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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE INFORMÁTICA - FACIN ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS COM ÊNFASE EM TI LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS Porto Alegre 2012

TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE INFORMÁTICA - FACIN

ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS COM ÊNFASE EM TI

LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES

GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS

Porto Alegre2012

Page 2: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES

GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA,

GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS

Monografia apresentada a Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos com Ênfase em TI.

Prof. Orientador: Adilson Pize

Porto Alegre2012

Page 3: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES

GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA,

GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS

Monografia apresentada a Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos com Ênfase em TI.

Aprovada em ______ de ____________________ de __________.

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________________Prof. Adilson Pize - PMI-RS

____________________________________________Prof. Ms. José Ignácio Jaeger Neto - PMI-RS

_____________________________________________Prof. Ms. Eduardo Meira Peres - PUCRS

Porto Alegre2012

Page 4: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

Dedico esta monografia a todos que desafiam-se a novas ideias,

jogando-se a elas contendo primordialmente o

auxílio daquele que sempre deve lhe

apoiar incondicionalmente,

você mesmo.

Page 5: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

AGRADECIMENTOS

Parece engraçado, mas é difícil nomear a quem agradecer, pois são tantas

pessoas que passam em nossas vidas, que deixam-nos algum aprendizado que fica

guardando em algum canto do cérebro. Por vezes, no momento em que se recebeu este

aprendizado ele não foi útil e até passou despercebido a sua importância, mas cedo ou

tarde ele pode ser proveitoso, sendo uma lástima que ao se recordar, infelizmente não

fica uma ligação do mesmo com o cartão de visitas da pessoa que lhe passou, tendo-se

assim um conhecimento órfão e um agradecimento sem destino. Tentando evitar ao

máximo esquecer nomes, tenho a preferência de usar grupos, assim menciona-se todos

os membros, inclusos aqueles que realmente impactaram a minha trajetória até o

momento.

Sem sombra de dúvidas, o primeiro grupo a quem devo todos os agradecimentos

desde o início da vida é a família, em especial meus pais, Luiz Francisco e Sueli e a

minha irmã Ana Cristina.

Sou grato a todos os amigos e networking gerado principalmente por:

− Grupo de Usuários de Software Livre Tchelinux.org;

− Aos meus colegas desta 4º turma da pós-graduação;

− Aos amigos que acreditaram em mim e na ideia de formar o GUGP (Grupo de

Usuários de Gerenciamento de Projetos), que propiciou-me conhecer melhor o

professor, colega de coordenação do GUGP, amigo e orientador para esta

monografia, Adilson Pize, sendo grato a ele pela ajuda;

− Ao PMI-RS (Project Management Institute) e a oportunidade de poder contribuir

junto a organização do VII e VIII Seminário de Gerenciamento de Projetos e

apresentar esta monografia como pôster no VII Seminário de Gerenciamento de

Projetos, assim como aos amigos lá formados, que me passaram boas

experiências de Gerenciamento de Projetos;

− IIBA (International Institute of Business Analysis) Porto Alegre;

− A várias comunidades de Agile/ Métodos Ágeis;

− A vários Grupos de Usuários da Sucesu-RS.

Page 6: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

“Tudo no mundo dos negócios ou é um projeto ouestá relacionado a um projeto.”

Paul Dinsmore

“Para projetos diferentes, cuidados diferentes”Darcy Prado

“Mantenha a Simplificade”Tom Peters

Page 7: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

RESUMO

Apesar das circunstâncias mudarem constantemente, o “jogo de cintura” não é

uma boa tática empresarial. Citando um exemplo de Carlos Alberto Júlio, seria o mesmo

comparando empresas à pessoas, ao olhar para aquele amigo boa vida que está

gastando o dinheiro dos pais, como sendo sendo aquela empresa que não se planeja,

ambos não pensam em seu futuro. Empresas devem pensar estrategicamente e

gerenciar seus projetos, mas para as micro e pequenas, que por muitas vezes nem

planejamento estratégico têm, esta é uma árdua tarefa.

Pensando assim, esta monografia foi escrita baseada em estudo bibliográfico de

três assuntos. O primeiro sobre Modelos, Frameworks e/ou Métodos Ágeis, em segundo

o Gerenciamento de Projetos e em terceiro sobre Gestão Estratégica, no que tange ao

alinhamento dos projetos à estratégia da empresa. Com isso, objetiva-se elucidar uma

solução para a seleção e priorização de projetos alinhados à Gestão Estratégica e a

realização aplicando-se o Gerenciamento de Projetos com técnicas Ágeis.

Esta solução objetiva contribuir para que as micros e pequenas empresas

obtenham vantagem competitiva e melhores resultados em seus negócios.

Palavras-chave: Gestão Estratégica. Gerenciamento de Projetos. Métodos Ágeis.

Page 8: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

ABSTRACT

Despite the circumstances change constantly, "a hip" is not a good business tactic,

exemplified, citing an example of Carlos Alberto Julio would be comparing the same firms

to people, look for one good friend who is toasting the life money from parents, as being

the one company that does not plan to, both, do not think about their future.

Companies must think strategically and manage their projects, but for micro and

small, which often do not have strategic planning, this is an arduous task.

Thinking thus, this monograph was written based on bibliographical study of three

subjects, the first on Models, Frameworks and / or Agile, in accordance with the Project

Management, Strategic Management and on the third, regarding the alignment of projects

to company's strategy. Thus, the objective is to elucidate a solution to the selection and

prioritization of projects aligned to the strategic management, and performance by

applying project management techniques with Agile.

This solution aims to contribute to the micro and small companies to obtain

competitive advantage and better results in their business.

Keywords: Strategic Management. Project Management. Agile.

Page 9: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação geral da solução proposta.........................................................22

Figura 2 - Mapa Mental da Base Teórica............................................................................23

Figura 3 - Mapa Mental da Gerência Estratégica...............................................................25

Figura 4 – Diagrama de processo para fazer Planejamento Estratégico...........................26

Figura 5 - Comparação de resultados dos relatórios Chaos..............................................32

Figura 6 - Mapa Mental da Base de Práticas.....................................................................43

Figura 7 - Matriz de Ansoff..................................................................................................46

Figura 8 - Matriz SWOT......................................................................................................47

Figura 9 - Mapa Mental do Detalhamentos dos Projetos...................................................53

Figura 10 - Diagrama de Processo do Detalhamentos dos Projetos.................................54

Figura 11 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso......................56

Figura 12 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklists do Estudo de Caso....................57

Figura 13 - Matriz Ansoff do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso.....................58

Figura 14 - Mapa mental da Seleção e Priorização de Projetos........................................59

Figura 15 - Diagrama de processo da Seleção e Priorização de Projetos.........................61

Figura 16 - Mapa Mental da Execução de Projetos............................................................65

Figura 17 - Diagrama de Processo da Execução de Projetos............................................66

Figura 18 - Quadro Kanban................................................................................................68

Page 10: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

Sumário

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................121.1 OBJETIVOS...................................................................................................................141.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................141.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................................151.2 METODOLOGIAS..........................................................................................................161.2.1 Pesquisa Bibliográfica.................................................................................................161.2.2 Desenvolvimento Da Solução.....................................................................................171.2.3 Estudo De Caso Da Solução......................................................................................181.3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.......................................................................................18

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO................................................................................................202.1 GESTÃO ESTRATÉGICA..............................................................................................222.1.1 Planejamento Estratégico...........................................................................................232.1.2 Aplicação De Gestão Estratégica Na Solução..........................................................262.2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS.............................................................................262.2.1 Benefícios...................................................................................................................272.2.2 Atribuições...................................................................................................................282.2.3 PMBOK.......................................................................................................................292.2.4 Aplicação De Gerenciamento De Projetos Na Solução.............................................302.3 MÉTODOS ÁGEIS.........................................................................................................302.3.1 Onda Ágil....................................................................................................................322.3.2 Manifesto E Metodologias...........................................................................................332.3.3 Princípios Dos Métodos Ágeis....................................................................................332.3.4 Valores Do XP (Extreme Programming).....................................................................342.3.4.1 Comunicação ..........................................................................................................352.3.4.2 Simplicidade.............................................................................................................352.3.4.3 Feedback.................................................................................................................352.3.4.4 Coragem..................................................................................................................362.3.5 Papéis, Cerimônias E Artefatos Do Scrum.................................................................362.3.5.1 Papéis Do Scrum.....................................................................................................372.3.5.2 Cerimônias Do Scrum..............................................................................................382.3.5.3 Artefatos Do Scrum..................................................................................................382.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos........................................................382.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos................................39

3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO........................................................................................423.1 MAPAS MENTAIS..........................................................................................................433.2 MATRIZ DE ANSOFF.....................................................................................................443.3 MATRIZ SWOT..............................................................................................................453.4 PONTUAÇÃO DE PROJETOS .....................................................................................463.5 PROJECT BACKLOG....................................................................................................473.6 DIAGRAMAS DE PROCESSO .....................................................................................483.7 REUNIÕES CURTAS.....................................................................................................483.8 INTEGRAÇÃO CONTÍNUA...........................................................................................493.9 RITMO SUSTENTÁVEL................................................................................................493.10 CONTEÚDO COLETIVO.............................................................................................503.11 EQUIPE AUTO-ORGANIZÁVEL..................................................................................503.12 RETROSPECTIVA/ FEEDBACK.................................................................................51

Page 11: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

4 DETALHAMENTOS DOS PROJETOS.............................................................................524.1 DEFINIR ESCOPO........................................................................................................534.2 ESPECIFICAR EM MAPAS MENTAIS..........................................................................544.3 FAZER SWOT DO PROJETO.......................................................................................554.4 FAZER ANSOFF DOS PRODUTOS..............................................................................56

5 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE PROJETOS.................................................................585.1 DEFINIR CRITÉRIOS....................................................................................................615.2 PONTUAR......................................................................................................................625.3 SELECIONAR E PRIORIZAR........................................................................................63

6 EXECUÇÃO DE PROJETOS...........................................................................................646.1 PLANEJAR EXECUÇÃO DO PROJETO.......................................................................666.2 PLANEJAR EXECUÇÃO DA ATIVIDADE......................................................................686.3 EXECUTAR ATIVIDADE................................................................................................696.4 FINALIZAR ATIVIDADE.................................................................................................696.5 FINALIZAR PROJETO...................................................................................................70

7 CONCLUSÃO...................................................................................................................717.1 LIMITAÇÕES ESTUDO..................................................................................................727.2 TRABALHOS FUTUROS...............................................................................................73

REFERÊNCIAS...................................................................................................................74

ANEXO A – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTUDO DE CASO.........................78

ANEXO B – DOCUMENTOS DE INFORMAÇÕES DOS PROJETOS DO ESTUDO DE CASO...................................................................................................................................81

ANEXO C – PLANILHA DE SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO.......117

Page 12: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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1 INTRODUÇÃO

Hoje é comum dizer que o concorrente não é mais aquela empresa a metros

da sua e sim aquela empresa, não rara vezes, desconhecida e/ou de outro país, em

virtude do mundo cada vez mais globalizado. Neste ambiente de economia

globalizada, a competição empresarial é cada vez mais acirrada, comércio é

relativamente livre de tarifas e demais restrições são quase artificiais (HITT, 2001),

ocorrendo batalhas diárias, não corporais com mortalidade de pessoas, mas sim

batalhas entre empresas atrás de lucros, ocorrendo a mortalidade daquelas que

menos conseguem lucros.

Do ambiente de antigas batalhas, como as travadas por Sun Tzu, a 2500

anos, se pode fazer uso de suas palavras “se conhecemos o inimigo e a nós

mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos

conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não

nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas.”

Ou seja, o empresário deve conhecer a sua empresa e a dos concorrentes,

tendo a liberdade de ainda inserir o mercado. Deve-se conhecer onde sua empresa

está inserida para assim melhor posicionar suas vantagens e pontos a melhorar, a

fim de criar e gerir as melhores estratégias de crescimento com o uso de Gestão

Estratégica. Complementando, “A estratégia nunca foi tão importante quanto no

atual ambiente de negócios.” (KAPLAN, 2000, aba livro).

Através de estratégias, compostas por projetos, os gerentes almejam

alcançar seus objetivos, como reforçar a posição da empresa no mercado,

promover a satisfação dos clientes e atingir metas de desempenho, (THOMPSON,

2000) dentre outros objetivos.

As estratégias, traçadas no Planejamento Estratégico da empresa, com

metas ou objetivos de curto a longo prazo, objetivam que a empresa eleve sua

vantagem competitiva, “o planejamento estratégico é essencial para a saúde de

cada empresa. Um planejamento estratégico eficaz pode representar, a longo prazo,

a diferença entre o sucesso e o fracasso.” (KERZNER, 2002, p.107)

O sucesso e o fracasso, dependem da vantagem competitiva por várias

fontes, como ter o produto mais bem produzido do mercado, ser capaz de

proporcionar serviço superior ao cliente, obter custos mais baixos que os rivais,

estar em uma localização geográfica mais conveniente, ter uma tecnologia

patenteada, características e estilos mais atraentes para o comprador, nome de

Page 13: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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marca conhecido e reputação. Basicamente poder “proporcionar um valor maior

pelo dinheiro (combinação de boa qualidade, bom serviço e preço aceitável)”

(THOMPSON, 2000, p. 153) para o cliente.

Outra vantagem impactante é ter o menor tempo de desenvolvimento, teste e

adequações, pois “um concorrente pode lançar antecipadamente um produto similar

e com melhor competitividade. Uma modificação na legislação pode tornar o

produto obsoleto” (PRADO, 2004, p. 196), onde nesta vantagem, o uso de

Gerenciamento de Projetos tende a impactar diretamente e de forma positiva.

O Gerenciamento de Projetos é aliado para este desempenho de lançamento

em menor tempo, sendo que a vantagem competitiva é que quanto mais cedo for

encerrado com sucesso um projeto e lançado o seu produto, melhor tende a ser o

seu resultado em termos de inovação, market share e oportuniza iniciar antes um

processo de melhoria continua deste produto.

Pela sua importância no cenário atual, Gerenciamento de Projetos não está

mais sendo utilizado apenas para projetos de engenharia de construção, como em

sua origem, mas sim tendo utilização nas empresas de todos os tipos, por diversas

razões. Isto é o que às está alavancando ao sucesso. As empresas utilizam

Gerenciamento de Projetos como uma estratégia gerencial abrangente e não

apenas para gerenciar projetos isolados (DINSMORE, 2010).

Mas antes de realizar os projetos, deve-se saber selecionar os que estão

melhor alinhados à estratégia empresarial. Selecioná-los considerando apenas o

projeto de modo isolado, eleva a possibilidade de não se obter bons resultados a

longo prazo na organização, além de que “os custos e benefícios de projetos de TI,

frequentemente, são afetados por outros projetos.” (JAEGER, 2010, p. 29). A

seleção de projetos alinhados à estratégia empresarial é um dos objetivos desta

monografia. Após priorizar e executar os projetos, para alcançar o sucesso no

menor tempo possível.

De acordo com Kerzner (2002, p.46), “Nenhuma empresa no mundo

abandonou a gestão de projetos depois de ter passado a utilizá-la. A razão para isso

é que este sistema realmente funciona!”, no caso exposto, Gestão de Projetos tem o

mesmo conceito do termo Gerenciamento de Projetos, e assim será nesta

monografia, por haver referência a vários autores que os usam de formas

equivalentes, sendo que outros autores usam estes termos para assuntos diferentes

como Dinsmore (2010), mas esta discussão não será abordada nesta monografia.

Page 14: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

14

Os projetos, tanto na linha estratégica como isolados, quando bem

gerenciados, tendem para que a empresa atinja suas metas. mas se esses projetos

forem mal conduzidos, a tendência é de declínio empresarial (DINSMORE, 2010).

Portanto, uma forte justificativa para aumentar a capacidade para gerenciar projetos

da organização.

Alinhado a Gerenciamento de Projetos, nesta monografia usa-se os Métodos

Ágeis para Desenvolvimento de Software, ou somente Métodos Ágeis, oriundos de

projetos relativos à Tecnologia da Informação. Os Métodos Ágeis são “maneiras

melhores de desenvolver software” (MANIFESTO ÁGIL, 2001, site), possuindo um

conjunto de Princípios e Práticas altamente adaptáveis, para se gerar mais

resultado em menos tempo.

E esta adaptabilidade é importante, principalmente em TI, onde os materiais

que usamos para criar o produto final são, conforme Schwaber (2004, p. 1)

“extremamente voláteis”. Do mesmo autor, salienta que os “requisitos de utilização

para um programa” como quase sempre ocorre ao desenvolvimento de software,

“os usuários ainda têm que ver o que querem” além da “interoperação de programas

de outros sinais com o programa em questão, e a interação dos organismos mais

complexos do planeta - as pessoas.” Dentre os Métodos Ágeis, há várias

metodologias, mas são utilizadas como objeto de estudo desta monografia apenas a

Scrum e a Extreme Programming (XP), sendo utilizados conceitos e práticas destas

metodologias.

A solução deste trabalho, está exemplificada com o Estudo de Caso da

Mercovel Veículos de Santiago, Rio Grande do Sul, especialmente escolhido para

exemplificar as etapas, por se tratar de uma pequena empresa do setor automotivo,

assim potencializando a demostração da adaptabilidade da solução proposta nesta

monografia a segmentos além das empresas de Tecnologia da Informação, para a

qual foi inicialmente planejada e desenvolvida.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Com a citação de Joel Baker, “Visão sem ação é só um sonho; ação sem

visão é um passatempo; visão e ação juntas podem mudar o mundo” no filme o

Enigma dos Paradigmas, retirado de (JÚLIO, 2005, p.31), exemplifica-se o uso do

conhecimento de Gestão Estratégica como visão e Gerenciamento de Projetos

Page 15: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

15

como ação.

Apoiado em ambos modelos de gestões, objetiva-se apresentar ao término

desta monografia, uma solução para identificar os projetos que melhores estão

alinhados ao planejamento estratégico da empresa, e além da seleção e priorização

dos mais aptos, otimizar a execução destes projetos através do Gerenciamento de

Projetos apoiado com práticas e conceitos dos Métodos Ágeis, atuando em especial

para melhorar a comunicação da equipe.

