26
TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA Irene Carmem Picone Prestes IESDE BRASIL S/A Curitiba 2014

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

Irene Carmem Picone Prestes

IESDE BRASIL S/ACuritiba

2014

Page 2: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

© 2014 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Todos os direitos reservados.

IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br

Produção

Capa: IESDE BRASIL S/A.Imagem da capa: Shutterstock

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________________P939t

Prestes, Irene Carmem PiconeTecnologia assistiva e comunicação alternativa / Irene Carmem Picone Pres-

tes. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2014.164 p. : il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-387-4537-2

1. Comunicação - Aspectos sociais. 2. Mídia social. 3. Tecnologia da infor-mação. I. Título.

14-18578 CDD: 302.23 CDU: 302.23

________________________________________________________________________11/12/2014 11/12/2014

Page 3: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Apresentação

No século XXI – da sociedade do conhecimento – todas as crianças têm direi-to fundamental à educação. A Educação para Todos tem o desafio da promoção integral do desenvolvimento e da formação do aluno. A escola é o espaço, por excelência, do processo e do progresso da aprendizagem, devendo também, oferecer convivência humana e exercício de cidadania.

A cidadania na sociedade informacional vai considerar como direito de todos o acesso aos recursos tecnológicos. Mostra-se promissora na implementação e consolidação de ações inclusivas e de acessibilidade, que atendam às diferenças individuais e à diversidade cultural. Numa visão psicológica, sócio-histórica, cul-tural e integrada do ser humano, que requer observar o potencial expressivo e criativo inerente a ele em qualquer idade.

A Tecnologia Assistiva desponta como área do conhecimento atualizada ca-paz de pesquisar e planejar recursos e serviços em prol de efetivas ações transfor-madoras das práticas discriminatórias da sociedade em relação às pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou idosas. Norteia suas ações na promoção de um estilo de vida independente e no respeito aos estilos e ritmos de aprendiza-gem de cada aluno, essenciais para a verdadeira inclusão socioeducativa.

Neste Guia de Estudos convidamos você a conhecer e ser um promotor de tecnologias acessíveis a todas as pessoas em nossa sociedade.

Boa leitura!

Page 4: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao
Page 5: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Sobre a autora

Irene Carmem Picone Prestes

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Antropologia Cultural pela UFPR. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Psicanalista. Psicóloga. Docente na UTP. Presidente da Comissão de Educação Inclusiva da UTP.

Page 6: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Sumário

Aula 01 DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADE 9

PARTE 01 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA ACESSIBILIDADE 11

PARTE 02 | LEGISLAÇÃO DA ACESSIBILIDADE 15

PARTE 03 | COMPREENDENDO AS DIMENSÕES DA ACESSIBILIDADE 22

Aula 02 ACESSIBILIDADE VIRTUAL 27

PARTE 01 | SOBRE A INCLUSÃO DIGITAL 29

PARTE 02 | UNIVERSALIZAÇÃO TECNOLÓGICA E COMUNICACIONAL 33

PARTE 03 | CIDADANIA NA ERA DA INFORMAÇÃO 37

Aula 03 TECNOLOGIA ASSISTIVA E A INCLUSÃO 41

PARTE 01 | SOBRE O DIAGNÓSTICO NA INCLUSÃO 43

PARTE 02 | IMPACTO CAUSADO PELA DEFICIÊNCIA NO SER HUMANO 47

PARTE 03 | TECNOLOGIA ASSISTIVA – VALORIZANDO A DIVERSIDADE HUMANA 53

Aula 04 TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA I 57

PARTE 01 | DESCREVENDO AS CATEGORIAS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA 59

PARTE 02 | TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA À VIDA DIÁRIA 65

PARTE 03 | TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA ÀS HABILIDADES FÍSICAS 69

Aula 05 TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA II 73

PARTE 01 | SOB O PARADIGMA DA INCLUSÃO PSICOSSOCIAL 75

PARTE 02 | TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA AOS RECURSOS AMBIENTAIS 80

PARTE 03 | TECNOLOGIA ASSISTIVA APLICADA AO ESPORTE E LAZER 85

Page 7: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Sumário

Aula 06 CONHECENDO A CIF – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE E O DESENHO UNIVERSAL 89

