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     Escola SENAI Theobaldo De Nigris 

    Sustentabilidade na Indústria Gráfica

    Autoras:

    Cíntia Garcia

    Érica Soares Barbosa

    4MA

    Orientadora:

    Valquíria Brandt

    São Paulo, 08 de junho de 2009.

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    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

    CONSCIETIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE ...................................................... 5

    MEIO AMBIENTE ................................................................................................. 6Meio ambiente abiótico ............................................................................. 6

    Meio ambiente biótico ............................................................................... 6

    TERMOS TÉCNICOS AMBIENTAIS .................................................................... 7

    POLUIÇÃO........................................................................................................... 9

    Poluição do meio ambiente ....................................................................... 9

    Poluição atmosférica ................................................................................. 9

    Poluição das águas ................................................................................... 9

    Poluição térmica ........................................................................................ 9

    Poluição radioativa .................................................................................... 9

     ÁGUA NO SETOR INDÚSTRIAL ......................................................................... 10

    PREVENÇÃO E RECICLAGEM ........................................................................... 11

    Prevenção à poluição (P2) – ou redução na fonte ..................................... 11

    Principais materiais recicláveis ................................................................. 12

    RESPONSABILIDADE AMBIENTAL .................................................................... 15

    ISO 14000 ................................................................................................. 16

    Desempenho Ambiental em uma Empresa ............................................... 17

     A INDÚSTRIA GRÁFICA ..................................................................................... 18

    FLUXOGRAMA DO PROCESSO GRÁFICO ....................................................... 19

    Pré-impressão ........................................................................................... 19

    Impressão ................................................................................................. 19INSUMOS DO PROCESSO GRÁFICO ............................................................... 21

    Principais suportes .................................................................................... 22

    Matriz ......................................................................................................... 22

    EFLUENTES NA INDÚSTRIA GRÁFICA ............................................................. 22

    Tipos de emissões de poluentes produzidos pela indústria gráfica ........... 23

    IMPACTOS QUE PODEM SER CAUSADOS

    PELOS PROCESSOS GRÁFICOS ...................................................................... 24

    CONTROLE AMBIENTAL NAS GRÁFICAS ........................................................ 25

    Medidas de produção mais limpas ............................................................ 26

    PROPOSTA DO PROJETO ................................................................................. 28

    PESQUISA DE CAMPO ....................................................................................... 28

    DEFINIÇÕES DAS PEÇAS ................................................................................. 31

    TIRAGEM ............................................................................................................. 32

    DESCRIÇÃO TÉCNICNA DAS PEÇAS ............................................................... 32

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      Identidade visual ....................................................................................... 32

    Sacola ....................................................................................................... 33

    Escala de reciclagem ................................................................................ 35

    Folder de papel especial ........................................................................... 36

    Revista / Periódico .................................................................................... 38CLASSIFICAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES EDITORIAIS ........................................ 40

    DIVISÕES DOS PERIÓDICOS ............................................................................ 40

    GRID .................................................................................................................... 40

    Tipos de Grid ............................................................................................. 42

    Justificativa do Grid .................................................................................. 45

    DIAGRAMAÇÃO .................................................................................................. 45

    Leis compositivas ..................................................................................... 45

    Tipos de alinhamento ............................................................................... 46TIPOLOGIA .......................................................................................................... 46

    Escolha da fonte ...................................................................................... 49

    ESPELHO E BONECO ........................................................................................ 49

    ORÇAMENTOS ................................................................................................... 50

    CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES .................................................................... 59

    CONCLUSÃO ...................................................................................................... 61

    REFERÊNCIAS .................................................................................................... 62

     ANEXO 1 – Revista Ecograf..................................................................................64 ANEXO 2 – Prêmio Abigraf de responsabilidade Socioambiental.........................71

    VALIDAÇÃO DO DOCUMENTO .......................................................................... 73

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    INTRODUÇÃO

     A grande demanda por produtos industrializados levou o homem a uma

    exploração predatória dos recursos naturais do Planeta, podendo a humanidadeter assinado sua própria inexistência no futuro. Chegou-se ao nível máximo de

    capacidade de exploração do Planeta e o resultado, não positivo, que se

    vem obtendo, obriga o homem a repensar sua forma de se sustentar do

    meio em que vive.

     A questão ambiental, como um todo, é um assunto relativamente novo,

    portanto, há muito que se dizer e que se fazer a respeito. O setor gráfico, no

    Brasil e principalmente em outros países, vem gradativamente tomandoconsciência de sua importância na proteção do meio ambiente. Pois é um

    setor que é responsável por mais ou menos 3% do PIB industrial brasileiro.

    Ou seja, é um grande consumidor de papel, de tinta e de diversos outros

    produtos. Conseqüentemente é responsável por um significativo gerador de

    resíduos e efluentes.

     A certificação do ISO 14000 (conjunto de normas que estabelecem diretrizes

    sobre a gestão ambiental dentro de empresas) vem contribuindo para que hajaum interesse cada vez maior por parte das gráficas em se adequar aos

    parâmetros exigidos pelo selo, o qual muitas vezes é exigido no momento de se

    negociar com empresas de fora do país. Há, de uma certa forma, pressões por

    parte do mercado sobre as empresas para que estas se adaptem a certificados

    como o ISO 14000. A Indústria aproveita para utilizar esses certificados e dessas

    ações sustentáveis como forma de marketing, conseguindo, assim, mais clientes

    e mais produção. Estes fatores incentivam outras empresas a empregarem

    formas ecologicamente corretas de produção. O que deixa em evidência o fato de

    que a proteção da natureza, além de ser uma necessidade, gera, também,

    benefícios para as empresas e isso precisa ser divulgado.

    O processo de conscientização leva tempo. Este período é inversamente

    proporcional à quantidade de informação sobre a proteção ambiental que é

    distribuída. É fundamental que tais informações sejam semeadas, sendo assim,

    uma forma de preparação para o futuro. O que indica uma necessidade da

    existência de maior número de produtos, como revistas, jornais e livros, capazes

    de divulgar e esclarecer conceitos de sustentabilidade no setor gráfico.

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    O objetivo desta pesquisa é desenvolver um produto gráfico que seja um meio de

    informação capaz de conscientizar empresários e profissionais da Indústria

    Gráfica. O produto gráfico deverá ser utilizado como um veículo de informação,

    tendo a intenção de mostrar que qualquer empresa do setor pode estabeleceruma boa relação com o meio ambiente; prestar esclarecimentos sobre o que é

    possível ser feito para que o equilíbrio ambiental seja, de fato, atingido.

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    CONSCIETIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

    Em seu livro As Conexões ocultas o físico e teórico de sistemas Fritjof Capra, diz

    que “O conceito de sustentabilidade foi criado no começo da década de 1990 por

    Lester Brown, fundador do Instituto Wordwatch, que definiu a sociedadesustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem

    comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras”. Segundo

    Capra, este termo foi mais tarde usado no famoso Relatório de Brundtland 1.

    No Relatório é definido que para que um empreendimento seja considerado

    sustentável é necessário que ele seja ecologicamente correto, economicamente

    viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Estas características são

    primordiais para que haja um equilíbrio na convivência do homem com o meioambiente.

    O mundo chegou no seu ápice do consumismo. Apesar da grande demanda não

    podemos descuidar de gerações futuras e para isso devemos nos preocupar em

    explorar o meio ambiente com mais responsabilidade no presente. Infelizmente

    chegamos em um ponto que os cuidados com a natureza já não são mais uma

    questão de escolha e sim uma questão de urgência. A luz de emergência foi

    acesa e cada vez que há uma catástrofe natural ou mesmo quando cientistas eambientalistas alertam para os riscos de emissão de CO2 (o principal gás

    responsável pelo aumento do efeito estufa2   no planeta) a vida no planeta pede

    socorro.

    No Brasil, no entanto, esta preocupação é retardatária. O conceito de meio

    ambiente no país ainda é vastamente longínquo, uma distância amazônica. Ou

    seja, talvez a conscientização sobre o meio ambiente por parte das gráficas e da

    sociedade ainda esteja no âmbito de preservação da flora e da fauna (fato que

    também tem uma considerável relevância). Pensamento de curto alcance, já que

    isso nos deixa geograficamente longe do problema, nos liberando de

    responsabilidades primordiais do cotidiano, como a simples separação do lixo.

    1 documento intitulado Nosso Futuro Comum elaborado e publicado em 1987  pela Comissão Mundial sobreMeio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quaisreafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados ereproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos

    naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.

    2 Capacidade de absorção da radiação solar por gases contidos na atmosfera, resultando no aquecimentoglobal.

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    Posturas como estas determinam que deve haver uma rápida movimentação no

    sentido de se desenvolver uma cultura capaz de fazer uma disseminação da

    preservação do meio ambiente no próprio indivíduo.

    MEIO AMBIENTE

    De acordo com a resolução CONAMA 306:2002: “Meio Ambiente é o conjunto de

    condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social,

    cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

    No Art. 225 da Constituição Federal há a seguinte frase: “Todos têm direito ao

    meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

    essencial à qualidade de vida se impondo ao Poder público e à coletividade odever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

    O meio ambiente engloba todos os fatores que afetam o comportamento de um

    ser vivo, inclui os quatro elementos que são a água, o ar, o sol e a terra, e

    também os próprios seres vivos que habitam nesse ambiente. Com isso ele é

    dividido em duas classes:

      Meio ambiente abióticoEssa classe inclui a água, a atmosfera e tudo que se encaixa nos quatro

    elementos, o que forma o meio ambiente que não possui vida.

