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ENSINO MÉDIO
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5/13/2018 Texto Complement Ares de Socologia - slidepdf.com
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TEXTO COMPLEMENTAR
1. Construa um glossário sobre os conceitos abaixo: A. Vida Social; B. Classe social; C. Status e papel social; D. Grupo social;E. Processo social: I. Conflito II. Competição III. Acomodação IV. Cooperação
V. Assimilação. F. Interação social e comunicação G. Contato socialH. Socialização I. Cultura e etnocentrismo J. Raça e etnia L. Estrutura socialM. Poder e etnia N. Movimento Social
ATIVIDADE CULTURA1) Conceitue com suas palavras os seguintes termos:Cultura; Relativismocultural; Etnocentrismo.2) Dê um exemplo de situação onde ocorre o etnocentrismo.3) O que é relativizar, dentro do conceito de relativismo cultural?
Pesquisa:Produza uma pesquisa sobre um povo que possui uma cultura bem diferenteda nossa. Produza um pequeno (10 linhas) texto descritivo sobre ele (o melhor texto da turma receberá ponto extra).
ATIVIDADE DE AUTOAVALIAÇÃO MANIFESTAÇOES CULTURAISRealize uma leitura cuidadosa sobre as questões a seguir.4) Defina tradição inventada e procure exemplificar observando em sua cidadeessa manifestação.5) Dê um exemplo de manifestação popular realizado em seu município.
ATIVIDADE DE IDENTIDADE DO BRASIL1) Como você descreveria o povo brasileiro?2) Quais os fatores colaboradores para a existência de racismo?3) Qual a diferença entre cultura, raça e etnia?4) O que é etnicidade?5) Dê um exemplo de etnicidade existente próximo de você (em PedroII ounoPiauí)?
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TRABALHO AVALIATIVOTarefa: produzir um pequeno documentário em vídeo abordando umamanifestação cultural típica da nossa região;Número de alunos: No máximo 5 alunos por grupo.
Atividade SOBRE FOLCLORE1) Destaque três manifestações folclóricas de PedroII.2) Qual a importância do folclore para a sociedade?3) Produza um pequeno glossário de palavras típicas de PedroII (ou lugar quevocê mora), cujo significado faz parte da cultura popular local. Atividade GLOBALIZAÇAO CULTURAL1) Descreva em poucas palavras a globalização cultural.2) Dê exemplos ilustrativos da globalização cultural diferentes dos exemplosdados pelo autor.3) Na sua opinião, quem tem razão nessa divergência. Porquê?
Os Esquimós
Por Thais Pacievitch
Os esquimós (ou inuit como se
autodenominam) vivem no Ártico, uma das regiões
mais frias da Terra. As teorias mais propagadas
afirmam que seu assentamento nas regiões maisfrias do planeta se deve ao rechaço de que foram
objeto por parte dos índios americanos (há 12.000
anos), quando chegaram ao Alaska, vindos do
nordeste da Ásia e através do Estreito de Bering.
Hoje, os esquimós não formam nem
pertencem a alguma nação. Trata-se de um povo
solidário, acolhedor e muito pacífico. São nômades
por natureza. Sua civilização se baseia na família,
patriarcal e poligâmica, na qual o homem tem mais
mulheres na medida em que possui mais riquezas.
As crianças são muito importantes para os
esquimós porque, de acordo com suas crenças, os
pequenos são reencarnações de seus antepassados.
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Os inuit crêem na existência de seres superiores aos
quais não é necessário cultuar ou mesmo fazer
orações.
Vila de Esquimós
A estatura dos esquimós é pequena, oshomens medem, em média, 1,60 m e as mulheres 10
cm menos. Seus corpos são fortes e seus membros
curtos.
As terras do norte, extremamente frias, não
permitem o crescimento de plantas, as únicas coisas
que os esquimós podem fazer para sobreviver é
caçar e pescar. É muito característico dos esquimós
andar acompanhados de cães, usados para caçar e
puxar os trenós, seu principal meio de transporte.
Dentro de suas casas, as mulheres se
dedicam a cozinhar e costurar, enquanto os homens
preparam seus utensílios para caçar e pescar focas e
baleias. Os esquimós aproveitam tudo dos animais
caçados: carne, gordura, pele, ossos e intestinos.
Sua dieta habitual era a carne fervida, mas devido à
lentidão deste processo e a escassez do combustível
animal que era necessário, este povo passou a come
carne crua. A origem da palavra esquimó (no idioma
algonquino) quer dizer comedor de carne crua.
As roupas dos esquimós são feitas com pele
de foca, com a pelagem voltada para dentro e
forradas com pele de urso ou de raposas, que as
mulheres mascam com seus dentes e curtem com
urina. Estas roupas são costuradas com os tendões
dos animais.
Durante o inverno é comum que os
alimentos fiquem escassos, época em que os
homens saem para viajar e caçar. Quando as
expedições duram muitos dias, é necessário construir
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casas temporárias, feitos com gelo, os iglus são estes
famosos refúgios.
A língua esquimó está dividida em quatro
dialetos bem parecidos, que só tem Substantivos e
verbos.Fonte:http://www.infoescola.com/curiosid
ades/esquimos/
3
Algumas interpretações sociológicas do Tipo ³brasileiro´JEITINHO BRASILEIRO
Jeitinho é uma forma de relação social tipicamente brasileira, onde o indivíduoutiliza-se de recursos emocionais ± apelo e chantagem emocional, laçosemocionais e familiares, etc. ± para obter favores para si ou para outrem. Nãodeve ser confundido com suborno ou corrupção. O jeitinho caracteriza-se comoferramenta típica de indivíduos de pouca influência social. Em nada serelaciona com um sentimento revolucionário, pois aqui não há o ânimo de semudar o status quo. O que se busca é obter um rápido favor para si, àsescondidas e sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser tambémdefinido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar bem" em umasituação "apertada". Não deve ser confundido, porém, com malandragem, quepossui seus próprios fundamentos.
Diversos personagens do imaginário popular brasileiro trazem estacaracterística. Um dos mais conhecidos é o João Grilo, personagem de ArianoSuassuna em O Auto da Compadecida.No livro Dando um jeito no jeitinho, o prof. Lourenço Stelio Rega define jeitinhocomo uma saída para situações sem saída ou mesmo para uma situação quenão se quer enfrentar, além disso, indica que o jeitinho não é só negativo(corrupção, levar vantagem, etc.), ele também tem um lado positivo. O autor demonstra isto indicando três características do jeitinho:inventividade/criatividade, função solidária e o lado conciliador do jeitinho.
O HOMEM CORDIALEm termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter
emocional do brasileiro, descrito como ³o homem cordial´ pelo antropólogoSérgio Buarque de Hollanda. No livro ³Raízes do Brasil´, este autor afirma queo indivíduo brasileiro teria desenvolvido uma histórica propensão àinformalidade. Deva-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sidoconcebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entregovernantes e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de umaordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses daselites políticas e econômicas de então. Daí a grande tendência fratricidaobservada na época do Brasil Império, tendência esta bem ilustradas pelos
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episódios conhecidos com Guerra dos Farrapos e Confederação do Equador.Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades.Desmoralizadas, incapazes de se imporem, as leis não tinham tanto valor quanto, por exemplo, a palavra de um ³bom´ amigo; além disso, o fato deafastar as leis e seus castigos típicos era uma prova de boa-vontade e umgesto de confiança, o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de
influência. De acordo com testemunhos de comerciantes holandeses, eraimpossível fazer negócio com um brasileiro antes de se fazer amizade comeste. Um adágio da época dizia que ³aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo´. Ainformalidade era ± e ainda é ± uma forma de se preservar o indivíduo. SérgioBuarque avisa, no entanto, que esta ³cordialidade´ não deve ser entendidacomo caráter passivo. O brasileiro é capaz de guerrear e até mesmo destruir;no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou seja, emocionais.
³PODE-E-NÃO-PODE´Em sua obra ³O Que Faz o Brasil, Brasil?´, o antropólogo Roberto Damattacompara a postura dos norte-americanos e a dos brasileiros em relação às leis.Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos
causa admiração e espanto nos brasileiros, acostumado a violar e a ver violadaas próprias instituições; no entanto, afirma que é ingênuo creditar a posturabrasileira apenas à ausência de educação adequada. Roberto Damattaprossegue explicando que, diferente das norte-americanas, as instituiçõesbrasileiras foram desenhadas para coagir e desarticular o indivíduo. A naturezado Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada àrealidade individual. Um curioso termo± Belíndia ± define precisamente estasituação: leis e impostos da Bélgica, realidade social da Índia. Ora,incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma realidade opressora, obrasileiro deverá utilizar recursos que vençam a dureza da formalidade, sequiser obter o que muitas vezes será necessário à sua mera sobrevivência.Diante de uma autoridade, utilizará termos emocionais. Tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum ± um conhecido, uma cidade da qualgostam, a ³terrinha´ natal onde passaram a infância. Apelará para um discursoemocional, com a certeza de que a autoridade, sendo exercida por umbrasileiro, poderá muito bem se sentir tocada por esse discurso. E muitasvezes conseguirá o que precisa. Nos Estados Unidos da América, as leis nãoadmitem permissividade alguma, e possuem franca influência na esfera doscostumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-se que, lá, ou³pode´, ou ³não pode´. No Brasil, descobre-se que é possível um ³pode-e-não-pode´. É uma contradição simples: a exceção a ser aberta em nome dacordialidade não constitui pretexto para que novas exceções sejam abertas. O jeitinho jamais gera formalidade, e esta jamais sairá ferida após o uso do
jeitinho.
³SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?´ Ainda de acordo com Roberto Damatta, a informalidade é também exercida por esferas de influência superiores. Quando uma autoridade "maior" vê-secoagida por uma "menor", imediatamente ameaça fazer uso de sua influência;dessa forma, buscará dissuadir a autoridade "menor" a aplicar-lhe uma sanção. A fórmula típica de tal atitude está contida na frase ³sabe com quem estáfalando?´. O promotor público que vê o carro sendo multado por uma
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autoridade de trânsito imediatamente fará uso abusivo de sua autoridade ±³sabe com quem está falando? Eu sou o promotor público!´. Como esclareceRoberto Damatta, de qualquer forma um ³jeito´ foi dado.
Atividade1) Descreva em suas palavras o que seria o jeitinho brasileiro.
Trabalho em Grupo Máximo de 4 alunos1. Produza um pequeno teatro abordando o ³ jeitinho brasileiro´, o³homem cordial´ e o ³sabe com que está falando´.
