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nº 1611 – 18 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Olerícolas Frutícolas Outras Culturas Criações Preços Semanais Notas Agrícolas Regionalização da Emater/RS- Ascar Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3. Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. CDU 63(816.5) © 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Sumário · 2020-06-18 · nº 1611 – 18 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões. Sumário Palavra da Casa Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Semanal

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nº 1611 – 18 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.

Sumário

Palavra da Casa

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Olerícolas

Frutícolas

Outras Culturas

Criações

Preços Semanais

Notas Agrícolas

Regionalização da Emater/RS-Ascar

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar

I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.

Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

CDU 63(816.5)

© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a

fonte.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 2, 18 jun. 2020

Palavra da Casa

Emater/RS-Ascar estima aumento da área de produção das culturas de inverno

Com a estimativa de aumento da área produtiva para 1,3 milhão de hectares e de uma

produção de 2.969.275 toneladas, referente a média obtida nos últimos dez anos, a Safra de Inverno

2020 no Rio Grande do Sul foi anunciada na tarde última terça-feira (16/06), em Coletiva de

Imprensa online. Conforme o levantamento feito, a amostra compilada pela Gerência de

Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e

Desenvolvimento Rural (Seapdr), revela que, neste ano, os principais grãos de inverno (trigo, cevada,

canola e aveia branca) serão cultivados em 1.300.966 hectares, enquanto que na safra 2019 foram

1.131.966 hectares e obtida uma produção de 3.128.548 toneladas.

Principal produto da estação, o trigo será cultivado numa área de 915.712 hectares, 20,34% a

mais do que na safra passada, que foi de 760.914 hectares. Concentrado nas regiões de Santa Rosa,

Ijuí e Frederico Westphalen, chama muito a atenção o fato de o trigo ter aumento 120% na área a ser

cultivada na região de Porto Alegre, passando de 500 hectares na safra passada para 1.100 hectares

nesta safra. A produção de trigo está estimada em 2.189.837 toneladas, referente à média obtida nas

dez últimas safras.

A apresentação contou ainda com a participação do meteorologista da Secretaria Estadual de

Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Flávio Varone, que destacou a tendência

climática para os próximos meses. O Modelo Climático Regional indica, para o trimestre junho-julho-

agosto, chuvas dentro da normalidade na maior parte do Estado, associadas com a passagem mais

frequente de frentes frias, e em algumas áreas poderão ocorrer valores superiores à média. As

temperaturas médias tenderão a ser superiores à média climatológica em junho, normais em julho e

inferiores à média em agosto, que indica a ocorrência mais frequente de massas de ar frio durante a

segunda metade do inverno.

Todas essas análises e estimativas realizadas há décadas é que dão credibilidade à

Instituição, porque devido à capilaridade muito grande de trabalho em 100% dos municípios gaúchos

são sempre muito assertivas. Não só pelo trabalho dos nossos extensionistas, mas de uma grande

parceria com outras entidades, principalmente com a Seapdr, que é nosso braço forte, visto que a

Emater é a executora das políticas públicas do Governo do Estado e da Seapdr.

É importante destacar ainda o sistema de produção planejada, que trabalha o tripé

planejamento a curto, médio e longo prazos, profissionalismo e gestão, o que dá segurança e

consolida o resultado das propriedades.

Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar

DESTAQUE

Estimativa da área de plantio de trigo no RS é de 915.712 hectares, um aumento de 20,34%.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 3, 18 jun. 2020

Condições Meteorológicas

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 11 A 17/06/2020

Durante a última semana, ocorreram chuva forte e temperaturas amenas no RS. Na

quinta-feira (11), a presença do ar úmido e a aproximação de uma frente fria mantiveram a

nebulosidade, ocorrendo pancadas de chuva em grande parte das áreas. Na sexta (12) e

sábado (13), o deslocamento da frente fria provocou chuva em todo Estado, com registro de

temporais isolados, principalmente na Campanha e Zona Sul. No domingo (14), ainda

ocorreram chuvas isoladas no Planalto e no Alto Vale do Uruguai, mas o ingresso de ar seco

e frio manteve o tempo firme, com declínio das temperaturas nas demais regiões. Na

segunda (15), a presença do ar frio provocou formação de geadas. Na terça (16) e na quarta-

feira (17), o ingresso de ar úmido favoreceu o aumento da nebulosidade e da temperatura, e

foram observadas pancadas de chuva somente na faixa Norte do Estado.

Os totais observados oscilaram entre 20 e 40 mm na maioria dos municípios e

foram inferiores a 10 mm somente em algumas localidades da faixa Central e na fronteira

com a Argentina. No restante do Estado, os volumes oscilaram entre 50 e 80 mm, superando

100 mm em algumas localidades da Campanha e Zona Sul. Os registros mais expressivos

coletados na rede de estações INMET/SEAPDR ocorreram em Erechim (64 mm), Hulha Negra

(79 mm), Passo Fundo (86 mm), Rio Grande (90 mm), Bagé (98 mm), Dom Pedrito (101 mm)

e Pelotas (127 mm).

A temperatura máxima ocorreu em 12/6 em Teutônia (31,0°C) e a mínima foi

observada em São José dos Ausentes (0,0°C) em 14/6.

Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 17/06/2020.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 4, 18 jun. 2020

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 18 A 24/06/2020

Nos próximos sete dias, o ar quente e úmido vai predominar no RS. Entre a quinta-

feira (18) e o domingo (21), o predomínio de uma massa de ar quente e o alto teor de

umidade na atmosfera manterão a nebulosidade, podendo ocorrer pancadas isoladas de

chuva de fraca intensidade na maior parte do Estado. A passagem de uma frente fria no

oceano poderá provocar chuva forte somente no Extremo Sul. Na segunda (22) e terça-feira

(23), a condição permanecerá inalterada na maioria das regiões; porém, poderão ocorrer

temporais isolados entre a Campanha e a Zona Sul. Na quarta-feira (24), o deslocamento de

uma frente fria provocará chuva em todo Estado, com risco de temporais isolados,

principalmente na Metade Sul.

Os totais previstos deverão ser inferiores a 10 mm nas Missões, no Alto Vale do

Uruguai, Planalto, na Serra do Nordeste e no Litoral Norte. Nas demais regiões, os valores

oscilarão entre 15 e 20 mm. Na Zona Sul, os volumes esperados deverão variar entre 40 e 70

mm na maioria das localidades, e poderão alcançar 100 mm em alguns municípios do

extremo Sul do Estado.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 5, 18 jun. 2020

Grãos

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

ESTIMATIVA DE SAFRA DAS CULTURAS DE INVERNO NO RS/2020

A Emater/RS-Ascar divulga os dados da primeira estimativa de safra de grãos de

inverno/2020. Os dados contemplam a área a ser implantada nessa safra para as seguintes

culturas: trigo, canola, cevada, aveia branca grão e aveia preta grão; contemplam também a

variação percentual em relação à safra anterior. Além disso, é apresentada a produção total

a ser alcançada no Estado, exceto para a veia preta grão.

A pesquisa foi realizada na segunda quinzena de maio. Para o trigo, a amostra é de

286 municípios, abrangendo praticamente a totalidade da área com a cultura do Estado. Em

relação à cevada, os dados são oriundos de 78 municípios, abrangendo 95,47% da área. A

amostra da canola é formada por 85 municípios, totalizando 97,59% da área. Para a aveia

branca grão, a pesquisa foi realizada em 171 municípios, representando 95% da área.

Os dados sistematizados nas tabelas a seguir são obtidos de acordo com a seguinte

metodologia:

Área (ha): área a ser plantada, segundo projeção dos escritórios municipais das 12

regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, através de levantamento sobre as

percepções/intenções dos produtores e dos demais atores da cadeia produtiva

(cooperativas, comércio de insumos, bancos, etc.). Além disso, a variação percentual

em relação à safra de 2019, cujos dados são do IBGE.

Produção (t): projeção da tonelagem resultante da área cultivada x produtividade a

ser obtida, resultante da média estadual obtida através das produtividades iniciais

regionais, baseadas na tendência calculada para a produtividade a partir dos últimos

10 anos em cada município que compõe as regiões.

