Textos - Hermenêutica e Argumentação Jurídica - Riccardo Guastini

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  • 5/10/2018 Textos - Hermen utica e Argumenta o Jur dica - Riccardo Guastini

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    \.\RI G .C ,CARDO . . UM11N1

    I f

    \'

    Edit Q -I! Latl d I ! ! I I0" C-_', 1 : 1 ' oar' I ,- ' n ' : - I Ii " r a " S ' II. , _ __ ' ~ _ _ ~ . __ ___ __ _ ' _ I _ ,1&Rua Santo Amaro, 3 49 .. C RP 0131"'001

    Venda.s: Pone (11)' 3 ~ O I 1 l - ' 5 . 1 8 , oEm'ailO , V" : ~ n ' l d l a - , s ~ . ' i q ' u ~ ' ' i ' ] j ~ l e r'l'''''~'n a r t : r.br-_ . I ' ~~ " . , .~ _I ,~I U ~'I.i[t.H4.. ' . , " I- , I" b- . ! " _ ' _ ' _ . ) ;1 'J - - : " ' .Site ~Y I V i W , ~ q , u a r t ie r . _a . t in art r

    Apresenta~io a .-Helena 'Tov'eira To r '!e!

    PrO/WrJr ' '(f. .Fac~d'ade'de D1Te'ito d o UlriU4TSidu;afe a u Silo, , P a u l C ? (DSP) Ie da ' PantYfcia' Uni;ve.rsid'ild~ Cat6Uioo de Si. ri .~tlU10 .[PUcIS-~

    T.radu~o deEdson BiniFacttldatk d~FilfJWfttJ.~.Ul'nls eCii!R:c-im.HWi!i'nns"da ,f]SP'

    Trodutof' dfJ obr.am':'rit df! A . 1 f Ross'-TODOS-OS DIRE.I1DS IWSER.VADOS~ ~biall ,r.ep'~du~o t01~ au,pBiJI I p o : r ' q u a ! l fm ,._let me w .Q\], prrooe.ssg' , espeaa ibf ieul@ :poT sist~'aa8 ' , l l l i l i O O S ~ i ~~mmicos" , wlogri6MS Impm,gr.:lfico~. fOllQgt1ifial$, -v idoogt.mons~ Vedacw' a:m,erdQri :ml ;801 [~lr:ilJl'~pera~ roW omparclcal. ~ em c omO '. li n. ,C 1l us j~oe qu 11- ue r il,an e. ' IDlu'til OhIIi em q U " a l q w ; e : f ,s:i'Ste1m ~ dep~m.tmm dea-d ".~ pTaLb]~ ,ap l iClml -l e t a _ _ D l b h r r u k earadmstEClI s Iriffile~ da J' o bm , e .a sn a ' itom~'O~ A vio - I m , r i - O - tXosdlr1!llD!i, a ti Il ~m I e[PQ.M~omo ai,'e, (i&rt. '~84 e ,para-~ d o , 'C6digp Pen~lll'rom pima de-pr i5 io e m u l~ b u sC 1! '!mpreensio e' indu~~ dIVer-SU (arb.:D1a no aa '~'Olli.l~* de.19tO~11998m Lei, d o : : ; J lme i t05 .AD'WniJ ] .' \} "l 0 . . :1p\1l~; '-~""il~N~\l"!', Cp" JU"'R~1)', . " . f \~~~ ~lfQ~~i ,,~

    EditoraQ . .. rtier 'Lat in , do_':D5i1Sao' c aulo~nverne de 2005:

    .ql1artie:rlaDn:@quartierlatin~:art~m'

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    Io_

    IIr

    ' or . m ad o em Ad ;m jn i 5 tr o ~a l de . Bm , ra as p E lo l,Funda,~iioG ~m l 1 a lTgfiJas -1b.,,~}1

    Editu,--- d,e ,extol:' risdla Tanaea.M ' e s r , ' , c m d c z ' ml , D i r n i t : - o naPuesP- - - - a.,.- - ~ . ... ~. '1 cia . Ed i_ . .1 " , a l l : , Ma,mea ' Oue' as:

    ,FQm1:Qd~ mJI , l, :, tMiI$ pelo' F F L C H . . .US P. 'R "_-qli.lhi~ 18 . , ~, DpD. ~ - " ' ! 1 1 1 . 7 . SUM:A lu", r . . ....,~..0

    II

    ~.- . .

    ""nl !!! l iuC"l~;m~' . ' ,"eeardo.~o;),!L J ,~ , . '.fa, Trad, Refs B " w "l iD~ ntes al.:t1'"'r"I I. - - I, 0 , O ' , . .. :- . I, .__~ i _ L - 'W UJI,,&U_ I ~ '. , '. _ 1 .

    ~I Int t- td''''' '6S I ; ! ! ' 1 ' 1 . 'fr~re ~a~a() . ' - . r a . uqao . ' " " "1 1 ," ! " I !I,"'" +" os . ,. ~ . " . I ~ i . ~ . , I 1> . . ' . . .. ' . . , ' , . . . .. . 4 ! . " '' ' . . 2 , . 1 " 1

    ,Aprese:- ta~iio,por Heleno Taveira T8 - '~S "","" '"~nn ",~....."...n..~.IU isAp ' re s e l lt i: u ;i o! H e l e ne ' T a ve i ~ a . 6 r r e~ . .. ..~io P 'a ul o :Quartier La : ' . .n,200'5~

    I

    r i b l i 6graj la'D . ,... N ""Hrpgsla. I VS..:,.':.:or:ma[ ~ . . B e:g 1 n I . : : E :C i S i ,,~.. =

    - 'D ':~ " . ' . . , '" ,. _ = . .., , , , '2: "4 -2.. _1 i s p o s a c ; .a _ , c ~ e _no,rma, ~~" . i ~ o~" " . ' . , +1 " ' ,. . . . .. ' . . , . , . .. . . " ' ' ' ' . ~ ; . I . , . . II J ~+ . . . ~ , !~ ' I . .. .. , .. ' . '

    IDdicepara c a ti l og o s i s temA t i co : ': ,~ Fi lo so fi a do Direi to,

    . ' ! i o N ' ' . I . 's , - : - , ' I, l . ,. -, - zem eom r " l d ' - ~ " - ,, . '' ' ' ' . - '' - 'iil)[8~4. ,olnn,a na dng.oag m. comll _os JunSl3S, ._.. ..."'...~,~~........Uo~ ~ .!II - .D ' '1 1 ~ V ' " C , . O I I i5.. - l S p O ' S ' e ;; a o e : norma e m . eZ lO ' ,.:fl.. a .a : - . ~ ,.tt" " ~ +i-;; ~ + ..~3;0I

    i .. .

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    1I I

    1",,,0,..i :o.II i L l !

    Entr.~t,o" D~O h ;a em Ross a1 lgnma,indlca~i,ol sobre OSm e . .. .todos 'que ' possam ser empr egado s para conheeer ,8 id;l '!oi,ogia,n o rma t fv a , d o: ;Jm z es (e,~ooma:q"ii.el1tem.ente', para eonheeer a s f en -

    ~ ! _ ~tea "reais" do direitoJ .. A s , vezes, Ross pareee :pel1sar .nas mve sn . .., g i 3 i Q o e s p sie ole gic as , n a introspeccao. Mas " , 18 b_eDIver, nato e'necessaria psieo...nalisar os jufzes .par,o.eonhecer a SUiJ , 'id,crplo....gila"E sufieiente analisar I(] "cornportamento deles" ..

    Ohserve-se: 0 compertamento dos juizes ,! 'Urneomporta ...'. ~men t e Ji.n;gwstico~que consiste J1.a,reda~o -de senteneas. Poroutre lado, 'as s en t en ea s n,i~o!cmpreeadem s omen t e as de~isiaeSem se.ntido!estrito, ou seja'Jos disposi tivos: toda senten~, com-preende tambem,-u~~ .mDtiVftlca,o:. E e precisemente da monva-~a.olque e ' possivel extrair a,ideolog ia normativa ,dOj 'uiz.Pcrtanto,depois 'de' tudo, na.D h , a , raza,u para afastar-se do~l ,oocmportamentigmo~i ' = sob 3, ,eon,diQ:io de entender POf "com-p o r ta im ,e n t' o d o j ' u : i i ; i " a. ,de-c isioJuris diclonal 'DS, su a inteiresa (dis-positive mais -motiva:~io); 0 que signifies que G luetodor dacj'e:ntiaempiriea do direito 1120 e 0'utr a coisa ~en,:aoa anil'ise dn rin~.a.~'gem dos j 'uh:esl'li3 i

    VI~IA INTERPRETAc;;Ao: OBJETOS, OO;>CElTOS,TE,O,RlAS

    J:urisp'mdenoo (kuma a 'U:m,3 f ihl ' sol i 'a db ld ir :e i '~oiea1ista)~M':~nbgaa:rdt,Co-p~M;ague" ] 94, 6'1 ca:p.. ' V I . ,

    14~ lei. E . : B u 1 y g tn ~ ,Sen tmm: g'{~dmuria~H~'rea,zionedfdi~':tfio{Sente~;and'i~'iaria~ C ' ri a~o d~ dh~t~'O),1967j, em , , P : ~C O m a D J d u , o c i , e ,F L G U M i~ m [~d~.)~' a t z : a l ' i s Jdel fagiO(IfJtune!1',fG' fJ iurid'ioo'~M~;teria ll'ad 'WO' d~.oU.arudeJ1ti (A . a . . . a U 5 e , ~o ra-lC5.ocbdojurldil::lJ.M'ater ia is : pant.lim, d~'esfu,d$nfe.$) j 'w~~J Gt a p p i~~~B ~:Nt-r im!, 198", ~

    1

    IIIII

    1

    Iii' OUJETOS, DE lNTBRPRETAt;.lOI

    ,0 'Voc ibu1pl 'b~terpr~t&~io',-om e em , g , e r , a ! ' O J S voe1ibulQS da1i"ngtl,a ~taliana,com '0mesmo snflxo, pode denetar ,seja um a ati-vidade =a ~thrlda,de in . temf . e tmt iV'a , . ., ,_ ,eja '0. ~est i l , t , a , 4 o ,Ot1 :grtld:uto'desta , i luvil,dade. PO't ' exemplo, "as disposicoes legals some a In-terpretaeao ~f s a c O dispos i q . o " e s que disc ip ],n am a ativi dade'interpretativa; 'em eontrapartida nma j! illtequ'etaea,g restli'tiva.~., e o' res ,u]tado de u ma e erta ' tecn ica mterpretativa.

