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INSTRUMENTOS
Luciano Freitas é profissional de áudio, fez
curso de piano erudito, Full Masterering no
Füller Studios (Miami). É técnico em áudio na
Pro Studio Americana e foi professor de teclado
no Conservatório Musical Joelson Vieira.
Namm 2006
ENo mês de julho, omundo musical voltanovamente os olhos àterra do Tio Sam paraacompanhar asegunda edição anualda maior feira dasAméricas deinstrumentosmusicais eequipamentos deáudio, a Namm (emsua edição de verão),realizada na cidade deAustin, no Texas, entre14 e 16 de julho.
Reload
strategicamente colocada no pe-ríodo de férias americanas, essafeira visa a apresentar os novos
produtos de muitos fabricantes e aindademonstrar produtos que, mesmo apre-sentados na edição de inverno (realizadaem janeiro e publicada em março ne0tsacoluna), ainda não estão disponíveis parao consumidor nas lojas. Neste ano, aquantidade de novos produtos foi bemmenor que na edição de inverno, porém,vale a pena recarregar nossos conheci-mentos e nos mantermos atualizadospara saber que soluções o mercado nosdisponibiliza no momento.
Particularmente, percebi o foco dos fa-bricantes em aprimorar cada vez mais osteclados controladores (hoje vitais emmuitos estúdios), sendo parceiros de mui-tos softwares de timbres em nosso cotidia-no. Cada vez mais as empresas “batem natecla” do equipamento “tudo em um”(all-in-one) que possa gerenciar um estú-dio de áudio gravação por meio de umúnico equipamento (isso nos leva a crerque nossos netos terão uma visão bem di-
ferente dos teclados da que temos hoje,tendo em vista sua contínua evolução).
Ainda acredito (e já acreditava hámais de uma década) que chegará o diaem que entraremos em uma loja para
comprar um novo teclado e de lá saire-mos apenas com um DVD (ou qualqueroutra mídia de armazenamento atual).
Atualizar sempre, apenas assim supe-raremos nossas expectativas dia a dia,crescendo junto a esse mundo cada vezmais competitivo.
Percebi o foco dosfabricantes em
aprimorar cada vezmais os teclados
controladores, sendoparceiros de muitossoftwares de timbresem nosso cotidiano
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INSTRUMENTOS
Vejamos alguns produtos que se des-
tacaram em nosso segmento (na área de
teclados e derivados):
LINE 6
A empresa, reconhecida mundial-
mente pela qualidade em processamen-
to digital de guitarras, expande cada vez
mais sua família. Desde a criação de seu
equipamento mais ilustre (o POD, em
suas diversas versões), a empresa se acos-
tumou a criar ícones do mercado, como
suas guitarras Variax (hoje também dis-
poníveis em modelos de violões e baixos
elétricos que, como as guitarras, simulam
diversos instrumentos em apenas um).
Sua ramificação mais recente foi a
entrada no disputado mercado de inter-
faces de áudio com seus modelos Tone-
Port UX1 e UX2 apresentados no início
do ano. No segundo dia de feira, a em-
presa apresentou o TonePort KB37, uma
interface de comunicação USB, que
agrega aos mesmos recursos presentes
no UX2 (dois canais de pré-amplifica-
dor de microfones com phantom power,
dois canais dedicados para entrada de
instrumentos e dois canais de entrada
de linha suportando amostragens de
48kHz/24bits, podendo ser convertidas
para 96kHz um teclado de 37 teclas
com pitch bender, modulation, contro-
ladores de tempo play, stop, rec, etc.)
entrada para pedal de expressão, que
poderá ser utilizado pelo software
gerenciador GearBox para controle de
expressão e efeito de wha wha e entra-
da de pedais tipo switch para diversas
funções no GearBox.
As simulações de amplificadores
também são as mesmas (18 para guitar-
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INSTRUMENTOS
ras, cinco para baixo e seis para microfo-
nes derivadas do POD) e ainda conta
com saídas de áudio analógica balance-
ada e digital coaxial.
ROLAND
Sempre presente com novidades, a
empresa restitui o legado de sua linha E
de teclados arranjadores apresentando
três novos modelos: E50 (61teclas),
E60 (mesmo E50, mas com 76 teclas) e
E80 (61 teclas), sendo este último do-
tado de um visual moderno nos moldes
italianos. Sua operação se torna simpli-
ficada graças aos múltiplos modos de
operação (incluindo o Guitar Mode) e
seu poder sonoro se torna marcante
graças aos seus quatro alto-falantes
com reforço de graves.
Seus novíssimos timbres (mais de mil
variações, beneficiados por equalização
individual) foram capturados usando a
máxima tecnologia da empresa em mos-
trar as mais delicadas nuances de cada
instrumento. E seus 350 novos ritmos
automáticos foram criados por um time
de profissionais, resgatando as peculiari-
dades de cada região do planeta. Com
dois slots para expansão de timbres (via
placas SRX ou SR-G01), o E80 ainda
possui entrada dedicada de microfone
(com efeitos para voz incluindo afinador
automático) e um programa duplo de
masterização com seção para a parte de
solo e para a parte de acompanhamento.
