TEMATEMA

POLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS PÚBLICAS

SANEAMENTO E RECURSOS SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOSHÍDRICOS

ALTO

MÉDIO

BAIXO

BAIXA MÉDIA ALTA

Marcos da história política - econômica do Brasil e seus impactos sobre o setor de infra estrutura

1890 a 1920

1994 a 2000Venda de Empresas

sob o controle do Estado (ferrovias,gás,energia elétrica,teles)

1990 a 1993

1950 a 1972

Criação BNH/FGTS

milagre brasileiro

1930 a 1940Controle direto dainfra - estrutura.Era Vargas.

1980 a 1989Declaração de Moratória

Altas taxas de inflação. Esgota-se o papel estatal.

forte presença de Concess. Estrang.

Criação do PNDPlano Nacional de

Desestatização

$$ para financiar

infra - estrutura

Opção do estado como provedor

IMPORTÂNCIA DO SETOR DE IMPORTÂNCIA DO SETOR DE SANEAMENTOSANEAMENTO

DÉFICIT BRASIL: no. de domicílios : no. de domicílios 22,15%22,15% sem abastecimento de água sem abastecimento de água 37,80%37,80% sem esgotamento sanitário sem esgotamento sanitário

SAÚDE: 700 700 milmil internações hospitalares/ano por ausência internações hospitalares/ano por ausência ou insuficiênica de saneamento.ou insuficiênica de saneamento.

AMBIENTE: 11 11 milhõesmilhões de de m3m3 de esgotos lançados por dia sem de esgotos lançados por dia sem tratamento.tratamento.

CAPACIDADE E NECESSIDADES PARA CAPACIDADE E NECESSIDADES PARA UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOSUNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Faturamento Anual : R$ 11 bilhões Número de Empregados : 105 mil

próprios e 45 mil terceirizados Investimentos Necessários à Universalização

– 1999/2010 em milhões

Água Coleta esg. Tratamento Reposição Total 6.663 20.248 9.926 7.400 44.237

Investimentos da ordem de 0,37 % do PIB

POLÍTICAS DE SANEAMENTOPOLÍTICAS DE SANEAMENTO ATÉ 1930ATÉ 1930 : EMPRESAS

ESTRANGEIRAS/ taxa de crescimento 2% ao ano.

ANOS 30ANOS 30: aumento da população e pressão por serviços => intervenção no setor - edição do Código de Águas; estado gerindo serv. e recursos.

ANOS 40 e 50ANOS 40 e 50: prefeituras assumem (DAE/SAE) 5,24% a/a taxa crescim.da população urbana.

19601960: domicílios urbanos 43,4% conec. rede água e 27,6% às redes de esgotos.

1964 a 19671964 a 1967:BNH (+tarde SFH e SFS); empréstimos BID = água p/ pequenas comunidades; cria FGTS.

19681968: Sist.Financ.Saneam. fortalecimento dos sist. estaduais de saneamento.

1971: 1971: PLANASA(conces. serviços às CESBs).

1980:1980: crise modelo CESB.

OS MODELOS ATUAIS DE ADMINISTRAÇÃO SERVIÇOS COMUNITÁRIOS : comunidades de pequeno

porte - saneamento rural ; participação das CESBs (Paraná, Minas Gerais, Bahia e Ceará)

SERVIÇOS MUNICIPAIS : órgão da administração direta ou através de entidade autônoma (1.008 municípios).

SERVIÇOS MUNICIPAIS COM APOIO DA FNS : recursos do Ministério da Saúde, autarquias municipais com autonomia administrativa,técnica e financeira (284 SAAE - desde 1999 transferência para o município).

COMPANHIAS ESTADUAIS:25 CESBs (3.835 mun. ) empresas de economia mista com controle do estado; 30% dos contratos estão vencidos.

EMPRESAS PRIVADAS: 60 concessões plenas ou parciais concentradas na região SUDESTE e Mato Grosso.