    Ob b ' ! I:~' t - ~ _~. t .,A;nn inmente "COdaserva-se qu e 0 ' V e r , . ' . 'Q ' ' lD ; :em " , 'e "H r , ~ eomume ._~\,..sa .....na Iinguagem da s c I@ i :u : i; a so c i al s , acompanhado dos m ai s v ar i-,ad,rJ;g'o i 'mplemientos-obJeto~ em diversoe CQDteA~tO.se c om diveF'- 'sa .sn ,uan~~s~cd' ,ei ;gnifi ,cido1i ,Se;gondo 0usc' eer r en t e , muitas eoisasbeter~neus podem eonsdtuir objet.o de interpll~ta'r'50e os ; s i ; g -n i fi c ado s que 0 1 odb:uJ~ ' d e ' ve z em v e z. as s nm e ,pareoom Idepell:- 'der pr ine ipalmente do O P O I Ide 'obJeto do qual trata a .at i"r id,a .d,~~interpretativa, Por e x e m , p 1 . ' Q : :

    ( . 1 ) Quando sefala de in t erp 'r e t a r 'u rn a to o u e empo r t amen -to.humano, ~~:nt,emreta.~~s , vezes sign if lca (l~,]l,)ifazer s l 1 . p o , m , Q , o e sem, t ome de s ' o~ ji e 't i: v os , l a s razoes,. O~'ldas :inten~ces do slljeitoagente; outras vezes slgnifica (1~2) atl~']huirU.Dlsentido ou urn

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    mas' ~e similares, 0 voeabulo 'in e'_preta-!i8.9 1 denota, grossomodo , o r a ~ a t iv i da d e, de averi.gu,a CHLIe\cidi.r 0 s~ .gn if il c ado dea]gu II , ' :ocume'nto 0111 text9Ijp;ridie~~ p~,a_IQ res'1~1Jt3,doc'u,pr'oQ1!-

    ~::::::::; -- -t Q _ . q ~ .~N~~tivi ,_gl lad~~n s:ej 'a~"0' pr6pr io , ~gniflcado~ Se~ainterpre-ta~~lo e a- ividade d~e'averiguacao on Ide decisao e ques - $ 0eontroversa.a qual as divers as teerias da interpret8,'~(] d~'qlres-

    , il,," t" -pos as nneren es,N,atlLUalmen e, h , l t uma gra de variedade d e ' ' - 'ext~s juridi-

    c o s ~ ; u je i 'os ,a 'intelllr-eta~.o'~ o . e xe m p lo , l ei s, r egn lameu tos , eon-tratos, testamentos, se n te n e a s , .atos administrativcs e' assim pordiante, Todaviar.na literatura que -tr.at~:d.a.nter l l ret~u;ao_ , um aate ... aa particular e dedieada, comumente, a mterpretay-~C) ' da'le~e das' fontes ',0 direito em geral, Em particular quando sefala da interp'r'et,;t~aodas fontes do direito (tex, lOS. normatives,forrnulacoes. de normas), como qnase semp e aeonteee, iCilI~el"~Ileta.r' s i - , jf ic a l e 5c la r re ce f 0 '-lcon'teudoHe' ' D n 0 cam " '0 d e . ap;l ica:-n: a o de uma norma,

    " - - - - -

    v alo r a , a ~ a oc on si d e ra d a . . - . ": p a r ti e n la r , ' O : D f lm h i lo d o d is e n rs o .jur.i~ico, "in te rp re te r ~ :1- fato" ( c omo hom~c i : tJ .i ointencional di-gamos, antes de qu e eotno morte acidental) signifiea i n cl u ir e s s e 0: o deatro de nms eerta Ie asse defatos, '00 !ll,bsumrr esse fatosob t ,na llonna, on. ain a q:u~,:lificar esse fato segundo 0 esque-r na d e qU.E, if i ,ca~a.oefereeido p or um a n or ma . de maneira a apli-car," a ele a f~ons'eq,ue- ciajuridiea (porexe _,~lo,~as,an~a,o]prevista,[loraquela norma ..

    (2) Q uando s e fala d e In te rp re te r u rn ' ~con.tlecimento'histo.-rico ou social, ' 1 eqiien , i emente ( 'n tC!pI .re t8 fI ,J slgnifica eonjeturar11 '_ R e.' c ; a . o , deca. sal ~:fe.ltolentre ut .certe fate (ou I~o'njunto de

    I ~ ~fatos) 00-,' icionante a um.fato (on coniunto de fates) eondicio-nado,

    (3,' Quando.sefala de inter 'retar um texto, 'interpretar s C g-uif ica atribuh se t t i .d~1e/O~l~'~_.n if ica~~ '-a lgum f ragmen to de lin-guagem (vocabu 'OS,- locu 'r;oes, er uneiados). E nee ~s.sario,entr etanro, a dv er ti r q u e cnrnfreqiieneia na o 's e distingue , oomo. ,nelo eontrario, sena Q P 9 F : t ' mo ~ entre a . intel"~:' I !eta/ ' ' '~o,_:doextoenqn ' '-0' tal e i t in 't , e ',~,!~al,~~o~C?m , -or t ,~m.: ento! lUIDa;no !q ' l l J e~onsi,s,Ieem p , rc d u zi r e s s e l,'e:xto (ef..aeimao ponte r.i), N,a-,nraI,-mente a Iinha de demarcae ao entre ,asd _as 'COiSBS' e mnto t~..nu.. A despeito .disso, a distinc;.ao conceitual mantem" ' s e 'firme:uma coma e ~n' te~1"9 .Bar~ g ,obre 0s ignif ioo: 0 das"pL~avras ' l e o~~-tra e Interrozar-se sebre as _su~C)Stas:_illt~~, ' " " ' e s do f E U ! a : n t e ; F'(l'l

    ___ -~ ~ . ~ ~ ~ ~_~I~-~~ . _~_xemplo, uma co i sa . .e perguntar-se ss0v o e a . ' b U l o 'homem signi-fica num dla~loontexte ser humane on 0machoda espeeie 1:,,'0-man~'; urna outra e " ,, rg un" ar-se ' se dizer ' P re s t e aten~~ no queBsta fasendo!' signifies advertir ou ameaear.

    A interj 'retatilO juridiea pertence ao genera da iuerpre-.a,~ao'textu,al,~ - - ' - expressees do tipo "'interpret~'ao jnridiea',in te .rp re tar;;~lo, . :0 direito , 'inte rp re 3 L~ io da lei ~,.interpre taC;:,aodos atos (ou docnmen tos ) normativos', . r io 'te : rpre ta 'c ; : io de nor-

    JI~II

    iJ Observe-set ,01110 .,0corren e de exprimir ...e,segt ndo 0qua 1 :

    a mt,erpl"-etac;aO tern C011l0 1objeto 110J~lnas-,eorreto soba e o ' '~.o'der nesse contexte er tender ...e 'pOT Ie erma' (eomo a s vezesse entende) um texto tormativo, M as esse modo de dizer E i n-correto, desvianta, se POt 'norma' entender se (como 'ambemfreqtientemente acon te c e ) na o 0textonormativo, m a s: 0' s eu e on -t : e u . d n 1.< e significado; j.a que ,.oeste caso, a norma constitui nio 0objeto, mas '-0' . m,duto Id~_~,tividaq_e ill'e!l?reta iva,

    .:;

    1 I 2 ' ' ' - : ' ' , C , o ' , \ ' C n l T O - " 'S' DnI''I''- l!i.'~ D''Dn~A " " " 0 ' " ~n:f ' Y~ l_ ' I! ~ ".: '... ~ r " _ or . . _ ~ ". . I . . ,~ . .LLI . . I. . r~ '_" .I'-II?J 1",", \ I - [I U,~ "~.L.~A d e f m i .e ; a : o l de ~'int~nl"eta,ca~' ( J " . idica) ofereeida aoima

    numa . ' "r im e i ra a b or da g e n - .re-quef 'a lguma c_lf'eclsQcl,],a qu e 0 ter-me ern questao nao Ie usado pelos inristas c.ont in t l .a eun ivoca rn en te ,I

    ,,'31

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    III

    (t)Em sentido estrito, fiIlte~eta~ao~ e " empregado pam' !-,ferir-se it atribu ic;ao de sign if ieado ,3 uma :fui"rmulat;io, nermativamante rate l c ; l u v 1 [ l a s ou eontroversias em ,Q1rho '~dosell c amp o de ,aplica~o~. u,.m! ex tO l~ diz-se ~ req l le r intelpreuu;io (s o mente)qu..nd o 0 seu significado e ob,scnro e colJtestald1o, quando e d u -- " I 'b io se e 6for o u n .8 . 0a pl i, ca ve l a um dado c a s o p a r ti c ul a r, Nesta, 3 1 r C e p f ~ o ~ em suma, il:~c-terp'reta,~o~i g ~ l i f i . t a rnais r O ' Umenos: de-cisao em torno do s l tg l l ificado nio de 11mtexto qualqner em . qual-quer circunsl in,cia.,.mas (somente) de.um teno ob'sco.r,o numasi.tua~ao de duvi,d,t, Est. eoneeitc de h .terpreta~i.o reflete-se na-quela diredva metodologiea qne se exprime nas maximas 1 ( i ' i n ,c ari s n on , fil.in te" are ta tio ' e "Interpretatio eessat.in e l ar i s" ( ,e : n -tendendo 'interpretatio' no sentido moderno): p , ' ec isament,E' nB.oise da e n .4 0 ocorre inte;rpreta~io qu~nd.o'urn texto r{~.elaro, Draa d arnargem a duvidas on controversias, Est' modo de usar Q ter', ' . 0 ;em exame esta fundado em uma ou 0, ' ,a das duas supos.i~6es,seguin .es r que constituem variantes deurn mesmo modo de ver] ..

