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TESE CARACTERIZAÇÃO AGROMORFOLÓGICA E MOLECULAR DE Etlingera elatior (Jack) R.M. Sm. E SELEÇÃO DE GENÓTIPOS PARA CULTIVO CHARLESTON GONÇALVES Campinas, SP 2013

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TESE

CARACTERIZAÇÃO

AGROMORFOLÓGICA E MOLECULAR

DE Etlingera elatior (Jack) R.M. Sm. E

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS PARA

CULTIVO

CHARLESTON GONÇALVES

Campinas, SP

2013

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INSTITUTO AGRONÔMICO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA

TROPICAL E SUBTROPICAL

CARACTERIZAÇÃO AGROMORFOLÓGICA E

MOLECULAR DE Etlingera elatior (Jack) R.M. Sm. E

SELEÇÃO DE GENÓTIPOS PARA CULTIVO

CHARLESTON GONÇALVES

Orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Colombo

Co-orientador: Dr. Carlos Eduardo Ferreira de Castro

Campinas, SP

2013

Tese submetida como requisito parcial

para obtenção do grau de Doutor em

Agricultura Tropical e Subtropical

Área de Concentração em Genética,

Melhoramento Vegetal e Biotecnologia

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Aos meus pais Odila e Waldomiro,

pela demonstração de amor e confiança,

e a pessoa que me apoiou nesta trajetória,

Andrea

DEDICO

Ao meu filho

Paulo César

OFEREÇO

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AGRADECIMENTOS

- Ao pesquisador, amigo e orientador Dr. Carlos Augusto Colombo, pela confiança, incentivo

e ensinamentos constantes durante o desenvolvimento do trabalho;

- Ao pesquisador, amigo e co-orientador Dr. Carlos Eduardo Ferreira de Castro pelo apoio e

ensinamentos transmitidos e pelo incentivo em futuras empreitadas;

- Ao pesquisador e colaborador Dr. Walter José Siqueira pelo auxílio nas análises estatísticas

e interpretações e pela amizade;

- Ao pesquisador Dr. Alisson Fernando Chiorato pela colaboração nas análises estatísticas;

- À Paula Lima pela colaboração nas análises moleculares;

- A todos os professores da PG por transmitirem suas experiências em genética com muita

disposição e pelos aconselhamentos ao longo do curso;

- Às secretárias da PG-IAC pela amizade e pela disposição em simplificar aspectos

burocráticos;

- Aos funcionários de campo da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Ubatuba, em

especial a chefe da UPD de Ubatuba Silvia Moreira Rojo Veja e a mestranda Daniela Mérida

pelo auxilio na condução e avaliação dos experimentos de campo;

- A todos que colaboraram de alguma forma e acreditaram na realização deste trabalho.

...”é preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir é

preciso a chuva para florir”...

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SUMÁRIO

ÍNDICE DE TABELAS................................................................................................... ix

ÍNDICE DE FIGURAS................................................................................................... xi

RESUMO........................................................................................................................ xii

ABSTRACT..................................................................................................................... xiii

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 1

2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 4

2.1 Importância socioeconômica da floricultura.............................................................. 4

2.2 Etlingera elatior: Aspectos Botânicos e importância econômica.............................. 5

2.3 Descritores: caracterização morfoagronômica........................................................... 6

2.4 Marcadores moleculares............................................................................................ 8

2.4.1 Marcadores microssatélites.................................................................................... 10

3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 14

3.1 Caracterização do experimento.................................................................................. 14

3.1.1 Localização do experimento................................................................................... 14

3.1.2 Delineamento experimental................................................................................... 14

3.2 Caracterização dos genótipos por meio de descritores agromorfológicos e

análises moleculares...................................................................................................... 15

3.3 Caracterização molecular.......................................................................................... 18

3.3.1 Extração e quantificação de DNA dos genótipos................................................... 18

3.3.2 Desenvolvimento e caracterização de marcadores microssatélites.......................... 19

3.3.2.1 Construção de biblioteca genômica enriquecida com microssatélites.................. 19

3.3.3 Seleção e sequenciamento dos clones positivos....................................................... 23

3.3.4 Análise do polimorfismo dos marcadores microssatélites (PIC –

“Polymorphism Information Content”).......................................................................... 26

3.3.5 Condições de amplificação dos locos microssatélites............................................. 26

3.4 Análises estatísticas................................................................................................... 27

3.4.1 Testes para comparação de médias........................................................................ 27

3.4.2 Análises uni e multivariadas.................................................................................... 27

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................... 29

4.1 Condições climáticas nas épocas de avaliação do experimento (2009 e 2010).......... 29

4.2 Fenologia de E. elatior.............................................................................................. 30

4.2.1 Duração dos períodos fenológicos........................................................................... 30

4.3 Análises de variância simples e conjunta das características avaliadas nos

genótipos......................................................................................................................... 32

4.3.1 Dados foliares......................................................................................................... 34

4.3.1.1 Comprimento foliar.............................................................................................. 34

4.3.1.2 Largura foliar........................................................................................................ 36

4.3.1.3 Comprimento do pecíolo foliar............................................................................. 37

4.3.1.4 Número de folíolos............................................................................................... 38

4.3.2 Dados da inflorescência........................................................................................... 39

4.3.2.1 Comprimento da haste floral................................................................................. 39

4.3.2.2 Diâmetro da haste floral........................................................................................ 41

4.3.2.3 Altura da inflorescência....................................................................................... 42

4.3.2.4 Diâmetro da inflorescência................................................................................... 43

4.3.2.5 Cor da haste floral................................................................................................. 45

4.3.2.6 Cor da bráctea....................................................................................................... 46

4.3.2.7 Massa fresca total da inflorescência...................................................................... 48

4.3.2.8 Massa fresca comercial da inflorescência............................................................. 48

4.3.2.9 Forma da inflorescência........................................................................................ 50

4.3.2.10 Projeção do miolo da inflorescência................................................................... 51

4.3.3 Dados da infrutescência........................................................................................... 52

4.3.3.1 Diâmetro longitudinal da infrutescência............................................................... 52

4.3.3.2 Diâmetro transversal da infrutescência................................................................. 53

4.4 Análise multivariada................................................................................................... 54

4.4.1 Divergência genética por análise de agrupamento................................................... 54

4.4.2 Análise de componentes principais.......................................................................... 57

4.5 Análises moleculares................................................................................................... 59

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viii

4.6 Seleção e aplicação dos descritores para avaliação de flores de corte....................... 68

4.6.1 Seleção de genótipos com melhores avaliações para os descritores selecionados

para flor de corte............................................................................................................... 68

4.7 Proposta preliminar da lista de descritores para execução dos ensaios de DHE......... 70

4.7.1 Objetivo.................................................................................................................. 70

4.7.2 Amostra viva.......................................................................................................... 71

4.7.3 Execução dos ensaios de DHE............................................................................... 71

4.7.4 Tabela de descritores propostos para E. elatior...................................................... 73

4.7.5 Tabela de descritores para E. elatior...................................................................... 74

4.7.5.1 Descritores para folha............................................................................................ 74

4.7.5.2 Descritores para inflorescência........................................................................... 75

4.8 Proposta de padrão de altura de haste floral para flores de corte.............................. 76

5 CONCLUSÕES............................................................................................................. 79

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 80

7 ANEXOS..................................................................................................................... ... 89

7.1 Anexo 1 - Valores médios referentes a 17 descritores agromorfológicos

avaliados em 75 genótipos de Etlingera elatior da Coleção de Germoplasma do

Instituto agronômico – IAC...........................................................................................

89

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ix

ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 - Duração dos períodos das fases fenológicas em dias de E.

elatior.............................................................................................. 31

TABELA 2 - Análise de variância dos descritores avaliados para E. elatior....... 32

TABELA 3 - Correlações entre os descritores avaliados em E. elatior para a

primeira e segunda época de avaliação........................................... 33

TABELA 4 - Classes de médias do comprimento foliar de E. elatior.................. 35

TABELA 5 - Comprimento e classificação foliar para E. elatior......................... 35

TABELA 6 - Classes de médias de largura foliar para E. elatior......................... 36

TABELA 7 - Largura e classificação foliar para E. elatior.................................. 37

TABELA 8 - Classes de médias de comprimento do pecíolo foliar de E.

elatior.............................................................................................. 37

TABELA 9 - Comprimento e classificação do comprimento do pecíolo foliar

para E. elatior.................................................................................. 38

TABELA 10 - Classe de médias do número de folíolos de E. elatior.................... 39

TABELA 11 - Número e classificação do número de folíolos para E. elatior....... 39

TABELA 12 - Classes de médias do comprimento da haste floral de E.

elatior.............................................................................................. 40

TABELA 13 - Comprimento e classificação da haste floral para E. elatior........... 41

TABELA 14 - Classes de médias do diâmetro da haste floral de E.

elatior.............................................................................................. 41

TABELA 15 - Diâmetro e classificação da haste floral de E. elatior..................... 42

TABELA 16 - Classes de médias da altura da inflorescência de E. elatior............ 43

TABELA 17 - Altura e classificação das inflorescências de E. elatior.................. 43

TABELA 18 - Classes de médias do diâmetro da inflorescência de E.

elatior.............................................................................................. 44

TABELA 19 - Diâmetro e classificação das inflorescências de E. elatior............. 45

TABELA 20 - Análise de variância para cor da bráctea de E. elatior.................... 46

TABELA 21 - Classes de cores das brácteas das inflorescências de E. elatior...... 47

TABELA 22 - Classificação das cores das brácteas das inflorescências de E.

elatior.............................................................................................. 47

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TABELA 23 - Classes de médias da massa fresca total da inflorescência de E.

elatior.............................................................................................. 48

TABELA 24 - Classes de médias da massa fresca da inflorescência padronizada

a 80 cm de E. elatior....................................................................... 49

TABELA 25 - Massa fresca padronizada e classificação das inflorescências de

E. elatior.......................................................................................... 50

TABELA 26 - Quantificação dos genótipos quanto à forma da inflorescência de

E. elatior......................................................................................... 50

TABELA 27 - Classificação da projeção do miolo das inflorescências de E.

elatior.............................................................................................. 51

TABELA 28 - Classes de médias do diâmetro longitudinal da infrutescência de

E. elatior.......................................................................................... 52

TABELA 29 - Diâmetro longitudinal e classificação da infrutescência de E.

elatior.............................................................................................. 53

TABELA 30 - Classes de médias do diâmetro transversal da infrutescência de E.

elatior.............................................................................................. 54

TABELA 31 - Diâmetro transversal e classificação da infrutescência de E.

elatior.............................................................................................. 54

TABELA 32 - Parâmetros de polimorfismo para caracterização dos seis locos

microssatélites nos 75 genótipos de E. elatior................................ 61

TABELA 33 - Características dos 19 primers microssatélites gerados a partir da

biblioteca enriquecida para E. elatior............................................. 62

TABELA 34 - Fluorescência utilizada nos 14 locos de E. elatior e amplitude do

tamanho esperado dos alelos em pares de base (pb)....................... 65

TABELA 35 - Notas dos genótipos que melhor se destacaram dentre os

descritores selecionados.................................................................. 69

TABELA 36 - Características dos genótipos selecionados como adequados para

flor de corte..................................................................................... 70

TABELA 37 - Análise de variância para comprimento da haste floral em duas

épocas de avaliação de E. elatior.................................................... 77

TABELA 38 - Resultado do teste de média para comprimento da haste floral de

E. elatior.......................................................................................... 77

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ÍNDICE DE FIGURAS

QUADRO 1 - Classificação dos marcadores moleculares ao longo do tempo.......... 10

FIGURA 1 - Esquema representativo da variação de cores no modo Lab.............. 16

FIGURA 2 - Diferentes fases fenológicas de Etlingera elatior............................... 18

FIGURA 3 - Esquema representativo das etapas de construção da biblioteca

enriquecida com microssatélites......................................................... 23

FIGURA 4 - Temperatura média (°C) e pluviosidade (mm) no período de janeiro

de 2009 a dezembro de 2010.............................................................. 29

FIGURA 5 - Cores das hastes florais de E. elatior.................................................. 45

FIGURA 6 - Cores das brácteas das inflorescências de E. elatior.......................... 47

FIGURA 7 - Formas das inflorescências de E. elatior............................................ 50

FIGURA 8 - Projeção do miolo das inflorescências de E. elatior........................... 51

FIGURA 9 - Análise de divergência genética para 75 genótipos de E. elatior....... 56

FIGURA 10 - Análise de componentes principais das variáveis agromorfológicas,

associadas aos genótipos de E. elatior................................................ 58

FIGURA 11 - Gel mostrando o perfil do DNA plasmidial com insertos

enriquecidos de SSR de E. elatior...................................................... 59

FIGURA 12 - Eletroferograma representativo contendo microssatélite de

repetição.............................................................................................. 59

FIGURA 13 - Frequência dos motivos e classes majoritárias de SSR em E. elatior 60

FIGURA 14 - Perfil qualitativo do DNA genômico dos 75 genótipos de E. elatior. 64

FIGURA 15 - Screening dos 14 locos SSR oriundos da biblioteca enriquecida

para a espécie E. elatior...................................................................... 64

FIGURA 16 - Dendrograma das similaridades genéticas para 75 genótipos de

Etlingera elatior, pelo método UPGMA............................................ 67

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Caracterização agromorfológica e molecular de Etlingera elatior (Jack) R. M. Sm. e

seleção de genótipos para o cultivo.

RESUMO

O agronegócio no setor de floricultura tropical tem aumentado a cada ano, tendo aumentado o

consumo. Apesar da grande aceitabilidade do bastão do imperador (Etlingera elatior) pelo

consumidor, o seu cultivo e mercado ainda são restritos, devido ao elevado peso das

inflorescências, normalmente acima de 1 kg, o que dificulta os processos de colheita,

manuseio, embalamento e transporte. Resultante de cruzamento ao acaso em 2005 entre

genótipos com características de inflorescências contrastantes e de interesse comercial,

mantêm-se em cultivo na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Ubatuba um stand de

75 genótipos com ampla variação de tipos de inflorescências. Objetivou-se neste trabalho a

caracterização agromorfológica e molecular dessa coleção a fim de selecionar genótipos

promissores para flor de corte. Foram avaliados 17 descritores entre folha, inflorescência e

infrutescência para a caracterização da coleção. Os resultados agromorfológicos apontaram

grande diversidade entre os genótipos, embora os resultados moleculares tenha mostrado uma

diversidade genética considerada baixa. Os estudos fenológicos da coleção apontaram

genótipos com duração de fases fenológicas curtas e longas. Os estudos sobre a coloração das

hastes florais da coleção apresentaram influencia no período de florescimento, havendo

genótipos mais precoces e outros mais tardios. Para a seleção dos melhores genótipos para

flor de corte, visando inflorescências de menor massa e com dimensões menores, foram

selecionados cinco descritores de maior importância, sendo eles massa da inflorescência,

comprimento e diâmetro da haste floral, altura e diâmetro da inflorescência. Pela análise de

Scott & Knott foram selecionados 12 genótipos promissores, possuindo características

adequadas ao mercado e com boa combinação de formas e coloração de brácteas.

Palavras-chave: Descritores agromorfológicos, fenologia, floricultura, divergência genética,

microssatélite.

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Characterization agromorphological and molecular Etlingera elatior (Jack) R. M. Sm.

and selection of genotypes for cultivation.

ABSTRACT

Agribusiness in floriculture sector has increased every year and tropical floriculture has

emerged in recent years, and increased consumption. Despite the wide acceptability of torch

ginger (Etlingera elatior) by the consumer market and its cultivation are still restricted due to

the heavy weight of inflorescences produced, usually over 1 kg, which makes the processes of

harvesting, handling, packaging and transport. Derived from cross made in 2005 between

genotypes with contrasting characteristics of inflorescences and commercial interest, they

keep on growing a stand of 75 half-brothers with a wide variation in types of inflorescences,

and many of them have characteristics appropriate to the market, such as mass inflorescence,

floral stem length, height and diameter of the flower, and good combination of shapes and

color of the bracts. The objective of this work agro-morfological and molecular

characterization of this collection to select promising genotypes for cut flower. The

agronomic results showed great diversity among materials, although there is little genetic

diversity in the collection once it is half-brothers. Based on five descriptors, considered of

greater importance for cut flower, were selected 12 promising genotypes

Key words: Descriptors, phenology, cultivation, productivity, fresh weight of the

inflorescence

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1

1 INTRODUÇÃO

A floricultura brasileira na ultima década apresentou crescimento sólido, com taxas

próximas a 10 % ao ano, contrariando as perspectivas de redução do setor, devido o contexto

da crise econômica mundial. A manutenção do crescimento, mesmos nos anos de

instabilidade financeira, deve-se a estrutura comercial baseada majoritariamente no consumo

interno, com alcance superior a 95 % do valor da comercialização do setor (CASTRO, 2010).

Nos últimos anos vem ocorrendo uma substancial alteração no perfil da floricultura

praticada no Brasil, com produtos tradicionais compartilhando o mercado com flores e

folhagens de origem tropical. Parte dessa alteração pode ser atribuída à demanda mundial por

novos produtos e à organização das bases produtivas em Países da América Latina – com

destaque para a Costa Rica – que impulsionaram sua oferta no mercado internacional. Quanto

à demanda por novidades, as flores e folhagens tropicais, pela diversidade de formas, cores e

uso, passaram a atender prontamente à necessidade existente (CASTRO, 2010).

O mercado brasileiro movimenta na produção cerca de 660 milhões, ao passo que o

mercado varejista mobiliza em torno de 2,4 bilhões (MARTINS, et al., 2009). A

comercialização de flores no Brasil é ainda muito concentrada em poucos estados,

principalmente São Paulo - hoje detentor de 75% da comercialização de flores no País.

(IBRAFLOR, 2012).

Por ser o mercado interno o maior responsável pelos avanços da floricultura brasileira

frente ao agronegócio, o maior desafio é consolida-lo, pois, o consumo de flores no Brasil

ainda é pequeno (U$ 7,49 per capita em 2008) em relação a diversos países, como por

exemplo, a Suécia (U$170,00). O mercado interno também gera maior volume de negócios

em datas comemorativas como dia das mães, namorados, finados, natal e passagem do ano

(JUNQUEIRA & PEETZ, 2009).

As exportações, apesar de reduzidas, apresentaram de 2000 a 2010 um aumento de

220 % alcançando valores máximos em 2008 valores de US$ 35,50 milhões (JUNQUEIRA &

PEETZ, 2011).

A floricultura, além de seu indiscutível papel econômico, exerce importantes funções

sociais, culturais e ecológicas. Como função social, é propicia ao emprego de funcionários

rurais e pode ser praticada em pequenas áreas (KAMPF, 2000).

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Segundo dados do SEBRAE, 2006, a produção de flores e plantas ornamentais está

distribuída em 304 municípios, com uma área cultivada de 5,2 mil hectares (VENCATO et

al., 2006). O setor gera 120 mil empregos diretos e indiretos, sendo 58 mil na produção,

quatro mil na distribuição, 51 mil no comércio varejista e 7 mil em outras atividades.

A diversidade de clima e solo tem possibilitado ao Brasil o cultivo de diversas

espécies de flores e plantas ornamentais, de origens nativas e exóticas, de clima temperado e

tropical. A produção brasileira está assim dividida: flores de corte, flores de vaso, sementes,

plantas de interiores, plantas de paisagismo e folhagens (BUAINAIN & BATALHA, 2007).

Os consumidores de flores se tornam cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos

produtos oferecidos no mercado, buscando produtos livres de doenças, com maior

durabilidade, beleza e principalmente, frequência de oferta ao longo do ano (ANEFALOS &

CAIXETA FILHO, 2007).

Nesse contexto, observa-se que o cultivo e comércio de flores e plantas ornamentais

tropicais, como antúrio, helicônia, alpínia, costu, gengibre e bastão do imperador, vêm a cada

ano, mostrando crescimento, já configurando atividade de importância socioeconômica para o

país. No Brasil, o cultivo de flores tropicais é realizado principalmente nos estados de

Pernambuco, Alagoas, Ceará, Bahia, Sergipe, Pará, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e no

Distrito Federal (JUNQUEIRA & PEETZ, 2005).

Apesar da grande aceitabilidade do bastão do imperador pelo consumidor, o seu

cultivo e mercado ainda são restritos devido ao elevado peso das inflorescências produzidas,

normalmente acima de 1 kg, o que dificulta os processos de colheita, manuseio, embalamento

e transporte. Duas são as principais consequências dessa situação: preço alto por unidade

comercializada e ocorrência de danos físicos no embalamento e transporte que depreciam o

produto.

Na Coleção de Germoplasma de Zingiberales Ornamentais do Instituto Agronômico,

mantido na UPD de Ubatuba/APTA, como resultado de cruzamentos efetuados, em 2005,

entre genótipos com características de inflorescências contrastantes e de interesse comercial,

mantêm-se em cultivo um stand de 75 genótipos com ampla variação de tipos de

inflorescências. Diversos materiais possuem características promissoras ao mercado, como

peso da inflorescência e boa combinação de formas e coloração de brácteas.

Os objetivos gerais deste trabalho foram a caracterização da diversidade genética da

Coleção de Germoplasma de Etlingera elatior do Instituto Agronômico (IAC) e a seleção de

genótipos com desempenho superior, e como objetivos específicos identificar descritores

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quantitativos e qualitativos; selecionar descritores agromorfológicos mínimos para registro, e

avaliar os genótipos através dos descritores adotados e estudar sua fenologia.

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4

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Importância Socioeconômica da Floricultura

Atualmente, existe no Brasil cerca de 5.300 hectares de área com o cultivo de flores e

plantas ornamentais. A maior parte, cerca de 60%, é destinada à produção de flores e os

demais 40% destinados a plantas ornamentais, 29% do cultivo de flores e plantas ornamentais

é feito em ambiente protegido (CASA DA AGRICULTURA, 2011).

O agronegócio da floricultura nacional é expressivo, alcançando no ano de 2011, R$

4,3 bilhões, em negócios realizados. A atividade é exercida por cerca de 9.000 produtores

sendo responsável por 194.000 empregos diretos dos quais 96.000 (49,5 %) estão

relacionados à produção, 6.000 (3,1 %) estão relacionados à distribuição, 77.000 (39,7 %)

estão direcionados ao varejo e 15.000 (7,7 %) em outras atividades, principalmente de apoio.

Esse número se amplia bastante em datas comemorativas do calendário brasileiro: Páscoa, Dia

das Mães e dos Namorados, Finados, Natal e Ano Novo, ocasiões em que os quase 12.000

pontos de venda de flores e plantas ornamentais, existentes no país, necessitam aumentar a

força de trabalho, ampliando o mercado para floristas e entregadores em até 100%

(IBRAFLOR, 2012).

A floricultura nacional se faz presente também nas exportações. Entre 2001 e 2006, as

exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais cresceram 124%, mantendo um

crescimento real de pelo menos 10% ao ano (JUNQUEIRA & PEETZ, 2007). Em 2007, as

exportações contribuíram com cerca de US$ 35,28 milhões na balança comercial brasileira

(JUNQUEIRA & PEETZ, 2008). De acordo com JUNQUEIRA & PEETZ (2002), FARIA

(2005) e, LOGES et al. (2005) as flores tropicais produzidas no Brasil são consideradas um

grande potencial estratégico de crescimento no mercado nacional e internacional.

A maioria dos países desenvolvidos apresenta limitações para o cultivo de flores

tropicais devido às condições climáticas desfavoráveis ou exiguidade do território. Isto

representa uma vantagem comparativa para o Brasil, que dispõe de clima, terra, água, energia

e mão de obra em níveis satisfatórios para o cultivo de flores tropicais. Esse conjunto de

fatores benéficos incide, diretamente, na qualidade do produto e possibilita custos de

produção mais baixos e preços competitivos nos mercados externos (LOGES et al., 2005).