TITULARIDADE DOS SERVIÇOS

O texto da Constituição Federal de 1988 faz referências ao saneamento O texto da Constituição Federal de 1988 faz referências ao saneamento básico em três artigos:básico em três artigos:

““Art. 21 - Compete à União: Art. 21 - Compete à União: (...)(...) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive

habitação, habitação, saneamento básicosaneamento básico e transportes urbanos”. e transportes urbanos”. ““Art. 23 - É competência comum da União, dos estados, do Distrito Art. 23 - É competência comum da União, dos estados, do Distrito

Federal e dos municípios:Federal e dos municípios: (...)(...) IX - promover programas de construção de moradias e melhoria das IX - promover programas de construção de moradias e melhoria das

condições habitacionais e de condições habitacionais e de saneamento básicosaneamento básico.. (...)(...) ““Art. 200 - Ao sistema único de saúde compete, além de outras Art. 200 - Ao sistema único de saúde compete, além de outras

atribuições, nos termos da lei:atribuições, nos termos da lei: (...)(...) IV - participar da formulação da política e da execução das ações de IV - participar da formulação da política e da execução das ações de

saneamento básicosaneamento básico.”.”

TITULARIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTOS

Mesmo não havendo referência explícita ao poder concedente Mesmo não havendo referência explícita ao poder concedente dos municípios sobre os serviços de saneamento, um dos municípios sobre os serviços de saneamento, um entendimento possível vem da leitura do artigo 30.entendimento possível vem da leitura do artigo 30.

““Art. 30 - Compete aos municípios:Art. 30 - Compete aos municípios: (...)(...) V - organizar e prestar, diretamente V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de ou sob regime de

concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,local, incluído o transporte coletivo, que tem caráter incluído o transporte coletivo, que tem caráter essencial.” essencial.”

Aqui, “serviços locais” pode ser entendido como os de Aqui, “serviços locais” pode ser entendido como os de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

A prestação de serviço público descentralizado pode se dar A prestação de serviço público descentralizado pode se dar com transferência de titularidade do serviço, outorgada por lei com transferência de titularidade do serviço, outorgada por lei às autarquias e às entidades paraestatais, ou simplesmente às autarquias e às entidades paraestatais, ou simplesmente com a transferência da execução do serviço delegada a com a transferência da execução do serviço delegada a particulares, por ato administrativo bilateral (contrato de particulares, por ato administrativo bilateral (contrato de concessão) ou unilateral (permissão ou autorização).concessão) ou unilateral (permissão ou autorização).

TADINI ( in IPEA, 1995, vol. 5 pág. 36 ) expõe que “Pela TADINI ( in IPEA, 1995, vol. 5 pág. 36 ) expõe que “Pela concessão, o poder concedente não transfere propriedade concessão, o poder concedente não transfere propriedade alguma ao concessionário, nem se despoja de qualquer direito alguma ao concessionário, nem se despoja de qualquer direito ou prerrogativa pública. Delega a execução dos serviços, com ou prerrogativa pública. Delega a execução dos serviços, com ou sem exclusividade, apenas a pessoas físicas ou jurídicas, ou sem exclusividade, apenas a pessoas físicas ou jurídicas, nos limites e condições legais e contratuais, sempre sujeitas à nos limites e condições legais e contratuais, sempre sujeitas à regulamentação e fiscalização do concedente”.regulamentação e fiscalização do concedente”.