    .Primeirasuposicao po:sslve l~ ' deve...e distinguir entre d.~is.t ipos ,d~ formulacdes normativas, De urn, Iado, hi formulaceesnormativas c ' U j o signiftcado ec]a:ro e n a o conn " o v e [ " s o ; : p ot a u: FO Iado, 'n a fo.nnula.t;6E!'s normativas ,cuj'o s ignif icad 'D e eqmvoce ecausa perplexidade, l\s.fa .mulat;oles do segundo-tipo, 8 estas , s o , . . ,

    cases partieulares qu e 5~gorauumte reeaem o seu campo deap;nca~o (eomo t am b er u I Ca siO Spartiealares q,re 030 menns se-guramente desviam-se do sen campo de aplicac;_o)~ r e b )fat t i~p~e.ci .esom respeito a s q ua is a a p li ca bi l idade da 'n-rma I eincertal d i scu ti ,~ e1 au . discntida~ Os cases partieulares do,primei .....,0 tipo dio kigar a caSAliS ~~laro\s~':~ ,~faeeisn; os I,'0segundo tlpod ao ' ugar D. ' r iast?s( : (dbi0 s" Oll ) ~d i ff e ei s " ~S~ o e s t es ultbno!' 0 ,Iea -SOSI ,part imlares que reqnerem i u t rerpreta l~o~ D~-s'einteIJPreta-' ~o q U aD .d o s e resqJve um leaso"dlificll'~; a,o Sf! d a in " ~!Elre~~oq~lao se tesctve um'~_5~1 "clare"

    Acreseente-se que, segnndo esse n odo de ver, nag si ua-~oes do prlmeim tipo, ,8 deeisao aeerea de significado Idaforme-la(}lo normativa em lquestao na o [ Ieq. ~e rj lstifica~o~ enqnantono que se re f -ere a.qu,~Jas do segnndo t ip o, 't al dec .~a 'Q " . ' ' ' g r e que' si e Ja 8 tguIDe :ntmda ., t ou sej~ susten tada _pOE' rmz'oes., ' ComO ' di ze '~ . - .qu ~ 08.0' se . id.a.lnte'~.: e tagi tCse .m argame It~~.o: a . ' ,. ~~r '-ts , H' -.tn. ,1 i . 1 - ~ ,..' - .. "' ;. . . ~Q _ ==~m ! .~Vor":"lL. ,gu,dunalo e n~cessanoa ,'tllZll" ar1JIme~ ,asnaQ~ u l1l , a vr,~a~e:iral l ~m'- rle taci9:

    (2)E' ntid '1 t ,"t !I-, p : 1 1 . : 1 ' .. '" "m , s en I . .. .. 0 iato, In ' .e r, re ta r . .~;0 e emprega 0_para rete .r - - ' r ' - s~' a q__~.1 no r at-'~b i ~ d' ~dn~ :f i ~.. .-'-',-se a I .. narq ~ ""ni u l'~ ao ae srgnmeaco ama ': 'mWBy:1Qnormatisa, independenternente de duvidias, ' o o n u , o \ i e . - ~ s i a s , , ,S .."gun.do e s ta , :o ;rm a d e uti lizar o termo em exame, ~ual'.~,~er 0em qt1slqueT;.situataoz reguer i'n~re:ta.(i~ QUal . ~'uer d e( !i sJ ao 'em orne do signifieado de urn , tex 0, nio importa se "'CWO'1, ou111o b s e u T " \ - . ! I I J I i I f I I I o n ; t ' ! i ~ f i ' i ' ~ 'II t ." t Atr~b . t to rI. ur e ,l~,'~:Iu.:~ In , ,e rl l :reacao~ < .1;UII a u rn I X 'd u rn s i gr u-' f i rcad,o 6bvio 9U gao controverso, 0,:' resolveruma eontroversia"facil" pode Dio requerer ,argulne'ntaqio" A p ssar dissc, me smoum significa'do 6bvio'esempir,e 'U.' signit1ca'do'.~, eo s ig n" ' :cado euma va.navel dependents da tn ' teFJl~cio. Inelui 00. exeluir um

    + - - qdadoeaso particular do campo de,_pl ica~o dieuma eerta nor-rna, .:..esmo se a coisa for pacifica, PJeSsu.po~' . de nnl,a mane' ao n o nt ra , in ta .:c'r'eta:7o'l O es te p on 0 d e vista, da-se interpreta-

    , '~ ," - ,. , i ii te ',- 'Hmente, exigem In., : : rp ' rem~a.o,Segunda S1lposi~io possfvel~ deve-sedlstingulr entre dois

    t ipos decasespartieulares, . 'or umlado, d~lo~seases partieula-res 8,o,S quais uma dada n.cjlnna paeifleamente Ie apliea (centro-verslas cuja..s'ol'u~io , e pa.cifi;ea); po:r urn outre Iado, dlo-s:'ejatti$p,ec.ies' em ~elal~O 8s ' . 'quais a l iIrp]i'cabU:idade de um a eerta

    . I orma r e dnbia on controversa, [0 termo ' l a t t i s p ' e c i , e , H l tio temnm a tradueao ~Jin te t ica . n a. ' ingua portuguese . Signi , "'ca a .exis.-1l:encia de urn institute juridice autdnome dotado de-tratamentopr6p~ ie.] I O U , e m o ut ro s t erm o s, dada l J J . D 1 acer ta n o m 8 " , 1 1 8 : (a)

    1,33

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    R ~t ." 'CardoGutis t ini

    fontes "elaras" (de,sign~_,eado p ac if ie o) , '. fontes "ob C -3'-- (de,signi icado ,di1bid)~E s e ,~_do de v er , a le m disso, sugere que so-mente a'atrib'oi!~ao " e s ig nific ad o a u 'm ,a tfOD' e "obscura" reqnerva o ' r a c O e s j esc\olha~e dec isoe s : .enquanto ,3 a tr lbni t ;Ao .de si ,gn if i-eado IIm na font ' ,", . ~ us e r ia a ,t i vi d a' de ' c o g no s ci ti v a, q u e ' e o n -slate, em .-escobrir 'H.m ,Si'gD.~'-~cadop.reexistente :lurn eerto'texl ! l l ' i- - - - ,e D ia ._ em d.ecu~lil" g, a J .signii1.ca,do (entre m~tos,pos'sive.is) oo'n-: - - :- , ~ r " ' , : ' . . . ~1-dado ",' S " ,- b " de , . ,- , trih """" . ' - ~'!lUcma,gu,~~ ~'" 0 e~, :Q \. '_uoente ' :'e-se que a am nneao " ' sigm-fin" d' " n text ' J !1 1- ,H - ~ 1 1 - - - - - - ~ 1d . d A, ~eaco a urn. '.~O ctaro seJa aigo suscetrvel de ser verdaaeiron,"Iii f....~oU ,.1t1Q :_!1

    ~ a o '0&:0 S."':diant ~ do s [ c a s o s Jdif t tCeis~l0 m,as di [,te d e Q ! la l[ q n~ rCQS -O : [a interpreta@o 'e p:re~s:UJJosto ' - ,:ecessa:rio da , a p - , ~ , c a , c ; i o m

    8e'gtlndo este 'modo Id e ver, a ':-'t~rpretaqi()1na a passa de ,u :'-a ,e sp ec ie d e , - - a ! ' ~ : a . o [ lMais PJi[]c i s ' a m e ' n t e " a,: in,t;erpret~u;ao.e afr. dnQ iQ ,itO c,OI~ . -eneres,. Tanto at ''',nterpre,ta~o qnanto a tr a n...~ao,de fato, nao' sa o outra coisa Sen'BO' r1e f o rmu la soe s d,e tertt?~t'Traduzir signifiea reformule: -1111 textn numa lngna diferentedaqui ilaem qu~"le I e IUI'rnulado. ~.nterpretar' signiflea reformulai [um textn Dio importa s : n a mesma l ingua em que; e fo rrm -ado(como"de regra, aeonteee), onse uma l lngu ,a diferente, E m di-ret 0 a ~nterpr,eta:;ao e ip i ,~ ,am. 'en te ',eEonnnla,''lia,o de s textos___ ._ _~~___ __ '_~ "'"'Iii ii_ ._ .~ . 1 _ _ na & . ----=----............._ "~po~ 'a; ~l'OS, - as 0: tes, ICUm~oa ttaduc;ao eonsiste em prnduzirurn enunc ia ;-10 numa .;.elia l ingt18" 'rile 0 tradutor a ss -me sersin6ninlQ (1 u rn ennr c lade dis, rinto, Duma eutra I 1 n g D . a , ; assim;na interpr _ta,c;.aju _Jl~ica.0 in t e rpre te pmduz 'urn enunciado,perte 1, [ e te .''':sua linguagem-' e ele,assume ser sinonimo deurn f; uneiado distmte perteneente a ~ - ; - ,g o a g e : ' . das fonfes.

    ,Alinguagem do texto in,erpretado, obviamente, ~ev'~.Se)-rnantida c\-lldados,ame'n'b~~ distinta da 1 1 . ' , gu ag ,e m d o in: l e rp :re te( :~ -c ' . Ino se .3 all:o; . 'id,ad.e leglslativa ,eosin n erpretes s '.exprimamna rnesma lingua natural), E~poi esta :r~1:o~.'e.nc\onven.i,en,t:.~'designar j. ,diterente -'ente com 0mesmo nome di e 'ncrma' s ie ja 0t'Hmo in' erpo tado (a disposit;ao, como se eostum ..dizer), seja ,0r e s u lt a do ' _\a i n t e l ln :~e ta , t f80 (0signif ic a -0 ,atribu'ldo , a e ss :.te n 0I.

    Observe-sa: adotar rm ou outre desses dois primeiroacon-ceit "5 de jDterpreta~aoi eomporta ofereeer diversas .repres enta-t;'~es das atividades intelectuai s dos juristas (Id~' trina eS' 'h e ~QJ jOO'sprnciencia) .

    Em particular, quem adota 0 primeiro eonceito de mrer-1 , . , -eta ao fa ', .a I ente sera, "in,dtlzido a eoloear na sombra a com-

    V'Ol i t lva ou d, ciso!ria ~as operaedes doutrinar ias e"'uris,- 'rudf;n i3]8,,, Este m odo de ver, defate, assu ne 'g , _,eexistern

    Geralmente [ainda Iq ue , a o ne e e s sa r i mente, esse '--r odo de:.-ensar e:g,ta ' ig a do e depende da Dpl0jao falaeiosa de que 8 ,S : pala-vras (eos textos Iegislativos sendoprecisament .formulados me-ldiante palav ras ) t,'Tn I.lim S'ig;nifica,do' se'u, _ g u e , e in'lrmseco OU ,'f('~rQpio ,.isto e , ur n sigl1i'fi,ca' 0 independei "t e de s diversos mo-dos d,e ntilizar ~ - .' entender as proprias palavras eonstltuidoprev iamente em r e] ac ao a os m o do s d ,e u s a- la s e entende-las. Nes-. . - ~~'~pe~~~p1eeti,va-od a p a le , lI ra L C ~ t e m " \ I 0 se n S l I D , . . " 1 ' I a d o : , Ilia' s ao p 's_ _ _ ~ _ .ha[men~,q 'ue "~ ' ,d i o~1ela 'urn ~gnifieado l a t ternadame'n_ te, '0,. de- - - - - -p 'eEerincia a QU~ro~).,