      Meio ambiente biótico

    Esse meio é constituído pelos seres que possuem vida e por sua relação com

    o meio ambiente abiótico.

    O meio ambiente é uma das maiores preocupações dos últimos tempos. As

    respostas negativas que a natureza vem dando a intervenção humana sobre o

    meio ambiente, tem produzido, no homem, uma maior conscientização do impacto

    de suas ações. Tomando, assim, consciência de que os recursos naturais são

    finitos e que deve haver equilíbrio entre o ambiente e as várias espécies que

    habitam o planeta.

     A indústria é considerada como a principal responsável pela poluição do meio em

    que vivemos, mas felizmente começa a assimilar a importância de seu papel na

    luta pela preservação dos recursos naturais.

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    TERMOS TÉCNICOS AMBIENTAIS

     Assim como em qualquer assunto específico, o importante é que sejam utilizados

    termos adequados para discutir sobre a questão ambiental. A seguir algunsdestes termos:

      Aspecto ambiental

    Tudo aquilo que é consumido ou emitido para o meio ambiente e que pode

    alterá-lo. Exemplos:

    • Consumo de água;

    • Emissão de gases;

    • Descarte de resíduos sólidos;• Descarte de efluentes líquidos.

      Impacto ambiental

    Efeito causado no meio ambiente em função dos aspectos ambientais.

    Exemplo:

    • Esgotamento dos recursos naturais não renováveis;

    • Alteração da qualidade do ar;

    • Alteração da qualidade do solo;• Alteração da qualidade da água dos rios.

      AbióticoÉ o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas equímicas do meio.

      Biodiversidade

    Representa o conjunto de espécies animais e vegetais viventes.

      Conservação da natureza

    Uso ecológico dos recursos naturais, com o fim de assegurar uma

    produção contínua dos recursos renováveis e impedir o esbanjamento dos

    recursos não renováveis, para manter o volume e a qualidade em níveis

    adequados, de modo a atender às necessidades de toda a população e

    das gerações futuras.

      Dano ambiental

    Qualquer alteração provocada por intervenção antrópica.

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      Ecologia

    Ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente

    físico. Palavra originada do grego: oikos, o mesmo que casa, “moradia”

    mais “logos”, é o mesmo que estudo.

      Educação ambiental

    Conjunto de ações educativas voltadas para a compreensão da dinâmica

    dos ecossistemas, considerando efeitos da relação do homem com o meio,

    a determinação social e a variação/evolução histórica dessa relação. Visa

    preparar o indivíduo para integrar-se criticamente ao meio, questionando a

    sociedade junto à sua tecnologia, seus valores e até o seu cotidiano de

    consumo, de maneira a ampliar a sua visão de mundo numa perspectiva

    de integração do homem com a natureza.

      Estudo de Impacto Ambiental (EIA)

    Sigla do termo Enviromment Impact Assessment , que significa Avaliação

    de Impactos Ambientais, é também chamado de Estudos de Impactos

     Ambientais.

    Fauna

    Conjunto de animais que habitam determinada região.

      Flora

    Totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma

    determinada região, sem qualquer expressão de importância individual.

      Meio ambiente

    Tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável a sua

    sustentação. Estas condições incluem o solo, o clima, os recursos hídricos,

    o ar, os nutrientes e os outros organismos. O meio ambiente não é

    constituído apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sócio-

    cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo

    homem.

      Resíduos

    Materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais

    considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos

    são considerados altamente perigosos e requerem cuidados especiais

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    quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial

    periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.

    POLUIÇÃO A poluição é essencialmente produzida pelo homem e seus efeitos sobre o meio

    ambiente são bem amplos.

    Poluição do meio ambiente

    É existente sempre que substâncias são produzidas com uma capacidade

    superior de absorção pelo meio ambiente. Está diretamente relacionada com os

    processos de industrialização e a crescente urbanização. 

    Poluição atmosférica

    Os carros são as maiores fontes de poluição atmosférica. As refinarias de

    petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas, fábricas de papel e cimento emitem

    enxofre, chumbo e outros metais pesados e diversos resíduos sólidos.

    Poluição das águas

     A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na

    atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pelaabsorção do solo, os lençóis subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são

    lançados diariamente cerca de bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos,

    lençóis subterrâneos e áreas de mananciais. Os oceanos recebem boa parte dos

    poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos

    localizados no litoral.

    Poluição térmica

    Poluição térmica decorre do lançamento, nos rios, da água aquecida usada no

    processo de refrigeração de siderúrgicas e usinas termoelétricas. O efeito para os

    seres vivos é a aceleração do metabolismo das células.

    Poluição radioativa

    Experiencias com materiais nucleares que joga resíduos radioativos na atmosfera.

     As correntes de ar espalham esses resíduos que com o tempo poluem oceanos,

    solos entre outros.

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    ÁGUA NO SETOR INDUSTRIAL

    Na indústria a água é um fator estratégico para a sobrevivência e crescimento,

    bem como a situação de escassez e poluição que afetam algumas regiões.

    Usos típicos da água na indústria  Escritórios:

    - Toaletes;

    - Vestiários;

    - Bebedouros.

      Refeitórios:

    - Preparação das refeições e lavagem da louça;

    - Limpeza geral.

      Pátios e jardins:

    - Lavagem de pátios e áreas livres;

    - Rega de gramados e jardins.

      Fábrica

    - Processos;

    - Limpeza;- Enxágües / banhos;

    - Retro lavagem;

    - Refrigeração.

      Utilidades

    - Formação do vapor (caldeiras)

    - Tratamento da água

    - Tratamento de esgotos

      Expedição

    - Lavagem de veículos.

    Obs.: Além da água utilizada de forma direta por uma empresa é preciso

    considerar as matérias primas e seus processos produtivos.

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    Economia de água na empresa

    Observando esse sistema é necessário notar onde a água é realmentenecessária, se há processos alternativos disponíveis que evitem ou reduzem o

    consumo, e se há necessidade de se utilizar água potável.

    O principal motivo para cortar o custo com a água, além da redução de custos é a

    conscientização ambiental e além do mais esta atitude melhora a imagem

    ambiental da empresa junto à comunidade.

    PREVENÇÃO E RECICLAGEM

    Prevenção à Poluição (P2) - ou Redução na Fonte

    É o uso de práticas, processos, técnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem

    a geração de resíduos e poluentes na fonte geradora, reduzindo os riscos globais

    à saúde humana e ao meio ambiente. Inclui modificações nos equipamentos, nos

    processos ou procedimentos, reformulação de produtos, substituição de matéria-

    prima, melhorias nos gerenciamentos administrativo e técnico da entidade ou

    empresa, resultando em aumento de eficiência no uso dos insumos (exemplos:

    matérias-primas, energia, água).

     As práticas de reciclagem fora do processo, tratamento e disposição dos resíduos

    gerados, não são consideradas atividades de Prevenção à Poluição, uma vez que

    não implicam na redução da quantidade de resíduos e/ou poluentes na fonte

    geradora, mas atuam de forma corretiva sobre os efeitos e as conseqüências

    oriundas do resíduo gerado.

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    É interessante ressaltar que as técnicas de Prevenção à Poluição (P2)

    fazem parte da Produção mais Limpa ( P+L ), mas não são as únicas.

    Existem, além dessas, estratégias de P+L, outras que conseguem minimizar a

    situação, são elas:

      Reuso

    É qualquer prática ou técnica que permite a reutilização do resíduo sem que o

    mesmo seja submetido a um tratamento que altere as suas características

    físico-químicas.

      Reciclagem

    É qualquer técnica ou tecnologia que permite o reaproveitamento de um

    resíduo após o mesmo ter sido submetido a um tratamento que altere as suascaracterísticas físico-químicas. A reciclagem pode ser classificada como:

    • Reciclagem dentro do processo: permite o reaproveitamento do resíduo

    como insumo no processo que causou a sua geração. Exemplo:

    reaproveitamento de água tratada no processamento industrial.

    • Reciclagem fora do processo: permite o reaproveitamento do resíduo

    como insumo em um processo diferente daquele que causou a sua

    geração. Exemplo: reaproveitamento de cacos de vidro, de diferentesorigens, na produção de novas embalagens de vidro.

    Principais materiais recicláveis

    É necessário o conhecimento dos principais materiais que podem ser reciclados

    dentro de uma empresa. A seguir são apresentados os materiais e suas

    respectivas simbologias:

    Metais

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    Os metais são praticamente 100 % recicláveis, excluindo-se apenas os

    técnicos ou especiais, pois sua composição e combinações específicas

    inviabilizam sua reciclagem.