PARTIVIPAÇÃO DA INICIATIVA PRIVADA

Além da concessão, há outras modalidades possíveis de participação da Além da concessão, há outras modalidades possíveis de participação da iniciativa privada na execução dos serviços públicos:iniciativa privada na execução dos serviços públicos:

arrendamento -arrendamento - onde as empresas privadas recebem a onde as empresas privadas recebem a delegação da responsabilidade pelas operações e arrecadação delegação da responsabilidade pelas operações e arrecadação das tarifas, mas não pelo financiamento de capital.das tarifas, mas não pelo financiamento de capital.

prestação de serviçosprestação de serviços - a concessionária poderá, através de - a concessionária poderá, através de contrato de prestação de serviços junto ao setor privado, contrato de prestação de serviços junto ao setor privado, contratar a construção e operação de determinados projetos. De contratar a construção e operação de determinados projetos. De acordo com a Lei de Licitações há a limitação de prazo em acordo com a Lei de Licitações há a limitação de prazo em cinco anos. cinco anos.

concessão de serviço plenoconcessão de serviço pleno - o poder concedente entrega o - o poder concedente entrega o total ou parte das obras já executadas, mediante remuneração.total ou parte das obras já executadas, mediante remuneração.

subconcessãosubconcessão - quando a concessionária subconcede a - quando a concessionária subconcede a terceiros a execução da obra e o serviço. A responsabilidade da terceiros a execução da obra e o serviço. A responsabilidade da concessão junto ao poder concedente continua a ser do concessão junto ao poder concedente continua a ser do concessionário original.concessionário original.

CAPITAL PRIVADO, CAPITAL PRIVADO, qual o seu interesse ?

Explorar sistemas já consolidados ( produção, Explorar sistemas já consolidados ( produção, reservaçãoreservação e distribuição de água e coleta de e distribuição de água e coleta de esgotos já prontos )esgotos já prontos )

Conflito com a realidade Conflito com a realidade BNDES BNDES -- ganho de escala em municípios com ganho de escala em municípios com população superior a 70 mil habitantes população superior a 70 mil habitantes 3.000 3.000 municmunic. população inferior a 20.000 hab. . população inferior a 20.000 hab. 4.000 4.000 municmunic. população inferior a 50.000 hab.. população inferior a 50.000 hab.

Saneamento: monopólio natural / investimentos Saneamento: monopólio natural / investimentos irreversíveis irreversíveis vulnerávelvulnerável à expropriação à expropriação política e a problemas de contratação. política e a problemas de contratação.

A primeira concessão plena do paísA primeira concessão plena do país: A empresa Águas de : A empresa Águas de Limeira, uma subsidiária da francesa Lyonnaise des Eaux, Limeira, uma subsidiária da francesa Lyonnaise des Eaux, iniciou a operação do saneamento ( água e esgoto ) no iniciou a operação do saneamento ( água e esgoto ) no município paulista de Limeira em 2 de junho de 1995 com um município paulista de Limeira em 2 de junho de 1995 com um contrato de 30 anos. contrato de 30 anos.

AtualmenteAtualmente: 35 concessões ou subconcessões realizadas em 8 : 35 concessões ou subconcessões realizadas em 8 estados brasileiros em diversas modalidades: água e esgoto estados brasileiros em diversas modalidades: água e esgoto total, produção e distribuição de água, coleta e tratamento de total, produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, tratamento de esgotos, água para poços tubulares, esgoto, tratamento de esgotos, água para poços tubulares, distribuição de água, distribuição de água e coleta de esgotos.distribuição de água, distribuição de água e coleta de esgotos.

População atendida por empresas privadasPopulação atendida por empresas privadas: 6.657.393 : 6.657.393 pessoas concentradas em 20 concessões no estado de São Paulo pessoas concentradas em 20 concessões no estado de São Paulo e 8 no Rio de Janeiro.e 8 no Rio de Janeiro.

O maior município com concessão privada é o de Manaus - O maior município com concessão privada é o de Manaus - 1.157.000 habitantes - operado pelo consórcio Ondeo - 1.157.000 habitantes - operado pelo consórcio Ondeo - Lyonnaise des Eaux. Lyonnaise des Eaux.

