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  FADIGA Fenómeno de enfraquecimento progressivo e localizado de um material quando este está submetido a cargas dinâmicas ou repetidas. (causa principal da ruína de equipamentos mecânicos  – 80 a 90% das peças sujeitas a cargas dinâmicas) Solução: Desenvolvimento de materiais económicos possuindo a máxima resistência à fadiga Desenvolvimento de métodos de concepção de cálculo e de construção de estruturas sujeitas à fadiga Desenvolvimento de métodos de controlo dos equipamentos sujeitos à fadiga A quem interessa o estudo da fadiga Metalurgistas Projectistas Engenheiros de Manutenção Engenheiros de Produção (tanto ao nível do projecto como da produção e manutenção) Caracterização do processo de fadiga: (Fases do processo)  Nucleação da fenda Crescimento Microscópico da(s) fenda(s) Propagação da(s) fenda(s) Rotura Final duração à fadiga  período de propagação  período de iniciação CMM - 04/2002

T5 Introducao Fadiga 1

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FADIGA

Fenómeno de enfraquecimento progressivo e localizado de um material

quando este está submetido a cargas dinâmicas ou repetidas.

(causa principal da ruína de equipamentos mecânicos – 80 a 90% das peças sujeitas a cargas dinâmicas)

Solução:

− Desenvolvimento de materiais económicos possuindo a máxima resistência à fadiga− Desenvolvimento de métodos de concepção de cálculo e de construção de estruturas

sujeitas à fadiga− Desenvolvimento de métodos de controlo dos equipamentos sujeitos à fadiga

A quem interessa o estudo da fadiga

− Metalurgistas

− Projectistas− Engenheiros de Manutenção− Engenheiros de Produção(tanto ao nível do projecto como da produção e manutenção)

Caracterização do processo de fadiga:(Fases do processo)

 Nucleação dafenda

CrescimentoMicroscópicoda(s) fenda(s)

Propagação da(s)fenda(s)

RoturaFinal

duração à fadiga

 período de propagação período de iniciação

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Fadiga (definição segundo a ASTM)

“Fadiga é um processo de alteração estrutural permanente, progressivo e localizado, que

ocorre num material sujeito a condições que produzem tensões ou extensões dinâmicasnum ponto ou em vários pontos, e que pode culminar em fendas ou numa fracturacompleta após um número suficiente de variações de carga”.

Progressivo – O processo de fadiga se verificou durante um certo período de tempo ouuso.Localizado – Dá-se em pequenas áreas em vez de em toda a peça

Duração de uma peça à fadiga

É geral expressa em números de ciclos  P  I  R  N  N  N  +=  

- Número de nucleação + ciclos de iniciação da fenda I  N 

 P  N   - Numero de ciclos de propagação

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Descrição do processo de fadiga:

Iniciação de uma fissura por fadiga

- Verifica-se normalmente à superfície- A concentração de tensões é máxima.- Os cristais da superfície beneficiam menos de apoio mútuo que os do interior.- É na superfície que se verifica o possível detrimento do meio ambiente.

- As microfendas podem ser várias combinando-se, depois, numa fenda principal.

Uma vez iniciada a fenda, a fadiga dá-se em 3 fases

Crescimento Microscópico da fenda

- Dá-se a 45º relativamente à direcção de solicitação (corresponde à propagação em planos sujeitos a elevados valores de tensão de corte).

- O crescimento é muito lento e envolve uma distância de apenas alguns grãos.

Propagação da fenda

- Envolve o crescimento de uma fenda bem definida segundo um plano em que atensão normal é máxima.

- O crescimento é mais rápido. Função da amplitude do F.I.T..- Surgem estrias na superfície de fractura. Especialmente em materiais dúcteis.

Rotura Final

- Atingido um valor crítico do comprimento da fissura, ac dá-se a rotura instável final.

- A secção transversal remanescente não suporta a carga aplicada.- Pode apresentar características dúcteis ou frágeis, consoante o material e o nível detensões aplicadas.

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Propagação microscópica e transcristalina

Tipos de fendas na fase I (crescimento microscópico)

Transcristalinas – Propagam-se através do grão- Mais frequente

Intercristalinas – Propagam-se por entre os limites de grão

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Tipos de fendas na fase II (crescimento macroscópico)

Mecanismos mais vulgares

Esquerda – Estriação dúctil ou frágil- Ocorre em materiais dúcteis,  K ∆  intermédios- Mais frequente e muito importante.- Observáveis com ampliações entre 1000 a 50 000 vezes.

Centro – Coalescência de microcavidades- Mais frequente em materiais dúcteis e  K ∆ ’s elevados.

Direita – Microclivagem- Ocorre mais em materiais frágeis ou de alta resistência e  K ∆  baixos

Forma como propaga uma fenda

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- Tanto as linhas de paragem como as linhas radiais permitem identificar o ponto deiniciação da fenda. Elemento fundamental na eventual acção correctiva.

- As superfícies de fractura tem um aspecto do tipo “frágil” sem sinais de deformação plástica a nível macroscópico.

-  Pela superfície de fractura é possível saber qual foi a tensão nominal antes dafractura. 

-  A transição 90º para 45º dá-se por volta dos m MPa10  para os alumínios e m MPa30   para os aços. 

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Morfologia das superfícies de fractura por fadiga

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Ciclos de tensão de fadiga e seus parâmetros

Ciclos de tensão em fadiga

Ciclos de amplitude constante:− Alternado− Repetido ou Pulsante (   0

min=σ  )

− Ondulada

Amplitude variável

− Blocos− Irregular ou aleatório

Tipos de onda- Sinusoidal- Trapezoidal- Triangular- Quadrada

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Notação utilizada

- Frequênciat

 Nf =  [ciclos/Seg].

- Tensão média2

minmaxm

σ+σ=σ  

- Amplitude de tensão ou tensão alternada2

minmaxa

σ−σ=σ  

- Gama de tensões minmax σ−σ=σ∆  

- Razão de tensõesmax

minR σ

σ=  

Ciclo alternado puro: 1R  −= ; Ciclo pulsante: 0R =

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