    Plásticos

    O termo plástico engloba uma série de tipos de resinas atualmente em uso no

    mercado. Entre estas podem ser citados:  PET (Tereftalato de Polietileno);

      PEAD (Polietileno de Alta Densidade);

      PVC (Policloreto de vinila);

      PEBD (Polietileno de Baixa Densidade);

      PP (Polipropileno);

      PS (Poliestireno);

      Outros utilizados. Por exemplo, em plásticos especiais na engenharia, em

    CDs, computadores.

    Papel

    Papel é o nome genérico dado a uma variedade de produtos usados em

    escritórios, incluindo papéis de carta, blocos de anotações, copiadoras,

    impressoras, revistas e folhetos. A qualidade é medida pelas características de

    suas fibras. Papéis de carta e de copiadoras são normalmente brancos, mas

    podem ter várias cores. O descarte é formado por diferentes tipos de papéis,

    forçando os programas de reciclagem a priorizar a coleta de algumas categorias

    mais valiosas, como o papel branco de computador.

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    Papelão

    O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em

    caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e

    residências. Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja

    tecnicamente correto, este material tem uma camada intermediária de papel entre

    suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona. 

    Vidro

     As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos comestíveis,

    medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos. Garrafas, potes e frascossuperam a metade da produção de vidro do Brasil. A metade dos recipientes de

    vidro fabricados no País é retornável. Além disso, material é de fácil

    reciclagem, podendo ser inserido novamente na própria produção ou usado na

    produção de novas embalagens, substituindo totalmente o produto virgem,

    sem perda de qualidade.

    Óleo lubrificante

    O óleo lubrificante representa cerca de 2% dos derivados do petróleo, e é um dos

    poucos que não são totalmente consumidos durante seu uso. É composto de

    óleos básicos (hidrocarbonetos saturados e aromáticos), que são produzidos a

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    partir de petróleo especial e de aditivos de forma a conferir as propriedades

    necessárias para seu uso como lubrificantes.

    Durante o seu uso, na lubrificação dos equipamentos, ocorre a degradação do

    óleo e, também, o acúmulo de contaminantes torna necessária sua troca. Osóleos podem ainda ser reciclados (filtrados para retorno para o mesmo uso) ou

    refinados, gerando óleos básicos para novas formulações.

    Solventes

    É uma substância química ou uma mistura líquida de substâncias químicas

    capazes de dissolver outro material de utilização industrial. Geralmente o termo

    solvente se refere a um composto de natureza orgânica. Apesar de sua

    composição química ser, geralmente diversificada, os solventes contém um certo

    número de propriedades em comum: são compostos líquidos lipossolúveis,possuem grande volatilidade, são muito inflamáveis, e produzem importantes

    efeitos tóxicos.

    RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

    • Licenciamento ambiental  – Tem como objetivo prevenir os impactos

    ambientais provocados por atividades e empreendimentos que utilizam recursos

    naturais ou que sejam considerados efetiva ou potencialmente poluidores,

    evitando a degradação ambiental e os inconvenientes ao bem-estar público.

    • Licença prévia  – Define os requisitos básicos a ser atendidos nas fases de

    localização, instalação e operação de uma fonte de poluição.

    • Licença de instalação  – Documento expedido pela CETESB que permite a

    instalação de uma fonte de poluição em um determinado local, desde que atenda

    às disposições legais.

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    •  Licença de operação  – Documento que autoriza o início das atividades de

    determinada fonte de poluição, que deve anteriormente ter recebido as licenças

    prévias de instalação e tem prazo de vencimento estabelecido de acordo com a

    atividade em questão, que no caso da indústria gráfica, este prazo é de três anos.

    ISO 14000

     As normas ISO 14000 não estabelecem níveis de desempenho ambiental,

    especificam somente os requisitos que um sistema de gestão ambiental deverá

    cumprir. De uma forma geral, referem o que deverá ser feito por uma organização

    para diminuir o impacto das suas atividades no meio ambiente, mas nãoprescrevem como o fazer.

     A norma ISO 14001 estabelece o sistema de gestão ambiental da organização.

     Assim:

    1. Avalia as conseqüências ambientais das atividades, produtos e serviços da

    organização;

    2. Atende a demanda da sociedade;3. Define políticas e objetivos baseados em indicadores ambientais definidos

    pela organização que podem retratar necessidades desde a redução de

    emissões de poluentes até a utilização racional dos recursos naturais;

    4. Implicam na redução de custos, na prestação de serviços e em prevenção;

    5. É aplicada às atividades com potencial de efeito no meio ambiente;

    6. É aplicável à organização como um todo.

    Inicialmente foram aprovadas cinco normas: ISO 14001, 14004, 14010, 14011

    (parte 1 e 2) e 14012.

    ISO 14000 – Guia de orientação do conjunto de normas da série.

    1. ISO 14001 (17 requisitos) – Sistema de gestão ambiental, apresenta as

    especificações.

    2. ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para

    princípios, sistemas e técnicas de suporte.

    3. ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais.

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    4. ISO 14011 (parte 1 e 2) – Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento

    de auditoria.

    5. ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para qualificação

    de auditores.

    Desempenho Ambiental em uma Empresa

    No princípio, quando as empresas começaram a falar sobre gestão ambiental, a

    orientação era apenas com a solução dos problemas no final do processo,

    resultantes dos processos industriais, sem a menor preocupação com as causas

    de sua geração. A partir do surgimento das normas de gestão ambiental

    internacionais e princípios de qualidade total, aparece o conceito de re-trabalho,

    visando assim tentar solucionar o problema na sua causa. Surgiu assim à prática

    de produção mais limpa ou prevenção da poluição, como forma de reduzir

    resíduos na fonte, minimizando assim o re-trabalho. Com isso houve a diminuição

    de custos na produção e melhoria da imagem da empresa. 

     As empresas brasileiras estão agora se preocupando com a qualidade ambiental,

    e isso tem levado elas a procurarem meios e alternativas tecnológicas mais

    limpas e matérias primas menos tóxicas, a fim de reduzir o impacto e a

    degradação ambiental.

    Não há mais como pensar em lucros antes de se pensar em meio ambiente. Com

    isso a indústria está sendo forçada a aperfeiçoar os seus processos e sua mão de

    obra. Investindo em substituição de insumos, redução de geração de resíduos e

    racionalização de consumo de recursos naturais. Esses investimentos acabam

    refletindo em economia e melhoria de competitividade.

     A adoção de estratégias de prevenção se apresenta como a alternativa mais

    adequada para a proteção ambiental, e muitas vezes os modelos decomportamentos, crenças e práticas institucionalizadas, devem ser revisadas para

    que o objetivo seja alcançado.

     A avaliação ambiental torna-se cada vez mais necessária, pois além de todos os

    benefícios ao meio ambiente, as certificações e a atuação no seguimento

    ambiental projetam a empresa como um exemplo de responsabilidade social,

    dando a ela uma imagem sólida perante o mercado, o que garante um retorno

    atrativo.

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     A falta de registros, nas entradas e saídas de insumos, consumo de água entre

    outros, dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho

    ambiental dessas empresas. Um maior conhecimento sobre os impactos

    ocasionados pelas atividades produtivas, possibilita a seleção mais adequada de

    indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria. Uma dasmaiores dificuldades é para estabelecer esses indicadores.

     A maior parte das empresas desconhecem os benefícios de se trabalhar com

    indicadores, com isso elas deixam de melhorar sua produtividade, competitividade

    e atingir a sustentabilidade produtiva e ambiental.

    A INDÚSTRIA GRÁFICA

     A industria gráfica é um setor muito forte no Brasil, são mais de 15.000 gráficas

    que empregam mais de 200.000 pessoas. Essa indústria se divide nos segmentos

    de: embalagens; editorial; promocional; papelaria; comerciais; pré-impressão;

    impressão; e diversos.

    Gráfico de divisões das seções. 

    O gráfico abaixo mostra que a maior parte dessas gráficas é encontrada na região

    sudeste do Brasil:

    Gráfico de distribuição das indústrias gráficas.

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    FLUXOGRAMA DO PROCESSO GRÁFICO

    O produto gráfico passa por diferentes etapas em seu processo, podendo sofrer

    variações conforme o sistema de impressão utilizado. Abaixo são descritas as

    etapas assim como os processos gráficos:

    Pré-impressão

    É na pré-impressão que é feita o preparo do arquivo para a gravação da forma e a

    gravação da forma. É neste setor que se previne todos os problemas para que

    não ocorra nenhuma surpresa nem para o cliente nem para a produção.

    Relação da pré-impressão com meio ambiente:

    Filmes usados, efluentes líquidos contendo prata, compostos orgânicos voláteis,

    resíduos de algodão e estopa, aparas de papel, etc.

    Impressão

    Consiste na transferência da imagem para o suporte escolhido. A seguir

    apresentação de cada processo de impressão e sua respectiva relação com o

    meio ambiente:

      Tipografia

    Este processo utiliza um suporte de base dura, metal ou fotopolímero, coma zona de imagem em relevo, tipo carimbo. A imagem é transferida para o

    papel através de pressão.

    Relação da impressão tipográfica com meio ambiente:

     A forma de impressão é montada a partir de tipos e caixas metálicas já

    existentes e reutilizáveis, o que reduz a geração de resíduos na sua

    preparação. No entanto, a sua limpeza com solventes gera resíduos como

    panos e estopas sujos deste material e de tintas.