PARTE 01 | MODELOS CONCEITUAIS – MÉDICO E SOCIAL 91

PARTE 02 | APRENDENDO COM O DESENHO UNIVERSAL 97

PARTE 03 | COMPREENDER A INCAPACIDADE E A FUNCIONALIDADE 101

Aula 07 SOFTWARE EDUCATIVO 105

PARTE 01 | TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS 107

PARTE 02 | SOFTWARES E AS DEFICIÊNCIAS 111

PARTE 03 | DIMENSÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS EDUCATIVAS 115

Aula 08 CONHECENDO A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 119

PARTE 01 | APRENDENDO SOBRE A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 121

PARTE 02 | DEFININDO UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 125

PARTE 03 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA APLICADA À EDUCAÇÃO 130

Aula 09 RECURSOS PARA A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 135

PARTE 01 | SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO 137

PARTE 02 | ESTRATÉGIAS NOS RECURSOS PARA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 141

PARTE 03 | COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – DESENVOLVENDO AUTONOMIA 145

Aula 10 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL E ACESSIBILIDADE 149

PARTE 01 | ESCOLA ACESSÍVEL 151

PARTE 02 | RECONHECENDO A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL 155

PARTE 03 | ESPAÇO MULTIFUNCIONAL DE APRENDER A SER 159

Page 8: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao
Page 9: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

Conhecer a contextualização atual da acessibilidade, entender a legislação que

envolve a acessibilidade e reconhecer a aplicabilidade das dimensões de

acessibilidade no processo de inclusão.

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADE

Aula 01

Objetivos:

Art

istic

co/S

hutte

rsto

ck

Page 10: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao
Page 11: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 11

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

01

CONTEXTUALIZAÇÃO DA ACESSIBILIDADEUma proposta de contextualização busca revelar a articu-

lação das diversas realidades presentes na sociedade do mundo globalizado para que possam emergir um significado e um sen-tido da realidade observada. Assim apresentamos alguns pontos relevantes para a contextualização e compreensão da acessibi-lidade na atual sociedade inclusiva brasileira.

Para enfrentar os desafios do século XXI, novas concepções de educação devem ser ampliadas para uma visão de plenitude, em que as pessoas possam, em síntese, aprender a ser conforme aponta o relatório da Comissão Internacional de Educação para o século XXI feito para a UNESCO (2010) sobre os pilares da educa-ção. A Constituição Brasileira de 1988 garante o direito de igual-dade a todos os cidadãos no espaço social da nação. Esse direito inclui o acesso a serviços essenciais, como habitação própria, saúde, educação e trabalho, para todas as pessoas sem qualquer forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao Estado a promoção e a proteção desse direito por meio da implementação e manutenção de ações que atendam, individual e coletivamen-te, às necessidades e às expectativas do cidadão.

Na celebração dos 25 anos de vigência da Carta Constitucional do Brasil, como parte das comemorações, o Governo Federal lançou uma versão da Constituição em tex-to, áudio e linguagem de sinais – Libras (Língua Brasileira de Sinais), fortalecendo o paradigma vigente de acessibilidade na sociedade inclusiva brasileira. A Constituição está disponível

Page 12: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA12

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

01para consulta de todas as pessoas no site PCD Legal, uma bi-blioteca virtual disponível em: <www.pcdlegal.com.br/consti-tuicaofederal/#.VDwiSPldWm2>.

É notório que grande parte da população é confrontada co-tidianamente com diferentes barreiras, que tornam inacessíveis o transporte coletivo, prédios públicos, metodologias educa-cionais, tecnologias de baixo custo, a comunicação nos setores públicos, entre outros obstáculos. Vale verificar os números no Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, de caracterís-ticas da população, religião e pessoa com deficiência:

Os resultados do Censo Demográfico de 2010 apon-taram 45 606 048 milhões de pessoas que declaram ter pelo menos uma das deficiências investigadas, correspondendo a 23,9% da população brasileira. Dessas pessoas 38 473 702 se encontravam em áre-as urbanas e 7 132 347 em áreas rurais. A região Nordeste concentra os municípios com os maiores percentuais da população com pelo menos uma das deficiências investigadas [...]. (IBGE 2010, p. 73.)