A solução está orientada à micro e pequenas empresas, principalmente às de

Tecnologia da Informação (TI) (BNDES, 2011; SEPRORGS, 2011), pois

“Normalmente as pequenas empresas tem mais facilidades para alcançar a

excelência em gestão de projetos via planejamento estratégico”, (KERZNER, 2002,

p.113) e as empresa de TI por aceitarem novas propostas com maior facilidade,

como exemplo este nascimento dos Métodos Ágeis em seu ambiente.

Resumidamente, pretende-se apresentar uma solução simples para “fazer o

projeto certo e fazer certo o projeto”. Entenda-se por solução, neste caso, não uma

metodologia a ser seguida, mas sim um conjunto de sugestões que podem ser

usadas como processos padrões, que podem ser repensados e adaptados para

maior segurança dos envolvidos na empresa, “todas as metodologias são baseadas

no medo. Tentam criar hábitos que impedem os seus medos de se tornar realidade.”

(BECK, 2000, p. 165).

E em prol desta adaptação a cada empresa, contribui Prado (2004, p. 187)

com “Gerentes diferentes conduzem seus trabalhos de maneira diferente. Projetos

diferentes são executados de maneira diferente. Empresas diferentes possuem

culturas diferentes.”

1.1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

• Revisão bibliográfica sobre Gestão Estratégica;

• Revisão bibliográfica sobre Gerenciamento de Projetos;

• Revisão bibliográfica sobre Métodos Ágeis;

• Revisão bibliográfica de casos de Gestão Estratégica;

• Revisão bibliográfica de casos de Gerenciamento de Projetos;

• Revisão bibliográfica de casos de Métodos Ágeis;

Page 16: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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• Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para seleção

projetos;

• Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para

priorização de projetos;

• Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para a

execução de projetos;

• Acompanhar os resultados obtidos através da solução implantada no

Estudo de Caso;

• Demostrar como exemplificação da solução proposta os resultados

obtidos e permitidos do Estudo de Caso.

1.2 METODOLOGIAS

1.2.1 Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa científica para trabalhos de conclusão de curso é dividida em

vários métodos para aquisição de conhecimento, onde, nesta monografia fez-se uso

principalmente de Revisão Bibliográfica.

Para a Revisão Bibliográfica, foram selecionadas obras de Gestão

Estratégica, Planejamento Estratégico, Administração de Empresas, Gerenciamento

de Projetos e Metodologias Ágeis, que descrevem práticas e/ou estudos de casos.

Alguns conceitos, princípios e estudos de caso de Métodos Ágeis, provêm

também de sites na internet, além dos livros referenciados.

A partir de livros, e neles a partir de estudos de casos, relatos e referências,

como os presentes em (DISNORE, 2010), (KERZNER, 2002), (KAPLAN, 2001),

(VARGAS, 2009), (PRADO, 2004), (SCHWABER, 2004), (BECK, 2000) foram

analisados aspectos como:

• Maturidade da empresa em relação a Gestão Estratégica e/ou

Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;

• Situação inicial da empresa antes do uso de Gestão Estratégica e/ou

Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;

• Situação atual da empresa após o uso de Gestão Estratégica e/ou

Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis ;

• Melhorias conseguidas através do uso de Gestão Estratégica e/ou

Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;

Page 17: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

17

• Práticas empregadas nas empresas para uso de Gestão Estratégica

e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis.

1.2.2 Desenvolvimento da solução

A partir das referências bibliográficas, foi desenvolvida uma solução única,

dividida em etapas, aplicando-se práticas e conceitos presentes em Gestão

Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis. Com a frase de Tom

Peters, “Mantenha a Simplicidade” em mente, buscou-se a maior clareza possível,

inclusive na representação de cada assunto, etapa ou conhecimento, apresentados

com o uso de mapas mentais,

“Mapas mentais, também conhecidos como mindmaps, são considerados um padrão mundial para criação, gerenciamento e comunicação de idéias. Os mapas mentais apóiam a organização de idéias, de conhecimento através de uma visualização intuitivia e amigável, além de possuir grande versatilidade visual. Mapas mentais se iniciam com uma idéia central, onde todos os ramos do mapa significam uma decomposição da idéia principal em idéias relacionadas, baseadas em um modelo visual de pensamento.O pensamento visual é um conceito baseado nas pesquisas de como o cérebro humano funciona, onde se busca o estímulo do senso visual e tátil, de modo a aumentar a criatividade e o entendimento das partes em um todo unificado, reduzindo o tempo de desenvolvimento e entendimento de idéias.” (VARGAS, 2009)

Os mapas mentais serão usados também para explicitação de outros

conhecimentos, aos quais foram desenvolvidos utilizando-se o software opensource

VYM (View your Mind), disponível em http://sourceforge.net/projects/vym/.

A forma de executar a solução é feita através de diagramas de processos

baseados na notação BPMN (Business Process Modeling Notation),

“O desenvolvimento da BPMN foi baseado na revisão de outras gramáticas incluindo UML, IDEF, ebXML, RosettaNet, LOVeM e EPCs. O desenvolvimento do BPMN resultou da demanda geral para uma maior padronização na área de gestão de processos de negócio, e procurou satisfazer as demandas de comunicação relacionada com a descrição gráfica dos processos de negócio.” (RECKER, 2011)

Os diagramas de processos baseados na notação BPMN apresentados

foram desenvolvidos através do uso do software gratuito yED, disponível em

http://www.yworks.com/en/products_yed_about.html e feito neste também a figura

presente no capítulo REFERÊNCIAL TEÓRICO.

As matrizes e demais figuras foram desenvolvidas com o software

opensource Gimp (GNU Image Manipulation Program), disponível em

http://www.gimp.org.

Page 18: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

18

1.2.3 Estudo de Caso da Solução

A solução proposta nesta monografia, foi validada na empresa de pequeno

porte Mercovel Veículos, da cidade de Santiago, Rio Grande do Sul. Com nove

funcionários divididos entre os setores de prestação de serviços em oficina

mecânica e de funilaria, locação de automóveis e comercialização de veículos zero

quilômetros Volkswagem e usados multi-marcas.

O setor de oficina mecânica é o estudo de caso desta solução, sendo após o

Planejamento Estratégico específico para este setor, aplicada todas as etapas desta

solução. Até a presente finalização desta monografia, a etapa de Execução não

estava totalmente concluída, seus resultados estratégicos sobre o mercado não

obtidos e portanto, validada a eficiência da solução proposta nesta monografia, logo

os resultados da Execução não serão expostos.

1.3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Da conhecida questão de “fazer o projeto certo e fazer certo o projeto”,

comumente mencionado por Gerentes de Projetos em bate-papos de networkings,

surgiu a ideia da realização desta monografia de conclusão de curso.

Atualmente, (KERZNER, 2002), Gerenciamento de Projetos está alinhando a

Gestão Estratégica de uma empresa apenas quando a mesma possui uma alta

maturidade em Gestão por Projetos, que (DINSMORE, 2010) conceitua por

abranger conceitos como a governança de projetos, gerenciamento de portfólios de

projetos, gerenciamento de programas e o gerenciamento de projetos em sí.

Por (KERZNER, 2002), uma empresa de alta maturidade possui uma

metodologia de Gerenciamento de Projetos já implementada e funcionando no

mínimo há 2 anos, além dos demais conceitos, enquanto uma de maturidade mais

baixa, ainda não está com tais conceitos nem instituídos.

Normalmente, as que estão em nível de maturidade mais baixo, (KERZNER,

2002), infelizmente, não têm uma aplicação tanto da Gestão Estratégica, quanto do

Gerenciamento de Projetos. Uma falha grave, pois o Gerenciamento de Projetos

está se tornando parte da filosofia gerencial das organizações, assim com a

qualidade total, a satisfação dos clientes ou a administração enxuta. O mesmo está

se tornando inerente, devendo fazer parte integrante da empresa, pois é uma forma

consagrada de atingir metas (DINSMORE, 2010).

Como situação problema, notou-se, principalmente em empresas

Page 19: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

19

classificadas como de maturidade mais baixa por Kerzner (2002), duas

necessidades. A primeira é um processo simples para se identificar projetos que

estejam alinhados à estratégia da empresa, como cita Kerzner (2002, p. 130),

“Aquilo que uma empresa deseja fazer nem sempre é o que ela pode fazer e,

normalmente, o maior obstáculo está na disponibilidade e qualidade dos recursos

necessários”. A segunda necessidade é realizar o gerenciamento otimizado destes

projetos com a ajuda de técnicas ágeis, que além de tender à obtenção dos

produtos destes projetos em menor tempo, utilizam menos recursos.

Page 20: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

20

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

Indiscutivelmente a quem acompanha o estudo e/ou emprego de Gestão

Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis, sabe que são assuntos

que estão presentes na maioria dos eventos na área de Gerenciamento de Projetos

e Tecnologia da Informação (TI), locais onde o autor desta monografia tenta estar

sempre presente, notando que os relatos vão de conceituais à práticos. Mas apenas

de ter o emprego de tais Gestões e/ou Métodos, não garante o sucesso empresarial

ou dos projetos, necessita-se que a implementação destas estejam em uso, e partir

de estratégias empresariais traçadas e planejadas.

As estratégias devem ser traçadas e planejadas, sem tal, torna-se mais difícil

de se prever inovações, que normalmente garantem a desejada vantagem

competitiva em relação a concorrência. Além de elevar o risco de falha no sucesso

destas estratégias, “a fase de planejamento é a mais importante de qualquer tipo de

projeto. Em teoria, o planejamento adequado é garantia do sucesso de um projeto.”

(KERZNER, 2002, p.178).

O planejamento destas estratégias deve ser registrado formalmente no

Planejamento Estratégico, presente em Gestão Estratégica, e fazer-se o uso de

Gerenciamento de Projetos, pois sem ele, eleva-se o risco de não se obter sucesso

no desenvolvimento destas estratégias traçadas e com isso não se conseguir os

objetivos desejados. A utilização de Gerenciamento de Projetos visa contribuir para

a execução da estratégia, que por Kaplan na citação a seguir, ressalta ser indicada

por gestores como mais importante que a própria estratégia.

“Pesquisa entre 275 gestores de portfólio mostrou que a capacidade de executar a estratégia é mais importante do que a qualidade da estratégia em sí. Estes gerentes citaram a implementação da estratégia como o fator mais importante na avaliação da gerência e da corporação. Essa descoberta parece surpreendente, pois nas últimas duas décadas os teóricos em gestão, os consultores gerenciais e a imprensa especializada se concentraram em como desenvolver estratégias capazes de gerar desempenho superior. Aparentemente, a formulação da estratégia nunca foi tão relevante” (KAPLAN, 2000, p.11)

Complementando, Thompson (2000, p.2) menciona que “Em verdade, uma

boa estratégia e uma boa execução da estratégia são os sinais mais confiáveis de

uma boa gerência.”, a aplicação de Gestão Estratégica e Gestão de Projetos,

devem ter atenção especial dos responsáveis pelo gerenciamento empresarial.

Na figura abaixo representa-se a proposta ideológica da solução que será

apresentada, cada círculo representa uma das temáticas principais, interligados, de

forma proposital as linhas tracejadas, demostrando que tanto pode entrar como sair

Page 21: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

21

conteúdo. Ou seja, permite adaptabilidade, assim como os círculos não estarem

totalmente dentro do retângulo, que significa que não se deve ficar limitado ao que a

solução apresenta, o popular, “pensar fora da caixa”.

A adaptabilidade mencionada pelos círculos tracejados, ilustra que a solução

não faz uso totalmente de Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e

Métodos Ágeis e que novos conhecimentos podem ser adicionados à implantação

da solução na empresa que a for usar. Exemplificadamente, novas práticas dos

Métodos Ágeis podem ser usadas para a execução, ou se fazer uso massivo de um

Plano de Gerenciamento de Riscos.

Figura 1 - Representação Geral Da Solução Proposta

Fonte: O autor (2012)

Para contextualizar melhor o estado da arte, servir de início para a busca de

maiores conhecimentos através da sugestão às referências desta monografia, e

para facilitar o entendimento da solução proposta, os capítulos seguintes tratarão

sobre Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis.

Resumidamente, no mapa mental a seguir, é explicitado toda a parte teórica

da solução proposta para Seleção, Priorização e Execução de Projetos.

Figura 2 - Mapa Mental Da Base Teórica

Page 22: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

22

Fonte: O autor (2012)

2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA

Do famoso conto de fadas Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, há

sempre a lembrada conversa entre os personagens Alice e o Gato de Cheshire,

onde a mesma encontrando-se perdida e pede ao gato qual caminho tomar, o

mesmo ao indagá-la sobre para onde ela quer ir, recebe como resposta “não sei”,

logo, o felino lhe responde que tanto faz, dando-nos como moral que, se não se

sabe para onde quer ir, tanto faz o caminho.

Este “onde ir” é exposto no Planejamento Estratégico através dos objetivos

da empresa, incluso à Gestão Estratégica que possui por objetivo monitorar o

“caminhar” até o objetivo, através de estratégias que enfatizam o “como ir” e

projetos o “o que fazer pra ir”.

Conceitualmente reforçado em (FGV, 2009), por assim define a Gestão

Estratégica como um processo contínuo de determinação da visão, da missão e dos

objetivos da organização, em consonância com seus valores ou princípios, sendo

estas etapas bases, seguindo no contexto de seu ambiente competitivo de atuação,

visando à formulação, à implementação e o controle de estratégias apropriadas

para assegurar o sucesso da empresa.

Em Gestão Estratégica, em especial para esta monografia, é importante que

a empresa que aplicar esta solução tenha o seu Planejamento Estratégico, pois dos

objetivos ali traçados para o negócio que virão as estratégias que resultarão em

projetos para serem gerenciados. Como cita Prado (2004, p. 29) “a origem dos

projetos nas empresas é muito diversificada, mas existe uma forte ligação com a

origem das metas capazes de atender à estratégia de negócios da empresa”.

A importância de todas as empresas fazerem uso de Planejamento

Estratégico é explicada por Kerzner (2002, p. 107) que afirma “O planejamento

estratégico é essencial para a saúde de cada empresa. Um planejamento

estratégico eficaz pode representar, a longo prazo, a diferença entre o sucesso e o

fracasso.”

Page 23: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

23

A solução proposta só irá funcionar se a empresa fizer uso de Gestão

Estratégica, ou ter ao menos o conceito de Visão e o Planejamento Estratégico,

pois, pior que uma estratégia simplificada é não ter estratégia nenhuma. Como

referenciado em (JÚLIO, 2005), não ter visão do negócio, equivale a navegar sem

bússola, ou um avião que voa 10 minutos no sentido contrário de sua rota, que está

20 minutos mais longe do destino desejado.

Ressalta-se a importância da Gestão Estratégica, não somente em

Planejamento Estratégico, mas sim para a administração do negócio das empresas.

Boa parte das empresas hoje operam por meio de unidades como ponto de vendas

pequenos e representantes, ou seja, através de equipes descentralizadas, muito

mais próximas dos clientes do que o pessoal das grandes organizações. Estas

reconhecem que a vantagem competitiva deriva mais de recursos intangíveis, como

conhecimento, capacidades e relacionamentos criados pelos empregados do que

de investimentos em ativos físicos e do acesso ao capital. Portanto, a

implementação da estratégica exige que todas as unidades de negócio, unidades de

apoio e empregados estejam alinhado e conectados com a estratégia (KAPLAN,

2000).

Pelas mudanças de tecnologia, na concorrência e nos regulamentos, a

formulação e a implementação da estratégia deve ser um processo contínuo e

participativo. As empresas necessitam de uma linguagem para a comunicação tanto

da estratégia, como dos processos e sistemas que contribuem para a

implementação e ou que gerem feedback da mesma. O sucesso exige que a

estratégia se transforme em tarefa cotidiana de todos os envolvidos, (KAPLAN,

2000) todos os stakeholders (recursos humanos diretamente envolvidos ou

impactados por projetos).

A Gestão Estratégica, em uma analogia, é o registro da observação da

expressão popular “um olho no peixe e outro no gato”. Ou seja, o objetivo da

empresa, o lucro, representa o peixe, mas sempre há o concorrente, que representa

o gato, ambos com o mesmo objetivo, o peixe (JÚLIO, 2005).

2.1.1 Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico não é apenas um plano de objetivos, estratégias

e ações ou projetos, ele envolve “quem nós somos, o que fazemos e para onde

estamos direcionados” (THOMPSON, 2000, p. 14). Comumente também é visto

Page 24: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

24

com a alcunha de visão, missão e valores. Sendo assim uma soma de vários pontos

que levam a estratégica formulada pensando-se no negócio para o sucesso do

negócio.

É importante ser feito, seguido e atualizado, não é porque,

exemplificadamente, que um projeto anterior foi um sucesso que o próximo será,

assim como se antigamente uma estratégia era excelente, hoje pode não ser. É

perigoso imaginar que sendo feito da mesma maneira e assim mais “folgada” que

tudo vai “correr às mil maravilhas” (PRADO, 2004), o área de Gestão Estratégica

nos ensina que o planejamento estratégico deve ser um guia, visto, revisto,

atualizado, e como Kerzner (2002. p. 114) afirma, “O planejamento estratégico

eficaz para a gestão de projetos é uma tarefa interminável.”

Em (THOMPSON, 2000) define-se cinco atividades, denominadas como

“Tarefas da Gerência Estratégica”, onde o mapa mental a seguir faz uso do

demostrado em (THOMPSON, 2000, p. 14).

Figura 3 - Mapa Mental Da Gerência Estratégica

Fonte: O autor (2012) baseado em (THOMPSON, 2000, p. 14)

Em exemplificação ao que é um Planejamento Estratégico, de forma simples

e com uso de mapas mentais, no Anexo A desta monografia, há o Planejamento

Estratégico do Estudo de Caso, feitos de acordo com o processo definido pelo

diagrama a seguir.

Figura 4 - Diagrama De Processo Para Fazer Planejamento Estratégico

Page 25: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

25

Fonte: O autor (2012)

As atividades citadas no diagrama, referênciam diretamente o mapa mental

anterior, mas noo diagrama demostra-se a sequência das atividades e o mapa

mental toda a ideia que compoê o Planejamento Estratégico, assim como ocorre em

outras partes desta monografia.

A atividade “Definir bases teórico filosóficas” é o mesmo que “Desenvolver a

visão estratégica e a missão do negócio”, ambas falando que deve ser feito no

Planejamento Estratégico a definição de Missão, Visão e Valores da empresa, assim

posteriormente os Objetivos da empresa, as Estratégias para se alcançar os

Objetivos, e os Projetos para atender as Estratégias.