Atribuição de responsabilidades nos modelos de privatizaçãoAtribuição de responsabilidades nos modelos de privatização Contrato Contrato de Concessão Concessão de Venda dosContrato Contrato de Concessão Concessão de Venda dos de gestão arrendamento COT/CPO serviço pleno ativosde gestão arrendamento COT/CPO serviço pleno ativos

Responsabilidades atribuídas a Responsabilidades atribuídas a Propriedade Pública Pública Pública Pública PrivadaPropriedade Pública Pública Pública Pública Privada Investimento Público Público Privado Privado PrivadoInvestimento Público Público Privado Privado Privado Operação Privada Privada Privada Privada PrivadaOperação Privada Privada Privada Privada Privada Arrecadação Público/ Privada Pública Privada PrivadaArrecadação Público/ Privada Pública Privada Privada de tarifas Privadade tarifas Privada

Casos recentesCasos recentes Porto Rico Guiné Johor, Buenos Aires Inglaterra ePorto Rico Guiné Johor, Buenos Aires Inglaterra e Cidade do Gdansk Malasia Limeira País deCidade do Gdansk Malasia Limeira País de México Norte da Sydney Costa do GalesMéxico Norte da Sydney Costa do Gales Trinidad Bohemia Izmit, MarfimTrinidad Bohemia Izmit, Marfim e Tobago República (Turquia) Macaue Tobago República (Turquia) Macau Antalaya, Tcheca Chihuahua,Antalaya, Tcheca Chihuahua, (Turquia) (México)(Turquia) (México)

FonteFonte : Haameyer, David & Mody, Ashoka. Private capital in water and sanitation. (World Bank : Haameyer, David & Mody, Ashoka. Private capital in water and sanitation. (World Bank Discussion Paper,1997)Discussion Paper,1997)

COT COT é abreviação de construção-operação-transferência; é abreviação de construção-operação-transferência; CPOCPO é abreviatura de construção- é abreviatura de construção-propriedade-operação.propriedade-operação.

PANORAMA INTERNACIONAL AA privatização privatização do setor de saneamento tem sido do setor de saneamento tem sido

limitada a alguns países, como no Chile e nos Estados limitada a alguns países, como no Chile e nos Estados Unidos, onde a maioria dos serviços de utilidade Unidos, onde a maioria dos serviços de utilidade pública é fornecida por empresas privadas. Desde pública é fornecida por empresas privadas. Desde 1977, EMOS - o serviço público de água em Santiago - 1977, EMOS - o serviço público de água em Santiago - tem encorajado seus empregados a deixar a Companhia tem encorajado seus empregados a deixar a Companhia e formar empresas privadas que possam oferecer e formar empresas privadas que possam oferecer contratos de serviço (de leitura, faturamento, contratos de serviço (de leitura, faturamento, manutenção, e aluguel de veículos)manutenção, e aluguel de veículos)

Contratos de arrendamentoContratos de arrendamento têm sido muito utilizados têm sido muito utilizados na França e Espanha por algum tempo e recentemente na França e Espanha por algum tempo e recentemente também na Bolívia, Gambia e Guiné , que assim como também na Bolívia, Gambia e Guiné , que assim como a Costa do Marfim têm longa tradição de participação a Costa do Marfim têm longa tradição de participação privada no setor de água e saneamento. Argentina e privada no setor de água e saneamento. Argentina e Malásia privatizaram alguns de seus serviços de água. Malásia privatizaram alguns de seus serviços de água.

A A Cidade do MéxicoCidade do México outorgou contratos de gestão de 10 anos outorgou contratos de gestão de 10 anos para cada quadrante da cidade a quatro empresas privadas para cada quadrante da cidade a quatro empresas privadas independentes. Elas receberão comissões fixas do governo independentes. Elas receberão comissões fixas do governo para elaborar um censo dos usuários e instalar medidores, para elaborar um censo dos usuários e instalar medidores, faturar e arrecadar as tarifas e recuperar o sistema. Depois que faturar e arrecadar as tarifas e recuperar o sistema. Depois que o sistema estiver financeira e operacionalmente em ordem, o o sistema estiver financeira e operacionalmente em ordem, o governo deverá outorgar concessões.governo deverá outorgar concessões.