O MUNDO: UMA VISÃO SOCIOLÓGICA DOS FENÔMENOS SOCIAISGLOBAIS.O que é a globalização? -Uma resposta irónica mas verdadeira"Pergunta: Qual é a mais correta definiçãode Globalização?Resposta: A Morte da Princesa Diana.
Pergunta: Por quê?
Resposta: Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidentede carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês,conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por ummédico americano, que usou medicamentos brasileiros.E isto é enviado a vocêpor um brasileiro, usando tecnologia americana -(Bill Gates), e, provavelmente,você está lendo isso por ter sido escrito em um computador genérico que usachips feitos em Taiwan, e um monitor coreano montado por trabalhadores deBangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhõesconduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido aoprofessor por judeus, através de uma conexão paraguaia.Isto é GLOBALIZAÇÃO!!!"
A ocidentalizaçãoP or Ana Lúcia Santana
A ocidentalização é um fenômeno no qual as camadas orientais doPlaneta recebem uma carga de influência provinda da esfera ocidental. Elassão atraídas pela órbita dos processos industriais, tecnológicos, políticos,legislativos, econômicos, linguísticos e religiosos do Ocidente (principalmenteEstados Unidos e Europa), bem como por seu comportamento, seus valores
culturais, pela gastronomia, entre outros fatores que lhes parecem superiores.Nos últimos séculos, particularmente no universo contemporâneo, com ocrescimento do nível de globalização do mundo, a ocidentalização ganhou umavelocidade mais acelerada. Normalmente este mecanismo ocorre em umsentido de mão dupla, ou seja, um lado tem a necessidade de impor seu estilode vida, enquanto o outro deseja receber esta influência.
A ocidentalização, seguida da aculturação, se processa também comoconsequência do colonialismo implantado pelo Ocidente em povos nativos,atualmente revivido especialmente na África, em sua versão neocolonialista.
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Alguns destes grupos sociais assumiram atitudes e os próprios idiomas dosseus colonizadores; estes valores podem ser impostos ou simplesmenteadotados por vontade própria, conforme o contexto histórico. (...)Em um contato entre etnias distintas, tudo pode ocorrer, desde o genocídio, aluta pela preservação da cultura própria, a subsistência, processos adaptativos,mudanças culturais radicais, e até mesmo comportamentos que, de certa
forma, podem ser definidos como autodestrutivos. É o caso dos japoneses;entre eles vem crescendo o índice de intervenções plásticas, conhecidas comocirurgias de ocidentalização. Esta operação visa transformar os olhos das japonesas, caracteristicamente puxados, em órgãos exatamente iguais aos dasocidentais. O cirurgião cria em suas pálpebras a tradicional dobrinha típicadas mulheres do Ocidente, uma vez que no Japão elas apresentam a pálpebrasuperior desprovida de sulcos, totalmente plana. Este procedimento, que jávirou moda entre as mulheres japonesas, rouba toda distinção e o típicocharme oriental e ignora que nem todo padrão ocidental, ideal para estasociedade, é apropriado para a cultura oriental, que tem seus valores e suaaparência específica.
Atividade1) O que é ocidentalização? Dê um exemplo, não citado no texto, demanifestação daocidentalização.
A Influência da Mídia Sobre os Padrões de BelezaOs padrões de beleza é um assunto polêmico e gerador de
controvérsias, o que se vê nos dias atuais são mulheres insatisfeitas com suaimagem e atrativos físicos. O que ocorre é que estes padrões mexem com opsicológico das mulheres, pois fica claro o conflito, não sabem como sevalorizar pelos pensamentos e atitudes, pois existe uma influência acirrada queimpõe padrões magérrimos fazendo-as acreditar, cada vez mais, que só serãobem aceitas pela sociedade se aproximando dos mesmos.
Esses padrões são definidos pelas propagandas na TV e em revistas.Isto é resultantede uma mídia capitalista que bombardeiam tantas informaçõesde forma que a mulher chega até mesmo a esquecer sua individualidade e anatureza da beleza. Os resultados desta forte influência são notórios, como aobsessão pela magreza, as dietas, a malhação, a cirurgia plástica, a moda, osprodutos de beleza, todos vendidos pela mídia.
O que fica claro é o mito existente dentro destes padrões ³vendidos´,uma vez que estas mulheres são magérrimas, vivem em prol da beleza,ganham milhões para terem corpos esbeltos; o que difere bastante da
realidade da mulher moderna que precisa sair para o mercado de trabalho, se desdobrarem entre suas várias funções e ainda lidar com a cobrança interna eexterna exigidas por esses padrões. Para fugir desses padrões, que às vezes agridem tanto o aspecto físico quanto o emocional, talvez seja necessário queas pessoas ressignifiquem seus conceitos de beleza, priorizando seus pontosfortes, afim de, descobrir sua beleza natural.Patrícia Lopes - Equipe Brasil Escola
A influência do G-8 no mundo
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A sigla G-8 corresponde ao grupo dos 8 países mais ricos e influentesdo mundo, fazem parte os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França,Itália, Reino Unido e Rússia. Antes chamada de G-7, a sigla alterou-se com ainserção da Rússia, que ingressou no grupo em 1998. Explicitamente, a funçãodo G-8 é a de decidir qual ou quais caminhos o mundo deve seguir, pois essespaíses possuem economias consolidadas e suas forças políticas exercem
grande influência nas instituições e organizações mundiais, como ONU, FMI,OMC.
A discussão gira em torno do processo de globalização, abertura demercados, problemas ambientais, ajudas financeiras para economias em crise,entre outros. Segundo líderes do grupo, as discussões propostas nas reuniõestêm por finalidade diminuir as disparidades entre as economias dos paísessubdesenvolvidos. Embora na prática não seja assim, pois fica claro que asdecisões tomadas servem para atender os interesses internos dos entes dogrupo, um exemplo convincente está vinculado à abordagem ecológica, muitasvezes os países do G-8 não se comprometem a assinar acordos ambientais,tendo em vista que são os que mais provocam tais problemas. O embrião doG-8 foi gerado em 1975, na França, nas proximidades de Paris em um castelo
chamado Ramboullet onde ocorreu uma reunião informal com alguns líderes depaíses importantes. Fizeram parte da reunião: EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, para discussões sobre os problemas regionais einternacionais, logo em 1976, houve a inserção do Canadá no grupo,totalizando 7 países, referência que deu origem à sigla G-7, naquele momento.Essa configuração permaneceu até 1998, quando a Rússia integrou o grupo,formando o atual G-8. Apesar do discurso homogêneo dos países membrosfica claro o protecionismo de cada participante. Nos últimos anos sempre queacontece esse encontro, ocorre simultaneamente uma série de manifestaçõeslideradas, não por pessoas originadas de países pobres, mas, por pessoas depaíses desenvolvidos que não admitem o aumento da desigualdade social,econômica e da globalização.Por quê isso???Fonte: Eduardo de Freitas - Equipe Brasil Escola
Trabalho de pesquisa:Pesquise sobre o G-8 e a posteriormente produza um texto explicando o queestaria sendo representado no desenho abaixo.
Para refletir e responder:
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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. E as dimensões dos fatos debanho femininos. Mas será realmente um progresso?
Tão perto e tão longe«Normalmente a Internet é associada à idéiaoposta: tão longe e tão perto. Essa associação fazsentido, pois a Internet facilita imenso ascomunicações e diminui certamente as distâncias.Todavia, o fenômeno ironicamente referidono cartoon é cada vez mais frequente. As horaspassadas no computador, nomeadamente naInternet, fazem com que muitas pessoas invistampouco nas relações interpessoais ± com osfamiliares, amigos, colegas, etc. Relativamente a elasé verdadeiro dizer: tão perto e tão longe!
Para refletir e responder:
Explique o que a charge busca transmitir?
Globalização: comunicaçãoglobal³A explosão a que se assistiu nacomunicação a nível global foi possível graças aimportantes avanços na tecnologia e nasinfraestruturas das telecomunicações mundiais. Apóso pós-guerra deu-se uma profunda transformação no
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âmbito e intensidade do fluxo de telecomunicações.O sistema tradicional de comunicação telefônica,baseado em sinais analógicos enviados por fios e por cabos, foi substituído por sistemas integrados ondegrandes quantidades de informação são comprimidase transferidas digitalmente. A tecnologia por cabo
tornou-se mais eficiente e menos dispendiosa; odesenvolvimento de cabos de fibra óptica aumentougigantescamente o número de canais que podem ser suportados. Enquanto os primeiros cabostransatlânticos instalados na década de 50 do séculoXX eram capazes de transportar menos de cemcanais de voz, em 1997 a capacidade de um únicocabo transoceânico elevava-se já a cerca de 600 000.[A capacidade dos atuais é superior a um milhão.] Abanalização do recurso a satélites de comunicação,fenômeno que teve início na década de 60, foitambém importante para a expansão das
comunicações internacionais. Hoje em dia, está emfuncionamento uma rede de mais de 200 satélites,facilitando a transferência de informação pelo mundointeiro.O impacto destes sistemas de comunicaçãotem sido extraordinário. Hoje em dia, os lares e os22escritórios dos países mais desenvolvidos do pontode vista das telecomunicações têm múltiplas ligaçõesao exterior, incluindo telefones (fixos e móveis),máquinas de fax, televisão digital e por cabo, correioeletrônico e Internet. Esta última afirmou-se como aferramenta de comunicação de maior crescimento desempre ± em 1998, havia cerca de 140 milhões deutilizadores de Internet no mundo inteiro. Em 2001,são mais de 700 milhões. [Em 2009 já são mais demil milhões de utilizadores.]Estas formas de tecnologia facilitam aµcompressão¶ do tempo e do espaço: dois indivíduossituados em dois lados opostos do planeta ± emTóquio e Londres, por exemplo ± não só podem ter uma conversa em µtempo real¶, como podem tambémenviar documentos e imagens um ao outro com a
ajuda da tecnologia de satélite. O uso corrente daInternet e dos telemóveis aprofunda e acelera osprocessos de globalização. Um número crescente depessoas ficam ligadas entre si graças ao recurso aestas tecnologias, e fazem-no em lugaresantigamente isolados ou deficientemente abrangidospelo sistema tradicional de comunicações.Embora as infra-estruturas detelecomunicações não se tenham desenvolvido de
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igual forma em todo o mundo, um número cada maior de países pode ter acesso às redes internacionais decomunicação, de um modo que anteriormente nãoera possível.´ Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F.C. Gulbenkian, 2007, Lisboa, pp. 52-53.