Primeira estimativa da safra de Trigo – 2020/RS

Escritórios Regionais Área (ha) 2019* Área (ha) 2020 Variação %

Bagé 47.810 79.175 65,60

Caxias do Sul 29.360 32.645 11,19

Erechim 28.750 32.050 11,48

Frederico Westphalen 99.012 112.800 13,93

Ijuí 216.750 261.045 20,44

Lajeado 1.807 1.885 4,32

Passo Fundo 54.790 71.550 30,59

Pelotas 3.543 5.147 45,27

Porto Alegre 500 1.100 120,00

Santa Maria 45.918 55.630 21,15

Santa Rosa 201.140 217.710 8,24

Soledade 31.534 44.975 42,62

Rio Grande do Sul 760.914 915.712 20,34

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. * IBGE/LSPA.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 6, 18 jun. 2020

Primeira estimativa da safra de Canola – 2020/RS

Escritórios Regionais Área (ha) 2019* Área (ha) 2020 Variação %

Bagé 3.135 2.449 -21,88

Caxias do Sul 215 36 -83,32

Erechim - 5 100,00

Frederico Westphalen 2.355 1.729 -26,59

Ijuí 7.366 8.252 12,03

Passo Fundo 1.358 1.190 -12,39

Pelotas 30 - -100,00

Porto Alegre 100 - -100,00

Santa Maria 3.000 2.497 -16,76

Santa Rosa 14.447 17.538 21,40

Soledade 320 748 133,77

Rio Grande do Sul 32.326 34.444 6,55 Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. * IBGE/LSPA.

Nota: a cultura não será produzida nos municípios que integram os escritórios regionais da Emater/RS-Ascar de

Lajeado, Pelotas e Porto Alegre.

Primeira estimativa da safra de Cevada – 2020/RS

Escritórios Regionais Área (ha) 2019* Área (ha) 2020 Variação %

Bagé 110 - -100,00

Caxias do Sul 2.658 3.928 47,77

Erechim 9.830 9.127 -7,15

Frederico Westphalen 9.270 9.416 1,58

Ijuí 9.738 7.033 -27,77

Lajeado 36 - -100,00

Passo Fundo 10.630 8.405 -20,93

Pelotas 725 - -100,00

Porto Alegre 800 - -100,00

Santa Maria 805 105 -86,99

Santa Rosa 70 - -100,00

Soledade 2.920 2.702 -7,46

Rio Grande do Sul 47.592 40.717 -14,45 Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. * IBGE/LSPA.

Nota: a cultura não será produzida nos municípios que integram os escritórios regionais da Emater/RS-Ascar de Bagé,

Lajeado, Pelotas, Porto Alegre e Santa Rosa.

Primeira estimativa da safra de Aveia Branca grão – 2020/RS

Escritórios Regionais Área (ha) 2019* Área (ha) 2020 Variação %

Bagé 3.800 10.662 180,59

Caxias do Sul 19.388 21.914 13,03

Erechim 8.105 9.873 21,81

Frederico Westphalen 26.598 28.630 7,64

Ijuí 95.625 96.873 1,30

Lajeado 58 - -100,00

Passo Fundo 34.185 37.829 10,66

Pelotas 1.500 316 -78,95

Porto Alegre 2.000 842 -57,90

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 7, 18 jun. 2020

Santa Maria 31.440 29.167 -7,23

Santa Rosa 47.065 49.444 5,06

Soledade 21.370 23.946 12,05 Rio Grande do Sul 291.134 309.496 6,31

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. * IBGE/LSPA.

Nota: a cultura não será produzida nos municípios que integram os escritórios regionais da Emater/RS-Ascar de Lajeado.

Primeira estimativa da safra de Aveia Preta - 2020/RS

Escritórios Regionais Área (ha) 2019* Área (ha) 2020 Variação %

Bagé 13.824 13.710 -0,82

Caxias do Sul 13.930 13.567 -2,61

Erechim 14.945 19.596 31,12

Frederico Westphalen 16.315 15.936 -2,33

Ijuí 65.322 66.470 1,76

Passo Fundo 18.557 24.592 32,52

Pelotas 2.167 1.149 -47,00

Porto Alegre 12 - -100,00

Santa Maria 21.944 16.582 -24,44

Santa Rosa 68.535 54.533 -20,43

Soledade 13.015 11.334 -12,91

Rio Grande do Sul 248.566 237.469 -4,46 Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Nota: a cultura não será produzida nos municípios que integram os escritórios regionais da Emater/RS-Ascar de Lajeado e Porto Alegre.

A visualização dos dados sistematizados nas tabelas acima é apresentada nos mapas

que seguem.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 8, 18 jun. 2020

Fonte: Emater/RS-Ascar – Gerência de Planejamento – Núcleo de Informações e Análises. Gerência Técnica – Núcleo de

Desenvolvimento Social.

Estimativa de produção

Cultura Produção* (t)

Aveia branca grãos 634.908

Canola 42.828

Cevada 101.703

Trigo 2.189.837

Total 2.969.275

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. Nota: a produção é calculada conforme análise de tendência das produtividades para cada município produtor do Estado. A cultura da aveia preta não tem histórico de produtividade, razão pela qual não constam dados de produção.

De praxe, a Emater/RS-Ascar monitora os dados apresentados nesta estimativa de

safra das culturas de inverno a partir da implantação das culturas e ao longo do ciclo

produtivo desses grãos. Além disso, foi divulgado o prognóstico climático para o inverno.

Condições meteorológicas observadas em maio de 2020

O mês de maio mostrou padrão diferente do registrado nos últimos meses no RS, que

foi atingido por uma estiagem severa em todas as regiões. No trimestre fevereiro-março-

abril, a atuação dos sistemas meteorológicos nos níveis médios e altos da atmosfera

favoreceu a intensificação da chuva no Centro e Norte do Brasil. Este fator e a ocorrência de

bloqueios atmosféricos sobre a região Sul diminuíram drasticamente a entrada de umidade

e, consequentemente, a ocorrência de chuva sobre o Estado. Porém, a condição mudou no

decorrer de maio, e o deslocamento da umidade da Amazônia para o Sul da América do Sul

proporcionou a formação de grandes áreas de chuva, organizadas pela passagem de três

frentes frias no decorrer do mês. Dessa forma, os valores de precipitação aumentaram em

todas as regiões, e o total acumulado mensal foi superior à média histórica na maioria das

regiões; apenas no Extremo Sul e nos Campos de Cima da Serra os registros foram inferiores

à normal climática.

As figuras abaixo mostram o total acumulado (A) e a diferença (B) em relação à média

histórica (1981-2010) dos valores de chuva registrados no mês de maio no RS.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 9, 18 jun. 2020

A B

Previsão para os próximos meses

O Modelo Climático Regional indica que para o trimestre junho-julho-agosto são

esperadas chuvas dentro da normalidade na maior parte do Estado, sendo que em algumas

áreas poderão ocorrer valores superiores à média. O comportamento normal da atmosfera

ao longo do inverno vai favorecer a ocorrência de chuvas regulares, associadas com a

passagem mais frequente de frentes frias.

Previsão de anomalia de chuva para o trimestre junho-julho-agosto de 2020

Junho/2020 Julho/2020 Agosto/2020

Em junho, as temperaturas médias tenderão a ser superiores à média climatológica,

normais em julho e inferiores à média em agosto. Tal condição indica, possivelmente, a

ocorrência mais frequente de massas de ar frio durante a segunda metade do inverno. Este

padrão atmosférico favorecerá a ocorrência de fenômenos típicos do inverno como geadas e

nevoeiros.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 10, 18 jun. 2020

Previsão de anomalia de temperatura média para os meses junho, julho e agosto de 2020

Junho/2020 Julho/2020 Agosto/2020

Tendência para a Primavera

A previsão para a próxima primavera, trimestre setembro-outubro-novembro, aponta para o

resfriamento das temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial, o que significa um possível

evento La Niña de fraca intensidade. Assim, os modelos climáticos indicam que a

precipitação deverá ocorrer normalmente em setembro e mostram maior probabilidade de

um período seco durante o mês de outubro. As temperaturas médias tendem a valores

superiores à normal climatológica durante todo período. Porém, cabe salientar que a

ocorrência de La Niña, ou o resfriamento do Pacífico Equatorial, também indica

temperaturas mínimas menores, com noites e madrugadas frias até meados de novembro.

Fonte: Flavio Varone – Meteorologista SEAPDR

CULTURAS DE INVERNO

Trigo

A cultura do trigo já alcança 43% de área plantada dos 915.712 hectares previstos

para a safra 2020.

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Trigo 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 18/06 Em 11/06 Em 18/06 Em 18/06

Plantio 43% 32% 50% 49%

Germinação/Des. Vegetativo 100% 100% 100% 100%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%

Em Maturação 0% 0% 0% 0%

Colhido 0% 0% 0% 0%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 11, 18 jun. 2020

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, as áreas estão

dessecadas e aguardando a diminuição da umidade dos solos, provocada pelas chuvas

intensas no período. O plantio de trigo na região ocorre no período entre 10 de junho e 10

de julho. Há previsão de que haverá um aumento de cerca de 30% da área de plantio em

relação a 2019.

