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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIA – DIAC DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA CURSO: TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES TURMA: 20121.1.01415.1V ANO LETIVO: 2012.1 – CARGA-HORÁRIA: 69H/A PROF. DR. FLORÊNCIO CALDAS DE OLIVEIRA Texto teórico 2 Sequência dialogal A sequência dialogal é a mais comum das sequências textuais, porque funciona como a “espinha dorsal” de vários gêneros orais do dia a dia, como a conversa informal, o debate e a entrevista. Também pode, é claro, assumir forma escrita e surgir nos contos, nos romances e nas piadas. Assim como as demais sequências, a sequência dialogal tem uma estruturação peculiar. Quando se mostra de forma completa, ela apresenta três partes: SEQUÊNCIA FÁTICA INICIAL – SEQUÊNCIA TRANSACIONAL – SEQUÊNCIA FÁTICA FINAL Como o elemento presente em toda sequência dialogal é o diálogo, imagina-se que, antes de iniciá-lo, os interlocutores cumprimentem-se, abrindo o canal de comunicação, para depois tratarem do assunto devido e, ao final, cumprimentem-se novamente. Nos momentos inicial e final, portanto, surgem expressões fáticas típicas, como “oi”, “bom dia”, “alô” e “diga aí”, por exemplo, para o início, e “tchau”, “até logo” e “boa noite”, por exemplo, para o fecho. Entre as saudações iniciais e finais, há uma troca de falas entre os interlocutores. Veja o minoconto abaixo: CONVERSA “REVELADORA” ― Oi! Sequência fática inicial ― Oi! ― Onde você estava? ― Eu?! ― Ora, quem poderia ser? Eu estou falando com você! ― Comigo?! ― É claro!!! Abestalhado!!! Sequência fática transacional ― Abestalhado? Eu? ― Demente!!! Doido!!! Idiota!!! ― Mais... ― Burraldo!!! Imbecil!!! ― gritou lívida de ódio. ― Enciumado! Morto de ciúme de você.

Texto Teorico Sequencia Dialogal Redes

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Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do RNDiretoria de Educao e Cincia DIACDisciplina: Lngua PortuguesaCurso: Tecnologia em Redes de ComputadoresTurma: 20121.1.01415.1VAno letivo: 2012.1 Carga-horria: 69h/aProf. Dr. Florncio Caldas de Oliveira

Texto terico 2Sequncia dialogal

A sequncia dialogal a mais comum das sequncias textuais, porque funciona como a espinha dorsal de vrios gneros orais do dia a dia, como a conversa informal, o debate e a entrevista. Tambm pode, claro, assumir forma escrita e surgir nos contos, nos romances e nas piadas.Assim como as demais sequncias, a sequncia dialogal tem uma estruturao peculiar. Quando se mostra de forma completa, ela apresenta trs partes:

SEQUNCIA FTICA INICIAL SEQUNCIA TRANSACIONAL SEQUNCIA FTICA FINAL

Como o elemento presente em toda sequncia dialogal o dilogo, imagina-se que, antes de inici-lo, os interlocutores cumprimentem-se, abrindo o canal de comunicao, para depois tratarem do assunto devido e, ao final, cumprimentem-se novamente. Nos momentos inicial e final, portanto, surgem expresses fticas tpicas, como oi, bom dia, al e diga a, por exemplo, para o incio, e tchau, at logo e boa noite, por exemplo, para o fecho. Entre as saudaes iniciais e finais, h uma troca de falas entre os interlocutores. Veja o minoconto abaixo:

CONVERSA REVELADORA

Oi!Sequncia ftica inicial Oi! Onde voc estava? Eu?! Ora, quem poderia ser? Eu estou falando com voc! Comigo?! claro!!! Abestalhado!!!Sequncia ftica transacional Abestalhado? Eu? Demente!!! Doido!!! Idiota!!! Mais... Burraldo!!! Imbecil!!! gritou lvida de dio. Enciumado! Morto de cime de voc. ...!!! ...!!!

Sequncia ftica final Tchau! Tchau!(autor annimo)

Para produzir sob a forma escrita uma sequncia dialogal, o enunciador precisa saber utilizar, com mais propriedade, certos sinais de pontuao, como as reticncias e os pontos de interrogao e exclamao (que imprimem ao dilogo um tom vivo e pitoresco) e o travesso (que demarca a mudana de fala de interlocutor ou, em outros casos, a separao entre a voz de quem narra e a do personagem).Muito dificilmente se encontram, sob forma escrita, sequncias dialogais completas. mais comum as sequncias fticas serem omitidas ou aparecer uma delas. Tambm comum, como j se afirmou anteriormente, a sequncia dialogal encontrar-se subordinada sequncia narrativa.

REFERNCIASADAM, J. M. Les Texts: types et prototypes. Paris: Edicions Nathan, 1992.VILELA, M.; KOCH, I. Gramtica da Lngua Portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.