Fundamentalismo MundialPor Leonardo Boff
Três tipos de fundamentalismo dominam acena mundial: o do pensamento único representadopela globalização imperante, o suicidário dosmuçulmanos cujo principal representante é Bin Ladene o do Estado terrorista da guerra preventiva,corporificado por Bush e por Sharon. Sabidamente, ofundamentalismo não é uma doutrina mas umamaneira excludente de ver a doutrina. Ofundamentalista está absolutamente convicto de quesua doutrina é a única verdadeira e todas as demais,
falsas. Por isso elas não têm direito, podem e devemser combatidas.O fundamentalismo do pensamento únicoapresenta o modo de produção capitalista com seumercado globalizado e a ideologia política doneoliberalismo com sua democracia eleitoral edelegatícia como a única forma razoável de organizar o mundo. O que Bush quer impor por própria contaao Iraque destroçado traduz esse fundamentalismo.O fundamentalismo suicidário muçulmanoparte da convicção de que o Ocidente, inimigohistórico desde os tempos das cruzadas, é o GrandeSatã, porque é ateu prático, materialista, imperialistae sexista. Por isso, deve ser combatido em todas asfrentes e fazer vítimas mais que se puder com asbênçãos do Altíssimo. São os únicos tão convencidosque aceitam jovialmente ser homens-bomba.O fundamentalismo do Estado terrorista à laSharon é movido pela convicção de que os judeustêm o direito, acima de qualquer outro direito dospalestinos, de montar Israel ao tamanho que tinhanos tempos do rei Davi. Por isso Sharon prosseguecom as colonizações e enquanto não realizar esse
propósito boicotará qualquer projeto de paz.O fundamentalismo do Estado terrorista à laBush possui fortes raízes religiosas, ligadas a suabiografia pregressa. Foi por vinte anos dependentede álcool até que em 1984, a convite de um amigo,Don Evans, atual secretário do comércio, começou afreqüentar o círculo bíblico dos evangélicosfundamentalistas. Após dois anos não era mais ébriode álcool mas ébrio da ideologia salvacionista destes
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fundamentalistas que se divulgava fortemente dentrodo partido republicano.Segundo ela, ³o destino manifesto´ dos EUAhoje é melhorar o mundo na medida em que oimpregnar com os valores da cultura norteamericana:com liberdade, democracia, e livre
mercado. Bush filho fazia a campanha da reeleiçãodo pai se apresentando como ³um homem que temJesus em seu coração´. O brasilianista Ralph dellaCava e o teólogo J. Stam contam que mais tarde, aopostular-se candidato, Bush reuniu os pastores dazona e lhes comunicou: ³fui chamado [por Deus]´. Emseguida fez-se o ritual ³da imposição das mãos´,sagrando-o Presidente preventivo.Essa pré-história é importante para seentender a fúria fundamentalista que se apossou deBush após os atentados de 11 de setembro de 2001.Optou combater o mal com o mal, ameaçando com
guerra preventiva a todos os países do ³eixo do mal´.Deixou claro: ³Quem não está conosco, está contranós´, é terrorista. Antes do ultimato a Saddam Hussein, pediuaos assessores que ³o deixassem a sós por dezminutos´. Qual Moisés foi consultar-se com Deus. Enuma entrevista ao New York Times de 26/04/03declarou: "Tenho uma missão a realizar e com os joelhos dobrados peço ao bom Senhor que me ajudea cumpri-la com sabedoria´. Pobre Deus! Comosalvaremos a humanidade desses desvairados? Atividade41) O que é fundamentalismo? É necessáriocombate-lo?42) Quais os tipos de fundamentalismosapresentado por Leonardo Boff?A InvisibilidadeSocial
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A invisibilidade social é um fenômeno decorrente dacontemporaneidade, masespecificamente do século XX.O termo invisibilidade social é
um conceito que foi criado paradesignar as pessoas que ficaminvisíveis socialmente, seja por preconceito ouindiferença. Esse conceito é bastante amplo,abarcando os vários fatores que levam a umainvisibilidade, tais como sociais, estéticos,econômicos, históricos, culturais, etc. Para aspessoas que sofrem com esse fenômeno, o fato queas identifica nessa minoria agredida é uma constante
e latente humilhação. Todavia isso pode acarretar diversos problemas, como depressão, doenças
psíquicas, distúrbios e o bullying.O fenômeno é determinado principalmentepelas influências sócio-econômicas advindas dosistema capitalista, o Neoliberalismo, e as crises deidentidade nas relações entre os indivíduos dasociedade moderna. Em cada caso há um tipoespecífico de invisibilidade social, que sempre ocorreem um contexto onde haja relações hierarquizadas,mesmo que irrefletido, e atingindo exclusivamenteaqueles que estão à margem da sociedade, não seretendo apenas ao econômico, mas muitas vezesabrangendo-se nas ligações culturais, sociais eestéticas.Em primeiro caso, decorrente do resultadoeconômico capitalista, há a invisibilidade pública;fenômeno condicionado a divisão social do trabalho,assim como classificou o psicólogo social FernandoBraga da Costa: ³As relações trabalhistas influem adeixar de enxergar os sujeitos como serestransformadores e pensantes, tornando os homensferramenta´.Um exemplo disso seria a identificaçãode um garçom, pura e simplesmente, por sua funçãoe uniforme, sem ater-se à singularidade do seu ³EU´,
ignorando seu nome, ignoramos também, suapersonalidade individual, tornando-o um mero ser socialmente invisível. Outra abordagem deinvisibilidade em função do modo de produçãovigente é a partir da ³Cultura de Consumo´. Esta novacultura cria necessidades na particularidade dosindivíduos, ludibriando-os a acreditar que os bensmateriais são necessários para a construção de umaidentidade e um reconhecimento social, isto é,
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fazendo-os, assim, adquirir esse novo valor deconsumo com o falso slogan: ³somos o que temos´.Tudo em prol da visibilidade social.No segundo caso, é necessário estabelecer uma comparação entre o indivíduo e sua identidadesocial ± definida pela relação entre o EU e OUTRO.
Assim, como DaMatta sugere em seu livro ³O que é oBrasil?´ a existência de dois espaços básicosbrasileiros: a casa e a rua. Essa teoria alude muito aquestão de visibilidade social. A casa reflete aoprivado ± não somente a morada, como asredondezas do bairro-, lá o indivíduo torna-se sujeitoem tom de pessoalidade exacerbado, um ser totalmente visível. Ao contrário da rua, o público, quetransforma o sujeito em indivíduo, um ser impessoal,caracterizado pela função do trabalho. Invisívelsocialmente, visível funcionalmente. Essa divergênciade identidades traçadas pelo OUTRO, fazem com
que o indivíduo entre em crise sobre sua verdadeiraidentidade. E é a partir daí que se cria outro tipo deinvisibilidade social, a invisibilidade pela indiferença.Esta indiferença pode ser oriunda de um nãodestaque por parte do indivíduo ou por um estigmade preconceito por não se adequar à ³normalidade´.Muitas vezes, a indiferença não é por insensibilidadeao outro, mas uma autopreservação, de evitarmosnos conscientizar do que é doloroso; um exemplo:são os pedintes e profissionais do sexo. A invisibilidade social, como citadoanteriormente, leva ao desprezo e à humilhação.Tais sentimentos, levam as pessoas à processosdepressivos. De acordo com Gachet, ³µAparecer¶ éser importante para a espécie humana, ser valorizadode alguma forma é parte integrante de nossapassagem pela vida, temos que ser alguém, um bomprofissional, um bom estudante, um bom pai, umaboa mãe, enfim, desempenhar com louvor algumpapel social´. Isso nos leva a outra conseqüência daexclusão social: a mobilização dos ³invisíveis´. Essegrupo é formado por pessoas que se juntam parapoder ³aparecer´. Alguns exemplos: MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais sem terra), a Central Únicade Favelas (CUFA), fóruns nacionais, etc. Além degrupos ditos oficiais, o indivíduo muitas vezes sesujeita a vestir-se, falar e comporta-se de umamaneira diferente. Sob as influências sócioeconômicasestá a compra de roupas, acessórios,produtos eletrônicos e da moda que adéqüe oindivíduo em certo grupo social.O Bullying refere-se a atitudes
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ameaçadoras que se processam por meio deagressões físicas ou verbais e que podem impedir odesenvolvimento físico e emocional saudável.Segundo pesquisa realizada em 2002 e 2003 com5500 alunos de quinta a oitava séries, grande númerodeles já se envolveram com isto, quer como
agredidos, quer como agressores. A palavra vem doinglês e pode ser aplicada nos casos em que acriança recebe apelidos por suas características: ser muito alta, muito magra ou gorda ou naquelesmanifestados fisicamente em que os mais fortesagridem o mais fraco. Algumas crianças têm de trocar de escola e outras não conseguem convencer os paisde perceber o que está acontecendo com elas.Com as informações concentradas nosparágrafos anteriores, podemos observar os impactosda Invisibilidade Social na sociedade contemporânea.Pequenos fatos que, acumulados, tornam proporções
gigantescas e afetam diretamente as relações entreos indivíduos, qualidade de vida, questõeseconômicas, etc. Movimentos para confrontar demaneira prática essa invisibilidade são criados etentam fazer a diferença, expondo a opinião deminorias, que outrora estariam condenadas ao limbo.Tratamentos psicológicos e psiquiátricos fornecemum feixe de luz no fim do túnel para quem já sofreuos impactos do Bullying, da pressão social para ³ser alguém´. Tais soluções citadas, dentre inúmeras,provam que a solução para essa invisibilidade éconquistada a longo prazo e seus resultados podemnão ser 100% eficazes, pois seus danos, em casos,são irreparáveis.Os ³invisíveis´ estão ali, prontos paraocuparem o papel de coadjuvantes e nãoincomodarem a consciência burguesa. Uma realidadedesagradável, porém concreta, que deve ser melhor trabalhada por órgãos responsáveis para, num futuropróximo, ser reduzida a níveis aceitáveis.Fonte: http://jornalsociologico.blogspot.com/ Atividade43) O que é Invisibilidade social? Dê um
exemplo de como ela ocorre.
A VIOLÊNCIA SIMBÓLICAPara Bourdieu, os valores da escola são osvalores das classes dominantes. O que ocorre sãoimposições de verdades, de modo arbitrário, comoforma de inculcações de verdades. Por exemplo, háuma adequação e valorização de uma certa estética
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e verdade da classe dominante (de beleza e justiça)em detrimento dos valores das classes dominadasEm consequência, o conceito de Beleza e de Justiçasempre é definido arbitrariamente. Não existem obom, o belo, ou o justo. Tudo é relação de forças. Ouseja, não existe um símbolo que represente em
absoluto um desses valores.Este processo de imposição de verdades (oucolonização de valores) vem a ser denominado por Bourdieu de violência simbólica. A violência simbólica é fruto da dominaçãosimbólica (capacidade que uma classe tem deexercer seu domínio sobre outra de forma doce esedutora). Ela revela-se quando é exercida de formasutil e imperceptível, de modo que o dominado tomeos valores do dominante como naturais e seus, e osinculque de forma irrefletida e docilmente.Enquanto maior for a dominação simbólica,
menor será a violência física (a percebida e sentida)e maior será a violência simbólica (a doce, nãopercebida).Quando as formas de dominação simbólicaenfraquecem, maior é a necessidade do uso daviolência física para manter a dominação.