Os dados do Censo são significativos e justificam o incre-mento nas ações voltadas à acessibilidade, inclusão, tecnolo-gias assistivas e comunicação alternativa nos espaços de edu-cação formal e não formal e organizações do estado nacional. Ainda, vale um alerta, devemos considerar que a possibilidade de enfrentamento das barreiras, obstáculos do cotidiano ou até mesmo da condição de deficiência temporária assola qualquer pessoa em alguma situação de vida, senão a todos os sujeitos no processo do desenvolvimento do envelhecer que traz limitações naturais a todo o ser humano.

Page 13: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 13

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

01Outro aspecto fundamental nessa contextualização e que

interfere na acessibilidade e no processo inclusivo trata da globalização que, como um processo complexo atual, traduz o modo das interações entre os continentes e os países. Esse mecanismo interfere nas decisões numa gama de aspectos eco-nômicos, educacionais, culturais e políticos, que articulam os confrontos planetários.

Por meio da globalização, as pessoas estão mais próximas de todo mundo, os governos e as organizações trocam ideias, realizam transações e disseminam um modus operandi nas questões da educação e cultura pelos quatro cantos do planeta, como as proposições da ONU e da UNESCO, expandindo, dessa forma, os limites das fronteiras e da territorialidade e conse-quentemente interferindo nas atitudes das pessoas.

O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos confir-ma essa complexidade e nos ajuda a refletir sobre o conceito de “globalização” quando considera que “o global e o local são so-cialmente produzidos no interior dos processos de globalização” (2002, p. 63). Isso nos conduz a compreender a complexidade da globalização, a qual produz trocas entre as redes humanas sem fronteiras, indiscriminada e instantaneamente. Ampliam desta forma a territorialidade dos continentes e estabelecem a complexidade das decisões, dos recursos, dos instrumentos, entre outros, hoje em dia. Sem dúvida, favorecem e fortalecem cada vez mais as ações coletivas civilizatórias.

Extra

Recomendamos a leitura da Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990). Brasil, UNICEF. Disponível em: <www.unicef.org/brazil/pt/resour-ces_10230.htm>. Acesso em: 13 out. 2014.

Page 14: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA14

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

01

Atividade

Liste cinco palavras-chave que devem significar acessibilidade.

Referências BRASIL. Unicef. Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990). Disponível em: <www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Acesso em: 13 out. 2014.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional para a educação do século XXI. Brasília: Julho, 2010. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 13 out. 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍSTICA E GEOGRAFIA – IBGE. Censo Demográfico 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. IBGE. ISSN 0104-3145. Censo demogr. Rio de Janeiro, p. 1-215, 2010. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf>. Acesso em: 13 out. 2014.

SOUSA SANTOS, Boaventura (Org.). A Globalização e as Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 2002. Disponível em: <www.ebah.com.br/content/ABAAABRBkAA/santos-boaventura-s-org-a-globalizacao-as-ciencias-sociais>. Acesso em: 13 out. 2014.

Resolução da atividade

Acessibilidade = lei, cidadania, autonomia, globalização, comunicação.

Page 15: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 15

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02

LEGISLAÇÃO DA ACESSIBILIDADEInicialmente, define-se acessibilidade como a possibilida-

de para a remoção dos entraves que representam as barrei-ras para a efetiva usabilidade e participação de pessoas nos diversos cenários da vida pessoal, social e profissional. Ainda, entende-se que a acessibilidade está diretamente vinculada aos pressupostos da inclusão social e educacional, ou seja, trata-se de questões próprias dos Direitos Humanos Universais e do ple-no exercício da cidadania.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos di-reitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclama-da pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de Dezembro de 1948 [...]. Ela es-tabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos. [...]

Uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram o corpo do direito internacional dos direitos humanos. (DUDH,1948.)

A acessibilidade enquanto direito humano deve nortear-se nos alicerces da inclusão que visam à autonomia, à independên-cia e ao empoderamento da pessoa com deficiência. Segundo Sassaki (1997, p. 38), empoderamento significa “o processo pelo qual uma pessoa usa o seu poder pessoal inerente à sua

Page 16: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA16

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02condição para fazer escolhas e tomar decisões, assumindo, as-sim, o controle de sua vida”.