    .Diferentemente, qU1e.. adota 0 segundo c onc eito .de Inter-_ p re ta t; io h a h it ua lm e n te d es e ia destaear qu e atrib,tdr ur n signifi-coda ..,urn t : f!x t o s emp~ l~ ! . f1 eque r - y : a ! _ Q r a s ; o e s , e s 'c 9 lh , 8 $ . e de : ci soe s . .Em n nhnm ca so , a interprebu;ao~. asslm entendida, p od e.s er r e-presentada como .._~a atividade ,cDgn.oscih,va,~e isso pela _0 ,2 , ra-m o de ,0 ue n , a o existe l1ma wiss cO lmo 01 ~si"ggifica,do pr6E:rio'~1das --a] l ,avras . ' a t S , - - ' a l . a v ,as te ~t ,a~lelIlas0 s i '- n if i ca do que , Ihe e .atri-'b ld 'ne 0 '~or ..~uem as ,.sa e, 'olu r:O'T; uem as in ernreta, Portanto 0" __ _ _ _ _ ' , ' - - ____ _~ _ ' " " I ' _ - " ' " " - ' - : 1 3 1 ' ,significado e mutavel, e toda deeisao interpretat iva ,e sempre, emalgoma medida variavel arbitraria,

    Pdl I f ~ di ,- -o,ler-S1e""' la a cr e se e n ta r q u e a propna"I '- ,s t in t i8o entre tex. . . .tos "clams" e textos "obscures e diseutivel, ,DO sentido de c,are-

    1'''2'~' -135

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    J . 37- i

    ~II... R leca rd o GuaSJ ri .n _ ~ D fo .... . .a s c - n te s ; (] Snormas

    Il

    sa e obseuridade, SII! o bs er va r mo s bern." 1l1aO . s er em q u ,a i li d a de s'intrinseeasde 'urntexto que precedem a interpretacao: sao, e1i151pr6p lr. ias:p[ruto de inte~rpret~c;ao'ln te nd id a e m , se nt i olato como

    ~'l ... .. __ d ifi d -,.. d - ,atrtum.cao ue stgniflcac 0a urn texto ..Istopor .~uasrazoes: a:ntes~e ' tud~,:;~.'air'-,'Dee sOI~:~~te~e _O ! _ .d. e ha'~,er - iDterp .r~tado om t C x : -d ~,.~:,- Ii" el 'b Al t .iI d E ltu g:u'e !ie_pO .era ~er se e e,Ie. " arc on 0, : scur~" .'.,em ' -l ssa ..e,

    prineipalmente, em relac;io a propria elareza 0I obseur idade do,teste pode haver contreversia: n 'w t ex to , Po de ' revelar-se cJ_a~_o.'gsIa uma pes~oa,__.',ob~sJcuro I!aral .QI~tras~O'DSe~ i ie : n te ;m ,en t ie l ac la re s a, I o ng e de exeluir toda eentroversia, po-de~ela 'in,cj,ll:s,i~e~eonst i tuir objeto de co n roy,elma- Em , suma, pode-se dizer queurn teJ(1::0 ,~11, clare somente se, e no sentido de que h,~japar paned03in.terpretes eoncordancia quantc aosen significado. :Mas is~so

    ~!.... I .....(" ..'~ller luuer I~:~anlent~" q 1 J ; l e .R su_po s t a c a re . z a nao e uma propn .t:dade dll texto" m~.D fruto d,e ,uma '~ecisaQinterpretativa I(OUd emais deeisdes interpreta ivas em eoncorc iincia)~

    En t im . " ~ p r ec is e enfatizar que aqueles que adotam o pri-metro eoneeito de,mterpretaeao habitualmente t endem 3, identi-lear textos legislativos e 'DO' r as : todo texto IOU, fragmento : 'etexto exprime uma norma, Esta norma pode ser, segundo cs c'"-80S!1 ela rae p eeisa, IPU obseura e vaga, mas e~d e - tod.a maneira,un a norma. prexistente ;l'a: 'vida.de: interpretativa, ,A , interprets-' ' : t a , Q , tern normas carne ~;ibtet.o,~

    Em contrapartida, os _Q,ue :ad,o~',-_0 segundo eonee ito deinterpretacao e s ta o ]nclin ados a dintinguir nitidamente entret~extoslegisJa '~!O~e ~o.nnas , ::as : g: orma .s - l !en$am fl ee , _ " saO,!)1

    &S24si,g ,mcadoo d , o s textes, A inreIpIF,etaQio nao te " eom o ,ob jeto ,nOE1D,8S mas textes, lnte'mretar ~ decidlr o,sign , ifh!ado de umte.xto le.gisb:uVt), Po-rtan to, inler.preta,r e Rro~d_uzir u m _ 3 nonn~,,",_ P O T 'd~efuii~alo" ,a5rP0I1JL8S sao. produtos, d'os i n t , e r p l 1 e t ' e s " ,

    (.3lm sentido muito lato, in te l l l re tataoJ ' e ,a s veses empre-g ado 'p a r a r e fe r ir -s e gener ieamenteao conjunto do trabalho do!

    juristas" 0' 'q al i nc l .u i - - j"lIoto a , 'interp:reta,~o v :" ,ldade:ir." e pro-- d "d .. I di dris, em nm on outre , I'os se _lj l_loS ante no , mente ~'~,I: elI- O.S -tambem outras op e raQoe s e ntre as quais, p o re x emp1ID ': a identi-f i , c . . a ~ a , O I das . fontes do 'dir:eito-v3lidas e a ehamada "sistematiza-

    '.

    . , ;I : d i r - I i .-.;." I f ." ~ ..l'" I . " 'd ' ~~o," u D ' _ ~ .~,eito;.on loo,n$trur;ao Sisti;'.".,;1. ea WlS noi ~ I as J .. n-cas,~ .Ol~'s eu tu m 0'1 a ,sist:[email protected] do direito abrange uma serle deo_p e r~e s l distintas, como 'a integ .~u;io:do direito I(diante de la=eunas), a solu~~ de.antinor ias e'!aexpos;

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    m I pede des envo lve r atividade interpretativa) -a o v e rb o 'a pl i-car ' CODV@Ol sornente ' o s ; "suje i tos lqu:edesignam ~ esatamente -,6rg~os , a s im er amados da ap ~; a , < t i o , : " p r i n : c i p " a l m e r - n t e JW2." s e t u p , : " "........n" - '1 " 0 . a ' , .~ ,itrati.vn~"P O ' " e - s . e ' 'mu;i ' 0 b em dizer e Ie 'urn juris-ta au de um 'ci.dadao 'particular, que e le ,t"'~ .!et.l!~eta~"; I direriO~'m as D io ser ia apropriado dizer qu e um jurista, au om partic:ul~r. a c l i c . ~ l ~or d ir ei to , E m segundo lugar, interpretaeaa .' e aplic

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    c ; .O I :alp;m,pa ,n. a~is;cric j , 'Dnari 'eda,de judicial: as idt;cis6:es DDS, juize~lsi n detel1D:1l}jdas @-xclusiva'mente '~1'-D,o;r.m35S_pree~s teo ,tes . A'desp-eit(l'de.algnm slI :p,em,ci.al Indieio co:nu,m.o, osjuizes de fatoaplioam somente 10dlreito que eneentram ji, feito, e Di o 0 er iamnevamente,

    ~Evidentement-e~a teoria cognitiva dill, interpr'efaoio ,est''sstre.i,tam,e:ll te Jig/ada ,Idoutrina da separaCio' do s poderes, ao

    ..- !D -principio de S : 1 L l j e , b ; i ( ] do juiz it, Jei (prinelpio de legwidade, naJ-urisdi,;i0 )I I e ao '~i.to~~da eerteza do direito. ,~sta teoria, di~fundida 'D ; 3 1 dogmatiea jnspositivista do le ;cuJ ,o,XIX~ esta, hojeIargamente des:act,editada"ju:nto,a, q ',;al,que'['ju,~ istl.,canto. Ape-sar diss OJ!eS8,H,teo.ria ,ate ~b,()j 'p 'BD,et"ra '0 pensamerito j iuridicoeom nm e 1 0 , es tilo ,I rgu:mentat i ,vo .(motivat,6rio) d a s c o rt e s. Alemdisso, alg'n~.8 modos de vet vinculados a ., teorla oognJtiva da in-'tJerpretaeao sobrevivem, sob forma, masearada, na filosofia dodireito eontemporanea: por exemplo, 'na tese s"egundo a q ' u ,~ J , _t'9d~_gJJ,e5taode ,dir~r(~;i toadmite ~:m,aj!_e som 'en te ' tl ~m ,a~~ r \H s . pos ta Iju~t -nl~':.l,~~,_l _ ~J

    (2)A teorla 'ee'tic~ sustenta que.. int le lJ i 'rem~O s',ati-vid,ad,e,n,a,o de conhecimente, ma s de v,ator_ e Ideei s io , ESil teonafuuda-se na ()Ipi~ii,ode qOien : i r q , existe uma eeisa como ,0signifi-cado 1~'pr6priD~das paJa:v[,as, jit 'que toda palavra pode tee ,on '0s i \ gn i f i e .ado 'Qu,e Ihe Incorporou 0 emissor, 00 aquele q,u ,e Ihe I D , ' - 'eerpora 0 usuafn:tti 'rio'~1e. it !co inc idenC1a entre um e 0 1 l l , ' W ( ] 1 niD e :a'~~'n' ~ , t i l i i ' d ' : - i I ' J i j , .t3~,I[:,- I _ ' - _p.

    I!.,j

    Todol te ,x to" ( s l e , g u ~ n ' d D essa.teoria, pede ser e nte nd id o :n um ap J ! L 1 I r a l i d a , d e de modes d i : Ee r e ' n - t . e s ' 1 e a s diversas iterrpreiH9,0eS, de-pendem das diversas poetu as valorativas ~Q5:_in'terprete8~Ade-

    i ~ idi s:mars nos sistemas J 'url,~i'~l'.S modernos, naQ b a, ] . ~ , , g isladoresindividuals cnja vontade se possa averiguar cornmetodos

    ~' i 1. do.n .empmcos; e, por outro la lo, ~naoexiste abselutamente uma col-8:8. como um a ~~o;ntade oletiva" do s org.i,os ee rpcr a t ivos .