ATIVIDADESCom base no texto responda:19) Dê um exemplo de habitus.20) Podemos afirmar que a escola está aserviço da classe dominante? Como issoocorre?21) Explique em suas palavras o que vem aser Violência Simbólica?22) Dê um exemplo que como ocorre aviolência simbólica?
O LIBERALISMO DE
ADAM SMITH
As novidades da Revolução
Industrial trouxeram muitas dúvidas. O
pensador escocês Adam Smith
procurou responder racionalmente às perguntas da
época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é
considerado uma das obras fundadoras da ciência
econômica. Os argumentos de Smith foram
surpreendentes. Ele dizia que o egoísmo é útil para a
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sociedade.
Seu raciocínio era este: quando uma pessoa
busca o melhor para si, toda a sociedade é
beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira
prepara uma deliciosa carne assada, você saberiaexplicar quais os motivos dela? Será porque ama o
seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está
pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no
pagamento que receberá no final do mês? De
qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário
dela, seu individualismo será benéfico para ela e para
seu patrão.
E por que um açougueiro vende uma carne
muito boa para uma pessoa que nunca viu antes?
Porque deseja que ela se alimente bem ou porque
está olhando para o lucro que terá com a venda?
Ora, graças ao individualismo dele o freguês pode
comprar a carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores
pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder
garantir seu salário e emprego. Portanto, é correto
afirmar que os capitalistas só pensam em seus
lucros. Mas, para lucrar, têm que vender produtos
bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para os
consumidores.
Então, já que o individualismo é bom para toda
a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem
atender livremente a seus interesses individuais. E,
para Adam Smith, quem é que atrapalhava os
indivíduos, quem é que impedia a livre iniciativa? O
Estado, dizia ele. Para o autor escocês, "o Estado
deveria intervir o mínimo possível sobre a economia".
Se as forças do mercado agissem livremente, a
economia poderia crescer com vigor. Desse modo,
cada empresário faria o que bem entendesse com
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seu capital, sem ter de obedecer a nenhum
regulamento criado pelo governo. Os investimentos e
o comércio seriam totalmente liberados. Sem a
intervenção do Estado, o mercado funcionaria
automaticamente, como se houvesse uma "mãoinvisível" ajeitando tudo. Ou seja, o vale-tudo
capitalista promoveria o progresso de forma
harmoniosa.
ATIVIDADE
9) Por que, para Adam Smith, o
egoísmo seria útil para a
sociedade?
Fonte: PCN ± Trabalho e C onsumo
Características do trabalho e
do Consumo
Sob o nome de ³globalização´,
reúnem-se fenômenos diversos que
refletem novas formas de organização dos atores
econômicos e políticos e de reorganização da divisão
internacional de trabalho.
Algumas características desse processo
podem ser compreendidas a partir das
transformações provocadas pelo desenvolvimento da
informática, das telecomunicações e da automação
que modificam, por sua vez, a organização e a
capacidade de produção econômica, dentro do
sistema capitalista de produção.
A transmissão e recepção de informações
em tempo real, seu processamento pelo computador,
criaram novas condições de investir e gerenciar o
capital e a produção em diferentes pontos do planeta.
Um mesmo produto pode ser igual e
simultaneamente produzido pelo mesmo fabricante
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em diferentes países do mundo (os mesmos
brinquedos, os mesmos automóveis, por exemplo),
segundo sua conveniência e margem de lucro. A
rapidez da informação, ao lado do desenvolvimento
dos transportes, permite também que oscomponentes de um produto final sejam fabricados
em diferentes pontos, dividindo-se a produção
segundo os lugares onde as condições econômicas
(custo do trabalho, da matéria-prima, legislação
reguladora etc.) seja mais vantajosa.
As novas formas do dinheiro, como os
cartões eletrônicos, com os quais se pode fazer
movimentação financeira em qualquer lugar, o
desenvolvimento do crédito, do marketing e da
indústria cultural permitem comercializar e prestar
serviços globalmente, de modo que a produção,
realizada nos lugares escolhidos, seja distribuída
para o mundo. É o caso dos produtos feitos nos
países asiáticos que nos últimos anos entraram no
mercado brasileiro.
O mercado financeiro, com suas bolsas de
valores, funciona articuladamente: o que acontece
em um país tem reflexos imediatos nos demais,
fazendo com que em determinados momentos os
investimentos se concentrem num país, para em
seguida migrar para outro, seguindo apenas a lógica
da rentabilidade imediata. Verifica-se o sempre
crescente movimento de fusão de empresas, de
ampliação do espectro de atuação das corporações
multinacionais e a influência de instituições
supranacionais de financiamento nas decisões
macroeconômicas.
Não é possível deixar de chamar a atenção
para a desigualdade de posições nessa
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interdependência mundial, entre os chamados países
centrais (aqueles que abrigam os centros de decisão
das grandes empresas, os grandes centros
financeiros e científicos) e os periféricos, determinada
pela desigual produção e acesso às tecnologiasagrícolas, biotecnológicas, de automação,
comunicações ou robótica, assim como a
desigualdade do impacto das inovações tecnológicas
nas diferentes classes sociais.
Configura-se, assim, um contexto instável,
de transformações aceleradas e de
transnacionalização da produção, que tem impacto
direto nas relações de trabalho e de consumo. Isso
ocorre de formas profundamente desiguais e
diferenciadas, nacional, regional ou setorialmente,
nos países centrais e nos periféricos, afetando
formas tradicionais de produção, modificando hábitos
de consumo, com grande impacto nas culturas locais.
Na acirrada concorrência internacional, as
empresas lançam mão de todos os fatores que
possam significar vantagens, como a redução dos
custos do trabalho, a expansão da subcontratação, a
tercerização da produção e o trabalho autônomo
realizado no domicílio, além de fazerem pressão para
modificar a regulamentação das relações de trabalho.
A rápida transformação na produção de
bens e serviços acabam por causar efeitos jamais
imaginados. Novas tecnologias e formas de
gerenciamento na produção promovem o aumento da
produtividade que elimina, com a automação, postos
de trabalho, gerando o chamado desemprego
tecnológico. As divisões do trabalho se alteram,
surgem novos campos de trabalho, grandes
contingentes de trabalhadores industriais são
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expulsos para o setor terciário da economia ou para o
chamado ³setor informal´, ou, ainda, são totalmente
excluídos do mercado de trabalho, criando o
desemprego conjuntural e o de exclusão.
Ao mesmo tempo, portanto, em que novaspalavras aparecem no cotidiano, como
empregabilidade, trabalho por projetos, trabalho
virtual, convive-se com o desemprego, com uma
multiplicidade de formas diferenciadas de trabalho e
de ocupação, com a insegurança e com a incerteza
em relação ao futuro. Novas profissões aparecem,
outras tendem a desaparecer, outras, ainda, se
transformam. A valorização e remuneração das
profissões e dos serviços tem mudado em função das
novas demandas do mercado. Nesse contexto em
transformação, serviços altamente remunerados
convivem com outros, muito mal pagos, sem
segurança e sem respeito às legislações trabalhistas,
ou com o desemprego.
(...) Os problemas de desemprego e
transformação das relações de trabalho dependem,
em muito, das opções por modelos de
desenvolvimento da economia nacional e da eficácia
das políticas econômicas e sociais.
Até agora, na sociedade capitalista, o
emprego é a forma predominante de exercício do
trabalho e de distribuição da riqueza produzida
socialmente e, portanto, de se auferir recursos para a
satisfação das necessidades.
A rapidez das mudanças é grande, exigindo
esforços para construir alternativas, propor mudanças
e novas formas de organização, pois as escolhas
tecnológicos também comportam decisões de
natureza política. A questão que se coloca é a de
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como fazer com que tal produtividade e capacidade
tecnológica sejam usadas em benefício da qualidade
de vida das populações e não para a maximização do
lucro ao custo da precarização das relações de
trabalho ou do desemprego. Ou, de outro modo, quenovos direitos e formas de organização social do
trabalho são necessários para fazer frente a esse
novo modelo de organização da produção, de modo a
garantir a todos os direitos de cidadania.
Ao grande aumento de produtividade
conseguido pelas novas tecnologias e organização
da produção de bens e serviços corresponde a
necessidade de vendê-los, pois é na dinâmica
produção/consumo/produção que o capital se amplia.
Por isso, juntamente com esse processo, e
guardando estreita relação com ele, vem se tornando
cada vez mais intenso o apelo às pessoas para que
consumam.
Consumidor é toda pessoa que compra um
produto ou paga pela realização de um serviço.
Consumir não é só uma relação entre particulares. Ao
utilizar água, luz e transporte coletivo, os serviços de
saúde ou educação, consome-se um serviço público,
pago por todos nos impostos diretos e indiretos.
Consumir é ter acesso não só aos bens primários de
subsistência, mas também usufruir dos
desenvolvimentos tecnológicos, dos bens culturais e
simbólicos.
Um direito básico do cidadão é ter acesso ao
mercado de consumo, aos produtos ou serviços que são oferecidos. Embora,
aparentemente, exista o livre
acesso de todos aos bens de consumo e serviços,
reconhece-se a existência de ³bolsões´ de consumo
diferenciados: se em alguns o consumo de bens é
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praticamente ilimitado, em outros existe a
impossibilidade de acesso aos bens de consumo e
serviços considerados vitais. Trata-se, portanto, de
reivindicar o acesso ao consumo como um direito
fundamental de cidadania.Problemas derivados do modelo dominante
de produção, tais como a pobreza e a desigualdade
social, colocam em questão o que produzir, para
quem, quais seriam as prioridades. Como fazer frente
à lógica desse sistema que depende de criar cada
vez mais mercadorias para continuar se expandindo,
e que para isso tem uma complexa engrenagem de
³fabricação de novas necessidades´, instalando a
idéia do poder de consumo como um valor em si?
Criando por um lado o consumo compulsivo,
excessivo e acrítico de determinados bens,
independentemente de sua necessidade ³real´ (o
chamado consumismo), e por outro a desvalorização
e a desvalia social para os que não podem consumir
no mesmo nível e o mesmo tipo de bens?
O custo social desse modelo também
transparece quando se verificam suas repercussões
negativas no meio ambiente, com o esgotamento de
recursos naturais, o desperdício de energia, o lixo, a
poluição, assim como seu impacto na saúde.