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2.2 Etlingera elatior: Aspectos Botânicos e Importância Econômica

O gênero Etlingera, pertence à família Zingiberaceae, reúne 99 espécies aceitas por

diversas instituições entre estas: Kew Royal Botanical Garden (Londres, Inglaterra); Missouri

Botanical Garden (Missouri Estados Unidos) e The New York Botanical Garden (Nova

Iorque, Estados Unidos). Entre as diversas espécies, tem destaque em cultivos e no comércio a

Etlingera elatior (Jack) R. M. Sm. popularmente conhecida no Brasil como bastão do

imperador ou gengibre de tocha, apresentando 27 sinonímias botânicas (THE PLANT LIST,

2010).

Bastões do imperador são plantas com rizoma perene, alongado ou tuberoso. Tem

folhas expostas em dístico com espiral, com bainha, pecíolo e lígula na transição para a

lâmina, que é estreita ou larga, peninérvea, às vezes assimétrica.

As hastes vegetativas senescem periodicamente e novos ciclos de crescimento ocorrem

constantemente. A planta apresenta um crescimento rápido e é facilmente transplantada.

As inflorescências cimosas, terminais em forma de uma roseta, com fisionomia de

uma flor típica, mas sem os componentes básicos (pseudanto), pruinosas (superfície coberta

de cera) e semelhantes a uma tocha. São vermelhas, rosadas ou brancas, surgem na

extremidade das hastes de 1,5 a 2,0 m, que brotam diretamente do sistema de rizomas e são

separadas das hastes vegetativas. Podem ter um diâmetro de até 25 cm e são lançadas

principalmente entre os meses de dezembro a março, mas ocasionalmente surgem também no

mês de junho.

As flores são hermafroditas, regulares e envoltas por duas brácteas espatiformes. O

cálice é inserido no ovário ínfero, trilocular e é mais ou menos tubuloso, curtamente

tridentado e fendido. A corola é tubulosa na base. O fruto é uma cápsula (CASTRO et al.,

2007).

A demanda interna por bastão do imperador tem sido crescente e esta flor, a cada dia,

mais e mais se sedimenta no mercado. Os principais mercados produtores estão localizados

nos seguintes países: Filipinas, Tailândia, Jamaica, Havaí, Costa Rica e Equador, salientando

que nas Filipinas e Tailândia o bastão do imperador é considerado hortaliça e usado na

alimentação humana. Os principais mercados importadores são: América do Norte (Estados

Unidos e Canadá), Europa (Holanda, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, França) e Japão. A

oferta do produto atualmente se dá durante todo o ano, mas o pico de oferta ocorre entre os

meses de novembro a fevereiro (LAMAS, 2004).

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Em cultivos conduzidos segundo recomendações, dependendo do tipo de muda

utilizada, a produção pode iniciar já aos 11 – 15 meses, podendo-se obter de 60 – 90 flores

por touceira/ano. As inflorescências têm diferentes pontos de colheita, desde botão, até o de

brácteas totalmente expandidas. O tamanho mínimo da haste deve ser de 60 cm. A produção

nas condições do nordeste é bem linear e uniforme, ocorrendo picos de produção nos meses

de novembro a fevereiro. Para um exercício de fluxo de caixa, pode-se obter de 75

flores/planta/ano (tipo exportação) com um stand de 1.250 touceiras/hectare (espaçamento de

4,00 m x 2,00 m), tem-se uma produção total de 100.000 inflorescências ou aproximadamente

8.333 dúzias/hectare/ano (LAMAS, 2004).

2.3 Descritores: Caracterização Agromorfológica

A caracterização e a avaliação são etapas imprescindíveis à classificação e à utilização

do germoplasma, permitindo identificar genótipos promissores, passíveis de integrar

programas de melhoramento genético ou de serem recomendadas aos produtores para cultivo

(SILVA et al., 1999). A diferenciação, a utilidade, estrutura e variabilidade genética são

determinadas na fase de caracterização e avaliação do material, descrevendo assim, atributos

qualitativos e quantitativos que vão diferenciar os materiais e relaciona-los. Uma das fases

mais importantes em programas de melhoramento genético é a seleção de genótipos com

características desejadas tornando o conhecimento do germoplasma disponível (BLANK et

al., 2004).

Através da caracterização morfológica, obtêm-se uma identidade de cada entrada,

através do conhecimento de uma série de dados que permitam estudar a variabilidade genética

de cada amostra (DAROS et al., 2002).

Existem várias maneiras de se proceder a caracterização de germoplasma, cada uma

apresentando características específicas.

No processo de caracterização e avaliação de qualquer acesso, VALLS (1988)

considerou a existência de cinco etapas subsequentes e correlatas: a) correta identificação

botânica; b) elaboração do cadastro de genótipos por espécie; c) caracterização, d) avaliação

preliminar; e) avaliação complementar. Essas etapas contribuem sobremaneira para um

melhor conhecimento dos genótipos, sendo possível a detecção de eventuais duplicações

indesejáveis nas coleções.

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Para caracterização de germoplasma, utilizam-se marcadores morfológicos. Essa

caracterização consiste na identificação de cada acesso, através do reconhecimento de dados

que permitam estudar a variabilidade genética de cada acesso (GUIMARÃES, 2011).

Nas coleções de germoplasma, o termo descritor é utilizado para se referir a um

atributo ou caráter que se observa ou se mensura nos genótipos. De acordo com VICENTE

(2005), descritores relacionados à morfologia das plantas também vem sendo empregado em

coleções e germoplasma para a determinação de diversidade genética. Um descritor confiável

deverá permitir a distinção entre genótipos diferentes de uma mesma espécie alvo, deve ser

praticável, útil e deve evitar redundância. Além disso, deve ser ambientalmente estável, mono

ou oligogênico e de fácil manipulação pelo melhorista (CHAPMAN, 1989).

O IPGRI (International Board for Plant Genetic Resources) tem publicado várias

listagens de descritores para diversas culturas a fim de facilitar e uniformizar as atividades de

caracterização e avaliação. Ambas as atividades resultam na tomada de dados de uma série de

caracteres (descritores) que auxiliam o usuário a identificar os acessos com as características

desejadas para sua utilização no melhoramento de plantas. O uso de descritores na

caracterização e também na avaliação de germoplasma, deve necessariamente resultar de um

consenso entre curadores e melhoristas (GIACOMETTI, 1988), tomando-se o cuidado de não

exagerar na quantidade de descritores a serem utilizados.

Marcadores morfológicos são descritores bastante acessíveis, quando comparados com

técnicas moleculares mais avançadas, e vem sendo utilizados na caracterização de

germoplasma (STUBER, 1992; LETSCHERT & FRESE, 1993). A utilização destes

descritores permite a orientação do trabalho a ser realizado com outros descritores mais

sofisticados, como marcadores moleculares.

O objetivo do descritor morfológico é descrever as características das introduções

quanto às características da planta; da folha; da flor; do fruto; da semente; e das partes

subterrâneas, entre outros de acordo com a espécie alvo.

O processo de caracterização permite a identificação de caracteres de alta

herdabilidade, cuja expressão é pouco influenciada pelas condições ambientais. Diferentes

níveis de caracterização são possíveis entre eles: morfoagronômica, bioquímica e molecular.

A situação ideal é de que todos os níveis de caracterização sejam realizados, cabendo aos

pesquisadores e curadores à decisão do nível de informação desejado, tomando-se por base a

demanda existente pelos acessos das diferentes culturas, como também a disponibilidade de

recursos financeiros.

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Para algumas espécies não existem descritores, enquanto para outras vem sendo usado

um número excessivo de variáveis em razão do completo desconhecimento sobre a

importância de cada uma em descrever a variação existente. Nessas circunstâncias, técnicas

multivariadas têm se revelado eficientes na descrição e seleção de vários caracteres

simultaneamente, resultando em economia de tempo e recursos financeiros (CRUZ, 1990),

uma vez que muitas variáveis são redundantes por serem correlacionadas, ou dispensáveis,

por representarem uma fração desprezível da variação total.

2.4 Marcadores Moleculares

Segundo MATIOLI & PASSOS-BUENO (2001), a variabilidade genética é um

instrumento de investigação muito importante para estudos de divergência genética entre as

espécies, detecção de modos de reprodução e estrutura familiar, estima de níveis de migração

e dispersão nas populações e até mesmo para identificação de espécies ameaçadas de extinção

a partir de fragmentos botânicos. Os dados básicos para esses estudos, denominados

marcadores moleculares, são locos gênicos que apresentam alguma variabilidade.

Por meio do uso de marcadores moleculares, técnicas avançadas têm sido empregadas

em pesquisas, permitindo que os pesquisadores alcancem maior eficiência em estudos de

diversidade genética. Marcador molecular é todo e qualquer fenótipo molecular proveniente

de um gene expresso, ou de um segmento específico de DNA. MILACH (1998) descreve que

marcadores moleculares são características de DNA que diferenciam dois ou mais indivíduos

e são herdados geneticamente. A revolução neste plano se iniciou com o descobrimento e

utilização de marcadores isoenzimáticos a partir do ano de 1959, ampliando vastamente o

número de marcadores genéticos e possibilitando a aplicação da técnica praticamente todas as

espécies de plantas (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998).

Marcadores moleculares podem ser utilizados habitualmente em programas de

melhoramento genético, tanto para caracteres quantitativos como qualitativos, seja em

investigação básica ou aplicada. Diversos empregos de marcadores em melhoramento de

plantas podem ser distribuídos em aplicações cujos resultados apresentam expectativas de

curto, médio e longo prazo. No melhoramento clássico as aplicações em curto prazo incluem,

basicamente, a identificação e a discriminação de genótipos. Nas aplicações analíticas de

médio e longo prazo, os marcadores permitem quantificar a variabilidade genética existente

ao nível de sequência de DNA e correlacioná-la com a expressão fenotípica em

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procedimentos de mapeamento genético. Nas aplicações sintéticas, a informação gerada na

fase analítica, é integrada às metodologias de seleção e recombinação de genótipos, como

uma ferramenta adicional para promover o avanço genético. Os marcadores moleculares

tornaram-se ferramentas fundamentais na construção de mapas genéticos, permitindo a

clonagem de genes que podem ser utilizados também no melhoramento via transgênica. Além

de sua importância no melhoramento, os marcadores também são importantes nos estudos

genéticos das plantas, detectando variações no genoma, aumentando o poder da análise

genética. Uma grande variedade de marcadores moleculares está disponível para as diferentes

espécies de vegetais (BORÉM & CAIXETA, 2006).

Atualmente existem diversos marcadores moleculares, MAHESWARAN (2004)

sintetiza a história dos marcadores moleculares desde sua criação até os mais recentes e os

classifica em três etapas: marcadores de primeira geração, marcadores de segunda e a nova

geração de marcadores (Quadro 1).

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Quadro 1 – Classificação dos marcadores moleculares ao longo do tempo.

Ano Acrônimo Nomenclatura Referência

1974 RFLP Restriction Fragment Length Polymorphism Grodzicker et al. (1974)

1985 VNTR Variable Number Tandem Repeats Jeffreys et al. (1985)

1986 ASO Allele Specific Oligonucleotides Saiki et al. (1986)

1988 AS - PCR Allele Specific Polymerase Chain Reaction Landegren et al. (1988)

1988 OP Oligonucleotide Polymorphism Beckmann (1988)

1989 SSCP Single Stranded Conformational Polymorphism Orita et al. (1989)

1989 STS Sequence Tagged Site Olsen et al. (1989)

Ano Acrônimo Nomenclatura Referência

1990 RAPD Randomly Amplified Polymorphic DNA Williams et al. (1990)

1990 AP - PCR Arbitrarily Primed Polymerase Chain Reaction Welsh and McClelland (1990)

1990 STMS Sequence Tagged Micro Satellite Sites Beckmann and Soller (1990)

1991 RLGS Restriction Landmark Genome Scanning Hatada et al. (1991)

1992 CAPS Cleaved Amplified Polymorphic Sequence Akopyanz et al. (1992)

1992 DOP - PCR Degenerate Oligonucleotide Primer - PCR Telenius (1992)

1992 SSR Simple Sequence Repeats Akkaya et al. (1992)

1993 MAAP Multiple Arbitrary Amplicon Profiling Caetano-Anollés et al. (1993)

1993 SCAR Sequence Characterized Amplified Region Paran and Michelmore (1993)

Ano Acrônimo Nomenclatura Referência

1994 ISSR Inter Simple Sequence Repeats Zietkiewicz et al (1994)

1994 SAMPL Selective Amplification Of Micro Satellite Polymorphic Loci Morgante and Vogel (1994)

1994 SNP Single Nucleotide Polymorphisms Jordan and Humphries (1994)

1995 AFLP (SRFA)Amplified Fragment Length Polymorphism (Selective

Restriction Fragment Amplification)Vos et al. (1995)

1995 ASAP Allele Specific Associated Primers Gu et al. (1995)

1996 CFLP Cleavase Fragment Length Polymorphism Brow (1996)

1996 ISTR Inverse Sequence-tagged Repeats Rhode (1996)

1997 DAMD-PCR Directed Amplification Of Mini Satellite DNA-PCR Bebeli et al. (1997)

1997 S - SAP Sequence-specific Amplified Polymorphism Waugh et al. (1997)

1998 RBIP Retrotransposon Based Insertional Polymorphism Flavell et al. (1998)

1999 IRAP Inter-retrotransposon Amplified Polymorphism Kalendar et al. (1999)

1999 REMAP Retrotransposon-Microsatellite Amplified Polymorphism Kalendar et al. (1999).

1999 MSAP Methylation Sensitive Amplification Polymorphism -----------

2000 MITE Miniature Inverted-repeat Transposable Element Casa et al. (2000)

2000 TE - AFLP Three Endonuclease AFLP Van der Wurff et al. (2000)

2001 IMP Inter-MITE Polymorphisms Chang et al. (2001)

2001 SRAP Sequence-related Amplified Polymorphism Li and Quiros (2001)

Primeira Geração e Marcadores Moleculares

Segunda Geração e Marcadores Moleculares

Nova Geração e Marcadores Moleculares

2.4.1 Marcadores microssatélites

Segundo HAMADA et al., (1982) e TAUTZ & RENZ (1984), os genomas dos

eucariotos estão densamente povoados por diferentes classes, mais ou menos complexas, de

sequências repetidas, origem do termo SSR – Simple Sequence Repeats, ou STR – Short

Tandem Repeats, mais tarde chamados de marcadores Microssatélites. Tais marcadores são

repetições de pequenas sequências de um a seis nucleotídeos adjacentes repetidos em tandem,

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sendo encontrados amplamente distribuídos pelo genoma da maior parte dos eucariotos

(FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998; TOTH et al., 2000, ZANE et al., 2002).

Foram descritos em plantas pela primeira vez por CONDIT & HUBBELL (1991), que

detectaram a presença das repetições (AC)n e (AG)n. MORGANTE & OLIVIERI (1993)

constataram em 34 espécies vegetais a presença de microssatélites, sendo o dinucleotídeo AT

o elemento repetido mais comum, também constataram que estes marcadores estão em menor

frequência que nos vertebrados, mas em maior frequência que nos invertebrados e fungos.

Estudos apontam para o slippage, ou o deslizamento da polimerase, como o principal

mecanismo por trás do surgimento e amplificação destas sequências repetitivas nos genomas,

gerando alta taxa de mutação dos microssatélites, numa frequência de 10-3

e 10-4

por loco por

gameta em cada geração.

Acredita-se que durante a replicação de uma região repetitiva, as fitas de DNA

separam-se e unem-se novamente de forma incorreta, o que geraria cópias de trechos de DNA

(alelos) com diferentes tamanhos ou números de repetições de um determinado motivo no

próximo ciclo de replicação, por meio da inserção ou deleção de uma unidade de repetição. O

problema também pode estar associado ao sistema de reparo pela DNA polimerase ou ainda,

ser consequência do processo de recombinação (SCHLÖTTERER & TAUTZ, 1992; FIELD

& WILLS, 1996). Durante o processo de recombinação o crossing-over desigual pode ser

responsável pela alta taxa de polimorfismo destes marcadores, que por problemas no

pareamento dessas sequências durante o quiasma, aumenta a taxa de mutação das regiões

microssatélites e são estas mutações que tornam estes marcadores tão informativos (STRAND

et al., 1993; SCHLÖTTERER et al., 1998).

O polimorfismo de um loco microssatélite é resultado do número de repetições do

motivo que o caracteriza. Portanto, os diferentes alelos que um loco microssatélite pode

apresentar distinguem-se uns dos outros pelo número de repetições que apresentam.

Adotemos como exemplo, um loco em que o dinucleotídeo “CG” é a unidade de repetição, o

polimorfismo que distinguirá os alelos deste loco dependerá da presença de números variáveis

dessa unidade de repetição, então um alelo pode ser definido, por exemplo, pela ocorrência de

20 unidades de “CG” adjacentes repetidos lado a lado, enquanto que outro alelo deste loco

pode apresentar apenas 18 repetições.

CHAMBERS & MACAVOY (2000) sugerem que são necessários, para iniciar um

processo de origem de um microssatélite, no mínimo oito nucleotídeos repetidos em tandem.

Os microssatélites são classificados conforme a composição das sequências repetidas:

(a) repetições perfeitas, quando não apresentam nenhuma interrupção, por exemplo:

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GTGTGTGTGTGTGT; (b) repetições imperfeitas, quando são interrompidas por bases que

não correspondem ao motivo, por exemplo: GTGTGTGTaGTGTGTT; (c) repetições

compostas, quando duas ou mais repetições (classes) de microssatélites estão dispostas

adjacentes, por exemplo: GTGTGTGTGTGTCACACACACACA (BORÉM & CAIXETA,

2006).

Em geral, apesar das sequências microssatélites variarem de um indivíduo para o

outro, as sequências de DNA que as flanqueiam são bastante conservadas entre indivíduos da

mesma espécie. Conhecendo as regiões é possível desenhar primers específicos para essas

regiões adjacentes às sequências microssatélites, possibilitando a amplificação via PCR dos

fragmentos que contêm o DNA repetitivo em diferentes genótipos.

Os produtos da amplificação podem ser visualizados em gel de poliacrilamida

desnaturante ou não desnaturante, em gel de agarose de alta resolução ou por meio de primers

fluorescentes em sequenciador automático, e o polimorfismo entre as bandas será decorrente

dos tamanhos diferentes de elementos simples repetidos. Cada segmento de DNA representa

um alelo daquele loco específico (SOUZA, 2001; ALVES, 2002; BORÉM & CAIXETA,

2006). O alto poder discriminatório deste marcador é uma característica importante que

merece destaque, motivo pelo qual é amplamente utilizado em estudos de genética de

populações, análises de paternidade e forense (OLIVEIRA et al., 2006).

Segundo SLATKIN (1995) são marcadores ideais para estudos de genética e evolução

de populações naturais devido ao alto poder discriminatório, à robustez, confiabilidade,

praticidade operacional e por serem marcadores mais informativos geneticamente. Os

microssatélites apresentam características altamente desejáveis (SUGANUMA & CIAMPI,

2005):

São marcadores codominantes, ou seja, ambos os alelos de um indivíduo

heterozigoto podem ser visualizados no gel;

Estão ampla e uniformemente distribuídos pelo genoma dos eucariotos;

São altamente multialélicos; são amplificados via PCR, o que facilita sua obtenção

mesmo com poucas quantidades de DNA;

Uma vez desenvolvidos os pares de primers que amplificam tais regiões do

genoma, estes podem ser facilmente compartilhados entre laboratórios;

Pares de primers marcados com fluorescência apresentam a vantagem de

possibilitarem sistema multiplex, o que permite avaliar rapidamente um grande

número de indivíduos para um grande número de locos em pouco tempo.

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O emprego da tecnologia dos microssatélites envolve algumas limitações, como a

grande quantidade de trabalho necessário para o desenvolvimento de primers específicos para

os locos de microssatélites de cada espécie. Entretanto, ocorre conservação de sítios

microssatélites entre espécies relacionadas, possibilitando aproveitar primers, denominados

heterólogos, que foram desenvolvidos para uma espécie e empregá-los nas demais espécies do

gênero (FERREIRA & GRATTAPAGLIA, 1998).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Caracterização do Experimento

Foram avaliados 75 genótipos de Etlingera elatior, em cultivo na UPD de

Ubatuba/APTA desde abril de 2005, resultantes de cruzamentos ao acaso, entre os genótipos

da Coleção de Germoplasma de Zingiberales Ornamentais do IAC/APTA.

3.1.1 Localização do experimento

O ensaio foi realizado em área experimental da Unidade de Pesquisa e

Desenvolvimento de Ubatuba, pertencente ao Pólo Regional de Desenvolvimento

Tecnológico dos Agronegócios do Vale do Paraíba, em Ubatuba, São Paulo, situada a

23°24’59” de latitude sul e 45°06’50” de longitude oeste, à altitude de 8 metros. As análises

agromorfológicas foram realizadas na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Ubatuba e

as análises moleculares foram realizadas no laboratório pertencente ao Centro de Recursos

Genéticos Vegetais (IAC), em Campinas.

3.1.2 Delineamento experimental

A coleção de Etlingera elatior composta de 75 genótipos, mudas de aproximadamente

20 cm provindas de sementes, foi implantada no espaçamento 3 x 3 metros em abril de 2005 e

mantida em campo aberto, em local com condições de solo e clima homogêneos. O

delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com 75 tratamentos

(genótipos) e seis repetições (com hastes na mesma planta) na forma hierárquica (repetições

dentro de genótipos), avaliados em duas épocas (2009 e 2010).

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3.2 Caracterização dos Genótipos por meio de Descritores Agromorfológicos

A caracterização agromorfológica foi realizada utilizando-se caracteres de folha,

inflorescência e infrutescência para gerar descritores mínimos para o gênero em estudo. O

objetivo dessa caracterização foi: a) descrever cada genótipo com características estáveis que

permitam o seu reconhecimento; b) reunir, no mesmo grupo, fenótipos iguais ou com o

máximo de similaridade; c) representar a diversidade genética dos genótipos com mínima

redundância.

A escolha dos descritores foi feita com base na observação das características das

plantas e analisando as características importantes para avaliação de flores de corte.

Nesse procedimento foram avaliados, os seguintes caracteres:

Folha

CFO: Comprimento foliar, da base ao ápice do limbo foliar (cm)

LLF: Largura do limbo foliar, no meio da folha (cm)

CPF: Comprimento do pecíolo foliar (cm)

NFO: Número de folíolos

Inflorescência

CHF: Comprimento da haste floral (cm)

DHF: Diâmetro da haste floral (cm), medida a 10 cm da base

COH: Coloração da haste floral

DIN: Diâmetro da inflorescência aberta (cm), com as brácteas basais totalmente expandidas.

COB: Coloração das brácteas, face superior

FIN: Formato da inflorescência

PFB: Presença de folhas nas brácteas

PMI: Projeção do miolo na inflorescência

AIN: Altura da inflorescência (cm)

MFI: Massa fresca da inflorescência (g)

MFC: Massa fresca da inflorescência (g) padronizada com 80 cm de comprimento

Infrutescência

DLI: Diâmetro longitudinal da infrutescência (cm)

DTI: Diâmetro transversal da infrutescência (cm)

Para determinação do comprimento foliar foram selecionadas as folhas de maior

comprimento, pois esta determina o comprimento da planta.

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Para avaliação da coloração das brácteas foi utilizado o aparelho colorimétrico BC-10

(Konica Minolta) e o modo selecionado para leitura dos dados foi o Lab.

Os dados obtidos foram analisados as variáveis “L”, “a” e “b”. A variável “L” varia do branco

ao preto e mede a luminosidade. A variável “a” varia do verde para valores negativos a

vermelho para valores positivos e o valor “b” varia do azul para valores negativos ao amarelo

para valores positivos. Somente os dados da variável “a” foram selecionados devido ao

comprimento de ondas de cor ser o de interesse (Figura 1).

Figura 1 – Esquema representativo da variação de cor do modo Lab.