    D i ss - o s e conclni que os enune iados Interpretativos C "O rex-tO ':rsignifica, S,') Ilia: $ io n em v e rd ad e ir os 'Hem falsos ' E s s e s ; , enun-c iados JM)ssue'w,amesma estrutura profUn:da da s ,definl~es assimeh amadaa e s t l , p 1 l i a . t i v E l S I , o n s e ja .rdaquelas defini ,9 ,oes que n~'o des-erevem 0nse e. iet ivu d',eum eerto termo OlU de uma certa expres-s a ' O , JI18.5, se pro ipoem 1 ft eonferir , 3 , : esse te~,o ou Q , essa eXpressaoum ~igntj:filtado de p r , e' f er enc ia , EI ,lUU'OS4' Que a . S I estipllla~5es na o- n d d ~ , ' ...., ibl. e. d d' i .S l U ; ) I . nem 've !r : _. a~' e lr a s ,nem 'wSa$ e8'Ut tora de ,JS;CU8Sa'o'l

    "b:tt!ude-se que, desse P O ' D . - t o de vista, as normas jl1l1idica:s~ :~ ~ II , ld! u1 d'D3Q .pree"f~tl1'e'm ii,:lntlerp're'ta'~aD~'ma~ , S t a n 0 $eU rest - ta L ' , 0 ', .Habi-

    tua lmente , I~te 'modod eve r e a c omp a n h ad e p e la opin.jii{}Id e q u el - i "" d ' I . , ~ , .. .. I. : ' ~os ,s~,~ema_S'Jun,11'COS aao sao neceasariamente = e, ~e' fato.~nun-ea slo - ne.~ completes ' D , e . l ! ! coerentes, Diante d ie U1l1,a lacunaon de 'UIDaaatinomia, OSi)Uj~BS er iam, direito novo, agindo como

    _ . , l e l is l~ ,dIDl r. e s li o r t an ta , ,nag se pede tm9ar um a 'nitida linha Id eI demarcat;io entre :p,oderj'udj,ciirio e poder legislative,

    A teoria cetiea sustentada, Oat li,te~atura eontemporanea,e sp e ei al m en te p e la s e or re n te s d o a ss im chamado " r ea l i smo ' ju,~'~'ldioo;'~no,rte-a'nleri,ca;n,o, escandinavo ita]iano). Essa-tcoria evi-dentemen.te de.scll:nl os ,"Dcmos !e linlit~ o ; P j . ~ t m v o _ s , ! : _ _a Q l s _guaL~,estiq 'f8~I,meIlte: :nrljgitas' a s ~COnlas do s 'intelP!etes~ Esses vin-eulos dependem, da ei rclans tancia, d e .que , em t od o amb ie n te enl-turaJj, ldadoJ) os U~08:Unguls t i ros; eorrenres admitem um a gamaainda que vasta, de 'qWi1qu. 'ermaneira limita,d~, de s ignif ieadospossiveis para toda expressso dada, As.atribul~'6es de Sigllifi,ca.,-do que , n a O I eaem dentro dessa gama sio difleilmente sustenta-veis , s u j i e i ~ t a _ s :8 , erinea. e p;l~l ' )vavelmente ' d L e s t i , n a d a s a O I j ' i1,s;u 'cesgo'~~ Ie gq'Vio ' qUia entre 0'$ ha,'bitos linDfstic~_!lJ'fundi~s e s t E r o in-'cl~d:da!,se eJ:istir'~mi,as in_t~a.,ga,~jf ' er~di,tgujl,~~~ e,onsoli-dadu, d ,e ~ celt) t'~xto normative. E'tanlbem 6 b v i , o q.]C saoescassamente platic'v~is todas as interplre.taes que 0 1 . I 1 , b e r p r e . t e'Hio esteja 'em l C ~ o n m , ~ a D e , a :~ um e nm r ( ou mo t iv a r) de maneirs

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    rena itteoria retica')~ Esta clare que es te-r odo de ver esta l~gadoa 'n tn d os s , i ,gnif ica ,d. los do termo_ ~intef ,retaqio'; oportun a rn e "teexaminados (jDterpreta~o, como "tribtli~O' de si,gnitica~oemsltD.a~o,es, e du~:,'~~'a)~

    ,Segundo, ,8; ' f eO ( lit em e xa rn e , p ode - se d i st ~ ~g u n entn i ' ,m~esr-~,t~rir" 0signi.ficado de.umtexto ormativo, e "atribuir" signifi-ca.d~,au" : t~'xto normative, O'interprete decide 0 s: i.lnificado deum texto --atribui um significado a es ~texto ,=- quando semove'nB .a re a d ,s pen l1:mbr i l i Is to e ,; 'q ~an do re so ve om ease d6bio" Em=

    D- - f l ' _ . ~" I v 1 . ' . ~ - - .las, a"te~ as ,nQr.mos

    eoni ineente segundo Q8 padrdes de raeio ,-alidade acolhldos DOb' . I alen am ,en',e en tun iI

    (g)A terceira teoria, Intermediaria entre as anteriores (seassim se q lser: 11. ', a tentati ~ a . ,d,econciliayao das.anteriores),

    J i , ' II t "..,,. . t - ! I j d dSUS'Le'Dl : ' 1 . que til ,u -erp:f,e a~~"e' p'o't vezes ~lll__aa_,],Vl ,~"~e, - _ ' _ F O CQ-'bec'ullen '0, outr:as v,ezes uma . ividad,e, de: decisao discricio~" .j'illl'a.,!~ -

    IIEssa teo-riasub~inha;a irredntivel "trams ab, ' ,r t~' !(15('0 e ~ - a

    '\~~I ,"s z a , " 'indeterminacao] de quase todos os te\ ,o s ncrmativos,{)I ~;'tlalS a o habitu: ,' . -ente formnlados em l ; inguagem, natural.~.' "_'~~o re te : 'mos classtfica:"o i o s .g e r ai s . ..Como, pode se ,dificiJ

    b el ec er .... alar "'m- . J : . . . ou n~o el' "c al ,o" u i : f il ll eID- ", (- nt 5_ Jf)~_~_ ~; ~. guer C "_ -:,t\ " , , \ V , 1 0 _ Ju'~,",. ,q,o.an~o'e , ~lQ'C e ~ " p r .n~Of'~ p "~ iP - " . . l I I f J . "P"~cca t, 0" n a i .. ..o e " ea l v ' o? q " a n " to . ' 0" ' - " ", e ": 1 ' I ' . , \ ,,-,1 . Q

  • 5/10/2018 Textos - Hermen utica e Argumenta o Jur dica - Riccardo Guastini

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    Todas : 1 : 9 , ' ITes teoris 9 (o n f am fl ia s .d e teorias) me, cionadaspareeem nmitir a p t o s s 1 i b l i t i d a . d e de : 1 1 a V ' B r ~ 1por assim dizer; urnsmultiplieidade " . : 1 ._, ' tf jogDSinterp ~,'ativosn,-cada um.regido por re-I, lOS distintas. Em part icularJ a t eo ri a e o gn it iv a (c om o t am b em ateorla iDtermediari.a) visivelmente ,~'SSlIDle 0 ponte de':~sta dojuiz '"fie! S t, lej~',..ao pr3SSO que a,teoria c e t i c _ . 3 faz sen o ponto [d e~ . ' _ -. I 1 '~' fi l ': r,p[ . -. . ' ' . '~ :J ~ " '; -. -vista do ~,dvo~adol on do c on .'u to _ ._&~):' : 'eJ.- aao ael tmasaos interesses do eliente, : M , " e Iieito perguntar-se se estas (.~.aseategorias de sujeites, [ 1 . 1 0 1 - nterpretar O S I 1te~oS normatives, j O t . . .,g~ o rnesme jog~. .E. toda vez que-a resposta for negative, se,e

    i ", )" d ijo ra ...... - , --possivel ' e s en s a ' ~ -'. .: _ , c a t e or ia , .g'era ~a mterpret - c ; B O qUJ p r e . ..dd I . 1 .... -'(ortenda abarear ativi_~t:"s mterpre ta Vias [aS~llDl le~ert?g.eneasP r>

    que diferentemente: finallzadas),d - I l l Q ' ~ ~ I " II: d del : i i [ ; ;Evidentemente, questfies 0 tipo "'"UaJ. e [Ove.T1~aaerro sig-

    I, . '[ d ,._ -I _ ':I'J ' L i I i " Q " . . . 1,,: ' ! I ! > iii - -d .. :1 . . : " " , nte ''"'lI! 'oo leeisla-nifj(~a!do';es " lel? iii "u~ era it vet, auelra In,e n c; u, . , . [ " "O ,J..o l ... .. b " ' d J . . '.do~ r?~ \e s im i are s, podem su r gu somente no am , .;lto': aque ejogointerpretative peculiar, qu,. 'ejo'gadQ pur umjuis fiel, ' l e ; g , a J it i n j .Q ,devotado na ob s e ,r v a:Dc i, t! , ~. ~~ "J!~,i[~''iio.a llei (da lei enquanto. I . . ~ _ ---= .- ~dtal" nio importa quaIl possa ser coneretame _e 0 seu conteudo'n,orma', '~vo).Os advogadc s, eontudo, te ~.um eomportamento di....ferente diante Idalei: eles :0 .01 daQ como, deduzida alguma obri-gaeao (moral) ne si rnesmos OU I de s e S elientes no sentido deohedeeer a le i enquantotal, Defato jogarn 'nmjog ,o in!. '.ore ta tivoeomptetamente difer,ente; nio.se pergnnfam qual e e 'verdadei-

    . - d de i :I'" ,_ dre' significado Ida Iei on qual teriasido a 'Vleli, !a= etta' I Dt en ca o " , 0, I e g i s lador . Pergnntam-se: com ' .p o - s so interpretar .),_manipularas formu~cat ; f ie~ normativas e,.."-ten ;e s . em , vista .os [0 '~e tiv 'os 'do'me"~ cl ien te ,?

    VIII" 'TRAMA, Al3ImT', " - CI;aNC,IA -I~DD[RE' ' ".: iA.r i iO",ll':.1..~,_ n,~~,.

    : I

    '1", A '" IBA.M.A. ABHRr,&"' DAB 'NOR.MASE d if un di da em teoria do direi to a te se seg u nd o . a , qllal , 'I\S

    nonDas jiu'rldi'cas seriam e ~n ci a: do s orm ul ad o s l em, in'." ,3' ,emnatural fa Iingna Italiana, ,8, i. gua inglesa, .'lingua 'c;lstel lr 'uma,.-.J .. - . _etc.. e dotados, como tais, e uma "trama ab,er'a (ope ' __t,ex,h:L're) '~~4~

    Como pode Sf ! " , d i " f i , c i l estabelecer se alguem e au n'aa e ' "cal-VQI'IO'U "jovem" [qnantns cabelos.e'preciso perder par-a tot nar-sc r u VO ? ; " ! l qaantos anos [e oreciso terparaser jovem? J' assim pud :.[ s e , : r d i f i c ' U estabeleeer se u m a ,dada cent -'versia cai ou..a o sob 0, d, om-~ n " : ' :; : '" d e i I r 1 f m - "Ii! ~'a'" i""~ n o ; " i r m ~ , a - : - ', I, - I , . i . , 1 'PI ~~.IL La__," ' ._!I!