Por meio da publicidade criam-se
necessidades e novos padrões de consumo, que
passam a servir como indicadores da posição social
dos indivíduos.
Não é suficiente ter um sapato, uma roupa,
uma caneta, mas a roupa, o sapato de determinada
marca. A identidade é marcada pelo consumo não
apenas dos objetos como das marcas espalhadas
pelo mundo e que se tornaram objeto de desejo, nos
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mais diversos países e culturas, independente de
fatores como qualidade, durabilidade, adequação ao
uso, preço etc.
Assim, questões antes restritas ao âmbito da
vida privada ou individuais ganham dimensõessociais, como a questão do desperdício, do consumo
de bens descartáveis, do uso de materiais não
recicláveis, até a decisão de usar ou não um
automóvel. Os cidadãos, porém, ainda desconhecem
sua força como consumidores, sua condição de
sujeito nas relações de consumo, seus direitos e sua
capacidade para intervir nessas relações. Existem,
nacional e internacionalmente, movimentos que
defendem a idéia de que a participação na sociedade
moderna através do consumo, deve implicar a crítica
e o repúdio à exploração e precarização das relações
de trabalho, às desigualdades e discriminações de
gênero, etnia e idade, assim como a defesa de
direitos em relação ao meio ambiente e à saúde.
Fonte: PCN ± Trabalho e C onsumo
ATIVIDADE
24) Enumere as principais mudanças
ocorridas no trabalho e no
consumo na contemporaneidade.
EMPRESA
Por Tatiana Claro
Uma empresa é um sistema
de atividade contínua perseguindo um
fim de uma espécie definida, no caso
da empresa capitalista moderna é a
busca racional do lucro. Uma associação empresarial
é uma sociedade caracterizada por um quadro
administrativo (burocracia2), cuja atividade se orienta
exclusivamente e continuamente a alcançar os fins
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da organização.
EMPRESA TRANSNACIONAL E
MULTINACIONAL
Uma empresa transnacional é uma
organização que opera além de fronteiras nacionais;uma empresa multinacional faz negócios em mais
de um país, vendendo bens no mercado internacional
ou tendo fábricas em mais de um país. No caso das
transnacionais, o processo de produção e
comercialização é coordenado além de fronteiras
nacionais, de modo que, por exemplo, peças podem
ser produzidas em um local, enviadas a outro para
montagem e ainda para outro para a venda final.
Esses fatos conferem às transnacionais o potencial
de uma enorme flexibilidade, ao transferir várias
fases da produção para países com impostos e
salários mais baixos ou padrões mais lenientes de
controle da poluição ou segurança dos trabalhadores.
Essa possibilidade foi muito ampliada pelas
revoluções recentes em computadores e
telecomunicações.
Ao maximizar a flexibilidade e a
diversificação, as transnacionais aumentam a
vantagem competitiva em relação a outras empresas
e a influência nos paises em que operam. O tamanho
e o poder dessas empresas tornaram-se tão vastos
que elas rivalizam em poder econômico com a
maioria das nações, especialmente as do terceiro
mundo. Entre as 100 maiores unidades econômicas
existentes no mundo, por exemplo, metade são
países e metade são transnacionais. A emergência e
crescimento das transnacionais é a última fase na
globalização do capitalismo industrial.
2 De modo amplo podemos dizer que a burocracia é uma estrutura
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social na qual a direção das atividades coletivas fica a cargo de um
aparelho impessoal hierarquicamente organizado, que deve agir
segundo critérios impessoais e métodos racionais. Esse aparelho
dirigente, isto é, esse conjunto de burocratas, é economicamente
privilegiado e seus membros são recrutados de acordo com regrasque o próprio grupo adota e aplica.
Estratégias
empresariais no mundo
contemporâneo
Por Tatiana Claro
Monopólio
Situação em que um setor do mercado com
múltiplos compradores é controlado por um único
vendedor de mercadoria ou serviço, tendo
capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta.
Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível
mais alto para aumentar a margem de lucro. Alguns
monopólios são instituídos com apoio legal para
estimular um determinado setor da empresa nacional,
ou para protegê-la da concorrência estrangeira,
supostamente desleal por usar métodos de produção
mais eficientes e que barateiam o preço ao
consumidor. Outros monopólios são criados pelo
Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do
produto e baratear seu custo. A empresa estatal
Petrobrás era a única com permissão para
prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995,
quando o Congresso autoriza a entrada de empresas
privadas no setor.
Oligopólio
É a prática de mercado em que a oferta de
um produto ou serviço, que tem vários compradores,
é controlada por pequeno grupo de vendedores.
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Neste caso, as empresas tornam-se
interdependentes e guiam suas políticas de produção
de acordo com a política das demais empresas por
saberem que, em setores de pouca concorrência, a
alteração de preço ou qualidade de um afetadiretamente os demais. O oligopólio força uma
batalha diplomática ou uma competição em
estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento
do adversário para combatê-lo de forma mais eficaz.
O preço tende a variar no nível mais alto. Podem ser
citados como exemplos de setores oligopolizados no
Brasil o automobilístico e o de fumo.
Cartel
Associação entre empresas do mesmo ramo
de produção com objetivo de dominar o mercado e
disciplinar a concorrência. As partes entram em
acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente
em nível alto, e quotas de produção são fixadas para
as empresas membro. No seu sentido pleno, os
cartéis começaram na Alemanha no século XIX e
tiveram seu apogeu no período entre as guerras
mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por
impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência
e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar
pouco devido ao conflito de interesses.
Holding
Forma de organização de empresas que
surge depois de os trustes serem postos na
ilegalidade. Consiste no agrupamento de grandes
sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma
designação dada às empresas que abrem seu capital
e emitem ações que são negociadas em bolsa de
valores. Neste caso, a maioria das ações de cada
uma delas é controlada por uma única empresa, a
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holding. A ação das holdings no mercado é
semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é
formada para facilitar o controle das atividades em
um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos
diversos setores de um mercado como o da produçãode eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas
fatias desse mercado e adquire condições de
dominar seu funcionamento. A holding não produz,
ela apenas administra, já que é a majoritária. A
formação de holdings é considerada o estágio mais
avançado do capitalismo
Dumping
Prática comercial que consiste em vender
um produto ou serviço por um preço irreal para
eliminar a concorrência e conquistar a clientela.
Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no mercado
interno quanto no externo. No primeiro caso, o
dumping concretiza-se quando um produto ou serviço
é vendido abaixo do seu preço de custo, contrariando
em tese um dos princípios fundamentais do
capitalismo, que é a busca do lucro. A única forma de
obter lucro é cobrar preço acima do custo de
produção. No mercado externo, pratica-se o dumping
ao se vender um produto por preço inferior ao
cobrado para os consumidores do país de origem. Os
EUA acusam o Japão de praticar dumping no setor
automobilístico.
Truste
Reunião de empresas que perdem seu
poder individual e o submetem ao controle de um
conselho de trustes. Surge uma nova empresa com
poder maior de influência sobre o mercado.
Geralmente tais organizações formam monopólios.
Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de
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que adquirissem poder muito grande e impusessem
monopólios muito extensos fez com que logo fossem
adotadas leis antitrustes. Esse tipo de ação se
configura com a imposição de certas posturas das
grandes empresas sobre as concorrentes de menor expressão. As primeiras obrigam as segundas a
adotarem políticas de preços semelhantes, caso
contrário, podem baixar os preços além dos custos,
por exemplo, e forçar uma quebra dos concorrentes.
No Brasil, o controle antitruste é feito pela Lei nº
8.884/94.
ATIVIDADE
31) Dê um exemplo de prática de:
a) Monopólio;
b) Cartel;
c) Dumping;
d) Oligopólio;
e) Holding;
32) Relacione a charge com a
temática ³estratégicas
empresariais no mundo
contemporâneo´.
A Lógica da Ação
Coletiva, de Mancur Olson
Mancur Olson apresenta uma
grande contribuição para entendermos
a "cooperação" social, ou, como chamou, a Ação
Coletiva. A grande contribuição da teoria é que, por
meios lógicos, ela consegue contradizer o senso
comum de que indívíduos em grupo farão o máximo
para alcançar os objetivos do grupo quando estes
refletem seus objetivos e interesses
individuais. Olson demonstra que isso não é
suficiente para que os indivíduos se esforcem ao
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máximo no provimento de benefícios coletivos e
aponta algumas explicações.
Um dos motivos pelos quais os grupos
tendem a resultados insatisfatórios é que os
benefícios gerados são "benefícios coletivos", isto é,que uma vez gerados pelo grupo podem ser
usufruídos por todos os participantes, independente
de terem contribuído ou não para gerá-los. Podemos
pensar, por exemplo, no caso dos Sindicatos ou de
um movimento de servidores públicos por aumento
de salário. Os benefícios gerados por essas
organizações ou movimentos podem ser usufruídos
por todos os membros, mesmo sem que tenham
contribuído. Quer dizer, todos têm interesses nos
benefícios, mas nenhum interesse em arcar com os
custos. Os benefícios somente serão gerados se
houver algum tipo de coerção para que os membros
participem, ou caso haja algum membro do grupo
disposto a arcar com todos os custos porque mesmo
assim lhe será vantajoso.
Outra questão importante diz respeito ao
tamanho do grupo. Quanto maior o grupo, maior a
chance de que benefícios não sejam providos. Isso
ocorre porque tende a não haver nenhum participante
disposto a arcar com todos os custos de provimento
(já que os benefícios serão divididos entre mais
membros). Além disso, em grupos maiores os
participantes acreditam que sua contribuição
individual não terá grande importância para a geração
do benefício coletivo, de maneira que preferem
esperar que os outros gerem os benefícios. Quando
todos pensa assim, o resultado é desastroso.
Embora Olson não use esse termo no livro,
ele descreve o comportamento dos 'caronas', aqueles
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indivíduos que esperam que os demais gerem os
benefícios coletivos para então usufruí-los. Enfim, em
grupos maiores a solução parece estar na criação de
benefícios seletivos (positivos ou negativos) que
ajudem os participantes a tomar a decisão decooperar e contribuir para o benefício coletivo. Em
grupos menores, onde os membros tem contato facea-
face e, portanto, podem exercer um controle mútuo,
há maiores chances de que os benefícios coletivos
sejam alcançados.