Para a característica projeção do miolo (ou parte central da inflorescência), foram

analisados os dados de altura e diâmetro da inflorescência, sendo classificado em pouco,

mediana ou muito projetado (elevada).

Para elencar os genótipos mais apropriados para o mercado de flor de corte, foram

utilizados os descritores comprimento e diâmetro da haste floral (CHF e DHF), altura e

diâmetro da inflorescência (AIN e DIN) e massa fresca comercial (MFC), que estão ligados à

massa e volume final do produto.

Branco (L)

Preto

Vermelho

(+ a)

Verde

(- a)

Amarelo

(+ b)

Azul (- b)

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As avaliações fenológicas foram semanais, sendo empregada uma escala de notas para

identificação dos diferentes estádios fenológicos da planta. O início das avaliações em cada

tratamento ocorreu com o início da brotação da haste floral (± 3 cm) e finalizou na formação

completa da infrutescência.

Os estádios fenológicos de desenvolvimento da Etlingera elatior foram:

a) Fase 0: correspondente à emergência do broto (± 3 cm);

b) Fase 1: indicada pelo intumescimento da inflorescência na haste floral;

c) Fase 2: foi determinada quando as brácteas estavam no início da abertura.

d) Fase 3: determinada quando as brácteas basais encontravam-se totalmente expandidas;

e) Fase 4: estabelecida quando a inflorescência estava totalmente expandida.

f) Fase 5: considerada quando se deu o início da senescência, determinada pelo inicio de

murchamento das brácteas basais;

g) Fase 6: estabelecida quando se observou o início da formação da infrutescência, e

h) Fase 7: formação completa da infrutescência.

A determinação da duração das fases fenológicas foi estabelecida pelas avaliações,

anotando-se as datas de ocorrência de cada evento. Para facilitar a identificação dos estádios

fenológicos foi realizado um registro fotográfico referente a cada fase fenológica (Figura 2).

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Figura 2 - Diferentes fases fenológicas de Etlingera elatior.

3.3 Caracterização Molecular

3.3.1. Extração e quantificação de DNA dos genótipos

Tanto para construção da biblioteca enriquecida com locos microssatélites, como para

a caracterização e estudo da estrutura genética de Etlingera elatior, o procedimento para

extração de DNA adotado foi o mesmo. Foram coletadas folhas jovens e sadias dos 75

genótipos da coleção de germoplasma de bastão do imperador. O DNA foi extraído a partir de

500 mg de tecido vegetal macerado utilizando o protocolo CTAB descrito por DOYLE &

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DOYLE (1990) com modificações: (1) Em eppendorffs de 1,5 mL identificados para cada

amostra foram adicionados 30 mg do tecido macerado; (2) foram adicionados 800 μL de

tampão de extração (pré-aquecido a 65 ºC), os tubos foram fechados e agitados para

ressuspender o tecido no tampão; (3) foram levados ao banho-maria (65 ºC) por 60 minutos,

agitando-os manualmente a cada 10 minutos; (5) após serem retirados do banho-maria e com

a mistura em temperatura ambiente foram adicionados 700 μL de clorofórmio-álcool

isoamílico (24:1) e os tubos foram agitados por 5 minutos invertendo-os no mínimo 20 vezes

até fazer uma emulsão homogênea; (6) os tubos foram centrifugados por 5 minutos a 12000

rpm; (7) o sobrenadante foi transferido para novos tubos também marcados; (8) foram

adicionados 70 % (v/v) do volume (≈ 500 μl) de isopropanol gelado, misturado suavemente

até formar um precipitado; (9) os tubos foram centrifugados durante 10 minutos a 12000 rpm;

(10) suavemente foi descartado o máximo de sobrenadante invertendo os tubos sem perder o

pellet formado; o precipitado secou a temperatura ambiente; (11) foram adicionados 500 μL

de etanol 70 % (v/v) para lavar o precipitado, deixando-o imerso por 5 a 10 minutos,

invertendo-o suavemente; (12) os tubos foram centrifugados durante 5 minutos a 12000 rpm;

(13) foi retirado o máximo do etanol sem perder o pellet; (14) foi adicionado 500 μL de etanol

95 % (v/v) para lavar o precipitado, invertendo-o suavemente; (15) os tubos foram

centrifugados durante 5 minutos a 12000 rpm; (16) foi retirado o máximo do etanol e o pellet

secou em temperatura ambiente; (17) cada precipitado foi dissolvido em 100 μL de tampão

TE (10 mM Tris-HCl, 1 mM de EDTA, pH 8,0) acrescido de 1 μL RNAse (10 mg/mL) e

deixado sobre bancada overnight. As amostras foram então armazenadas a –20 ºC.

Após eletroforese a quantificação das amostras foi estimada pela intensidade de

fluorescência emitida pelo brometo de etídeo sob UV em géis de agarose a 0,8 % (p/v). Essa

intensidade foi comparada à de padrões com pesos moleculares e concentrações específicos e

conhecidos (DNA do fago λ).

3.3.2 Desenvolvimento e caracterização de marcadores microssatélites

3.3.2.1 Construção de biblioteca genômica enriquecida com microssatélites

Para construção da biblioteca enriquecida com locos microssatélites foi utilizado o

protocolo descrito por BILLOTTE et al., (1999), com modificações (Figura 3), conforme os

passos a seguir:

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20

Restrição do DNA

Aproximadamente 6,0 μg de DNA genômico foram digeridos utilizando 5,0 μL

enzima RsaI (10 U/μL), adicionando-se na reação 10,0 μL de tampão de reação (50 mM Tris-

HCl, pH 7,8; 10 mM MgCl2; 10 mM DTT; 25 μg/ml BSA) e água milliQ autoclavada até

completar 100 μL. O material foi incubado a 37 °C por 18 horas.

Ligação dos adaptadores

Após digestão, adaptadores Rsa21 (5’ - CTC TTG CTT ACG CGT GGA CTA - 3’) e

Rsa25 (5’ - TAG TCC ACG CGT AAG CAA GAG CAC A – 3’) foram ligados aos

fragmentos digeridos utilizando 4U da enzima T4 ligase. A reação de ligação foi realizada em

volume final de 50 L contendo 10 mM de Tris-HCl pH 7,8, 2 mM MgCl2, 2 mM DTT, 5

g.mL

-1, 4 M de Rsa21 e 6 L de DNA digerido seguida de incubação a 20°C durante 2

horas.

Pré-Amplificação via PCR

A fim de se obter maior quantidade do DNA para posterior seleção, os fragmentos

digeridos e ligados aos adaptadores foram amplificados utilizando um primer complementar

ao adaptador Rsa21. Após a ligação os fragmentos foram amplificados utilizando 5 μL do

produto da ligação; 2,0 μL do primer Rsa21 (10 μM); 5,0 μL de tampão 10 X (50 mM KCl;

10 mM de Tris-HCl, pH 8,9); 2,0 μL de MgCl2 (50,0 mM); 4 μL de dNTP (2,5 mM), 1,0 μL

de Taq polimerase (5 U) e água milliQ autoclavada para completar 50,0 μL. Esta reação foi

submetida a uma etapa inicial de desnaturação a 95 °C por 4 minutos, seguida de 20 ciclos de

94 °C por 30 segundos, 60 °C por 1 minuto e 72 °C por 1 minuto. Um passo prolongado de

extensão de 72 °C por 8 minutos foi adicionado após o último ciclo. A purificação do produto

de amplificação foi realizada utilizando-se Quiaquick PCR Purification Kit (Qiagen) de

acordo com instruções do fabricante.

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21

Seleção dos fragmentos contendo microssatélites

O processo de enriquecimento e seleção dos fragmentos contendo sequências

microssatélites (SSR) foi realizado através da hibridização de oligonucleotídeos conjugados a

biotinas biotIIIII(CT)8 e biotIIIII(GT)8, complementares a sequências repetitivas GA e CA.

Os fragmentos enriquecidos com sequências repetitivas GA e CA foram recuperados

por estreptavidina ligada a microesferas magnéticas utilizando o kit Streptavidine-

Magnesphere Paramagnetic Particles (Promega). A fração enriquecida contendo os

fragmentos de DNA previamente ligados aos adaptadores foi incubada a 95 °C por 15

minutos para a desnaturação da dupla fita. Ao DNA desnaturado, foram adicionados 3 μL de

cada oligonucleotídeo marcado com as biotinas. Esta solução de hibridização foi incubada a

temperatura ambiente sob constante agitação e, após 20 minutos foi adicionada às esferas

magnetizadas previamente lavadas seguindo as recomendações do fabricante. Para realização

das lavagens, as esferas magnetizadas foram atraídas por um imã posicionado lateralmente ao

tubo em um suporte.

A suspensão contendo as esferas magnetizadas e o complexo DNA-sonda foi incubada

por 10 minutos à temperatura ambiente sob suave agitação.

Após a incubação, foram realizadas lavagens conforme descrito por BILLOTTE et al.

(1999) e os fragmentos selecionados foram recuperados através de lavagem com 250 μL de

água milliQ autoclavada.

Amplificação dos fragmentos selecionados via PCR

Os fragmentos enriquecidos foram amplificados via reação de PCR utilizando um primer

complementar ao adaptador Rsa21 em volume final de 100 L contendo 10 mM de Tris-HCl

pH 7,8, 1,5 mM MgCl2, 0,2 mM de dNTP, 0,4 M de Rsa21, 3 U de enzima Taq DNA

polimerase (Fermentas) e 20 L da suspensão de fragmentos selecionados com desnaturação

inicial de 95 °C por 4 minutos, 30 ciclos de 94 °C por 40 s, 60 °C por 1 minuto, 72 °C por 1

minuto, seguido de extensão final a 72 °C por 8 minutos.

O produto final foi visualizado em gel de agarose 1% em tampão TBE 0,5X corado

com SYBR Safe (Invitrogen).

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22

Clonagem em vetor pGEM-T e transformação em células competentes

Após a amplificação, o produto de PCR foi ligado ao vetor pGEM-T Easy Vector

System (Promega) e transformado em célula competente E. coli linhagem TOP 10. As

colônias contendo os insertos (colônias brancas) foram transferidas para meio líquido 2YT-

HMFM (1,6 % triptona, 1% extrato de levedura, 0,5 % NaCl, 0,0076 % MgSO4.7H2O, 0,045

% citrato de sódio, 0,09 % (NH4)SO4, 4,4 % glicerol, 0,18 % KH2PO4 e 0,7 % K2HPO4)

contendo 100 g.mL

-1 de ampicilina em placas tipo Elisa. Os clones foram incubados a 37 °C

por 18 h em meio glicerol 37 % e mantidos- 80 °C.

A reação de transformação foi realizada com 100 L de célula competente, 8 L de

vetor e 32 L de tampão de transformação, contendo 100 mM de KCl, 30 mM CaCl2 e 50

mM MgCl2, seguido de incubação em gelo por 5 minutos e choque térmico a 37 °C por 10

minutos. Em seguida, 1 mL de meio líquido LB (0,1 % triptona, 0,05 % extrato de levedura e

0,1 % de NaCl) foi adicionado a mistura, que permaneceu a 37 °C por 1 h. A suspensão foi

plaqueada em meio de cultura sólido LB contendo 10mg.mL

-1 de ampicilina, 60 L de IPTG

20 % e 90 L de X-Gal 2 % e incubada a 37 °C durante 18 horas para o crescimento de

colônias.

Manutenção dos clones

Para manutenção, clones positivos (colônias brancas) foram repicados para meio de

cultura líquido LB com a ajuda de palitos estéreis e incubados a 37 °C overnight em estufa

para o crescimento de colônias. Após esse período, as placas permaneceram a – 20 °C por 30

minutos sendo posteriormente acondicionadas a – 80 °C em glicerol 50 % (p/v).

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23

Figura 3 – Esquema representativo das etapas da construção da biblioteca enriquecida com

microssatélites segundo BILLOTTE et al. (1999), adaptado de NUCCI et al. (2007).

3.3.3 Seleção e sequenciamento dos clones positivos

Amplificação dos insertos clonados

Com o objetivo de identificar os clones contendo microssatélites e verificar a

eficiência do procedimento de enriquecimento e clonagem, foi realizada uma reação de

amplificação dos insertos diretamente das colônias obtidas na etapa anterior, utilizando o

primer Rsa21. Colônias individuais foram transferidas com um palito estéril para o tubo de

PCR contendo 30,5 μL de água milliQ estéril. Esta suspensão de células foi utilizada em uma

reação com volume final de 45,0 μL contendo as seguintes concentrações dos reagentes: 5,0

μL de tampão 10X (50 mM KCl; 10 mM de Tris-HCl, pH 8,9), 4,0 μL de MgCl2 (2,5 mM),

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24

4,0 μL de dNTP (2,5 mM), 2,5 μL de Rsa21 (10 mM), 1,0 μL de Taq DNA polimerase (5

U/μL). Esta reação foi submetida a um passo inicial de desnaturação a 95 ºC por 4 minutos,

seguido de 30 ciclos (94 ºC por 30segundos, 52 ºC por 45 segundos, 72 ºC por 1 minuto e 30

segundos) e um passo final de extensão a 72 ºC por 8 minutos. Para controle, 10 μL do

volume da reação foram utilizados na eletroforese em gel de agarose 1,5 % (p/v).

Inoculação e extração plasmidial

Para extração do DNA plasmidial, 192 colônias recombinantes foram repicadas para

meio líquido LB contendo ampicilina e mantidas a 37 °C sob agitação de 300 rpm durante 22

horas. O procedimento de extração empregado foi o de lise alcalina, que consiste na adição de

detergente SDS em meio fortemente alcalino.

O DNA plasmidial extraído foi precipitado com KOAc 3 M e etanol, seguido de

lavagens com etanol 70 % e ressuspenso em água ultra pura. A seguir, o perfil do DNA

plasmidial foi confirmado através de eletroforese em gel de agarose 1 % contendo corante

SYBR Safe (Invitrogen) e visualizado sob luz ultravioleta.

Seleção dos insertos e sequenciamento

As 192 reações de sequenciamento foram realizadas em placa em volume final de 10

L contendo 2 l de tampão Save Money (5 mM MgCl2, 200 mM Tris-HCl pH 9), 5 M de

primer universal SP6, 150 ng de DNA plamidial e 0,4 L de BigDye Terminutosator v.3.1

(Applied Biosystems), com desnaturação inicial a 96 °C por 2 minutos, 26 ciclos a 96 °C por

45 s, 50 °C por 30 s, 60 °C por 4 minutos. A seguir, os ddNTPs não incorporados foram

eliminados através de precipitação com 200 L de Etanol 80 % por 20 minutos seguido de

centrifugação a 4000 rpm por 45 minutos. Após seco ao abrigo da luz, o DNA de todos os

clones foi ressuspenso em 4 L de Formamida deionizada e desnaturado a 95 °C por 5

minutos. A seguir foram submetidos a eletroforese capilar em sequenciador automático 3100

DNA Analyser (Applied Biosystems no Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética

(CBMEG-UNICAMP)).

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25

Análises das sequências e desenho dos primers microssatélites

Cada sequência obtida é chamada de read. Inicialmente, 192 reads foram analisados

quanto ao tamanho da sequência. O resultado foi bastante satisfatório, uma vez que o

sequenciamento exibiu sequências longas, com até 600 pb íntegros. A seguir, de cada read

foram removidas as sequências relativas ao adaptador e ao vetor, restando apenas à região do

inserto. Esse procedimento é chamado de trimmer e foi executado por meio do programa

VecScreen (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/VecScreen/VecScreen.html).

Em seguida, cada sequência teve sua região microssatélite identificada no programa

Gramene (http://www.gramene.org/db/searches/ssrtool). Nesta etapa, foi realizada a busca de

regiões microssatélites com no mínimo cinco repetições. Com isso, apenas arquivos do tipo

“FASTA” contendo sequências de interesse e com boa qualidade foram obtidos. Estas

sequências foram então alinhadas pelo software CodonCode para identificação de contigs e

singlets, evitando-se desta forma o desenho de pares de primers redundantes.

Foram adotados parâmetros para identificação das regiões de interesse, tais como:

microssatélites mononucleotídeos deveriam ter no mínimo dez repetições, dinucleotídeos

deveriam ter no mínimo cinco repetições do motivo, microssatélites constituídos por

trinucleotídeos deveriam ter no mínimo quatro repetições do motivo, microssatélites

constituídos por tetranucleotídeos deveriam ter no mínimo três repetições do motivo e

pentanucleotídoes deveriam ter no mínimo duas repetições do motivo. Em virtude destes

parâmetros, algumas sequências foram excluídas da análise, restando apenas sequências que

continham microssatélites com características desejáveis. A partir daí, os pares de primers

complementares às sequências que flanqueiam as ilhas de repetição microssatélites, foram

desenhados utilizando o programa Primer3 (http://frodo.wi.mit.edu/primer3/) foram

desenhados pares de primers SSR de todas as sequências não redundantes obtidas na espécie

Etlingera elatior.

Para a obtenção dos locos SSR foram levados em consideração alguns parâmetros,

como: (i) tamanho dos primers variando de 18 a 22 pb, (ii) temperatura de anelamento entre

56 a 60 °C, com diferença máxima de 3 °C, (iii) conteúdo CG acima de 50 %, (iv)

concentração de cátions monovalentes de 50 nM. Já a probabilidade de formação de estruturas

secundárias como hairpins e loops foi verificada através do programa GeneRunner versão

3.05 (Hastings Software Inc.).

As sequências de todos os locos SSR foram submetidas ao GenBank para aquisição de

um localizador de sequência.

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26

3.3.4 Análise do Polimorfismo dos Marcadores Microssatélites (PIC – “Polymorphism

Information Content”)

Os marcadores microssatélites foram analisados pelo número de alelos por loco, pela

frequência alélica por loco e pelo conteúdo de polimorfismo (PIC) dado pela expressão:

Σƒi2 Σ Σ 2ƒi

2ƒj

2

onde fi é a frequência do i-enésimo alelo para uma dada marca, somando ao longo dos n

alelos (LYNCH & WALSH 1998). O PIC fornece uma estimativa do poder discriminatório do

loco, considerando o número de alelos que são expressos e também as frequências relativas

destes alelos.

3.3.5 Condições de amplificação dos locos microssatélites

Na região 5’ dos 14 primers forward (F) dos locos SSR adotados para o estudo foi

adicionada uma sequência de nucleotídeos do plasmídeo pUC/M13 (5'-

CACGACGTTGTAAAACGAC-3') DAVID et al. (1993). As sequências foram marcadas

com fluorescência infrared dye (IRDye), comprimentos de onda 700 nm e 800 nm, para

utilização em equipamento da Li-cor (Corporate).

As reações de amplificação foram realizadas em volume final de 20 L contendo 30

ng de DNA total, tampão de reação com 10 mM de Tris-HCl e 50 mM de KCl, 2 mM de

MgCl2, 0,25 M de cada dNTP, BSA 0,5 g.L

-1, 0,16 M de primer forward (F) e 0,2 M

de primer reverse (R), 0,3 M de primer M13 IR700 ou IR800 e 1 U de enzima Taq DNA

polimerase. O ciclo total de amplificação foi realizado em termociclador programado para

iniciar a 94 °C por 5 minutos, 10 repetições a 94 °C por 1 minuto, 58 °C por 1 minuto (com

decréscimo de 1 °C por ciclo), 72 °C por 1 minuto acrescido de 30 repetições a 94 °C por 40

s, 48 °C por 40 s, 72 °C por 1 minuto, com extensão final de 72 °C por 10 minutos.

n

i=1 j=i+1

n n-1

i=1

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O perfil de amplificação qualitativo dos 19 locos SSR foi conduzido em gel de

poliacrilamida 10 % desnaturante (SANGUINETTI et al., 1994) submetido à eletroforese

vertical sob corrente de 18 mA.cm

-1 durante 4 horas em tampão TBE 1X. Em seguida, o gel

contendo os genótipos foi corado com SYBR Safe (Invitrogen) e os fragmentos visualizados

sob luz ultravioleta.

3.4 Análises Estatísticas

3.4.1 Testes para comparação de médias

Foi utilizado o método do teste de médias de Scott & Knott a 5 % de probabilidade

(SCOTT & KNOTT, 1974), para os diversos descritores morfológicos avaliados.

3.4.2 Análises univariada e multivariada

As médias dos descritores agromorfológicos foram calculadas a partir dos dados

agrupados obtidos em duas épocas 2009 e 2010. Estes dados foram submetidos a analise de

variância, de acordo com o modelo estatístico Yijk = m + Gi + Aj + GAij + Eijk, (Yijk: valor

fenotípico do descritor Y medido no material genético i, no ambiente j; m: média geral dos

dados em estudo; Gi: efeito do i-enésimo genótipo; Aj: efeito do j-enésimo ambiente

experimental; GAij: efeito da interação do i-enésimo genótipo com o j-enésimo ambiente;

Eijk: erro médio associado à observação Yijk).

Os dados agromorfológicos foram analisados por meio de análise de componentes

principais. Esta análise permite diferenciar e agrupar o material do estudo a partir de

identidades reveladas pelo conjunto de dados agromorfológicos obtidos. Além disso,

estabelece correlações entre os mesmos e identifica quais as características mais importantes

para diferenciação dos genótipos permitindo, assim, identificar quais os descritores mínimos a

serem considerados para a espécie em questão. Estas análises foram realizadas por meio do

programa computacional Statistica (STATSOFT, 1999) e GENES (CRUZ, 2001). A

similaridade entre os genótipos foi calculada a partir da distância Euclidiana. Para a análise de

agrupamento foi adotado o método UPGMA, ambas realizadas por meio do programa

NTSYSpc (ROHLF, 1989) e GENES (CRUZ, 2001).

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28

A diversidade genética e o teste F foram estimadas sob modelo aleatório de acordo

com WEIR (1996), em que as populações amostradas são consideradas como representativas

da espécie e com uma história evolutiva comum, a heterozigosidade observada (Ho) e

esperada (He), foram estimadas utilizando o programa GDA (LEWIS & ZAYKIN, 2000).

A estruturação da variabilidade foi visualizada através de dendrogramas construídos a

partir da similaridade genética entre os genótipos (DICE, 1945) e pelo critério de

agrupamento UPGMA, utilizando-se o programa NTSYS (ROHLF, 1989).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Condições Climáticas nas Épocas de Avaliação do Experimento (2009 e 2010)

Nos dois anos de avaliação, a temperatura média mostrou-se favorável ao

desenvolvimento da cultura. Mesmo nos meses mais frios (junho, julho e agosto), as

temperaturas médias foram de 18 a 19,3 °C (Figura 4). Portanto, durante a condução do

experimento, as temperaturas ficaram dentro da faixa de temperatura diurna (25 a 30 °C) e

noturna (20 a 23 °C) ideais para o cultivo de bastão do imperador, segundo LAMAS (2002),

ficando acima da temperatura de 16 °C, considerada prejudicial ao desenvolvimento da

cultura (BRICKELL, 1996).

O período de chuva mostrou irregularidade nos dois anos de avaliação, sendo que em

2009 a pluviosidade acumulada foi maior (3208 mm) do que no ano de 2010 (2480 mm).

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Pluviosidade (mm) Temperatura Média (°C)

Figura 4 - Temperatura média (°C) e pluviosidade (mm) no período de janeiro de 2009 a

dezembro de 2010. Coleção de Germoplasma de Zingiberales Ornamentais do IAC/APTA,

Ubatuba/SP.

Plu

vio

sidad

e (m

m)

Tem

per

atura

(°C

)

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30

4.2 Fenologia de Etlingera elatior

4.2.1 Duração dos períodos entre as fases fenológicas

Os períodos entre as fases fenológicas de Etlingera elatior (Tabela 1) permitiram

estimar o ciclo dos genótipos.

O período das fases 0 a 1 foi o mais difícil de determinar, devido a grande diversidade

no tamanho das hastes florais encontradas na coleção. Em média esse período durou 16,7 dias.