Sua multitimbralidade é de 32 partes
alocáveis em suas 128 notas de polifonia
e sua com-
patibilidade permi-
te importar arquivos de
texto (txt) e imagens (bmp), que
serão reproduzidos em seu visor de cristal
líquido colorido.
Outro lançamento foi o piano digi-
tal MP70 (88 teclas), que traz em uma
embalagem de preço atraente o deseja-
do mecanismo Progressive Hammer
Action (aquele que altera gradativa-
mente o peso das teclas). Uma inova-
ção do modelo é o modo Twin Piano,
onde seu teclado fica dividido em duas
partes iguais com o mesmo timbre e a
mesma tessitura de notas, otimizando a
prática do aluno junto ao professor.
CME
Depois do su-
cesso da linha UF (principalmente pelo
seu preço), a CME coloca no mercado
uma nova linha de controladores, segun-
do a empresa, preparados para o músico
do século 21. A linha VX (também dis-
ponível com modelos de 49 a 88 teclas,
construídos em alumínio) ficará conhe-
cida como a primeira linha de teclados
controladores a trazer nove faders (60
mm) motorizados, muito usados em me-
sas digitais de mixagem.
A linha ainda possui slot para expan-
são mutimodos, onde o usuário pode es-
colher diferentes expansões como mó-
dulos de sons com sampler, placas com
modelação de sintetizadores analógicos,
placa de interface de áudio com conexão
firewire, placa que transforma os faders
motorizados em mixer digital permitindo
chegar facilmente em um instrumento
tudo em um.
A comunicação pode ser feita por in-
termédio de suas quatro saídas MIDI ou
sua porta USB, permitindo que ele con-
trole softwares musicais pela função
UControl (onde a configuração é feita
rapidamente sem a necessidade de tem-
plates). Com sua função de jogos, pode
auxiliar iniciantes na prática musical e
analisar seu desenvolvimento, enquanto
no modo mutiscale o usuário pode corri-
gir a afinação quando for tocar músicas
orientais. Possuem ainda 12 pads sensí-
Outro lançamento foio piano digital MP70(88 teclas), que trazem uma embalagemde preço atraente odesejado mecanismo
ProgressiveHammer Action
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INSTRUMENTOS
veis ao toque e vários controladores
(nove knobs, pitch bender, modulation,
27 botões, controladores de tempo).
Outra novidade da CME é a interface
Widi-X8. Primeiramente, essa interface
MIDI/USB, quando conectada ao com-
putador, trabalha como qualquer equi-
pamento do gênero. Porém, no pacote
vêm duas interfaces que ainda podem
ser utilizadas separadamente, mas se co-
municam entre si sem a necessidade de
fios (sendo um sistema wireless). Ope-
rando na banda de 2.4 GHz, permite tro-
ca (e também comutação MIDI/USB)
de dados em distâncias de até 80 metros
em ambos os sentidos (bidirecional) si-
multaneamente (sendo o primeiro a con-
seguir In/Out juntos). Com alimentação
de pilhas (2 AA), pode chegar a mais de
20 horas de utilização ou ainda pode ser
alimentado pela conexão USB.
NOVATION
Seu principal produto na feira foi a
linha Xio Synth (25 e 44 teclas), que
agrega um sintetizador monofônico
de oito notas (com 200 timbres clássi-
cos da Novation derivados das linhas
KS e Xstation, contando ainda com
timbres inéditos criados pelo novo edi-
tor X-Gator) com um poderoso multie-
feitos digital. Sua seção áudio/MIDI
conta com duas entradas de áudio
(sendo uma XLR com phantom po-
wer), uma saída MIDI out e a comuni-
cação USB, permitindo o usuário uti-
lizar a função AutoMap que automa-
ticamente ajusta todos seus contro-
ladores em conformidade com vários
programas de áudio. Possui ainda um
seqüenciador para a criação de patterns
(com 32 passos), evitando a necessida-
de de um seqüenciador externo.
Outra novidade da empresa foi o
Remote Zero SL, uma versão da linha
SL com todos os seus controladores,
porém, sem teclas. Essa unidade dedi-
e-mail para esta coluna:
cada apenas a controle de softwares
(por meio da função AutoMap) ainda
conta com conexões MIDI (in/out/
thru), USB e controles de tempo
(play, stop, rec, etc.). Logicamente, a
retirada das teclas causou uma gran-
de redução em seu preço perante os
outros modelos da linha, sendo uma
opção muito interessante para as pes-
soas que não desejam um grande in-
vestimento, mas necessitam de agili-
dade no controle, principalmente em
programa softsynths.
Mais informações sobre este produ-
to na coluna de Manique Guedes,
edição 141.
Na área de softwares, podemos dar
destaque à versão 6 do software Live
da Ableton (agora com compatibilida-
de de vídeos com o QuickTime), o
Digidesign Strike (software com tim-
bres de baterias criados pela subdivisão
Air, e otimizados para quem trabalha
com Pro Tools) e ao pacote New No-
tion Sounds (da VirtuosoWorks), que
traz timbres de instrumentos orques-
trais gravados no estúdio Abbey Road
(onde gravavam os Beatles) com os
principais músicos da London Sympho-
ny Orchestra.
Outra novidade daempresa foi o
Remote Zero SL,uma versão dalinha SL comtodos os seuscontroladores
porém sem teclas