Page 26: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

26

2.1.2 Aplicação de Gestão Estratégica na Solução

A Gestão Estratégica está inserida dentro da solução proposta principalmente

em se fazer o uso obrigatório do Planejamento Estratégico, contribuindo com o uso

de Gerenciamento de Projetos para que sejam alcançados os objetivos ou ao dito

popular, do “como se chegar” ao “aonde se quer ir”.

Para que tal ocorra, além de toda uma nova cultura empresarial, ressaltando-

se os Valores e Princípios dos Métodos Ágeis a serem explicados em capítulo

futuro, os projetos, principalmente os de TI, de acordo com a experiência do autor

desta monografia e relatórios mencionados no capítulo seguinte sobre Métodos

Ágeis, falham muito no popular “aonde se quer ir” pois Beck (2000, p. 43) diz que

para projetos de TI que “O primeiro passo é decidir sobre o âmbito. O que é isso

que vamos tentar prescrever? Que tipos de problemas que vamos abordar e que

tipos de problemas vamos ignorar?”, neste ignorar, entram muitos problemas do

popular “como chegar”, como exemplo, o uso um tecnologia na qual a grande parte

da equipe não tem conhecimento, tendo então a ser ignorada esta tecnologia e se

fazer uso de uma que a maioria da equipe conheça.

O uso de Gestão Estratégica esta alinhado dentro da solução no sucesso

empresarial, mais do que do próprio projeto, pensando-se na questão do foco em

micro e pequenas empresas em que, os recursos investidos devam ser bem

analisados, podendo com facilidade ocorrer o cancelamento de algum projeto em

razão de fortalecer o sucesso de outro mais estratégico.

O Gerenciamento de Projetos, para empresas que nem do Planejamento

Estratégico fazem uso, tende a não ter o sucesso impactante ao qual é possível,

para as empresas, este é o primeiro passo para a maturidade que Kerzner (2002)

avalia as empresas, e o primeiro passo para que esta execução da solução da

monografia possa ter bons resultados, a “Estratégia se faz com Planejamento e

Execução. É crucial investir tempo e recursos financeiros em estratégia. Deve-se

criar o hábito de pensar em estratégica” (JÚLIO, 2005, p. 29).

A partir de um Planejamento Estratégico que serão selecionados e

priorizados os projetos a serem posteriormente executados, com a orientação da

solução proposta nesta monografia.

2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Reiterando-se de conceitos básicos para o bom entendimento, como a

Page 27: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

27

definição de projeto sendo “um esforço temporário empreendido para criar um

produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e

um término definidos” presente no Guia PMBOK (PMBOK, 2008, p. 440), onde trata-

se que Gerenciamento de Projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades,

ferramentas e práticas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos.

O Gerenciamento de Projetos é a atividade do Gerente de Projetos, que por

sua vez o (PMBOK, 2008, p. 13) define em “a pessoa designada pela organização

executora para atingir os objetivos do projeto.”

Em (DINSMORE, 2010) simplifica que tudo no mundo dos negócios ou é um

projeto ou está relacionado a um projeto, e que centenas de atividades realizadas

no dia a dia das empresas estão diretamente relacionadas com projetos.

2.2.1 Benefícios

Em (VARGAS, 2009) explicita que dentre os principais benefícios da

utilização do gerenciamento de projetos, podem-se destacar, resumidamente:

• Surpresas negativas durante a execução dos trabalhos;

• Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma

vez que toda a metodologia está sendo estruturada;

• Prevê as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para

que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que

essas situações se consolidem como problemas;

• Adapta os trabalhos ao mercado e ao cliente;

• Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos;

• Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e

disponibilizadas;

• Aumenta o controle gerencial de todas as fases implementadas devido

ao detalhamento ter sido realizado;

• Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem

decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo,

melhorando a capacidade de adaptação do projeto;

• Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessário;

• Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos.

O Gerenciamento de Projetos tem sido constantemente mencionado na

Page 28: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

28

literatura de negócios, seja que nível for, que por (DINSMORE, 2010) informa que

não é por acaso que é a forma de fazer com que as coisas sejam melhor feitas .

No mesmo contexto de (DINSMORE, 2010), Kerzner (2002, p. 32) enfatiza

que “As empresas que optaram por utilizar uma metodologia de gestão de projetos

perceberam, em seguida, que o potencial de benefícios existente era bem maior do

que o originalmente visto como possível.”

2.2.2 Atribuições

O estabelecimento de um projeto, advém de várias razões e objetivos, como

redução de custos, posicionamento de mercado, obtenção de economia de escala,

lançamento de novos produtos ou tecnologias, melhoria de sistemas atuais,

implementação de processos de mudança organizacional, desenvolvimento sobre

requisição de novos softwares, dentre outros.

Ao Gerenciamento de Projetos, é atribuído inúmeros sucessos na realização

de projetos, de infindáveis áreas, onde além de que, por direcionamento e

disciplina, o próprio gerenciamento acaba tornando-se um diferencial para a

empresa e produto, pois “todos os projetos oferecem oportunidades de inovação,

dependendo da orientação que estiver sendo seguida.” (JAEGER, 2010, p. 29)

Os sucessos do Gerenciamento, pode vir de centenas de pequenos projetos

ocorrendo em paralelo as operações rotineiras da maioria das organizações,

técnicas e métodos de Gerenciamento de Projetos são aplicados hoje em várias

organizações com estrondoso sucesso (PRADO, 2004).

Tal Gestão têm permeado setores normalmente avessos a administração

mais quantificada, como o de Recursos Humanos (PRADO, 2004), sendo este uma

das áreas de estudo desta monografia onde se faz uso dos Princípios dos Métodos

Ágeis.

Esta inserção de Gerenciamento de Projetos a outros setores, está

transformando o Gerenciamento de Projetos, conforme afirma Prado (2004, p. 25)

em uma “boa prática da administração”, e esta é a tendência gerencial mais

marcante nas organizações atualmente, que para Tom Peters, em Career Suvival

Guide. Publicado pela revista Exame de Agosto de 1997, p. 109, “o trabalho por

projetos é o futuro da empresa”.

Page 29: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

29

2.2.3 PMBOK

O PMBOK Guide (Project Management Book of Knowledgment), ou, Guia

PMBOK (Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos), é uma obra criada

pelo PMI (Project Management Institute), no qual é referência para todo e qualquer

assunto em Gerenciamento de Projetos (PMBOK, 2008).

O livro define um ciclo de vida do projeto, divido em Início do Projeto,

Organização e Preparação, Execução do Trabalho do Projeto e Encerramento do

Projeto, dentro deste ciclo estão os os grupos de processos, que são Processos de

Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e por fim o de

Encerramento (PMBOK, 2008).

Preenchendo os processos, há 9 áreas de Conhecimento (PMBOK, 2008):

• Gerenciamento de Integração;

• Gerenciamento do Escopo;

• Gerenciamento do Tempo;

• Gerenciamento dos Custos;

• Gerenciamento da Qualidade;

• Gerenciamento dos Recursos Humanos;

• Gerenciamento das Comunicações;

• Gerenciamento dos Riscos;

• Gerenciamento das Aquisições;

A partir dele que se iniciou os estudos para esta monografia, baseando-se

principalmente na área de Recursos Humanos e a de Comunicações.

Todo projeto, tem um início e um fim, portanto, a solução proposta está

dentro deste ciclo de vida proposto no PMBOK 4º Edição na caracterização do

projeto, mas não dentre os grupos de Processo, pois focou-se apenas em 3

processos, denominados etapas, Detalhamento dos Projetos, Seleção e Priorização

dos Projetos, Execução dos Projetos.

Salienta-se, que a solução proposta e o guia PMBOK não são excludentes,

apenas focou-se que a solução proposta tende a satisfazer melhor as micro e

pequenas empresas, especialmente as de Tecnologia da Informação, (BNDES,

2011; SEPRORGS, 2011).

Page 30: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

30

2.2.4 Aplicação de Gerenciamento de Projetos na Solução

O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) está divido em 9 Áreas de Conhecimento,

aos quais foi feita uma analogia a cada Princípio dos Métodos Ágeis.

Estas Áreas de Conhecimento são partes importantes do Gerenciamento de

Projetos, mas, pela solução ser simplificada, nem todas foram adaptadas, e

recebem maior atenção o Gerenciamento das Comunicações e o Gerenciamento

dos Recursos Humanos.

O Gerenciamento dos Recursos Humanos, que o PMBOK (PMBOK, 2008, p.

215) define como “inclui os processos que organizam e gerenciam a equipe do

projeto. A equipe do projeto consiste nas pessoas com papéis e responsabilidades

designadas para a conclusão do projeto”, assim como o Gerenciamento das

Comunicações, explicitado pelo PMBOK (PMBOK, 2008, p. 243) como “inclui os

processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam

geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de

maneira oportuna e apropriada”, para a solução desta monografia, devem estar

dentre os conceitos tanto dos Valores do XP quanto dos Princípios dos Métodos

Ágeis.

Ambas áreas, são vitais para que qualquer estratégia gere resultados

positivos, e o uso em especial destas áreas na solução confirma por (KAPLAN,

2000) que mudanças nestas geram resultados mais perceptíveis, além de que a

estratégia exige mudanças em praticamente todas as partes da organização,

demandando trabalho em equipe para a coordenação das mudanças.

Motiva portanto os esforços da aplicação da solução desta monografia sosbre

estas duas áreas, o impacto de mudanças tende a ser maior ainda mais se levado

em consideração o percentual de investimento em recursos financeiros frente as

demais áreas, visto que tirando práticas como treinamentos e consultorias externas,

o restante está baseado em ações comportamentais sem custos.

O Gerenciamento de Projetos é a base de toda a solução, não há

especificamente uma aplicação única do mesmo, pois a solução como um todo é

para Gerenciamento de Projetos, mas sobre tal é a responsabilidade da etapa de

Execução na solução proposta nesta monografia.

2.3 MÉTODOS ÁGEIS

Para se avaliar algo, a principal métrica são os números, e estes são

Page 31: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

31

explicitados pelos relatórios Chaos Report (STANDISH, 2009) e o Chaos Manifesto

(STANDISH, 2011), onde apresenta-se que houve crescimento no sucesso de

projetos de desenvolvimento de software, e este sucesso é em muito atrelado ao

sucesso dos métodos ágeis. O gráfico abaixo demostra que os projetos que

começam e terminam com sucesso, aumentaram de 32% em 2008, para 37% em

2010, anos aos quais as pesquisas expostas em 2009 e 2011 pelo Standish

referenciam. Da mesma, os projetos fracassados caíram de 24% para 21%, e os

contestados, ou desafiados, aqueles que foram finalizados mas com atrasados ou

fora do orçamento, diminuíram de 44% para 42%.

Figura 5 - Comparação De Resultados Dos Relatórios Chaos

Fonte: O autor (2011) baseado em (STANDISH, 2009) e (STANDISH, 2011)

O relatório The State of Agile Development, publicado no 3rd Annual Survey

(VERSIONONE, 2008), apresenta que 55% dos projetos que usam Métodos Ágeis

estão entre 90% e 100% de sucesso.

Com tais números, é possível salientar porque 76% das empresas

consultadas no relatório IT Governance and Project Management Survey (DR

DOOB'S, 2009) adotaram técnicas dos métodos ágeis em um ou mais projetos.

O Standish Group (STANDISH, 2011) afirma que a adoção de métodos ágeis

está em torno de 22% CAGR (Taxa de Crescimento Composto Anual), e que tais

métodos representam mundialmente 9% de todos os projetos, sendo-os usados em

29% dos desenvolvimentos de novas aplicações.

Os Métodos Ágeis é uma coleção positiva de valores, princípios e práticas ou

técnicas, de metodologias usadas desde a década de 90 para desenvolvimento de

software, época na qual projetos de TI (Tecnologia da Informação) sofriam duras

Page 32: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

32

críticas e eram considerados sempre falhos, pois havia um maior desenvolvimento

do hardware em relação aos softwares que os mesmos teriam que utilizar, (COHEN,

2004).

Inúmeros livros e artigos surgem constantemente com comparações,

avaliações, pontos de vista favoráveis ou não, a aplicabilidade dos Métodos Ágeis

em relação ao Guia PMBOK (PMBOK, 2008), e em (SLIGER, 2006) se diz que

apesar das diferenças de filosofias entre PMI e Agile, muitas das práticas do

(PMBOK, 2008) são compatíveis com as práticas ágeis.

Em (KOCH, 2004) há uma comparação completa dos processos do (PMBOK,

2008) com as práticas dos Métodos Ágeis, concluindo que nada nas Metodologias

Ágeis é incompatível com os processos do PMBOK e que pode ser oportuno

reforçar as Metodologias Ágeis com processos do PMBOK, porém somente onde

realmente necessário e sem comprometer a agilidade.

Os métodos ágeis possuem embasamento em 12 recomendações,

denominadas Princípios para o Desenvolvimento Ágil de Software (PRINCÍPIOS

ÁGEIS, 2001). Estes essencialmente ressaltando valores ao qual ajudam não

apenas projetos para desenvolvimento de software, mas possivelmente todo e

qualquer tipo de projeto por se tratarem principalmente de mudanças

comportamentais, e acreditando-se nisso fazer-se o emprego na solução proposta

nesta monografia.

2.3.1 Onda Ágil

Os Métodos Ágeis, ou Agile, surgiram com o intuito de desenvolvimento mais

rápido e eficaz de softwares, proporcionando entregas mais rápidas em detrimento

de menos processos de Engenharia de Software (MAGELA, 2006).

O desenvolvimento de software, orientado por práticas ágeis de forma

organizada como há atualmente, data do ano 2001, onde 17 profissionais da TI e

outros simpáticos à causa, observaram a necessidade de uma documentação

formal que guiasse o desenvolvimento ágil, criando assim o Manifesto Ágil

(MANIFESTO, 2001) e os 12 Princípios dos Métodos Ágeis para Desenvolvimento

de Software (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001).

Os marcos iniciais, e mais conhecidos, que levaram a criação deste

consórcio de profissionais e da Agile Alliance (AGILE ALLIANCE, 2010), foram o

projeto gerido por Kent Beck, que criou o XP (Extreme Programming), o projeto

Page 33: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

33

Chrysler Comprehensive Compensation System, comumente chamado de C3 (C3,

1995) e o do United Overseas Bank, no qual Peter Coad e Jeff de Luca

implementaram o FDD (Feature-Driven Development) publicado pela primeira vez

em (COAD, 1998).

A Onda Ágil é facilmente perceptível na quantidade crescente de eventos

sobre o assunto (RODRIGUES, 2010), e pelo PMI (Project Management Insitute) ter

em atual estado validação uma certificação para Gerentes de Projetos Ágeis, a Agile

PMP, com informações presentes em http://www.pmi.org/Certification/New-PMI-

Agile-Certification/PMI-Agile-Toolbox.aspx assim como um grupo web mantido pelo

instituto, denominado PMI Agile Community of Practive, acessível em

http://agile.vc.pmi.org

2.3.2 Manifesto e Metodologias

As Metodologias Ágeis, podem ser explicadas com o embasamento do

manifesto feito pela maioria dos seus autores:

“Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas,Software em funcionamento mais que documentação abrangente,Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos,Responder a mudanças mais que seguir um plano”(MANIFESTO ÁGIL, 2001)

Há inúmeras metodologias ágeis, sendo as principais Extreme Programming

(XP), Scrum, DSDM, Adaptive Software Development, Crystal, Feature-Driven

Development, Pragmatic Programming e Lean, mas, foram objetos de estudo para

uso neste trabalho apenas Extreme Programming (XP) e Scrum.

Em Scrum e XP, seus fundamentos filosóficos têm foco na capacitação da

equipe de desenvolvimento e em satisfazer os clientes, mas Scrum tem atenção

especial para a cultura gerencial que está enraizada em ajudar os outros a atingir

seus objetivos, e XP em ferramentas técnicas que são focadas em ter decisões

baseadas em fatos através de um processo de aprendizagem. Conforme Mary

Poppendieck em (SCHWABER, 2004, p. xiv) “Quando todos esses fatores estão no

lugar, é difícil para Scrum não para ter sucesso.”

2.3.3 Princípios dos Métodos Ágeis

Os princípios dos Métodos Ágeis, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001) tem uso no

objetivo nesta monografia na questão de mudança de valores, de pensamento

sobre ações e ao trabalho realizado dentro e fora do empreendimento, projetos,

Page 34: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

34

equipes.

Para não tornar-se repetitivo nesta monografia, os 12 princípios estudados

são expostos no capítulo PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS ÁGEIS EM

GERENCIAMENTO DE PROJETOS junto a uma citação no qual compara cada um

dos Princípios dos Métodos Ágeis às Áreas de Conhecimento do PMBOK.

Estes Princípios agem diretamente para mudanças culturais, e conforme

Dinsmore (2010, p. 41) “Para que a gestão por projetos seja eficaz, são necessárias

mudanças na estrutura e na cultura da organização, no seu estilo gerencial e fluxo

de informações.”

2.3.4 Valores do XP (Extreme Programming)

A solução proposta, como já mencionada em relação aos Princípios Métodos

Ágeis, tende a atuar na mudança comportamental de todos os envolvidos, sejam

eles da diretoria da empresa à equipe de projeto.

Beck (2000, p. 73) inicia a menção dos valores do XP, metodologia por ele

criada, fazendo alusão ato de “aprendendo a dirigir”, onde “lembra-nos a fazer

muitas mudanças pequenas e nunca tirar os olhos da estrada.”

Os valores por ele agregados ao XP são “Os quatro valores – comunicação,

simplicidade, feedback e coragem – nos dão os critérios para uma solução de

sucesso” (Beck, 2000, p. 37).

Em Dinsmore (2010) é mencionado que encontrar as hipóteses certas e

torná-las conhecidas a todo o pessoal envolvido são tarefas teoricamente fáceis,

assim enfatizando a comunicação e simplicidade, é “assegurar que os membros de

uma equipe de remadores estejam dentro do barco antes de começarem a remar.”

(Dinsmore, 2010, p. 178) exemplifica todas as demais, em uma equipe de

remadores, há de se ter os 4 valores para o sucesso, por Dinsmore.

Kerzner também menciona 4 valores em sua obra, “A cultura de gestão de

projetos que dá resultados é aquela baseada em confiança, comunicação,

cooperação e trabalho em equipe.” (KERZNER, 2002, p. 153).