O comprimento das hastes florais teve forte influência neste período, uma vez que, os

genótipos com hastes florais maiores tiveram períodos maiores para atingir a fase de

intumescimento das hastes, e plantas com hastes menores atingiram a fase em menor tempo.

O período das fases 1 a 2 durou em média 7,3 dias.

O período das fases 2 a 3 considerado mais importante, pois neste período é

determinado o ponto de colheita das inflorescências, que durou 8,5 dias. Os genótipos 59, 62,

65, 68 e 71 apresentaram os menores valores para esta fase sendo inferior a 28 dias após o

início da brotação da haste floral. Os genótipos 5, 15, 21, 30, 32 e 37 apresentaram os maiores

valores para esta fase, sendo superiores a 46 dias.

O período das fases 3 a 4 durou em média 4,3 dias.

A duração entre as fases 4 a 5 levou em média 10,6 dias.

O período das fases 5 a 6 durou em média 8,4 dias.

O período que demandou mais tempo foi entre as fases 6 a 7 que durou 61,2 dias.

Observou-se na coleção de germoplasma de Etlingera elatior grande diferença entre os

genótipos quanto ao ciclo total da planta, existindo genótipos com ciclos longos (maior que

100 dias) e curtos (menores que 100 dias).

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31

Tabela 1 - Duração dos períodos das fases fenológicas, em dias, para E. elatior, Ubatuba, SP,

2012.

0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 7 0 - 1 1 - 2 2 - 3 3 - 4 4 - 5 5 - 6 6 - 7

1 11 8 9 3 12 10 70 123 40 23 7 8 3 13 10 62 126

2 13 6 8 2 11 9 68 117 41 22 5 9 4 10 8 58 116

3 25 7 9 4 13 8 65 131 42 14 6 9 3 8 6 71 117

4 22 8 7 5 11 11 56 120 43 20 6 7 5 12 10 64 124

5 21 9 10 6 10 7 52 115 44 21 6 8 6 10 13 62 126

6 20 4 9 3 14 7 49 106 45 19 7 8 6 11 9 59 119

7 19 7 8 4 11 8 58 115 46 17 6 9 5 12 8 61 118

8 13 5 9 5 12 8 61 113 47 23 5 7 4 13 6 60 118

9 19 6 9 8 10 10 62 124 48 13 8 8 3 10 10 58 110

10 21 8 7 2 13 8 70 129 49 13 5 7 5 9 9 64 112

11 13 3 7 6 10 9 64 112 50 23 4 8 4 8 10 61 118

12 13 9 12 4 13 7 68 126 51 20 5 7 3 10 11 58 114

13 12 9 10 7 12 10 67 127 52 19 9 8 4 9 9 60 118

14 13 10 9 5 11 11 65 124 53 13 7 9 4 12 8 55 108

15 22 9 10 6 10 8 63 128 54 23 7 6 3 9 10 52 110

16 19 5 6 5 11 6 66 118 55 12 6 9 4 10 6 50 97

17 18 8 10 3 13 9 59 120 56 13 5 7 5 8 7 68 113

18 13 9 11 4 10 7 71 125 57 16 4 8 3 14 10 60 115

19 13 11 10 5 9 7 73 128 58 21 6 7 4 9 10 58 115

20 13 10 8 6 10 10 54 111 59 11 5 9 3 13 9 60 110

21 22 11 12 8 9 7 58 127 60 18 8 7 5 10 8 55 111

22 13 10 9 5 11 10 63 121 61 13 7 9 3 8 9 53 102

23 15 9 7 3 10 9 64 117 62 12 5 6 5 11 7 58 104

24 15 8 10 5 13 10 69 130 63 18 9 7 4 10 10 57 115

25 14 7 8 4 9 8 68 118 64 21 8 9 3 8 7 51 107

26 12 6 10 6 8 5 62 109 65 13 4 8 3 10 6 60 104

27 14 6 8 7 11 7 56 109 66 19 6 7 3 11 8 61 115

28 13 7 11 5 10 8 58 112 67 19 8 9 5 13 6 59 119

29 14 9 8 3 9 10 57 110 68 12 5 7 4 12 7 62 109

30 23 10 12 4 10 7 61 127 69 15 7 6 3 10 8 65 114

31 20 11 10 3 9 8 70 131 70 12 6 7 4 11 6 53 99

32 22 12 8 6 8 9 69 134 71 13 4 6 5 12 7 61 108

33 12 8 9 5 11 9 55 109 72 13 9 8 4 13 8 63 118

34 11 9 8 4 8 8 58 106 73 20 8 9 3 11 9 59 119

35 13 6 10 4 9 10 59 111 74 20 5 7 4 10 9 60 115

36 21 11 10 3 10 8 61 124 75 19 6 7 3 11 7 61 114

37 21 13 11 5 12 11 67 140 Média 16,7 7,3 8,5 4,3 10,6 8,4 61,2 117,1

38 19 10 12 4 10 10 68 133

39 14 9 10 3 11 8 66 121

Total

17,51,6 5,4

GenótiposPeríodos Fenológicos

Total GenótiposPeríodos Fenológicos

Desvio Pad 4,0 2,1 1,5 1,3 1,6

Fase 0 a 1: broto (± 3 cm) a intumescimento; 1 a 2: intumescimento ao início da abertura das brácteas;

2 a 3: início da abertura das brácteas a abertura completa das brácteas basais; 3 a 4: abertura completa

das brácteas basais a abertura completa da inflorescência; 4 a 5: abertura completa da inflorescência ao início da senescência; 5 a 6: início da senescência ao início da formação da infrutescência; 6 a 7: início

da formação da infrutescência a infrutescência completamente formada.

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32

4.3 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos

Genótipos

Foram observadas diferenças entre as médias dos 75 genótipos de bastão do imperador

em todos os caracteres avaliados (Tabela 2).

Tabela 2 - Análise de variância dos descritores avaliados em Etlingera elatior.

CFO LLF CPF NFO CHF DHF AIN DIN MFI MFC DLI DTI

Trat 74 26769,00* 1639,97* 4535,24* 94,12* 5547,15* 0,40* 15,96* 41,91* 85241,48* 45982,17* 39,71* 16,76*

Amb 1 9,00 1227,33* 26,35 0,25 23,68 0,10* 3,79* 7,15 8155,29 8486,65 0,19 0,02

Trat x Amb 74 584,80 150,16* 291,19* 9,54 325,49* 0,08* 3,88* 7,02* 9335,45* 6112,51* 1,53* 1,80*

Resíduo 750 514,72 94,06 213,50 9,92 154,02 0,02 0,82 2,27 3096,25 1976,19 0,96 0,58

Total 899

Médias 500,22 125,79 119,39 26,42 128,68 1,46 13,60 16,96 369,05 276,18 10,61 8,90

CV (%) 4,54 7,71 12,24 11,92 9,64 10,63 6,65 8,88 15,08 16,10 9,25 8,55

Quadrados MédiosFV GL

CFO: Comprimento foliar (cm); LLF: Largura foliar (cm); CPF: Comprimento do pecíolo foliar (cm); NFO:

Número de folíolos; CHF: Comprimento da haste floral (cm); DHF: Diâmetro da haste floral (cm); AIN: Altura

da inflorescência (cm); DIN: Diâmetro da inflorescência (cm); MFI: Massa fresca da inflorescência (g); MFC:

Massa fresca comercial (80 cm) (g); DLI: Diâmetro longitudinal da infrutescência (cm); DTI: Diâmetro

transversal da infrutescência (cm); CV %: Coeficiente de variação. * Significativo a 5 % de probabilidade pelo teste de Scott & Knott.

As correlações entre os descritores vegetativo e reprodutivo foram baixas, destacando

apenas os descritores comprimento da haste floral (CHF) e massa total da inflorescência

(MFT); diâmetro da haste floral (DHF) se correlacionou tanto para diâmetro da inflorescência

(DIN), como para massa fresca da inflorescência (MFI); altura da inflorescência (AIN) teve

correlação com as características diâmetro da inflorescência (DIN) e massa fresca da

inflorescência (MFI), as correlações foram mantidas tanto para primeira época, como para a

segunda época de avaliação (Tabela 3).

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33

Tabela 3 - Correlações entre os descritores avaliados para Etlingera elatior para as duas

épocas de avaliação (2009 e 2010).

Descritores CFO LLF CPF NFO CHF DHF AIN DIN MFI DLI

2009 0,3605322

2010 0,2890881

2009 0,3426365 0,2676943

2010 0,3644287 0,2893006

2009 0,3425448 0,0802181 0,0975064

2010 0,4132109 0,1277459 0,1234234

2009 0,2574024 0,1209202 0,0796248 0,0766515

2010 0,2622036 0,1093762 0,1012651 -0,0218867

2009 0,1684744 -0,0708033 -0,0888247 0,0724853 0,2541585

2010 0,2286970 -0,0241612 -0,0830015 0,1150516 0,3467839

2009 0,2003531 0,0751275 0,0655845 -0,0154477 0,2904433 0,4413611

2010 0,1693114 0,1075824 0,0432416 0,0181589 0,3300444 0,4443361

2009 0,1450488 0,0263106 0,0227567 -0,0317425 0,2808769 0,4806086 0,7710699

2010 0,1860584 0,0902414 0,0067797 0,0263924 0,3951912 0,5095738 0,7848522

2009 0,2195389 0,1013807 -0,0095253 -0,0293529 0,6904813 0,4443647 0,5172956 0,5773223

2010 0,2516937 0,1720148 0,0721629 -0,0053415 0,6950780 0,5497735 0,5119074 0,6208794

2009 0,2497156 0,0900507 0,0048951 0,2021593 0,0486865 0,1684936 0,1122317 0,1062396 0,2035652

2010 0,2533945 0,1378533 0,0732587 0,2078775 0,1398673 0,3547551 0,1286116 0,1581592 0,2409759

2009 0,1966314 0,0840638 0,0403316 0,1960509 -0,0126748 0,1422373 0,0514126 0,0486269 0,1233932 0,8828610

2010 0,2848106 0,0999437 0,0873115 0,2326472 0,1378973 0,3830846 0,1280577 0,1992374 0,2629970 0,8473697

DIN

MFI

DLI

DTI

LLF

CPF

NFO

CHF

DHF

AIN

CFO: Comprimento foliar (cm); LLF: Largura foliar (cm); CPF: Comprimento do pecíolo foliar (cm); NFO:

Número de folíolos; CHF: Comprimento da haste floral (cm); DHF: Diâmetro da haste floral (cm); AIN: Altura da inflorescência (cm); DIN: Diâmetro da inflorescência (cm); MFI: Massa fresca da inflorescência (g); DLI:

Diâmetro longitudinal da infrutescência (cm); DTI: Diâmetro transversal da infrutescência (cm).

Observou-se que os genótipos com menor comprimento de haste floral tendem a ter

menor massa fresca de inflorescência, assim como inflorescências com menor diâmetro da

haste floral apresentaram menor diâmetro e massa fresca da inflorescência. Genótipos com

menor altura de inflorescência tendem a apresentar menor diâmetro e massa fresca da

inflorescência, bem como genótipos com menor diâmetro da inflorescência apresentaram

menor massa fresca da inflorescência. Observou-se também que as características de diâmetro

longitudinal e transversal estão muito correlacionadas; quanto maior o diâmetro longitudinal

da infrutescência, maior será o diâmetro transversal da infrutescência (Anexo 1).

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34

4.3.1 Dados foliares

4.3.1.1 Comprimento foliar (CFO)

Os valores de comprimento das folhas tiveram uma variação entre os genótipos, que foram

agrupados em oito classes de médias (Tabela 4), destacando que a determinação da altura de

plantas de bastão do imperador pode ser dada pelo comprimento da maior folha.

A primeira classe foi formada apenas pelo acesso 66, que teve a maior média do

comprimento de folhas (6,41 m). A segunda classe foi formada pelos genótipos 36, 22, 35 39,

26, 49, 25, 50, 37, 38 e 74, que não diferiram com a média para comprimento de folhas nos

valores de 5,94 a 5,60 m. A terceira classe de médias para o comprimento de folhas (5,56 a

5,19 m) foi formada por apenas dois genótipos: 44 e 30. A quarta classe de médias de

comprimento de folha (5,37 a 5,19 m) compreendeu os genótipos 24, 34, 31, 10, 16, 32, 43 e

52. Na quinta classe de média para comprimento de folhas (5,17 a 4,97 m) os genótipos

incluídos foram 4, 17, 33, 64, 55, 14, 9, 42, 18, 12, 28, 11, 48, 13, 15. A sexta classe de média

diferenciada estatisticamente foi a de 4,91 a 4,74 m e os genótipos participantes foram 29, 47,

6, 60, 72, 19, 65, 40, 69, 46, 27, 5, 56, 23, 8, 21. A sétima classe de médias distinta foi a de

4,71 a 4,44 m e os genótipos que não diferiram foram: 45, 54, 62, 75, 7, 71, 63, 53, 20, 61, 2,

41, 67, 58, 51, 3, 57. A oitava e última classe de médias para comprimento de folha (4,30 a

4,08 m) foi a que apresentou a menor média de comprimento de folha, por conseguinte as

planta mais baixas, os genótipos englobados nessa classe foram: 1, 70, 59, 73, 68.

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35

Tabela 4 – Classes de médias do comprimento foliar de E. elatior.

Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso

66 6,41 a 34 5,32 d 18 5,03 e 69 4,81 f 53 4,64 g

36 5,94 b 31 5,31 d 12 5,02 e 46 4,80 f 20 4,62 g

22 5,85 b 10 5,31 d 28 5,01 e 27 4,79 f 61 4,60 g

35 5,82 b 16 5,30 d 11 5,00 e 5 4,79 f 2 4,50 g

39 5,80 b 32 5,29 d 48 4,99 e 56 4,78 f 41 4,59 g

26 5,75 b 43 5,25 d 13 4,98 e 23 4,78 f 67 4,49 g

49 5,74 b 52 5,19 d 15 4,97 e 8 4,78 f 58 4,47 g

25 5,72 b 4 5,16 e 29 4,91 f 21 4,74 f 51 4,46 g

50 5,71 b 17 5,15 e 47 4,90 f 45 4,71 g 3 4,45 g

37 5,66 b 33 5,13 e 6 4,89 f 54 4,71 g 57 4,44 g

38 5,65 b 64 5,12 e 60 4,86 f 62 4,69 g 1 4,30 h

74 5,60 b 55 5,11 e 72 4,84 f 75 4,66 g 70 4,28 h

44 6,56 c 14 5,07 e 19 4,84 f 7 4,65 g 59 4,15 h

30 6,54 c 9 5,05 e 65 4,81 f 71 4,65 g 73 4,13 h

24 5,37 d 42 5,04 e 40 4,81 f 63 4,64 g 68 4,08 h

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV

%= 4,54.

A partir do comprimento foliar foi possível classificar as plantas em: baixa média, alta

e muito alta (Tabela 5). A caracterização dos genótipos através deste descritor mostrou uma

grande variabilidade entre os genótipos.

Tabela 5 - Comprimento e classificação foliar para E. elatior.

Comprimento

Foliar (cm)Classificação Acessos

6,41 Muito alta 66

5,94 – 4,97 Alta4, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 22, 24, 25, 26, 28, 30, 31,

32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 42, 43, 44, 48, 49, 50, 52, 55, 64, 74

4,91 – 4,44 Média2, 3, 5, 6, 7, 8, 19, 20, 21, 23, 27, 29, 40, 41, 45, 46, 47, 51, 53, 54,

56, 57, 58, 60, 61, 62, 63, 65, 67, 69, 71, 72, 75

4,30 – 4,08 Baixa 1, 59, 68, 70, 73

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4.3.1.2 Largura foliar (LLF)

Foram formados cinco grupos para o descritor largura de folhas (Tabela 6).

A primeira classe de média, compreendida pelo intervalo entre 156,17 a 149,42 cm,

incluiu os seguintes genótipos: 23, 38, 25, 66 e 17. A segunda classe de médias foi a de

142,67 a 129,67 cm e compreendeu 22 genótipos: 27, 26,46, 35, 34, 44, 74, 19, 4, 56, 41, 33,

28, 29, 63, 2, 24, 21, 31, 51, 45 e 54. A terceira classe de médias (127,29 a 118,33 cm)

agrupou o maior número de genótipos (30): 64, 22, 10, 50, 43, 37, 65, 62, 39, 75, 55, 67, 69,

36, 47, 59, 30, 14, 68, 53, 48, 57, 42, 72, 12, 32, 9, 5, 3 e 13. A quarta classe de médias que

entre 116,08 a 110,25 cm incluiu os genótipos: 73, 20, 11, 8, 58, 18, 60, 1, 6, 52, 16, 70, 49,

71, 7 e 15. A quinta e última classe de médias foi de 105,33 a 96,25 cm com os genótipos 61 e

40.

Tabela 6 - Classes de médias da largura foliar de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

23 156,17 a 41 136,17 b 50 126,00 c 68 120,17 c 8 115,83 d

38 153,92 a 33 135,92 b 43 125,92 c 53 120,00 c 58 115,50 d

25 150,33 a 28 135,67 b 37 125,92 c 48 120,00 c 18 115,00 d

66 149,50 a 29 134,75 b 65 125,58 c 57 119,83 c 60 114,92 d

17 149,42 a 63 133,58 b 62 125,58 c 42 119,42 c 1 114,92 d

27 142,67 b 2 133,58 b 39 125,00 c 72 119,33 c 6 114,67 d

26 141,92 b 24 133,17 b 75 124,08 c 12 119,33 c 52 113,92 d

46 138,75 b 21 132,33 b 55 123,17 c 32 118,75 c 16 113,50 d

35 138,67 b 31 132,17 b 67 122,67 c 9 118,75 c 70 112,58 d

34 138,58 b 51 131,00 b 69 121,83 c 5 118,67 c 49 112,08 d

44 138,33 b 45 130,00 b 36 121,75 c 3 118,42 c 71 111,17 d

74 137,25 b 54 129,67 b 47 121,67 c 13 118,33 c 7 110,67 d

19 137,08 b 64 127,92 c 59 121,58 c 73 116,08 d 15 110,25 d

4 137,08 b 22 127,58 c 30 121,50 c 20 115,92 d 61 105,33 e

56 136,67 b 10 126,83 c 14 120,25 c 11 115,83 d 40 96,25 e

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV % 7,71.

Com os valores para largura foliar foi proposto uma classificação para os genótipos

para esse descritor sendo ela larga, média e estreita (Tabela 7).

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Tabela 7 - Largura e classificação foliar para E. elatior.

Largura Foliar (cm) Classificação Genótipos

156,17 – 129,67 Larga2, 4, 17, 19, 21, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 31, 33, 34, 35, 38,

41, 44, 45, 46, 51, 54, 56, 63, 66, 74

127,29 – 110,25 Média

1, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 22,

30, 32, 36, 37, 39, 42, 43, 47, 48, 49, 50, 52, 53, 55, 57,

58, 59, 60, 62, 64, 65, 67, 68, 70, 71, 72, 73, 75

105,33 – 96,25 Estreita 61, 40

4.3.1.3 Comprimento do pecíolo foliar (CPF)

A partir dos dados de comprimento do pecíolo foliar observaram-se quatro classes de

média (Tabela 8). A primeira classe com as médias de 159,00 a 144,00 cm agrupou 10

genótipos: 26, 30, 27, 1, 14, 29, 22, 33, 38, 28. A segunda classe de médias entre 140,83 a

127,33 cm e contou com 21 genótipos sendo eles 35, 39, 8, 49, 54, 13, 67, 32, 37, 45, 44, 24,

48, 23, 53, 42, 17, 19, 46, 25, 52. A terceira classe de médias os valores ficaram entre 121,92

a 105,25 cm e teve como integrante dessa classe os genótipos: 12, 41, 16, 11, 31, 34, 40, 74,

36, 55, 4, 5, 71, 65, 60, 50, 63, 51, 10, 2, 66, 73, 47, 75, 18. A quarta classe de médias ficou

entre 102,33 a 79,33 cm com os seguintes genótipos agrupados: 43,69, 70, 15, 64, 56, 57, 9,

68, 20, 3, 21, 72, 6, 62, 7, 58, 59, 61.

Tabela 8 - Classes de médias do comprimento do pecíolo foliar de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

26 159,00 a 13 136,00 b 52 127,33 b 60 114,08 c 64 98,75 d

30 155,58 a 67 135,08 b 12 121,92 c 50 113,58 c 56 98,17 d

27 151,83 a 32 134,92 b 41 121,67 c 63 112,50 c 57 97,92 d

1 151,75 a 37 134,58 b 16 120,58 c 51 112,17 c 9 97,58 d

14 149,92 a 45 134,42 b 11 118,83 c 10 112,00 c 68 96,92 d

29 148,75 a 44 134,42 b 31 116,92 c 2 111,42 c 20 96,42 d

22 148,42 a 24 134,25 b 34 116,75 c 66 111,00 c 3 96,17 d

33 148,17 a 48 133,08 b 40 116,25 c 73 109,42 c 21 95,25 d

38 147,00 a 23 132,50 b 74 116,00 c 47 107,58 c 72 93,92 d

28 144,00 a 53 132,17 b 36 115,83 c 75 107,50 c 6 92,08 d

35 140,83 b 42 129,92 b 55 115,00 c 18 105,25 c 62 90,67 d

39 138,58 b 17 128,25 b 4 114,83 c 43 102,33 d 7 90,08 d

8 138,25 b 19 128,17 b 5 114,67 c 69 101,17 d 58 84,33 d

49 137,08 b 46 128,08 b 71 114,42 c 70 100,58 d 59 82,17 d

54 136,00 b 25 127,42 b 65 114,33 c 15 99,92 d 61 79,33 d

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

12,24.

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38

Os valores para o comprimento do pecíolo foliar e uma possível classificação entre

curto, médio, longo e muito longo, com os valores obtidos (Tabela 9).

Tabela 9 - Comprimento e classificação do pecíolo foliar para E. elatior.

Comprimento do

Pecíolo Foliar (cm)Classificação Genótipos

159,00 – 144,00 Muito longo 1, 14, 22, 26, 27, 28, 29, 30, 33, 38

140,83 – 127,33 Longo5, 8, 10, 11, 14, 16, 24, 25, 27, 29, 30, 33, 35, 37, 39, 41, 42, 44, 45,

49, 52, 54, 55,

121,92 – 105,25 Médio2, 4, 5, 10, 11, 12, 16, 18, 31, 34, 36, 40, 41, 47, 50, 51, 55, 60, 63,

65, 66, 71, 73, 74, 75

102,33 – 79,33 Curto 3, 6, 7, 9, 15, 20, 21, 43, 56, 57, 58, 59, 61, 62, 64, 68, 70, 72

4.3.1.4 Número de folíolos (NFO)

Para o número de folíolos analisados na coleção de bastão do imperador foram

encontrados quatro classes de médias distintas estatisticamente (Tabela 10). A primeira classe

de média (33,42 a 29,50) é representada por folhas com o maior número de folíolos, tiveram

10 genótipos agrupados: 66, 36, 50, 15, 12, 31, 22, 56, 53, 67. A segunda classe de média para

o comprimento dos folíolos ficou entre 29,08 a 26,17 agrupou 33 genótipos: 74, 14, 64, 60,

16, 49, 69, 57, 11, 37, 55, 25, 58, 52, 35, 59, 54, 44, 41, 24, 27, 63, 45, 62, 30, 29, 8, 39, 33,

72, 42, 5, 10. O terceiro agrupamento em classe de média foi aquele que ficou entre 25,92 a

23,33 com 22 genótipos integrantes sendo eles: 38, 61, 9, 18, 65, 71, 32, 51, 34, 28, 70, 46,

43, 26, 21, 13, 6, 1,17, 48, 4, 2. O quarto e último agrupamento com classe de médias entre

23,17 a 19,08 teve 10 genótipos integrado identificados pelos números: 73, 20, 68, 40, 23, 47,

3, 19, 7, 75.