Portanto, a acessibilidade nas dimensões arquitetônica, tecnológica, comunicacional, linguística, pedagógica e atitudi-nal (preconceito, medo e ignorância), preconiza a construção de acesso e a eliminação dos diversos tipos de barreiras, favo-recendo a dignidade e o bem-estar daqueles que têm limitações ou mobilidade reduzida.

A legislação, em geral, existe para promoção da igualdade de oportunidades entre as pessoas, especificamente da pessoa com deficiência, visando a um fim comum: tornar a estrutura em que vivemos apta a acolher as diferenças individuais e a di-versidade cultural. Assim, é importante destacar e compreender o sentido e o significado da lei, em uma citação de Dischinger.

Lei: no sentido jurídico, é a regra jurídica escrita, instituída pelo legislador, no cumprimento de um mandato, que lhe é outorgado pelo povo. Segundo Clóvis Beviláqua, “A ordem geral obrigatória que, emanada de uma autoridade competente reco-nhecida, é imposta coativamente à obediência de todos”. A lei institui a ordem jurídica, em que se funda a regulamentação, para manter o equilí-brio entre as relações do homem na sociedade, no tocante a seus direitos e deveres. (DISCHINGER, 2012, p. 103-104)

A lei organizadora da sociedade visa, então, ao aprimo-ramento da civilização e à evolução do ser humano. A legis-lação da acessibilidade consiste na construção de um mundo includente, permitindo a existência integral e plena da pessoa.

Page 17: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 17

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02Fazer parte de uma sociedade significa ter condições de desem-penhar papéis dos quais somos capazes, como o de pais, cida-dãos, estudantes, trabalhadores, entre outros, de modo que a nossa capacidade não seja obstada por barreiras externas.

O Decreto 5.296/2004, que regulamenta, inclusive, a Lei Federal 10.098/2000, sustentando a acessibilidade e esta-belecendo as normas e critérios básicos para a Promoção de Acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade redu-zida, em seu artigo 8.º (incisos I e II) esclarece:

Das condições gerais da acessibiliade

Art. 8.° Para os fins de acessibilidade, considera-se:

I. acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos es-paços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dis-positivos, sistemas e meios de comunicação e in-formação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

II. barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movi-mento, a circulação com segurança e a possibi-lidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;

b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das edificações de uso públi-co e coletivo e no entorno e nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso privado multifamiliar;

Page 18: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA18

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02c) barreiras nos transportes: as existentes nos ser-viços de transportes; e

d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou im-possibilite a expressão ou o recebimento de men-sagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibi-litem o acesso à informação; (BRASIL, Decreto n. 5.296/2004)

Ainda baseando-se na legislação, é possível desdobrar a acessibilidade em seis dimensões:

1. Acessibilidade arquitetônica – sem barreiras ambien-tais físicas em todos os recintos internos e externos da escola e nos transportes coletivos.

2. Acessibilidade comunicacional – sem barreiras na co-municação interpessoal, na comunicação escrita e na comunicação virtual e digital.

3. Acessibilidade metodológica – sem barreiras nos mé-todos e técnicas de estudo, de ação comunitária, cul-tural e de educação dos filhos, dos estudantes e nas relações familiares.

4. Acessibilidade instrumental – sem barreiras nos ins-trumentos e utensílios de estudo, de atividades ha-bituais da vida diária e de lazer, esporte e recreação (dispositivos que atendam às limitações sensoriais, fí-sicas e mentais etc.).

Page 19: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 19

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

025. Acessibilidade programática – sem barreiras invisí-

veis embutidas em políticas públicas (leis, decretos, portarias, resoluções, medidas provisórias etc.), em regulamentos (institucionais, escolares, empresariais, comunitários etc.) e em normas de um modo geral.

6. Acessibilidade atitudinal – através de programas e práticas de sensibilização e de conscientização das pessoas em geral e da convivência na diversidade hu-mana resultando em quebra de preconceitos, estig-mas, estereótipos e discriminações.

A legislação de acessibilidade assim descrita pretende con-tribuir para que todo ser humano, independentemente de suas diferenças físicas ou capacidades sensório-perceptivas, possa ter garantido a equidade de oportunidades para além das defi-ciências, na valorização da dignidade, independência e autono-mia do cidadão.