    ]144 H. L . A , H ar ti De O J l1OO pt fJ fL aw ( 01 oofie_-ito.at dfi '[eltoJ~ Cl~, feFldon" , o . x f o m l1 9 6 . 1 ; 1Id.,Ru.a,y~n,Ju rUp"!d,euce. !l1~.~'Phil~mp}~. (Ensai[os so b re f 0 5 0 f i a , dn,Qimi! .o 'ef l tosof ia ]~ .ClarendOllj Qi !o rd i ;1g .8S;G . R, Ca r ri 6i N_o;rn s o l ) , r . e ,~erech [~:u rlt'ngUqi'2' 1 ( N ' a t a B . sob r e diNi :Qe .lmg-uagemJ., ;\!a ed,MJe;ledo- P l en n i. B u e no s

    " J' 19"~ IdH Stt l'imerpr'ttnzian\I!' gitl.rl~'i~ .(1965)~emP..CQm,a:Rdurel!R.G l J a s t i l l i' i { e a t s . ) 1 . , tbBal~-:s', idel r . a 9 .~ ' a ~ n a m e , n 1 ( J [~'it~ridicO~a;terrali' tlcl 'uso d e 9 1 ~ ! "s t u c l e : n t . i ' (A ,an-ilis,'do ratCiocioiojudd.ico. Materiais p a ra u s e des 'eMDdata[ lies)[ r'vol. -I~t\G ' a p p iJ I C h , e I U , [TDrim.~ 1 : 9 8 9 : ; , N ~ MacC (nm i ck , .H~L .. A . Hart, A r n o l d . , Loo~drat 1 9 8 , i . ,

    144 .145' ..

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    urna 'IQc~~Q) mediante (outras) palavras, Diz-se le)Q.ca a defini-~Ol de quem descreve 0modo no qual 0vocabulo em questaoee~e'ti~arne t _ d' . . D' til ul ~ dJ . , ! " I V . ne rr e usa ,0 p er qu .- queI'pessoa, ,1 ,,-s:ees.~lp : -1.aIIJjV~oe-finj~aq de quem propoe que esse ?ocab'ul0 seja USEr0 deurn certomodo, Podemos dizer: quem apresen 'aUITla d.efin.",vao estipulafivadefine ern sentido estrito; quern apresentat rn a definit;i , lex~c.atudo que faz e referir as d'efiniQoes estipulativas alheias,

    Esta ;_jstin~o ",totahnente indiferente ao fa-to do~s:ignflca-do daqujjo re que .Sf!' fal.a ser pacifica ou controverso, Ei-elevani ej em sintese, 'q~.~se inclna no campo de apl icaeao deurn te~xt riormativo urn ease "clare .au uni easo '~d.ubi(),~'- !"o interpret~ que atribua a urn 'texto normativo um signifi~carlo,~ par rnais ~bvio' e.paeffico que possa ser esse significade=-pro nnncia, en _.etanto, urn diseurso interpretative, e nao, deseri-tivo de Interpretacoes f llieiasJ.,

    Em contrapartida, 0soeiologe ernpirieo do dire ito 'que l" 'efi-ra.que a _m certo texto foi atribuido urn, . 'ado; significado - parrnais extravagante eeontroverso qu',possa ser ,ess,esignifieade -pronuncia, entretanto, 'urn discurso nio inter.pretativo., mas ap.-e-- =~F~ .nas descritivo das Interpretacfies (alheias).

    Quem desereve as tnterpretaenes alheias nao imports qU ,Q Ssejarn estas in.terprleta~5es rea, " I z a urn ato lingEi.stico descritivc:aos enuneiados do discurso . iescrl i~ 0 sao admitidos 08valoresd verdadeiro 'ede false: ern contrapa: -ida. quem mterpreta rmtexto - de qualquer manetra que 0 faca _, realiza urn. at:olin. riifstico eompletarnente diferenrec ,0.ato Iingiristico chamado~"'11terpre'.a'f1a,o~~IS enuneiados leladiscurso irrterpre ntivo ~ arnenos que se imagine que as palavras tncorporam umsignifiea-do proprioP' = n,8:0podem admitir os valores de verdade, Mes-roo que IS admita que tettha 1(, ormas" como objeto (e:nioll peloeontrario, os rnais modestos 'textes n10, -m,ativos,) j 'm.nenlr m C~SOIa int.erp;reta~io pede ser r presenta :a como discurse deserttivo,

    IX-._ ,

    It notoria 1 3 1.:Qcu~fiofOf 111aliSIllo, _~JJr~diC~Q;ao possuir UITIsignificado -uni,co'J' unf QCIQ, porem signifieados distintos 1 1 1 : dis-tintos contextos d e e US'OlSJ! i_Nesta cportunidade.vres . ingirei neudiseurse a .05 : usos da Iocucao 'formalismo juridico em CO'11te~:--.osde t~ria 16 '-:~etate()lri,adaiiterpr ..a

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    Ric cardo GUJa&t in i

    Ora, pareer -me que em contextos d teoria eme -a eoria da~ .illt! ' rp. I ' le,~,a~ac,fala-se co' rmmente de formalistno jurlli,d~c,ocornre fer,lt:lcl.a a tres COiS1\Sl disti.rr- as:

    ( .) Q .'o'd~delB' ' 1 ' 1" 'etar;ell) 0,lnodol dear~ ~ ! l l ! ; t ao"d~~u!ila,'_,~isa,o i1J.t~~~~tiva.;,I (c) 0 modo ~(let__Q.riz~'. mtOI~no dn,int~ -:~y~ta.~.91(e da ar-

    gllmentaeao) ,;:\,firn d destaear a distineao, proponho introdnzir uma ter-

    ]_)"linolggi" ad hoc, dlstmgrrindo entre: (a) formal ismointerpre ativo, (b) fa mnlisrno argumentative e (c) formalismotellrie .'.

    A aistin9~ia..CO 0 dizia, e 6 ',via" '- arpiret c a . Q e ar,g\lm~ll-t ru ;HO s ii o. :. _a rt es ' I 'o t r,en ~esd9 '_Jl i . scyrso do i.ll.terpretet53 Inter-rre_~fl',~_p_~,aee~s~io ,e m torn"o ,do.~tg!l.i~~~ad'o_Iem.,gocJ]1m'entqnorrnati 0';_: !"-~-~',?~'.Ia;ilo.'ainteT._~e~3!'9~.'~:QC,qp'~unt99. ,ej~-

    - - " - .e ; : - - d ' 'd ~ d 1d .."....( bt i;(Jca~oes 1, 1 ie sao ~,'.UZ1 [ IQS em 'ravor e e tat dectsao I,e';,sobretu-_ _ _ _ . _ _ " . . a_ _ ____ __ _ . _ _"- _ . __. ~ _ ~ ~ _ ~ - : J i I j ' .d ' " em 'OPO$ "I~ao,,8outras possiveis deeisees dif-eren t .es l54 )1 " Teo i,ada inte -_Pt"_ ' l ta l~~oe ,0 discurso -- ou 'Inelhor, '0 meta-discurso, 0drscu rso de segundo gr;,~.u - de quem analisa as praxesIn .erp I .tativas (e argumen ativas) alli..jas ..

    - '~ .E Iii tiFcrmalssmo inter~r"eta.tlvo e rorma tsmo ,ar'gum.entil' ...: 0_ _ - - "-" - - ~ i- - - ~ _ . _ _ . - ___Sa o pOlstur;~~~r9-p-ir ias '~ : . 9 . . ~_ i n te_ - - -re ~~ 0 formaltsmo t,e6 'jco: ,euma postura propria de quem reflete so are 10 trabalho dos in-l'erptetesl5S,~ Os tries ' ipos de orrnalisrno merecerr analise' 'run-,I d e :p e r l den t e . .

    Comeeemos pelo formalismo in.terpretati.vo~,~De -hn-dia-~tOI, e necessario observa -qnendo e " bsolnta mente clare 0 cue

    15 5 Es.c..r-eve G..TareUot DirUfO r, e n 11n:f:t,GU j ' Jsi ' (Dir- . ; :i tQ .,t!n'unci~j'dos I u so s ) " ei L p: . -31"'38~ I ! ] I F a l a - f . . H ! tambe!m _I e I'f o ' aHsnl0~ a r e s p e i ', !Q de, U . t " ' Dmodo pa,r:f"cula:l"-011, s~rl e demodes - de entender (]problema da i;:nterpreta~io do dieeito, et am b e. m _ d e " ' m: _"D~ .pllrticu bl ' -~ 0\1 ,s~:rile'de m od o, ....de p m t. ie a ,- a ' Tar~U-C:1e11rt~ve ,aq~rua.distinc,io' el1t"fe funn~Jj's'mono' Dl,cuio de pmtioor a'ittteyp,"etflQ.aoe. fo.!flnatism.o no-nodo de 'leon~r' R r C e : I t " C a : dl__a ,ma,:;'~~pOiaSeirmmsereve Q ~eu.. discurse unieamente -at)fOlml'alismq ii~tt'el'llr'etatl'vo: "fala-se de wrmaUsro'().(~'~lte'1l,r'eta,t:~'VoI)par I se fazer ,a:1n8,8:6a totlo's QS meto;dos .Jue ao extrairem de.umanerma am significado, coma fillali:da.tle da 5Dlut;ao"de'um problemajuri-dice, fiaDl-s;e '1l11e~emntos,3l$1.:Ull;;das como ilntrins-ec08.a norma (.au atlsis, e~rna das nermas] I m qru1e~~5:o}deseurando fntol'es h:St611eas', teleolbgieoS-ieeon6m~eos.~UTleJoriei$~ amblentais ()U~,rruma palaVT~l..fatores (as,sum~ 1 : q s 'com.,) extrll:\S~oos~., ' N ' : , Dabbio] Giusnalura.'l'ism',Q! e pO';siriv:fs. ll16 giuridico (J llS~3 nrnlismr cpos~,t1vi,smoju[rdiool~ cU q P '. , 4t p o r sua '~ZIeS:'CFelfie: 'fo_nl,aUsta: considers-de, pO1\! ej(~mp~o'~,predomin incia, daaa a tnt rpreta'r ;4o i ,og ic .' sist - ' rnf l :~ i( ' ,, so r fi e' a histcrica e. teleolegica' , :al~m disso, '~e eonslder'ada furrtu_~UstD: ' odadoutr ina que abiJ~ua;_aojuiz pocl'e:rmeramente declarativo daJei vigente e 'fraD'U\mblhn criat~vol de direito nDVQ[I~Nun,. caso, vis 'iv'e1Tl1:en eli"formali smo' ~ nomede uma t,ecni.ca interplf.ittat~va~no eutro, de tUTIa doutrina dB.in~eq.rntac;ao Tju:-di cial) da q,Lta~'ne$tJ opornmldade nAo me cu.po,

    15.6 No l~'XicodeM..IJori lA ' 'intore IMarluale'di~twr'i(nlene~aJedei' dlrit1(J (Ma_uu-a.~de' teoria ,ge.r,aldo dir,ei',~). cit..!'~for 'mar511101i.nterpteta.thro',d.esignasetn d(~-vida ICimna .eO ria. da .interprem(aO juridi " i i { ' , : "8 , teoria Sl~guri,do'l quala,Sno t '111astlm ~.Ulna tinica ~llJ,erpeta~1;OIr:IF-r-eta'p. este miDrlcj.~parece-me. nao,sB djst.in~gUlf !] I~ntr,e.o p bmo da ~ntBrpret~~io e' 0,dar t o~;;I.da Interplfle'ta~rCl Qu,.-seja. 'omQ 0 ' - 'o Cllp'la-se 5.0mente . do, ~~ltrnaUs;moq -u ,e e u c h a n lo teBtic({" ,aq.ui de~,ominn

    15~ lSS,gl n~mo que ,nos fat,lo~'1possa revelar ...eba~tatlte. dlflcUtra~r uma lmha:rftidl e demarcaeao eutre argumentos inter -rer.ati:vos if! c'onel'usd,esinterpret:alivair.

