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2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar
Manuel Andrade Valinho
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA APLICADAÁrea de Astronomia e Astrofísica
Mestrado em Matemáticas
Teoria (4 horas):Teoria (4 horas):
1. Mecanismos de radiação eletromagnética2. Conceitos de fotometria3. Sistemas de magnitudes4. Classiicação espetral5. O diagrama de Hertzsprung-Russell6. Evolução estelar
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar
3Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 2.1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Onda eletromagnética
Radiação eletromagnética
4Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 2.1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Espetro eletromagnético
Radiação eletromagnética
5Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Opacidade da atmosfera terrestre
Radiação eletromagnética
6Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Modelo de Rutherford (1911)
Sistema planetárioSem restrições nas distânciasModelo clássico
Modelo atómico
Modelo de Bohr (1913)
Sistema planetárioQuantização do momento angularModelo semiclássico
7Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Modelo quântico
Schrödinger (1926)Born (1926)Heisenberg (1927)Nuvem eletrónicaOrbitais atómicosModelo moderno
Modelo atómico
8Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Modelo atómico
9Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Relação de Planck-Einstein (energia emitida/absorvida):
h = 6.626 · 10–34 J · s(constante de Planck)
Radiação de átomos e moléculas
Δt ~10–8 s
ΔE
Δ E = h ν
10Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Espetro de absorção
Radiação de átomos e moléculas
11Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Espetro de absorção
Radiação de átomos e moléculas
12Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Postulados do modelo de Bohr:
1. Os eletrões descrevem órbitas circulares em redor do núcleo.
2. Os eletrões só podem estar em certas órbitas com determinados níveis de energia.
3. Os eletrões só perdem ou ganham energia saltando de uma órbita a outra, de maneira que absorvem ou emitem radiação eletromagnética com uma frequência determinada pela diferença entre os níveis de energia associados a cada órbita:
Espetro do átomo de hidrogénio
h ν = En2
− En1
ν =cλ
h ν
13Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Comprimento de onda (λ) da radiação eletromagnética absorvida/emitida:
R = 1.097 · 107 m–1
(constante de Rydberg)
Espetro do átomo de hidrogénio
1λ= R ( 1
n1
2−
1
n2
2 )
14Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Comprimento de onda (λ) da radiação eletromagnética absorvida/emitida:
R = 1.097 · 107 m–1
(constante de Rydberg)
Espetro do átomo de hidrogénio
1λ= R ( 1
n1
2−
1
n2
2 )H
α
Risca Hα
656 nmn = 2 → n = 3
15Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Corpo negroObjeto ideal que absorve toda a radiação que nele incide.
Radiação de corpo negroEm equilíbrio termodinâmico emite radiação eletromagnética (radiação térmica) cujo espetro só depende da temperatura segundo a lei de Planck.
Radiação de corpo negro
16Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Lei de Planck
k = 1.38 · 10–23 J K–1
(constante de Boltzmann)
Radiação de corpo negro
Bλ (T ) =2hc
2
λ5
1
e
hc
λ k T−1
17Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Lei de Stefan-Boltzmann
σ = 5.67 · 10–8 W m–2 K–4
(constante de Stefan-Boltzmann)
Radiação de corpo negro
F = σ T 4
Temperatura efetiva (Te) de uma
estrelaTemperatura de um corpo negro que irradia com a mesma densidade de luxo total que a estrela.
F = σ T e4
L = 4 π R2F
⇒ T e =4√ L
4π σ R2
⇒
18Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 1. Mecanismos de radiação eletromagnética
Lei do deslocamento de Wien
b = 2.8978 · 10–3 K m(constante de dispersão de Wien)
Radiação de corpo negro
λmáx =b
T
19Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 2. Conceitos de fotometria
Energia
Intensidade total
Densidade de luxo
Luminosidade (luxo total)
Intensidade, luxo e luminosidade
dEν = I ν cos θ dA d ν dω dt
I = ∫0
∞
I ν d ν
Fν =1
dA d ν dt∫S
dEν = ∫S
I ν cos θ dω
L = 4 π r2 F
20Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Classiicação de Hiparco (129 a.n.e.)1000 estrelasEscala discreta de 6 magnitudes
Lei de Weber-FechnerA resposta a qualquer estímulo é proporcional ao logaritmo da intensidade do estímulo.Quando a excitação luminosa (S) aumenta em progressão geométrica, a sensação ótica (p) aumenta em progressão aritmética:
Magnitude aparente (m)Uma diferença de 5 magnitudes corresponde a um fator 100 em brilho.
