto dasociedade

Políticassociais: grupos

sociaisespecíficos

destinatários

Sistemasde

proteçãosocial

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Tipo

ÂmbitoPÚBLICO

PRIVADO

Mercantil Não-mercantil

InstituiçõesInstituiçõesgovernamentaisespecializadas

•Empresas deseguro;•Patronato;•Cooperativas;•Empresas deserviço.

•Famílias;•Igrejas;•Filantropia;•Associaçõesmútuas.

Modalidades

•Serviços;•Pensões;•Aposentadorias;•Transferências;•Benefícios fiscais;,•Financiamentos;

•Regulamentação.

•Serviços;•Aposentadorias;•Pensões.

•Serviços;•Transferências;•Prestações “in

natura”. 

Embora predominantemente nas sociedades contemporâneas, os sistemaspúblicos de proteção social, assentados sobre critérios de alocação política,convivem com outros sistemas de presença mais ou menos marcada, mantendo

também níveis diversos de interação com estes sistemas mercantis ou não-mercantis.

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A função de proteção exercida pelo Estado, no entanto, modelam-se

institucionalmente, por meio de políticas públicas com o intuito de definir e

executar medidas de caráter prescritivo, normativo e operativo, exercendo um

poder de eleger e discriminar escolhas, objetivos e grupos de destino, sempreatravés de um complexo relacionamento com outros agentes e forças

envolvidas.

Encontra-se nas sociedades contemporâneas, ao ladode um complexo institucional público altamenteespecializado, outros tipos de sistemas de proteçãosocial, organizados em diversos graus demercantilização, que atuam ou nas fronteiras dossistemas oficiais, de modo subsidiário e complementar,ou ainda de modo coordenado, com diferentes graus deinteração e compatibilidade com as funções estatais deproteção.

QUESTÃOQual o limiteentre direito

emercadoria?

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Os sistemas de proteção social têm se estruturado de modo diverso e

específico, seja do ponto de vista das formas de organização desenvolvidas no

setor público, da constituição e presença dos sistemas privados, e também da

interação entre estas áreas.

• a estrutura de classes e a distribuição de riscos (velhice, doença, desempregoetc.) no interior das várias categorias sociais, também em relação com adinâmica ocupacional e demográfica;

• a constelação de clivagens existente em um dado país e a correspondenteestrutura de seu sistema partidário - coalizões reformistas erampraticáveis/convenientes.

• o ambiente da política pública, ou seja, um conjunto de fatores organizativos e

culturais entre os quais o arranjo institucional herdado do passado e seusproblemas de funcionamento, assim como os estímulos fornecidos porexemplos estrangeiros e por idéias circulantes na agenda de políticas nacionale internacional.

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Segunda metade do século passado: nospaíses europeus surge uma tendência que

se tornaria quase universal no século XX:

As origens dos modernos sistemas de proteção social

O Estado como organizador, produtor, gestor e normatizador dossistemas de proteção social.

condições políticas, econômicas e 

socioculturais vigentes nos diferentes países 

Responder à crescente incapacidade do mercado de regular as relaçõeseconômicas, especialmente aquelas com mais implicações sociais

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Por quê?

• os graves problemas sociais vividos na Europa do século passado e aspéssimas condições de trabalho vigentes: os acidentes, as doenças profissionais

e o desemprego;

• crescente organização das classes trabalhadoras através de sindicatos, aconstituição de partidos políticos de inspiração socialista, comunista ou laborista, nobojo da expansão dos direitos políticos;

•as lutas sociais travadas em função disto, bem como a capacidade de mobilizaçãodas elites dirigentes em sua resposta (às vezes preventiva) à crise social. 

Evidenciou que:

a pobreza não era uma decorrência dos méritos (ou deméritos) eperformances pessoais, mas um fenômeno ligado a uma relação com ascondições sociais de vida e, particularmente, de trabalho.

ou pelo menos, que se estava diante de um outro tipo de pobreza: não aquela dospárias, dos loucos e doentes, mas a pobreza paradoxal daqueles que

trabalhavam.

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Pré-história dos sistemas de proteção social

Os regulamentos das corporações medievais já incluíam alguma espécie de

proteção, e também as associações de aprendizes previam a assistência a seus

membros em casos de doença e na procura de trabalho, havendo mesmo uma

espécie de indenização às famílias, em caso de morte.

  No período absolutista, as poucas instituições existentes passaram para ocontrole do Estado, mas, não foram abolidas.

Na história dos sistemas de proteção social, a Inglaterra sempre desempenhou

um papel pioneiro.

  Com exceção da Bélgica, França, Itália e Holanda, todos os países europeus

fizeram emanar disposições de lei que contemplavam assistência pública

obrigatória aos pobres.

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Ao lado destas medidas, os países europeus também foram codificandosistemas de proteção social, de natureza variada.