Um exemplo que vai além das concessões é o caso da Um exemplo que vai além das concessões é o caso da Inglaterra e País de GalesInglaterra e País de Gales, com a , com a privatização plenaprivatização plena dos dos ativos dos serviços de 10 jurisdições regionais de água. A ativos dos serviços de 10 jurisdições regionais de água. A decisão do governo britânico de vender esses ativos foi decisão do governo britânico de vender esses ativos foi influenciada por vários fatores, inclusive um programa de influenciada por vários fatores, inclusive um programa de investimentos que as autoridades precisavam fazer para investimentos que as autoridades precisavam fazer para atender aos requisitos ambientais da União Européia atender aos requisitos ambientais da União Européia ( HAARMEYER, 1997).( HAARMEYER, 1997).

Assim, dependendo das realidades políticas e econômicas Assim, dependendo das realidades políticas e econômicas enfrentadas por um determinado sistema de água e esgotos, enfrentadas por um determinado sistema de água e esgotos, várias são as abordagens disponíveis para participação da várias são as abordagens disponíveis para participação da iniciativa e do capital privadosiniciativa e do capital privados na solução de problemas de na solução de problemas de recuperação das deficiências do setor de saneamento básico.recuperação das deficiências do setor de saneamento básico.

Mas, ao contrário do que acontece nos setores de Mas, ao contrário do que acontece nos setores de telecomunicações e energia elétrica, telecomunicações e energia elétrica, não há espaço para não há espaço para introdução da concorrência diretaintrodução da concorrência direta em qualquer dos principais em qualquer dos principais segmentos operacionais - tratamento e distribuição. As segmentos operacionais - tratamento e distribuição. As características de monopólio naturalcaracterísticas de monopólio natural e os investimentos e os investimentos irreversíveis tornam o setor de saneamento vulnerável à irreversíveis tornam o setor de saneamento vulnerável à expropriação política e a problemas de contratação. Dessa expropriação política e a problemas de contratação. Dessa forma, independentemente do serviço ser desempenhado por forma, independentemente do serviço ser desempenhado por organização pública ou estar sob a responsabilidade de uma organização pública ou estar sob a responsabilidade de uma concessionária privada, a concessionária privada, a máxima eficiênciamáxima eficiência na prestação do na prestação do serviço só será garantida na medida em que serviço só será garantida na medida em que ações de efetiva ações de efetiva regulação possam ser empreendidas pela sociedaderegulação possam ser empreendidas pela sociedade através através de instrumentos apropriados e eficazes.de instrumentos apropriados e eficazes.

MECANISMOS DE CONTROLEMECANISMOS DE CONTROLE

Atualmente inexiste controle do poder concedente sobre as concessionárias ( estaduais ou privadas ).

Caráter monopolista dos serviços de saneamento exige controle : preliminar ( ato de concessão ) ou mediante acompanhamento das atividades ao longo do contrato.

Necessário medir desempenho como forma de manter qualidade dos serviços e de regular as atividades dos operadores dos sistemas

Ausência de instrumentos apropriados.

Política Nacional de SaneamentoPolítica Nacional de Saneamento

universalização participação de

diversos agentes (União,estado, municípios,usuários, prestadores de serv.)

descentralização flexibilização e cons-

trução de parcerias (com setor privado).

recorrência do municí-pio ao estado e união.

conexão com outras políticas ( saúde, educação, recursos hídricos, desenvolvi -mento urbano, meio ambiente).

distinção entre regulação, controle e prestação dos serviços.