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39

Tabela 10 - Classes de médias do número de folíolos de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

66 33,42 a 49 28,50 b 27 27,50 b 9 25,58 c 1 24,42 c

36 33,33 a 69 28,42 b 63 27,42 b 18 25,50 c 17 23,92 c

50 30,33 a 57 28,42 b 45 27,17 b 65 25,33 c 48 23,75 c

15 30,33 a 11 28,42 b 62 27,08 b 71 25,25 c 4 23,50 c

12 30,17 a 37 28,33 b 30 27,08 b 32 25,25 c 2 23,33 c

31 30,08 a 55 28,17 b 29 27,08 b 51 25,00 c 73 23,17 d

22 29,83 a 25 28,17 b 8 27,08 b 34 25,00 c 20 22,92 d

56 29,67 a 58 28,08 b 39 27,00 b 28 25,00 c 68 22,58 d

53 29,58 a 52 27,92 b 33 26,83 b 70 24,83 c 40 22,58 d

67 29,50 a 35 27,83 b 72 26,42 b 46 24,83 c 23 22,58 d

74 29,08 b 59 27,58 b 42 26,33 b 43 24,75 c 47 22,50 d

14 28,92 b 54 27,58 b 5 26,25 b 26 24,75 c 3 22,00 d

64 28,58 b 44 27,58 b 10 26,17 b 21 24,58 c 19 20,42 d

60 28,58 b 41 27,58 b 38 25,92 c 13 24,50 c 7 19,33 d

16 28,58 b 24 27,58 b 61 25,58 c 6 24,42 c 75 19,08 d

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

11,92.

Com os valores do número de folíolos foi possível separar os genótipos e propor uma

classificação para o número de folíolos encontrados na coleção de germoplasma em pouco

médio e muito (Tabela 11).

Tabela11 - Número e classificação da quantidade de folíolos para E. elatior.

Número de folíolos Classificação Genótipos

33,42 – 29,50 Muito 12, 15, 22, 31, 36, 50, 53, 56, 66, 67

29,08 – 23,33 Médio

1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 16, 17, 18, 21, 24, 25, 26, 27, 28, 29,

30, 32, 33, 34, 35, 37, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 51, 52, 54,

55, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 69, 70, 71, 72, 74

23,17 – 19,08 Pouco 3, 19, 20, 23, 40, 47, 68, 73, 75

4.3.2 Dados da inflorescência

4.3.2.1 Comprimento da haste floral (CHF)

Do ponto de vista agronômico essa característica é considerada muito relevante para a

seleção de plantas. Genótipos com flores de menor tamanho tem menor tamanho, diâmetro da

inflorescência e, por conseguinte menor massa da inflorescência.

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40

Para o comprimento da haste floral, com a média dos dados a análise estatística

separou em seis classes de médias (Tabela 12). A primeira classe de média para o

comprimento da haste floral ficou entre 172,58 a 159,67 cm (6, 35, 45, 44, 17, 30, 37). A

segunda classe de médias foi a que ficou entre os valores de 158,42 a 149,33 cm e os

genótipos agrupados para esta classe foram 67, 5, 4, 50, 24, 31, 25, 23, 66. A terceira classe

(147,58 a 129,50 cm) agrupou os genótipos 28, 18, 9, 10, 16, 47, 14, 3, 74, 49, 2, 46, 20, 7,

33, 61, 73, 43, 11, 65, 32, 12, 27. A quarta classe de médias (127,58 a 111,58 cm) agrupou os

seguintes genótipos 22, 21, 26, 55, 41, 60, 57, 62, 13, 72, 71, 75, 58, 36, 54, 40, 64, 70, 48. A

quinta classe de média (108,67 a 100,58 cm) tiveram agrupados os seguintes genótipos 29, 69,

1, 8, 39, 19, 42, 53, 63. A sexta e última classe de médias que manteve os valores entre 97,50

a 87,00 agrupou os genótipos 52, 34, 59, 15, 68, 51, 38, 56.

Tabela 12 - Classes de médias do comprimento da haste floral de E. elatior em centímetros.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

6 172,58 a 66 149,33 b 33 135,58 c 57 121,67 d 1 106,25 e

35 168,08 a 28 147,58 c 61 135,17 c 62 119,25 d 8 106,17 e

45 164,67 a 18 146,50 c 73 135,08 c 13 119,00 d 39 104,75 e

44 164,08 a 9 144,50 c 43 134,92 c 72 117,33 d 19 104,33 e

17 164,00 a 10 143,83 c 11 133,50 c 71 116,50 d 42 103,83 e

30 162,83 a 16 143,25 c 65 133,25 c 75 116,00 d 53 103,08 e

37 159,67 a 47 141,33 c 32 131,17 c 58 114,58 d 63 100,58 e

67 158,42 b 14 140,42 c 12 129,67 c 36 114,33 d 52 97,50 f

5 155,50 b 3 139,00 c 27 129,50 c 54 113,50 d 34 96,75 f

4 154,83 b 74 138,67 c 22 127,58 d 40 113,25 d 59 96,67 f

50 153,00 b 49 138,17 c 21 125,58 d 64 112,75 d 15 95,17 f

24 152,75 b 2 137,67 c 26 125,17 d 70 112,08 d 68 94,50 f

31 151,42 b 46 137,50 c 55 124,25 d 48 111,58 d 51 94,50 f

25 150,17 b 20 137,33 c 41 123,42 d 29 108,67 e 38 93,50 f

23 149,83 b 7 135,67 c 60 121,92 d 69 107,25 e 56 87,00 f

MédiaMédia Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

9,64.

O teste de média possibilitou a classificação do comprimento das hastes das

inflorescências em baixas, médias, altas e muito altas (Tabela 13).

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41

Tabela 13 - Comprimento e classificação da haste floral para E. elatior.

Comprimento da

Haste Floral (cm)Classificação Genótipos

172,58 - 159,67 Muito alto 6, 17, 30, 35, 37, 44, 45

158,42 - 129,50 Alto2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 11, 12, 14, 16, 18, 20, 23, 24, 25, 27,

28, 31, 32, 33, 43, 46, 47, 49, 50, 61, 65, 66, 67, 73, 74

127,58 - 100,58 Médio1, 8, 13, 19, 21, 22, 26, 29, 36, 39, 40, 41, 42, 48, 53, 54,

55, 57, 58, 60, 62, 63, 64, 69, 70, 71, 72, 75

97,50 - 87,00 Baixo 15, 34, 38, 51, 52, 56, 59, 68

4.3.2.2 Diâmetro da haste floral (DHF)

Os dados referentes à medida do diâmetro da haste floral foram analisados

estatisticamente e agruparam os genótipos em quatro classes de médias (Tabela 14). A

primeira classe de médias analisada estatisticamente ficou na faixa de 1,88 a 1,69 cm com 11

genótipos (67, 6, 35, 43, 40, 9, 15, 66, 64, 44, 4). A segunda classe de médias (1,65 a 1,48 cm)

agrupou 23 genótipos (36, 61, 73, 2, 30, 10, 57, 51, 31, 14, 5, 42, 50, 74, 26, 68, 63, 32, 25,

49, 39, 18, 65). A terceira classe de médias ficou na faixa entre 1,47 a 1,30 cm e separou 28

genótipos, sendo eles 24, 16, 47, 22, 21, 20, 1, 75, 48, 52, 11, 56, 54, 33, 60, 46, 3, 7, 17, 45,

62, 41, 38, 23, 69, 37, 53, 12. A quarta classe de médias (1,28 a 1,09 cm) contou com 13

genótipos (72, 71, 58, 55, 34, 70, 13, 27, 19, 59, 29, 8, 28).

Tabela 14 - Classes de médias do diâmetro da haste floral de E. elatior em centímetros.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

67 1,88 a 30 1,58 b 49 1,49 b 56 1,39 c 53 1,30 c

6 1,83 a 10 1,58 b 39 1,48 b 54 1,38 c 12 1,30 c

35 1,81 a 57 1,55 b 18 1,48 b 33 1,38 c 72 1,28 d

43 1,80 a 51 1,55 b 65 1,48 b 60 1,37 c 71 1,28 d

40 1,79 a 31 1,55 b 24 1,47 c 46 1,37 c 58 1,26 d

9 1,79 a 14 1,55 b 16 1,46 c 3 1,37 c 55 1,25 d

15 1,76 a 5 1,55 b 47 1,44 c 7 1,36 c 34 1,24 d

66 1,75 a 42 1,54 b 22 1,44 c 17 1,35 c 70 1,22 d

64 1,73 a 50 1,53 b 21 1,44 c 45 1,34 c 13 1,22 d

44 1,73 a 74 1,53 b 20 1,43 c 62 1,33 c 27 1,21 d

4 1,69 a 26 1,53 b 1 1,43 c 41 1,33 c 19 1,21 d

36 1,65 b 68 1,52 b 75 1,43 c 38 1,32 c 59 1,18 d

61 1,59 b 63 1,52 b 48 1,42 c 23 1,32 c 29 1,16 d

73 1,58 b 32 1,52 b 52 1,41 c 69 1,31 c 8 1,12 d

2 1,58 b 25 1,51 b 11 1,41 c 37 1,31 c 28 1,09 d

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

10,63.

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42

Os valores e a classificação do diâmetro da haste floral de bastão do imperador da

coleção de germoplasma são mostrados na tabela 15.

Tabela 15 - Diâmetro e classificação da haste floral de E. elatior.

Diâmetro da

Haste Floral (cm)Classificação Genótipos

1,88 – 1,69 Grossa 4, 6, 9, 15, 35, 40, 43, 44, 64, 66, 67

1,65 – 1,30 Média

1, 2, 3, 5, 7, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 30,

31, 32, 33, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53,

54, 56, 57, 60, 61, 62, 63, 65, 68, 69, 73, 74, 75

1,28 – 1,09 Fina 8, 13, 19, 27, 28, 29, 34, 55, 58, 59, 70, 71, 72

4.3.2.3 Altura da inflorescência (AIN)

Houve diferença significativa entre os genótipos, e foram observados seis classes de

médias para a altura da inflorescência (Tabela 16). A primeira classe de médias (16,50 a 15,83

cm) agrupou 4 genótipos (44, 3, 40, 43). A segunda classe de médias separou 7 genótipos (31,

30, 24, 46, 64, 50, 73) que foram agrupados na classe de médias entre 15,58 a 14,91 cm. A

terceira classe de médias (14,68 a 13,79 cm) agrupou 24 genótipos (23, 66, 54, 38, 67, 42, 10,

4, 25, 6, 29, 39, 17, 9, 7, 21, 51, 36, 32, 63, 41, 16, 15, 74). A quarta classe de médias foi a de

maior número de genótipos (29) esteve na faixa entre 13,63 a 12,63 cm e agrupou os

genótipos 75, 45, 27, 57, 5, 52, 48, 14, 61, 12, 8, 56, 37, 72, 49, 2, 18, 22, 20, 47, 71, 35, 28,

65, 58, 53, 19, 60, 11. A quinta classe de médias ficou entre 14,42 a 11,71 cm com 8

genótipos separados (70, 13, 33, 68, 55, 69, 26, 62). A sexta classe de médias teve as menores

alturas de inflorescências (11,29 a 10,58 cm) e também o menor grupo de genótipos (3),

sendo eles 34, 1, 59.

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43

Tabela 16 - Classes de médias da altura da inflorescência de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

44 16,50 a 67 14,48 c 63 13,79 c 8 13,24 d 53 12,75 d

3 16,04 a 42 14,29 c 41 13,79 c 56 13,13 d 19 12,68 d

40 15,86 a 10 14,29 c 16 13,79 c 37 13,13 d 60 12,67 d

43 15,83 a 4 14,25 c 15 13,79 c 72 13,08 d 11 12,63 d

31 15,58 b 25 14,21 c 74 13,75 c 49 13,08 d 70 12,42 e

30 15,46 b 6 14,21 c 75 13,63 d 2 13,04 d 13 12,42 e

24 15,26 b 29 14,17 c 45 13,63 d 18 13,00 d 33 12,38 e

46 15,21 b 39 14,08 c 27 13,58 d 22 12,96 d 68 12,13 e

64 15,00 b 17 14,06 c 57 13,54 d 20 12,94 d 55 12,13 e

50 14,97 b 9 14,00 c 5 13,50 d 47 12,92 d 69 12,04 e

73 14,91 b 7 14,00 c 52 13,42 d 71 12,88 d 26 12,04 e

23 14,68 c 21 13,93 c 48 13,38 d 35 12,88 d 62 11,71 e

66 14,63 c 51 13,91 c 14 13,33 d 28 12,88 d 34 11,29 f

54 14,59 c 36 13,88 c 61 13,33 d 65 12,83 d 1 11,17 f

38 14,54 c 32 13,86 c 12 13,29 d 58 12,79 d 59 10,58 f

MédiaMédia Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

6,65. O teste de média possibilitou classificar a altura das inflorescências de bastão do

imperador da coleção de germoplasma, em muito pequena, pequena, média e grande (Tabela

17).

Tabela 17 - Altura e classificação das inflorescências de E. elatior.

Altura da

Inflorescência (cm)Classificação Genótipos

16,50 – 15,83 Grande 3, 40, 43, 44

15,58 – 14,91 Média 24, 30, 31, 46, 50, 64, 73

14,68 – 12,63 Pequena

2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22,

23, 25, 27, 28, 29, 32, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 47, 48, 49,

51, 52, 53, 54, 56, 57, 58, 60, 61, 63, 65, 66, 67, 71, 72, 74, 75

12,42 – 10,58 Muito pequena 1, 13, 26, 33, 34, 55, 59, 62, 68, 69, 70

4.3.2.4 Diâmetro da inflorescência (DIN)

Os dados de diâmetro da inflorescência foram analisados e separados em cinco classes

de médias (Tabela 18). A primeira classe de médias contou com 16 genótipos separados

(21,04 a 18,50 cm) com os seguintes genótipos 44, 40, 43, 67, 66, 6, 73, 10, 64, 30, 24, 4, 31,

17, 9, 5. A segunda classe de médias foi a de maior número de genótipos (30) separados na

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44

faixa de médias entre 18,38 a 16,66 cm e agrupou os seguintes genótipos 75, 25, 38, 7, 42, 63,

50, 39, 71, 28, 16, 29, 46, 69, 61, 51, 32, 74, 54, 3, 70, 27, 23, 45, 41, 14, 15, 21, 52, 57. A

terceira classe de médias (16,25 a 15,17 cm) contou com um agrupamento de 14 genótipos e

fizeram parte deste agrupamento os genótipos 68, 12, 48, 11, 36, 26, 20, 72, 56, 49, 37, 22,

35, 65. A quarta classe de médias separou 12 genótipos que ficaram na faixa de médias para

diâmetro da inflorescência entre 14,96 a 14,08 cm. Os genótipos agrupados foram 18, 33, 60,

13, 2, 8, 47, 19, 58, 55, 62, 53. A quinta e última classe de médias (13,42 a 12,58 cm) agrupou

apenas 3 genótipos que tiveram os menores diâmetros de inflorescência (1, 34, 59), cujas

alturas de inflorescências também foram as menores.

Tabela 18 - Classes de médias do diâmetro da inflorescência de E. elatior em centímetros.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

44 21,04 a 5 18,50 a 61 17,42 b 57 16,66 b 18 14,96 d

40 20,33 a 75 18,38 b 51 17,38 b 68 16,25 c 33 14,92 d

43 20,21 a 25 18,25 b 32 17,38 b 12 16,25 c 60 14,88 d

67 19,79 a 38 18,13 b 74 17,33 b 48 16,17 c 13 14,88 d

66 19,79 a 7 18,08 b 54 17,29 b 11 16,17 c 2 14,79 d

6 19,58 a 42 18,04 b 3 17,23 b 36 16,13 c 8 14,77 d

73 19,52 a 63 18,00 b 70 17,17 b 26 16,13 c 47 14,67 d

10 19,46 a 50 17,92 b 27 17,00 b 20 16,13 c 19 14,58 d

64 19,42 a 39 17,92 b 23 17,00 b 72 16,04 c 58 14,46 d

30 19,33 a 71 17,88 b 45 16,96 b 56 15,92 c 55 14,17 d

24 19,29 a 28 17,79 b 41 16,92 b 49 15,88 c 62 14,08 d

4 19,29 a 16 17,75 b 14 16,92 b 37 15,79 c 53 14,08 d

31 18,88 a 29 17,71 b 15 16,88 b 22 15,28 c 1 13,42 e

17 18,58 a 46 17,67 b 21 16,75 b 35 15,25 c 34 12,75 e

9 18,58 a 69 17,63 b 52 16,71 b 65 15,17 c 59 12,58 e

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

8,88.

Com os dados de classe de médias do valor do diâmetro das inflorescências pode-se

propor uma classificação para as inflorescências da coleção de germoplasma em grande,

médio pequeno, e muito pequeno (Tabela 19).

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45

Tabela 19 - Diâmetro e classificação das inflorescências de E. elatior.

Diâmetro da

Inflorescência (cm)Classificação Genótipos

21,04 – 18,50 Grande 4, 5, 6, 9, 10, 17, 24, 30, 31, 40, 43, 44, 64, 66, 67, 73

18,38 – 16,66 Médio3, 7, 14, 15, 16, 21, 23, 25, 27, 28, 29, 32, 38, 39, 41, 42,

45, 46, 50, 51, 52, 54, 57, 61, 63, 69, 70, 71, 74, 75

16,25 – 14,08 Pequeno2, 8, 11, 12, 13, 18, 19, 20, 22, 26, 33, 35, 36, 37, 47, 48,

49, 53, 55, 56, 58, 60, 62, 65, 68, 72

13,42 – 12,58 Muito pequeno 1, 34, 59

4.3.2.5 Cor da haste floral (COH)

Na avaliação de coloração das hastes das inflorescências, os genótipos apresentaram

apenas duas cores distintas: verde e vinho (Figura 5). A coloração verde das hastes florais

ocorreu em 33 genótipos (1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 15, 19, 20, 29, 36, 45, 46, 47, 48, 49, 54, 56, 59,

60, 61, 62, 63, 64, 65, 68, 70, 71, 72, 73, 74 e 75), e a coloração vinho ocorreu em 42

genótipos (7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 30, 31, 32, 33, 34,

35, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 50, 51, 52, 53, 55, 57, 58, 66, 67 e 69).

Figura 5 - Cores das hastes florais de E. elatior. A: cor verde (33 genótipos). B: cor vinho (42

genótipos).

A

B

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46

Observou-se que os genótipos com hastes florais de coloração verde florescem

primeiro do que as de coloração vinho, indicando que a presença de antocianinas,

responsáveis pela coloração vinho, tenha influencia no florescimento das plantas.

4.3.2.6 Coloração das brácteas (COB)

Pela análise de variância dos valores de “a”, observou-se que foi significativo (Tabela

20). Os genótipos foram separados em seis classes de valores de “a” (Tabela 21) e

visualmente foi possível classificar os genótipos em quatro classes de cores: vermelho escuro,

vermelho médio, rosa médio e rosa claro (Figura 6 e Tabela 22). A primeira classe de cor foi

classificada como vermelho escuro, com a média dos valores da variável “a” no intervalo

entre 28,5 a 24,0. Neste intervalo foram agrupados 19 genótipos, sendo eles 1, 4, 5, 7, 12, 13,

14, 18, 21, 26, 36, 41, 43, 49, 52, 62, 63, 65, 69 e 71. A segunda classe de cor com média de

valores de “a” na faixa de 23,8 a 21,5 foi classificada como vermelho médio onde foram

agrupados 24 genótipos, sendo eles 2, 6, 8, 9, 11, 17, 23, 29, 32, 34, 35, 40, 45, 46, 48, 53, 54,

55, 57, 61, 70, 72 e 73. A terceira classe de cor que teve o intervalo de médias na faixa de

21,2 a 18,2 foi classificada como rosa médio, com 21 genótipos, sendo eles 3, 10, 16, 25, 27,

28, 30, 31, 33, 37, 39, 42, 44, 47, 50, 51, 60, 66, 67, 68 e 75. A quarta classe de cor foi

classificada como rosa claro com a faixa de médias de valores da variável “a” com valores

17,8 a 13,7 agrupou 11 genótipos, sendo eles 15, 19, 20, 22, 24, 38, 56, 58, 59, 64 e 74.

Tabela 20 - Análise de variância para cor da bráctea de E. elatior (componente “a”).

FV GL SQ QM F

Tratamento 74 4500,50 60,81 16,57*

Resíduo 375 1375,52 3,67

Total 449 5876,57

Médias 21,58

CV (%) 8,88

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47

Tabela 21 - Classes de cores das brácteas das inflorescências de Etlingera elatior.

Genótipos Genótipos Genótipos Genótipos Genótipos

52 28,517 a 4 24,333 b 61 22,717 c 37 21,000 d 25 18,900 d

7 27,467 a 36 24,133 b 48 22,333 c 42 20,933 d 30 18,717 d

12 27,200 a 69 24,100 b 17 22,317 c 10 20,817 d 44 18,700 d

65 25,800 b 14 24,033 b 54 22,300 c 60 20,650 d 68 18,200 d

21 25,750 b 6 23,833 c 57 22,250 c 66 20,283 d 22 17,800 e

1 25,533 b 35 23,717 c 46 22,167 c 75 20,167 d 64 17,633 e

18 25,217 b 53 23,550 c 40 22,133 c 39 20,133 d 58 17,100 e

49 25,117 b 70 23,500 c 55 22,033 c 31 19,917 d 15 16,867 e

43 25,100 b 11 23,450 c 45 21,983 c 27 19,650 d 56 16,483 e

13 24,900 b 8 23,417 c 32 21,950 c 3 19,583 d 38 16,250 e

62 24,833 b 9 23,400 c 26 21,733 c 47 19,500 d 19 15,633 f

63 24,650 b 72 23,317 c 29 21,633 c 67 19,417 d 20 15,483 f

41 24,483 b 23 23,083 c 2 21,466 c 28 19,367 d 74 15,267 f

5 24,483 b 34 23,017 c 16 21,150 d 51 19,350 d 24 14,933 f

71 24,400 b 73 22,950 c 50 21,000 d 33 19,283 d 59 13,700 f

MédiaMédia Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

8,88.

Tabela 22 - Classificação das cores das brácteas das inflorescências de E. elatior.

Classes de Cor de Bráctea Genótipos

Vermelho escuro 1, 4, 5, 7, 12, 13, 14, 18, 21, 26, 36, 41, 43, 49, 52, 62, 63, 65, 69, 71

Vermelho médio2, 6, 8, 9, 11, 17, 23, 29, 32, 34, 35, 40, 45, 46, 48, 53, 54, 55, 57, 61,

70, 72, 73

Rosa médio3, 10, 16, 25, 27, 28, 30, 31, 33, 37, 39, 42, 44, 47, 50, 51, 60, 66, 67,

68, 75

Rosa claro 15, 19, 20, 22, 24, 38, 56, 58, 59, 64, 74

Figura 6 - Cores das brácteas das inflorescências de E. elatior. A: vermelho escuro. B:

vermelho médio. C: rosa médio. D: rosa claro.

A B C D

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4.3.2.7 Massa fresca total da inflorescência (MFI)

Para massa fresca da inflorescência os genótipos foram agrupados em cinco classes de

médias (Tabela 23). A primeira classe agrupou quatro genótipos (6, 5, 44, 66) com a maior

massa, faixa entre 581,62 a 532,48 g. A segunda com MFC entre 497,42 a 490,73 g, agrupou

seis genótipos (67, 31, 35, 4, 50, 30). A terceira classe de médias (466,92 a 397,43 g)

agrupou16 genótipos (10, 23, 45, 25, 43, 37, 9, 75, 73, 2, 40, 7, 17, 28, 64, 24). A quarta

classe com médias de 388,53 a 311,68 g, reuniu 31 genótipos (46, 49, 74, 33, 65, 14, 29, 63,

18, 20, 47, 69, 32, 41, 38, 54, 3, 51, 39, 22, 42, 11, 61, 55, 52, 57, 21, 12, 1, 36, 15). E por

último a classe de médias na faixa de 303,63 a 213,21 g, que reuniu os genótipos com menor

massa da inflorescência fresca, num grupo de 18 genótipos (72, 68, 48, 16, 27, 71, 60, 19, 56,

58, 26, 62, 53, 70, 34, 59, 13, 8).