Todavia, ressalta-se que: a assistência aos pobres “por  quase todo o século XIX permaneceu

acompanhada de medidas disciplinares repressivas que, embora

temporariamente atenuadas nos últimos vinte anos do século XVIII, não foram,

todavia, abolidas. O empenho do poder público não se limitava a assistir ospobres inabilitados para o trabalho, mas providenciava também que aqueles

habilitados ou então em situação de miséria por culpa própria fossem obrigados a

retornar ao trabalho. O controle da pobreza era confiado a uma espécie de polícia

dos pobres. Os ociosos e mendigos eram internados em casas de trabalho e

correção” 

VIGIAR E PUNIR!

“política social negativa” 

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Na segunda metade do século XIX ocorre uma reforma de legislação sobre a pobreza,originando os sistemas de segurança social, de modo que antes da Primeira GuerraMundial, quase todos os países europeus já dispunham de pelo menos três sistemas, compoucas exceções.

São eles: seguros contra acidentes, contra doenças, contra o desemprego e o sistema deaposentadorias, que incluiu a velhice, a invalidez e a morte do arrimo de família.

Quais são as diferenças entre estes sistemas nascidos entre 1885 e 1915 e ossistemas precedentes?

• regulados por normas nacionais;• tem por objetivo garantir rendimentos que cobririam riscos padronizados tais como

acidentes, doenças, velhice, morte ou desocupação dos segurados;

• seu campo de aplicação não foi limitado a categorias profissionais isoladas, mas

dependiam de critérios mais gerais de rendimento ou status ocupacional;

• sua natureza foi obrigatória, o que implicou a imposição de seguro para determinadosgrupos, ou ainda, a obrigação dos poderes públicos financiarem programas voluntários;

• seu financiamento ficou a cargo, além dos segurados, do Estado ou dos patrões, e em

muitos casos, do Estado e dos patrões;

• reconheceram o direito subjetivo individual às prestações e sua fruição não comportou

nenhuma discriminação política.

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•Crescimento demográfico – tornando crônico os problemas urbanos e criando uma

forma de sociabilidade impessoal

• Debilidade dos vínculos de proteção social vigentes até então: família,

comunidade

• Técnicas mecanizadas: aumento dos acidentes e doenças relacionadas ao

trabalho

• Proteção vinculada ao trabalhador e não cobria as necessidades das famílias;

• Contratos de trabalho sob o capitalismo: instabilidade no emprego e da renda;

QUESTÃO SOCIAL 

Isso, por que? 

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CRUCIAL PARA RESPOSTA À QUESTÃO SOCIAL

Voto: democratização do direito de voto faria que as necessidades dasclasses trabalhadoras, sempre relativas à sua segurança social se tornassem

uma questão política central neste contexto.

Organização dos trabalhadores: constituição e consolidação dos movimentossindicais e a constituição e crescimento dos partidos operários - está na baseda criação de sistemas de seguros obrigatórios

existência de regimes parlamentares, limitação do sufrágio, presença demonarquias constitucionais e ao surgimento de democracias de massa, bem

como a mudança nos modelos de interpretação da realidadesocial:secularização (laicização), racionalização, individualização e

politização.

configuração de diferentes sistemas de proteção social

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Modelos de Classificação de Sistemas de Proteção Social

1. R. Titmus (vinte anos de predomínio nas análises)

Três gêneros de Welfare State:

• Welfare State residual - caracterizado por políticas seletivas, realizadas quase sempre

a posteriori, quando os “canais naturais” e tradicionais de satisfação de necessidades não

resolvessem determinadas carências e exigências dos indivíduos. A intervenção possuiria

então um caráter temporalmente limitado e deveria cessar com a eliminação da carência

social.

•  Welfare State meritocrático-particularista - modelo fundado nas capacidades

individuais de performance, tais como as relativas à produtividade e à capacidade de

ganhos individuais. Assim, as políticas sociais deveriam apenas interferir para a correção

de certas falhas do mercado que, eventualmente, se tornassem obstáculo para os

indivíduos resolverem suas necessidades.

• Welfare State institucional redistributivo - neste modelo, por fora do mercado, estão

garantidos a todos os cidadãos os direitos e as prestações relativas ao bem-estar em

termos de patamares mínimos de renda ou serviços, sejam estatais, seja por meio de

instituições com fundos repassados pelo Estado.

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• demonstra um certo esquematismo;

• não permite captar os mix históricos em que comparecem diferentemente os pesosrelativos do Estado, do mercado e do que vem sendo chamado de o ‘terceiro setor’ na organização mais geral da proteção social;

• pequena capacidade de apreender as relações entre o perfil da proteção social e adinâmica do sistema de interesses e do sistema político.