DESENVOLVIMENTO NO USO E APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS SÉCULO XX - SÉCULO XX - Importantes transformaçõesImportantes transformaçõesINÍCIO - Uso local e incipienteINÍCIO - Uso local e incipienteMEADOS - Uso intenso e setorial (urbano,industrial,energia) MEADOS - Uso intenso e setorial (urbano,industrial,energia) FINAL - Conceito de uso múltiplo, integrado e sustentável.FINAL - Conceito de uso múltiplo, integrado e sustentável.

APÓS 2a. GUERRA MUNDIALAPÓS 2a. GUERRA MUNDIALGrandes investimentos em infra estruturaGrandes investimentos em infra estruturaCrescimento Crescimento econômicoeconômico e e populacionalpopulacional ↓↓ ↓↓ ↓↓ ↓↓ forte industrialização + áreas urbanasforte industrialização + áreas urbanas ↓↓ ↓↓ Início da Início da crise ambientalcrise ambiental do final do séc.xx do final do séc.xx

↓ ↓ degradação de vida da populaçãodegradação de vida da população degradação dos sistemas naturaisdegradação dos sistemas naturais

DÉCADA DE 70

Mobilização social para controle desses impactosMobilização social para controle desses impactos National Environmental Protection Act - 1970National Environmental Protection Act - 1970 Clean Water Act - 1972Clean Water Act - 1972 Investimentos em tratamento de esgotos ( cidades Investimentos em tratamento de esgotos ( cidades

e indústrias) .e indústrias) . Gestão da água Gestão da água proteção ambiental proteção ambiental

controle no fim controle no fim do processodo processo

DÉCADA DE 80

Acidente na Usina de Chernobyl Acidente na Usina de Chernobyl percepção da percepção da opinião pública da opinião pública da interação globalinteração global dos efeitos da dos efeitos da poluição. poluição.

“ “o ambiente de cada cidadão não é delimitado o ambiente de cada cidadão não é delimitado pelas fronteiras de sua região”.pelas fronteiras de sua região”.

BRASIL BRASIL pressões externas contra pressões externas contra empréstimos internacionais para hidrelétricas.empréstimos internacionais para hidrelétricas.

aprovada a Legislação ambiental.aprovada a Legislação ambiental.

DÉCADA DE 90

Idéia de desenvolvimento sustentável.Idéia de desenvolvimento sustentável. Aproveitamento dos recursos hídricos se dá de Aproveitamento dos recursos hídricos se dá de

forma integrada com múltiplos usos.forma integrada com múltiplos usos. Empréstimos internacionais migram do setor Empréstimos internacionais migram do setor

energético para melhoria sanitária e ambiental energético para melhoria sanitária e ambiental das cidades.das cidades.

Aprovação de Legislação Nacional de Recursos Aprovação de Legislação Nacional de Recursos Hídricos (1997) e implantação do Sistema Hídricos (1997) e implantação do Sistema Nacional de Gerenciamento de R.H.Nacional de Gerenciamento de R.H.

INÍCIO DO NOVO SÉCULO

InternacionalmenteInternacionalmente busca de maior eficiência no uso dos Recursos busca de maior eficiência no uso dos Recursos

Hídricos ( Rio 92).Hídricos ( Rio 92).Brasil Brasil implementação de Comitês e criação implementação de Comitês e criação

de Agências de Bacias hidrográficas. de Agências de Bacias hidrográficas. criação da Agência Nacional de criação da Agência Nacional de

Águas Águas cobrança pelo uso da água e pela cobrança pelo uso da água e pela

poluição gerada ( regulamentação de lei ).poluição gerada ( regulamentação de lei ).

RECURSOS HÍDRICOS Política dos recursos hídricos:Política dos recursos hídricos: Conjunto de Conjunto de princípios doutrináriosprincípios doutrinários que que

conformam as aspirações sociais e/ou governamentais no que concerne à conformam as aspirações sociais e/ou governamentais no que concerne à regulamentação ou modificação nos usos, controle e proteção dos regulamentação ou modificação nos usos, controle e proteção dos recursos hídricos.recursos hídricos.