Nas regionais de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Erechim, Bagé,

Ijuí, Pelotas, Soledade e Caxias do Sul, a semana foi de ampliação das áreas de plantio. As

lavouras implantadas estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo. Na de

Frederico Westphalen, 60 mil hectares já foram implantados. Com a perspectiva de clima

favorável e de bons preços, há tendência de elevação de 15% da área total a ser cultivada

em relação ao ano anterior. Na de Santa Maria, a área plantada já chegou a 22 mil hectares,

e também há perspectiva de aumento na área total na região em relação à safra passada. Na

regional de Santa Rosa, o plantio avançou pouco na semana devido às condições de tempo

chuvoso e nublado, que mantiveram os solos muito úmidos, permitindo semeadura apenas

em um dia da semana. A área implantada já alcança 155 mil hectares. As lavouras plantadas

antes das chuvas recorrentes da semana estão bom estande de plantas e apresentam entre

uma a três folhas desenvolvidas. Os tratos culturais adotados são o controle de invasoras,

principalmente aveia e azevém, e a adubação nitrogenada, que deverá iniciar a partir dessa

semana nas áreas com plantios mais precoces. Na regional de Erechim, foram plantados três

mil hectares; a implantação da cultura foi interrompida devido ao grande volume de chuvas.

Na de Bagé, a combinação de fatores favoráveis, como preços em alta, perspectivas

climáticas favoráveis e parcerias com empresas privadas, tem sido responsável pelo

incremento na estimativa de 50% de aumento na área em relação à safra passada. Na região

da Fronteira Oeste, a semeadura foi intensificada, enquanto que na Campanha a

recomendação do zoneamento agrícola de risco climático é para plantio mais tardio. As

lavouras apresentam adequado estande de plantas e bom desenvolvimento inicial, apesar

da pouca insolação no período. Na regional de Ijuí, a semeadura foi interrompida devido ao

acúmulo generalizado de umidade no solo, que impediu a continuidade da operação. As

lavouras já implantadas seguem com bom desenvolvimento inicial, ótimo estabelecimento,

boa densidade de plantas e baixa incidência de pragas e doenças. Em algumas lavouras, há

necessidade de nova dessecação devido ao longo período transcorrido sem plantio, que

favoreceu a emergência de plantas espontâneas. Na de Pelotas, são realizados plantios e

continua o preparo de novas áreas, cuja tendência de aumento é de 50% em relação a 2019.

Na regional de Soledade, o tempo chuvoso interrompeu a semeadura do trigo, o que não

chega a preocupar devido à janela de plantio da cultura se estender até meados de julho;

além disso, os produtores têm boa logística para executar essa operação. Em geral, apesar

da baixa incidência de radiação solar na semana, as lavouras têm satisfatório crescimento e

desenvolvimento inicial. Na regional de Caxias do Sul, a semeadura iniciou nos municípios de

menor altitude, como Montauri; a maior área de plantio fica nos Campos de Cima da Serra,

que ocupa 80% do total da área da região, e o período indicado é de 20 de junho até 31 de

julho. Os produtores dessecam as plantas de cobertura semeadas logo após a colheita da

soja e aguardam o momento certo para o plantio das lavouras de trigo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 12, 18 jun. 2020

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do trigo no Estado ficou em R$ 53,27/sc., com aumento de 1,56% em

relação ao da semana passada, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-

Ascar. Na regional de Caxias do Sul, o preço é de R$ 54,00; na de Passo Fundo, R$ 53,00; na

de Erechim, R$ 50,00; na de Santa Maria, R$ 51,90; na de Bagé, R$ 52,00. Na regional da

Emater/RS-Ascar de Soledade, a cotação chegou a R$ 52,50; na de Ijuí, a R$ 52,75; na de

Santa Rosa, a R$ 51,20/sc. Na de Frederico Westphalen, varia entre R$ 52,00 e R$ 54,00/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2132, de 18 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Canola

Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí e Santa Rosa, a semana chuvosa, os

períodos nublados e a alta umidade relativa do ar diminuíram o ritmo de implantação da

cultura, da mesma forma como acontece com os outros cultivos de inverno. Na de Ijuí, as

lavouras estão em estádio de desenvolvimento de folhas e início do crescimento da haste

principal. O trato cultural realizado é o controle do azevém, que emergiu espontaneamente

na lavoura. Na de Santa Rosa, a semeadura foi realizada em 13.970 hectares. As lavouras

estão predominantemente na fase de desenvolvimento vegetativo, e as áreas implantadas

no cedo já iniciam a floração. A canola na região apresenta desenvolvimento inicial bastante

promissor, pois as lavouras foram beneficiadas pelas condições favoráveis do tempo durante

o processo de plantio e germinação. O controle de invasoras já foi finalizado na maioria das

áreas, sendo realizada a adubação nitrogenada em cobertura. Até o momento não há

nenhuma ocorrência de pragas e doenças.

O preço médio da saca de canola (60 quilos) na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí é

de R$ 88,70; na de Santa Rosa, é de R$ 94,40/sc.

Cevada

Nas regionais de Erechim e Ijuí, a implantação da cultura teve momentos de

interrupção devido ao excesso de umidade dos solos em decorrência das chuvas. Na de

Erechim, a estimativa da intenção de plantio sinaliza que deverá ser mantida a área plantada

na safra passada. Na de Ijuí, as lavouras implantadas apresentam bom estabelecimento, a

emergência foi uniforme e o desenvolvimento inicial das plantas é satisfatório. As plantas

recém-emergidas estão com uma a três folhas.

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

53,27 52,45 51,6741,79 41,20

43,64

R$

Trigo - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

1,563,10

27,4729,30

22,07

0

5

10

15

20

25

30

35

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Trigo (R$ 53,27/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 13, 18 jun. 2020

Aveia branca

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura está em desenvolvimento

vegetativo; a grande maioria das áreas, em elongação do colmo, e inicia a floração em

pequenas áreas, com boa densidade de plantas e uniformidade nas lavouras. As plantas

apresentam boa quantidade de afilhos, projetando alto potencial produtivo inicial. No

período, são realizadas aplicações de adubação nitrogenada em cobertura e ocorre o

monitoramento de pragas e doenças.

CULTURAS DE VERÃO

Milho

Na maior parte das regiões do Estado, a semana apresentou grande variação de

temperatura e alta umidade; tais condições impossibilitaram a finalização da safra, já

encerrada em 99% dos cultivos colhidos.

Fases da cultura no Rio Grande do Sul

Milho 2020

Fases

Safra atual Safra anterior Média*

Em 18/06 Em 11/06 Em 18/06 Em 18/06

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%

Floração 0% 0% 0% 0%

Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%

Em Maturação 1% 2% 2% 3%

Colhido 99% 98% 98% 97%

Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.

*Média safras 2015-2019.

As solicitações de vistorias de Proagro seguem ocorrendo nas lavouras que utilizam a

política de crédito rural no Estado. Até 17/06 foram realizadas 6.621 vistorias de Proagro em

lavouras de milho por técnicos da Emater/RS-Ascar. Ao todo, já foram realizadas 18.671

vistorias desde 01 de dezembro de 2019, em virtude dos danos provocados pela estiagem.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, a finalização da safra

está mais atrasada, com 96% das lavouras colhidas. O rendimento atual é de 2.810 quilos

por hectare. As lavouras por colher são aquelas estabelecidas no tarde, no período pós-

colheita do tabaco, e apresentam retardo na maturação devido às condições de tempo

úmido devido às chuvas e de temperaturas baixas que acarretam prolongamento do ciclo e

interferem na qualidade do grão. Após a colheita, esses grãos terão que passar por um

processo de secagem para evitar perdas durante a armazenagem.

Nas regionais de Bagé, Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria, a instabilidade do

tempo provocou atraso na colheita, que já chega a 99% das áreas. A produtividade média na

de Bagé é de 1.600 quilos por hectare; na de Porto Alegre, 2.390 quilos por hectare; na de

Caxias do Sul, 5.070 quilos por hectare; e na de Santa Maria, 2.205 quilos por hectare. Nessa

última, a colheita nas lavouras comerciais destinadas à produção de grãos foi encerrada,

restando colher somente áreas destinadas ao autoconsumo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 14, 18 jun. 2020

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do

milho chegou a R$ 42,95/sc. no Rio Grande do Sul, com redução de 1,51% em relação ao da

semana passada.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o preço está cotado a R$ 45,60/sc.;

em Bagé, tem variado entre R$ 42,00 e R$ 55,00; na regional de Pelotas, entre R$ 45,00 e R$

50,00; em Caxias do Sul, foi cotado a R$ 40,50; na de Porto Alegre, a R$ 57,00. E na regional

de Soledade, a R$ 41,60/sc.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2132, de 18 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Milho silagem

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as últimas áreas de milho têm seu ciclo

retardado devido à diminuição das temperaturas e do período de insolação.

Feijão 2ª safra

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Erechim e de Porto Alegre,

os produtores aguardam pela melhoria do tempo para concluir a colheita, realizada somente

em pequenas áreas de municípios onde as precipitações foram menores. O rendimento

médio em Ijuí tem se mantido em 1.340 quilos por hectare; em Erechim, 800 quilos por

hectare; e em Porto Alegre, onde a colheita foi concluída, o rendimento médio é de 750

quilos por hectare.