Extra

Recomendamos assistir ao vídeo Jovens brasileiros parti-cipam na sede da ONU de debate sobre a inclusão. Disponível no YouTube e também no link <www.inesc.org.br/noticias/no-ticiasdo-inesc/2014/setembro/quatro-adolescentes-e-jovens-brasileiros-participam-na-sede-da-onu-de-debate-sobre-inclu-sao-escolar>.

Atividade

Construa um pequeno texto de três a quatro linhas relacio-nando Direitos Humanos Universais – Cidadania – Diversidade.

Page 20: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA20

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02

Referências BRASIL. Lei 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União, em 20 dezembro de 2000. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm>. Acesso em: 13 out. 2014.

BRASIL. Decreto 5.296, de 02 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União, em 3 dezembro de 2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em: 30 out. 2014.

Declaração Universal pelos Direitos Humanos – DUDH. Paris, 1948. Disponível em: <www.dudh.org.br/declaracao>. Acesso em: 13 out. 2014.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional para a educação do século XXI. Brasília: julho, 2010. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf>. Acesso em: 13 out. 2014.

DISCHINGER, Marta. Promovendo Acessibilidade Espacial nos Edifícios Públicos: programa de acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nas edificações de uso público. Florianópolis: MPSC, 2012. 161p. Disponível em: <www.mp.sc.gov.br/portal/conteudo/imagens/noticias/manual_acessibilidade.pdf>. Acesso em: 13 out. 2014.

SASSAKI, Romeu. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA,1997.

UNICEF. Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990). Disponível em: <www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Acesso em: 13 out. 2014.

Resolução da atividade

Entende-se que, em essência, o que as leis voltadas aos direitos humanos preservam é o valor da diversidade humana

Page 21: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 21

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

02e a garantia de igualdade social como instrumento de bem--estar e de desenvolvimento inclusivo, social e educacional. Para ser cidadã ou cidadão, cada pessoa, única e singular, pre-cisa conviver com toda a sociedade e oferecer a todos o seu sa-ber, habilidades e competências, em uma troca de permanente aperfeiçoamento.

Page 22: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA22

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

03

COMPREENDENDO AS DIMENSÕES DA ACESSIBILIDADE

Reconhecer a aplicabilidade das seis dimensões de acessibi-lidade propostas na legislação nos fortalece no reconhecimento do caminho trilhado nas práticas para a verdadeira sociedade inclusiva, que abre suas portas à pessoa com deficiência na vida escolar para a vida profissional, a fim de conquistar o pleno exercício da cidadania, entendido como o lugar máximo de todo ser humano na civilização.

É importante considerar, na aplicação das propostas de acessibilidade, a existência de situações ambientais, atitudi-nais, tecnológicas em que possam ocorrer barreiras, obstáculos de diversos âmbitos. Essas situações devem ser tomadas como parâmetros investigativos para se encontrar a solução viável aos problemas vividos. A alternativa acessível deve considerar o processo histórico, cultural e educacional, demonstrando a necessidade de constante alinhamento para soluções criativas e enriquecedoras do ser humano na permanente construção e atualização da sociedade inclusiva.

Para a aplicação das seis dimensões de acessibilidade apre-sentamos algumas alternativas:

1. Acessibilidade arquitetônica – sem barreiras am-bientais físicas dentro dos critérios preconizados pela norma NBR 9050 (2004), que estabelece os parâme-tros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptações de edificações,

Page 23: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 23

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

03mobiliários, equipamentos urbanos ás condições de acessibilidade como rampas, piso tátil, banheiros adaptados, nos transportes coletivos, entre outros.

cow

ardl

ion

/ Sh

utte

rsto

ck

Rio

Patu

ca/S

hutte

rsto

ck

2. Acessibilidade comunicacional – sem barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de si-nais, linguagem corporal, linguagem gestual etc.), na comunicação escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braile, textos com letras ampliadas para quem tem baixa visão, notebook e outras tecnologias assistivas para comunicar) e na comunicação virtual (acessibilidade digital).

tom

giga

bite

/Shu

tters

tock

Nat

aLT/

Shut

ters

tock

Page 24: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA24

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

033. Acessibilidade metodológica – sem barreiras nos mé-

todos e técnicas de estudo (adaptações curriculares, aulas baseadas nas inteligências múltiplas, uso de to-dos os estilos de aprendizagem, participação do todo de cada aluno, novo conceito de avaliação de apren-dizagem, novo conceito de educação, novo conceito de logística didática etc.), de ação comunitária (me-todologia social, cultural, artística etc. baseada em participação ativa) e de educação dos filhos (novos métodos e técnicas nas relações familiares etc.).