      Flexografia

    Muito parecida com a tipografia, porém utiliza-se de fôrmas de

    fotopolímero, chamado de clichê, material mais flexível, a tinta é mais

    liquida e o custo menor. Processo que se adapta a grande variedades de

    suporte. A tinta é à base de água, o que diminui a contaminação, a

    poluição e o cheiro dos solventes.

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    Relação da impressão flexográfica com meio ambiente:

    Utiliza formas de borracha ou polímero. A obtenção da imagem a partir do

    original assemelha-se ao offset, sendo os aspectos ambientais são

    bastante semelhantes. Quanto à confecção da fôrma são gerados resíduosde processo fotomecânico, mas de características distintas aos do offset,

    devido ao uso de fotopolímeros.

      Rotogravura

    Processo de impressão para catálogos, revistas e embalagens de grande

    qualidade e grandes tiragens. Ao contrário dos outros dois processos, ele

    trabalha com um cilindro, que é gravado na galvanoplastia. A área de

    imagem fica encavográfica.

    Relação da impressão com rotogravura com meio ambiente:

    É um dos processos que mais polui o meio ambiente, principalmente

    na fase de galvanização que utiliza produtos químicos como níquel,

    cromo, cobre. Esse processo de impressão chega a ser até proibido

    em alguns países.

      OffsetTrata-se de um método de impressão indireto. A imagem é gravada

    numa chapa, desta chapa passa-se para um cilindro de borracha,

    chamado de blanqueta e depois para o suporte. Esse sistema pode ser

    plano ou rotativo.

    Relação da impressão offset com meio ambiente:

    Nas etapas do processo são gerados resíduos, como embalagens de tintas

    e solventes, panos e estopas sujos com solvente ou óleo, borras de tinta e

    emissões da evaporação de solventes e vernizes.

      Serigrafia

     A impressão serigráfica consiste em uma impressão direta que utiliza como

    forma uma tela de tecido ou aço. Possui diversos usos, pois é capaz de

    imprimir em diversos tipos de materiais e em superfícies irregulares.

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    Relação da impressão serigráfica com meio ambiente:

    São gerados resíduos de revelação semelhantes aos gerados no processo

    de offset. Além disso, há geração de resíduos da preparação da fôrma a

    partir da tela, como restos de madeira, da própria tela.

      Impressão digital 

     A impressão digital trabalha com a passagem direta do arquivo para

    o suporte, sem a necessidade de uma fôrma, pode ser a laser, jato

    de tinta. Esta característica elimina a geração de resíduos na etapa

    de pré-impressão.

    Relação da impressão digital com meio ambiente:

    Já na etapa de impressão há geração de alguns resíduos específicos,que dependem do sistema de impressão digital usado, por exemplo, a

    geração de tubos de cera na impressão a cera, ou de cartuchos de tinta

    na impressão por jato de tinta. Além disso, há geração de eventuais

    resíduos de papel, plástico, embalagens e outros materiais, principalmente

    na pós-impressão.

    INSUMOS DO PROCESSO GRÁFICO

    Água

     A indústria gráfica não é um grande consumidor de água nos seus processos,

    porém alguns como os banhos da pré-impressão e de serigrafia, se não forem

    bem pensados e utilizados pode ocorrer um grande desperdício desse liquido. 

    Energia

     A energia utilizada em sua maioria é a elétrica. A maior parte da energia elétrica

    do Brasil é de hidrelétricas. Apesar do impacto ambiental provocado no localaonde a hidrelétrica se localiza, a energia elétrica é considerada uma das mais

    limpas por ter baixa emissão poluentes.

    Tintas

    Cada processo de impressão possui um tipo de tinta específico. O consumo de

    tintas no Brasil vem crescendo a cada ano, aumentando a utilização de metais e a

    poluição causada por esses insumos.

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     As tintas são compostas por:

      Resina: Polímeros de médio e alto peso molecular. As resinas são

    misturadas em solventes, formando o veículo da tinta.

      Pigmentos: Partículas cristalinas coloridas que são insolúveis e é o que dacor a tinta.

      Aditivos: Produtos para conferir a tinta alguma característica especial.

      Solvente: serve para diluir a resina e acertar a viscosidade da tinta.

    Principais suportes

    Onde a imagem é fixada. A escolha do processo de impressão é definida

    principalmente pelo tipo de suporte a ser utilizado para o produto final.

      O papel

     A maioria dos segmentos da indústria gráfica tem o papel como sua principal

    matéria-prima. Todos supõem que o consumo de papel provoca o

    desmatamento. De fato esses suportes provêem de árvores, no entanto 100%

    do papel fabricado no Brasil são de reflorestamento. Quanto mais papel for

    consumido, mais árvores serão plantadas. O maior problema do papel está em

    seu descarte, se for jogado em lugar impróprio e não levado a uma estação de

    reciclagem, este fica no meio ambiente e se junta a outros fatores de poluição.

      PolímerosVulgarmente conhecido como plástico, é muito usado no seguimento deembalagens. O plástico tornou-se (rapidamente) um dos maiores fenômenos daera industrial, garantindo durabilidade e leveza. Mas, como em sua maioria, não ébiodegradável, tornou-se alvo de críticas quanto ao seu despejo em aterros, quecrescem junto com o aumento populacional.

    Matriz Varia conforme o equipamento e o processo de impressão. Podendo ser chapas,

    cilindros, tecidos e etc.

    EFLUENTES NA INDÚSTRIA GRÁFICA

     As atividades gráficas produzem efluentes com elevado potencial de poluentes

    devido à presença de substâncias tóxicas e metais pesados. Dependendo da

    composição das tintas de impressão e solventes empregados, estes efluentes

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    apresentam características variadas. Portanto, ao se avaliar a qualidade do

    efluente gráfico, deve-se inicialmente fazer um levantamento dos insumos e

    produtos que são empregados nestas atividades. Com o intuito de aplicar

    tecnologias que destruam ou modifiquem a estrutura dos compostos orgânicos

    tóxicos e não-biodegradáveis, tornando-os atóxicos e biodegradáveis.

     A atividade industrial gráfica pode ser desenvolvida de modo seguro, tanto no que

    se refere à saúde humana quanto à proteção ambiental, desde que sejam

    reconhecidos e controlados corretamente os efluentes líquidos, os resíduos

    sólidos, as emissões atmosféricas, os ruídos, as vibrações e as radiações.

    Tipos de emissões de poluentes produzidos pela indústria gráfica.Os resíduos resultantes dos processos das atividades industriais chegam ao meio

    ambiente diversos estados. A seguir a classificação destes:

    Resíduos sólidos

    • Classe I – Resíduos perigosos com riscos à saúde pública e ao meio ambiente;

    • Classe II – Resíduos biodegradáveis, como os do lixo doméstico;

    • Classe III – Resíduos inertes, como os restos de papel, sobras de plástico da

    etapa de pós-impressão, etc.

    Efluentes líquidos:

    Provenientes de sobras de banhos de processamento da imagem e da matriz.

    Em geral, o seu destino é a rede de esgoto urbana com ou sem o tratamento

    de efluentes.

    Emissões atmosféricas:

    Restringem-se à emissão de compostos orgânicos voláteis, evaporados dos

    solventes, das tintas, dos vernizes e de outros produtos semelhantes. Sua

    emissão deve ser controlada pelo risco ocupacional representado à

    saúde humana.

    Ruídos e vibrações:

    Uma série de equipamentos na indústria gráfica gera vibrações e ruídos, como é

    o caso das impressoras e de algumas máquinas de acabamento. Em relação a

    esses aspectos, a empresa deve atender às orientações técnicas estabelecidas.

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    IMPACTOS QUE PODEM SER CAUSADOS

    PELOS PROCESSOS GRÁFICOS

     A seguir, são apresentados alguns exemplos de como esses resíduos podemcausar problemas ambientais e também na saúde humana:

    Restos, borras e embalagens usadas de tintas

    Grande parte das tintas tradicionalmente usadas na indústria gráfica possuem em

    sua composição, alguns elementos denominados metais pesados, como por

    exemplo: cromo, chumbo, entre outros. Esses metais são bastante tóxicos,

    acumulando-se em nossos organismos. Sua sucessiva absorção pode atingir

    concentrações tóxicas e, em função da dosagem presente no corpo, é possíveldesenvolver danos ao sistema nervoso, deformações em fetos e, em casos

    extremos, até provocar a morte. Este efeito cumulativo pode ocorrer uma vez que

    o material seja lançado no meio ambiente, por meio de efluentes líquidos,

    gasosos ou resíduos sólidos. Podendo, direta ou indiretamente, atingir homens e

    animais.

    Solventes e estopas, trapos e embalagens contendo restos de solventes

    Os solventes usuais da indústria gráfica para diluição de tintas e procedimentosde limpeza são, em sua maioria, compostos derivados do petróleo. Esses

    compostos, quando lançados indiscriminadamente no meio ambiente, quer

    seja impregnado em estopa ou na forma de solvente sujo, podem causar

    problemas de contaminação ambiental no solo e nas águas, tanto

    superficiais como subterrâneas e problemas de ordem ocupacional, pela

    aspiração dos vapores de sua evaporação e por sua absorção cutânea. Em geral,

    os solventes são incorporados à corrente sangüínea e distribuídos pelos tecidos

    gordurosos do corpo, incluindo o cérebro, medula óssea, fígado, rins e sistema

    nervoso. Dependendo da concentração e do tempo de exposição, podem

    provocar desde uma leve sonolência até danos ao fígado, rins, pulmões,

    causando, inclusive, danos ao sistema nervoso central e até a morte, quando em

    dosagens muito elevadas.