Nas de Frederico Westphalen e Soledade, aguarda-se a maturação das últimas áreas.

Em Frederico Westphalen, chegou a 96% da área plantada; em Soledade, a 98%. A

produtividade média em Frederico Westphalen é de 1.110 quilos por hectare, enquanto que

em Soledade é de 350 quilos por hectare. As lavouras em maturação apresentam

desuniformidade, o que acarretará prejuízos na formação de grãos.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio do feijão no Estado ficou em R$ 208,13/sc., com redução de 0,89%

em relação ao da semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da

Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço da saca varia entre R$ 210,00

e R$ 230,00/sc.; na de Soledade, é de R$ 183,00; na de Erechim, a R$ 180,00; na de Ijuí, R$

195,00; na de Porto Alegre, chegou a R$ 344,00/sc.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Ano anterior Média geral Média mês

42,95 43,6143,30

32,14

36,83 37,82

R$

Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-1,51 -0,81

33,63

16,6213,56

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 42,95/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 15, 18 jun. 2020

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2132, de 18 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Hortigranjeiros

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

OLERÍCOLAS

Na regional de Ijuí, o período foi de alta umidade, favorável ao desenvolvimento das

plantas, mas dificultou o preparo das áreas e o controle de ervas nas culturas. As cultivares

de brássicas (repolho, couve-flor e brócolis) de plantio na estação fria estão quase

totalmente implantadas, restando as últimas áreas, conforme escalonamento de plantio

planejado. Apresentam desenvolvimento satisfatório e com baixa incidência de pragas e

doenças. Durante a semana, foi possível dar continuidade ao processo de transplantio das

mudas. A cultura da alface continua com excelente desenvolvimento, melhorando nas áreas

de cultivo a céu aberto; plantas bem desenvolvidas e folhas tenras. Aumentou o número de

folhas por planta, conferindo aspecto maior de cada unidade colhida. Segue a presença de

míldio, mas com redução da infecção da doença. Terminou o processo de armazenamento

das ramas de mandioca para o próximo plantio. Segue a colheita da cultura, com aumento

de podridão nas raízes tuberosas.

Preços médios praticados na região Produto Unidade Preço (R$)

Alface cab. 1,95

Beterraba kg 3,11

Brócolis kg 4,60

Cenoura kg 3,22

Couve-flor kg 5,09

Mandioca com casca kg 1,62

Mandioca sem casca kg 5,05

Pepino kg 5,25

Repolho kg 3,15

Rúcula maço 2,16

Tomate kg 5,30

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Ijuí.

30,00

50,00

70,00

90,00

110,00

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

208,13 210,00

185,28

153,76

202,28 199,13

R$

Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

-0,89

12,33

35,36

2,894,52

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 208,13/saca de 60 kg)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 16, 18 jun. 2020

Na regional de Santa Rosa, as condições climáticas foram desfavoráveis às culturas

olerícolas a campo pelo excesso de umidade e pela falta de luz solar. Em ambientes

controlados, segue a situação de normalidade em relação à umidade; no entanto, também a

falta de luminosidade afeta negativamente o desenvolvimento das culturas. Em geral, as

hortas apresentam boas condições de produção, em especial as domésticas, oferecendo

uma boa alternativa de alimento para as famílias e boa oferta de hortaliças para o mercado

local, reduzindo os preços para os consumidores. Produtores de folhosas enfrentam

dificuldades sem a feira local em função da pandemia, mas a demanda pelo produto

continua boa, com entregas a domicílio como forma de agregar renda para os produtores.

Na Campanha, regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as precipitações de alto

volume e intensidade – 33 mm em apenas uma hora – causaram escorrimento superficial e

erosão em solos preparados para cultivo a campo de lavouras de coentro, salsa e cebola

destinadas à produção de sementes. Seguiram baixas as temperaturas, com mínimas

próximas a zero e formação de geadas, demandando a utilização de túneis baixos de plástico

para a proteção das culturas. O momento é favorável para a produção de alface, tempero

verde, couve, rúcula, mostarda e brócolis, derivados da demanda aquecida e da boa

qualidade da produção. Em alguns municípios – como Uruguaiana e Barra do Quaraí –

persistem dificuldades de comercialização causadas pela pandemia; produtores buscam

alternativas com encomendas através de aplicativos e redes sociais.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, a condição de tempo nublado e alta

umidade relativa do ar, associada a nevoeiros, reduz a incidência de radiação solar e diminui

a taxa fotossintética dos cultivos. A temperatura de junho, ainda não extremamente baixa,

favorece o crescimento das espécies olerícolas. Os cultivos de folhosas são basicamente

realizados em estufas ou túneis baixos; dessa forma ficam protegidos em parte das

intempéries climáticas (chuva, granizo e dos efeitos do frio). Assim, há condições mais

favoráveis ao crescimento. No entanto, ainda que não sejam muito exigentes, a baixa

radiação solar reduziu o crescimento das folhosas de inverno. No Vale do Rio Pardo, segue a

colheita do aipim; o preço está em R$ 26,00/cx. de 22 quilos. Alguns produtores mantêm o

aipim na lavoura visando maior preço. Batata-doce em colheita, com produtividade menor

que o normal, mas com produto de qualidade satisfatória. Foi intensificada a semeadura de

cenoura. Há oferta no mercado por conta de áreas de plantio irrigadas; nessa época do ano,

há boa demanda de mercado. A cebola de variedades precoces já foi plantada por alguns

produtores. Segue o preparo de sementeiras.

Abóbora híbrida Japonesa

Na regional de Pelotas, a safra de abóbora híbrida japonesa está encerrada. Os

efeitos da estiagem indicam redução de área para a nova safra. Os preços permanecem

entre R$ 0,80 e R$ 1,00/kg.

Alho

Na regional de Caxias do Sul, as condições climáticas foram boas para o

estabelecimento da cultura, principalmente quanto à uniformidade de germinação. O

momento é de atividade plena no plantio da cultura; nas primeiras lavouras, já se faz notar a

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 17, 18 jun. 2020

emergência das plântulas. Inicia também o controle químico das ervas espontâneas, por

meio de herbicidas pós-emergentes. Grande parte dos bulbilhos-semente é submetida à

vernalização, prática cultural constituída por choque térmico durante um período de cerca

de 50 dias em câmaras frias. Essa técnica tem como objetivo principal o desempenho futuro

das plantas no campo, beneficiando a uniformização e a precocidade das lavouras.

Na regional de Passo Fundo, continuam intensos os trabalhos de preparo do solo e

plantio; o clima foi favorável, e 40% da área já foi plantada. A área cultivada deverá

permanecer igual à da safra passada; produto sem comercialização e cotação regional.

Batata (safrinha)

Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, lavouras que não foram atingidas

pelas geadas e/ou dessecadas continuam em fase de formação de tubérculos. Nas demais,

segue a colheita, intensa pela valorização do produto. Com o avanço significativo da colheita,

observa-se que a qualidade do produto melhorou bastante, podendo-se dizer que no geral o

produto é de boa ou ótima qualidade, com exceção de algumas áreas onde há significativos

danos nos tubérculos por alfinete, que depreciam o produto. Até o momento foram colhidos

e comercializados aproximadamente 10% da safrinha. A produtividade varia entre 12 e 25

toneladas por hectare, portanto 25 a 50% abaixo da expectativa inicial. O preço para o saco

de 50 quilos está estável para a batata branca, a R$ 150,00; a rosa está em R$ 140,00.

Batata-doce

Na de Lajeado, produtores praticamente pararam a colheita devido ao tamanho e ao

calibre das raízes. Com o retorno das chuvas, é mantida a expectativa de recuperação das

lavouras. O valor de comercialização continua estável entre R$ 1,80 e R$ 2,00/kg.

Na de Porto Alegre, as chuvas permitiram a conclusão do plantio. Segue a colheita

das áreas plantadas no cedo. A redução da produtividade está se confirmando em 30%. A

comercialização segue aumentando; os preços variam entre R$ 28,00 e R$ 45,00/cx. de 20

quilos na Ceasa. O preço da batata de boa qualidade permaneceu de R$ 22,00 a R$ 25,00/cx.

na lavoura. A variação decorre da aparência, pois como a estiagem resultou em produto

ruim, produtores que ofertam produto de boa qualidade obtêm preço alto. A oferta de

batata-doce com casca e polpa branca é muito reduzida, elevando o preço de

comercialização a R$ 38,00/cx. de 20 quilos de produto de boa qualidade.

Beterraba

Na regional de Lajeado, em Vale Real, a cultura está em colheita e apresenta boa

produtividade e qualidade, com baixa ocorrência de pragas ou doenças que causam danos.