O fato de basear-se exclusivamente em
pressupostos econômicos (o indivíduo visto como
homo economicus, a racionalidade ilimitada dos
agentes e a inexistência de fatores sociais) dá poder
de explicação à teoria. Porém, esses mesmos
pressupostos tornam possível questionar sua
validade, afinal nem sempre os indivíduos agem por
motivações exclusivamente econômicas. Os grupos
oferecem status, recompensas não-financeiras e a
assimetria de informações (decorrente da
racionalidade limitada) é um fator que influencia as
decisões dos agentes. Quer dizer, ninguém vive em
um vácuo, mas somos seres sociais influenciados e
sujeitos às pressões sociais.
De qualquer maneira, sua contribuição é de
grande importância para a compreensão de nossa
realidade social. Certamente tem grande utilidade
para entender o comportamento dos indivíduos em
grupos, organizações, associações e redes de
empresas.
OLSON, Mancur. A Lógica da Lógica C oletiva.
São P aulo: Edusp, 1999.
ATIVIDADE
36) Leia
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atentamente o
texto ³A lógica da Ação Coletiva
de Mancur Olson´ e responda:
a) No que se difere a teoria de Olson no que se
refere ao motivo que leva os indivíduos aparticiparem de movimentos sociais?
b) Por que algumas pessoas, mesmo podendo
ser beneficiadas, podem não ter interesse em
participar da ação coletiva?
c) Qual tipo de grupo (Grande ou pequeno) tende
a despender maiores esforços na ação coletiva?
Por quê?
MOVIMENTOS
SOCIAIS NO CONTEXTO
DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
Alguns trabalhadores, indignados com sua
situação, reagiam das mais diferentes formas, das
quais se destacam:
MOVIMENTO LUDISTA (1811-1812)
Reclamações contra as máquinas inventadas
após a revolução para poupar a mão-de-obra já eram
normais. Mas foi em 1811 que o estopim estourou e
surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical
de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos
líderes do movimento. Os luditas chamaram muita
atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e
destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por
serem mais eficientes que os homens, tiravam seus
trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de
jornada de trabalho. Os manifestantes sofreram uma
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violenta repressão, foram condenados à prisão, à
deportação e até à forca. Os luditas ficaram
lembrados como "os quebradores de máquinas".
Anos depois os operários ingleses mais experientes
adotaram métodos mais eficientes de luta, como agreve e o movimento sindical.
MOVIMENTO CARTISTA (1837-1848)
Em seqüência veio o movimento "cartista" ,
organizado pela "Associação dos Operários" , que
exigia melhores condições de trabalho como:
1. particularmente a limitação de 8 horas
da jornada de trabalho
5
E.E.E.F.M. ³Profª Filomena Quitiba´ Apostila organizada pelo Profº Cristiano
Bodart
2. a regulamentação do trabalho
feminino
3. a extinção do trabalho infantil
4. a folga semanal
5. o salário mínimo
Além de direitos políticos como:
estabelecimento do sufrágio universal e extinção da
exigência de propriedade para se integrar ao
parlamento e o fim do voto censitário. Esse
movimento se destacou por sua organização, e por
sua forma de atuação, chegando a conquistar
diversos direitos políticos para os trabalhadores.
As "trade-unions"
Os empregados das fábricas também formaram
associações denominadas trade unions, que tiveram
uma evolução lenta em suas reivindicações. Na
segunda metade do século XIX, as trade unions
evoluíram para os sindicatos, forma de organização
dos trabalhadores com um considerável nível de
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ideologização e organização, pois o século XIX foi um
período muito fértil na produção de idéias antiliberais
que serviram à luta da classe operária, seja para
obtenção de conquistas na relação com o
capitalismo, seja na organização do movimentorevolucionário cuja meta era construir o Socialismo
objetivando o Comunismo. O mais eficiente e
principal instrumento de luta das trade unions era a
greve.
ATIVIDADE
10) Diferencie o
movimento
Ludista do movimento cartista.
11) Quais as semelhanças entre os
movimentos cartistas com os
movimentos dos trabalhadores
na atualidade?
12) Você acha importante a
existência dos movimentos
sociais nos dias atuais?
Justifique.
PRODUÇÃO EM MASSA OU
ENXUTA? Taylorismo, Fordismo e Toyotismo
Taylorismo
Em 1911, o engenheiro
norte-americano Frederick W. Taylor
publicou ³Os princípios da
administração científica´, ele
propunha uma intensificação da
divisão do trabalho, ou seja, fracionar
as etapas do processo produtivo de
modo que o trabalhador
desenvolvesse tarefas ultraespecializadas
e repetitivas.
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Diferenciando o trabalho intelectual
do trabalho manual. Fazendo um
controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um
constante esforço de racionalização, para que a
tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, otrabalhador que produzisse mais em menos tempo
receberia prêmios como incentivos.
Fordismo
O norte-americano
Henry Ford foi o primeiro a por
em prática, na sua empresa
³Ford Motor Company´, o
taylorismo. Posteriormente, ele
inovou com o processo do
fordismo, que, absorveu
aspectos do taylorismo.
Consistia em organizar a linha
de montagem de cada fábrica
para produzir mais, controlando
melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os
transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou
três princípios básicos;
1) Princípio de Intensificação: Diminuir o
tempo de duração com o emprego imediato dos
equipamentos e da matéria-prima e a rápida
colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em
reduzir ao mínimo o volume do estoque da matériaprima
em transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a
capacidade de produção do homem no mesmo
período (produtividade) por meio da especialização e
da linha de montagem. O operário ganha mais e o
empresário tem maior produção.
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Modelo Toyotista
Na produção
em série da Ford ainda
vai houve muitos
desperdícios de matériaprima e tempo de mãode-
obra na correção de
defeitos do produto.
Essa estrutura durou até
o final da Segunda Guerra Mundial, quando também
numa fábrica de automóveis no Japão, aparece um
outro sistema de produção - o toyotismo, que se
caracterizou pela concepção "enxuta" (clean, magra,
sem gorduras). Esse novo modo de pensar a
produção sofreu forte influência do engenheiro
americano W. Edwards Deming, que atuou como
consultor das forças de ocupação dos EUA no Japão
após a Segunda Guerra. Deming argumentava com
os industriais da nação quase em ruínas que
melhorar a qualidade não diminuiria a produtividade.
A proposta é de que o próprio consumidor
escolha seu produto. O estabelecimento ou a fábrica
deixa de "empurrar" a mercadoria para o cliente, para
que este a "puxe" de acordo com as suas próprias
necessidades.
Ao contrário do sistema de massa, essa
outra concepção de produção delega aos
trabalhadores a ação de escolher qual a melhor
maneira de exercerem seus trabalhos, assim eles
têm a chance de inovar no processo de produção.
Com isso, o trabalhador deve ser capacitado, para
qualificar suas habilidades e competências, que antes
não eram necessárias. Dessa forma, os industriais
investem na melhoria dos funcionários, dentro e fora
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das indústrias.
A Toyota, ao adotar a concepção "enxuta" e
rompendo com a produção em série, possibilitou
oferecer um produto personalizado ao consumidor.
As ferramentas utilizadas eram de acordo com cadaproposta demandada pelo cliente. Inclusive, passou a
produzir automóveis com larga escala de cores, sem
gerar custos adicionais.
Os operários japoneses utilizam uma cartela
(kaban, sinal) para indicar ao colega antecedente
qual a peça deveria ser produzida e entregue. Dessa
forma, conseguem eliminar o estoque e o
desperdício, produzindo somente o que for
necessário, JIT - "just in time".
A fábrica centralizada da Ford, que ocupava
um enorme espaço, deixa de existir. As fábricas da
Toyota, sem necessitar de grande área para estoque,
são descentralizadas em menores proporções,
interligadas por sistemas de informação, com
sofisticadas tecnologias de informação e
comunicação.
Dois conceitos inovadores que surgiram na
Toyota merecem destaque: equipe de trabalho (team
work) e qualidade total. Em uma fábrica "enxuta" todo
o trabalho é feito por equipes. Quando um problema
aparece, toda a equipe é responsável. Quando ocorre
um defeito na montagem de uma peça, a equipe de
montagem se organiza na busca de maneiras de
resolver o problema. Há uma cobrança entre os pares
para que cada membro atue de uma maneira que não
prejudique os companheiros. Algumas fábricas
delegam à equipe a função de demitir ou aceitar
novos funcionários. Junto com a qualidade total também foram
inseridas novas máquinas para o interior das
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indústrias, com maior precisão e produtividade. A
substituição da mão-operária pelas máquinas fez com
que aumentasse o desemprego em escala mundial,
inclusive nos países desenvolvidos economicamente.
Contudo, a concepção "enxuta" passou a exigir maior autonomia tanto do trabalhador para expor as suas
habilidades, quanto do consumidor para dar vez à
sua vontade. É nesse modelo que o sujeito tem a
chance de escolher, tomar decisões, propor soluções
e gerar novas idéias.
Se a equipe de trabalho gerou a qualidade
total na concepção "enxuta", podemos então propor
um processo de design que seja construído de
acordo com as qualidades do cliente, que contemple
suas necessidades, seu gosto e o requinte do
designer.