    154 Poi e bserva 'C J q ae nem.sempeea i:nt,erpTeta~io f,eqo,er a;rgu.nl.el1t,c;io~"de.fato"eostuma ....e argumeotar apenas ras escolbns~inte:r.pr-eta.ti,vas que:niD sioiibvi...

    It1 - t ,,~,...il"" t'~ '. Cf' ' ,n r ,. L ~as, que sao contestanas O'll cones. :~V'el~~. ~. -.u' lan~Orl ' lUJi .g>g~.o lMof~nca'enrg (rm~.n tazi tJ "ne . n ' e l l ~nte.fJ J 'r ."e~~one giuriaie,a~OVLJe11J l~.g'iu:ris:fi 'i"terp~tlpJ1Yl~: .i: ;~tll ser ~. (L6gica. e a gu:men:t.a(lio na .i.nte.rpr,elta~o ~rldl:C8J' u os juristas ].1_."~"'~Jre'es tornad()~ ,1 1 ser.io) , ern F ~G,el1tlle (ed.) il'ltel-preraziorre edec.isione/Di.ri -0 ell' -COnOl/tlUl (tnt-Ipfreta~o e decl'Sa1l/Di.r~i1~Oe ec;:)nolnia)'~, A t i ltD ' do,260' CongressolNaci 0113 ! ,da-~d _ e.oa,de ltaliana' de Fitos:rnfia Jrnrid~ea: e t~)~{:tic~( ' f ld n j ). .1 1 119' , '~l IG'ufire. : M i l i . O ' 1 1:989; .E. , D~[e ioit tJ II agion~'me n tO I fnte1pr,etdti~agilJ.diziatC:! ( 1 0 , f.aciocinio mte~reta'~voljudi-ci:al)~ doutorn.do ~ ' Q 1 L " , ~ osolia. anaU-tic:a e enria G , " : . a l OliO d:r~i,to l t es1ej, M i I I D " 1 19

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    " Dasfantes ds notmas

    se ,pr, tends dizer quando se usa 0, vocabulo 'formalismo' cornrefereneia a s postures Interp ,e t , a t iv ' a s . .,Abem da '"erdade, pare-ce-rne que na Iinguagem eomum os Juris, 'as eostuma-se cha-

    t

    mar de fcrmaltstas d'uas _p,ostur;~.~:i".nterp1reta'tivtls: basi,a.nted~ .. .rsr ntas, se nao opostas.P " O T um I a d Q ! 1 diz-se a s vezes fo~,qla1i5ta,aquele t ipo de i n . .. .

    Iterpreta,vao qlt. se atem a Ietra dos doen ue 11tO'S n ,o rtn ati v'o is l IO U ,~ ~ if i d .S ja, ao seu s~gnl, _ca , I C ? m.als im'ediato (segundo 0 sentido ecmumdas palavras], deseu ,~an.d'Qa sua l atio. -~~ormalista, neste senti-do, a postura de fldelidade a lei (no (mica sentido razoav Idestaexpressao: fi,d~lida,dea letr~.~1.e'iJ ou seja, i-ntelrpreta~ao, lite-'alou deel rativa).

    Por urn outro Iado, diz-se a s vezes 'orma'i ista aquele ipo d . 1 ' ; !i.nterpr Ita~o q ! B ' " longe de firmar-se no sentido Iiral mais ime-diato dos documentos normanvos, -atrlbm a es res urn signiflea-do ~",~!~.:!llia.~con~isto '-J urn s.igJlific.ado (list-ante do Iiteral ecoridicionado por comp.lexas ...uet:es",rlltu.ras dlogm_ati 'f;a.:sconstnndas pelo '...Opri,omterprete ,E formahsta, este sen ~do,posturads quem nan e ) de modo algtlIu, fiel a Iei, mas, ao con-trario, a rnanipula de maneira vivaz,

    POl~ex:mplo, hA (no minirno) dois modes possiveis de in-terpi etar 0 art, 89,1paragrafo 1da Cons i .tui9,a,o: "Nenhum ato doPresi,dente da.Reptiblica Ie ' valido-sa na:o for endossado pelos Mi-nistros proponentes, qu.. assumern a responsab nIdade do atoU~,91

    .II

    Primeira i, t i c rpreta~,o A .. eral)~,t do ato do Presidente deser endossado P~OI Mmistro proponente, sob pena de invalidade,portanto, todo ato seu deve Bie r preeedido e condicionado ornma preposta nrinisterial: em suma, 0President e nao pode rea-Iizar nenh .mato por inieiativa propria, net ,rum ato qu., ., "io~'.'a.

    M'" tod t -U. ,~".l..... - a l" ' " : '_ ,b , ..proposto por urn ..tmstro; to 'oa '01 pres uencr " e .. ,s anci-almerrte, 'urn ato 'g-o.vern.amentai'~'ii

    Segnnda imerpretacao (sistematica). nas formas d .governo parlamentares, 0 1 , . .residen e, ainda qi..:desemp ,.~he algumasfUIll~7'esG a -Pl~6pr:iasdo monarca) Iigadas n O I exercicio do poderexecutive, e , contudo: 161"g1iostranho 8,08 tres poderes do Esta-'do} corn 'tal' .fas aC01"'-adas entreeles (ele. encarria urn "podernetr ro"): portanto devem distingui

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    -- - -- - --

    ~ ~ " , I T O . . :1 .. 1. " " ' .

    Com re.fe ,encl.a a tec~~cas argumerrtativas, diz-se'formalismo' 10modo dejustifiear uma dec i s 8 :o in , Ierpretativa que'nio apela para fates, interesses, conseqdenc as valo' es, objeti-vas: mas somen e para a,. .norma" au o il~stsema de . r ormas", O,Useja;o te ."0 norma '~vo'(descurando todo- Iemerr o extratextual),au para urn.sistema eonceitua I dogma i leo (deseuram '0 to!10 ele-mente e",ra:.sistemati_coJ i S9' ,~

    Trata-se, como se v e J de utna caracterizacao ruramen e ,~tl1 : ,ega t ivo l~ Em o ut ra s p al aV r.a s,~Dio 1 a . outre In rdo de :saber (1 1 q\ r:Le Or "ormalisme argumenta ivo at nao ser esclarecendo 0' ,q'ue e 0

    '" f 'l'~ 0 ' ~antrtorma rsmo Ora, coneretamente, 1"8.1"1' ee-me que as, va -'an-tes mais "in.eressantes de:antiformalismo 0$8,0 as seguaintes:,

    (a.) r O I U,S(11 de argumentos que fazern referencia expressa aosvalores 0' f ins (eticos, poll.. icos, ete.) do inteIIL:f\~!! e que orien-taram a decisao irrterp -e tt ; 1 , .va;

    (bJ OUB'Q de argumentcs que fazem referencia expressa a s._re-v isive i: s r:o,nS'e~iien.ci,~~,por exemp lo , economieas) das.al ' T~nativas interpretativas, Esta ultim,a varian, e na.'Q e ou .ra coisasenao aquela, argum en ta '( ;, B !O d:tipo u ilitarista clue e propagadap1()rr alguns expo antes da escola die la:w' a : l l : d econormcs (OiU anali-se ecenomica do ._ireito, como se queira cha.m.a-lo)l l60 co

    ,Se esse Ievantamen 0 dog : . 80S de 'formalismo' ,e e..ato ~. - -lsto e J!. dad I is 0 e, , f a ~ vel':'" anerro ql1~,~,~_~~~t~arr[Jali~~,tantQ_ ~~J!bt_e~:r_pr~tp~~Q

    iterru, q~an' ,0 ~Rpr...aZae8dtfe .e~; ~-S.-, a _ i~t.e-.,~-eta:~a:o si~te,~a,tica~ p l a. re c e l ;_ Iovio_9 i~~ s .o lonclni ~. e '0voea bu 0"forrnafiamo' e : sim-p esrnen e iJluYlj_z'~~:-.~~~_qualifi~J.' ~o~ ! I ! i e i i r ; a t i v ; ~ .E-m11 ' C ' g ~ I~urn vocabulo que, no usc comum, ,e ' adequado parad .esignar t,rrtonma coisa rquan' Q I ~Osen conrrario (digamos, para

    - , '

    ' l I I ese ntenda: tantoos metodosda eseola da.exegese :uanto osda jurts rt d enle ,l'a d os e one ei os ) 86 Q';tq~,_~!".!.r_~PJl f . t lB l i .o~~,8" ,msint .",-"no que se refere ao forrnalismo Interp 'eta:t'~'VO~eria fru-ti - "rn ahster-se, S "1 duv}.cla, de fa ar,

    E" n rermos gerais, os dois tipos diferent es de formalismointer ~et,,'1tivo tern, talvez urn s6 :raco eomum, a .. aber, grosse11 .do, a ami'" ~9Jl~': ~ra~aO do,s fat. S (objeto de qualificacao

    , .jur idica), ~1omltida CO!t~!~~et:a~~Qos m..~et:es.se'semj~go~,~ omi-t l " . ' a c nsideracae dos' e ei 9_~-

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    -;....,.....-:2-..- --

    Riccardo Guastini D,---'r " ,~ , - . " , . . " " , , -(LiJ,(Jn.["e$ as:.uormas

    0 8 " te ponte de-vista, 0formalismo argJ1mentativo se reduz - _ - - . - . -_ _ - - " - ;a lima ou outra destas duas coisas:Ir . ~ . . . . . . .. : . a . . _(a) 01 'UJ iO , de argumentos que ealam ou oeultam o'svalores~que presidiram e co llidiciop.~rpnni!4eei'~~9_~!_~.Fl! . reta : t ! 'va~~ue-

    portf!n!_q~ornam. dificildiscutir a decisao: em termos de valor;- ~ . ~~." -" -="_...~~~

    sensatamenteprediear a verdade e a falsidade; (c) ha, , ara to anorma, t ima e s6.urna un:l~cainterpretacao verdad ira lJ6:J_.