Tabela 23 - Classes de médias da massa fresca da inflorescência de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

6 581,62 a 37 434,07 c 65 370,73 d 22 341,36 d 16 300,35 e

5 560,90 a 9 432,58 c 14 366,38 d 42 341,01 d 27 294,09 e

44 548,08 a 75 431,67 c 29 362,68 d 11 340,23 d 71 293,39 e

66 532,48 a 73 430,36 c 63 358,20 d 61 329,05 d 60 288,73 e

67 519,31 b 2 429,75 c 18 357,40 d 55 325,71 d 19 277,70 e

31 497,42 b 40 427,47 c 20 356,83 d 52 325,49 d 56 277,40 e

35 495,06 b 7 423,94 c 47 355,30 d 57 323,05 d 58 271,00 e

4 494,50 b 17 403,62 c 69 350,33 d 21 321,97 d 26 270,51 e

50 493,15 b 28 401,25 c 32 347,78 d 12 321,31 d 62 265,56 e

30 490,73 b 64 401,11 c 41 346,02 d 1 311,81 d 53 262,45 e

10 466,92 c 24 397,43 c 38 343,48 d 36 311,68 d 70 252,93 e

23 459,25 c 46 388,53 d 54 343,26 d 15 309,73 d 34 243,18 e

45 456,15 c 49 375,03 d 3 342,65 d 72 303,63 e 59 239,23 e

25 452,94 c 74 372,67 d 51 342,21 d 68 303,27 e 13 221,15 e

43 441,22 c 33 371,70 d 39 342,08 d 48 302,54 e 8 213,21 e

MédiaMédia Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

15,08.

4.3.2.8 Massa fresca comercial da inflorescência (MFC)

Os valores de massa fresca comercial das inflorescências foram obtidos com a

padronização do comprimento da haste floral em 80 cm de comprimento e foram agrupadas

em cinco classes (Tabela 24). A primeira classe variou de 480,93 a 430,34 g e os genótipos

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49

que integraram esta classe foram: 5, 6 e 66. Para a segunda classe de médias que variou de

377,05 a 294,83 g. e os genótipos que participaram deste agrupamento foram: 4, 44, 30, 23,

43, 10, 40, 67, 2, 75, 35, 64, 7, 73, 31, 25, 45, 9, 50, 38, 37 e 24. A terceira classe de médias

com os valores de 287,35 a 237,75 g. teve como agrupamento os seguintes genótipos: 69, 17,

46, 39, 42, 51, 65, 63, 49, 29, 52, 68, 22, 33, 11, 14, 74, 28, 41, 57, 54, 61, 20, 32, 55, 18,

15,71, 47 e 48. Para a quarta classe de médias com valores entre 235,07 a 215, 56 g os

genótipos constituintes foram: 1, 36, 3, 72, 27, 21, 56, 12 e 19. A quinta e última classe de

médias com valores de 205,92 a 166,25 g tiveram os seguintes genótipos constituintes: 60, 58,

62, 34, 53, 16, 59, 70, 26, 8 e 13.

Tabela 24 - Classes de médias da massa fresca da inflorescência padronizada a 80 cm de E.

elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

6 480,93 a 7 322,85 b 51 284,23 c 54 254,34 c 21 226,58 d

5 448,09 a 73 321,66 b 65 283,68 c 61 253,21 c 56 226,09 d

66 430,35 a 31 320,51 b 63 282,86 c 20 252,04 c 12 223,21 d

4 377,05 b 25 312,79 b 49 281,91 c 32 251,76 c 19 215,56 d

44 374,19 b 45 311,59 b 29 280,60 c 55 249,03 c 60 205,92 e

30 364,19 b 9 309,11 b 52 280,28 c 18 245,47 c 58 204,20 e

23 354,36 b 50 306,96 b 68 278,31 c 15 243,95 c 62 200,27 e

43 341,15 b 38 298,48 b 22 270,44 c 71 242,61 c 34 196,69 e

10 338,66 b 37 296,28 b 33 269,45 c 47 239,59 c 53 194,87 e

40 337,22 b 24 294,83 b 11 267,25 c 48 237,76 c 16 189,95 e

67 333,66 b 69 287,35 c 14 264,73 c 1 235,07 d 59 187,91 e

2 333,25 b 17 287,15 c 74 263,88 c 36 233,82 d 70 187,91 e

75 332,72 b 46 286,09 c 28 263,12 c 3 231,52 d 26 178,40 e

35 326,17 b 39 285,20 c 41 256,75 c 72 230,41 d 8 174,11 e

64 324,76 b 42 284,88 c 57 255,68 c 27 229,13 d 13 166,25 e

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

16,10.

O teste de médias indicou cinco classes possibilitou uma classificação de massa fresca

das inflorescências em leve, média e pesada (Tabela 25).

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50

Tabela 25 - Massa fresca padronizada e classificação das inflorescências de E. elatior.

Massa Fresca Padrão

da Inflorescência (g)Classificação Genótipos

480,93 – 430,34 Pesada 5, 6, 66

377,05 – 237,76 Média

2, 4, 7, 9, 10, 11, 14, 15, 17, 18, 20, 22, 23, 24, 25, 28, 29, 30, 31,

32, 33, 35, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50,

51, 52, 54, 55, 57, 61, 63, 64, 65, 67, 68, 69, 71, 73, 74, 75

235,07 – 166,25 Leve1, 3, 8, 12, 13, 16, 19, 21, 26, 27, 34, 36, 53, 56, 58, 59, 60, 62,

70, 72

4.3.2.9 Forma da inflorescência (FIN)

As inflorescências de bastão do imperador foram analisadas e conforme o diâmetro e a

altura da inflorescência estas apresentaram duas formas de inflorescências: globosa ou

lanceolada (Figura 7). Na coleção, foram encontrados 35 genótipos com forma globosa e 40

genótipos com forma lanceolada (Tabela 26).

Tabela 26 - Quantificação dos genótipos quanto à forma da inflorescência de E. elatior.

Formato da inflorescência Genótipos

Globosa3, 4, 6, 7, 9, 10, 15, 16, 17, 21, 23, 24, 25, 29, 30, 31, 32, 36, 38, 39, 40, 41,

42, 43, 44, 46, 50, 51, 54, 63, 64, 66, 67, 73, 74

Lanceolada1, 2, 5, 8, 11, 12, 13, 14, 18, 19, 20, 22, 26, 27, 28, 33, 34, 35, 37, 45, 47,

48, 49, 52, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 65, 68, 69, 70, 71, 72, 75

Figura 7 - Formas das inflorescências de E. elatior. A: forma globosa. B: forma lanceolada

B A

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51

4.3.2.10 Projeção do miolo da inflorescência (PMI)

Com os dados estatísticos e a observação de campo, foi possível separar os genótipos

quanto à projeção dos miolos das inflorescências, sendo que 11 genótipos apresentaram miolo

com pouca projeção, 53 genótipos com projeção mediana do miolo e 11 genótipos com miolo

muito projetado (Tabela 27 e Figura 8).

Tabela 27 - Classificação da projeção do miolo da inflorescência de E. elatior

Projeção do Miolo da

InflorescênciaGenótipos

Pouca 1,13,26,33,34,55,59,62,68,69,70

Mediana2,4,5,6,7,8,9,10,11,12,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,25,27,28,29,32,35,36,3

7,38,39,41,42,45,47,48,49,51,52,53,54,57,58,60,61,63,65,66,67,71,72,74,75

Muito 3,24,30,31,40,43,44,46,50,64,73

Figura 8 - Projeção do miolo da inflorescência de E. elatior. A: pouca projeção do miolo da

inflorescência. B: projeção mediana do miolo da inflorescência. C: Miolo da inflorescência

muito projetado

A B C

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52

4.3.3 Dados da infrutescência

4.3.3.1 Diâmetro longitudinal da infrutescência (DLI)

Para a característica diâmetro longitudinal da infrutescência foram observadas sete

classes de médias (Tabela 28). A primeira e a segunda classe com apenas um genótipo cada

genótipo 66 (20,46 cm) e genótipo 67 (15,79 cm) respectivamente. Na terceira classe (13,17 a

15,58 cm) foram agrupados cinco genótipos (9, 22, 52, 50, 46). Para a quarta classe (11,42 a

12,13 cm) foram agrupados 11 genótipos (15, 20, 55, 63, 57, 31, 64, 2, 58, 40, 32). A quinta

classe (11,33 a 10,21 cm) agrupou maior número de genótipos (30), sendo eles 8, 56, 24, 65,

26, 19, 6, 1, 54, 35, 49, 45, 61, 53, 34, 23, 48, 33, 38, 75, 36, 4, 43, 5, 72, 42, 70, 62, 28, 74. A

sexta classe de médias ficou entre 10,08 a 8,96 cm com agrupamento de 18 genótipos (30, 47,

44, 29, 13, 37, 17, 39, 51, 7, 27, 10, 69, 25, 14, 60, 73, 16). A sétima e última classe de

médias (8,75 a 7,29 cm) foi representada pelos dados de menores valores para o diâmetro

longitudinal da infrutescência e contou com o agrupamento de nove genótipos (41, 59, 11, 18,

21, 68, 12, 3, 71).

Tabela 28 - Classes de médias do diâmetro longitudinal da infrutescência de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

66 20,46 a 58 11,46 d 61 10,71 e 62 10,29 e 69 9,33 f

67 15,79 b 40 11,46 d 53 10,63 e 28 10,25 e 25 9,25 f

9 13,17 c 32 11,42 d 34 10,58 e 74 10,21 e 14 9,21 f

22 12,79 c 8 11,33 e 23 10,58 e 30 10,08 f 60 9,17 f

52 12,75 c 56 11,29 e 48 10,54 e 47 10,04 f 73 9,00 f

50 12,75 c 24 11,25 e 33 10,54 e 44 10,00 f 16 8,96 f

46 12,58 c 65 11,17 e 38 10,50 e 29 10,00 f 41 8,75 g

15 12,13 d 26 11,17 e 75 10,46 e 13 10,00 f 59 8,71 g

20 12,00 d 19 11,13 e 36 10,46 e 37 9,96 f 11 8,46 g

55 11,96 d 6 11,13 e 4 10,46 e 17 9,92 f 18 8,38 g

63 11,88 d 1 10,96 e 43 10,42 e 39 9,83 f 21 8,25 g

57 11,79 d 54 10,88 e 5 10,42 e 51 9,63 f 68 7,83 g

31 11,79 d 35 10,83 e 72 10,38 e 7 9,46 f 12 7,75 g

64 11,54 d 49 10,75 e 42 10,38 e 27 9,42 f 3 7,71 g

2 11,50 d 45 10,75 e 70 10,29 e 10 9,38 f 71 7,29 g

MédiaMédia Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

9,25.

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53

Os dados de médias do diâmetro longitudinal da infrutescência possibilitaram uma

classificação para esta característica, nomeadas em: grande, médio e pequeno (Tabela 29).

Tabela 29 - Diâmetro longitudinal e classificação da infrutescência de E. elatior.

Diâmetro Longitudinal

da Infrutescência(cm)Classificação Genótipos

20,46 Grande 66

15,79 – 11,42 Médio 2, 9, 15, 20, 22, 31, 32, 40, 46, 50, 52, 55, 57, 58, 63, 64, 67

11,33 – 7,29 Pequeno

1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 19, 21, 23, 24, 25, 26,

27, 28, 29, 30, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 47, 48,

49, 51, 53, 54, 56, 59, 60, 61, 62, 65, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75

4.3.3.2 Diâmetro transversal da infrutescência (DTI)

Para os dados de diâmetro transversal da infrutescência, foram analisados e agrupados

em seis classes de médias (Tabela 30). A primeira classe de médias (14,21 cm) contou com

apenas um representante, o acesso 66. A segunda classe de médias (12,0 a 11,42 cm) teve três

genótipos agrupados (9, 22 e 67). A terceira classe de médias (10,54 a 9,50 cm) foi composta

pelo agrupamento de 14 genótipos (52, 64, 15, 57, 63, 56, 31, 55, 8, 65, 50, 6, 32 e 24). A

quarta classe de médias foi o agrupamento que mais reuniu genótipos (40) sendo eles 19, 5,

35, 23, 20, 2, 54, 46, 53, 13, 40, 28, 75, 62, 49, 33, 26, 38, 36, 4, 1, 61, 74, 58, 44, 43, 70, 48,

72, 30, 34, 29, 10, 47, 14, 7, 60, 42, 16 e 45. A quinta classe de médias (8,17 a 7,54 cm), foi

representado por 10 genótipos (37, 39, 27, 17, 51, 73, 25, 69, 41e 59). A sexta classe de

médias, cujos valores foram os menores, agrupou sete genótipos, sendo eles 21, 18, 11, 68,

71, 12 e 3.

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54

Tabela 30 - Classes de médias de diâmetro transversal da infrutescência de E. elatior.

Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo Genótipo

66 14,21 a 6 9,63 c 75 8,92 d 48 8,67 d 27 8,08 e

67 12,00 b 32 9,58 c 62 8,88 d 72 8,58 d 17 8,04 e

22 11,58 b 24 9,50 c 49 8,88 d 30 8,58 d 51 8,00 e

9 11,42 b 19 9,38 d 33 8,88 d 34 8,54 d 73 7,96 e

52 10,54 c 5 9,33 d 26 8,83 d 29 8,54 d 25 7,96 e

64 10,38 c 35 9,21 d 38 8,79 d 10 8,54 d 69 7,71 e

15 10,04 c 23 9,21 d 36 8,79 d 47 8,46 d 41 7,71 e

57 10,00 c 20 9,21 d 4 8,79 d 14 8,42 d 59 7,54 e

63 9,96 c 2 9,21 d 1 8,79 d 7 8,29 d 21 7,42 f

56 9,88 c 54 9,13 d 61 8,75 d 60 8,25 d 18 7,33 f

31 9,79 c 46 9,13 d 74 8,71 d 42 8,25 d 11 7,29 f

55 9,75 c 53 9,04 d 58 8,71 d 16 8,25 d 68 7,13 f

8 9,75 c 13 9,04 d 44 8,71 d 45 8,21 d 71 7,04 f

65 9,71 c 40 9,00 d 43 8,71 d 37 8,17 e 12 6,96 f

50 9,71 c 28 8,96 d 70 8,67 d 39 8,08 e 3 6,50 f

Média Média Média Média Média

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente ao nível de 5 % pelo teste de Scott & Knott. CV %

8,55.

Os valores médios do diâmetro transversal possibilitaram propor uma classificação

para o diâmetro transversal da infrutescência de bastão do imperador da coleção de

germoplasma em pequeno, médio e grande (Tabela 31).

Tabela 31 - Diâmetro transversal e classificação da infrutescência de E. elatior.

Diâmetro Transversal

da Infrutescência (cm)Classificação Genótipos

14,21 Grande 66

12,00 – 9,50 Médio 6, 8, 9, 15, 22, 24, 31, 32, 50, 52, 55, 56, 57, 63, 64, 65, 67

9,38 – 6,50 Pequeno

1, 2, 3, 4, 5, 7, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 26,

27, 28, 29, 30, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46,

47, 48, 49, 51, 53, 54, 58, 59, 60, 61, 62, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75

4.4 Análises Multivariadas

4.4.1 Divergência genética por análise de agrupamento

A divergência genética entre os genótipos foi obtida através da distância Euclidiana,

mediante a padronização dos dados, devido às diferentes escalas de mensuração. Na análise

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55

dos 75 genótipos pelo dendrograma foi possível observar a formação de quatro grupos

distintos, obtidos pelo método UPGMA (Figura 9).

O primeiro grupo foi formado pelos genótipos 2, 4, 6, 14, 16, 18, 22, 29, 30, 32, 34,

38, 41, 42, 46, 48, 50, 54, 55, 57, 58, 61, 65, 66, 70, 73 e 74. As médias do grupo foram

maiores para as seguintes características agromorfológicas: diâmetro longitudinal (DLI) e

transversal (DTI) da infrutescência, apresentando vários subgrupos.

O segundo grupo formado pelos genótipos 20, 24, 26, 36, 45, 49, 62 e 69, houve

também uma separação por subgrupos onde a maior dissimilaridade entre o grupo ficou por

conta dos genótipos 24 e 45. O grupo apresentou as médias das características morfológicas

maiores para o comprimento foliar (CFO), número de folíolos (NFO) e comprimento da haste

floral (CHF), e as menores médias para seguintes características altura da inflorescência

(AIN) e diâmetro da inflorescência (DIN) e massa fresca comercial (MFC).

O terceiro grupo foi formado pelos genótipos 8, 10, 12, 13, 17, 21, 25, 28, 47 e 53,

apresentando cinco subgrupos. Para este grupo, as médias das características morfológicas

apresentaram maiores valores para largura foliar (LLF), comprimento do pecíolo foliar (CPF)

e menores valores médios para as características comprimento foliar (CFO), comprimento da

haste floral (CHF), diâmetro da haste floral (DHF), massa fresca total da inflorescência

(MFI), diâmetros longitudinal (DLI) e transversal (DTI) da infrutescência.

O quarto grupo foi formado por 30 genótipos, apresentando oito subgrupos, alguns

subgrupos com muita dissimilaridade. O grupo apresentou na maioria dos genótipos maiores

valores médios para a seguinte característica de interesse avaliada: diâmetro da haste floral

(DHF), altura da inflorescência (AIN), diâmetro da inflorescência (DIN), massa fresca (MFI)

e comercial (MFC) da inflorescência e menores valores para as características largura foliar

(LLF), comprimento do pecíolo foliar (CPF) e numero de folíolos (NFO).

A similaridade genética entre os materiais avaliados pode ser explicada pela origem

dos mesmos, uma vez que estes descendem de uma mesma mãe.

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56

39

75

9

15

52

23

43

1

40

11

19

44

35

67

3

31

59

60

5

7

72

37

71

64

27

51

68

33

63

56

10

17

28

53

25

47

12

21

8

13

24

45

20

62

36

69

26

49

48

70

18

58

14

74

2

42

50

66

54

29

55

34

65

32

61

38

73

30

57

4

6

22

41

16

46

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

28.917,24 57.834,48 86.751,72 115.668,96 144.586,21 173.503,45 202.420,69 231.337,93 260.255,17 289.172,42

Figura 9 – Análise de divergência genética para 75 genótipos de Etlingera elatior. As

distâncias genéticas foram obtidas com base em 13 variáveis agromorfológicos e

quantificadas através da distância Euclidiana pelo método UPGMA.

GRUPO I

GRUPO II

GRUPO III

GRUPO IV

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57

4.4.2 Análise de componentes principais

Com o auxílio da análise de componentes principais, visualizou-se em um gráfico

bidimensional, a distribuição e formação de grupos de genótipos muito próximos aos

apresentados pela análise de agrupamento UPGMA (Figura 10).

O valor absorvido por cada componente foi 58,4 % e 12,6 % respectivamente para a

Componente Principal 1 e Componente Principal 2. As duas componentes absorveram juntos

71,0 % da variação observada dos dados. Desse modo as duas componentes explicam grande

parte da variação observada na análise dos caracteres fenotípicos. Sem dúvidas a componente

principal 1 foi considerada a mais importante, pois sozinha explica 58,4 % de toda a variação.

Em conformidade com os índices dos autovalores associados, foi possível verificar

quais das 13 variáveis avaliadas, apresentaram maior contribuição para cada uma das

componentes. Para a primeira componente, dentre as variáveis que mais influenciaram na

distribuição dos genótipos avaliados destacam-se diâmetro da inflorescência (DIN), massa

fresca total da inflorescência (MFI) e massa fresca comercial da inflorescência (MFC) com

autovetores de 0,3628; 0,4225 e 0,4015 respectivamente. Para a segunda componente as

variáveis que mais influenciaram foram número de folíolos (NFO), diâmetro transversal da

infrutescência (DTI) e diâmetro da haste floral (DHF) com autovetores de 0,4007; 0,3708 e

0,3793 respectivamente.

Os grupos formados a esquerda do eixo das abscissas apresentaram menores valores

para diâmetro (DIN), massa total (MFI) e comercial (MFC) da inflorescência, características

consideradas importantes para seleção dos genótipos menores e de menor massa, contrastando

com os genótipos que ficaram a direita do eixo das abscissas, apresentando os maiores valores

para as mesmas características (Figura 10).

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0.59 0.68 0.77 0.87 0.96

-0.64

-0.32

0.00

0.33

0.65

1

2

3

4

5

6

7

89

10

11

12

13

14

15

16

1718

19

20

21

22

23 24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54 55

56

57

58

59

60

61

6263

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

Figura 10 – Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com 75 genótipos de Etlingera elatior baseada em 13 descritores.

Componente Principal 1 (58,4 %)

Com

ponen

te P

rinci

pal

2 (

12,6

%)

58

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59

4.5 Análises Moleculares

O DNA plasmidial extraído e enriquecido de microssatélites apresentou diferentes

conformações conforme o tamanho das bandas obtidas para Etlingera elatior (Figura 11).

Figura 11 - Gel de agarose 1 % ilustrando o perfil do DNA plasmidial contendo insertos

enriquecidos de microssatélites obtidos para E. elatior. Os diferentes tamanhos das bandas

correspondem às diferentes conformações que o DNA plasmidial pode assumir.

As 192 reações de sequenciamento foram realizadas e submetidas à eletroforese

capilar em sequenciador automático 3100 DNA Analyser (Applied Biosystems) (Figura 12) no

Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG-UNICAMP).

Figura 12 - Eletroferograma representativo contendo microssatélite de repetição (TG)9.

Das 192 sequências analisadas, 21 (11 %) continham ao menos uma região com

microssatélite. A classe majoritária de SSR encontrados foram os perfeitos (85 %), seguido de

compostos (9,0 %) e interrompidos (5,0 %) (Figura 13) e os motivos dinucleotídeos (86 %)

representados principalmente por AC, GA e TG foram responsáveis por 86 % do

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60

enriquecimento, sobressaindo em relação aos demais motivos encontrados (Figura 13). Com

isso, apenas arquivos do tipo “FASTA” contendo sequências de interesse e com boa qualidade

foram obtidos. Estas sequências foram então alinhadas pelo software CodonCode para

identificação de contigs e singlets, evitando-se desta forma o desenho de pares de primers

redundantes. Isso permitiu identificar que dentre as 21 sequências originais, sete possuíam

100% de identidade, ou seja, eram as mesmas sequências. Com a exclusão das sequências

redundantes foram obtidas 14 sequências de boa qualidade e com alvo microssatélites para

desenho de primers e posterior amplificação via PCR.

Utilizando o programa Primer3 (http://frodo.wi.mit.edu/primer3/) foram desenhados

pares de primers microssatélites para todas as sequências não redundantes obtidas na espécie

E. elatior (Tabela 33). A extremidade 5’ forward de cada primer foi adicionada a sequência

do primer M13 (5’-CACGACGTTGTAAAACGAC-3’) para utilização do sistema de

amplificação com fluorescência em 4300 DNA Analyzer (LI-COR).

Figura 13: Frequência dos motivos e classes majoritárias de microssatélites em E. elatior.

Para o estudo de polimorfismo dos locos estudados, dos 14 microssatélites

genotipados nos 75genótipos, 10 apresentaram perfil de amplificação (71,4 %) e destes

somente seis foram polimórficos (60 %) com média de 5,8 alelos por loco, variando de dois

alelos para o loco Eela8 a 8 alelos para os locos Eela17 e Eela21 (Tabela 32). Os locos mais

polimórficos foram Eela21, Eela17 e Eela4 com valores de PIC de 0,759, 0,783 e 0,743,

respectivamente (Tabela 32).

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61

Tabela 32 - Parâmetros de polimorfismo para caracterização dos seis locos microssatélites

nos 75 genótipos de E. elatior.