    Efluente de água com revelador e/ou fixador:

    O primeiro problema associado a este resíduo diz respeito à prata existente nos

    banhos, que deve ser removida por processos físico-químicos, não apenas por ter

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    potencial contaminante, mas também em função do seu valor econômico e sua

    possibilidade de reciclagem.

    Outro problema desses efluentes está ligado ao seu conteúdo de matéria

    orgânica. Quando atingem corpos d’água, as moléculas orgânicas sãodecompostas por bactérias, que, para sobreviver, consomem oxigênio da água.

    Quando há excesso de matéria orgânica, estas bactérias se multiplicam,

    consumindo grandes quantidades de oxigênio, reduzindo, assim, sua

    concentração na água e causando impactos como a mortandade de peixes.

    Como é possível perceber, o lançamento indiscriminado no meio ambiente dos

    resíduos da indústria gráfica pode ter sérias conseqüências, tanto para o

    ecossistema como para o ser humano.

    CONTROLE AMBIENTAL NAS GRÁFICAS

    É o conjunto de medidas que visa à melhoria do aspecto ambiental em relações a

    indústria gráfica:

    Ações preventivas

    Conhecida como “Operação mais limpa”, esta técnica prevê a redução dedesperdícios, conservação dos recursos naturais, diminuição ou eliminação do

    uso de substâncias tóxicas e redução de poluentes na água, no solo e no ar.

    Ações corretivas

    Referem-se ao tratamento e disposição final dos resíduos gerados. É o caso das

    estações de tratamento de efluentes líquidos, os sistemas de tratamento das

    emissões atmosféricas e os incineradores e aterros para os resíduos sólidos.

    Gestão ambiental

     A gestão ambiental é aplicada nas gráficas que queiram melhorar suas vantagens

    competitivas, a atender a requisitos legais e normativos e, claro, atender a

    preservação da vida.

    Produção Mais Limpa (P+L)

    É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos

    processos, produtos e serviços para aumentar a eficiência ambiental e reduzir os

    riscos ao homem e ao meio ambiente. É aplicado em:

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    • Processos produtivos: na conservação de matérias-primas, água e energia, na

    eliminação de matérias-primas tóxicas e na redução, na fonte, da quantidade e

    toxicidade dos resíduos e emissões gerados.

    • Produtos:  na redução dos impactos negativos dos produtos ao longo do seu

    ciclo de vida, desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final.• Serviços:  na incorporação das questões ambientais, no planejamento e

    execução dos serviços.

    Medidas de produção mais limpas

    1. Estoque e manuseio de matérias primas

    • Inspeções no recebimento evitam a entrada de produtos em desacordo ou como prazo de validade vencido;

    • Uso do material conforme a ordem de recebimento (Sistema FIFO);

    • Observar que haja condições adequadas de estocagem;

    • Cuidado na operação de carga e descarga;

    • Estocar papéis e tambores metálicos em estrados de madeira;

    • Reciclar tintas com prazo de validade vencido;

    • Reduzir o descarte de matéria-prima.

    2. Pré-impressão

    2.1. Processamento da imagem

    • Utilizar as soluções até o final de sua vida útil;

    • Maior vida útil dos fixadores pelo uso de tiossulfato de amônia e ácido acético;

    • Recuperação e reutilização dos banhos;

    • Reduzir a quantidade de efluentes líquidos, utilizando o máximo possível a água

    de lavagem;

    • Manter os frascos hermeticamente fechados, prolongando a vida útil dos

    produtos;

    • Evitar reveladores e filmes à base de prata;

    • Eliminar resíduos de revelação;

    • Recuperar metais dos banhos.

    2.2. Processamento da matriz

    • Utilizar as soluções até o final de sua vida útil;

    • Substituir processos que contenham resíduos tóxicos;

    • Reduzir a quantidade geral de resíduos gerados;

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    • Otimizar o uso de produtos químicos ao mínimo necessário;

    • Procurar reciclar as chapas, em especial as de alumínio;

    • Separar as soluções de alta e baixa concentração, aumentando a possibilidade

    de reuso.

    3. Impressão

    • Reduzir a quantidade de impresso fora de padrão e, em conseqüência, de

    resíduo, através de melhor qualidade de impressão;

    • Evitar tinta em excesso para que não haja desperdício, assim como reciclar ou

    segregar os restos de tinta para um uso secundário;

    • Solicitar ao fornecedor para, sempre que possível, entregar os produtos em

    embalagens retornáveis;

    • Separar os papéis usados, segregando-o por tipo, para posterior reciclagem;• Usar aditivos que evitem a formação de película na superfície das tintas quando

    armazenadas por longo tempo;

    • Gerenciar a periculosidade do resíduo, usando tintas isentas de metais pesados,

    como o mercúrio, o cádmio.

    • Reduzir a emissão de compostos orgânicos voláteis, utilizando-se de tintas com

    base aquosa.

    • Usar equipamentos que permitam acertos mais precisos e em menor tempo, de

    modo a ter menos perda de papel, tinta ou outros.• Usar procedimentos automatizados como: sensores de água e tinta, ajuste dos

    tinteiros, sensores de deslocamento e detectores de quebra do papel.

    4. Limpeza dos equipamentos

    • Reduzir a necessidade de limpeza através de um eficiente sistema de

    manutenção dos equipamentos;

    • Planejar, sempre que possível cada máquina para a impressão de uma cor,

    mantendo da mesma forma a seqüência padrão de impressão em cores,

    diminuindo consideravelmente as operações de limpeza;

    • Limpar o reservatório de tinta apenas quando necessário e reduzir o uso de

    material de limpeza ao mínimo indispensável;

    • Quando realmente não for necessário, substituir o solvente utilizado na limpeza

    por detergentes e sabões;

    • Substituir os solventes derivados de petróleo, como o benzeno, o tolueno, por

    produtos à base de éteres de glicol menos tóxicos.

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    CLASSIFICAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES EDITORIAIS

     As publicações editoriais são geralmente projetos de cunho informativo e são

    classificados da seguinte maneira:

    Edição econômica: economia em tudo, papel, acabamento, possui a finalidadeapenas de fornecer a informação.

    Edição normal: possui um orçamento médio, já se preocupa com o acabamento.

    Edição de luxo:  sua característica e oferecer a melhor qualidade em design,

    impressão e acabamento.

    DIVISÕES DOS PERIÓDICOS

    Periódicos são todos os projetos editoriais que possuem uma freqüência de

    publicações e podem ser divididos de tais formas:

    Periódicos de atualidade, variedade e política:  contém notícias gerais da

    atualidade com o máximo de variedade. Ex Veja, Isto é.

    Periódicos literários, político, econômicos, histórico geográficos: para cada

    assunto há um publico definido. Ex: Superinteressante, Exame.

    Periódicos femininos: tratam diretamente os assuntos de interesse da mulher.

    Ex: Marie Claire, Nova.

    Periódicos infanto-juvenis: são dirigidos a crianças e adolescentes. Ex: historias

    em quadrinhos.

    Periódicos esportivos:  trazem informações sobre todas as modalidades de

    esportes ou sobre uma específica. Ex: Placar e Fluir.

    Periódicos técnicos, profissionais e de classe:  Tratam do interesse de

    assuntos específicos procurando trazer sugestões e soluções para os problemas

    dos trabalhadores. Ex. Jornal dos bancários, dos gráficos.

    Periódicos de assuntos variados: Publicações de caráter informativo que fogem

    das outras classificações.

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    DIAGRAMAÇÃO

    Diagramação é o ato de distribuir os elementos em uma página de forma

    harmônica e agradável.

    Composição simétrica e assimétrica

     A composição simétrica é caracterizada por conter pesos de massa equilibrados

    através de uma linha imaginária que atravessa o centro geométrico, dando a

    composição uma aparência estática. A composição simétrica é geralmente

    utilizada para reproduções sérias.

     A composição assimétrica é uma composição livre, informal que quebra a

    monotonia é dinâmica.

    LEIS COMPOSITIVAS

     As leis compositivas são aquelas que regem um impresso segundo sua

    funcionalidade e estética. Analisando os componentes, formato, e tipologia.

    Harmonia: Duas unidades da mesma espécie sustentam-se entre si por estar em

    evidência a de maior área.

    Destaque: a essência da mensagem a ser passada em destaque para chamar a

    atenção do leitor.

    Contraste: Diferenciação de elementos, por exemplo, a variação da tonalidade de

    caracteres, ou usos de cores complementares.

    Equilíbrio:  aplicação correta dos brancos e grises de uma página, de forma

    proporcionar agradável habito de leitura.

    TIPOS DE ALINHAMENTO

     A esquerda;

     A direita;

    Centralizado;

    Justificado;

    Escalonado: Quando contorna uma figura.