O momento é de grande oferta no mercado e preços estabilizados. A beterraba foi

comercializada a R$ 22,00/dz. de molhos e a R$ 25,00/cx. de 25 quilos (sem folhas).

Cebola

Favorecidos pelo clima na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, continuam

intensos os trabalhos de preparo do solo, plantio/semeadura em local definitivo e de

transplante de mudas.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 18, 18 jun. 2020

Na de Porto Alegre, produtores continuam implantando e/ou conduzindo as

sementeiras; embora tenham sofrido algum dano com a chuva mais pesada durante a

semana, estão com boa sanidade e crescimento normal. Com a continuidade do frio, o

desenvolvimento melhora. Os levantamentos prévios apontam que teremos uma redução

de área para a próxima safra.

Chuchu

Na regional de Lajeado, a cultura se encontra na fase de frutificação e colheita. Com

a volta das chuvas, houve a retomada da brotação e foi realizada alguma colheita. As plantas

ainda se recuperam da última estiagem e seguem produzindo, na expectativa de uma queda

acentuada da temperatura, fator limitante nessa época. O preço apresentou variação

positiva, apesar da entrada do produto vindo de outras regiões, irrigando o mercado; preço

médio de R$ 1,50/kg.

Pepino

Na regional de Lajeado, em Feliz, áreas em ambiente protegido encontram-se em

fase de produção e colheita, e registra-se ainda ocorrência significativa de tripes. A procura

ainda é maior para pepino Japonês e indústria do que para o salada. O pepino indústria foi

comercializado a R$ 4,50/kg na venda direta e a R$ 2,50/kg para agroindústria; o salada

oscilou entre R$ 2,00 e R$ 2,50/kg; o Japonês foi comercializado a R$ 3,00/kg.

Repolho

Na regional de Caxias do Sul, variedades de verão continuam sendo colhidas, com

cabeças de calibre razoável, haja vista as condições de escassez hídrica durante todo o verão

e em grande parte do outono. Por tal situação, muitas lavouras foram perdidas e outras

foram destinadas à alimentação bovina pela perda do potencial de desenvolvimento. Com o

retorno das chuvas e a consequente recuperação da umidade do solo, inicia a implantação

das lavouras com as variedades de inverno. As cotações médias na propriedade são as

seguintes: para o repolho verde, R$ 1,50/unid. e para o roxo R$ 2,00/unid.

Tomate

Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz e Alto Feliz, segue a colheita do

Cereja. A situação fitossanitária no geral é boa, ainda que haja a incidência de broca do fruto

e larva minadora. O clima dos últimos dias limitou um pouco o amadurecimento normal dos

frutos. O preço pago ao produtor pelo tomate-cereja varia entre R$ 6,50 e R$ 7,00/kg em

Feliz; a venda a granel na propriedade é realizada a R$ 4,20/kg em Alto Feliz. Em Vale Real,

produtores preparam áreas em ambiente protegido para transplantio.

Na de Porto Alegre, segue a colheita no Litoral e na Encosta da Serra. O preço

permaneceu em R$ 45,00/cx. de 20 quilos para tomate tipo extra.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 19, 18 jun. 2020

FRUTÍCOLAS

Na regional de Ijuí, o período é de intensificação de recomposição de pomares, com

baixa implantação de novos. Aumenta expressivamente a comercialização de mudas no polo

produtor de Ijuí. O morango está com bom desenvolvimento e produção em crescimento; é

um dos principais frutos do período, com aumento gradativo da área ano a ano. Rosáceas

em dormência. Continua a colheita dos citros; a bergamota Caí apresenta boa produtividade,

mas com frutos menores como uma das consequências da estiagem. O preço médio da

bergamota é de R$ 2,10/kg; da laranja, R$ 1,05/kg e o do morango, R$ 20,00/kg.

Na regional de Santa Rosa, são cultivados mais de 530 hectares comerciais de frutas.

Estão em plena colheita laranjas Salustiana e do Céu e bergamotas Ponkan, Caí, Dansi e

comum. O preço de venda é de R$ 1,50/kg. Nos citros em geral, está ocorrendo uma forte

queda de frutos, devido à presença de pragas como a mosca-das-frutas, o percevejo e

também de doenças como pinta preta; com a alta umidade dos últimos dias, ocorrem fungos

que causam mofo e bolor (Penicillium), provocando a perda de muitas frutas. Abacates ainda

garantem frutificação tardia. Jabuticabas apresentam floração tardia concomitante à

produção de frutos, consumidos in natura e processados como geleias. Escritórios

municipais realizam encomendas das mudas, além de orientar os produtores quanto a podas

e tratamentos fitossanitários. Em alguns municípios, foram entregues às agricultoras

assistidas as mudas de moranguinho variedade San Andreas, encomendadas através da

Emater/RS-Ascar, principalmente para a produção destinada ao consumo familiar.

Banana

Na regional de Porto Alegre, segue a colheita. O frio reduz a capacidade de

metabolismo, resultando em demora do enchimento de frutos e em atraso da colheita e/ou

colheita antecipada. Preços estáveis.

Citros

Na regional de Soledade, citros em fase de maturação. Em colheita, as bergamotas

Ponkan comum, Pareci e Caí e as laranjas de umbigo e comuns precoces. Em função da seca,

a produção será de 25% a 30% menor. Houve uma redução significativa no tamanho dos

frutos, prejudicando o aspecto comercial, já que o consumidor prefere frutos de maior

tamanho. Segue o cronograma de manejo fitossanitário para o controle de pragas e

doenças, destacando-se mosca-das-frutas e pinta preta.

Na de Erechim, variedades precoces e comum de bergamota apresentam boa

produtividade, mas há problemas na comercialização, e boa parte da produção é vendida

para suco ao valor de R$ 0,28/kg. A variedade Montenegrina e as laranjas de ciclo médio

estão em fase de desenvolvimento de frutos, com recuperação do tamanho do fruto depois

das chuvas. Os preços praticados para laranja destinada à indústria estão em baixa, de R$

0,26 a R$ 0,30/kg para o produtor. Para as variedades de mesa, o preço pago ao produtor é

de R$ 0,50/kg.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a cultura da bergamota está em

desenvolvimento dos frutos, com intensificação da colheita. Em São Gabriel, já foram

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 20, 18 jun. 2020

colhidos 30% dos pomares. A oferta de laranja é menor; em colheita apenas as cultivares

Salustiana e Bahia, e foram colhidos 20% da área.

Na regional de Lajeado, nas duas últimas semanas aumentou significativamente a

oferta de frutas cítricas dos pomares do Vale do Caí. Entre as bergamoteiras, a colheita da

Caí chegou a 25%, enquanto a da Poncã chegou a 20% (veja quadro). Apesar de a estiagem

ter causado uma redução do tamanho da fruta madura, a doçura não foi afetada. Em testes

realizados no âmbito do projeto de qualificação da fruta cítrica do Vale do Caí, desenvolvido

pela Emater/RS-Ascar em parceria com o Sebrae, frutas da cultivar Caí em pomares de Pareci

Novo demonstraram média de 13 graus brix, considerado excelente. Os preços recebidos

pelos citricultores pela caixa de 25 quilos ficaram em média a R$ 27,00 para a Caí e a R$

23,00 para a Poncã, com decréscimo em relação à última semana de maio, devido ao

ingresso de um volume maior de frutas com o avanço da colheita. As bergamotas de menor

diâmetro, de pouco valor comercial para o mercado in natura, estão sendo comercializadas

com a indústria para elaboração de suco; citricultores recebem em média R$ 310,00/ton.

Em relação às laranjas, estão em colheita as cultivares do Céu, laranja sem acidez, a

cultivar Shamouti, de duplo propósito, tanto para o consumo ao natural como para

elaboração de suco, e a umbigo Bahia, laranja de mesa por excelência. Também iniciou a

colheita da Valência, destinada preferencialmente para elaboração de suco em lares, bares,

restaurantes e na indústria. O preço médio recebido pelos citricultores pelas diferentes

cultivares manteve-se estável (veja quadro). Para a laranja Valência, o citricultor está

recebendo R$ 310,00/ton. pela fruta entregue na indústria.

Depois da estiagem, as chuvas ocorridas em maio fizeram com que as plantas do

popular limãozinho verde voltassem a florescer, prenunciando uma nova safra da lima ácida

Tahiti entre os meses de setembro e novembro. A próxima safra poderá ser de grande

lucratividade para os citricultores que dispõem desta fruta, já que historicamente o Tahiti

tem valor bastante elevado nesta época. O preço médio recebido pelos citricultores

permaneceu estável, em R$ 22,00/cx. de 25 quilos.

Preços médios recebidos pelos citricultores no Vale do Caí Produto

(caixa de 25 quilos)

Percentual colhido

até 12 de junho

Preço da caixa (R$)

em 29 de maio

Preço da caixa (R$)

em 12 de junho

Bergamota Caí 25% 35,00 27,00

Bergamota Poncã 20% 28,00 23,00

Laranja Céu precoce 40% 18,00 18,00

Laranja Shamouti 25% 22,00 22,00

Laranja umbigo Bahia 30% 25,00 25,00

Lima ácida Tahiti 20% 22,00 22,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Lajeado.

