Teste de hipoteses

Embed Size (px)

Citation preview

Teste de Hiptese Introduo: Os testes de hipteses so uma das aplicaes da estatstica mais usadas. Ao testar a hiptese, toma-se uma amostra aleatria do sistema em estudo e se calcula o parmetro desejado. Conforme o valor do parmetro, a hiptese nula ser aceita ou rejeitada, a partir de procedimentos estatsticos. Definio da Hiptese (estabelecimento das hipteses): - Hiptese simples (nula): especificado apenas um valor para o parmetro. Vamos considerar sempre H0 como hiptese simples. - Hiptese composta(alternativa): especificado mais de um valor para o parmetro. A hiptese alternativa ( H1) , em geral, uma das trs seguintes: H1: valor da mdia - hiptese alternativa bilateral H1: > valor da mdia - hiptese alternativa unilateral (superior) H1: < valor da mdia - hiptese alternativa unilateral (inferior) Calcular a estatstica do Teste (valor calculado a partir da amostra que ser usado na tomada de desio): Uma maneira de tomar-se uma deciso comparar o valor tabelado com a estatstica do teste. Para o caso de testes de mdias, a estatstica do teste a varivel padronizada Z:

Regio Crtica: O valor da estatstica do teste, no caso, o valor Z, calculado supondo que a hiptese nula (Ho) verdadeira. No entanto, o valor calculado pode estar associado a uma probabilidade de ocorrncia muito baixa. Nesse caso, a hiptese nula deve ser rejeitada e aceitamos a hiptese alternativa. A regio crtica a regio onde Ho rejeitada. A rea da regio crtica igual ao nvel de significncia (a), que estabelece a probabilidade de rejeitar Ho quando ela verdadeira. Nvel de Significncia: Ao testar uma hiptese estabelecida, a probabilidade mxima com a qual se sujeita a correr o risco de um erro do tipo I denominada de Nvel de Sigificncia do Teste. Essa probalibidade, represenrada por , geralmente especificada -1-

Teste de Hiptese antes da extrao de quaisquer amostras, de modo que os resultados obtidos no influenciem na escolha. Coeficiente de Confiana (1 - ): Corresponde probabilidade de que o pesquisador venha a rejeitar a hiptese nula, quando ela efetivamente verdadeira e no deve ser rejeitada. Risco : a probabilidade de cometer o erro tipo II. Depende da diferena entre o valor constante da hiptese e os verdadeiros valores do parmetro da populao. Se a diferena for grande, ser pequeno. Se a diferena for pequena, ser grande. Eficcia de um Teste (1 - ): a probabilidade de rejeitar a hiptese nula quando ela falsa e deve ser rejeitada.Probabilidade de tomar a deciso certa. Testes (Unilateral e Bilateral): A cauda em uma distribuio a regio crtica que contm os valores que entraro em conflito significativo com a hiptese nula (H0). Elas so as regies extremas limitadas pelo valor crtico. A determinao do tipo de teste acontece de acordo com a hiptese alternativa (H1). Teste Unilateral (ou unicaudal) esquerda: A regio crtica est na cauda esquerda sob a curva. Teste Unilateral (ou unicaudal) direita: A regio crtica est na cauda esquerda sob a curva. Teste bilateral ou bicaudal: A regio crtica est nas duas regies extremas (caudas) sob a curva. Por exemplo, se utilizarmos o nvel de significncia de 5%, a probabilidade de rejeitar Ho quando ela verdadeira igual a 5%. Unilateral esquerda: Ho: = 50 H1:: > 50 Unilateral direita: Ho: : = 50 H1: : > n0, n n0. Observar tambm que o valor de n menor que o de n0 porque o ajuste para uma populao finita. Um Teste envolvendo a Diferena entre duas Propores Populacionais: A Estatstica de teste (Z efetivo) neste caso :

n1 = tamanho da amostra da populao 1. n2 = tamanho da amostra da populao 2. = tamanho total das duas amostras

-6-

Teste de Hiptese

Tabela da Distribuio Normal Padro

-7-

Teste de Hiptese

Extrada do livro Curso de Estatstica- Jairo Simon da Fonseca & Gilberto de Andrade Martins- Editora Atlas Exemplo 1:

-8-

Teste de Hiptese Uma mquina automtica produz discos metlicos, admita que os dimetros produzidos so normalmente distribuidos com desvio padro 0,13 cm. A mquina foi regulada para produzir discos com dimetro mdio de 10 am.Selecionado aleatoriamente 15 discos registram-se os respectivos dimetros (em cm) 10,0 ; 9,9 ; 10,1 ; 9,8 ; 9,7 ; 10,0 ; 9,8 ; 10,1 ; 9,7 ; 9,8 ; 9,9 ; 10,0 ; 9,9 ; 10,0 ; 9,8. a) Teste o rigor da mquina para = 5% b) Construa o intervalo de confiana para a mdia dos dimetros, para = 10% H1: p = 10 H1: p 10 x= somatrio dos dimetros/ n x= 10,0 + 9,9 + 10,1 + 9,8 + 9,7 + 10,0 + 9,8 + 10,1 + 9,7 + 9,8 + 9,9 + 10,0 + 9,9 + 10,0 + 9,8 / 15 T = x-/(/n) = 9,9 10 / 0,13/15 = - 2,979 = 5% = 0,05

Z(/2) = Z(0,05/2) = Z(0,025) = 1,96 ( dado retirado da tabela) 1 - 0,025 = 0,975 Bilateral: T > Z(/2) T< - Z(/2) T< - 1,96 - 2,979 < - 1,96 Logo, Sujeito Ho, existe evidncia que a mquina est desafinada.