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    TIPOGR FI

    É o estudo dos tipos, ou seja, as fontes. Considera-se tipos os números, as letras

    e demais sinais que contém uma fonte. As fontes se classificam em família e

    forma.

    Classificação por família

    Lapidária

    Não possui serifa e tem uma uniformidade quase total dos caracteres, isso o torna

    o tipo mais legível.

    Romanas 

    São as fontes que possuem serifas. Possui um contraste entre as hastes,

    proporcionando ao leitor um descanso visual.

    Cursiva 

    Possui hastes e serifas com formas livres. Possuem três subdivisões.- Os góticos

    - Os manuscritos

    - Fantasias

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    Classificação pela forma 

    Quanto à inclinação:  os caracteres podem se apresentar redondos, grifos ou

    itálicos. Os redondos são considerados os normais. Já os grifos ou itálicos

    apresentam tanto inclinação para a esquerda quanto para a direita.

    Quanto à largura: Classifica-se quanto à largura fazendo um balanceamento dos

    brancos internos e externos de uma letra. Geralmente as fontes possuem as

    seguintes variações: 

    - Light

    - Regular

    - Bold

    - Extra bold

    Quanto ao uso ortográfico:

    Caixa alta: Todas as letras em maiúscula

    Caixa baixa: todas as letras em minúscula

    Caixa alta e baixa.

    Versalete: O mesmo tamanho da maiúscula é o da minúscula.

    Classificação onomástica: É a classificação pelo nome da fonte. As vezes asfontes possuem o mesmo desenho, fazem parte de uma mesma família, porem

    possuem nomes diferentes. 

    Ex: Times, Arial, Helvetica e etc.

    GRID

    O grid tipográfico é um sistema utilizado na diagramação principalmente em

    projetos editoriais. É um método utilizado para distribuir as partes de um projeto

    (por exemplo, uma revista) conseguindo assim com que todas as edições dessa

    revista, por exemplo, saiam com uma identidade para que se possa identificar a

    relação de uma edição com a outra.

     As vantagens de se trabalhar com um grid englobam a clareza, eficiência,

    economia e identidade. O grid introduz uma ordem sistemática no lay out, também

    auxilia na diagramação rápida de uma grande quantidade de informações.

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    Partes básicas de um Grid

    Margens:  São os espaços em volta da área de mancha. As proporções das

    margens ajudam a estabelecer a tensão geral dentro da composição.

    Guias horizontais: São alinhamentos que quebram o espaço em faixas

    horizontais, formando módulos.

    Guias verticias: Linhas que possibilitam alinhamentos, formando as colunas.

    Zonas espaciais : São grupos de módulos que juntos formam campos distintos.

    Cada campo pode receber uma função distinta, por exemplo um bloco de texto ou

    uma imagem.

    Marcadores:  Indicadores de localização para textos secundários ou constantes,

    como nome de seções, numeração e etc.

    Módulo

    Margem

    Coluna

    Zona espacialGuias horizontais

    Marcadores

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    Colunas :  são alinhamentos verticais que criam divisões horizontais entre

    as margens.

    Módulos : São unidades individuais de espaços separados por intervalos

    regulares que, repetidas no formato da página, criam colunas e faixashorizontais.

    TIPOS DE GRIDS

    Grid retangular

    Sua estrutura básica é uma grande área retangular, sua tarefa é acomodar um

    longo texto corrido.

    Mesmo numa estrutura simples é preciso cuidar para que a leitura página após

    página seja agradável. Uma maneira de criar interesse visual é ajustar as

    proporções das margens.

    Grid de colunas

     As colunas podem ser dependentes umas das outras no texto corrido,

    independentes para pequenos blocos de textos ou somadas para formar colunas

    mais largas. Pode ser utilizado para separar diversos tipos de informações.

     A largura da coluna está intimamente ligada à fonte que será utilizada. O objetivo

    é definir uma largura capaz de conter uma quantidade cômoda de caractere.

    Grid modular  

    Projetos muito complexos exigem um grau maior de controle e neste caso usa-se

    um grid modular. O grid modular é um grid de colunas com muitas guias

    horizontais, criando-se assim os módulos que juntos criam zonas espaciais.

    LINEATURA

    É a quantidade de linhas de pontos de reticula por polegadas ou centímetros

    linear. Quem define a lineatura é o sistema de impressão e o substrato.

    No caso da off set a lineatura segue como referência o padrão a seguir:

    Papéis revestidos – 150 lpi à 175 lpi.

    Não revestidos – 133 lpi à 150 lpi

    Jornal – 100 lpi à 120 lpi.

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    PARTES DE UMA REVISTA 

    Capa: é composto por um elemento principal, algo que chame a atenção para que

    a pessoa se interesse em ler a revista.

    Seções: Temas que a revista abordará

    Elementos da matéria:Cartola: geralmente com o nome da seção

    Titulo: tema principal da matéria

    Olho: resumo da matéria

    Credito: da matéria e das fotos.

    ESPELHO E BONECO

    O espelho é uma folha com todas as páginas reduzidas utilizado para o controledos elementos. O boneco é o protótipo do projeto que permite prever e evitar

    erros.

    PROPOSTA DO PROJETO

     Através da observação dos acontecimentos atuais no planeta e fundamentados

    nos dados levantados pela pesquisa percebeu-se a necessidade de uma

    publicação para que a indústria gráfica, seus colaboradores e seus trabalhadoresfiquem cientes sobre sua influência no meio ambiente e, também, sobre o que é

    possível fazer para diminuir os impactos causados por essas indústrias,

    invocando a responsabilidade social, a maturidade empresarial e o

    amadurecimento da consciência ambiental pela sociedade como um todo.

     A proposta desse trabalho é desenvolver um material informativo para

    profissionais da área gráfica. Composto por um Kit que abordará o tema meio

    ambiente direcionado para a área. A idéia é que ele seja um instrumento de

    informação utilizado pela escola SENAI Theobaldo De Nigris para oferecer aos

    seus visitantes, como estudantes, empresários e profissionais da área com o

    intuito de informar e conscientizar todos os envolvidos sobre esta questão.

     A distribuição será feita pelo SENAI, pelo fato de ser uma instituição idônea e

    respeitada no setor gráfico e por se tratar de um estabelecimento de ensino,

    tendo assim a função de educar, e também conscientizar as empresas na

    preservação do nosso meio ambiente. Essa distribuição será feita primeiramente

    nesta unidade como uma forma piloto, para depois se expandir pelas outrasescolas de artes gráficas.

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    PESQUISA DE CAMPO 

    Fez-se necessário uma pesquisa com produtos já existentes no mercado com a

    finalidade de coletar dados que serviram de base para definição do perfil das

    peças do Kit, com o intuito de ver a necessidade de mercado.

    Livros:

      Guia Técnico Ambiental da Indústria Gráfica e

      Manual Técnico Ambiental da Indústria Gráfica

    Revistas:

      Revista Aquecimento Global  

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      Revista Heidelberg Eco News 

      Revista Horizonte Geográfico 

      Revista Planeta 

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      Revista Terra da Gente 

      Revista Sustenta!  

     Após o levantamento de impressos relacionados ao tema “meio ambiente”, foi

    constatado a existência de livros técnicos, revistas e artigos em algumas revistas.

    Observou-se, também, que revistas direcionadas ao meio ambiente tendem ir

    para uma discussão ambientalista ainda muito pautada na fauna e flora, o que

    também tem sua importância, mas como já foi dito antes, há a necessidade de

    uma discussão mais próxima, mais cotidiana das pessoas. Mostrando que o

    cuidado com o meio ambiente pode ter início nos locais freqüentados por elas,

    como, por exemplo, aonde trabalha ou mora. Além disso, o mercado apresenta a

    carência de se encontrar produtos direcionados a determinados setores, como é o

    caso da indústria gráfica.

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    DEFINIÇÃO DAS PEÇAS

    Com a análise dos dados foi traçado um briefing para definir as peças que irão

    compor este kit, levando em consideração a utilidade de cada peça e a sua

    eficiência em transmitir a mensagem necessária. Assim foi definido que o kit será composto por:

    - Identidade Visual;

    - Sacola;

    - Escala de reciclagem;

    - Folder de papel semente;

    - Revista;

    TIRAGEM

     A tiragem foi definida a partir do levantamento do número de alunos da Escola

    SENAI Theobaldo De Nigris e as feiras que esta unidade participa com Stands.

    - O número de alunos matriculados varia entre 650 a 700.

    - Previsão de número de visitantes na escola anualmente 1000 a 1300.

    - As feiras que o SENAI participa regularmente são:• FIEPAG:

    De 2 em 2 anos. - Bienal

    Média de 30 000 visitantes.

    Próxima edição em 2010.

    • Expo Print:

    De 4 em 4 anos.

    Média de 20 000 visitantes.

    Próxima edição em 2010

    • ABTCP:

     Anual.

    Média de 18.000 visitantes.

    Próxima edição em 2009

    Com as informações foi analisado que a ABTCP é a Feira que o SENAI

    participará este ano. Portanto será necessário a produção de 18.000 kits para

    este evento. Será preciso também a produção de 650 a 700 Kits para os alunos e

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    uma média de 1.000 a 1.300 Kits para os visitantes do SENAI. Chegando assim a

    uma tiragem inicial de 20.000 kits.

    DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS PEÇAS

    Identidade Visual

    Identidade visual é o conjunto de elementos formais que representa visualmente,

    e de forma sistematizada, um nome, idéia, produto, empresa, instituição ou

    serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como elementos primários

    logotipo e/ou simbolo gráfico, podendo apresentar cores, formas e alfabetos.

     A identidade visual permitirá que as peças do Kit tenham uma unidade, etransmitam o conceito estabelecido ao projeto. Essa identidade segue os

    conceitos de meio ambiente, ecossistema, sustentabilidade e indústria gráfica.

    Transmitindo, assim, a importância deste assunto.

    Logo

    Logo escolhido para representar a identidade visual do kit.

    Possui fontes redondas e com formas orgânicas.

    O verde do eco simboliza a natureza e o nosso ecossistema, já o cinza neutraliza

    a força do verde e equilibra o logo.

     A folha é o símbolo que será utilizado para a representação da marca, possuindo

    formas harmônicas com direção, fazendo com que o leitor continue a leitura. 

    Sacola 

     A sacola é um objeto utilizado no cotidiano para transportar pequenas

    quantidades de mercadorias. Tornaram-se populares através da distribuição

    gratuita nos supermercados e outras lojas. Constituem-se também como forma de

    publicidade para as lojas que as distribuem.

    Foi escolhida a sacola para acondicionar as peças do Kit por se tratar de uma

    embalagem de fácil produção e baixo custo e por ter aproveitamento posterior.

    Depois de recebido o kit a sacola pode servir para transportar outros produtos.

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    Para sua confecção será necessário fazer a impressão, dobra, cola e faca para o

    recorte das alças.

    O Papel escolhido para a fabricação da sacola é o papel reciclável por se tratar de

    um papel ecológico. A gramatura será de 120g à 150g por se tratar de umagramatura capaz de sustentar todos os componentes do Kit dentro as sacola.

     A sacola será impressa a 4x0 cores (cores de escala) que seguirão a identidade

    visual e terá seu aproveitamento no formato 66x96, devido à tiragem e o substrato

    sua impressão será feita em offset, sendo impressa na PMA (Speed Master

    Heidelberg).

    O formato aberto da sacola é de 720 mm x 510 mm sendo este tamanho o idealpara o acondicionamento de todas as peças do Kit.

     A sacola não possuirá cordão ou qualquer outro tipo de material para a alça, isso

    se deve a economia de materiais, auxiliando na reciclagem desse produto. A alça

    será confeccionada a partir de uma faca especial, sendo inteiriça junto com o

    corpo da sacola.

    Faca da sacola

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     A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133

    lpi à 150 lpi. Portanto a sacola será impressa em 150 lpi para uma melhor

    definição para o tipo de substrato.

    Escala de reciclagemPara reforçar a idéia e direcionamento do kit para gráficas e pelo seu conteúdo

    que conterá os produtos que podem ser reciclados, formas de reciclagem e cores

    de separação. Será produzida uma escala de reciclagem. Essa escala teve como

    referência a escala Pantone®, Cada produto e setor será representado por sua cor

    dentro da escala. 

     A Escala Pantone® é uma escala internacional que possibilita garantir um padrão

    de cor, facilidade de comunicação e segurança para clientes, agencias e gráficas.

     A necessidade de se ter esse material é a facilidade que as lâminas e seu

    manuseio permitem, transmitindo as informações dos produtos e meios de

    reciclagem de maneira simples e interativa.

    Formato das páginas:

    40 mm

    140 mm

    O formato final será no mesmo tamanho das páginas, sendo a capa o mesmo

    papel que o miolo, e a maneira de folheá-lo segue o modelo da escala Pantone®.

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     A produção será em papel reciclado (doado pela SUZANO ®), por se tratar de um

    papel que faz reuso de papéis tirando assim esses do meio ambiente. A

    gramatura será 240g para facilitar o manuseio. Será impressa 4x4/ nas cores de

    escala para se conseguir todas as cores necessárias para representar osprodutos recicláveis. O acabamento feito com um ilhós para fixação das páginas.

     A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133

    lpi à 150 lpi. Portanto a escala de reciclagem será impressa em 150 lpi para uma

    melhor definição em relação o tipo de substrato.

    Como na escala Pantone® haverá o uso das cores em forma de separação para

    cada tipo de material reciclado e uma explicação de como se recicla porquereciclar e o que reciclar. A impressão será em offset na PMA (Speed Máster

    Heidelberg) devido à tiragem e ao formato do aproveitamento de papel (66x96).

    Se a escola estiver sem esta máquina o trabalho poderá ser impresso na GTO – 5

    cores presente no setor de off set da escola.

    Folder de papel especial.

    Este folder será um diferencial no projeto. Seu conteúdo será algo para incentivar

    o plantio de árvores.

    O substrato utilizado será um papel artesanal conhecido como papel semente. Ele

    tem as mesmas características de um papel reciclado artesanal, é 100%

    biodegradável, mas com um diferencial:  ele possui sementes. Durante seu

    processo de fabricação, o Papel Semente recebe sementes diversas, permitindo

    que dele germine plantas e flores. Trazendo assim uma  solução para o pós-

    consumo, reduzindo a agressão do homem ao meio ambiente. Ao invés de jogar o

    objeto no lixo após sua utilização, ele deve ser molhado e plantado em terra fértil.

    Na sua produção, fibras da bananeira são selecionadas, cortadas e fervidas e

    depois entram em processo de bateção, gerando assim a pasta para ser

    desenvolvido o papel. Em seguida, as sementes de hortaliças são incrustadas à

    pasta que se transformará em folhas de papel após serem prensadas e secas

    pelo sol.

    Este papel é fabricado por duas empresas:

    - Instituto papel solidário;

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    - Grupo eco;

    Com a ánalise dos dados de produção do papel semente foi possível a sua

    produção dentro da escola utilizando o laboratório de restauro de papéis,

    eliminando assim o custo da compra, facilitando a criação do material dentro daescola SENAI Theobaldo De Nigris.

    O objetivo deste folder é mostrar que qualquer tipo de material pode ser revertido

    positivamente para a natureza.

    Formato aberto:

    O formato aberto tem a forma uma flor, representando o que aquele produto

    poderá gerar depois de plantado.

    Formato fechado:

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     A impressão desse papel será em Digital (Cânon ®), por ser um papel especial e

    frágil, mesmo sendo uma alta tiragem somente a impressão digital consegue fazer

    impressão neste tipo de papel. Não seria possível em off set, por exemplo, pelo

    fato de ser um processo que utiliza água, não sendo compatível com o papel.

    No aproveitamento de papel é possível a impressão de 6 folders em um A3,sendo assim a tiragem em folhas de 3.334 A3. Será impresso 4x4 cores em uma

    gramatura aproximada de 120g.

    Parte de dentro

    Possui uma árvore simbolizando o fruto que o papel pode gerar e uma frase

    incentivadora para as pessoas plantarem o papel e também com uma mensagem

    para que a idéia da ecograf seja plantada.

    Parte externa

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    Revista / Periódico

    Um periódico é uma publicação, normalmente sobre assuntos específicos, editada

    com determinada regularidade temporal. 

    Para ser considerada um periódico a publicação deve ser impressa com umacerta periodicidade, daí a sua designação, normalmente sendo semanal,

    quinzenal, mensal, bimestral, semestral ou anual.

     A finalidade da revista, como um produto periódico é conter informações sobre o

    tema abordado. Conterá assuntos como atualização de maquinário, novos

    processos, tipos de fabricantes, gráficas que aderem à sustentabilidade, novas

    tecnologias, produção mais limpa, ISO 14.000 entre outros.

    Se justifica a produção da revista / periódico por ser algo interdisciplinar contendo

    todas as ramificações e divisões da área gráfica como pré impressão, impressão

    e acabamento. E pelo fato de o assunto possuir mudanças contínuas, lançamento

    de novas tecnologias, novas pesquisas entre outros. Tendo assim a necessidade

    de novas publicações para que o material não se torne obsoleto.

    Formato fechado:

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    Formato Aberto:

    O formato é vertical para seguir a linha de revista e não fugir muito do padrão.

    Seu tamanho é menor em relação a revistas publicadas normalmente, isso se

    deve pela quantidade de informação que serão contidas nas edições. As

    publicações serão semestrais para atualização das informações.

    O Substrato utilizado será o reciclado (doado pela SUZANO ®) para manter uma

    unidade no kit e por se tratar de um papel ecologicamente correto. Sua gramatura

    será de 120g para o miolo, para dar maior mobilidade das paginas e conforto a

    leitura e 240g para a capa para proteger a revista.

    O processo de impressão será o offset na PMA (Heidelberg- Speedy Master)

    levando em consideração a tiragem, o tipo de substrato e o aproveitamento de

    papel. Caso a máquina não esteja na escola a revista poderá ser impressa na

    GTO – 5 cores presente no setor de off set da escola, sendo impressa assim em 4

    cadernos de 4 páginas mais capa. 

     A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133

    lpi à 150 lpi. Portanto a escala de reciclagem será impressa em 150 lpi para uma

    melhor definição em relação o tipo de substrato. 