Em uma miscigenação, os valores expostos por Beck e Kerzner

complementam-se, onde apesar que o primeiro focar em valores para a realização

de um processo e o segundo valores para a maturidade em gestão, ambos reiteram

a importância da comunicação e a troca de informações entre os membros da

equipe, ou seja, deve haver trabalho em equipe, baseado em cooperação e

Page 35: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

35

feedback, com simplicidade para tornar estas informações entendíveis por todos,

confiança nas informações e na equipe, e coragem para se enfrentar contratempos.

A seguir, os valores do XP, explicação e aplicação:

2.3.4.1 Comunicação

Um projeto não pode terminar bem se os envolvidos não comunicam-se

satisfatoriamente, diz Beck (2000, p. 29-30) “Problemas em projetos podem

invariavelmente ser traçados quando alguém não conversa com alguém se não for

sobre alguma coisa importante.”

O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) usa a área de conhecimento Gerenciamento

das Comunicações do projeto em seus 5 processos, mas nesta solução, vai além de

só comunicação, estaria principalmente bem alinhada a área de conhecimento do

Gerenciamento dos Recursos Humanos, além das demais.

A comunicação é aplicada no sentido amplo de manter todos os envolvidos,

os stakeholders, informados sobre os objetivos e resultados.

2.3.4.2 Simplicidade

É um conceito amplo e comumente tido como fácil, assim como a

comunicação, mas é errôneo pensar assim, simplicidade não é fácil, eis um dos

motivos que micro e pequenas empresas acabam não dando certo.

Comumente, elas tornam a burocratizar processos, encher de práticas ou

sub-processos que os tornam enfadonhos e fazem com que as mesmas os

abandonem, e dentro do projeto, o líder do mesmo, como em XP chamado de

Coach, deve inicialmente perguntar “qual é a coisa mais simples que poderia

funcionar?” (BECK, 2000, p. 30) e assim deve ser, em se tratando de projetos de TI,

isso torna-se mais fácil com o uso de algumas práticas, posteriormente

mencionadas.

No mesmo valor, atribui que é melhor fazer uma coisa simples hoje, e um

pouco mais amanhã, assim custará menos para alterá-lo e torna-se assim mais

simples de se fazer, do que fazer uma coisa mais complicada e demorada que

nunca venha a ser usado (BECK, 2000).

2.3.4.3 Feedback

O feedback, que em português poderia ser algo como retorno de

Page 36: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

36

conhecimento, pode ser explicitado como “Reações concretas sobre o estado atual

do sistema é absolutamente impagável. Otimismo é um risco ocupacional de

programação. Feedback é o tratamento” (BECK, 2000, p. 31).

Este valor contribui significativamente nos demais, pois quanto mais

feedback tiver, mais fácil é se comunicar, e quanto mais os stakeholders se

comunicam, melhor tende a ser o senso comum do que pode ser simples. (BECK,

2000, p. 32).

A aplicação de feedback é justamente ser um motivo para o esforço em

melhorar a comunicação, pois acaba gerando um maior comprometimento de todos,

por assim se elevar a confiança no projeto, a coragem.

2.3.4.4 Coragem

É o mais confuso dos valores, mas tornando o conceito simples, é acreditar,

ter confiança no envolvimento mútuo dos stakeholders no projeto, algo como se o

líder do mesmo tiver coragem, os demais vão por em produção.

A aplicação gira em torno de que o Gerente do Projeto, Líder Técnico,

Coordenador, XP Coach, Scrum Master, ou nome a ser preferencialmente

empregado pela empresa, tenha auto-confiança e passe a mesma adiante, criando

uma motivação acima da conhecida pelas teorias de Moslow (PRADO, 2004, p.

221), Tipo Gerencial (PRADO, 2004, p. 222) ou a Teoria Higiênico/ Motivadora de

Herzberg (PRADO, 2004, p. 223).

2.3.5 Papéis, Cerimônias e Artefatos do Scrum

O Framework Scrum, é tido como um Método Ágil mais focado em

Gerenciamento, principalmente pela questão de não haver uma obrigatoriedade de

práticas de desenvolvimento de software como no XP (Extreme Programming) mas

sim aos papéis, cerimônias e artefatos por ele determinado (SCRUM ALLIANCE,

2011).

Os papéis do Scrum serviram para embasamento aos cargos utilizados na

solução, as cerimônias às reuniões e formas de criação de documentação, e os

artefatos a documentação, ao conhecimento armazenado para a execução na

solução.

Page 37: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

37

2.3.5.1 Papéis do Scrum

Em Scrum, foi criado 3 papéis, sendo eles Product Owner, Team e o Scrum

Master, e todas as responsabilidades do gerenciamento do projeto são dividas entre

estes 3 papéis, (SCHAWBER, 2004), sendo tais responsabilidades individuais

parecidas como as do Analista de Negócios, a Equipe, e o Gerente do Projeto.

O Product Owner (Proprietário do Produto) é o responsável por representar

os interesses de todos com participação no projeto e seu sistema resultante.

Basicamente, o Product Owner consegue financiamento inicial e permanente

para o projeto, criando requisitos gerais para o projeto, analisa o retorno do

investimento (ROI), além de estar a parte de objetivos e planos de lançamento

(SCHAWBER, 2004), ele é o representante do sponsor ou patrocinador, do projeto,

atuando junto a equipe de desenvolvimento, podendo ter Analista de Negócios ou a

própria Gerência empresarial se presente, uso dentro da solução proposta pela

monografia baseada neste papel do Scrum.

O Team, ou Equipe, são os responsáveis pelo desenvolvimento. Prioriza-se

as práticas dentro das Equipes, como serem auto-gerenciáveis, auto-organizadas e

multi-funcionais, e ela é responsável por descobrir como transformar o que há no

Product Backlog em um incremento de funcionalidade dentro de uma iteração, e

gerenciar seu próprio trabalho (SCHAWBER, 2004).

Os membros da equipe são coletivamente responsáveis pelo sucesso de

cada iteração e do projeto como um todo, assim como o fracasso, na solução desta

monografia, podemos basear que o papel de todos os stakeholders dos projetos

pode ser o mesmo do Team do Scrum.

O Scrum Master é o responsável pelo processo do Scrum, mantendo unidos

Team e Product Owner e demais envolvidos no projeto, assegurando que todos

sigam as regras e práticas do Scrum, no caso, este papel tem uma modificação

nesta solução da monografia, já que não há por completo o processo Scrum,

atuando então o Gerente de Projetos baseado neste papel do Scrum em manter a

equipe e gerenciar o projeto.

Em uma analogia presente em (DINSMORE, 2010), os envolvidos em todo o

projeto, devem trabalhar em conjunto, comparando a eficácia da formação em “V”

dos gansos, na consideração do alinhamento estratégico de projetos, “O trabalho

em conjunto e a recíproca contra correntes adversas, tanto entre gansos como entre

projetos estratégicos, criam uma sinergia que os leva eficazmente a seus destinos”

Page 38: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

38

(DINSMORE, 2010, p. 40)

2.3.5.2 Cerimônias do Scrum

O Scrum define 4 cerimônias, ao qual nelas foram baseadas as reuniões

curtas presentes na solução, sendo elas no Scrum (SCRUM ALLIANCE, 2011):

Sprint Planning: uma reunião onde o Team e o Product Owner decidirão qual

o trabalho será feito durante o sprint.

Daily Scrum: reunião diária com todo o Team para compartilhar os desafios e

progressos do desenvolvimento.

Sprint Reviews: reunião de demostração do Team ao Product Owner sobre o

que fizeram.

Sprint Retrospectives: reunião do Team para procurar melhores formas para

melhorar o processo e o produto ao qual estão desenvolvendo.

2.3.5.3 Artefatos do Scrum

O Scrum possui três artefatos (SCRUM ALLIANCE, 2011), que são os

componentes onde estão as informações para o desenvolvimento do software,

sendo o embasamento sobre eles aplicado a solução para o Project Backlog e

Painel Kanban.

Product Backlog: lista priorizada das features/ resultados desejados para o

projeto.

Sprint Backlog: lista das tarefas a partir do Product Backlog que o Team

deverá fazer no sprint.

Burndown chart : é um gráfico que permite que seja facilmente perceptível o

andamento do desenvolvido, sugerido um para a sprint e outro para o projeto.

2.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos

A utilização de Métodos Ágeis, em especial seus Princípios e Valores,

interligada ao Gerenciamento de Projetos, tem foco principal na mudança cultural

das pessoas envolvidas com os Projetos.

Pessoas que tendem a evitar mudanças, dificultam a inserção de novos

processos, evitando e até prejudicando a alteração do sistema já existente. Prado

(2004, p. 196) cita as palavras de Maquiavel ao ano de 1514, em que “Não há nada

mais difícil de planejar, de sucesso mais duvidoso, nem mais perigoso de gerenciar

Page 39: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

39

do que a criação de um novo sistema. A causa reside em que o iniciador atrai a si a

antipatia dos que lucrariam pela preservação do velho sistema e tem a seu lado

apáticos defensores que seriam beneficiados pelo novo sistema.”

2.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos

Os 12 princípios dos Métodos Ágeis podem se somar a cultura da empresa,

aliados aos Valores, sejam os explicitados pelo XP de Beck (2002) ou de Kerzner

(2002) contribuem para o sucesso.

Os princípios foram escritos na forma prática, tendo-se que se fazer o seu

entendimento para um forma literal e reflexiva, podendo os mesmos serem

aplicados dentro as áreas do Gerenciamento de Projetos do PMBOK, como a

exemplo, para que junto a solução, torne mais fácil a etapa de Execução dos

Projetos oriundos do Planejamento Estratégico da empresa.

A citação a seguir é de um artigo publicado em 2010 do mesmo autor desta

monografia, que referência o Princípio Ágil e a Área de Conhecimento do Guia

PMBOK (PMBOK, 2008) com o qual se faz a sua aplicação:

“O objetivo deste texto não é comparar as Práticas dos Métodos Ágeis com o Guia PMBOK, mas sim apresentar estes 12 Princípios e aplicá-los nas áreas de conhecimento apresentadas no Guia PMBOK com intuito de enriquecer o Gerenciamento de Projetos e não somente a parte proposta pela Declaração daInterdependência (DOI, 2005) para o Gerente de Projetos.O Gerente de Projetos deve cercar-se de todos os meios que possam ajudá-lo em sua tarefa, assim sendo, trazendo os 12 Princípios Ágeis para dentro do Gerenciamento de Projetos. Pode-se definir que o 1º Princípio, “Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregado” (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), resulta em ter-se uma possível diminuição de um grande projeto, para vários subprojetos, para assim, como ocorre no desenvolvimento de software, tornar mais fácil conseguir mensurar erros que possam estar acontecendo, assim como o principal, ir fomentando o patrocinador dos recursos financeiros já aplicados no projeto.

A aplicabilidade deste princípio ao (PMBOK, 2008) está em todas as áreas de conhecimento como o Gerenciamentos de Integração, Gerenciamentos de Escopo, Gerenciamentos de Tempo, Gerenciamentos de Custos, Gerenciamentos de Qualidade,Gerenciamentos de Recursos Humanos, Gerenciamentos de Comunicações, Gerenciamentos de Riscos e Gerenciamento das Aquisições. É o uso da antiga frase de origem romana, “dividir para conquistar”.

O 2º Princípio, “Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o cliente” (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), pode tornar-se o mais lucrativo em sua aplicação ao Gerenciamento de Integração, Gerenciamento de Escopo, Gerenciamento de Mudanças, e também ao Gerenciamento da Qualidade, (PMBOK, 2008), fazendo a aplicação deste princípio no pressuposto de que todas as mudanças de requisitos sugeridas são benéficas, algumas inaplicáveis no projeto atual, no entanto, passíveis em uma extensão do projeto. Deixa,

Page 40: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

40

portanto, precedentes para um novo contrato, somando-se ainda a questão a visão de mudanças estar alinhada a geração de novos conhecimentos que sempre são reutilizáveis, referenciando-se a Gestão de Conhecimento (BUKOWITZ, 2002).

O 3º Princípio, “Entregar frequentemente software funcionando, de poucas semanas a poucos meses, com preferência à menor escala de tempo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é facilmente confundível com o 1o Princípio citado em termos de Gerenciamento de Projeto, mas conceitualmente encara-se como ser mais fácil achar problemas em um pequeno pedaço de um subprojeto do que no projeto inteiro, facilitando o Gerenciamento de Riscos do Projeto, assim como a área de Gerenciamento de Tempo, (PMBOK, 2008), convergindo no grupo de processos do Gerenciamento de Cronograma visando maior controle sobre o Gerenciamento do Projeto.

O 4º Princípio, “Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), reforça o uso de comunicação constante entre Stakeholders e/ou Patrocinador com a equipe do projeto, especialmente o Gerente de Projetos, (PMBOK, 2008), tendo pelo Gerenciamento de Comunicações, (PMBOK, 2008), sua organização, facilitando as partes interessadas identificadas nos processos de iniciação, o repasse de conhecimento sobre aquilo que realmente necessitam e querem, facilitando o Gerenciamento de Riscos, (PMBOK, 2008).

O 5º Princípio, “Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001], deve ser parte do Gerenciamento de Recursos Humanos do (PMBOK, 2008), mas também presente em todos os demais, o trabalho deve ser motivado e pode ser por ações de união entre os colaboradores, benefícios, ou simplesmente evitando horas extras desnecessárias. É fazer com que o colaborador trabalhe gostando do que está fazendo, sendo tal princípio diretamente presente em grandes empresas da área de TI, como em (GOOGLE, 2010) que informa que "No Google, sabemos que cada funcionário tem algo importante a dizer e que cada um deles é parte integrante de nosso sucesso".

O Princípio 6, “O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e, entre, uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a face”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), pelo (PMBOK, 2008), trata sobre o Gerenciamento de Comunicações do Projeto, sobre dar mais atenção a transferência de informações pessoalmente do que via outra meio, assim contribuindo para inúmeras ferramentas importantes para um Gerente de Projetos, como Marketing de Relacionamento (MCKENNA, 1997).

O 7º Princípio, “Software funcionando é a medida primária de progresso”,(PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), atua como um milestone, marco, para o Gerenciamento de Tempo do (PMBOK, 2008) em termos de software, e em termos de projeto pode ser considerado como a correta realização de uma atividade de um pacote de processos.

O 8º Princípio, “Os processos ágeis promovem desenvolvimento sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamente”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), vem claramente do processo Lean (LEAN, 2010), onde o objetivo é a produção contínua e com isso gerenciável pelo Gerenciamento de Integração (PMBOK, 2008) e mensurável pelo Gerenciamento da Qualidade, (PMBOK, 2008).

O 9º Princípio, “Contínua atenção à excelência técnica e bom design aumenta a agilidade”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é adaptável ao Gerenciamento da Qualidade do (PMBOK, 2008), onde tendo-se atividades bem realizadas haverá menor retrabalho, consequentemente um projeto de melhor qualidade e ainda uma equipe menos desmotivada por erros, portanto tendo satisfação em trabalhar, contribuindo para o Gerenciamento

Page 41: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

41

de Recursos Humanos (PMBOK, 2008).O 10º Princípio, “Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade

de trabalhonão realizado – é essencial”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), em comparação ao (PMBOK, 2008) é considerado por muitos autores o mais conflitante, tendo em consideração que profissionais atacam os Métodos Ágeis [PACHECO, 2010] em defesa de práticas difundidas pelo PMBOK e outros acreditam que ambas podem trabalhar juntas, como (TAVARES, 2008), onde pode-se afirmar que o Princípio Ágil é a recomendação de não perder muito tempo planejando o que não vai ser necessário fazer, realizando-se uma reanálise sobre o escopo do Gerenciamento de Escopo, (PMBOK, 2008), mas também pode ser aplicado tal princípio no quesito de otimização do Gerenciamento de Tempo, (PMBOK, 2008), reajustando atividades e criando-se um perfil de Gerente de Projetos mais audaz.

O 11º Princípio, “As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de equipes auto-organizáveis”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), está na mesma área do 8º Princípio, onde tendo um bom relacionamento no Gerenciamento de Comunicações,(PMBOK, 2008), a equipe trabalha como um todo melhor, tendo o Gerente de Projetos a real função de gerenciar o projeto, aplicando maior atenção ao projeto e não em comandar a equipe de trabalho do projeto.

Finalizando, o 12º Princípio, “Em intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), acrescenta novamente a importância do Gerenciamento de Comunicações para o bom andamento de um projeto, uma das práticas comuns em Métodos Ágeis para Desenvolvimento de Software são as stand-up meeting, ou reuniões em pé, (TELES, 2004), onde os membros da equipe, conversam rapidamente fazendo um retrospectiva breve do que vem ocorrendo de forma satisfatória, ou não, sendo conveniente a aplicabilidade deste princípio em todos os 5 grupos de processos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, Encerramento (PMBOK, 2008).” (RODRIGUES, 2010)

Page 42: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

42

3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO

A base prática da solução proposta, faz uma miscelânea de práticas

presentes nos Métodos Ágeis e indicadas para modelos de gestões, como Gestão

Estratégica e a Gestão Empresarial.

Práticas que tem o objetivo de tornar mais simples as centenas de atividades

realizadas no dia a dia das empresas que estão diretamente relacionadas com

projetos, contribuindo para sucesso das empresas (DINSMORE, 2010).

Os Métodos Ágeis, tanto dentre em seu Manifesto (MANIFESTO ÁGIL, 2001)

quanto em seus Princípios (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), enfatizam a interação com

os envolvidos no projeto, sabendo-se que tudo o que ocorre, é por motivo de

pessoas, com algumas Práticas Ágeis.

Algumas Práticas Ágeis contribuem para esta melhor interação, contribuindo

também outras tarefas, como a documentação, seja do sistema, projeto,

planejamento, que não será feita só anteriormente, mas em paralelo, como uma

simples ata às Retrospectivas/ Feedbacks ao fim do processo de Execução,

satisfazendo assim uma das informações passadas por Kerzner (2002, p. 52) de

que “se não documentar as lições aprendidas, a empresa pode rapidamente

regredir da maturidade para a imaturidade em gestão de projetos”, ocorrendo que

“O conhecimento é perdido e os erros do passado se repetem”.

O mapa mental a seguir demostra as principais práticas sugestionadas,

explicitadas nos subcapítulos seguintes.

Figura 6 - Mapa Mental Da Base De Práticas

Fonte: O autor (2012)

Outras práticas e até processos podem ser somados a aplicação desta

solução na empresa, como por exemplo, técnicas de liderança para atuar junto ao

Gerente do Projeto, para facilitar e manter o equilíbrio das tensões entre

Page 43: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

43

estabilidades e mudanças (KAPLAN, 2000).