Magnitudes aparentes
dp = kdS
S
dF
F= −c dm ⇔
F
F0
= ec (m
0−m ); 100
1= e
c (6−1 ) ⇔ ec = 10
2
5 ≈ 2.512...
m1− m2 = −2.5 logF1
F2 Lei de Pogson (1856)
21Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
As magnitudes aparentes dependem do instrumento ⇒⇒ diferentes sistemas de magnitudes
Magnitude visual (mv)
Máxima sensitividade do olho humano ~ 550 nm
Magnitude fotográica (mpg
)
Câmaras fotográicas mais sensitivas no azul e no violeta
Magnitude fotovisual (mpv
)
Câmaras fotográicas simulando olho humano mediante iltros verdes e amarelos
Magnitude bolométrica (mbol
)
Obtida a partir da medida do luxo da radiação em todos os comprimentos de ondaCorreção bolométrica:
Sistemas fotométricos
mbol = mv− BC BC := 0 (estrelas F 5 )
22Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Sistema UBVRIBaseado no sistema UBV ou sistema Johnson-Morgan (1953)Filtros:
U (ultravioleta)B (azul)V (visual)R (vermelho)I (infravermelho)
Índices de corDiferenças entre duas magnitudes: V, U–B, B–V...
Calibração baseada no brilho da estrela Vega (A0V)
V = +0.03U–B = B–V = 0
Exemplo: SolV = –26.8U–B ≈ 0.10B–V ≈ 0.66
Sistemas fotométricos
23Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Paralaxe trigonométrica (π)
Magnitudes absolutas
r [ pc ] =1
π[ ' ' ]
1 au = 149 597 870 700 m (UAI 2012)
1 pc =149 597 870 700 m
sen 1 ' '
= 3.085 677 582⋅1016m
= 3.2616 lyπ
24Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Magnitude absoluta (M)Magnitude aparente a 10 pc
Magnitudes absolutas
Magnitude absoluta bolométricaMódulo de distância
Distância fotométrica
L = 4π r2 F →F (r )
F (10 pc )= (10 pcr )
2
m − M = −2.5 logF (r )
F (10 pc )= −2.5 log ( 10 pcr )
2
m − M = 5 logr
10 pc
r [ pc ] = 10
m− M + 5
5
M bol − M bol,⊙ = −2.5 logL
L⊙
25Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Absorção e dispersão da radiação eletromagnética pela presença de pó e gás no meio interestelar
Módulo de distância corrigido por extinção:
Extinção
dL = −α L dr = −L d τ ⇒ L = L0 e−τ ⇒ F (r ) = F0
R2
r2e−τ
α → opacidadeτ → espessura óticaA → extinção [mag]
a → extinção [mag pc–1]
L = ω r2F (r )
L0 = ω R2F0
F (10 pc) = F 0
R2
(10 pc )2
A = a⋅r = 2.5 α log e⋅rm − M = 5 log
r
10 pc+ A Se a opacidade é constante:
(d τ = α dr )
26Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
Avermelhamento da luz causado pelo meio interestelar ⇒ B–V aumentaMagnitude visual
Magnitude azul
Excesso de de cor
Excesso de cor
V = MV + 5 logr
10 pc+ AV
B = M B + 5 logr
10 pc+ AB
B−V = M B− MV + AB − AV = (B−V )0 + EB−V
⇒ EB−V = (B−V )− (B−V )0
Experimentalmente: R =AV
EB−V≈ 3.0
⇒ AV ≈ 3.0 EB−V
r
27Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 3. Sistemas de magnitudes
A atmosfera terrestre também causa extinçãoSupondo z < 70° aproxima-se a atmosfera por uma camada plana de espessura constante (H = 1)Massa de ar:
Como a magnitude aumenta linearmente com a distância X:
k → coeiciente de extinção
Extinção atmosférica
X =1
cos z= sec z
z → distância zenital
m = m0 + k XCálculo de k:
Observa-se a mesma fonte várias vezes durante uma noite num amplo intervalo de distâncias zenitais. As magnitudes observadas representam-se como função da massa de ar. O declive da reta de ajuste será o coeiciente de extinção (k) e a ordenada na origem a magnitude aparente fora da atmosfera (m
0).
28Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 4. Classiicação espetral
The Henry Draper Catalogue (HD) (1918-1924)
Henry Draper (1872) → Annie Jump Cannon (1896)225 000 estrelas
A classiicação espetral de Harvard
Parâmetro: temperatura → riscas do espetro:
Série de Balmer do hidrogénioHélio neutroFerroH e K do cálcio ionizado a 396.8 e 393.3 nmBanda G devida à molécula CH e metais por volta de 431 nmCálcio neutro a 422.7 nmÓxido de titânio (TiO)
29Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 4. Classiicação espetral
A classiicação espetral de Harvard
Classes espetraisClasses espetrais
30Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 4. Classiicação espetral
A classiicação espetral de Harvard
O azuis > 20 000 K
B branco-azuis 15 000 K
A brancas 9 000 K
F branco-amarelas 7 000 K
G amarelas 5 500 K
K laranjas 4 000 K
M vermelhas 3 000 K
L vermelhas escuras 2 000 K
T anãs castanhas 1 000 K
Q novas
P nebulosas planetárias
W Wolf-Rayet
C de carbono 3 000 K
S de baixa temperatura 3 000 K
Classes espetraisClasses espetrais
31Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 4. Classiicação espetral
A classiicação espetral de Yerkes
Classiicação MKK ou de Yerkes (1943) → Classiicação MKWilliam Morgan, Philip Keenan e Edith KellmanParâmetro: luminosidade → riscas do espetro dependentes da gravidade supericial
32Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 4. Classiicação espetral
A classiicação espetral de Yerkes
Classiicação MKK ou de Yerkes (1943) → Classiicação MKWilliam Morgan, Philip Keenan e Edith KellmanParâmetro: luminosidade → riscas do espetro dependentes da gravidade supericial
I0 hipergigantes
Ia supergigantes luminosas
Ib supergigantes
II gigantes luminosas
III gigantes
IV sub-gigantes
V sequência principal
VI sub-anãs
VII anãs Brancas
Classes de luminosidadeClasses de luminosidade
33Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Luminosidade versus temperatura
Para estrelas próximas é relativamente fácil determinar
Magnitude absoluta → luminosidadeClasse espetral → temperatura
34Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Luminosidade versus temperatura
Para estrelas próximas é relativamente fácil determinar
Magnitude absoluta → luminosidadeClasse espetral → temperatura
As estrelas aparecem agrupadas90% na sequência principalGigantes e supergigantes→ muito luminosasAnãs brancas→ quentes e pouco luminosas
35Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Massas e raios estelares
36Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Populações
37Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Populações
As anãs são muito mais numerosas que as gigantes
38Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 5. O diagrama de Hertzsprung-Russell
Relação massa-luminosidade
3.8
Main sequence
39Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
Hipótese de Bok-Reilly (1947)Nuvens escuras de pó e gás (H
2)
Regiões H II10–100 K
108 m–3
106 Mꖴ
30 pc
40Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
a) Imagem IR da nebulosa de Oríon
b) Mapa de velocidades (monóxido de carbono)
c) Ondulações na superfície da nuvem de gás molecular
Berné et al. 2010
41Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
Critério de Jeans
Teorema do virial
Energia
E =1
2Ω
U + Ω = E ⇔ 2U + Ω = 0
U =3
2N k T
Ω = −3
5
GM2
R
N =M
μmH
R = (M
4
3πρ )
1
3
M J = ( 5k T
GμmH)3
2 ( 3
4 πρ )1
2
Mnuvem
> MJ ⇒ colapso
Massa de Jeans:
42Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
43Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
44Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
45Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Formação estelar
Glóbulos de Bok
46Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Protoestrela
Estrelas T-Tauri
(M ≲ 2 M⊙)
Estrelas Herbig Ae/Be
(2 M⊙ ≲ M ≲ 10 M
⊙)
47Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Discos protoplanetários
48Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Evolução na pré-sequência principal
49Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Evolução na pré-sequência principal
Limite de Hayashi
Sequência principal de idade zero (ZAMS)
Trilhas de Hayashi
50Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Anãs castanhas
0.015 M⊙ ≲ M ≲ 0.08 M
⊙
51Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Equações de estrutura estelar
1. Equilíbrio hidrostático
Gravidade
Pressão da radiação
Equação de equilíbrio hidrostático
dV = dA dr
dm = ρ(r ) dA dr
dFg = −GM r dm
r2
= −GMr ρ
r2
dA dr
dF p = P dA − (P + dP)dA = −dP dA
dP
dr= −
GM r ρ
r2
dFg + dF p = 0 ⇔
52Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Equações de estrutura estelar
2. Distribuição de massa
Massa num raio dado
Equação de continuidade
dV = dA dr
dm = ρ(r ) dA dr
dM r = 4π r 2 ρ dr
dM r
dr= 4 π r2 ρ
53Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Equações de estrutura estelar
3. Produção de energia
Transporte da energia à superfície:
Equação de conservação da energia:
dLr = Lr+ dr− Lr = ε dM r
= 4 π r2 ρ ε dr
dLr
dr= 4 π r2 ρ ε
ε → coeiciente de produção de energia
54Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Equações de estrutura estelar
4. Gradiente de temperatura
ConduçãoSó signiicativa em estrelas compactas
Radiação (gradiente de temperatura radiativo)
Conveção (gradiente de temperatura adiabático)
dT
dr= (− 3
4 ac ) ( κρT 3 ) ( Lr
4 π r 2 )
dT
dr= (1 − 1
γ ) TPdP
dr
a = 4σ/c = 7.564 · 10–16 J m–3 K–4 → constante de radiaçãoκ → coeiciente de absorção de massa
γ → exponente adiabático
55Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Equações de estrutura estelar
Condições de contorno:Não há fontes de massa ou energia no centro:
A massa total interior ao raio R da estrela é ixa:
A temperatura e pressão supericiais tomam valores ixos muito menores que os interiores, de maneira que:
Solução do sistema de equações → M(r), T(r), ρ(r), F(r) → R, LTeorema de Vogt-Russell
As propriedades de um modelo de equilíbrio estelar icam determinadas a partir da massa e da composição química.
M 0 = 0
L0 = 0
MR = M
T R = T effPR = 0
56Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Modelos estelares
Resolução do sistema de equações de estrutura → modelos estelares
Modelos politrópicos
Equilíbrio hidrostático + distribuição de massa → estrutura mecânica
Produção de energia + gradiente de temperatura → estrutura térmica
Equação de estado que desacopla o sistema de equações:
Pressão e temperatura independentes.
1
r2
d
dr ( r2
ρdP
dr ) = −4 πGρ
P = K ρn+1n
K → constanten → índice politrópico
57Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Modelos estelares
Casos particulares:
n ∈ (0.5, 1): estrelas de neutrõesn = 1.5: estrelas convetivas (baixa massa)n = 3: estrelas da sequência principal e anãs brancasn = 5: aglomerados estelares (raio ininito)n → ∞: aglomerados globulares (esfera isoterma)
n < 5 → massa e raio initosn = 5 → massa inita e raio ininiton > 5 → massa e raio ininitos
Equação de Lane-EmdenVersão adimensional da equação de PoissonDeinimos:
Portanto:
ρ(r ) = ρc θn (r ) 0 ⩽ θ(r ) ⩽ 1
P(r ) = K ρc
n+1n θn+1(r ) = P c θ
n+1(r )
58Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Modelos estelares
Equação de Lane-Emden
α2 =(n+1) Pc4 πGρc
2
ξ =rα
K ρc
n+1n 1
r2
d
dr ( r2
ρc θn(r )
d θn+1(r )dr ) = −4 πGρc θ
n(r )
(n+1) Pc4 πGρc
2
1
r2
d
dr (r2dθ(r )dr ) = −θn(r )
d2θ(ξ)
d ξ2+
2ξd θ(ξ)d ξ
+ θn(ξ) = 0
59Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Modelos estelares