Maçã

Na regional de Caxias do Sul, a principal atividade realizada nos macieirais nesse

período é a poda seca, prática cultural em que são retirados galhos com o intuito de

melhorar a aeração e a entrada de luz no interior da copa, além de facilitar a entrada dos

produtos pulverizados. Com a disseminação do cancro europeu, os cortes com diâmetro

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 21, 18 jun. 2020

superior a dois centímetros são necessariamente pintados, e os restos de poda são

destruídos por incineração. Outras atividades em andamento são o arqueamento de ramos,

a manutenção de telas antigranizo e o plantio de mudas. Em relação à comercialização, as

grandes empresas de produção da fruta – que também operam na compra de frutos dos

maleicultores de menor porte – publicaram as cotações a serem efetivadas na safra. Há um

sentimento de frustração com os valores, haja vista a alta qualidade das maçãs, embora de

calibre abaixo do potencial da cultura, e a quebra na safra.

Morango

Na regional de Soledade, a produção de morango e a qualidade da fruta estão

satisfatórias. Os cultivos apresentam boa floração por conta das condições climáticas

favoráveis nas últimas semanas; por outro lado, a condição de alta umidade é desfavorável.

Houve um incremento no plantio de morango na região de cultivos fora do solo. Registra-se

a ocorrência de oídio e de alguns focos de ácaros. O preço varia de R$ 16,00 a R$ 18,00/kg.

Na regional de Caxias do Sul, o volume de morango colhido pelos produtores na

última semana foi pequeno/médio. As baixas temperaturas e os períodos de baixa

luminosidade determinaram uma lenta maturação dos frutos, apesar de as plantas

apresentarem boa carga de flores e de frutos, especialmente as de segundo ano. Os

produtores esperam as mudas importadas da Argentina/Chile, de variedades de dia neutro,

para a realização de novos plantios e renovação de áreas com mudas velhas. As condições

de comercialização foram muito favoráveis na última semana: primeiro, pela baixa oferta;

segundo, pela demanda aquecida pela data do Dia dos Namorados e pelo alto fluxo turístico

na região, apesar da pandemia. Na venda para mercados, fruteiras, Ceasas e também na

venda direta ao consumidor, o valor recebido ficou entre R$ 12,00 e R$ 20,00/kg,

dependendo da qualidade e do tamanho das frutas; às margens de algumas vias, os valores

chegaram a até R$ 25,00/kg.

Em Feliz, na regional de Lajeado, já iniciaram a colheita os produtores que ou fizeram

o plantio das mudas novas entre final de fevereiro e início de abril ou que fizeram o manejo

para o segundo ciclo. Em outras propriedades, inicia o plantio de mudas que passam a

chegar na nova janela de importação do Chile e da Argentina. O inseto-praga tripes continua

requerendo atenção, assim como os primeiros focos de ácaros. Produtores informam que

vêm comercializando o quilo do morango entre R$ 15,00 e R$ 17,00, e que a procura está

normal; se tivessem mais produção, a venda estaria garantida.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a cultura apresenta boa floração e

produção inicial; preço em R$ 15,00/kg.

Pêssego

Na de Pelotas, as atividades de poda estão sendo intensificadas, chegando a 20% dos

pomares. Também em continuidade a limpeza dos pomares, e iniciam as aplicações dos

tratamentos de inverno. Produtores seguem renovando contratos de custeio da safra junto

aos agentes financeiros, com apoio da Emater/RS-Ascar. Entre os produtores de pêssego,

são boas as expectativas para a próxima safra. Os prognósticos de um inverno mais seco e

frio, com as frentes frias avançando com força em toda a estação, deverão resultar em bom

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 22, 18 jun. 2020

acumulado de horas de frio, necessário para a boa quebra de dormência natural, boa

floração e bom pegamento de frutos. Dados da Embrapa Clima Temperado indicam que o

acumulado de frio até a última semana de maio é de apenas 21 horas com temperatura

menor ou igual a 7°C; a média histórica para maio é de 62 horas de frio.

COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

Ceasa/RS, 19 produtos ficaram estáveis em preços, dois apresentaram alta e 14, baixa.

Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos

que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto se

destacou em alta ou em baixa.

A demanda apresentou sensível queda no período. Na primeira semana do mês,

havia tido um bom movimento comercial, aquecido pela época de recebimento dos salários.

Tradicionalmente se nota a redução na procura, em especial na segunda quinzena do mês,

porém é evidente que parte dos consumidores está descapitalizada devido aos problemas

econômicos ocasionados pela pandemia.

Também é importante observar que o retorno das chuvas, embora moderado,

favorece o melhor desenvolvimento de algumas culturas, em especial as hortaliças-folha e

hortaliças-flor. Os preços da alface baixaram 25,37% e do repolho verde, 41,18%. Comenta-

se sobre a boa produção de tomates em Minas Gerais e Espírito Santo, duas das praças que

passam a abastecer o nosso Estado no período entre o final do outono e a primavera. Os

fatores negativos da pandemia e a melhora no abastecimento do tomate forçaram a queda

de 45,42% nos preços praticados no atacado desta Ceasa. Já a batata teve uma baixa de

25%; a qualidade aparente foi prejudicada pela ocorrência de clima adverso, tanto no Sul

quanto no Sudeste do país, mas não há maiores problemas no abastecimento do produto.

Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta 09/06/2020

(R$/kg)

16/06/2020

(R$/kg)

Aumento

(%)

Alho importado 29,00 30,00 +3,45

Maçã Fuji 5,28 5,83 +10,42

Produtos em baixa Unidade 09/06/2020

(R$)

16/06/2020

(R$)

Redução

(%)

Abacate kg 3,00 2,78 -7,33

Alface pé 0,67 0,50 -25,37

Batata kg 4,80 3,60 -25,00

Beterraba kg 1,67 1,39 -16,77

Brócolis unid. 1,50 1,25 -16,67

Cenoura kg 2,00 1,67 -16,50

Chuchu kg 2,25 1,94 -13,78

Couve molho 0,83 0,67 -19,28

Limão Taiti kg 1,67 1,50 -10,18

Manga kg 4,72 4,44 -5,93

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 23, 18 jun. 2020

Melão Espanhol kg 3,46 3,33 -3,76

Ovo branco dz. 4,17 3,89 -6,71

Repolho verde kg 0,85 0,50 -41,18

Tomate-caqui longa vida kg 3,06 1,67 -45,42

Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.

Outras Culturas

Fumo

Na regional de Santa Rosa, alguns produtores já realizaram a semeadura da cultura

de forma escalonada a fim de otimizar o aproveitamento da mão de obra familiar. Os

primeiros canteiros semeados estão com boa germinação. Produtores relatam que em

virtude da alta umidade no ar e de poucos dias de sol, os canteiros apresentam grande

quantidade de limo verde, situação que exige cuidado redobrado por parte dos produtores

para obter mudas sadias. Produtores repicam as mudas nas bandejas, preparam o solo e

plantam aveia para adubação verde, manejo que permitirá o plantio do fumo sem revirar o

solo, em sistema de plantio direto.

Na regional de Pelotas, seguem atividades de classificação, elaboração das manocas,

enfardamento e comercialização. O tabaco fica armazenado até o final do mês, quando

geralmente encerra a comercialização. Há expectativa de venda de tabaco até o início de

julho. Os preços recebidos se mantêm estabilizados; de acordo com a classificação, o tabaco

é vendido entre R$ 8,00 e R$ 11,00/kg de folhas secas, como referência. A estimativa é de

que já tenham sido comercializados 72% da safra. Produtores seguem o preparo das áreas

para a próxima safra, com a elaboração dos camalhões e semeadura das plantas de

cobertura do solo, principalmente aveia preta e centeio, para depois realizarem o plantio

direto das mudas. A maioria dos produtores já realizou a semeadura para a produção de

mudas 100% no sistema floating.

No Baixo Vale do Rio Pardo, na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, seguem o

preparo dos canteiros e a semeadura do tabaco a fim de obter mudas para a próxima safra.

O preparo das sementeiras foi iniciado também nas regiões produtoras de fumo mais altas.

Algumas áreas na região são preparadas com práticas agrícolas que envolvem a construção

de camalhões, e em muitas dessas áreas é semeada aveia como planta de cobertura para

posterior dessecação e plantio direto do tabaco. Muitas áreas estão em pousio, com plantas

de cobertura espontâneas, cujo preparo ocorre por ocasião do plantio do tabaco. Na

comercialização, são vendidas folhas colhidas por último, das ponteiras, que têm bom peso,

porém baixa qualidade devido à seca associada ao sol intenso. Por conta disso, o preço

recebido é menor.