O importante em termos de práticas, é que auxiliem para sobressair as

vantagens advindas de um projeto bem gerenciado, fazendo com o que foi

planejado seja obtido, “por meio do gerenciamento de projetos há mais chances de

termos clientes satisfeitos.” (PRADO, 2004, p. 20).

O sucesso desta solução depende de haver comprometimento entre todos os

envolvidos, tanto para com o Planejamento Estratégico, quanto para os processos

de Seleção, Priorização e Execução de Projetos.

Para exemplificação do que é comprometimento, faze-se uso deste conto:

“Uma galinha e um porco estão andando pela estrada. A galinha diz para o porco, "Você quer abrir um restaurante comigo?" O porco considera a pergunta e responde, "Sim, eu gostaria disso. Como você quer chamar o restaurante?" e a galinha responde, "Presunto e Ovos!" O porco pára, pára e responde: "Pensando bem, eu não acho que eu quero abrir um restaurante com você. Eu estaria comprometido, mas você só estaria envolvido.” (SCHWABER, 2004)

3.1 MAPAS MENTAIS

Como já informado nesta monografia, os mapas mentais são formas de criar

e expressar conhecimento, usando os 2 lados do cérebro, facilitando assim tanto a

explicitação, como o entendimento do conhecimento criado e exposto, facilitando o

fluxo de ideias para como no uso a esta solução, a criação das atividades que

compõem o projeto.

O uso dos mapas mentais como uma prática para esta solução permite que

sejam detalhadas as atividades e as formas de serem realizadas, observações e

outros assuntos pertinentes aos projetos, sem regras autoritárias, dando assim

liberdade para exposição de ideias.

Sugestiona-se apenas que seja feita alguma notação para facilitar o

entendimento, como por exemplo em referência aos mapas mentais para o

Planejamento Estratégico, que o segundo nível, ou seja, os primeiros ramos após o

centro, sejam os objetivos, ao terceiro nível estejam as estratégias e ao quarto nível

estejam os projetos, ocultando os detalhes dos projetos que já podem ser

considerados como atividades.

Também como sugestão, evitar abreviações, escrever de forma simples e

direta, usando o tempo verbal no infinitivo para o terceiro e quartos níveis, conforme

pode ser visto no Anexo A – Planejamento Estratégico do Estudo de Caso.

Em relação aos mapas mentais dos Projetos, sugestiona-se à ser inserido o

Page 44: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

44

máximo de informações pertinentes a realização dos mesmos, como perguntas que

devem ser respondidas em atividades de reunião, ao exemplo. Também o uso de

ícones gráficos pra a facilitação da identificação do tipo de recurso/ atividade à que

se refere aquele ramo, à exemplo o uso de um ícone representando um telefone

para os Recursos Humanos que devem ser chamados para a realização do projeto,

um ícone como um relógio para o ramo que representa o Tempo e Custo do projeto,

ou apenas um ícone gráfico para chamar a atenção a um ramo em especial. No

Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso, há os

mapas mentais dos Projetos utilizados para a validação desta solução, ao qual

podem servir de exemplificação.

3.2 MATRIZ DE ANSOFF

A também chamada de Matriz Produto/Mercado, criada por Igor Ansoff na

década de 50, caracterizada por ter seus 4 quadrantes em Penetração do Mercado,

Desenvolvimento do Produto, Desenvolvimento do Mercado e Diversificação.

É um modelo gráfico que pode ser utilizado para determinar oportunidades de

crescimento de uma empresa através de seus produtos, e seu uso nesta solução é

neste contexto, através da qual será avaliado se o produto resultante do projeto é

ou não favorável ao atual momento da empresa.

Como produto, considera-se o resultado do projeto, seja ele realmente um

produto, ou por exemplo, apenas o aprendizado de uma nova tecnologia.

Ela é uma ferramenta auxiliar, junto a Matriz SWOT, para ajudar a se obter

conhecimentos para pontuar os Projetos na etapa de Seleção e Priorização, através

de informações mais objetivas do que subjetivas, sem limitação de informações a

serem inseridas em cada um de seus quadrantes, mas sugestionando-se o

equilíbrio entre os 4.

A figura a seguir mostra como é a Matriz Ansoff, sendo todas as usadas para

a avaliação dos produtos dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B –

Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso.

Figura 7 - Matriz De Ansoff

Page 45: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

45

Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)a

3.3 MATRIZ SWOT

A conhecida matriz de Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas),

Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), que muitos atribuem a criação

a professores de Hardvard, mas pelo conceito tão simples e aplicável, pode ser fato

a sua origem por volta de 500 a.C por Sun Tzu onde afirmou “Concentre-se nos

pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra

as ameaças”.

Esta matriz no contexto da solução, terá função primordial para pontuação

dos projetos na etapa de Seleção e Priorização, aliada a Matriz de Ansoff para os

produtos destes projetos.

A solução torna como importante a pontuação dos projetos e não somente os

produtos, pelo autor desta monografia acreditar que um projeto bem sucedido,

poderá contribuir para a realização de outros projetos semelhantes, ou com o

sucesso do mesmo, poder ser aumentado o limite de realização de projetos

podendo-se acrescentar outros ao portfólio.

O preenchimento desta matriz é através de informações mais objetivas do

que subjetivas, sem limitação a serem inseridas em cada um de seus quadrantes,

mas sugestionando-se o equilíbrio entre os 4 quadrantes.

A figura a seguir demostra a Matriz SWOT, sendo todas as usadas para a

avaliação dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B – Documentos de

Page 46: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

46

Informações dos Projetos do Estudo de Caso.

Figura 8 - Matriz SWOT

Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)b

3.4 PONTUAÇÃO DE PROJETOS

Os projetos a sem realizados na etapa de Execução, serão Selecionados e

Priorizados, de acordo com o proposta desta solução, pelo seu melhor alinhamento

as estratégias para o sucesso do objetivo exposto no Planejamento Estratégico da

empresa.

Através de uma planilha contendo perguntas relativas a informações

inseridas nas Matrizes de Ansoff e SWOT, é atribuído uma pontuação a cada

resposta possível a estas perguntas, sendo esta uma forma simples e objetiva

encontrada para se fazer a Seleção e Priorização de Projetos.

Por ter seus critérios alinhados ao Planejamento Estratégico de cada

empresa, surge a possibilidade de personalização das perguntas e a pontuação de

acordo com a Missão, Visão e Valores da empresa que for fazer uso desta solução,

aumentando a confiabilidade dos critérios, como por exemplo:

Projeto levará mais tempo que a média dos projetos?

Se sim=0 pontos; Se não=2;

Projeto possui mais identificação de Forças que Fraquezas?

Page 47: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

47

Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Projeto atribui a reutilização do mesmo na mesma estratégia ou

embasamento em algo já pronto?

Se sim=1 pontos; Se não=0;

No Anexo C – Planilha de Seleção e Priorização do Estudo de Caso, é

possível ver os projetos Selecionados e Priorizados, com todos os critérios usados

para pontuação na planilha presente.

A ferramenta para o Estudo de Caso utilizada para montagem e utilização da

Planilha foi o Calc, do LibreOffice 3.4, mas pode ser feita em qualquer software de

planilha de texto editável, ou, pode ser desenvolvida esta planilha em forma de

software sem muitas complicações, pela sua simplicidade.

3.5 PROJECT BACKLOG

Na metodologia Scrum, o Product Backlog é o local onde os requisitos

levantados pelo Product Owner, como uma “lista de requisitos”, ficam armazenados

para que o Product Owner use-os para garantir que a funcionalidade mais valiosa

seja produzida, o que é conseguido através da frequente reanálise deste Product

Backlog, sendo os requisitos mais importantes à serem feitos na próxima iteração.

O Project Backlog tem o mesmo conceito do Product Backlog, mas ao invés

de requisitos, são os Projetos, que derivam das Estratégias para obtenção dos

Objetivos do Planejamento Estratégico, que ficam armazenados.

No Project Backlog também estão as demais informações referentes aos

projetos, como os Documentos de Informações dos Projetos, que contém o Escopo,

Mapa Mental, Matriz SWOT e Ansoff de cada projeto, podendo ser comparado então

o Project Backlog também a um repositório de informações.

Um Analista de Negócios devidamente representando a empresa, ou a

própria direção de mesma, que ficarão como responsáveis do Project Backlog,

como um Product Owner em alusão ao Product Backlog. No Estudo de Caso, por

ser uma empresa em que a Gerência da mesma está envolvida diretamente, ela

que é a responsável não tendo um profissional com esta alcunha de Analista de

Negócios.

Ao Project Backlog, o acesso do Gerente de Projetos e do time, depende de

como é a política própria de cada empresa em relação a divulgação de informações

aos envolvidos, ou stakeholders, dentro da empresa que usará esta solução, ao

Page 48: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

48

Estudo de Caso, todos tiveram acesso ao Project Backlog.

No Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso,

há todos os Documento de Informação do Projeto (DIP) do Estudo de Caso, sendo

este o principal material presente no Project Backlog, pois absorve todos os demais

documentos como as Matriz SWOT e Ansoff, ao exemplo.

3.6 DIAGRAMAS DE PROCESSO

Os Diagramas de Processos utilizam a notação BPMN (Business Process

Modeling Notation), uma notação gráfica criada para representação de processos

de negócios, sendo já melhor explicitado em Desenvolvimento de Solução, no

subcapítulo Metodologias.

Assim como os mapas mentais, a representação gráfica facilita o

entendimento de como a solução funciona, sendo os diagramas de processos aqui

usados para representar o fluxo do processo de cada uma das etapas da solução

apresentada nesta monografia, mostrando as atividades do início ao fim de cada

ciclo de desenvolvimento.

A cada capítulo seguinte, sobre cada etapa, há o mapa mental expondo um

resumo de como ela funciona, e um diagrama de processo que apresenta o

sequênciamento das atividades sugeridas na solução para Seleção, Priorização e

Execução de Projetos.

3.7 REUNIÕES CURTAS

Como em uma Stand-up Meeting para Metodologias Ágeis como XP

(Extreme Programming) ou Daily Meeting em Scrum, é uma reunião que deve ser

de curta duração, sempre objetiva, mas diferente das referidas dos Métodos Ágeis,

não necessariamente precisa ser em pé e seu escopo pode envolver mais pautas,

mas devem poucas ou até apenas uma, para que sua duração fique em torno de 15

minutos.

Serão usadas principalmente na etapa de Execução de Projetos, onde já se

tem todo o planejamento e informações anteriores sobre os mesmos, levantadas na

etapa de Detalhamentos, etapas explicitadas em capítulo posterior.

Nos Métodos Ágeis, é nelas que o Product Owner, Scrum Master e o Team,

definem o que será feito na iteração de desenvolvimento do Software a partir de

informações do Product Backlog, a esta solução, ocorrem da mesma forma.

Page 49: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

49

Estas reuniões, diárias, envolvendo a grande maioria dos stakeholders,

devem ser usadas para se passar informações sobre o andamento do projeto, o que

foi feito anteriormente e o que será feito no futuro, simplificando-se até ao que

ocorreu ontem e o que será feito hoje, também sendo uma importante oportunidade

pra demostração de resultados.

As demais atividades que envolvem reuniões que ocorrem durante esta

Solução, não são especificamente de tomada de decisões, mas sim especificações,

construção de conteúdo e definições, como os Critérios a serem utilizados para

Pontuar os Projetos na Etapa de Execução, portanto difíceis de serem realizadas

em apenas 15 minutos, mas sugestiona-se a máxima objetividade como nas

reuniões curtas, basicamente trabalhar com alinhamento e foco (KAPLAN, 2000).

3.8 INTEGRAÇÃO CONTÍNUA

Em Desenvolvimento de Software é a cada parte desenvolvida do software,

esta parte já ser somada ao software no todo, isto gera uma melhor métrica sobre o

desenvolvimento total, assim como evita a redundância e sobrescrita de

informações.

Em Gerenciamento de Projetos aplicado a esta solução, é a simples troca da

palavra Software por Projeto no conceito, se trabalhando sempre sobre as

informações atualizadas do projeto em um todo.

Se foi necessária alteração de algum ramo de um mapa mental de projeto,

este deve ser alterado com autorização do responsável pelo Project Backlog, o

Analista de Negócios por exemplo, e a nova versão deve ser atualizada ao

Documento de Informação de Projeto (DIP) e inserido ao Project Backlog, ou em

algo mais simples, se a atividade prevista foi finalizada antes do previsto, tal

notificação deve estar presente na atualização do quadro Kanban.

3.9 RITMO SUSTENTÁVEL

O trabalho de desenvolvimento do projeto não deve ser moroso,

desmotivante para os stakeholders, a moral da equipe deve-se estar sempre

elevada e os mesmos motivados, sendo atribuída a responsabilidade ao Gerente do

Projeto de saber lidar com os desafios diários do projeto e com conflitos dentro da

equipe, evitando tais problemas, como Prado (2000, p. 220) afirma “é também

fundamental manter sempre alta a motivação das pessoas, mesmo nos momentos

Page 50: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

50

de crises agudas, quando tudo parece indicar que o projeto será um fracasso.”

O ritmo torna-se sustentável através de uma equipe motivada, e atitudes,

como exemplo, de evitar horas extras, pressão na equipe para diminuir prazos, não

realização de ações planejadas de interação como as retrospectivas, podem acabar

desmotivando a equipe.

3.10 CONTEÚDO COLETIVO

Basicamente é não esconder informações, entrando no sentido que todos os

envolvidos são responsáveis pelo projeto, são stakeholders, logo, devem saber dos

sucessos e fracassos do projeto, assim como todas as informações importantes

para o sucesso dos mesmos, como as informações do Planejamento Estratégico,

assim sabe-se o porque de se estar fazendo uma atividade, contribuindo, talvez,

com uma melhor forma de realização em relação ao resultado que espera-se.

Sobre divulgar a estratégia a empregados e o medo de vazamento de

informações em (KAPLAN, 2000, p. 23) menciona que “Brian Baker, da Mobil, assim

responde a esse questionamento: “O conhecimento de nossa estratégia de pouco

adiantará aos concorrentes, se não souberem executá-la. Por outro lado, não temos

condições de executar a estratégia se nosso pessoal desconhecê-la. É um risco que

precisamos assumir.”

O Planejamento Estratégico e os Documentos de Informações dos Projetos,

podem ser compartilhados de acordo com as políticas internas de cada empresa,

mas sugestiona-se que seja de conhecimento de todos, não só da parte gerencial

da empresa. Conteúdos relativos a atividades, como os mapas mentais e o quadro

Kanban, são vitais de serem compartilhados entre todos os envolvidos.

3.11 EQUIPE AUTO-ORGANIZÁVEL

É possível uma equipe de desenvolvimento se organizar sozinha, sabendo o

que cada um vai fazer em seu turno de trabalho, uma das ações essenciais para

que esta prática se realize é a construção de um Quadro de Kanban, diretamente

alinhada a Gestão a Vista.

Uma equipe auto-organizável, é aquela em que não precisa-se de ordens

diretas de superiores para que alguma atividade seja realizada, como em um

exemplo a esta solução utilizando o Estudo de Caso, para que uma atividade

planejada para ser feita pelo pessoal da Oficina, os Mecânicos, não é necessário

Page 51: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

51

que alguém da Gerência os diga o que fazer, eles verão no Quadro Kanban que tem

uma atividade de sua responsabilidade e irão fazer, como a atividade de “Pesquisa

de Atualização” do projeto “Realizar Checklist”, ao qual ao verem que precisa-se

saber “Como é feito?” o checklist em mídias especializadas, podem ocupar seu

tempo utilizando um dos computadores da empresa para este fim.

Este projeto exemplificado, está presente no Anexo B – Documentos de

Informações dos Projetos.

Também auxilia para esta etapa da solução, o nivelamento dos recursos, ou

seja, quem possui um nível maior de conhecimento trabalhar junto a quem possui

menos, fazendo com que um complemente o outro, Prado (2004, p. 114) diz que “o

nivelamento de recursos procura minimizar a existência de recursos ociosos durante

a execução do projeto”, algo como em uma comparação a prática de Pair

Programming, ou Programação em Par, da Metodologia Ágil XP.

3.12 RETROSPECTIVA/ FEEDBACK

São duas práticas dos Métodos Ágeis, usadas nesta solução de forma

conjunta, tanto a retrospectiva, que é distribuir as informações positivas e negativas

entre os stakeholders, como o feedback que é o retorno sobre as ações, agem

conjuntamente beneficiando a moral da equipe, sendo ambas práticas realizadas

duas vezes na Etapa de Execução, a primeira vez ao término de uma atividade, e a

outra ao término do Projeto.

Beneficiam a moral da equipe, pois sugestiona-se que a retrospectiva/

feedback da atividade seja feita através de um encontro entre os stakeholders com

um tom mais informal, até em ambiente fora do trabalho, como em um happy hour.

Como uma pequena comemoração de resultados intermediários, importante para

manter a moral da equipe alta (PRADO, 2004).

A retrospectiva/ feedback de um projeto, ao fim de um Projeto ou um conjunto

pequeno de Projetos semelhantes, pode se fazer como exemplo, um churrasco

comemorativo, pelo término e sucesso sobre os mesmos, Prado (2004, p. 217)

menciona “Lembre-se: é uma festa e não uma reunião de trabalho. Premiações

podem ocorrer, mas, preferencialmente, forneça prêmios a equipes e não a

indivíduos. O final de um projeto de sucesso merece, então, uma comemoração

formal.” sendo esta comemoração formal que Prado menciona, sugestionada ao se

alcançar o sucesso no atingimento de uma estratégia do Planejamento Estratégico.

Page 52: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

52

4 DETALHAMENTOS DOS PROJETOS

Tão importante como Selecionar, Priorizar e Executar os projetos, é que se

tenha informações sobre os mesmos, objetivo desta etapa de Detalhamentos dos

Projetos, ao qual este capítulo explicitará.

A exposição de ideias sobre como é feito o processo, está no mapa mental a

seguir.

Figura 9 - Mapa Mental Do Detalhamentos Dos Projetos

Fonte: O autor (2012)

O objetivo principal desta etapa de Detalhamentos é gerar informações para

a etapa de Seleção e Priorização dos Projetos, com isso também conhecendo

melhor os Projetos, através das práticas a serem aplicadas neste detalhamento.