4. Acessibilidade instrumental – sem barreiras nos instrumentos e utensílios de estudo (lápis, caneta, transferidor, régua, teclado de computador, materiais pedagógicos), de atividades da vida diária (tecnolo-gia assistiva para comunicar, fazer a higiene pessoal, vestir, comer, andar, tomar banho etc.) e de lazer, es-porte e recreação (dispositivos que atendam às limita-ções sensoriais, físicas e mentais etc.).

Jare

n Ja

i Wic

klun

d/Sh

utte

rsto

ck

Hun

tsto

ck.c

om/S

hutte

rsto

ck

5. Acessibilidade programática – sem barreiras invisí-veis embutidas em políticas públicas (leis, decretos,

Page 25: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA 25

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

03portarias, resoluções, medidas provisórias etc.), em regulamentos (institucionais, escolares, empresariais, comunitários etc.) e em normas no geral.

6. Acessibilidade atitudinal – através de programas e práticas de sensibilização e de conscientização das pessoas em geral e da convivência na diversidade hu-mana, resultando em quebra de preconceitos, estig-mas, estereótipos e discriminações.

Finalizamos esta aula com uma reflexão significativa. A legislação brasileira voltada à pessoa com deficiência nas suas diferentes expressões, acessibilidade, tecnologias assistivas e comunicação alternativa é de boa qualidade e possui quantida-de bastante abrangente, a ponto de destacar o Brasil ao nível de países mais desenvolvidos do ponto de vista político, eco-nômico e social. A questão “deficiente” está no cumprimento prático da legislação e no frágil exercício prático da cidadania.

Extra

Sugerimos a leitura do artigo de Romeu Sassaki intitula-do Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Disponível em: <www.apabb.org.br/admin/files/Artigos/Inclusao%20-%20Acessibilidade%20no%20lazer,%20trabalho%20e%20educacao.pdf>. Acesso em: 26 out. 2014.

Atividade

No artigo indicado anteriormente, de Romeu Sassaki, é apresentado um histórico da acessibilidade no Brasil. Monte um esquema com o principal aspecto de cada década.

Page 26: TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVAarquivostp.s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_tecnologia_assisti... · forma de discriminação. É direito do cidadão e cabe ao

ALTERAR IMAGEM CONFORME A IMAGEM DO SEPARADOR

TECNOLOGIA ASSISTIVA E COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA26

DIMENSÕES DE ACESSIBILIDADEPa r t e

03

Referências BRASIL. Lei 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União, em 20 dezembro de 2000. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm>. Acesso em: 13 out. 2014.

BRASIL. Decreto 5.296, de 02 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União, em 3 dezembro de 2004. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em: 30 out. 2014.

SASSAKI, Romeu. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Disponível em: <www.apabb.org.br/admin/files/Artigos/Inclusao%20-%20Acessibilidade%20no%20lazer,%20trabalho%20e%20educacao.pdf>. Acesso em: 26 out. 2014.

VILLAVERDE, Adão (Org.). Manual de Redação – mídia inclusiva. Porto Alegre: Assembleia Legislativa, 2011. Disponível em: <www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1313497232Manual_de_Redacao_AL_Inclusiva.pdf.> Acesso em: 26 out. 2014.

Resolução da atividade

Breve histórico de acessibilidade no brasil:• Anos 50 – profissionais denunciam a existência de barreiras.• Anos 60 – Universidades do EUA iniciam eliminação das

barreiras arquitetônicas.• Anos 70 – 1975, ONU – Declaração dos Direitos das Pessoas

Diferentes.• Anos 80 – Participação plena e igualdade. Ano Internacional

das pessoas deficientes.• Anos 90 – Desenho Universal. Diversidade Humana.• Século XXI – 2006, ONU – Acessiblidade.