Loco N a PIC

Eela2 4 0,348

Eela4 7 0,743

Eela8 2 0,283

Eela17 8 0,783

Eela18 6 0,479

Eela21 8 0,759

Média 5,8 0,566

Para a coleção de E. elatior, a média dos valores para a heterozigosidade esperada (He)

e observada (Ho), assim como a média do número de alelos encontrada na coleção foram

0,6068; 0,4961 e 6, indicando maior homozigose na coleção de E. elatior avaliada.

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Tabela 33 - Características dos 19 primers microssatélites gerados a partir da biblioteca enriquecida para E. elatior.

Primer Repetição Código Genbank Classificação Sequência 5’─3’ Alelos (pb)

Eela1* (AC)7 KC123198 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACGGCTATACCTCGAACCTCGAC

R GGTGTGTGTGTGTGTGTGTCG205

Eela2* (AC)7(CT)9(TA)6 KC123199 CompostoF CACGACGTTGTAAAACGACGCGCGGACTAACTGTTCAT

R GACAAGACCACGACCGTATT150

Eela3 (TG)6 KC123200 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACTCGCCGTAGAGTAGAAATCC

R CTCGAGTTCTCGACTTGAGC233

Eela4* (TG)7 KC123201 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACAGGGACAAAGAACAGGAACC

R GCAACAGGCATTGTCCTAAG231

Eela5* (AC)13 KC123202 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACAGTCAGACACTTGGCAGCTC

R TAGACTGAGATCGCCGAAAG203

Eela6* (AG)14 KC123203 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACAAGGGCAGATCGCAGAGAG

R CACCATGTCGTTAAATACGTTG170

Eela7* (AC)9 KC123204 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCCCGGACTAGCTAGAAACAA

R AATGCTCAAGGTGTCAGTCC237

Eela8* (TG)8 KC123205 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCATGCCAGGACAAACACTTC

R CGTCATGCTGGGTTCTCTTA185

Eela9 (GA)5 KC123206 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACGGAACGGACACGAAACATC

R CAGAACACCCGTCCAATATC 234

Eela10* (GA)17 KC123207 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCGGGGGTAATCGAAAAGTC

R AATGCTGTGTTACCCTGGTC233

Eela11 (CG)5 KC123208 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACGCGTCTCGCTCTCTTACCA

R AAAGGGACGAGAACACCAC187

Continua

62

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Tabela 33 - Características dos 19 primers microssatélites gerados a partir da biblioteca enriquecida para E. elatior.

Primer Repetição Código Genbank Classificação Sequência 5’─3’ Alelos (pb)

Eela12* (AC)24/(AG)12 KC123209 InterrompidoF CACGACGTTGTAAAACGACCCGTTCCACACTTTCTTTCC

R GGTCGACATCGTGCTTTCT 246

Eela13 (GA)5 KC123210 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCGATGGATGCTTCTTCTCC

R AGCATGCCATGGTGTCTTAC177

Eela14* (AC)14(GCAC)(AG)14 KC123211 CompostoF CACGACGTTGTAAAACGACTTCTCCTGTCAGCTCAGCAT

R CCTGACATGCTCCAATTACG 230

Eela15* (TC)9 KC123212 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACGGTCCTTTGTTGGCTAGATG

R GACCATGACGGATTTTCG241

Eela16 (TG)5 KC123213 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACGATGTCCTGGATTTCTGCAC

R CAAACAGGCTCAATGCTG166

Eela17* (GA)16 KC123214 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCGGACTAGCTTCGACAATGA

R GGAGGAGGGTTTCTTATTCG214

Eela18* (AC)9 KC123215 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCTTGAGAGATCGGACGACAA

R CCGGTAGGAAATTCACGTAG249

Eela19 (TG)6 KC123216 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACACTAGCCCAATAACCCAACC

R GGTGGGTGCTGCAGTTAATA300

Eela20 (AT)5 KC123217 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCTGATGCCCACCTAATCAAC

R GGTAGGCCCCAGAATAAATG277

Eela21* (AG)9 KC123218 PerfeitoF CACGACGTTGTAAAACGACCCAAGGGTACAACACACACA

R CGAATTCCACTAGGGGTTCT170

63

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64

Para a caracterização dos marcadores microssatélites, o DNA dos 75 genótipos

extraído foi quantificado em gel de agarose 1 % e submetido à eletroforese horizontal sob

tensão de 3,5 V.cm

-1 por 2 h em tampão TBE 0,5X. Em seguida, o gel contendo os genótipos

foi corado em solução SYBR Safe (Invitrogen) e os fragmentos visualizados sob luz

ultravioleta (Figura 14).

Figura 14 - Perfil qualitativo do DNA genômico dos 75 genótipos de E. elatior.

O perfil de amplificação dos 19 locos SSR foi conduzido em gel de poliacrilamida 10

% desnaturante (SANGUINETTI et al., 1994) submetido à eletroforese vertical sob corrente

de 18 mA.cm

-1 durante 4 horas em tampão TBE 1X. Em seguida, o gel contendo os genótipos

foi corado com SYBR Safe (Invitrogen) e os fragmentos visualizados sob luz ultravioleta

(Figura 15).

Figura 15 - Screening dos 14 locos microssatélites (SSR) oriundos da biblioteca enriquecida

para a espécie E. elatior, em gel de poliacrilamida 10 % corado com SYBr Safe. a e b: DNAs

de E. elatior tomados ao acaso para otimização. Marcador de peso molecular de 50 pb.

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65

O screening dos locos SSR evidenciou perfil de amplificação para dez deles - Eela2,

Eela4, Eela 5, Eela8, Eela12, Eela14, Eela15, Eela17, Eela18 e Eela21, sendo que os demais

quatro locos (Eela1, Eela6, Eela7 e Eela10) não amplificaram (Tabela 34). Desta forma, os

75 genótipos de E. elatior foram genotipados com os dez locos selecionados (Tabela 34), com

asterisco) em gel de poliacrilamida 7 % desnaturante em sistema multiplex em sequenciador

automático 4300 DNA Analyzer (LI-COR Biosciences - Corporate). Foi possível verificar

elevado polimorfismo somente para seis dos 10 dez locos analisados, Eela2, Eela4, Eela8,

Eela17, Eela18 e Eela21, sendo que os demais foram todos monomórficos para o conjunto de

genótipos analisados.

Tabela 34 - Fluorescência utilizada nos 14 locos de E. elatior e amplitude do tamanho

esperado dos alelos em pares de base (pb).

Loco SSR Fluorescência M13 Tamanho (pb)

Eela1 IR700 na

Eela2* IR700 150 (4)

Eela4* IR700 200 (7)

Eela5* IR700 234

Eela6 IR700 na

Eela7 IR700 na

Eela8* IR700 160 (2)

Eela10 IR800 na

Eela12* IR800 221

Eela14* IR800 257

Eela15* IR800 302

Eela17* IR800 214 (8)

Eela18* IR800 249 (6)

Eela21* IR800 170 (8)

na: sem amplificação

Pela análise molecular dos 75 genótipos, foram estimadas as similaridades genéticas

com base no coeficiente de Dice, e construído um dendrograma para melhor visualização das

relações dos genótipos (Figura 16).

O primeiro grupo formado pelos genótipos 1, 15, 30, 34, 35, 37, 38 e 43, com destaque

para o genótipo 38 que foi o mais dissimilar deste grupo. Fazendo uma análise de suas médias

para os diversos descritores avaliados notamos que esse grupo obteve em média os valores

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66

maiores para as seguintes características: comprimento foliar (CFO) e comprimento do

pecíolo foliar (CPF) e diâmetro da haste floral (DHF).

O segundo grupo foi o maior, com 43 genótipos, apresentando também muitos

subgrupos, esse grupo apresentou as menores médias para as características: comprimento

foliar (CFO), comprimento do pecíolo foliar (CPF), número de folíolos (NFO), diâmetro da

haste floral (DHF), massas fresca total e comercial da inflorescência (MFI e MFC).

O terceiro grupo foi formado pelos genótipos 14, 19, 32, 36, 39, 40, 49, 56, 59 e 60.

Os valores médios para as características avaliadas foram maiores para o número de folíolos

(NFO) e menores em média para as seguintes características largura foliar (LLF),

comprimento da haste floral (CHF), altura da inflorescência (AIN), diâmetro da inflorescência

(DIN), massa fresca total e comercial da inflorescência (MFI e MFC).

O quarto e último grupo foi formado pelos genótipos 3, 4, 8, 17, 22, 23, 25, 26, 31, 42,

44, 55, 66 e 67. Esse grupo apresentou os maiores valores médios para largura foliar (LLF),

comprimento da haste floral (CHF), altura da inflorescência (AIN), diâmetro da inflorescência

(DIN), massa fresca total e comercial da inflorescência (MFI e MFC) e diâmetros longitudinal

e transversal da infrutescência (DLI e DTI).

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Figura 16 – Dendrograma das similaridades genéticas pelo coeficiente de DICE para 75 genótipos de Etlingera elatior, pelo método UPGMA,

utilizando os dados moleculares de microssatélites.

67

GRUPO I

GRUPO III

GRUPO IV

GRUPO II

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68

4.6 Seleção e Aplicação de Descritores para Avaliação de Flores de Corte

Para a seleção dos genótipos foram elencados cinco descritores que indicam as

melhores características para flores de corte, considerando que a seleção na coleção de

germoplasma objetiva a obtenção de plantas com inflorescências menores e de menores

massas, ocasionando no menor custo em transporte e embalagem para o produtor.

Os descritores eleitos foram: comprimento e diâmetro da haste floral (CHF e DHF),

altura, diâmetro e massa fresca comercial das inflorescências (AIN, DIN e MFC).

Os 75 genótipos constituintes na coleção de germoplasma foram avaliados para estas

cinco características, onde os genótipos que permaneceram entre as faixas de médias

escolhidas para os cinco descritores pontuavam e assim se sobressaiam como os superiores.

4.6.1 Seleção dos genótipos com melhores avaliações para os principais descritores

selecionados para flor de corte

Para o comprimento da haste floral os dados obtidos na análise estatística separaram

os 75 genótipos em seis classes de média, os valores variaram em média de 87,00 a 172,58

cm. Para esta característica, foram selecionados os genótipos que ficaram nas duas classes de

média de 100,58 a 127,58 cm. Os genótipos selecionados dentro dessa faixa de valores foram:

1, 8, 13, 19, 21, 22, 26, 29, 36, 39, 40, 41, 42, 48, 53, 54, 55, 57, 58, 60, 62, 63, 64, 69, 70, 71,

72 e 75.

Para o descritor diâmetro da haste floral, os dados foram separados estatisticamente

em quatro classes de médias, os valores variaram em média de 1,88 a 1,09 cm. Para a

característica em questão, os melhores valores selecionados para flores de corte foram as duas

classes que ficaram nos valores entre 1,30 a 1,65 cm. Os genótipos selecionados que ficaram

dentro desta faixa foram: 1, 2, 3, 5, 7, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 30,

31, 32, 33, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 60, 61, 62, 63,

65, 68, 69, 73, 74 e 75.

Para o descritor altura da inflorescência os dados agrupados estatisticamente foram

separados em seis classes de médias e variaram entre 10,58 a 16,50 cm. Os melhores valores

de médias para a característica de flores de corte estavam entre duas classes que ficaram nos

valores de 12,63 a 14,68 cm, com isso foram selecionados 53 genótipos. Os genótipos

selecionados foram: 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 25, 27,

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69

28, 29, 32, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 45, 47, 48, 49, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 58, 60, 61, 63, 65,

66, 67, 71, 72, 74 e 75.

Os dados do descritor diâmetro da inflorescência foram submetidos à análise

estatística e separou as médias em cinco classes que se diferenciaram estatisticamente,

perfazendo a faixa de valores de 12,58 a 21,04 cm. Os valores selecionados para esta

característica como as mais promissoras para flores de corte foram as duas faixas de valores

de média que ficaram entre 14,08 a 16,25 cm, englobando 26 genótipos, sendo eles 2, 8, 11,

12, 13, 18, 19, 20, 22, 26, 33, 35, 36, 37, 47, 48, 49, 53, 55, 56, 58, 60, 62, 65, 68 e 72.

Os dados de massa fresca padronizada da inflorescência passaram pela análise

estatística e foram obtidas cinco classes de médias que ficaram entre os valores de 166,25 a

480,93 g. Para este descritor a escolha das faixas de valores de médias foi aquelas em que as

inflorescências apresentaram valores menores de massa, visando à redução de custo em

transporte e embalagem. Apenas duas faixas de valores de média foram selecionadas,

perfazendo a seleção na faixa de médias de massa fresca de inflorescência na faixa de 166,25

a 235,07 g. Essa classe agrupou 20 genótipos, sendo eles 1, 3, 8, 12, 13, 16, 19, 21, 26, 27,

34, 36, 53, 56, 58, 59, 60, 62, 70 e 72.

A escolha dos genótipos foi obtida através de uma escala de pontos, cada vez que o

acesso parecia em um dos cinco descritores selecionados acima, eles recebiam uma

pontuação. Na tabela 35, pode-se observar a pontuação dos genótipos, sendo aqueles que

obtiveram a maior pontuação os genótipos com características superiores.

Tabela 35 - Notas dos genótipos que melhor se destacaram dentre os descritores

selecionados.

Genótipos Nota Genótipos Nota Genótipos Nota Genótipos Nota Genótipos Nota Genótipos Nota Genótipos Nota

36 5 58 4 39 3 7 2 38 2 74 2 46 1

53 5 62 4 41 3 10 2 45 2 4 1 50 1

60 5 72 4 42 3 14 2 47 2 6 1 59 1

8 4 1 3 49 3 17 2 51 2 9 1 64 1

12 4 2 3 53 3 23 2 52 2 15 1 66 1

19 4 11 3 57 3 25 2 55 2 24 1 67 1

21 4 13 3 63 3 27 2 61 2 28 1 73 1

22 4 16 3 65 3 29 2 68 2 30 1

26 4 18 3 75 3 32 2 69 2 31 1

48 4 20 3 3 2 33 2 70 2 34 1

56 4 37 3 5 2 35 2 71 2 40 1

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70

Os genótipos 36, 53 e 60 que tiveram nota cinco foram aqueles que se destacaram

entre os cinco descritores selecionados, sendo eleitos como superiores. Os genótipos que

tiveram nota quatro também são promissores com exceção dos genótipos 22 e 48 que não

pontuaram do descritor considerado mais importante (massa fresca comercial).

As características dos genótipos selecionados são apresentas na tabela 36.

Tabela 36 - Características dos genótipos selecionados como adequadas para flor de corte.

Genótipos CFO LLF CPF NFO CHF DHF AIN DIN MFT MFC DLI DTI COH FIN COB PMI PFB

36 593,50 121,75 115,83 33,33 114,33 1,65 13,88 16,13 311,68 233,82 10,46 8,79 verde Globoso VE Média Não

53 463,75 120,00 132,17 29,58 103,08 1,30 12,75 14,08 262,45 194,87 10,63 9,04 vinho Lanceolado VM Média Não

60 486,08 114,92 114,08 28,58 121,92 1,37 12,67 14,88 288,73 205,92 9,17 8,25 verde Lanceolado RM Média Não

8 477,92 115,83 138,25 27,08 106,17 1,12 13,24 14,77 213,21 174,11 11,33 9,75 vinho Lanceolado VM Média Não

12 502,50 119,33 121,92 30,17 129,67 1,30 13,29 16,25 321,31 223,21 7,75 6,96 vinho Lanceolado VE Média Não

19 484,08 137,08 128,17 20,42 104,33 1,21 12,68 14,58 277,70 215,56 11,13 9,38 verde Lanceolado RC Pouca Não

21 474,42 132,33 95,25 24,58 125,58 1,44 13,93 16,75 321,97 226,58 8,25 7,42 vinho Globoso VE Média Não

26 575,08 141,92 159,00 24,75 125,17 1,53 12,04 16,13 270,51 178,40 11,17 8,83 vinho Lanceolado VE Pouca Não

56 477,92 136,67 98,17 29,67 87,00 1,39 13,13 15,92 277,40 226,09 11,29 9,88 verde Lanceolado RC Média Não

58 447,33 115,50 84,33 28,08 114,58 1,26 12,79 14,46 271,00 204,20 11,46 8,71 vinho Lanceolado RC Média Não

62 469,25 125,58 90,67 27,08 119,25 1,33 11,71 14,08 265,56 200,27 10,29 8,88 verde Lanceolado VE Pouca Não

72 484,83 119,33 93,92 26,42 117,33 1,28 13,08 16,04 303,63 230,41 10,38 8,58 verde Lanceolado VM Média Não CFO: comprimento foliar; LLF: largura foliar; CPF: comprimento do pecíolo foliar; NFO: número de folíolos; CHF: comprimento da haste floral; DHF: diâmetro da haste floral; AIN: altura da inflorescência; DIN: diâmetro

da inflorescência; MFT: massa fresca da inflorescência; MFC: massa fresca comercial da inflorescência; DLI:

diâmetro longitudinal da infrutescência; DTI: diâmetro transversal da infrutescência; COH: cor da haste floral;

FIN: formato da inflorescência; COB: cor das brácteas (VE: vermelho escuro; VM: vermelho médio; RC: rosa

claro; RM: rosa médio); PMI: projeção do miolo da inflorescência; PFB: presença de folha nas brácteas.

4.7 Proposta Preliminar da Lista de Descritores para Execução dos Ensaios de

Distinguibilidade, Homogeneidade e Estabilidade de Etlingera elatior

Para elaboração desta proposta seguiu-se o trabalho proposto por Guimarães (2011),

que propõe descritores para o gênero Heliconia.

4.7.1 Objetivo

As instruções descritas estabelecem diretrizes para as avaliações de distinguibilidade,

homogeneidade e estabilidade (DHE) para uniformizar o procedimento técnico e comprovar a

distinção entre as cultivares, sendo os descritores conhecidos, sendo homogêneo quanto às

suas características para o ciclo reprodutivo e estável quanto à repetição das mesmas

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71

características ao longo de gerações sucessivas. Sendo aplicáveis para as cultivares de

espécies de Etlingera elatior.

4.7.2 Amostra viva

a) Para atender ao disposto no art. 22 e seu parágrafo único da Lei 9.456 de 25 de abril

de 1997, o requerente do pedido de proteção será obrigado a disponibilizar ao Serviço

Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), no mínimo cinco plantas, propagadas

vegetativamente.

b) As plantas devem apresentar boas condições sanitárias, estarem vigorosas e isentas

de doenças ou pragas importantes.

c) As plantas não deverão ter sido submetidas a nenhum tipo de tratamento que possa

influenciar na manifestação de características da cultivar que sejam relevantes para o exame

de DHE, a menos que autorizado ou recomendado pelo SNPC. Em caso de tratamento já

realizado, o mesmo deve ser informado com detalhes ao SNPC.

d) O método de propagação deverá ser especificado.

e) A amostra deverá ser disponibilizada ao SNPC após a obtenção do Certificado de

Proteção. Entretanto, sempre que durante a análise do pedido for necessária a apresentação da

amostra para confirmação de informações, o solicitante deverá disponibilizá-la.

4.7.3 Execução dos ensaios de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade – DHE

a) Os ensaios deverão ser realizados por, no mínimo, um ciclo vegetativo. Caso a

distinguibilidade e a homogeneidade não possam ser comprovadas em um ciclo, os testes

deverão ser estendidos por mais um ciclo vegetativo.

b) Os ensaios deverão ser conduzidos em um único local. Caso neste local não seja

possível a visualização de todas as características da cultivar, a mesma poderá ser avaliada em

um local adicional.

c) Os ensaios de campo deverão ser conduzidos em condições que assegurem o

desenvolvimento normal das plantas.

d) O tamanho das parcelas deverá possibilitar que plantas, ou suas partes, possam ser

removidas para avaliações sem que isso prejudique as observações que venham a ser feitas até

o final do ciclo vegetativo. Cada teste deve incluir no mínimo 20 plantas úteis. Podem ser

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72

usadas parcelas separadas para avaliações, desde que estejam em condições ambientais

similares. Para Etlingera elatior recomenda-se o plantio de 10 rizomas o que possibilitara a

avaliação de 20 plantas.

e) Poderão ser estabelecidos testes adicionais para propósitos especiais.

f) Para a verificação da Homogeneidade, a tolerância máxima de plantas atípicas é de

1% da população com 95% de probabilidade de ocorrência. No caso de amostra com 20

plantas, será permitido, no máximo, uma planta atípica.

g) As observações deverão ser feitas em 20 plantas ou partes de 20 plantas quando

estiverem em pleno florescimento.

h) As observações na folha deverão ser feitas naquelas adultas (última folha

completamente expandida ou mais próxima à inflorescência).

i) Devido à variação da intensidade da luz ao longo do dia, as determinações de cores

deverão ser feitas, de preferência, num recinto com iluminação artificial ou no meio do dia,

sem incidência de luz solar direta. A fonte luminosa do recinto deverá estar em conformidade

com o Padrão da Comissão Internacional de Iluminação - CIE de Iluminação Preferencial D

6.500 e deverá estar dentro dos níveis de tolerância especificados no Padrão Inglês 950, Parte

I. Estas cores deverão ser definidas se contrapondo a parte da planta a um fundo branco.

j) As cores das estruturas observadas são indicadas com base num sistema de

numeração internacional concebido pela Royal Horticultural Society da Inglaterra,

reproduzido no Catálogo de Cores RHS que contém aproximadamente 900 referências entre

cores e tonalidades.

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73

4.7.4 Tabela de descritores propostos para E. elatior

Nome proposto para cultivar: _______________________________________________.

Característica Identificação da

Característica

Código de

cada descrição

Cultivar

exemplo

Código da

cultivar

1. Folha: Coloração do pecíolo

foliar

Mesclada

Verde

1

2

2. Altura da planta: Comprimento da base à extremidade do acume da

folha

Alta (> 4,92m) Média (4,31 a 4,92 m)

Baixa (< 4,30 cm)

1 2

3

3. Folha: Comprimento foliar

Curto (< 4,30 m)

Médio (4,31 a 4,92 m)

Longo (> 4,92 m)

1

2

3

4. Folha: Largura do limbo foliar na

porção média

Estreita (< 1,06 m)

Média (1,06 a 1,28 m)

Larga (>1,29 m)

1

2

3

5. Folha: Comprimento do pecíolo

foliar

Curto (< 1,03 m)

Médio (1,04 a 1,25 m)

Longo (1,26 a 1,41 m)

Muito Longo (>1,42 m)

1

2

3

6. Folha: Número de folíolos

Pouco (< 24)

Médio (24 a 30)

Muito (> 31)

1

2

3

7. Inflorescência: Comprimento da

haste floral

Pequena (< 0,98m)

Média (0,98 a 1,28 m)

Grande (1,29 a 1,59 m)

Gigante (>1,59 m)

1

2

3

4

8. Inflorescência: Diâmetro da haste floral

Fina (<1,28 cm) Média (1,29 a 1,65 cm)

Grossa (> 1,66 cm)

1 2

3

9. Inflorescência: Coloração da

haste floral

Verde

Vinho

1

2

10. Inflorescência: Tamanho da

inflorescência

Muito Peq (<12,5 cm)

Peq (12,5 a 14,7 cm)

Média (14,8 a 15,6 cm)

Grande (> 15,7 cm)

1

2

3

4

11. Inflorescência: Coloração das

brácteas

Vermelha

Rosa

Branco

1

2

3

12. Inflorescência: Formato da

inflorescência

Globosa

Lanceolada

1

2

13. Inflorescência: Presença de

folha nas brácteas

Presente

Ausente

1

2

14. Inflorescência: Projeção do

miolo da inflorescência

Pouco

Mediana

Muito

1

2

3

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74

4.7.5 Tabela de descritores para E. elatior

4.7.5.1 Descritores para folha

Considerado o conjunto formado pelo pecíolo, limbo (folíolos) e apêndices. As folhas

de Etlingera conferem a altura da planta e apresenta diferentes características, segundo os

descritores a seguir:

Descritor Identificação do

descritor

Código de

cada

descrição

Figuras

1. Folha: Coloração do

pecíolo foliar

Mesclada

Verde

1*

2*

2. Altura da planta:

Comprimento da base

à extremidade do

acume da folha

Alta (> 4,92m)

Média (4,31 a 4,92 m)

Baixa (< 4,30 cm)

1

2*

3

3. Folha: Comprimento

foliar

Curto (< 4,30 m)

Médio (4,31 a 4,92 m) Longo (> 4,92 m)

1

2* 3

4. Folha: Largura do

limbo foliar na porção

média

Estreita (< 1,06 m)

Média (1,06 a 1,28 m)

Larga (>1,29 m)

1

2*

3

5. Folha: Comprimento

do pecíolo foliar

Curto (< 1,03 m)

Médio (1,04 a 1,25 m)

Longo (1,26 a 1,41 m)

Muito Longo (>1,42

m)

1*

2

3

6. Folha: Número de

folíolos

Pouco (< 24)

Médio (24 a 30)

Muito (> 31)

1

2*

3

* Característica mostrada na foto.