GLOBALIZAÇÃO CULTURAL: IMPERIALISMO OU DIVERSIDADE?³O impacto cultural da globalização foi alvo de muita atenção. Imagens,
idéias, produtos e estilos disseminam-se hoje em dia pelo mundo inteiro deuma forma muito mais rápida. O comércio, as novas tecnologias de informação,os meios de comunicação internacionais e a migração global fomentaram um
fluxo sem restrições de cultura que transpõe as fronteiras das diversas nações.Muitas pessoas defendem que vivemos hoje numa única ordem de informação ± uma gigantesca rede mundial, onde a informação é partilhada rapidamente eem grande quantidade. («)
Segundo estimativas, centenas de milhões de pessoas do mundo inteiroassistiram ao filme Titanic , em salas de cinema ou em vídeo. Estreado em1997, o Titanic conta a história de um jovem casal que se apaixona a bordo dofatídico navio transoceânico, e é um dos filmes mais populares de sempre. OTitanic quebrou todos os records de bilheteira, acumulando mais de 1,8 milmilhões de dólares de receitas provenientes de salas de cinema em cinquenta
e cinco países diferentes. Quando da estréia do filme, formaram-se em muitospaíses filas de centenas de pessoas para comprar bilhete, e as sessõesestavam permanentemente esgotadas («)O filme é um dos muitos produtos culturais que conseguiu quebrar as fronteirasnacionais e dar origem a um fenômeno de verdadeiras proporçõesinternacionais. («) Uma razão que explica o sucesso de Titanic é o facto dofilme reflectir um conjunto particular de ideias e valores com que asassistências pelo mundo fora conseguiam identificar-se. Uma das temáticas
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centrais do filme é a da possibilidade do amor romântico vencer as diferençasde classe social e as tradições familiares. Embora este ideal seja, de umaforma geral, aceite na maior parte dos países ocidentais, ainda não prevaleceem muitas outras regiões do mundo. O sucesso de uma película como o Titanic
reflete a mudança de atitudes em relação a relacionamentos pessoais e
casamentos, por exemplo, em partes do mundo onde os valores maistradicionais têm prevalecido. No entanto, pode dizerse que o Titanic , tal comomuitos outros filmes ocidentais, contribui para essa mudança de valores. Osfilmes e programas de televisão produzidos no Ocidente, que dominam asmídias mundiais, tendem a avançar uma série de agendas políticas, sociais eeconômicas que refletem uma visão do mundo especificamente ocidental. Alguns preocupam-se com o fato da globalização estar a conduzir à criação deuma µcultura global¶, em que os valores dos mais ricos e poderosos ± nestecaso, os estúdios de cinema de Hollywood ± se sobrepõem à força dos hábitose das tradições locais. De acordo com esta perspectiva, a globalização é umaforma de µimperialismo cultural¶, em que os valores, os estilos e as perspectivasocidentais são divulgados de um modo tão agressivo que suprimem as outrasculturas nacionais. Outros autores, pelo contrário, associaram os processos deglobalização a uma crescente diferenciação no que diz respeito a formas etradições culturais. Ao contrário dos que insistem no argumento dahomogeneização cultural, estes autores afirmam que a sociedade global secaracteriza atualmente pela coexistência lado a lado de uma enormediversidade de culturas. Às tradições locais, junta-se um conjunto de formasculturais adicionais provenientes do estrangeiro, presenteando as pessoas comum leque estonteante de opções de escolha de estilos de vida. Estaremos aassistir à fragmentação de formas culturais, e não à formação de uma cultura
mundial unificada. As antigas identidades e modos de vida enraizados emculturas e em comunidades locais estão a dar lugar a novas formas deµidentidade híbrida¶, compostas por elementos de diferentes origens culturais.Deste modo, um cidadão negro e urbano da África do Sul atual podepermanecer fortemente influenciado pelas tradições e perspectivas culturaisdas suas raízes tribais, mas simultaneamente adaptar um gosto e um estilo devida cosmopolitas ± na roupa, no lazer, nos tempos livres, etc. ± que resultamda globalização.´Fonte: Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F. C. Gulbenkian, 2007,Lisboa, pp. 64-65.
TRABALHO ARTESANAL, MANUFATURA E GRANDE INDÚSTRIAO artesão se define como categoria a partir do século XII, na Europa.
Nesta época "as populações medievais procuram sem abastecer fora dasáreas do feudo e do mosteiro, adquirindo em feiras e mercados, além dosdomínios senhoriais, artigos e mercadorias de que esses domínios não
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dispunham ou que se tornam insuficientes para atender a novas exigências davida urbana"(PIMENTA - 57, p. 112). O artesão, que não é mais servo, porémhomem livre, é um trabalhador autônomo, proprietário dos meios de produção.E assim se conserva, até que as vantagens do associacionismo acabam por atraí-lo para as corporações de ofícios. De fato estas se organizaram, a partir
do séc. XI, em torno de interesses de mútuo assistencialismo, conquista domercado através da 'lealdade da fabricação, e excelência dos produtos',conforme se vê de alguns estatutos das primeiras corporações. JoaquimPIMENTA informa que "já no séc. XIII, acentuava-se no seio das corporaçõesuma tendência oligárquica entre os mestres ou patrões, para fazerem damestria um patrimônio doméstico, hereditário, de pais para filhos. (...) NaInglaterra, a qualidade de um membro de uma gilda constituía um direito denascimento ou herança. O mesmo se verifica, mais cedo ou mais tarde, noscentros urbanos de outros países, proporcionalmente com a monopolização,pelas corporações, dos ofícios e dos mercados."(PIMENTA - 64, p. 117)
Se recuamos no tempo, é porque o sistema da grande indústria temalguma coisa das corporações, como se vê: "Desde que se passa àscorporações do grande comércio e da indústria, aparecem desigualdadesprofundas, e, quando se trata de banqueiros e de industriais de tecidos, aorganização se realiza sob o regime capitalista; os mestres agrupados emcompanhias, são grandes personagens, burgueses ricos e políticos influentes,separados por um fosso, largo e permanente, daqueles que eles empregam."(PIMENTA - 64, p. 119)´
Nos séculos seguintes, já sob regime de liberdade de trabalho, ascorporações evoluem para as fábricas, sistema em que os comerciantes, oumercadores, monopolizam a força de trabalho dos artesãos, na medida que
lhes fornece a matéria prima e compram toda sua produção Uma profundamudança ocorre neste processo: o artesão perde contato com o consumidor.Entre ele e o mercado interpõe-se o comerciante, que será seu único cliente, e,em seguida, seu patrão. A fábrica representaria mais um avanço nesteprocesso: de fato, o deslocamento do artesão de seu domicílio para a fábrica,onde se reúnem artesãos de diferentes ramos da indústria, implica organizaçãode todo "processus da produção; concentra em um corpo único e disciplinadooperários de natureza diversa, graças às relações recíprocas de hierarquia esubordinação que ela lhes impõe; ela os reúne em suas oficinas, põe àdisposição deles todo um arsenal de instrumentos de produção mecânica...",
ao que acrescentamos, promove a divisão do trabalho, separando os maisfáceis, desqualificados, dos que exigem maior engenhosidade, com um grandeganho de produtividade. No entanto é a emergência do Estado moderno,Estado territorialmente centralizado, concomitante com a revolução industrial ecom a revolução política, que se criam as condições para o surgimento dagrande indústria. Diz PIMENTA que esta surgiria "da reunião de fatores que seentrelaçam e se completam na técnica de produção moderna", entre eles oaperfeiçoamento das máquinas, introdução de minérios, como ferro,
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manganês, bauxita etc.; novas fontes de energia, além da água e vento, comoa hulha, o petróleo, a eletricidade etc; e o desenvolvimento da técnica,impulsionada pelas descobertas da Química, da Física, permitindo definitivaintervenção na natureza. A grande indústria, portanto, se insere num sistemaeconômico, o capitalismo, e assume uma forma de organização técnico-
administrativa, que é a empresa. São suas características:1° Posse privada de toda e qualquer espécie de valores, entre eles os meios deprodução: matérias primas, máquinas, fábricas ou locais de trabalho;2° Produção centralizada sob direção única e em escala sempre crescente ousem limites além dos que determinam as condições de mercado;3° Concentração nos locais de produção de centenas ou milhares detrabalhadores subordinados a um mesmo regime de disciplina, os quais, por força de contratos individuais ou convenções coletivas de trabalho, prestamserviços mediante remuneração ou salário." (PIMENTA - p. 129)
A NASCENTE CLASSE TRABALHADORA
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do
trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da
população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a
população de Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de 5
milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da Revolução Industrial, os
operários viviam em condições horríveis se comparadas às condições dostrabalhadores do século seguinte. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço
como moradia e ficavam submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até
a 80 horas por semana. O salário era medíocre (em torno de 2.5 vezes o nível
de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam,
recebendo um salário ainda menor.
A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez
mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores
passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade
ficava maior. Com sua produtividade aumentava os salários reais dos
trabalhadores ingleses em mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao
progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a
jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas
semanais (10 horas diárias em cinco dias de trabalho por semana). Horas de
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trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis: 1780 -
em torno de 80 horas por semana; 1820 - 67 horas por semana; 1860 - 53
horas por semana.
Segundos os socialistas, o salário, medido a partir do que era necessário para
que o trabalhador sobrevivesse (deve ser notado de que não existe definiçãoexata para qual seja o "nível mínimo de subsistência"), cresceu à medida que
os trabalhadores pressionam os seus patrões para tal, ou seja, se o salário e
as condições de vida melhoraram com o tempo, foi graças a organização e
movimentos organizados pelos trabalhadores. Como veremos nos próximos
itens.
ATIVIDADE
1) O que foi a Revolução Industrial?
2) Quais as mudanças provocadas pela Revolução Industrial?
ATIVIDADE
1) Quais as principais características de cada um dos três períodos da
industrialização brasileira.
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO -
EXPLORAÇÃO E ALIENAÇÃO
Sabemos que as idéias de organização, coação, disciplina, obrigação estão
presentes nas relações de trabalho. Sabemos também que o trabalho moderno
levou às últimas conseqüências a 'divisão de trabalho', alimentando o processode exploração e de alienação. Mas o que representa a 'divisão de trabalho'?
Mesmo as sociedades primitivas conhecem uma divisão 'natural' do trabalho,
que é a que se dá pela especialização das funções, segundo as habilidades e
talentos inatos dos indivíduos. Assim é que os mais lentos se dedicam à pesca,
enquanto os mais ágeis/magros á caça, as mulheres ao cuidado dos filhos etc.
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e a especialização leva a um melhor rendimento, o que se dá em proveito do
grupo.
Reportagem:
Escravos do aço (Junho de 2004)
P or Dauro Veras e Marques C asara
Siderúrgicas se beneficiam de trabalho escravo em carvoarias na selva
amazônica. Esta é a ponta inicial de uma cadeia de produção que envolve, com
diversos graus de responsabilidade, gigantes industriais. Empresas controladas
pelos grupos Queiroz Galvão e Gerdau são acusadas pelo Ministério Público
Federal de se beneficiarem da escravidão para produzir ferro gusa. A
Companhia Vale do Rio Doce e a maior produtora de aço dos Estados Unidos,
Nucor Corporation, relaciona-se comercialmente com essas empresas. Uma
atividade econômica bilionária tem em sua base a violação dos direitos
humanos.
A Amazônia brasileira produz o melhor ferro gusa do mundo, usado
principalmente na produção de peças automotivas. É um mercado que
movimenta 400 milhões de dólares anuais somente na região Norte - 2,2
milhões de toneladas/ano - e tem como principal compradora a indústria
siderúrgica dos Estados Unidos. Esse gusa alimenta um mercado de alta
tecnologia, o dos aços especiais. A produção, contudo, tem na base de sua
cadeia de valor uma das piores formas de exploração humana: o trabalho
escravo, que acontece em carvoarias localizadas na floresta amazônica.
Vivem lá homens que perderam a liberdade, não recebem salários,
dormem em currais, comem como animais, não têm assistência médica e, em
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muitos casos, são vigiados por pistoleiros autorizados a matar quem tentar
fugir. Esses trabalhadores, em sua maioria, não sabem ler nem escrever. Em
geral, esqueceram a data do aniversário. Têm dificuldades de se expressar,
sentem medo, vivem acuados e não gostam de falar sobre si mesmos. Quase
sempre, não possuem carteira de identidade nem título de eleitor. São comofantasmas, com futuro incerto.