    Natnralr ente, l,oje ebastante IIre encom rar :X]~1\feS8~1destaforma ni.tida a 't:,oria forrnahsta da Interpretacao ...~'" sar dissr ";o formalismo teolico crmtirma a operar silenciosamente es ,0'-dos aq..eles modos de pensar que. por exern .]0: (a) orni em, dedistinguir ent ~e,0texto "}o.nnatlvo (a disposieao) ~0seu cont u~do, de significado (a norma), como' se tedo texto tivesse urn sig-ntficadn ~fpr6'prj,o";(b) .epr~Sf! 'am a in ,el~preta~fi-o zomoatividade dirigida a.4"av"(~ri,g,iI:ll.aru0 siguificado dos 'texto.snorma ~ 'VO~8;c] creditam a an iga doetrina segundo ~ qual "inclans non fit mterpretatio" sustei ta o do ' ' 1 . ie :1'11 text . requeinterpre ac.o somerr e'q ando o seu sig n ificado e dubio' ou con-troverso: (d) sustentarn que oda questao : ,e direitoadrnite urna

    "" 1 - ta (~ ~ d J ' . . .1 . " , ' I d -D - I " (i) .e so um a. soiueao eorre -.' ' ,~!_~~ la \J.e '_011~y'~ 'wo~!!J]~.,;e S1-milares,

    Estes. '6: outros sao .modos de pensar ainda 11~o}Iargamentedifundidosentre os juristas teoricos e p~: : _ . ~ , e o s : " . amhe ncum-prern agora funcfies, eu suspeito uma i-'un,c,ao m_ramentconselatoria, porque eontribuem para representar a atividad dosjuristas como uma atividade cie'ntifjca e a atividade des juizes.corno uma atividade ~mparcial(n~o condicionada 0"valores).o que rnais conta a teoria formalista da interpretaeao, e m - -bora desacreditada, ainda ago a fundarnenta alguns irnpor tail....tes institutos v igentes , dos quais eonstii ui a JtlS " ' f ic_ l . ca ) . : porexernplo, .odos.os eontroles de legitimidade (do controle de c-as-g.a~ioate 0 eontrole de Iegitrmidade constitucic rial) I por ex rn-

    i!' F ' " on,.l...."T "I ~ M ' - '0 \'.ho... ." }~ "~ .. ' ~ E/\..J 'Jn....,0No que resp eita _0 formalisrnc ju.ri.dico2.-i1~nfim, fala-se eom

    referencia (nao .rnats a s posturas iuterpreta ivas e a , s tecnic,~sargt rme \,ativas, mas) a s teorias da :in.t~.!;~a '.~~~~Em particular,diz-se formalista a teoria da mterpretacao segundo a qual (a) a- -,mterpretacao e uma atividade "llaa de decisao, mas de conheci-mente; (b]o discurso Interpretative e) portanto, urn diseurso des-errtivo ..ou seja, aqu ele do qual dos seus enunciados pode-se

    di rei to _es &tadoo UnJdos d.ahn,e,rl'cm, Es'tudo.d!!, :m8tajuris.prud!n.cia analiti-00), dou tot;mJ~Om f l lo s o .5 a an .Wi ti . ca. emoriag~raldoId,~ .r e i to,tese, MUil ,o;19'90':Id.1 Ana l .i S :i : ~D !nQmi c a .del d' i" ' i t t .D.~Jm1 ' l , r l r is . 'mD') . reaiismo ()\n,;ilise eco,H,o.mi-ca do dir,eito~ 'furmali6rn-o'~, realismo), e,m .P.Com.and'Ueci/~ G,ulistini (ecb~.)~Analis~~e dinno 1'990. Ri~1"'che- d'i9iu.risprudenza a.naUf,tCCl (A.n31me l!d.tteitog'SUJ~.Pesqu~as de jurisp,rudencia, al1la]itiica)~ Giap'picheUi, Thrlm), 1.9~lO; Id. ~Originl e Idt[fus.ione dn~(Jnaiisir e:canomicQ~ de l d'l'J ',i t tn neg,li Stat i _Un:it i; lIeindag'~~nfPQs,i : t i vedi Ri,chard P03ner (Otigens. edifusio daanalise epo' f i I ' omia.do direito 1;1:08 E~mdo~,-UniaC)S.:'as investi!ta~es ~!p~itiv.ES'~de ]ljc.h.ardPosner),em P. CDmal1 .quCci. /R. GU~~tiRi I(eds.w), ~ j ' 1 . a l i ; S i e di ri tt o .19,91 ' .Ricerche d'l~g:iurispru:d~n~a.unt1Jitica ,Anidise e itir~\,to 19'.9.1.~.PesQ~isud.ej,nris.prod.enciamal :wsca,) , Gill:p.picbelli. i:'utim:ll-991;;' Id., i\TnemcO.n Law and Bconom,ic,i;Imp,lemlenting Con's,~uehv,e Reat'is:tn (Dir:eito e econernia ameriCI.DnS;Inlp~!em-en, ~andoD.realbrn,o eo 'n$. trut iyo ,)~em ~Annali Giu,d$'PfUd,enm Ge.ncnf~l~ml23~,19,,89'-90; lot j .Law a;nd .E'conom,tcs (Di.-re!to.' fa eco .o.mia). L'analis!,ect),nomioo del dirif,'-o negli .Stan ,Unitt (A . i loMise econallilliCll d t i J ' dirert'o nosEs-taaQs Unid05); 'Gia.ppiche]U~TU r i. n l] ' l, g og : :, !no prelo).

    161 A -c;:tittca a esta tetlrla pode ser UdAem G~Tarello, Dirltt enunciati, 115t~Dlrei-to, enaneiados, u~osllcit.i ld. L~i.Tlterp:re taz{one.de ll a ' l 'e g g ' e (A lnte . ,p. re tn~ao.daieDi Giuffre, Milio'l 1'9'80. .-162 R.,Dwor.kinJ A Mutter ofPrinciple. (U'ma questi~de prmcipio), H.arvartl O.~-IICanl~lrid.ge (!'d~SS~)i1985~em 1"'special.pp-.119 e s:eg:s.

    16-0 161.

  • 5/10/2018 Textos - Hermen utica e Argumenta o Jur dica - Riccardo Guastini

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    ,' '0,; au-s....eia d ga-antias constituci onaisespe -ificas dos di-reitos de libere ade contra o Poder udiciario.

    Par concluir, curnpre dizer que 0forrnaliamo -::e;'orico: arnd,a que zoncei ualment e indfferente aos ou -ro s ripos de.f, rmalismo, esta. entretan .o , destinadoa retroagir nas preferen-eras dos juristas quanto a~ : eCDlcas argumentat ivas (quande -"len, e _' " ,3-S' - seja fato "ro"plio1dos juris tas) ,.'Urn jurista formal-staem materia 'eorica fatalmente sera for nalist, tambem ernma-. ria de el l gurrieni a r ; a , : o "

    9 formallsmo ~e~orico,_tende!l C1_~aI~ed-ta~ ' Q . . ~ _ ~ r : g ~ E ! l l l ! ~ " O H .c,onsqu, 11cialis '~ (utili, ' aristas, ~eo ' 1 0 1 1 1 i c o . s _ L teleol6gicos ~ten~' 9 . ~ _ , ~ d~sacre jtar_qual. ',_~~.F.~{~_t~Jlciaa val~Q;re~ u~ na9_!iQ'~- .~c_}~d(lriv- ' l~ a pI.~ . lcipios Id~"dire~.to__po5,iliv'Ql..

    "

    +Na linguagem comurn des ju ~istas} locu~ao, 'dogma ieajuridiea I esta snjeita ilU.sos inconstantes e: eqt i.-OCOS:.t63,~

    ~II

    16'3' Para. :doxaJm,eu"t I S,Ub~l'~."ra -a , re~~j"p.ei'b)l ~,O mesmo tempo, inexlstente e i n=te:nnln6vel. 'o~aradoxo ficil de Serf ex-p~j;c.adO.Por urn ~,adojna,o sao rnui toraros os estudos 11es quais 0 p~bp~k'J-concefto Qe,"dogmittlca jUJ:1dic~ ~ ' , eeKlJHd:=tam' m te ternan"laoo e..roblema tiza d 0; por 01ltro 1ado a e 'Xpressao "dogma tieajurldic;a.' e ! 'mp- 'egad,il, em quase to"d9S. os 'e,'Studos'j qp : .er teb't1:c.l1S. q LI~Jrhis'torlogrifieo'Sm ,~ 10FlloOI de cienciatuxldh.~.aj metoda juridico e mterpreta-!;io'~ Seja como fori eonsulte-se: A.. Gi :u]ia:ni , G' i "u ridic :a . . .d .o gm a nC 'f J C :h ..r-fdl.c.a.dogmatlca), I ]U,Encic , lopedl (i filosofica! 'lr;,"s;titutrr (~e'ColabQIzu;io CulturaJ.V~!~a~'Ro:' La 1.1Il951;M'~Piacentin), D'C~,gmaj 'em Nouissimr digesto ~'[Qiit:u1fJV I . " tIT~; 1Turim 19:60.; '.~Pia:no ~IO'rhlfci~ Dogmg"~00,giuridic:a, I.P"gnle5S!l's r or io o ( D, ogmm i ca ju r id i, -c a, . . P l ~m i ~ b':st6rica) ,enlEn.ciclopdia.de dU'it"(Enciclope : i a , ~ , dtreito), XnIi Gi1IffreJ -MUi,o~ 964';, E" Paresee, Dogm,{ l t i e agiuri.di'ca II(Dogma.t i . , t a l~r{dica11..).1 rn l!fI;cic' opedia del d~ l ri t tow .XUI IG h l f f r e ; mMUno,. t9'64~ L,,.d~ a~ggierp, DDgm -atica_gi trr~di r: :Q.J em IC~Donat i ( e . d i . "Diai'anuria .c:n~o del diri.tJo' (Dicion'rio critii,oo, do dir-eito)~ t i r a - V ' ~ l 1 : i , Ro na ,1980' M.,JO'ri. BI i~'p i rfS~, 'O. ' dog'"latk~'a g,tllri'd'ka. en..C~Para litE., P'attarf~. .(eds,.) ~_.Rea '~~ 'onand [..0U J (,Razio edireito'); J. , Giuffre" , J.illio 198'7 (p'ar;o - ) t . R.'OreB: ta,H,o~, l1 l f rodJ.tZ io,u !.(dla s tud io , de l d'i'ri'tlo r('unan,o (Introdu;ao ao e s w l d o ldo dil1HitO' oo lm"3Uo) il UM U l l " 01 Dtih:mha, 1987; .A~Aarnio, DngmaHq ,u e j u r i d i qu :e .(Dogm ati,ca juri diC3)~em A."il, 'Arnaud ( e _ , d .tD lcti"oJ1llilir,e en cy:cl'opediqu.e dt.

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