Equação de Lane-Emden
Politropos → soluções θ(r) para cada n
d2θ(ξ)
d ξ2+
2ξd θ(ξ)d ξ
+ θn(ξ) = 0 Condições (ξ = 0):θ = 1
dθ(ξ)
d ξ= 0
n = 0 : θ(ξ) = 1−ξ2
6
n = 1: θ(ξ) =sen ξξ
n = 5 : θ(ξ) =1
√1 + ξ2
3
Analíticas:
60Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Modelos estelares
Equação de Lane-Emden
Propriedades mecânicas:
d2θ(ξ)
d ξ2+
2ξd θ(ξ)d ξ
+ θn(ξ) = 0
M = ∫0
R
4 π r2 ρ(r ) dr = 4 πα3 ρc∫0
ξ0
ξ2 θn(ξ) d ξ
R = α ξ0
→ politropos
61Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Nucleossíntese estelar
Fusão do hidrogénioL
⊙ ≈ 4·1026 W: Eddington (1920s) → E = Δm·c2
Weizsäcker (1937-38) e Bethe (1939)T ~ 107 K
Cadeia p-p
Ciclo CNO
62Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Nucleossíntese estelar
Fusão do hélioHoyle (1946)T ~ 108 K
Fusão do...Carbono (T > 108 K)Néon (T ~ 109 K)Oxigénio (T ~ 109 K)Silício (T ~ 109 K)
Processo triplo alfa
63Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Escalas de tempo
Escala de tempo nuclearA estrela radia toda a energia que se pode liberar mediante reações nucleares
Escala de tempo térmicaA estrela radia toda a energia térmica acumulada
Escala de tempo dinâmicaColapso da estrela sem pressão da radiação (queda livre)
t n ≈M [M⊙ ]L[L⊙ ]
⋅1010anos
t t ≈M
2[M⊙]
R [R⊙ ] L2[L⊙ ]
⋅2⋅107anos
t d ≈ √ R3
G M
(Sol: 1010 anos)
(Sol: 2·107 anos)
(Sol: ½ hora)
64Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Evolução pós-sequência principal
tn ~ 1013 anos ⇒ só há modelos
téoricosBaixa T ⇒ fusão do hélioM ≲ 0.16 M
⊙ ⇒ fase gigante
vermelha ⇒ anã branca
(0.08 M⊙ ≲ M ≲ 0.5 M
⊙)
65Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Evolução pós-sequência principal
tn ~ 107 anos
Sequência principal:T ~ 107 KH → He (cadeia p-p)Equilíbrio hidrostático
(0.5 M⊙ ≲ M ≲ 10 M
⊙)
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Evolução pós-sequência principal
Ramo das gigantes vermelhas (RGB)
Núcleo inerte de HeH → He (em camada)Flash de He
Ramo horizontal (HB)He → C
Ramo gigante assintótico (AGB)Núcleo inerte de CH → He (em camada)He → C (em camada)
(0.5 M⊙ ≲ M ≲ 10 M
⊙)
67Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar 6. Evolução estelar
Evolução pós-sequência principal(0.5 M
⊙ ≲ M ≲ 10 M
⊙)
68Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
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Evolução pós-sequência principal
Nebulosa planetáriaAnã brancaM ~ 0.6 M
⊙
(limite de Chandrasekhar:1.39 M
⊙)
R ~ 0.01 R⊙
ρ ~ 1 t cm–3 v ~10 km s–1 / t ~ 5·104 anos
Anã negra
(0.5 M⊙ ≲ M ≲ 10 M
⊙)
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Evolução pós-sequência principal
tn ≲ 106 anos
H → He → C → Ne → O → Si → Fe
Colapso ⇒ T aumenta⇒ fotodissociação
Neutronização do meio
56Fe + γ 13
4He + 4 n
4He + γ 2 p + 2n
p + e− n + νe
(M ≳ 10 M⊙)
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Evolução pós-sequência principal
SupergiganteR ≳ 1 000 R
⊙
L ~ 106 L⊙
Estrela de neutrõesM ~ 1.43 – 3 M
⊙
(limite de Tolman-Oppenheimer-Volkof)R ~ 10 kmρ ~ 108 t cm–3 P ~ 1 ms – 30 s
(M ≳ 10 M⊙)
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Evolução pós-sequência principal
Estrelas de quarks
Buracos negros
(M ≳ 10 M⊙)
RS =2GM
c2
Raio de Schwarzschild
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Resumo
73Manuel Andrade AstrodinâmicaAstrodinâmica
2. Introdução à física estelar2. Introdução à física estelar
Bibliograia:
ABAD, A., J.A. DOCOBO e A. ELIPE. Curso de Astronomía. Saragoça: Prensas Universitarias de Zaragoza, 2002. 254 p. ISBN 84-7733-586-9
BENACQUISTA, M. An Introduction to the Evolution of Single and Binary Stars. Nova Iorque: Springer, 2013. 262 p. ISBN 978-1-4419-9990-0
KARTTUNEN, H. et al. Fundamental Astronomy. 5ª ed. Berlim: Springer, 2007. 510 p. ISBN 978-3-540-34144-4