Propostas:

a) Ferrera (1990): foram introduzidos outros critérios, tais como a estabilidade erobustez dos direitos civis, a fragmentação social e institucional, agenerosidade nas prestações, a estrutura das prestações e a presença do

Estado,

Abriu-se campo para que os outros sistemas fossem estudados e “enquadrados”

com maior precisão

Aumentaram as chances positivas de comparação entre os diferentes modelos

Críticas ao modelo de análise proposto por R. Titmus

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Modelo

Critério

ResidualMeritocrático-

particular

Institucional -

Redistributivo

Estabilidade erobustez dos direitoscivis

Baixa Alta Alta

Fragmentação sociale institucional

Alta Baixa ou Ausente

Generosidade Baixa Média Alta

Estrutura dasprestações Padronizada Meritocrática Padronizada

Presença do Estado Residual Maior Essencial

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b) Novos estudos possibilitaram o surgimento de subespécies nos

b.1) Ascoli - o modelo então vigente não abarca as práticasclientelistas do sistema político (italiano). Assim, propõe, duas sub-espécies: a particularista clientelar e a particularista corporativa.b.2) Universalismo: máximo e mínimo  – a partir do estudo dasrealidades presentes na Europa: Inglaterra e países escandinavos.

Critério

Modelo

Fragmentaçãoinstitucional

Generosidade/Qualidade

Presença do Estado

Residual --- --- ---

Meritocrático-

Particularista

1. Corporativo (+)

2. Clientelar (-)---

1. Estatal-

burocrático (+)

2. Confessional-

Partidário (-)

Institucional -

Redistributivo---

1. Universalismo

máximo (+)

2. Universalismo

mímino (-)

---

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2. Esping-Andersen

Modelos Descrição Como trata a ClasseMédia

Liberal a hegemonia social da burguesia empresarial ea predominância dos valores liberais centradosna iniciativa privada e na ética do trabalhoobstacularizaram o reformismo social eencorajaram soluções mercantis também comoresposta às necessidades de proteção.

ficam fora do sistema(uma vez que este sedirige apenas a grupos emsituação de riscoscomprovados,

Conservador-

corporativo

a hegemonia burguesa vem conjugada à

tradição estatalista, à doutrina social da igreja eà articulação por categorias do corpo social,promovendo a expansão de programasgenerosos, com efeitos redistributivosnegligenciados.

têm direito a prestações

diferenciadas de melhornível;

Social-

democrata

a hegemonia social-democrata produziu a

expansão de um Welfare State apoiado naintervenção pública em substituição tanto domercado quanto da família, e dirigido àpromoção de uma igualdade de padrões maiselevados; garantindo a toda a população oacesso a prestações de bens e serviços de altaqualidade e alto nível.

são incorporadas

internamente ao esquemauniversal que distribui atodos as mesmasprestações

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O critérios fundamentais utilizados por Esping-Andersen :

Grau de desmercantilização: a medida em que os sistemas subtraem o trabalhador/cidadãoda dependência do mercado.

Princípio de estratificação: combinação de seis atributos político-sociais dos sistemas deWelfare.

ModeloGrau de

DesmercadorizaçãoPrincípio de estratificação

Liberal baixa a) grau de corporativismo (fragmentação institucional do

sistema);b) grau de “estatalismo” (percentual das despesas para

prestações aos empregados públicos);

c) grau de residualismo (percentual das despesas para os mais

pobres);

d) grau de privatização (percentual da despesa privada para

aposentadoria, pensões e saúde);e) grau de universalismo (percentual da população assegurada

nos sistemas existentes);

f) diferencial de prestações (amplitude de variação entre as

prestações mínima e máxima possíveis).

Conservador-corporativo

Intermediária

Social-democrata

Alta

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Conclusões:

  não há um e sim vários arranjos possíveis de Welfare State, que se

configuraram a partir de circunstâncias históricas e lutas políticas particulares a

cada nação

os critérios de classificação e avaliação dos sistemas de proteção social

visam explicitar limites e virtudes dos vários modelos, assim como permitir uma

comparação entre eles.

pode-se associar arranjos particulares com matrizes político-ideológicasclaramente distintas, o que em última instância conduz à constatação de que os

sistemas de proteção social são produtos e, ao mesmo tempo, elementos

estruturantes da vida social moderna.

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“Todos os dias somos confrontados com o

apelo exaltante de combater a pobreza. E

todos nós, de modo generoso e patriótico,queremos participar nessa batalha.

Existem, no entanto, várias formas de

pobreza. E há, entre todas, uma que

escapa às estatísticas e aos indicadoresnuméricos: é a penúria da nossa reflexão

sobre nós mesmos. Falo da dificuldade de

nos pensarmos como sujeitos históricos,

como lugar de partida e como destino de

um sonho”. 

Mia Couto