Os projetos veem do Planejamento Estratégico, que assim como à solução, a

a implementação da estratégia requer atenção e foco contínuos na iniciativas e na

execução das mudanças, em constante observância com os resultados almejados

(KAPLAN, 2000), sendo presente no Anexo A – Planejamento Estratégico do Estudo

de Caso, um exemplo que pode ser utilizado para a empresa fazer o seu.

No Diagrama de Processo a seguir, há o sequenciamento de atividades após

o Planejamento Estratégico, e nos subcapítulos a sua descrição.

Figura 10 - Diagrama De Processo Do Detalhamentos Dos Projetos

Page 53: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

53

Fonte: O Autor (2012)

4.1 DEFINIR ESCOPO

No Planejamento Estratégico, as Estratégias são diluídas em Projetos, mas

estes se não já tiverem uma definição de escopo, é necessária que seja feita, de

forma simples e resumida, contendo principalmente informações “do quê” e “para

quê”, “definir e controlar o que está ou não incluído no projeto, e nos respectivos

pacotes de trabalho necessários para completar o projeto.” (DINSMORE, 2010, p.

Page 54: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

54

104), do que se trata e que resultado almeja-se.

Entre aspas a seguir é o escopo do Projeto “Realizar Checklist”, presente na

integra no Anexo B – Documentos de Informações de Projetos do Estudo de Caso.

“Atualmente existe um checklist para quando chega um carro a oficina, mas o

mesmo não é totalmente utilizado até por contar itens que não agregam serviços,

fazendo-se necessário um projeto para atualização do mesmo, agregando-se

serviços que possam ser realizados com parceiros.”

4.2 ESPECIFICAR EM MAPAS MENTAIS

Os mapas mentais ajudam a identificar os recursos e requisitos necessários

para a realização do projeto.

Assim como no uso de uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto), por

(PMBOK, 2008), o uso do mapa mental possibilita conhecer as necessidades para o

projeto, principalmente o foco em sua orçamentação nesta solução, tendo-se assim

o custo e tempo do projeto, talvez os potenciais principais impedimentos de novos

projetos nas empresas pequenas, com um influenciando diretamente o outro, se

fazendo um alusão a (JÚLIO, 2005) que em pequenos negócios, este é um dado

vital, pois para ele ninguém domina um negócio se não domina seus números.

Este Tempo e Custo são representados no diagrama de processo pelas

atividades em paralelo Calcular Tempo do Projeto e Calcular Custo do Projeto.

Contribui também para se obter outras informações como os Riscos pelos

quais ele pode passar, além de toda a parte de necessidades como Aquisições de

Material e Contrações de Recursos Humanos.

O uso dos mesmos, permitem maior liberdade no desenvolvimento e

exposição de atividades a serem realizadas no Projeto, apenas existindo regras

para o bom entendimento do que representam dentro da organização, como

exemplo, adicionar e utilizar sempre o mesmo ícone quanto tratar-se de um assunto

financeiro.

Figura 11 - Mapa Mental Do Projeto Realizar Checklist Do Estudo De Caso

Page 55: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

55

Fonte: O autor (2012)

Sobre a Figura acima, vale ressaltar que a ferramenta utilizada não mostra

automaticamente a soma de horas, sendo os resultados apresentados no ramo

“Totais” feitos manualmente.

Os ícones do “telefone” no mapa mental, referenciam a quem deve ser

chamado para realizar aquela atividade e o do “relógio”, representa o Tempo e

Custo da mesma.

Este mapa mental, assim como outros para exemplificação, estão presentes

no Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso.

4.3 FAZER SWOT DO PROJETO

A Matriz SWOT é utilizada para se saber a importância do projeto em sí,

como não raras vezes, sendo mais importante se dar atenção a um projeto que

pode ser reutilizado em grande parte, podendo assim ao beneficiar este, se obter

melhores retornos a outros projetos, ou como um projeto em que se aprende um

nova tecnologia que será utilizada em outros projetos, que contribuirá mais a

empresa do que um produto de atendimento interno.

A avaliação dos projetos é feita com uso da Matriz SWOT, que já mencionada

em capítulo anterior, tem adaptação para além de análise de ambientes de

Page 56: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

56

planejamento estratégico e gestão, em (JULIO, 2005), o mesmo faz uso de uma

adaptação da mesma para o planejamento pessoal, ocupando os quadrantes com

campos como Pessoal, Familiar, Trabalho, Dinheiro, mas o objetivo da mesma não

sofre alterações, usa-se os campos Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas),

Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).

A Figura a seguir é a Matriz SWOT do Projeto Realizar Checklists, do Estudo

de Caso, sendo as demais presentes no Anexo B – Documentos de Informações

dos Projetos do Estudo de Caso.

Figura 12 - Mapa Mental Do Projeto Realizar Checklists Do Estudo De Caso

Fonte: O autor (2012)

4.4 FAZER ANSOFF DOS PRODUTOS

A Matriz de Ansoff, são equacionados o Produto em Relação ao Mercado,

levando-se em consideração a Novos Produtos/ Mercados ou já Existentes, e a

avaliação sobre pontos como Penetração de Mercado, Desenvolvimento de

Produtos, Desenvolvimento de Mercado e Diversificação.

O objetivo do uso desta é para que se possa saber a vantagem do produto

deste projeto em relação aos produtos dos demais projetos da mesma estratégia do

Planejamento Estratégico.

A figura a seguir, é a Matriz Ansoff do Projeto Realizar Checklist, o mesmo

projeto utilizado para as demais exemplificações deste capítulo e como já

Page 57: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

57

informado, encontra-se na integra assim como os demais, no Anexo B –

Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso.

Figura 13 - Matriz Ansoff Do Projeto Realizar Checklist Do Estudo De Caso

Fonte: O autor (2012)

Todas as informações geradas, são registradas em um único documento para cada

projeto, este chamado de Documento de Informação do Projeto, sigla DIP,

armazenado no Project Backlog. Os DIPs do Estudo de Caso estão presentes para

exemplificação no Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo

de Caso.

Page 58: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

58

5 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE PROJETOS

“Fazer o Projeto Certo” poderia ser também o título deste capítulo, pois não é

possível fazer todos os projetos que uma empresa gostaria, mas pode-se fazer

aqueles com quem se conseguirá maior sucesso estratégico.

O mapa mental a seguir explicita a ideia desta etapa de Seleção e

Priorização de Projetos, criada para a solução apresentada nesta monografia.

Figura 14 - Mapa Mental Da Seleção E Priorização De Projetos

Fonte: O autor (2012)

O objetivo desta etapa é Selecionar os projetos a serem executados e

Priorizar a execução dos projetos, conforme exposto no mapa mental, tendo como

resultado a Lista de projetos Selecionados e Priorizados.

A seleção dos projetos é seguinte a etapa de Detalhamentos, de onde com a

ajuda das Matrizes, prevê-se o que o cliente vai desejar, ou como cita Fernando

Pessoa em artigo de 1926 presente em (JÚLIO, 2005) “A essência do comércio”

que diz que “se queremos servir os outros, nós é que devemos pensar como eles”,

ou seja, foco do cliente e não foco no cliente.

O começo deste “foco do cliente” é entregar o produto que vai ser mais

desejado pelo cliente, e começa pela seleção do projeto que gere este produto, e

como não é possível realizar todos os projetos, os critérios de escolha devem

envolver também fatores que contribuam entre os que vão melhor impactar

positivamente à empresa, “Esses fatores estão diretamente ligados aos objetivos da

organização e, geralmente, são relacionados ao produto do projeto e aos benefícios

que esse produto trará para a organização.” (JAEGER, 2010, p.33)

Page 59: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

59

O produto do projeto, não necessariamente é algo que será vendido em

prateleira por exemplo, tudo depende dos objetivos traçados no planejamento

estratégico, o próprio replanejamento pode ser um projeto, pois a estratégica é um

processo contínuo e o mundo empresarial encontra-se em constante mudança.

(KAPLAN, 2000).

Selecionar os Projetos e logo os Executar é difícil em um ambiente de

pequenas empresas onde normalmente não se dispõe de muitos recursos

financeiros e humanos, não podendo assim realizar todos os projetos selecionados

em paralelo, tendo então de serem realizados em fila, necessitando-se assim

priorizar os projetos.

A Priorização é o que pode definir o sucesso do negócio, realizar o

alinhamento de projetos exige um caminho coerente entre as estratégias

determinadas pela empresa e as ações tomadas pelas equipes de projeto.

(DISMORE, 2010).

No diagrama de processo a seguir, está demostrado o processo,

posteriormente a explicação de cada atividade.

Figura 15 - Diagrama De Processo Da Seleção E Priorização De Projetos

Page 60: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

60

Fonte: O autor (2012)

Page 61: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

61

A realização de tarefas dentro do cronograma, orçamento e de acordo com

padrões de qualidade, está diretamente ligado à atual preocupação com fazer as

coisas mais rapidamente, melhor e com menor custo (DINSMORE, 2010).

Além de que, os resultados começam a se materializar à medida que os

projetos são tocados, (DINSMORE, 2010), e começar por aquele que melhor atende

ao Retorno de Investimento (ROI) por exemplo, será um diferencial onde um projeto

poderá render recursos financeiros para poder ser feito outro projeto que não havia

sido selecionado anteriormente.

Assim que priorizados, passe-se a execução, e outros desafios, como a

comunicação que “na gestão por projetos abrange o espectro que vai desde o

alinhamento de metas empresariais, até comunicação interpessoal.” (DINSMORE,

2010, p. 177).

5.1 DEFINIR CRITÉRIOS

Por ser uma solução adaptável ao negócio e estratégias das empresas, os

critérios para Seleção e Priorização dos Projetos devem ser ajustados de acordo ao

que a empresa busca em seus projetos.

Nesta atividade, feita através de reunião entre a Gerência Empresarial e/ou

um Analista de Negócios e o Gerente de Projetos, deve-se criar os critérios a serem

usados para a pontuação dos projetos, a partir da qual será Selecionados e

Priorizados os projetos.

Sugestiona-se, e aplicado ao Estudo de Caso, os critérios expostos no mapa

mental deste capítulo e utilizados para a planilha do Anexo C – Planilha de

Pontuação do Estudo de Caso, considerando informações a partir do preenchimento

das Matrizes SWOT e Ansoff, em relação a Tempo e Custo dos projetos, e a

estratégia empresarial traçada no Planejamento Estratégico.

A pontuação é feita de acordo a respostas com alternativas definidas, à

perguntas que consideram os critérios escolhidos, como exemplo, presente no

Anexo C – Planilha de Pontuação do Estudo de Caso, uma pergunta que leva em

consideração as informações da Matriz SWOT é:

Projeto possui mais identificação de Forças que Fraquezas?

Como resposta a pontuação foi: Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Um conjunto de pergunta e resposta que usa a Matriz Ansoff:

Produto possui mais identificação de Desenvolvimento de Mercado do que de

Page 62: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

62

Produto?

Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Um conjunto de pergunta e resposta a partir da estratégia da empresa,

levando-se em consideração a reutilização do produto do projeto, no exemplo do

Estudo de Caso tratando-se de um documento ou tecnologia como fator positivo:

Produto desenvolvido terá reutilização na mesma estratégia?

Se sim=1 pontos; Se não=0;

Ou somente a pontuação de acordo com o Tempo do projeto, que foi o

critério utilizado para a Seleção no Estudo de Caso:

Projeto levará mais tempo que a média dos projetos?

Se sim=0 pontos; Se não=2;

Pelas respostas é possível identificar que quanto maior a pontuação, melhor

é o projeto de acordo ao que a empresa almeja, utilizando-se como critério de

Seleção o tempo total que a empresa poderá dedicar atenção a projetos, e como

critério de Priorização a pontuação, em ordem de execução decrescente.

A definição dos critérios é uma atividade de muita responsabilidade, se

definidos critérios que não irão contribuir à empresa da melhor forma, o texto inicial

deste capítulo de “fazer o projeto certo” será uma falácia.

5.2 PONTUAR

A atividade de pontuação dos projetos pode ser feita em seguida a atividade

de Definir Critérios, utilizando-se a mesmas pessoas, mas sobre responsabilidade e

poder maior de decisão da Gerência empresarial ou o Analista de Negócios a

representando.

Para esta atividade, além dos critérios definidos e expostos no documento da

Planilha de Pontuação, é necessário as informações sobre todos os projetos,

portanto é requisito os Documentos de Informações dos Projetos, sobre análise

destes, preenche-se a planilha.

Importante nesta atividade manter a fidelidade as informações anteriormente

preenchidas, não alterando os Documentos de Informações dos Projetos para que

aumente a pontuação do projeto em questão para assim haver a sua seleção de

modo forçado, o resultado natural da pontuação é o resultado natural dos projetos, e

por isso que a atividade de Definir Critérios é após a etapa do Detalhamento dos

Projetos.

Page 63: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

63

5.3 SELECIONAR E PRIORIZAR

Apesar da importância do nome da atividade, a etapa de Seleção e

Priorização é a que demanda menos esforço intelectual e demanda menor tempo de

execução, podendo também ser feita na mesma reunião das atividades anteriores,

tendo então ao conjunto desta etapa um único encontro de acordo com a

quantidade de projetos da empresa.

A duração total desta etapa para o Estudo de Caso, com 18 projetos a serem

avaliados e com a participação da Gerência Empresarial e Gerente de Projetos, foi

de 3 horas.

Para a realização deste atividade é necessário a planilha de pontuação com

os Projetos Pontuados, então de acordo com os critérios para Seleção e

Priorização, ordena-se os projetos gerando uma nova planilha, a de Projetos

Selecionados e Priorizados, ao qual como exemplo a na integra no Anexo C –

Planilha de Pontuação do Estudo de Caso.

Page 64: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

64

6 EXECUÇÃO DE PROJETOS

Neste capitulo complementa-se a frase “Fazer o projeto certo” citada no

capítulo anterior, com o trecho “Fazer certo o projeto”, objetivo desta etapa de

Execução, onde pela exemplificação do mapa mental a seguir, demostra como esta

solução sugestiona que seja feita a Execução e o Gerenciamento do Projeto.

Figura 16 - Mapa Mental Da Execução De Projetos

Fonte: O autor (2012)

Perceptível pelo mapa mental a presença de práticas dos Métodos Ágeis

focadas na integração dos envolvidos no projeto, pois “Os projetos acontecem

porque as pessoas os fazem acontecer” (DINSMORE, 2010, p. 112), sendo as

utilizadas para auxiliar a execução dos projetos, estas práticas são sinalizadas com

o ícone da mão fazendo o sinal de positivo.

Para o processo de Execução dos Projetos, é necessária as informações

feitas na etapa anterior e salvas no Project Backlog, a Planilha dos Projetos

Selecionados e Pontuados, e os Documentos de Informações dos Projetos, através

do qual se fará principal uso do Escopo definido e dos Mapas Mentais contendo as

atividades a serem realizadas.

A seguir no diagrama de processo, demostra o processo proposto, sendo nos

subcapítulos subsequentes, suas explicações.

Figura 17 - Diagrama De Processo Da Execução De Projetos

Page 65: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

65

Fonte: O autor (2012)

Para esta etapa de Execução, assim como nas demais, outras práticas

podem ser inseridas e adaptadas a solução e a realidade do negócio da empresa,

Page 66: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

66

podendo ser útil a etapa de Execução o uso do modelo PDCA, de Plan (Planejar),

Do (Fazer), Check (Ajustar/ Checar) e Action (Ação/ Fazer), no qual não é feito uma

aplicação prática, tendo Kerzner (2002, p. 47) enfatizado seu uso e mencionado em

seu livro “o modelo PDCA (Plan, Do, Control e Action) foi desenvolvido por Shewhart

em 1924, divulgado por Deming e aperfeiçoado no Japão. Seu uso, inicialmente, foi

no cenário de operações rotineiras”, concluindo “O modelo PMBOK, desenvolvido

para o cenário de projetos, é de autoria do Comitê de Padronização do PMI e sua

primeira versão surgiu em 1987. Observe, assim, que ambos tratam de um conceito

universal: gerenciamento.”

Do mesmo Kerzner, enfatiza-se que “sistemas de gestão de projetos podem

mudar à medida que a organização muda” (KERZNER, 2002, p.89) assim, outro

adendo para se analisar esta etapa de acordo com a empresa, de acordo com os

projetos, ou até mesmo de acordo com a situação atual, podendo ser necessário

que um projeto precise ser parado e outro acelerado. As estratégias que guiam em

verdade. O processo sugestionado nesta monografia funcionou para o Estudo de

Caso até os projetos realizados.

6.1 PLANEJAR EXECUÇÃO DO PROJETO

O Planejamento da Execução do Projeto é uma atividade de Reunião Curta,

contendo o Gerente de Projeto, a Gerência Empresarial ou um Analista de Negócios

se houver, baseando-se à exemplo no que ocorre no Sprint Planning do Scrum, ou

no Planning Poker (Jogo do Planejamento) do XP, é “jogar” com as atividades que

se têm, selecionando-se qual será primeiro realizada.

A partir do primeiro projeto que deve ser executado a partir da Priorização da

etapa seguinte, deve-se ser apresentado nesta reunião o Escopo do Projeto, as

Atividades que o compõe, e preenchido o Quadro Kanban com os dados do Projeto.

O uso do Quadro Kanban, está alinhada à Gestão à Vista indicada por

Kerzner, que “se consegue mostrar, para todas os envolvidos, aspectos-chaves do

projeto. O meio físico geralmente é uma parede, onde são colocados os gráficos e

tabelas de acompanhamento.” (KERZNER, 2002, p. 53), e os resultados iguais,

sendo “A gerência à vista cria um clima de realismo e de desafio” (KERZNER, 2002,

p. 53).

O modelo de Kanban proposto tem 4 guias, na primeira deve ser posto o

mapa mental do Projeto a ser executado e como sobra espaço abaixo do mapa,

Page 67: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

67

inseridas observações sobre o projeto, à guia 2 ficará as Atividades à Fazer, à guia

3 as atividades que estão sendo feitas e na guia 4, as atividades já feitas.

Como tipo de nota a ser colada no Kanban para marcação, podem ser

utilizados cartões de anotações, como os comumente em Métodos Ágeis, ou serem

personalizados a empresa, visando melhor adaptabilidade ou diminuir os custos.

