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2/20/13 1 Práticas Pedagógicas O que é Pedagogia Profa. Ma. Ana Maria Bittar Crivari O que é pedagogia Para Libâneo (1994, p. 16), o que justifica a existência da pedagogia é o fato de esse campo ocupar-se do estudo sistemático das práticas educativas que se realizam em sociedade nos processos fundamentais da condição humana. É a ciência que investiga a teoria e a prática da educação nos seus vínculos com a prática social global.

Tema 3; Praticas Pedagogicas

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Práticas Pedagógicas

O que é Pedagogia

Profa. Ma. Ana Maria Bittar Crivari

O que é pedagogia

Para Libâneo (1994, p. 16), o que justifica a existência da pedagogia é o fato de esse campo ocupar-se do estudo sistemático das práticas educativas que se realizam em sociedade nos processos fundamentais da condição humana. É a ciência que investiga a teoria e a prática da educação nos seus vínculos com a prática social global.

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O papel da pedagogia é investigar a natureza, as finalidades e os processos necessários às práticas educativas.

O objetivo da pedagogia é de propor a realização de processos nos vários contextos em que as práticas acontecem.

A pedagogia constitui-se em um campo de conhecimento que possui objeto, problemáticas e mé todos p róp r i o s de i nves t i gação , c o n f i g u r a n d o - s e c o m o " c i ê n c i a d a educação" (LIBÂNEO, 2006, p.200).

As práticas educativas não se restringem à escola ou à família.

Estão em todos os contextos e âmbitos da existência individual e social humana, de modo ins t i tuc iona l i zado ou não, sob vár ias modalidades.

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Entre as práticas educativas, há as que acontecem de forma difusa e dispersa.

São as que ocorrem nos processos de aquisição de saberes e modos de ação não intencional e não institucionalizado, configurando a educação informal e não formal (LIBÂNEO, 2005).

Educação informal adquire-se em casa, no convívio com os pais, irmãos, tios, vizinhos, amigos, pais de amigos.

Educação formal, a criança “aprende” na escola: ler, escrever, quatro operações, história, geografia.

Educação não formal não é organizada por séries, idade, conteúdos.

Age sobre aspectos subjetivos das comunidades, trabalhando o desenvolvimento social e formando a cultura política do grupo. Desenvolve laços de pertencimento em relação ao entorno.

Colabora para o desenvolvimento da autoestima e da cidadania.

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São caracterizadas com intencionalidade e sistematização, como as que se verificam nas:

•  Organizações profissionais.

•  Nos meios de comunicação.

•  Nas agências formativas para grupos sociais específicos.

Esses processos constituem o objeto de estudo da pedagogia, definido um campo próprio de investigação.

A pedagogia estuda as práticas educativas visando explicitar f inal idades, objetivos sociopol í t icos e formas de intervenção pedagógica para a educação.

O que são Práticas Pedagógica

Profa. Ma. Ana Maria Bittar Crivari

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O que são Práticas Pedagógicas

São as dinâmicas desenvolvidas pelos professores ou educadores em sala de aula ou de encontros, e que sustentam a maneira como conduzem os alunos a pensar, sentir, refletir e participar dos ensinamentos propostos.

A prática pedagógica passa a ser uma ação pol í t ica de troca de concretudes e de transformação (BOUFLEUER, 1991).

Uma prática pedagógica de qualidade é desenvolvida articulando, saberes com as dimensões da prática educativa, histórias de vida dos sujeitos envolvidos (educador e educando).

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Para um Bom Desempenho da Prática

•  Conhecimentos especializados.

•  Formação de qualidade e continuada.

•  Conhecimentos científicos (saberes) caminhando

com a prática docente (prática pedagógica).

•  Olhar lúdico, dando importância ao SER de cada

aluno.

A prática pedagógica vai sendo construída com a sensibilidade do educador.

O educador constitui sua prática aos poucos, com tentativas e ajustes, de acordo com a vivência naquele momento, somada a realidade de seus alunos.

Aos poucos apodera-se dos resultados das experiências e vai transformando constantemente seus processos como mediador.

Pensando na relação teoria e prática, deve-se identificar e distinguir os saberes docentes e como podem ser apropriados e produzidos pelos professores por meio de uma prática pedagógica reflexiva e investigativa (FIORENTINI, 1998).

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Para uma prática pedagógica eficiente, é necessário juntar os resultados obtidos na universidade, a história de vida do professor e a vivência intensa e constantemente repensada no cotidiano escolar.

Prática Reflexiva

A sala de aula apresenta uma “multiplicidade de m a n i f e s t a ç õ e s c u l t u r a i s e d e identidades” (MOREIRA, 2011, p. 46).

Isso enriquece a sala de aula e é essa riqueza que deve ser usada como ponto positivo na prática pedagógica.

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A prática pedagógica deve levar os alunos à compreensão da existência de preconceitos e discriminações.

Porque os preconceitos e discriminações podem afetar as experiências pessoais, bem como a formação da identidade de cada aluno.

A prática pedagógica precisa ser reflexiva, porque os alunos precisam compreender que na formação de sua identidade podem misturar-se aspectos que os levem a ser alvos de discriminação e opressão (deficiência, bullying, gênero).

Aspectos que estão associados a grupos de dominação.