Na regional de Porto Alegre, a cultura está em fase de classificação e

comercialização, com planejamento da próxima safra. Nesta, houve uma quebra aproximada

de 40%, resultando em uma produtividade de 1.350,5 quilos por hectare, ou seja, 97,5

arrobas por hectare. O preço médio é de R$ 120,00/arroba.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 24, 18 jun. 2020

Criações

Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.

PASTAGENS

Após terem sofrido durante vários meses com a estiagem prolongada e agora com a

incidência de baixas temperaturas e geadas, os pastos nativos e os cultivados perenes de

verão apresentam pouco volume e baixa qualidade, na maior parte das regiões do Estado.

As chuvas que vêm ocorrendo com regularidade e em bom volume em todo o RS têm

possibilitado o estabelecimento e o desenvolvimento das pastagens cultivadas anuais de

inverno. Dessa forma, embora com atraso, um número cada vez maior de áreas vai ficando

disponível para o pastejo.

O bom nível de umidade do solo favoreceu a prática de adubação em cobertura à

base de nitrogênio, executada pelos produtores mediante orientação técnica para melhorar

o crescimento e o desenvolvimento das pastagens.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Nas áreas em que os criadores dispõem de pastagens cultivadas de inverno, o quadro

de escassez alimentar começa a ser revertido, e os rebanhos bovinos de corte estão

melhorando sua condição física.

Em áreas de campo nativo, a condição corporal do gado é razoável onde os criadores

fazem uso de suplementos alimentares como resíduos de colheita e pré-limpeza de grãos;

palhas de soja, de arroz, de azevém; sal proteinado e outros.

Nas áreas de campo nativo, onde os bovinos não recebem nenhum tipo de

suplementação alimentar, o escore corporal continua baixo, e a orientação técnica para

amenizar a situação é a redução da lotação dos potreiros, na medida do possível.

As condições sanitárias dos rebanhos no geral são satisfatórias; por um lado,

favorecidas pela redução da proliferação de parasitos, em decorrência das baixas

temperaturas, e por outro, dificultadas, em função do enfraquecimento do organismo dos

animais, decorrente da insuficiência alimentar e nutricional.

Comercialização

Nesta semana, os preços médios do boi e da vaca para abate no Rio Grande do Sul

continuaram em escalada de alta, que ocorre há várias semanas consecutivas. O preço do

boi foi de R$ 6,77 para R$ 6,85/kg vivo, aumentando mais 1,18%; o da vaca subiu mais

1,88%, passando de R$ 5,86 para R$ 5,97/kg vivo. Em comparação com valores registrados

há um ano, o preço atual do quilo vivo da vaca para abate teve um acréscimo de 23,86%, e o

do boi está 23,42% maior.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 25, 18 jun. 2020

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2132, de 18 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria

(R$ por kg/cab.)

Região de

Bagé

Região de

Porto Alegre

Região de

Caxias do Sul

Bossoroca Região de

Pelotas

Boi gordo (kg) 7,20 7,30 7,00 7,15 6,80

Vaca gorda (kg) 5,80 6,30 5,80 5,95 5,83

Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 5,00 1.650,00 5,20 4,55 -

Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.300,00 - 2.950,00 -

Novilha (cab.| kg) - 1.700,00 5,30 6,00 -

Novilho (kg | cab. | kg) 6,30 1.900,00 6,40 6,40 -

Terneira (kg) - 6,50 - 6,75 -

Terneiro (kg) 7,00 7,50 7,00 7,00 7,40

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na maioria das regiões do Estado, é contínuo o aumento do número de áreas em que

as pastagens de inverno alcançam um nível de desenvolvimento que propicia o pastejo. Isso

contribui decisivamente para a melhora da condição corporal e da produção dos rebanhos

bovinos de leite.

Em boa parte dos estabelecimentos, essa situação começa a caracterizar uma

diminuição no vazio forrageiro, e com isso há redução do alto uso de suplementação

alimentar necessária para amenizar as perdas durante a estiagem.

Há preocupação por parte dos criadores com a duração dos estoques de silagem,

pois a produção desse importante suplemento alimentar foi bastante prejudicada pela

estiagem, tanto em volume quanto em qualidade.

Ainda são relatadas perdas na produção leiteira por alguns escritórios regionais da

Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência. As estimativas atualizadas são as

seguintes: regional de Frederico Westphalen – 30%; Santa Maria – 15% (em levantamento

realizado em parte da região).

De uma forma geral, o estado sanitário dos rebanhos leiteiros é satisfatório na maior

parte das áreas de criação do Estado.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

Semana atual Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

6,85 6,77 6,62

5,55

6,13 6,31

Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

R$

1,18

3,47

23,42

11,75

8,56

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 6,85/kg vivo)

%

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 26, 18 jun. 2020

Em locais onde houve chuvas muito fortes durante a semana anterior, a formação de

barro nas áreas de alimentação e nas proximidades das salas de ordenha ocasionou

dificuldades no manejo e na higienização das vacas para ordenha.

Comercialização

O preço do litro do leite ficou em R$ 1,31, um aumento de 0,77% em relação ao mês

anterior, conforme o levantamento de preços da Emater/RS-Ascar.

Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2132, de 18 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de

Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.

OVINOCULTURA

Os rebanhos ovinos apresentam condições corporais e físicas satisfatórias, na maior

parte das regiões do Estado.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, continua sendo

relatada uma perda de peso dos ovinos estimada em torno de 20%. Na região Soledade,

ocorreram surtos de verminose em ovinos enfraquecidos em consequência de baixo suporte

alimentar. Na de Pelotas, foram relatados casos de mortalidade de cordeiro por ataque de

predadores e por intempéries climáticas.

No manejo reprodutivo, as atenções estão direcionadas para os cuidados com as

matrizes prenhes, em período pré-parto e em parição, e para os cuidados com os cordeiros.

Comercialização

Continuando com a oscilação registrada há várias semanas, o preço médio do

cordeiro para abate no Estado subiu nesta semana, passando de R$ 7,25 para R$ 7,33/kg

vivo; uma elevação de 1,10%. O valor atual é 9,40% mais alto que o registrado há um ano.

Na região de Bagé, os preços médios de comercialização de ovinos na semana foram

os seguintes: ovelha de cria – R$ 300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão –

R$ 6,00/kg, cordeiro – R$ 7,00/kg.

Na de Pelotas, os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha –

de R$ 5,50 a R$ 6,00/kg vivo; capão – de R$ 6,00 a R$ 6,80/kg vivo; cordeiro – de R$ 7,00 a

R$ 7,50/kg vivo.

1,20

1,22

1,24

1,26

1,28

1,30

1,32

1,34

1,36

Semanaatual

Semanaanterior

Mêsanterior

Anoanterior

Média geral Média mês

1,31 1,311,30

1,35

1,271,26

Leite - preço médio pago ao produtor-R$/litro

R$

Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.

0,00 0,77

-2,96

3,97 3,15

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média mês

%

Comparativo percentual do preço médio semanal do Leite (R$ 1,31/litro)

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 27, 18 jun. 2020

APICULTURA

Em função do clima adverso, as abelhas reduzem as atividades em busca de

alimentos na forma de pólen e néctar. Com isso, quando as reservas alimentares ficam

muito baixas, torna-se necessário que os apicultores forneçam suplementação alimentar

energética e proteica para os enxames.

Comercialização

Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)

Bagé 5,00 24,00

Caxias do Sul 6,50 25,00

Erechim 12,00 22,00

Ijuí 15,00 21,00

Lajeado 5,10 a 5,70 15,00 a 20,00

Pelotas 4,00 a 15,00 13,00 a 25,00

Porto Alegre 5,00 a 10,00 20,00

Santa Rosa - 15,00 a 20,00

Soledade 7,00 a 8,00 12,00 a 15,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.

PISCICULTURA

Com a ocorrência frequente de temperaturas muito baixas, é necessário que os

piscicultores realizem um monitoramento constante da alimentação e manejos

diferenciados para cada espécie e estágio de desenvolvimento dos peixes, levando em conta

o seu comportamento alimentar característico.

Comercialização

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, o quilo de peixe vendido

em feiras pelos piscicultores durante a semana obteve os seguintes valores: Carpa – de R$

10,00 a R$ 12,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$ 15,00; Traíra – R$ 13,00. O preço do filé de

Tilápia ficou em R$ 25,00/kg.

Na de Ijuí, os preços pagos pelo quilo vivo de peixe vendido na propriedade foram os

seguintes: Carpa – de R$ 6,40 a R$ 7,65; Tilápia – R$ 5,52; Jundiá – R$ 8,66.

Na de Santa Rosa, o quilo da Carpa eviscerada ficou entre R$ 10,00 e R$ 15,00.