Exemplo 2: -9-

Teste de Hiptese Uma mquina de refrigerante est regulada de modo a servir uma quantidade de lquido normalmente distribuido com desvio padro de 20 ml.Sabendo que numa amostra aleatria de 36 bebidas se obteve uma mdia de 250 ml. a) Construa um intervalo de confiana a 95% para a verdadeira mdia. b)Qual deveria ser o tamanho da amostra para obter uma amplitude aproximadamente 11,5? a) e [ x - Z(/2).(/n) ; x + Z.(/2).(/n) ] = e [ x Z(/2).(/n) ] = e [ 250 Z(0,05/2).(20/36) ] = e [ 250 Z(0,025).(20/6) ] = e [ 250 1,96.(10/3) ] = e [ 250 6,53 ] = e [ 250 - 6,53 ; 250 + 6,53 ] = e [ 243,47 ; 256,53 ] b) e [ x - Z(/2).(/n) ; x + Z.(/2).(/n) ] = 1 0,95 = 0,05 n = 36 = 20 Z(0,025) = 1,96

Amplitude do intervalo = 2.[ Z(/2).(/n) ] Sabemos que = 11,5. Ento: 2.[ Z(/2).(/n) ] = 11,5 Z(0,05/2).(20/n) = 11,5/2 1,96.(20/n) = 5,75 39,2 = 5,75.n n = 39,2/5,75 n = 6,82 n = 6,82 = 46,48 n 47

Exemplo 3:

- 10 -

Teste de Hiptese Um fabricante de doces afirma que a percentagem de sacos de pastilhas de chocolate mal cheios , no mximo, igual a 3%. Uma pesquisa aleatria acusa 4 sacos mal cheios em 50. A amostra foi extrada de uma remessa de 400 sacos. Considerando uma significncia de 0,05, a evidncia amostral refuta a alegao do fabricante (isto , mais de 3% mal cheios)? RESOLUO: Temos uma amostra de 50 (n=50) extrada de uma populao de 400 (N=400). Ento temos que observar que (n/N) > 5% pois (50/400) = 12,5% Sempre que isso ocorrer, deveremos, no denominador da estatistica teste, utilizar o FCPF (Fator de correo para populao Finita), dado por: N-n/N-1 - Ento, no presente caso, o no FCPF ser: 400-50/400-1 = 350/399 1 Passo: Enunciar as hipteses Ho: p 3% H1: p > 3% (teste unilateral direita) 2 Passo: Encontrar o valor de Ztab. O teste unilateral direita, com = 0,05 , logo, para uma rea de 0,45 (0,95 0,50), encontraremos, na tabela normal Ztab= 1,69 3 Passo: Desenhar a curva, plotando Ztab:

4 Passo: Calcular a estatistica teste aplicando o fator de correo para populao finita, de tamanho conhecido e o tamanho da amostra superior a 5% da populao. A proporo(ou frequncia relativa) na amostra de: f = 4/50 = 0,08 Zcalc = f po / [po.(1-po)/n].(350/399) = 0,08 0,03/[0,03.(1-0,03)]/50 = = 0,05/0,023 = 2,21 5 Passo:Comparando vemos Zcalc > Ztab O nvel de significncia de 5%, rejeitamos Ho. Logo o fabricante est enganado, a proporo de sacos mal cheios superior a 3%. Exemplo 4: - 11 -

Teste de Hiptese O peso mdio de litros de leite de embalagens enchidas em uma linha de produo est sendo estudado. O padro prev um contedo mdio de 1000 ml por embalagem. Sabe-se que o desvio padro de 10 ml e que a varivel tem distribuio normal. Para encontrar a probabilidade de erro tipo II, quando testamos a mdia ser diferente de 1000 ml ao nvel de 5% de significncia com 4 unidades amostrais, e sendo o real contedo mdio da embalagem de 1012 ml, temos: Ho: p =1000 H1: p 1000 P(erro do tipo II) = P(aceitar Ho/Ho falsa) = ? Z(/2) = Z(0,025) = 1,96 (tabela normal) 1,96 = x 1000 / 104 x = 1009,8

Erros tipo I e tipo II P( aceitar Ho/Ho falsa) = P (x < 1009,8 / = 1012) = P.[x-/(/n) < 1009,8 - 1012 / (10/4)] =P( Z < - 0,44) = 0,33 Ou seja, a probabilidade de no rejeitarmos Ho, quando a mdia real da embalagem de 1012 ml de 0,33. A partir dessa informao podemos obter o poder do teste que de 1 - = 1 - 0,33 = 0,67.

- 12 -

Teste de Hiptese REFERNCIA BIBLIOGRFICA: SIDIA M. CALLEGARI JAQUES -Bioestatstica PIRES,ANA. IST.(Outubro de 2000). Probabilidades, Erros e Estatstica COSTA NETO, P.L.O.; CYMBALISTA, M. (1994). Probabilidades. So Paulo: Edgard Blucher. FONSECA, J.S.; MARTINS, G.A. (1993). Curso de estatstica 4a ed. So Paulo: Atlas. LAPONNI, Juan Carlos (1997).Estatstica usando o Excel. So Paulo: Lapponi Treinamento e Editora. MILONE, G.; ANGELINI, F. (1995).Estatstica aplicada. So Paulo: Atlas. SNEDECOR, G. W.; COCHRAM, W. G. (1989). Statistical Methods 8rd ed. Iowa: IowaState University Press, 1989. WONNACOTT, T.H.; WONNACOTT, R. J. (1990). Introductory Statistics. New York.John wiley & Sons http://ufpa.br/dicas/biome/biotestes.htm http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/toq15_pedrobello.pdf http://www.mspc.eng.br/matm/prob_est364.shtml - Figuras editadas no Photoshop.

- 13 -