As carvoarias da Amazônia são controladas por 13 siderúrgicas com sede no
Maranhão e no Pará. Algumas siderúrgicas são de propriedade de gigantes da
economia, com atuação em quase todo o território brasileiro e também no
exterior. O grupo Queiroz Galvão é dono da Simasa e da Pindaré. O grupo
Gerdau controla a Margusa. Simasa e Margusa são acusadas pelo Ministério
Público do Trabalho de usarem mão-de-obra escrava em carvoarias ilegais.
Esse carvão é usado na produção do ferro gusa exportado aos Estados Unidos
para a produção de aço, que por sua vez é matéria prima de automóveis
e diversos outros produtos.
A Vale do Rio Doce e a Nucor não estão sendo acusadas de
envolvimento direto com o trabalho escravo. Contudo, fazem negócios
comerciais com empresas envolvidas na exploração de trabalho escravo. A
sociedade, a Constituição brasileira, normas internacionais e até os princípios
de responsabilidade social empresarial, como se pode ler mais adiante, não
admitem o uso de escravidão em nenhum elo da cadeia produtiva.
Pior que gado
Mesmo nas carvoarias onde não existe trabalho escravo, a legislação é
sistematicamente descumprida. Os trabalhadores não recebem equipamentos
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de proteção individual, não têm alojamento nem assistência médica. Também
não são registrados em carteira nem têm direito aos benefícios legais. "É uma
realidade assustadora", define o procurador do Ministério Público do Trabalho
em São Luís (MA), Maurício Pessoa Lima. "Em inspeções realizadas em
carvoarias, eu vi o gado vivendo em melhores condições que ostrabalhadores". Em um relatório de inspeção realizada em carvoarias ligadas à
Simasa e à Margusa, entre os dias 8 e 17 de março deste ano, o procurador do
trabalho Luercy Lino Lopes apontou o envolvimento direto das siderúrgicas
com o trabalho escravo. Escreveu Lopes:
"De um modo geral, em todas as carvoarias inspecionadas observou-se: (...) O
trabalho é realizado em condições absolutamente aviltantes e degradantes, em
total ofensa à própria dignidade dos trabalhadores, o que, segundo entendo
pela atual redação do artigo 149 do Código Penal Brasileiro, tipifica a conduta
pertinente à redução à condição análoga à de escravo".
Em outro trecho, o procurador acrescenta:
"Raramente algum trabalhador é flagrado de posse de EPI (equipamento de
proteção individual); trabalham em meio à fuligem e fumaça de carvão, sem
camisa ou com a camisa toda rasgada e suja; com calção e sem botinas e
luvas. Em nenhuma das carvoarias vistoriadas foi encontrada água potável".
Reincidência
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O uso de trabalho escravo envolvendo siderúrgicas não é recente. Em 1995,
ano em que o Ministério do Trabalho criou o Grupo Especial de Fiscalização
Móvel, quatro siderúrgicas localizadas no Mato Grosso e em Minas Gerais
foram acusadas de manter trabalhadores escravos em carvoarias. No Mato
Grosso, a pequena cidade de Ribas do Rio Pardo se tornou uma espécie depólo escravagista, com denúncias em vários setores da economia. No ano
seguinte surgiram pela primeira vez, nos relatórios do Grupo Móvel, os nomes
de siderúrgicas ligadas a grandes conglomerados econômicos. É o caso da
siderúrgica Pindaré, da Queiroz Galvão, com sede em Açailândia (MA). Ela
aparece em relatórios do Grupo Móvel em 1996, 1997, 1998, 2002 e 2003. A
Simasa, também da Queiroz Galvão, aparece pela primeira vez em 2002,
tornando-se freqüente desde então. A Margusa, comprada pela Gerdau no dia
2 de dezembro de 2003, aparece em março de 2004.
Diversos relatos do Grupo Móvel não caracterizam as situações encontradas
como trabalho escravo, mas "trabalho degradante", o que é diferente.
Enquadra- se na condição de trabalho degradante aquele em que o trabalhador
não tem registro em carteira, não dispõe de equipamento de proteção, dorme
em um curral sem paredes, não tem acesso a água potável ou a assistência
média, férias, 13º salário. Em quase 100% dos casos não conta com um
banheiro no local de trabalho.
O trabalho escravo, segundo a OIT, acontece quando existe coação e privação
da liberdade. Em 2003, com a mudança do artigo 149 do Código Penal, o que
acima foi descrito como trabalho degradante passou a ser interpretado, por
alguns especialistas, como escravidão. É o caso de situações extremamente
degradantes como as que são encontradas pelo Grupo Móvel nas carvoarias,
explica o procurador do Ministério Público do Trabalho, Maurício Pessoa Lima.
O procurador Luercy Lino Lopes, em seu relatório de março, não hesitou em
acusar Simasa e Margusa de envolvimento com trabalho escravo.
"Diante das impressões que tive no local, a situação das carvoarias, sobretudo
no Pará, é muito grave e reclama providências urgentes. Penso ser necessária
uma imediata investida contra as siderúrgicas", afirmou. Lopes, que
acompanhou o trabalho realizado pelo Grupo Móvel durante nove dias e esteve
em oito carvoarias entre os municípios de Dom Eliseu (PA) e Pastos Bons
5/13/2018 Texto Complement Ares de Socologia - slidepdf.com
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(MA), relacionou a existência de 37 trabalhadores na carvoaria da Simasa e 20
na carvoaria da Margusa. Segundo o relatório:
"Não há salário definido, existe a prática de endividamento do trabalhador
(sistema de barracão ou cantina); as condições de conforto e higiene são
péssimas".
24Orientações Gerais aos alunos Os trabalhos deverão ser entregues no horário previamente marcado. Emcaso de atraso, serão decrescidoscerca de 20% do valor total por dia de atraso; Os trabalhos deverão está de acordo com as exigências de padronizaçãopré-estabelecido pelo professor. Casoisso não ocorra o trabalho terá seu valor decrescido de acordo com as suasvariações do formato previamente
determinado; Em caso de atraso de chegada em sala de aula, o aluno deverá pedir permissão ao coordenador e ao professor para entrar em sala. Atrasos frequentes não serão tolerados (exceto por forçamaior); Para computar pontos no caderno o aluno deverá receber o visto doprofessor em tempo previsto. Atividadesem visto não será computada na nota do caderno; Toda a atividade de sala deverá ser realizada dentro do tempo previsto peloprofessor; As atividades de sala de aula ou de casa deverão ser realizadasindividualmente;
Caso o aluno empreste o caderno para que o colega copie as resposta, osdois não receberão visto; No caso dacola ocorrer sem a permissão do dono do caderno, o aluno ³colador´ não terá ovisto na atividade. Em caso de ausência do aluno na aula este deverá, na aula seguinte,apresentar a tarefa efetivada da aulaperdida; A nota trimestral estará assim distribuída:o Primeiro trimestre: 06 pontos no caderno; 14 pontos em trabalhos extra-classe em grupo ou individual (o númeromáximo será
previamente estabelecido); 10 pontos em prova escrita;· Total: 30 pontoso Segundo trimestre: 06 pontos no caderno; 14 pontos em trabalhos extra-classe em grupo ou individual (o númeromáximo serápreviamente estabelecido); 10 pontos em prova escrita;
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· Total: 30 pontoso Terceiro trimestre: 10 pontos no caderno; 15 pontos em trabalhos extra-classe em grupo ou individual (o númeromáximo serápreviamente estabelecido);
15 pontos em prova escrita;· Total: 40 pontos Os alunos poderão sugerir outra opção de trabalho a ser realizado (no lugar do pré-estabelecido). Este seráanalisado pelo professor. Caso atenda os objetivos traçados, este poderá ser permitido no lugar do trabalhopedido inicialmente
Durkheim e os fatos sociais
Para o filósofo francês Émile Durkheim, na vida em sociedade o homemdefronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por ele,mas que existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidaspor todos.
Seguindo essas idéias, Durkheim afirma que os fatos sociais, ou seja, o objetode estudo da Sociologia, são justamente essas regras e normas coletivas queorientam a vida dos indivíduos em sociedade.
Esses fatos sociais têm duas características básicas que permitirão sua
identificação na realidade: são exteriores e coercitivos.
Exteriores, porque consistem em idéias, normas ou regras de conduta, foramcriadas pela sociedade e já existem fora dos indivíduos quando eles nascem.
Coercitivos, porque essas idéias, normas e regras devem ser seguidas pelosmembros da sociedade. Se alguém desobedece a elas, é punido pelo resto dogrupo.
Outro conceito importante para Émile Durkheim é o de instituição. Para ele,uma instituição é um conjunto de normas e regras de vida que se consolidamfora dos indivíduos e que as gerações transmitem umas as outras. Ex.: a Igreja,o Exército, a família, etc.
As instituições socializam os indivíduos, fazem com que eles assimilem asregras e normas necessárias à vida em comum.
Consciência coletiva
5/13/2018 Texto Complement Ares de Socologia - slidepdf.com
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Consciência coletiva trata-se do ³conjunto das crenças e dos sentimentoscomuns à média de uma mesma sociedade´ que ³forma um sistemadeterminado com vida própria´.
Weber e a ação social
Para o sociólogo alemão Max Weber a análise deve concentrar-se nos atores eem suas ações; a sociedade não é algo exterior e superior aos indivíduos,como para Durkheim. Para ele é qualquer ação que o indivíduo praticaorientando-se pela ação de outros.
Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo decomunicação, a partir de suas ações, com os demais.
Ele estabelece quatro tipos de ação social
Tradicional: aquela determinada por um costume;
Afetiva: aquela determinada por afetos;
Racional com relação a valores: determinada pela crença consciente numvalor considerado importante;
Racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional queestabelece fins e organiza meios necessários.
Marx e as classes sociais
Diferentemente de Durkheim e Weber, Marx considerava que não se podepensar a relação indivíduo-sociedade separadamente das condições materiaisem que essas relações se apóiam.
Para viver, os homens têm de, inicialmente transformar a natureza Para Marx,a produção é a raiz de toda a estrutura social.
O objetivo maior de Marx era estudar a sociedade de seu tempo ± a sociedadecapitalista.A produção na sociedade capitalista só se realiza porque capitalistase trabalhadores entram em relação.
Marx considerava que há um permanente conflito entre essas duas classes ±conflito que não é possível resolver dentro de sociedade capitalista.
Para ele, a ciência tem um papel político necessariamente crítico em relação àsociedade capitalista.
A idéia de alienação
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Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, apropriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios deprodução que se tornaram propriedade privada do capitalista.
Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estadorepresenta apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.
Autoria: Rosemary Lopes