PESCA ARTESANAL

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, as modalidades de

pesca artesanal marinha embarcada e com rede enfrentaram condições climáticas adversas

em boa parte da semana. Já a pesca com uso de cabos teve boa produtividade. A pesca em

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 28, 18 jun. 2020

estuários de água doce da região litorânea também sofreu com o clima e apresentou baixa

produtividade de uma forma geral.

Na região de Pelotas, a pesca artesanal na Lagoa Mirim teve melhoria na captura nos

últimos dias; na Lagoa dos Patos, continua o período de defeso.

Comercialização

Na região de Pelotas, o Camarão com casca foi vendido a valores entre R$ 7,00 e R$

8,00/kg na Lagoa dos Patos, e a R$ 13,00/kg na Lagoa do Peixe.

Preços do pescado artesanal vendido inteiro na região de Pelotas Espécie R$/kg

Corvina 2,50 a 4,00

Tainha 3,00 a 6,00

Traíra 4,50 a 6,00

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.

Na regional de Porto Alegre, o preço médio do Camarão vendido diretamente ao

consumidor ficou a R$ 10,00/kg com casca e a R$ 37,50/kg descascado.

Preços do pescado artesanal na região de Porto Alegre Espécie R$/kg peixe inteiro R$/kg peixe eviscerado R$/kg filé

Abrótea 4,00 - 19,00

Anchova - 13,50 -

Corvina 8,00 - -

Linguado - - 25,00

Merluza - - 25,00

Pampo - 6,00 -

Papa-terra - 12,00 16,00

Peixe-anjo - - 20,00

Pescada - 18,00 -

Pescadinha 6,00 - -

Tainha 10,00 19,00 -

Violinha 12,00 - -

Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.

A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios

regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 29, 18 jun. 2020

Preços Semanais

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

(Cotações Agropecuárias nº 2132, 18 jun. 2020)

Produtos Unidade

Semana

Atual

Semana

Anterior

Mês

Anterior

Ano

Anterior

Médias dos Valores da

Série Histórica –

2014/2018

18/06/2020 11/06/2020 21/05/2020 20/06/2019 GERAL JUNHO

Arroz 50 kg 61,36 61,77 57,63 45,75 49,47 48,70

Boi kg vivo 6,85 6,77 6,62 5,55 6,13 6,31

Cordeiro kg vivo 7,33 7,25 7,30 6,70 6,91 6,84

Feijão 60 kg 208,13 210,00 185,28 153,76 202,28 199,13

Leite litro 1,31 1,31 1,30 1,35 1,27 1,26

Milho 60 kg 42,95 43,61 43,30 32,14 36,83 37,82

Soja 60 kg 97,01 95,81 101,53 75,80 82,20 82,75

Sorgo 60 kg 35,20 36,20 36,20 25,45 30,28 31,57

Suíno kg vivo 4,15 4,16 3,96 3,63 4,30 4,39

Trigo 60 kg 53,27 52,45 51,67 41,79 41,20 43,64

Vaca kg vivo 5,97 5,86 5,62 4,82 5,38 5,58

15-19/06 08-12/06 18-22/05 17-21/06

Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2132 (18 jun. 2020).

Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano

Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do

quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da

série histórica 2014-2018.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 30, 18 jun. 2020

Notas Agrícolas

Com mais recursos e melhores condições de financiamento,

Plano Safra 2020/2021 tem R$ 236,3 bilhões

Recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento

de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus

O governo federal lançou nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2020-

2021, com R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de R$ 13,5

bilhões em relação ao plano anterior. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de

2020 a 30 de junho de 2021. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do

presidente Jair Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Do total, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização (5,9% acima do

valor da safra passada) e R$ 56,92 bilhões serão para investimentos em infraestrutura (aumento de

6,6%). Todos esses recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento

de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus.

Os recursos destinados aos investimentos cresceram em média 29%.

Durante o lançamento do Plano Safra, o presidente Jair Bolsonaro destacou que a produção

agrícola não parou durante a pandemia, garantindo o alimento para toda a população brasileira.

“Todos os países têm como objetivo a segurança alimentar. A cidade pode parar, mas se um dia o

campo parar, todos sucumbirão”, disse Bolsonaro.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o Plano Safra continua focado nos

pequenos e médios produtores. Segundo ela, o incentivo à produção sustentável também tem

destaque na safra 2020/2021, que vem com mais recursos e melhores condições de financiamento, a

juros mais baixos. “Semear, plantar, cuidar, esperar florescer e enfim colher os frutos da terra é e

sempre será algo essencial e belo. Uma atividade totalmente ligada à natureza só pode ter como

caminho a busca da sustentabilidade”, destacou a ministra.

Ela também lembrou que, graças ao trabalho do agro e das áreas de transporte e logística, o

Brasil manteve o abastecimento em todo o país e honrou os compromissos com seus parceiros

comerciais. "O esforço do governo Jair Bolsonaro para viabilizar esse Plano Safra é um

reconhecimento às conquistas e ao potencial do setor que está pronto para contribuir para a

retomada econômica".

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, disse que

este é o maior Plano Safra já anunciado. “Representa um esforço grande do governo para

proporcionar aos agricultores melhores condições. Também é a garantia de que os alimentos

continuarão chegando à mesa dos brasileiros e de que o Brasil continuará sendo um grande

exportador de alimentos”, disse.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 31, 18 jun. 2020

Pequeno e médio produtor

Os pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para

custeio e comercialização.

Para os médios produtores rurais, serão destinados R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa

Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e

comercialização). Para os grandes produtores, a taxa de juros será de 6% ao ano.

A subvenção ao Prêmio do Seguro Rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$

1,3 bilhão, o maior montante desde a criação do seguro rural. O valor deve possibilitar a contratação

de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões

de hectares.

Para incentivar a construção de armazéns nas propriedades, serão destinados R$ 2,2 bilhões.

Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa

de juros é de 5% ao ano.

Outro setor beneficiado será o da pesca comercial, que terá apoio para acessar o crédito

rural. Desta forma, a atividade poderá financiar a compra de equipamentos e infraestrutura para

processamento, armazenamento e transporte de pescado.

Sustentabilidade

O Plano Safra destaca linhas de crédito que contribuem para a sustentabilidade da

agricultura. O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura

(Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, terá R$ 2,5

bilhões em recursos com taxa de juros de 6% ao ano, uma ampliação de R$ 400 milhões. Na safra

2020-2021, os produtores terão acesso à linha ABC Ambiental, com recursos para restauração

florestal, voltada para contribuir com a adequação das propriedades rurais ao Código Florestal. A

taxa de juros é de 4,5% ao ano.

A partir de 1º de julho de 2020, os produtores poderão financiar aquisição de cotas de

reserva ambiental, medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.

Também há incentivos à adoção de tecnologias relacionadas aos bioinsumos dentro das

propriedades rurais e pelas cooperativas. Os produtores podem acessar pelas modalidades de

custeio, para aquisição de bioinsumos, ou investimento, na montagem de biofábricas dentro das

propriedades (onfarm). Os recursos estão previstos no Inovagro e, no caso dos investimentos em

biofábricas, podem chegar a 30% do valor de todo o financiamento. Para as cooperativas, as linhas

de crédito é o Prodecoop, para a aquisição de equipamentos para a produção dos bioinsumos.

Outra novidade é o Pronaf-Bio, voltado para apoiar as cadeias produtivas da bioeconomia.

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Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1611, p. 32, 18 jun. 2020

Inovação

No Plano Safra 2020/2021, está disponível financiamento para aquisição de equipamentos de

monitoramento climatológico, como estações meteorológicas e softwares, e de monitoramento da

umidade do solo. Os financiamentos poderão ser feitos pelo Programa de Incentivo à Irrigação e à

Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra).

A pecuária também terá apoio financeiro por meio do Programa de Incentivo à Inovação e

Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro). Os pecuaristas poderão financiar a aquisição de

equipamentos e serviços de pecuária de precisão.

Os setores da pecuária bovina e bubalina, de leite e de corte também estão contempladas

nos financiamentos para automação, adequação e construção de instalações.

Agricultura Familiar

Os agricultores familiares poderão continuar usando o crédito para financiar e reformar casas

rurais. Nesta safra, os recursos para este fim somam R$ 500 milhões.

O filho ou filha do agricultor familiar, que possua Declaração de Aptidão (DAP) da sua

unidade familiar, poderá também solicitar financiamento para construção ou reforma de moradia na

propriedade dos pais.

No Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF), o bônus de desconto

será elevado para as operações de custeio e de investimento.

Nos investimentos coletivos para atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura

(criação de crustáceos) e fruticultura, o limite por beneficiário foi ampliado.

Assistência Técnica

Os agricultores familiares e os médios produtores poderão financiar atividades de assistência

técnica e extensão rural, de forma isolada, por meio do Pronaf e Pronamp, respectivamente.

Fonte: Mapa (publicado em 17/06/2020).