A prática pedagógica reflexiva deve proporcionar ao aluno a aquisição de informações, novos conhecimentos e experiências.

O p ro fe s so r pode ado t a r na r ra t i va s , depoimentos, pesquisas, desenvolver dinâmicas que valorizem o potencial de cada um. Valorizar e atentar para cada pequeno detalhe da convivência escolar.

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Inserção de Vídeo

Identidade e Diferenças na Sala de Aula

Identidade e Diferenças na Sala de Aula

A identidade é construída, segundo Moreira, ao longo da vida, em meio às interações e identificações com diferentes pessoas e grupos com que se convive ou se trava contato.

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O multiculturalismo é um caminho para evitar os preconceitos e discriminação ligados à raça, ao gênero, às deficiências, à idade e à cultura. Ele cria uma nova ideologia em relação a sociedade em que se é constituído.

Passou-se a olhar a especificidade da diferença, investigando e reconhecendo a todos na coletividade.

Segundo Munanga (2000), a identidade é a fonte de sentidos e de experiência para cada ser humano.

Toda identidade deve ser reconhecida como tal e formar com suas diferenças a sociedade a que pertence.

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Deve-se pensar no espaço escolar, entre educadores e alunos, como um local onde se c r i a m , c o n s t r o e m - s e a s q u a l i d a d e s indispensáveis para que os alunos se interessem pelo conhecimento.

Organizem e ampliem os seus saberes, habi l idades e at itudes, del ineando seu pensamento crítico na busca de sua formação.

Tendo em vista a pedagogia de Paulo Freire, como educadores, deve-se reconhecer as diferenças e notar que os seres humanos constroem-se e desumanizam-se nas relações com o mundo.

Freire não valorizou a diferença como um valor em si, mas a partir dela criou laços, e usou-a como referência para sua prática pedagógica.

Os diferentes segmentos sociais constroem e possuem seus modos de vida, assim se parte dessa base para que as ações pedagógicas p r o d u z a m r e s u l t a d o s e f e t i v a m e n t e transformadores.

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Práticas Pedagógica e o Desenvolvimento Humano

Práticas Pedagógicas e o Desenvolvimento Humano

O bebê, o mundo e a busca do conhecimento. A curiosidade. A pré-escola e o prazer em descobertas. Busca de conhecimento. A Crianca procura o que a mais interessa.

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Como educadores, tem-se que manter o i n t e r e s s e n a b u s c a , n a p r o c u ra d o conhecimento, assim serão verdadeiros educadores.

O bebê descobre as mãos e os pés e eles passam a ser o objeto de interesse dele.

Ele analisa com atenção e concentração. Experimenta, investiga os movimentos. O bebê concentra-se em seu objeto de estudo.

Salienta Piaget que essa fase investigativa do bebê, chama-se experiências para ver, o encantamento (jogar e ver cair). Prazer em aprender!

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O que será que faz com que, ao longo do tempo, a escola, o objeto de estudo, torne-se tão desprazerosa?

Pensar sobre isso faz-se necessário. Como foi sua experiência escolar?

Como foi seu convívio com colegas e como foi a mediação e o interesse do professor nesse convívio? Você se sentia motivado para continuar buscando, descobrindo?

Práticas Pedagógicas e o Vínculo Afetivo

Ensinar é tocar a vida e tocar o outro para sempre!

Práticas Pedagógicas e o Vínculo Afetivo

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O aprendizado processa-se numa rede muito densa de relações

Vínculos Afetos

A relação de conhecimentos tem um Sujeito (Aluno) e um Objeto (interesse do aluno) Entre eles deve existir afeto, pois há interesse e emoção. Sem prazer não há aprendizado. Educador vai aproximar o Sujeito do Objeto.

Ao aproximar o Sujeito do Objeto, acontece um vínculo de interesses entre o educador e o aluno em relação ao objeto.

O vínculo afetivo entre educador e aluno pode determinar o aprendizado ou o não aprendizado. A iniciativa de criatividade ou não.

O educador tem uma relação com o objeto, e vai transmiti-la ao aluno.

Dependendo da relação que o educador tem com o objeto, ele vai transmitir mais ou menos entusiasmo. (História da Vovó)

O educador precisa construir uma ligação com o objeto de seu interesse, pois só assim ele passará esse valor para o educando. Sem esse apoderar-se do objeto, respeitá-lo, conhecê-lo, o educador fica esvaziado, sem objetivo. Cai na monotonia, no vazio, levando o aluno ao desânimo e à perda de encantamento.

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O clima emocional que deve acontecer entre o sujeito, o objeto e o educador, propicia a construção da aprendizagem, além de ser a base para a aquisição de conhecimento.

A fragmentação de conhecimento do sujeito mais a integração do conhecimento do educador com o objeto são vivenciadas com base no clima de afeto e proporciona-se condição de criatividade.

Sem medo, com trocas e interesse, supondo as dificuldades e administrando a construção do saber, o aprendizado vai acontecendo.

Ao contrário, num clima de medo, ameaças, ataques, por parte do educador, serão criados escudos protetores por parte dos alunos, ou vice versa, e assim não há aprendizado. É preciso repensar a prática pedagógia a partir do vínculos afetivos e seus significados.