Este cartão de anotação, sendo representado na cor amarela na figura de

exemplificação do Kanban, é inserido 4 informações principais, uma por linha,

sendo na primeira o nome da atividade, na segunda a data ao qual entrou no

Kanban na guia 1, na terceira linha a data que entrou para o estado de Fazendo ou

guia 2, e por fim na quarta linha a data ao qual foi finalizada a atividade e posta na

guia 4.

A figura seguinte, como exemplo, representa o Quadro Kanban utilizado no

Estudo de Caso, ao tamanho de 60 cm de largura por 30 cm de altura.

Conteúdo coletivo é importante aqui para as melhores decisões, podendo

haver uma ação parecida a Integração Contínua quando, ao exemplo se fazer uso

de cartões de anotação com o nome de cada atividade do projeto, ser colados tais

na ordem que poderá se executar estas atividades.

Ao fim da atividade de Planejar a Execução do Projeto, todas as atividades

do projeto deverão ser inseridas na guia 1, “Atividades à Fazer”.

Figura 18 - Quadro Kanban

Fonte: O autor (2012)

O Kanban também é útil para manter os stakeholders informados do

Page 68: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

68

andamento do projeto, ainda por Kernzer (2002, p. 217) “um dos principais recursos

para manter a equipe compromissada com as metas do projeto. A consequência de

seu uso é que por estarem sempre cumprindo as metas, a motivação da equipe e

sua moral sempre estarão altos.”

6.2 PLANEJAR EXECUÇÃO DA ATIVIDADE

O Planejamento da Execução da Atividade surge através de um Reunião

Curta, para se ajustar como será feita a atividade.

O escopo do projeto já está definido e tratado na atividade de processo

anterior, sendo esta atividade de Planejar Execução da Atividade apenas tratando

do escopo da própria atividade, com liberdade de alteração e formalização na

própria reunião curta, “em empresas caracterizadas pela excelência, oscilações de

escopo são esperadas e ate mesmo planejadas.” (KERZNER, 2002, p.50).

Se houver necessidade de oscilação no escopo do Projeto e identificadas

neste atividade do processo, este então pode ser tratado ao final do processo da

etapa, na atividade de retrospectiva para ajuste, ou ao reinício do processo de

Execução, ou até para-se a etapa de Execução em total acordo com todos os

stakeholders.

Nesta reunião curta, também devem ser expostas as dificuldades que

poderão vir, com já soluções para estas adversidades, se possível, sendo de toda a

Equipe o momento para expor seus argumentos para melhor fazer a atividade.

O marco de encerramento do Planejar a Execução da Atividade é a

atualização do Quadro Kanban com a atividade que vai ser executada tendo o seu

cartão de anotação correspondente movido para a guia 3, “Fazendo”.

É o principal momento para a prática de Equipe Auto-Organizável ser

utilizada, fazendo com que cada integrante do time do projeto escolha a atividade

que irá fazer, dispensando que o Gerente de Projetos delegue o que cada um

deverá fazer.

Isso contribuirá para garantir um Ritmo Sustentável, pois a responsabilidade

do sucesso no cumprimento da atividade torna-se maior, pois quem a faz, a

escolheu.

Claro que podem ocorrer ajustes, por exemplo um profissional de alta

capacidade intelectual querer fazer uma atividade muito simples pode ser

questionada pelo Gerente de Projetos, mas não de forma autoritária e com

Page 69: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

69

consenso de ambos.

6.3 EXECUTAR ATIVIDADE

A Execução da Atividade é o momento que se trabalha sobre o cartão de

anotação presente na guia 3, “Fazendo”, para que ele possa ser transferido para a

guia 4, “Feito”.

Nesta atividade a prática de Equipe Auto-Organizável manterá outra prática

em harmonia, à de Integração Contínua com marcação de adversidades ao quadro

Kanban, com cada envolvido assumindo seu comprometimento à atividade,

podendo se possível a atividade, a quebrá-la em sub-atividades, utilizando a

máxima de Júlio Cézar, 54 a.C, “Dividir para Conquistar” para otimizar o

encerramento da mesma.

Em especial a esta atividade da etapa de Execução, o Gerente de Projetos

deverá ter atenção a citação de Prado (2004):

“Em pesquisa que envolveu 100 gerentes de projetos, H.J. Thamhain e D. L. Wilemon (Conflict Management in Project Life Cycles, em Sloan Management Review, Summer, 1975) identificaram sete fontes potenciais de conflito, conforme mostramos a seguir por ordem de importância:1 - Conflitos sobre prazos.2 - Conflitos sobre prioridades do projeto.3 - Conflitos sobre recursos de mão-de-obra.4 - Conflitos sobre procedimentos administrativos.5 - Conflitos sobre procedimentos administrativos.6 - Conflitos sobre personalidade.7 - Conflitos sobre custos

Do mesmo estudo, os autores mostram que algumas recomendações auxiliam o gerente a minimizar conflitos. Dentre elas, citam-se:1 - Planos claramente definidos e divulgados;2 - Responsabilidades claramente definidas e divulgadas;3 - Procedimentos administrativos escritos, bem detalhados e divulgados;4 - Manutenção de um ambiente de trabalho de baixa tensão;5 - Divulgação da importância do projeto para os objetivos da organização.” (PRADO, 2004, p. 200)

6.4 FINALIZAR ATIVIDADE

A migração de um cartão de anotação da guia 3, “Fazendo”, para a guia 4,

“Feito”, caracteriza a finalização da execução da atividade, sendo então o momento

para uma Reunião Curta de Retrospectiva/ Feedback.

A finalização de uma atividade, para um Equipe Auto-Organizável, define que

o responsável pela mesma, tenha acesso a outra atividade que está na guia 2, À

Fazer, assumindo outro compromisso para com o projeto.

Page 70: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

70

A Retrospectiva/ Feedback, poderá a como ocorre na Metodologia Scrum,

ocorrer ao fim de uma semana de trabalho, ou ao processo desta solução, ao fim de

um número de atividades que tenham agregado alguma informação relevante ao

projeto.

Nesta Retrospectiva/ Feedback, só serão tratados assuntos sobre as

atividades realizadas a partir da última Reunião Curta de Retrospectiva/ Feedback,

e assuntos sobre a atividade, devem entrar portanto em pauta a conversa assuntos

como dificuldades, soluções encontradas para se eliminar estas dificuldades, ou o

não ter encontrado solução a esta dificuldade.

6.5 FINALIZAR PROJETO

O sucesso da empresa, depende não só do sucesso de apenas um projeto,

ou de um interesse, ou apenas um objetivo, mas de vários, depende de um contínuo

fluxo de sucessos, Kerzner (2002, p. 54) diz que “o sucesso é mensurado tanto

pelo atingimento do desempenho em pontos de interesse para a empresa como um

todo como pela conclusão de um projeto especifico” e que “A definição de

excelência em gestão de projetos deve ir muito além da experiência e sucesso.”

A finalização de um Projeto deve ter uma Reunião Curta de Retrospectiva/

Feedback da equipe de desenvolvimento da Execução, com pauta simplificada ao

que foi importante sobre o projeto, tendo adendo a outra Reunião Curta com os

demais stakeholders, mostrando-se os sucessos, problemas, lições apreendidas e

anseios para o próximo projeto, podendo esta segunda reunião ser transformada

em algo como uma comemoração de resultados informais, ou, caso o projeto seja

de muita importância, ou se chegou ao final de uma séria de projetos que atendam

uma estratégia, uma comemoração formal torna-se interessante para moral de

todos os envolvidos.

O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) define o fim de um Projeto com o processo

de Encerramento, e de onde deve-se ficar a certeza de que “a diferença entre

ganhar ou perder um contrato pode ser o passado de sucesso ou fracassos na

gestão de projetos.” (KERZNER, 2002, p. 65)

Page 71: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

71

7 CONCLUSÃO

As temáticas principais desta monografia, Gestão Estratégica,

Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis, foram focadas em problemas

fundamentais das empresas atualmente.

O primeiro veio a defrontar o fato de as empresas não distinguem entre

planejar e criar estratégias. Planejar tem a ver com programar, não com descobrir, e

é para tecnocratas, não para sonhadores (CAVALCANTI, 2011), é uma atividade

metódica mas essencial.

O Gerenciamento de Projetos, por ser reconhecidamente impactante no

sucesso de projetos e portanto nos sucessos empresariais, além de mudanças

necessárias para uma implantação bem sucedida do gerenciamento de projetos e

os demais temas desta monografia, contam atualmente com uma farta

documentação bibliográfica (KERZNER, 2002).

A crescente aceitação e uso dos Métodos Ágeis vem da busca por soluções

que demandem melhores resultados e menores prazos em projetos de softwares,

porém as mesmas trazem valores e princípios que não são novos, mas que

ressurgiram a valorização do que faz uma enorme diferença nas empresas que é o

recurso humano, ações como o Manifesto 2.0 (MANIFESTO, 2009) reforçam tal

conceito (RODRIGUES, 2010).

Esta solução proposta por não citar algumas práticas, não quer dizer que se

ache desnecessário seu uso ou substitui práticas recorrentes, exemplificado as

abordadas em PMBOK (2008) e Prado (2004) como Termo de Abertura,

PERT/CPM, Cronogramas, EAP (Estrutura Analítica do Projeto), EAT (Estrutura

Analítica Trabalho), Matrizes e demais Planos complementares ao Gerenciamento

de Projetos.

A solução teve por cunho observar os Métodos Ágeis de Desenvolvimento de

Software por outra ótica, focando-se em seus Princípios Ágeis e não só em suas

Práticas, pode ser uma solução sem maiores alterações conceituais para o bom

Gerenciamento de Projetos por parte de um Gerente de Projetos, tornando mais

ameno os problemas básicos de comunicação e tornando-o, mais livre a áreas

como Gerenciamento de Comunicações e Recursos Humanos.

A solução foi definida para pequenos projetos, cujos riscos são facilmente

mensuráveis e desviados durante o andamento do projeto, exemplificado, a falta de

conhecimento aprofundado em uma determinada linguagem para o

Page 72: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

72

desenvolvimento de um software, bastando para tanto fazer em outra linguagem, ou

contratação/ treinamento de recursos humanos na linguagem requerida.

Salienta-se também que “a maturidade em gestão de projetos pode escorrer

entre os dedos se não existirem conhecimentos e experiências documentados e

treinamento continuado para a manutenção das boas práticas.” (KERZNER, 2002,

p. 182).

Aprendeu-se que, além do objetivo final do uso das Matrizes para pontuar os

projetos, o ato de preenchimento das mesmas, permitiu que os stakeholders

aprendam mais sobre o produto ou projeto, permitindo-se mudanças nas estratégias

e potencializando o sucesso empresarial.

Também resultado deste estudo, que não é necessário inventar a roda, uma

reinventada basta, como uma atualização ou outra visão sobre como é utilizada as

atuais ferramentas, permite-se que sejam melhor explorados outros âmbitos, como

a Matriz SWOT para avaliar projetos.

Concluindo-se, que a solução proposta foi desenvolvida para ser simples a

ponto de ser implementada a qualquer empresa, principalmente às micro e

pequenas empresas e de Tecnologia da Informação (TI) (BNDES, 2011;

SEPRORGS, 2011) que queira fazer uso das Gestões assunto desta monografia,

potencializando de forma objetiva a Seleção e Priorização, e tornando mais ágil a

Execução dos Projetos, e embasada nas informações e Estudo de Caso

apresentados, alcançou-se o objetivo primordial de contribuir para “fazer o projeto

certo”, e “fazer certo o projeto”.

7.1 LIMITAÇÕES ESTUDO

O conceito e aplicação de Gerenciamento por Projetos, Gestão de Projetos,

Gestão por Projetos;

• Exploração mais aprofundada de Gestão Estratégica;

• Exploração mais aprofundada de Gerenciamento de Projetos;

• Exploração mais aprofundada dos Conceitos e Práticas do XP (Extreme

Programming) e Scrum;

• Governança de Projetos, Gerenciamento de Portfólios de Projetos,

Gerenciamento de Programas;

• Qualidade Total e a Administração Enxuta;

Page 73: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

73

• Exploração maior de Planejamento Estratégico, assim como os temas

Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis, que

são assuntos que podem, e devem, ser mais explorados, sendo

limitados nesta monografia a apenas ao apresentado;

• Estudo de Caso com todas as etapas em mais de uma empresa.

7.2 TRABALHOS FUTUROS

• Aplicação total da solução em empresas de TI, com e sem

conhecimento prévio, ou uso, de Gestão Estratégica, Gerenciamento de

Projetos e/ou Métodos Ágeis;

• Adequação da solução proposta a demais Áreas de Conhecimento do

Guia PMBOK;

• Aprofundamento de pesquisas práticas e revisão da solução proposta;

• Aprofundamento de pesquisas de técnicas ágeis para Gestão de

Projetos;

• Pesquisa sobre melhor interligação dos temas propostas, Gestão

Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis;

• Pesquisa e inclusão, ou não, de outros Métodos Ágeis além de XP e

Scrum;

• Criação de uma Metodologia baseada na solução;

• Interligação da Metodologia a Gestão Empresarial;

• Metodologia interligada para Gestão Empresarial, Gestão Estratégica,

Gerenciamento de Projetos, Métodos Ágeis;

Page 74: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

74

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Page 78: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

78

ANEXO A – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTUDO DE

CASO

MercovelVeículos Ltda./ Da Luz Comércio de Peças Ltda.

Planejamento EstratégicoAções de Curto Prazo – Oficina

Dezembro 2011-2013

Data Revisão Tópicos – Quem?

22/08/2011 Criação total do planejamento - Gerência

03/10/2011 Atualização objetivos, estratégias, ações para curto prazo - Gerência

05/10/2011 Atualização objetivos, estratégias, ações para curto prazo - Gerência

Page 79: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Visão

Estar de forma sólida na região do Vale do Jaguari, como representante de vendas de veículos zero quilômetro da Volkswagem do Brasil, oferecendo toda a infra-estrutura necessária para assistência técnica especializada e funilaria, sendo referencial em qualidade e atendimento.

Missão

Atender de forma rápida e precisa a necessidade de seus clientes seja para a aquisição de um novo veículo quanto para a manutenção e conserto do mesmo, tornando-se uma empresa responsável, sempre focando em crescimento sustentável.

Valores/ Princípios

– Motivação e Sustentabilidade são premissas básicas– Todos os colaboradores devem estar alinhados a missão– Ética é uma obrigação– Bom atendimento uma necessidade– O melhor não é o menor menor valor

Objetivos

1. Aumentar lucro da oficina

Estratégias

1. Incrementar novos serviços no checklist2. Aumentar o marketing3. Melhorar o pós-venda4. Criar promoções em pacotes de serviços5. Informatizar agendamento serviços6. Treinamento dos colaboradores

Ações

1. Realizar checklistRever itens

2. Propanda serviçosPropanda agendamento

3. Analisar retorno reserviço por garantia peçasAnalisar retorno reserviço por garantia serviçoAnalisar retorno reserviço por mau diagnósticoAnalisar retorno anual de clientes

Page 80: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Analisar retorno semestral de clientesContato com cliente pós-serviço

4. Criar pacote revisão semestralCriar pacote revisão anual

5. Criar planilha digital revisõesReativar agendamento pelo site

6. Reciclar conhecimentoTrazer curso externoRever/ refazer certificaçõesEnviar para curso externo

Mapa Mental

Page 81: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

81

ANEXO B – DOCUMENTOS DE INFORMAÇÕES DOS PROJETOS DO

ESTUDO DE CASO

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Analisar reserviço por garantia de peças

Escopo: Através de verificação nas ordens de serviços do ano anterior, no caso 2011, será feita por responsabilidade da Gerência, uma análise que deve resultar em um documento que identifique quantas ordens de serviço foram reabertas por problemas gerados por peças defeituosas e substituídas em garantia.

Mapa Mental:

Page 82: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

82

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizavel aos demais projetos da mesma estratégia.

Não se tem conhecimento total sobre como foi feito o

preenchimento das Ordem de Serviço, podendo haver falta de informações relevantes nelas.

Oportunizará organização das Ordens de Serviço.

Levar mais tempo que o previsto por ação como

dedicação a outra tarefa em virtude deste projeto ser longo, ou pelos conteúdos das Ordens

de Serviço.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Conhecimento registrado de peças que já geraram Garantia.

Documento de informações para evitar novos retornos.

Documento para evitar Marcas/ Peças com chances de gerar garantia, assim procurando

alternativas.

Documento modelo para outras análises da mesma estratégia, como “Analisar reserviço por garantia serviço” e “Analisar

reserviço por mau diagnóstico”

Page 83: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

83

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Analisar reserviço por garantia serviço

Escopo: Através de verificação nas ordens de serviços do ano anterior, no caso 2011, será feita por responsabilidade da Gerência, uma análise que deve resultar em um documento que identifique quantas ordens de serviço foram reabertas por problemas gerados por serviço mal realizado, e refeitos por garantia.

Mapa Mental:

Page 84: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

84

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizavel aos demais projetos da mesma estratégia.

Não se tem conhecimento total sobre como foi feito o

preenchimento das Ordem de Serviço, podendo haver falta de informações relevantes nelas.

Oportunizará organização das Ordens de Serviço.

Levar mais tempo que o previsto por ação como

dedicação a outra tarefa em virtude deste projeto ser longo, ou pelos conteúdos das Ordens

de Serviço.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Conhecimento registrado de serviços que já geraram

Garantia.

Documento de informações para evitar novos retornos.

Não aplicável.

Documento modelo para outras análises da mesma estratégia, como “Analisar reserviço por

garantia de peças” e “Analisar reserviço por mau diagnóstico”

Page 85: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

85

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Analisar reserviço por mau diagnóstico

Escopo: Através de verificação nas ordens de serviços do ano anterior, no caso 2011, será feita por responsabilidade da Gerência, uma análise que deve resultar em um documento que identifique quantas ordens de serviço foram reabertas por problemas gerados por diagnóstico mal realizado, e refeitos por garantia.

Mapa Mental:

Page 86: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

86

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizavel aos demais projetos da mesma estratégia.

Não se tem conhecimento total sobre como foi feito o

preenchimento das Ordem de Serviço, podendo haver falta de informações relevantes nelas.

Oportunizará organização das Ordens de Serviço.

Levar mais tempo que o previsto por ação como

dedicação a outra tarefa em virtude deste projeto ser longo, ou pelos conteúdos das Ordens

de Serviço.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Conhecimento registrado de diagnósticos mal feitos que já

geraram Garantia.

Documento de informações para evitar novos retornos.