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     A revista será formada por 1 caderno de 16 páginas mais capa totalizando assim

    20 páginas. Numero de cadernos ideal para a quantidade de informações

    presentes em cada edição.

     A primeira edição terá uma sobrecapa que simbolizara a inauguração de umanova Idéia. Esta sobre capa será fechada com um laço de fita, fazendo referência

    a inauguração

    Será publicada trimestralmente para se ter tempo de novas pesquisas.

    Seções que compõem a revista

     A revista é composto por tais seções:

    Substrato: substratos utilizados no meio gráfico, na primeira edição a instrutorasobre tintas, cor e papel Erika Cifuente fala sobre o papel e sobre o plantio de

    árvores para este fim.

    Minha empresa: a cada edição uma empresa mostra o que faz em relação ao

    meio ambiente e incentiva outras empresas a aderirem as mesmas técinicas.

    Na primeira edição Alvair Mittesltaedt, gerente de operações da Leograf, fala

    sobre sua empresa e sobre o certificado FSC.

    O diretor:  coluna reservada ao diretor da escola SENAI Theobaldo De Nigris,

    Manoel Manteigas de Oliveira.Espaço aluno: mostra de trabalhos e iniciativas com relação ao meio ambiente

    de alunos da escola. Na primeira edição o TCC do 4MA de alunos de Rotogravura

    e flexografia sobre a criação de um primer para a substituição de tintas a base de

    solvente.

    Entrevista: em cada edição uma entrevista com alguém envolvido no tema. Na

    primeira edição entrevista com Silvio Ísola – diretor do departamento de meio

    ambiente da CIESP.

    Senai faz: área reservada a divulgação sobre o que o SENAI faz em relação ao

    meio ambiente. Na Primeira edição matéria sobre o setor de rotogravura com a

    instrutora Juliana e sobre o setor de off set com o instrutor Antonio Paulo.

    News: matérias sobre novos equipamentos e produtos para o meio gráfico que

    sejam amigos do meio ambiente. Primeira edição sobre a Speedmaster XL 105.

    Resíduos:  matérias sobre resíduos da industria gráfica. Primeira edição com

    Ricardo Cuenca, instrutor especializado em tintas

    Sustenta: uma coluna destinada aos instrutores para que eles possam falar sua

    opinião abertamente sobre o assunto. Na primeira edição Denise, instrutora de PI.

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    Acontece – Ler: dicas sobre eventos, palestras e cursos que aconteceram sobre

    o assunto e também sobre publicações pertinentes.

     A maioria dos artigos são escritos por instrutores do SENAI, para mostrar que é

    possível a criação de um periódico dentro da escola com o qual os própirosinstrutores são capazes de escrever as matérias.

    Justificativa do Grid.

    No nosso projeto editorial iremos utilizar um grid para seguir um alinhamento e

    para distribuir de forma coerente os elementos no formato das paginas

    O grid escolhido para o projeto foi o grid de colunas pelo fato de ser o grid

    que consegue organizar os elementos de forma flexível mantendoalinhamento e identidade.

     As medidas utilizadas serão:

    Margem interna: 12 mm.

    Largura da coluna: 53 mm.

    Distâncias entre as colunas: 3 mm.

    Margem externa: 8 mm.

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    ESCOLHA DA FONTE

    Os critérios para escolha da fonte a ser utilizada é a legibilidade associada ao

    formato do texto, formato do papel, largura da linha, disposição da mancha de

    texto, tipo de suporte e processo de impressão.O corpo da fonte está diretamente ligado a faixa etária a que se destina a obra.

    Exemplo:

    Menores que 7 anos: corpo 24

    De 7 a 8 anos: corpo 18

     A partir de 12 anos corpo 10.

    Isto não é regra é apenas uma orientação.

    Por se tratar de um projeto ecológico, foi escolhida a Ecofont.

     A Ecofont foi desenvolvida pela SPRANQ, uma agência de comunicação. Foi feito

    um estudo com o qual essa fonte consegue economizar 20% de tinta na hora da

    impressão, tirando apenas pequenos círculos do seu formato, sem tirar a

    legibilidade da fonte.

    Não possui direitos autorais e está disponível no site http://www.ecofont.eu para

    ser baixada gratuitamente.

    Essa fonte será utilizada para os textos corridos com a seguinte formatação

    Corpo: 8pt

    Entrelinha: 14pt

    Cor: 80%

     Alinhamento: justificado

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    Para títulos e elementos importantes das matérias será utilizada a fonte bauhaus.

    Por se tratar de uma fonte sem serifa, limpa e com aspecto arredondado fazendo

    alusão as formas orgânicas da natureza.

    ORÇAMENTOS

    Sacola

    Para a produção da sacola e do restante dos materiais foi escolhido o formato66 cm x 96 cm (BB) para se ter um melhor aproveitamento.

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    Com o pré refile o formato se torna 650 mm x 950 mm, pois há a retirada de 5 mm

    de cada lado para acertar a pilha de papel.

    Há também os descontos de 10 mm de pinça e 5 mm de contra pinça e margens

    laterais. Ficando o papel com o formato de 635 mm x 940 mm.

    O formato aberto da sacola é de 720 x 510 mm 

    • Aproveitamento de papel para a produção da sacola:

    94 : 72 = 1 94 : 51 = 1

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    63,5 : 51 = 1 63,5 : 72 = 0

    • Impressão: PMA (Speed Master Heidelberg)

    • Montagem:

    • Calculo do custo do papel

    Papel reciclado 120 g/m². Média de preço R$ 3,50 o Kg.

    Tiragem: 20.00020.000 + 5% de perda + 100 de acerto = 21.100 pedaços

    21.100 x 0,96 x 0,66 x 0,120 = 1604 Kg.

    1604 kg x R$ 3,50 = R$ 5.614,00

    • Calculo da tinta

    Preço médio R$ 20,00 o Kg

     Área impressa: 0,26 x 0,26 x 21.100 x 1 = 1240 m²

    Mancha gráfica: 20: 100 = 0,2 x 1240 m² = 248 m²

    Consumo de tinta: 248 m² x 1,6 = 396 g

     Absorção da tinta: 396g x 1,20 = 475 g

    Tipo de impresso: 475g x 1 = 475 g

    0,475 kg x R$ 20,00 = R$ 9,50

    • Chapas

    Preço médio R$ 15,00

    4 x R$ 15,00 = R$ 60,00

  • 8/18/2019 TCC_Sustentabilidade_na_Indústria_Gráfica_ERICA_CINTIA.pdf

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    • Acabamento

    (fase que será feita no departamento de acabamento do próprio SENAI).

    Refile, corte, vinco e cola.

    Preço total para a produção de 20.000 sacolas: R$ 5.683,00Preço unitário: R$ 0,28

    Preço total para a produção de 20.000 sacolas (com doação de papel):

    R$ 69,50

    Escala de reciclagem

    Formato: 40x140 mm

    • Aproveitamento de papel:94 : 14 = 6 com 2,5 de sangria = 6 Total: 84

    63,5 : 4 = 15 com 2,5 de sangria = 14

    94 : 4 = 23 = com 2,5 de sangria = 21 Total: 84

    63,5 : 14 = 4 com 2,5 de sangria = 4

    Total de páginas para cada escala 28, portanto três escalas em uma folha de

    96 cm x 66 cm.

    • Impressão: PMA (Speed Master Heidelberg)

    • Montagem

  • 8/18/2019 TCC_Sustentabilidade_na_Indústria_Gráfica_ERICA_CINTIA.pdf

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    • Calculo do custo do papel.

    Papel Reciclado 240 g/m². Média de preço R$ 4,00 o Kg.

    Tiragem: 20.000 3 escalas por folha

    20.000: 3 = 6667 pedaços.

    6667 + 5% de perda + 100 de acerto = 7.100 pedaços7.100 x 0,96 x 0,66 x 0,240 = 1089 Kg.

    1089 kg x R$ 4,00 = R$ 4.356,00

    • Calculo da tinta

    Preço médio R$ 20,00 o Kg

     Área impressa: 0,90 x 0,56 x 7.100 x 2 = 7157 m²

    Mancha gráfica: 70: 100 = 0,7 x 7157 m² = 5010 m²

    Consumo de tinta: 5010 m² x 1,6 = 8016 g Absorção da tinta: 8016 g x 1,20 = 9619 g

    Tipo de impresso: 9619 g x 1 = 9619 g

    9,619 kg x R$ 20,00 = R$ 192,40

    • Chapas

    Preço médio R$ 15,00

    8 x R$ 15,00 = R$ 120,00

    • Acabamento

    (fase que será feita no departamento de acabamento do próprio SENAI).

    Refile, corte, e ilhós.

    Preço total para a produção de 20.000 escalas de reciclagem: R$ 4.668,40 

    Preço unitário: R$ 0,23

    Preço total para a produção de 20.000 escalas de reciclagem (com doação de

    papel): R$ 312,40

    Folder papel semente

    Esse tipo de papel é fabricado em formato A3

    • Impressão digital Canon ®

  • 8/18/2019 TCC_Sustentabilidade_na_Indústria_Gráfica_ERICA_CINTIA.pdf

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    • Montagem

    • Calculo do custo do papel.