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75

4.7.5.2 Descritores para inflorescência

As inflorescências de bastão são grandes de forma piramidal. As flores são zigomorfas

ou bilaterais, envoltas por escamas (brácteas modificadas) possuindo uma pétala diferenciada.

O ovário é ínfero, tricarpelar ou trilocular, sendo que algumas possuem ovário atrofiado

(SCHULTZ, 1968). As características que mais diferem entre as espécies são:

Descritor Identificação do

descritor

Código de cada

descrição Figuras

1. Inflorescência: Comprimento

da haste floral

Pequena (< 0,98m)

Média (0,98 a 1,28 m)

Grande (1,29 a 1,59 m)

Gigante (>1,59 m)

1*

2*

3

4

2. Inflorescência: Diâmetro da

haste floral

Fina (<1,28 cm)

Média (1,29 a 1,65 cm)

Grossa (> 1,66 cm)

1*

2*

3*

3. Inflorescência: Coloração da

haste floral

Verde

Vinho

1*

2*

4. Inflorescência: Tamanho da

inflorescência

Muito Peq (<12,5 cm)

Peq (12,5 a 14,7 cm)

Média (14,8 a 15,6 cm)

Grande (> 15,7 cm)

1

2*

3*

4*

5. Inflorescência: Coloração das

brácteas

VermelhoEscuro

Vermelho Médio

Vermelho Claro

Rosa Médio

Rosa Claro

Branco

1*

2

3

4

5

6

7. Inflorescência: Formato da

inflorescência

Globosa

Lanceolada

1*

2

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8. Inflorescência: Presença de

folha nas brácteas

Presente

Ausente

1

2*

10. Inflorescência: Projeção do

miolo da inflorescência

Pouco

Mediana

Muito

1*

2*

3*

* Característica mostrada na foto.

4.8 Proposta de Padrão de Comprimento da Haste Floral para Flores de Corte

A Coleção de germoplasma de Zingiberales do Instituto Agronômico é composta por

75 genótipos de Etlingera elatior cujas características agronômicas e morfológicas foram

estudadas e avaliadas quanto seu potencial de uso para seleção de variedades com potencial

de mercado.

O mercado de bastão do imperador ainda não possui padrões de comercialização,

tendo apenas uma recomendação que as hastes comercializadas tenham comprimento entre 80

a 90 cm.

Neste trabalho foi proposto a padronização no comprimento da haste foral para sua

comercialização, a fim de organizar e obter uma otimização das hastes florais.

A avaliação dos genótipos foi feita em dois anos consecutivos 2009 e 2010, utilizando

o método estatístico de Scott & Knott a 5 % de probabilidade (Tabela 37), mostrando não

haver diferenças significativas entre os anos de avaliação, porém mostrou-se presente entre os

diferentes genótipos.

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77

Tabela 37 - Análise de variância para comprimento da haste floral em duas épocas para E.

elatior.

Fator de variação GL SQ QM F

Tratamento 74 41048,1 5547,15 17,04*

Ambiente 1 23,68 23,68 0,07

Tratamento x Ambiente 74 24086,15 325,49 2,11

Resíduo 750 115518,33 154,02

TOTAL 899 550117,26 Média: 128,68

CV %: 9,64

Os resultados da análise estatística mostraram significância para o comprimento da

haste floral, evidenciando que na coleção de germoplasma há diversidade entre os genótipos,

já que é possível observar a variação da média do comprimento da haste floral dos genótipos

pela análise Scott & Knott a 5 % de probabilidade (Tabela 38).

Tabela 38 - Resultado do teste de médias para comprimento de haste floral.

Genótipos Genótipos Genótipos Genótipos Genótipos

6 172,58 a 66 149,33 b 33 135,58 c 57 121,67 d 1 106,25 e

35 168,08 a 28 147,58 c 61 135,17 c 62 119,25 d 8 106,17 e

45 164,67 a 18 146,50 c 73 135,08 c 13 119,00 d 39 104,75 e

44 164,08 a 9 144,50 c 43 134,92 c 72 117,33 d 19 104,33 e

17 164,00 a 10 143,83 c 11 133,50 c 71 116,50 d 42 103,83 e

30 162,83 a 16 143,25 c 65 133,25 c 75 116,00 d 53 103,08 e

37 159,67 a 47 141,33 c 32 131,17 c 58 114,58 d 63 100,58 e

67 158,42 b 14 140,42 c 12 129,67 c 36 114,33 d 52 97,50 f

5 155,50 b 3 139,00 c 27 129,50 c 54 113,50 d 34 96,75 f

4 154,83 b 74 138,67 c 22 127,58 d 40 113,25 d 59 96,67 f

50 153,00 b 49 138,17 c 21 125,58 d 64 112,75 d 15 95,17 f

24 152,75 b 2 137,67 c 26 125,17 d 70 112,08 d 68 94,50 f

31 151,42 b 46 137,50 c 55 124,25 d 48 111,58 d 51 94,50 f

25 150,17 b 20 137,33 c 41 123,42 d 29 108,67 e 38 93,50 f

23 149,83 b 7 135,67 c 60 121,92 d 69 107,25 e 56 87,00 f

Média Média Média Média Média

Médias seguidas de mesmas letras não diferem estatisticamente.

As maiores médias do comprimento da haste floral foram obtidas pelo agrupamento

dos genótipos 6, 35, 45, 44, 17, 30 e 37, cujas médias ficaram na faixa de 172,58 cm a 159,67

cm. A segunda faixa de médias que se destacou estatisticamente foi o agrupamento dos

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78

genótipos: 67, 5, 4, 50, 24, 31, 25, 23 e 66, cuja faixa de médias ficou entre 158,42 cm a

149,33 cm. O terceiro agrupamento estatístico de médias foi composto pelos genótipos: 28,

18, 9, 10, 16, 47, 14, 3, 74, 49, 2, 46, 20, 7, 33, 61, 73, 43, 11, 65, 32, 12 e 27, sendo a faixa

de média desse agrupamento entre 147,58 cm a 129,50 cm. O quarto agrupamento estatístico

composto pelos genótipos: 22, 21, 26, 55, 41, 60, 57, 62, 13, 72, 71, 75, 58, 36, 54, 40, 64, 70

e 48 ficaram na faixa de 127,58 cm a 111,58 cm. O quinto agrupamento estatístico foi

composto pelos genótipos 29, 69, 1, 8, 39, 19 42, 53 e 63 ficaram na faixa de médias entre

108,67 cm a 100,58 cm. O sexto e último agrupamento de médias foi composto pelo

agrupamento dos genótipos que obtiveram os menores valores de médias para o comprimento

de hastes floral. Os genótipos que compuseram este agrupamento foram: 52, 34, 59, 15, 68,

51, 38 e 56, e os valores de médias ficaram na faixa de 97,50 cm a 87,00 cm.

A avaliação feita mostrou diferentes classes de média para o comprimento de hastes

floral. Como proposta para padrão de comprimento de hastes floral para flor de corte, foram

propostos duas faixas como padrão de corte: faixa entre 100,58 a 108,67 cm e 111,58 a

127,58 cm. Essas faixas compreendem um grande número de genótipos e permitem que o

comprimento fique num valor aceito pelo mercado de flores.

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79

5 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos no presente trabalho permitem concluir que:

a) A Coleção de Germoplasma de Etlingera elatior do Instituto Agronômico (IAC)

apresenta importante diversidade genética e que as características comprimento

foliar, diâmetro longitudinal da infrutescência, comprimento da haste floral e altura

da inflorescência apresentaram os maiores índices de variabilidade.

b) Foi possível selecionar os genótipos 8, 12, 19, 21, 26, 36, 53, 56, 58, 60, 62 e 72

como promissores para flor de corte, destacando três genótipos 36, 53 e 60.

c) Foi possível propor descritores morfológicos para corte de Etlingera elatior.

d) Foi possível propor a um padrão de altura para a haste floral para Etlingera elatior

como flor de corte.

e) Os estudos fenológicos demonstraram que na coleção de germoplasma de

Etlingera elatior existem materiais com ciclo precoce e materiais tardios e os

genótipos 59, 62, 65, 68 e 71 apresentaram florescimento em 28 dias após o início

da brotação da haste floral e os genótipos 5, 15, 30, 32, 37 e 21 apresentaram

florescimento em 46, 47, 48, 49, 50 e 53 dias respectivamente.

f) Inflorescências com hastes verdes florescem primeiro que inflorescências de hastes

vinho.

g) Os microssatélites desenvolvidos para Etlingera elatior foram eficientes para

acessar a diversidade genética.

h) Os tipos de motivos mais frequentes encontrados foram dinucleotídeos (AC, GA e

TG), buscando microssatélites perfeitos e não interrompidos.

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7 ANEXOS

7.1 - Anexo 1 - Valores médios referentes a 18 descritores agromorfológicos avaliados em 75

genótipos de E. elatior da Coleção de Germoplasma do Instituto agronômico – IAC

Genótipos COF LLF CPF NFO CHF DHF AIN DIN MFI MFC DLI DTI COH FIN COB PMI PFB

1 4,30 114,92 151,75 24,42 106,25 1,43 11,17 13,42 311,81 235,07 10,96 8,79 verde Lanceolado VE Pouca Não

2 4,60 133,58 111,42 23,33 137,67 1,58 13,04 14,79 429,75 333,25 11,50 9,21 verde Lanceolado VM Média Não

3 4,45 118,42 96,17 22,00 139,00 1,37 16,04 17,23 342,65 231,52 7,71 6,50 verde Globoso RM Muita Não

4 5,17 137,08 114,83 23,50 154,83 1,69 14,25 19,29 494,50 377,05 10,46 8,79 verde Globoso VE Média Não

5 4,79 118,67 114,67 26,25 155,50 1,55 13,50 18,50 560,90 448,09 10,42 9,33 verde Lanceolado VE Média Não

6 4,89 114,67 92,08 24,42 172,58 1,83 14,21 19,58 581,62 480,93 11,13 9,63 verde Globoso VM Média Não

7 4,65 110,67 90,08 19,33 135,67 1,36 14,00 18,08 423,94 322,85 9,46 8,29 vinho Globoso VE Média Não

8 4,78 115,83 138,25 27,08 106,17 1,12 13,24 14,77 213,21 174,11 11,33 9,75 vinho Lanceolado VM Média Não

9 5,04 118,75 97,58 25,58 144,50 1,79 14,00 18,58 432,58 309,11 13,17 11,42 verde Globoso VM Média Não

10 5,31 126,83 112,00 26,17 143,83 1,58 14,29 19,46 466,92 338,66 9,38 8,54 vinho Globoso RM Média Não

11 5,01 115,83 118,83 28,42 133,50 1,41 12,63 16,17 340,23 267,25 8,46 7,29 vinho Lanceolado VM Média Não

12 5,03 119,33 121,92 30,17 129,67 1,30 13,29 16,25 321,31 223,21 7,75 6,96 vinho Lanceolado VE Média Não

13 4,99 118,33 136,00 24,50 119,00 1,22 12,42 14,88 221,15 166,25 10,00 9,04 vinho Lanceolado VE Pouca Não

14 5,07 120,25 149,92 28,92 140,42 1,55 13,33 16,92 366,38 264,73 9,21 8,42 vinho Lanceolado VE Média Não

15 4,97 110,25 99,92 30,33 95,17 1,76 13,79 16,88 309,73 243,95 12,13 10,04 verde Globoso RC Média Não

16 5,31 113,50 120,58 28,58 143,25 1,46 13,79 17,75 300,35 189,95 8,96 8,25 vinho Globoso RM Média Não

17 5,16 149,42 128,25 23,92 164,00 1,35 14,06 18,58 403,62 287,15 9,92 8,04 vinho Globoso VM Média Não

18 5,03 115,00 105,25 25,50 146,50 1,48 13,00 14,96 357,40 245,47 8,38 7,33 vinho Lanceolado VE Média Não

19 4,84 137,08 128,17 20,42 104,33 1,21 12,68 14,58 277,70 215,56 11,13 9,38 verde Lanceolado RC Pouca Não

20 4,62 115,92 96,42 22,92 137,33 1,43 12,94 16,13 356,83 252,04 12,00 9,21 verde Lanceolado RC Média Não

21 4,74 132,33 95,25 24,58 125,58 1,44 13,93 16,75 321,97 226,58 8,25 7,42 vinho Globoso VE Média Não

22 5,85 127,58 148,42 29,83 127,58 1,44 12,96 15,28 341,36 270,44 12,79 11,58 vinho Lanceolado RC Média Não

23 4,78 156,17 132,50 22,58 149,83 1,32 14,68 17,00 459,25 354,36 10,58 9,21 vinho Globoso VM Média Não

24 5,37 133,17 134,25 27,58 152,75 1,47 15,26 19,29 397,43 294,83 11,25 9,50 vinho Globoso RC Muita Não

25 5,72 150,33 127,42 28,17 150,17 1,51 14,21 18,25 452,94 312,79 9,25 7,96 vinho Globoso RM Média Não

26 5,75 141,92 159,00 24,75 125,17 1,53 12,04 16,13 270,51 178,40 11,17 8,83 vinho Lanceolado VE Pouca Não

27 4,80 142,67 151,83 27,50 129,50 1,21 13,58 17,00 294,09 229,13 9,42 8,08 vinho Lanceolado RM Média Não

28 5,01 135,67 144,00 25,00 147,58 1,09 12,88 17,79 401,25 263,12 10,25 8,96 vinho Lanceolado RM Média Não

29 4,91 134,75 148,75 27,08 108,67 1,16 14,17 17,71 362,68 280,60 10,00 8,54 verde Globoso VM Média Não

30 5,54 121,50 155,58 27,08 162,83 1,58 15,46 19,33 490,73 364,19 10,08 8,58 vinho Globoso RM Muita Não

31 5,31 132,17 116,92 30,08 151,42 1,55 15,58 18,88 497,42 320,51 11,79 9,79 vinho Globoso RM Muita Não

32 5,29 118,75 134,92 25,25 131,17 1,52 13,86 17,38 347,78 251,76 11,42 9,58 vinho Globoso VM Média Não

33 5,13 135,92 148,17 26,83 135,58 1,38 12,38 14,92 371,70 269,45 10,54 8,88 vinho Lanceolado RM Pouca Não

34 5,32 138,58 116,75 25,00 96,75 1,24 11,29 12,75 243,18 196,69 10,58 8,54 vinho Lanceolado VM Pouca Não

35 5,82 138,67 140,83 27,83 168,08 1,81 12,88 15,25 495,06 326,17 10,83 9,21 vinho Lanceolado VM Média Não

36 5,94 121,75 115,83 33,33 114,33 1,65 13,88 16,13 311,68 233,82 10,46 8,79 verde Globoso VE Média Não

37 5,66 125,92 134,58 28,33 159,67 1,31 13,13 15,79 434,07 296,28 9,96 8,17 vinho Lanceolado RM Média Não

38 5,65 153,92 147,00 25,92 93,50 1,32 14,54 18,13 343,48 298,48 10,50 8,79 vinho Globoso RC Média Não

39 5,80 125,00 138,58 27,00 104,75 1,48 14,08 17,92 342,08 285,20 9,83 8,08 vinho Globoso RM Média Não

CFO: comprimento foliar; LLF: Largura foliar; CPF: comprimento do pecíolo foliar; NFO: número de folíolos;

CHF: comprimento da haste floral; DHF: diâmetro da haste floral; AIN: altura da inflorescência; DIN: diâmetro

da inflorescência; MFI: massa fresca total da inflorescência; MFC massa fresca comercial da inflorescência;

DLI: diâmetro longitudinal da infrutescência; DTI: diâmetro transversal da infrutescência; COH: cor da haste

floral; FIN: formato da inflorescência; COB: cor da bráctea da inflorescência(VE: Vermelho escuro, VM:

Vermelho médio, RM: Rosa médio, RC: Rosa claro); PMI: projeção do miolo da inflorescência; PFB: presença de folha na bráctea.

Continua

Page 103: TESE CARACTERIZAÇÃO AGROMORFOLÓGICA E … · pela demonstração de amor e confiança, e a pessoa que me apoiou nesta trajetória, Andrea DEDICO Ao meu filho ... é preciso paz

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Anexo 1- Valores médios referentes a 17 descritores agromorfológicos avaliados em 75

genótipos de Etlingera elatior da Coleção de Germoplasma do Instituto agronômico – IAC

40 4,82 96,25 116,25 22,58 113,25 1,79 15,86 20,33 427,47 337,22 11,46 9,00 vinho Globoso VM Muita Não

41 4,59 136,17 121,67 27,58 123,42 1,33 13,79 16,92 346,02 256,75 8,75 7,71 vinho Globoso VE Média Não

42 5,03 119,42 129,92 26,33 103,83 1,54 14,29 18,04 341,01 284,88 10,38 8,25 vinho Globoso RM Média Não

43 5,26 125,92 102,33 24,75 134,92 1,80 15,83 20,21 441,22 341,15 10,42 8,71 vinho Globoso VE Muita Não

44 5,56 138,33 134,42 27,58 164,08 1,73 16,50 21,04 548,08 374,19 10,00 8,71 vinho Globoso RM Muita Não

45 4,71 130,00 134,42 27,17 164,67 1,34 13,63 16,96 456,15 311,59 10,75 8,21 verde Lanceolado VM Média Não

46 4,80 138,75 128,08 24,83 137,50 1,37 15,21 17,67 388,53 286,09 12,58 9,13 verde Globoso VM Muita Não

47 4,90 121,67 107,58 22,50 141,33 1,44 12,92 14,67 355,30 239,59 10,04 8,46 verde Lanceolado RM Média Não

48 5,00 120,00 133,08 23,75 111,58 1,42 13,38 16,17 302,54 237,76 10,54 8,67 verde Lanceolado VM Média Não

49 5,75 112,08 137,08 28,50 138,17 1,49 13,08 15,88 375,03 281,91 10,75 8,88 verde Lanceolado VE Média Não

50 5,71 126,00 113,58 30,33 153,00 1,53 14,97 17,92 493,15 306,96 12,75 9,71 vinho Globoso RM Muita Não

51 4,46 131,00 112,17 25,00 94,50 1,55 13,91 17,38 342,21 284,23 9,63 8,00 vinho Globoso RM Média Não

52 5,19 113,92 127,33 27,92 97,50 1,41 13,42 16,71 325,49 280,28 12,75 10,54 vinho Lanceolado VE Média Não

53 4,64 120,00 132,17 29,58 103,08 1,30 12,75 14,08 262,45 194,87 10,63 9,04 vinho Lanceolado VM Média Não

54 4,71 129,67 136,00 27,58 113,50 1,38 14,59 17,29 343,26 254,34 10,88 9,13 verde Globoso VM Média Não

55 5,11 123,17 115,00 28,17 124,25 1,25 12,13 14,17 325,71 249,03 11,96 9,75 vinho Lanceolado VM Pouca Não

56 4,78 136,67 98,17 29,67 87,00 1,39 13,13 15,92 277,40 226,09 11,29 9,88 verde Lanceolado RC Média Não

57 4,44 119,83 97,92 28,42 121,67 1,55 13,54 16,66 323,05 255,68 11,79 10,00 vinho Lanceolado VM Média Não

58 4,47 115,50 84,33 28,08 114,58 1,26 12,79 14,46 271,00 204,20 11,46 8,71 vinho Lanceolado RC Média Não

59 4,15 121,58 82,17 27,58 96,67 1,18 10,58 12,58 239,23 187,91 8,71 7,54 verde Lanceolado RC Média Não

60 4,86 114,92 114,08 28,58 121,92 1,37 12,67 14,88 288,73 205,92 9,17 8,25 verde Lanceolado RM Média Não

61 4,60 105,33 79,33 25,58 135,17 1,59 13,33 17,42 329,05 253,21 10,71 8,75 verde Lanceolado VM Média Não

62 4,69 125,58 90,67 27,08 119,25 1,33 11,71 14,08 265,56 200,27 10,29 8,88 verde Lanceolado VE Pouca Não

63 4,64 133,58 112,50 27,42 100,58 1,52 13,79 18,00 358,20 282,86 11,88 9,96 verde Globoso VE Média Não

64 5,13 127,92 98,75 28,58 112,75 1,73 15,00 19,42 401,11 324,76 11,54 10,38 verde Globoso RC Muita Não

65 4,82 125,58 114,33 25,33 133,25 1,48 12,83 15,17 370,73 283,68 11,17 9,71 verde Lanceolado VE Média Não

66 6,41 149,50 111,00 33,42 149,33 1,75 14,63 19,79 532,48 430,35 20,46 14,21 vinho Globoso RM Média Não

67 4,49 122,67 135,08 29,50 158,42 1,88 14,48 19,79 519,31 333,66 15,79 12,00 vinho Globoso RM Média Não

68 4,08 120,17 96,92 22,58 94,50 1,52 12,13 16,25 303,27 278,31 7,83 7,13 verde Lanceolado RM Pouca Não

69 4,82 121,83 101,17 28,42 107,25 1,31 12,04 17,63 350,33 287,35 9,33 7,71 vinho Lanceolado VE Pouca Não

70 4,28 112,58 100,58 24,83 112,08 1,22 12,42 17,17 252,93 187,91 10,29 8,67 verde Lanceolado VM Pouca Não

71 4,65 111,17 114,42 25,25 116,50 1,28 12,88 17,88 293,39 242,61 7,29 7,04 verde Lanceolado VE Média Não

72 4,85 119,33 93,92 26,42 117,33 1,28 13,08 16,04 303,63 230,41 10,38 8,58 verde Lanceolado VM Média Não

73 4,14 116,08 109,42 23,17 135,08 1,58 14,91 19,52 430,36 321,66 9,00 7,96 verde Globoso VM Muita Não

74 5,60 137,25 116,00 29,08 138,67 1,53 13,75 17,33 372,67 263,88 10,21 8,71 verde Globoso RC Média Não

75 4,66 124,08 107,50 19,08 116,00 1,43 13,63 18,38 431,67 332,72 10,46 8,92 verde Lanceolado RM Média Não CFO: comprimento foliar; LLF: Largura foliar; CPF: comprimento do pecíolo foliar; NFO: número de folíolos;

CHF: comprimento da haste floral; DHF: diâmetro da haste floral; AIN: altura da inflorescência; DIN: diâmetro

da inflorescência; MFI: massa fresca total da inflorescência; MFC massa fresca comercial da inflorescência;

DLI: diâmetro longitudinal da infrutescência; DTI: diâmetro transversal da infrutescência; COH: cor da haste

floral; FIN: formato da inflorescência; COB: cor da bráctea da inflorescência(VE: Vermelho escuro, VM:

Vermelho médio, RM: Rosa médio, RC: Rosa claro); PMI: projeção do miolo da inflorescência; PFB: presença de folha na bráctea.