Se por falta de capacidade interna, oportunizará parceria com fornecedores/ empresas

externas para diagnóstico.

Documento modelo para outras análises da mesma estratégia como “Analisar reserviço por garantia serviço” e “Analisar

reserviço por garantia de peças”

Page 87: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

87

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Analisar retorno anual clientes

Escopo: Através de verificação nas ordens de serviços do ano anterior, no caso 2011, será feita por responsabilidade da Gerência, uma análise que deve resultar em um documento que identifique quantos clientes voltaram a fazer serviços na oficina em período em torno de 1 ano e quais serviços foram feitos.

Mapa Mental:

Page 88: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

88

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizavel aos demais projetos da mesma estratégia.

Não se tem conhecimento total sobre como foi feito o

preenchimento das Ordem de Serviço, podendo haver falta de informações relevantes nelas.

Oportunizará organização das Ordens de Serviço.

Oportunizará informações para agendamento dos clientes.

Levar mais tempo que o previsto por ação como

dedicação a outra tarefa em virtude deste projeto ser longo, ou pelos conteúdos das Ordens

de Serviço.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Conhecimento registrado dos serviços realizados, quando e

como pago dos clientes.

Documento de informações para saber o porque do retorno,

ou não.

Agendamento de serviços.

Documento modelo para outras análises da mesma estratégia,

como “Analisar retorno semestral clientes”

Page 89: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

89

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Analisar retorno semestral clientes

Escopo: Através de verificação nas ordens de serviços do ano anterior, no caso 2011, será feita por responsabilidade da Gerência, uma análise que deve resultar em um documento que identifique quantos clientes voltaram a fazer serviços na oficina em período em torno de 6 meses e quais serviços foram feitos.

Mapa Mental:

Page 90: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

90

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizavel aos demais projetos da mesma estratégia.

Não se tem conhecimento total sobre como foi feito o

preenchimento das Ordem de Serviço, podendo haver falta de informações relevantes nelas.

Oportunizará organização das Ordens de Serviço.

Oportunizará informações para agendamento dos clientes.

Levar mais tempo que o previsto por ação como

dedicação a outra tarefa em virtude deste projeto ser longo, ou pelos conteúdos das Ordens

de Serviço.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Conhecimento registrado dos serviços realizados, quando e

como pago dos clientes.

Documento de informações para saber o porque do retorno,

ou não.

Agendamento de serviços.

Documento modelo para outras análises da mesma estratégia, como “Analisar retorno anual

clientes”

Page 91: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

91

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Melhorar o Pós-Venda

Projeto: Contato cliente pós-serviço

Escopo: Assim como ocorre a pós-venda de veículso zero km, ao setor de oficina terá alguém sobre responsabilidade de Gerência, que entrará em contato com o cliente, através de um meio a ser decidido durante o projeto, em um período a ser decidido durante o projeto, após a realização do serviço, para se obter um feedback sobre o serviço realizado. Projeto deve incluir pessoal do Pós-venda e Mecânicos.

Mapa Mental:

Page 92: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

92

Matriz SWOT – Projeto

Interligação de setores da empresa, podendo gerar maior

familiaridade no trabalho organizacional.

A interligação de setores da empresa para trabalhar junto, pode levar a mal interpretação interna, “está atrasando meu

trabalho”

Identificação dos melhores meios para contato.

Não obtenção de sucesso quanto ao retorno do cliente e a

veracidade das informações passadas.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Fidelização dos clientes, podendo se identificar pelo

contato novos serviços.

Obter feedback sobre serviço registrado em documento.

Não aplicável.Pós-venda em serviços oficina, comumente realizado apenas a

venda de veículos.

Page 93: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

93

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Criar promoções em pacotes de serviços

Projeto: Criar pacote revisão anual

Escopo: Criar um pacote de serviços como forma de revisão anual, para clientes fora da garantia de fábrica ao quais tem um plano de revisão. Conjunta a responsabilidade a Gerência e Mecânicos.

Mapa Mental:

Page 94: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

94

Matriz SWOT – Projeto

Reutilização/ embasamento sobre manuais de garantias.

Desconhecida.

Reutilização do projeto na mesma estratégia.

Desconhecida.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Pacote de fábrica para veículos em garantia;

Revisões de acordo com o manual proprietário;

Montar pacote contendo itens mais comuns em revisões de

garantia + itens conforto (limpeza estofamento, ar

condicionado, pneus, geometria)

Possibilidade de ganho imediato em relação a

temporada de viagens de férias;

Tratar-se de um pacote comum mas não explorado para carros

for a da garantia de fábrica

Page 95: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

95

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Criar promoções em pacotes de serviços

Projeto: Criar pacote revisão semestral

Escopo: Criar um pacote de serviços como forma de revisão semestral, para clientes fora da garantia de fábrica ao quais tem um plano de revisão. Conjunta a responsabilidade a Gerência e Mecânicos.

Mapa Mental:

Page 96: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

96

Matriz SWOT – Projeto

Reutilização/ embasamento sobre manuais de garantias.

Desconhecida.

Reutilização do projeto na mesma estratégia.

Desconhecida.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Apenas há o pacote de revisão de garantia para quando esta

exige 6 meses;

Montagem de pacote básico similar ao da garantia para

veículos de revisões anuais, como um checklist;

Já há no mercado revisões para garantia de fábrica

Atingir veículos fora de garantia de fábrica

Page 97: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Informatizar agendamento serviços

Projeto: Criar planilha digital revisões

Escopo: Realizar de forma digital, através do uso de computadores, o agendamento dos serviços de oficina, atualmente realizados em uma agenda física somente pelo chefe de oficina.

Mapa Mental:

Page 98: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

98

Matriz SWOT – Projeto

Há rotina de agendamento na empresa, mas em documento

físico.

Falta de familiaridade ou receio com tecnologia do responsável

no setor de oficina.

Familiaridade gerada pelo produto deste projeto facilitar

novos projetos digitais.A não adaptação a tecnologia.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Agenda física.Transferir informações para planilha digital, interligada a

planilha online

Sem novidades. Incremento de Tecnologia

Page 99: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

99

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Treinamento dos colaboradores

Projeto: Enviar para curso externo

Escopo: A fim de aumentar a qualificação dos colaboradores da oficina, enviar para algum curso/ treinamento em alguma instituição/ empresa/ fábrica alguém que represente a todos e posteriormente repasse o aprendizado para os demais.

Mapa Mental:

Page 100: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

100

Matriz SWOT – Projeto

Aprendizado sobre cursos externo utilizavel a outros

setores.

Há um caso de envio de treinamento externo que gerou

fracasso.

Desconhecida. Desconhecida.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Não aplicávelAprimoramento mais avançado,

nova cultura.

Não aplicável Trazer novas soluções.

Page 101: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

101

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Aumentar Marketing

Projeto: Propaganda Agendamento

Escopo: Fazer divulgação em alguma mídia a ser decidida durante o projeto, uma propaganda informando que a empresa trabalha sobre agendamento em sua oficina, podendo o mesmo ser realizado para otimização de tempo.

Mapa Mental:

Page 102: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

102

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizável sem maiores mudanças dentro da mesma

estratégia.

Alocação de colaborar a setor que poderá render menos (profissional de gestão em

tarefa de design)

Trazer como resultado além do objetivo, quais mídias de melhor custo x benefício.

Envolver recursos financeiros externos.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Há, sem divulgação não teve uso.

Apenas atualização de planilha já online e inserida no site.

Cativar público pela internet; facilidade de agendamendo

para mecânicos;Não aplicável

Page 103: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

103

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Aumentar Marketing

Projeto: Propaganda Serviços

Escopo: Fazer divulgação em alguma mídia a ser decidida durante o projeto, uma propaganda informando os serviços em oficina que realiza.

Mapa Mental:

Page 104: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

104

Matriz SWOT – Projeto

Projeto reutilizável sem maiores mudanças dentro da mesma

estratégia.

Alocação de colaborar a setor que poderá render menos (profissional de gestão em

tarefa de design)

Trazer como resultado além do objetivo, quais mídias de melhor custo x benefício.

Envolver recursos financeiros externos.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Propaganda em rádio de venda de veículos;

Mídia em site/ jornal/ rádio sobre pacote de revisões

Propaganda em site/ jornal. Site/ Jornal

Page 105: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Incrementar novos serviços no checklist

Projeto: Realizar Checklist

Escopo: Atualmente existe um checklist para quando chega um carro a oficina, mas o mesmo não é totalmente utilizado até por contar itens que não agregam serviços, fazendo-se necessário um projeto para atualização do mesmo, agregando-se serviços que possam ser realizados com parceiros.

Mapa Mental:

Page 106: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Matriz SWOT – Projeto

Já existe um checklist atual, não será um assunto novidade.

Mecânicos não fazem uso rotineiro do checklist, sendo a base do “o que se lembram”

Novas parcerias em produtos/ serviços.

Novas fontes de rendas com novos produtos/ serviços.

O resultado do projeto não diferenciar muito do que é feito

hoje.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

O checklist feito atualmente tem 20 itens, que não estão agregando mais do que 10

serviços.

Com a viabilidade de novos itens checados, possivelmente

outros serviços poderão ser executados

Atrair serviços costumeiramente feitos em

outras empresas

Melhores resultados sobre itens que geram retorno agregando-

se novas oportunidades.

Page 107: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

107

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Informatizar agendamento serviços

Projeto: Reativar agendamento pelo site

Escopo: O agendamento usual hoje é realizado apenas na própria oficina, sendo que ao site da empresa tinha uma formulário para tal mas como nunca usado, abandonado, então este projeto deve fazer o reativamento do agendamento via site, facilitando ao cliente o serviço com hora marcada.

Mapa Mental:

Page 108: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

108

Matriz SWOT – Projeto

Análise sobre atual ferramenta poderá influenciar em novo

projeto de migração de tecnologia.

Desconhecida.

Migração de tecnologia estudada para outros projetos.

Poderá ser necessário um novo projeto para suportar o

agendamento, como o projeto de um novo site.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Há a planilha, mas sem divulgação não teve muito uso.

Aperfeiçoamento informações sobre a mesma.

Divulgação da mesma. Não aplicável.

Page 109: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

109

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Treinamento dos colaboradores

Projeto: Reciclar conhecimento

Escopo: Visando aumentar e reforçar o conhecimento dos colaboradores da oficina mecânica, objetiva-se que seja feita instruções, na forma de reciclagem por já ser material de conhecimento deles, através do material de ensino já presente na empresa.

Mapa Mental:

Page 110: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

110

Matriz SWOT – Projeto

O material para reciclagem já existe.

Falta infraestrutura adequada o que pode dificultar ou até

cancelar o projeto.

Aquisição de novos materiais/ aulas.

Custos/ efetividade das video-aulas.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Há material de ensino na empresa.

Alguns mecânicos já viram, outros não, reciclagem.

Apenas a consolidação e recordação.

Comprar novos video-cursos.

Page 111: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

111

Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Incrementar novos serviços no checklist

Projeto: Rever Itens

Escopo: Atualmente ao checklist utilizado, há itens que não mais são sugestionados aos clientes por indisponibilidade de fornecedores ou, de preços muitos elevados, visando com este projeto que seja feito principalmente uma nova tomada de itens semelhantes para substituição de fornecedores, assim como reajuste de itens, margens e preços, assim para as peças em estoque e encomendas.

Mapa Mental:

Page 112: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

112

Matriz SWOT – Projeto

Várias ações de análise o que aumenta a confiança no

resultado.

Material de pesquisa para a análise conter erros/ mal

preenchimentos.

Trazer novos conhecimentos/ itens/ usos dos itens para o

produto do projeto.

Estourar o tempo do projeto em virtude da dependência de

terceiros.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Os itens do Checklist são comprados de vários

fornecedores.

Com uma projeção de uso em serviços originados do

checklist, é possível compras mais frequêntes e assim

barganha.

Com nos itens que possam gerar mais serviços, será possível verificar outros

fornecedores no conjunto de itens.

Vários itens possibilida vários fornecedores, e diferentes custos e ofertas de marcas

pros clientes.

Page 113: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Treinamento dos colaboradores

Projeto: Rever/ refazer certificações

Escopo: Há profissionais certificado dentre os colaboradores da oficina, mas as mesmas foram feitas a tempo portanto, pode ser necessário a revalidação das mesmas, assim como prevendo melhorar a imagem perante serviço qualificado, prever-se então novas certificações ao colaboradores, sendo então necessário pesquisar e agendas tais se assim forem constatadas importantes realizações.

Mapa Mental:

Page 114: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

114

Matriz SWOT – Projeto

Simples por parte gerencial.Dependência da ação não

prática por parte dos mecânicos.

Reutilização do projeto para outros setores da empresa.

Dependência de instituições/ provas/ custos externos em

relação a certificações.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

A 1 certificado ASE.Deve-se ver a possibilidade de

outros certificados.

Talvez precise-se revalidar a certificação.

A certificação atual é para área de suspensão, expandir pra

outras.

Page 115: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Planejamento Estratégico: Oficina – Dezembro 2011/2013

Objetivo: Aumentar lucro oficinaEstratégia: Treinamento dos colaboradores

Projeto: Trazer curso externo

Escopo: Como forma de melhorar a qualificação dos colaboradores da oficina, uma das sugestões é trazer algum curso, de realização in company, sendo assim feito nas instalações da empresa podendo até colaboradores da oficina de chapeamento participarem se de conteúdo relevante, sendo então necessário projeto para estudo de viabilidade e execução se viável.

Mapa Mental:

Page 116: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

116

Matriz SWOT – Projeto

Reutilização para outros setores da empresa tanto do

curso, como do projeto.

Dependência do sucesso do produto em relação ao

aprendizado dos colaboradores.

Potenciais parcerias intelectuais (tira-dúvidas

futuras)

Dependência do sucesso do produto em relação a qualidade

do cursos trazidos.

Matriz Ansoff – Produto do Projeto

Não aplicável Curso de novo conhecimento.

Não aplicávelCurso in company possibilita

que outros setores possam até acompanhar.

Page 117: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

117

ANEXO C – PLANILHA DE SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DO ESTUDO DE

CASO

Planilha de Pontuação

Interação de mais de um setor? Se sim=0 pontos; Se não=1;

Projeto levará mais tempo que a média dos projetos? Se sim=0 pontos; Se não=2;

Projeto possui mais identificação de Forças que Fraquezas? Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Se sim=1 pontos; Se não=0;

Projeto possui maior risco de estourar Tempo? Se sim=0 pontos; Se não=1;

Projeto possui maior risco de estourar Orçamento? Se sim=0 pontos; Se não=2;

Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;

Produto desenvolvido terá reutilização na mesma estratégia? Se sim=1 pontos; Se não=0;

Produto desenvolvido terá reutilização em mais de uma estratégia? Se sim=2 pontos; Se não=0;

Produto trará maior maior retorno a curto(menos de 1 ano) ou longo prazo? Curto=2 pontos; Longo=1;

Projetos Estratégia PontuaçãoAnalisar reserviço por garantia de peças Melhorar o Pós-Venda 1 0 1 1 0 2 1 1 1 0 1 9Analisar reserviço por garantia serviço Melhorar o Pós-Venda 1 0 1 1 0 2 1 1 1 0 1 9Analisar reserviço por mau diagnóstico Melhorar o Pós-Venda 1 0 1 1 0 2 1 1 1 0 1 9Analisar retorno anual clientes Melhorar o Pós-Venda 1 0 1 1 0 2 1 1 1 0 1 9Analisar retorno semestral clientes Melhorar o Pós-Venda 1 0 1 1 0 2 1 1 1 0 2 10Contato cliente pós-serviço Melhorar o Pós-Venda 0 2 1 0 1 2 1 0 0 2 2 11

Criar pacote revisão anual 1 2 1 0 1 2 1 1 1 0 1 11

Criar pacote revisão semestral 0 2 1 1 1 2 1 1 1 0 2 12

Criar planilha digital revisões 0 2 1 0 1 2 1 1 0 0 2 10

Enviar para curso externo 0 0 1 0 1 2 1 1 0 0 1 7Propaganda Agendamento Aumentar Marketing 1 2 1 1 1 0 1 1 0 0 2 10Propaganda Serviços Aumentar Marketing 1 2 1 1 1 0 1 1 0 0 2 10

Realizar Checklist 0 2 1 1 1 2 1 1 0 2 2 11

Reativar agendamento pelo site 1 2 1 0 0 0 1 1 0 2 2 7

Reciclar conhecimento 0 0 1 1 1 2 1 1 1 2 2 12

Rever Itens 1 2 1 0 0 2 1 1 1 2 2 10

Rever/ refazer certificações 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 7

Trazer curso externo 0 2 1 1 0 0 1 1 1 0 1 6

Projeto atribui a reutilização do mesmo na mesma estratégia ou embasamento em algo já pronto?

Produto possui mais identificação de Desenvolvimento de Mercado do que de Produto?

Produto possui mais identificação de Diversificação do que Penetração de Mercado?

Criar promoções em pacotes de serviçosCriar promoções em pacotes de serviçosInformatizar agendamento serviçosTreinamento dos colaboradores

Incrementar novos serviços no checklistInformatizar agendamento serviçosTreinamento dos colaboradoresIncrementar novos serviços no checklistTreinamento dos colaboradoresTreinamento dos colaboradores

Page 118: TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

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Planilha Projetos Selecionados

Limite Tempo 3840 Critério: 2 dias por semana, 1 mês projetosLimite Custo 0Média Tempo 322,77778

CustoProjetosCriar pacote revisão semestral 12 90 0 3750

Reciclar conhecimento 12 495 0 3255

Contato cliente pós-serviço 11 165 0 3090

Criar pacote revisão anual 11 90 0 3000

Realizar Checklist 11 120 0 2880

Analisar retorno semestral clientes 10 495 0 2385

Criar planilha digital revisões 10 260 0 2125

Propaganda Agendamento 10 270 0 1855

Propaganda Serviços 10 270 0 1585

Rever Itens 10 90 0 1495

Analisar reserviço por garantia de peças 9 495 0 1000

Analisar reserviço por garantia serviço 9 495 0 505

Analisar reserviço por mau diagnóstico 9 495 0 10

Analisar retorno anual clientes 9 495 0Enviar para curso externo 7 495 0Reativar agendamento pelo site 7 240 0Rever/ refazer certificações 7 495 0Trazer curso externo 6 255 0Totais: 18 Projetos 170 5810 0

Priorizados por Pontuação

Tempo (minutos)

Selecionados por Tempo