Plano de recursos hídricos:Plano de recursos hídricos: Estudo prospectivoEstudo prospectivo que busca adequar o que busca adequar o uso, controle e o grau de proteção dos recursos hídricos às aspirações uso, controle e o grau de proteção dos recursos hídricos às aspirações sociais e/ou governamentais expressas em uma política de recursos sociais e/ou governamentais expressas em uma política de recursos hídricos. A atividade de desenvolver tais planos é denominada hídricos. A atividade de desenvolver tais planos é denominada Planejamento dos Recursos Hídricos.Planejamento dos Recursos Hídricos.

Gerenciamento dos recursos hídricos:Gerenciamento dos recursos hídricos: Conjunto de ações Conjunto de ações governamentaisgovernamentais destinadas a regular o uso e o controle dos recursos destinadas a regular o uso e o controle dos recursos hídricos e a avaliar a conformidade da situação corrente com os hídricos e a avaliar a conformidade da situação corrente com os princípios estabelecidos pela política dos recursos hídricos. princípios estabelecidos pela política dos recursos hídricos.

Sistema de gerenciamento dos recursos hídricos:Sistema de gerenciamento dos recursos hídricos: Conjunto de Conjunto de organismos, agências e instalações governamentais e privadasorganismos, agências e instalações governamentais e privadas, , estabelecidos com o objetivo de executar a política dos recursos hídricos estabelecidos com o objetivo de executar a política dos recursos hídricos através do modelo de gerenciamento adotado e tendo por instrumento o através do modelo de gerenciamento adotado e tendo por instrumento o planejamento de recursos hídricos. ( consultar site www.sigrh.sp.gov.br e planejamento de recursos hídricos. ( consultar site www.sigrh.sp.gov.br e www.ana.gov.br).www.ana.gov.br).

POLÍTICA NACIONAL

TÍTULO ITÍTULO IDa Política Nacional de Recursos HídricosDa Política Nacional de Recursos HídricosCAPÍTULO ICAPÍTULO IDos FundamentosDos Fundamentos  

Art. 1ºArt. 1º - A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos - A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:seguintes fundamentos:

I - a água é um bem de domínio público;I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o

consumo humano e a dessedentação de animais;consumo humano e a dessedentação de animais; IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso

múltiplo das águas;múltiplo das águas; V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da

Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

CAPÍTULO IICAPÍTULO IIDos ObjetivosDos Objetivos

Art. 2ºArt. 2º - São objetivos da Política Nacional de - São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:Recursos Hídricos:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.naturais.

MECANISMOS DE IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS

PLANOPLANO - - O quê fazer? Por quê fazer? O quê fazer? Por quê fazer?

Quando fazer? Quanto custa ?Quando fazer? Quanto custa ?

define os investimentosdefine os investimentos

SISTEMA DE GESTÃOSISTEMA DE GESTÃO - - Quem faz?Quem faz?

Como?Como?

define a participação estado/munic./usuár.define a participação estado/munic./usuár.

FUNDOFUNDO – – Cria suporte financeiro à Política Cria suporte financeiro à Política de recursos hídricosde recursos hídricos

Princípios da Política Estadual de Recursos Hídricos - São Paulo1. DESCENTRALIZAÇÃO1. DESCENTRALIZAÇÃOGestão por bacias hidrográficas (22 UG)Gestão por bacias hidrográficas (22 UG)2. PARTICIPAÇÃO2. PARTICIPAÇÃOEstado /Município /Sociedade CivilEstado /Município /Sociedade Civil3. INTEGRAÇÃO3. INTEGRAÇÃOÁguas superficiais - Águas subterrâneasÁguas superficiais - Águas subterrâneasQuantidade - QualidadeQuantidade - QualidadeUsuários - Poder público - Entidades civis Usuários - Poder público - Entidades civis