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    O MTODO PILATES COMO RECURSO FISIOTERAPUTICO

    The Pilates Method asa mean of physiotherapeutic rehabilitation

    Celeste Yumi Huzioka2

    Flvia Yuri Igawa1

    Giovana Pissaia2

    Giselle Dallicani1

    Elaine de Markondes4

    Viviane Tavares3

    __________________1 Fisioterapeutas graduadas pela PUC/PR.2 Fisioterapeutas graduadas pela PUC/PR e Instrutoras de Pilates pelo Physicalmind Institute

    de NY.3 Fisioterapeuta graduada pela PUC/PR, Especialista em fisioterapia traumato-ortopdica pela

    FEPAR/PR, Instrutora de Pilates pelo Physicalmind Institute de NY4 Mdica; Profissional de dana; Mestre em Comunicao e Semitica pela PUC/SP;

    Instrutora de Pilates pelo Physicalmind Institute de NY; Graduanda do Curso de Fisioterapia

    da FEPAR/PR; Professora do Curso de Fisioterapia da FEPAR/PR.

    Endereo para correspondncia:

    Elaine de Markondes

    Endereo: Rua Edmundo Saporski, 80. Bairro Mercs.

    CEP 80710-610.

    Curitiba PR.

    Telefone: (41)3568-1918E-mail: [email protected]

    www.demarkondespilates.com.br

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    RESUMO

    Este estudo foi o resultado de uma pesquisa cientfica realizada no perodo de julho a

    setembro de 2004, na Clnica de Fisioterapia da Pontifcia Universidade Catlica do Paran

    (PUC PR). Teve como propsito a aplicao de movimentos do Mtodo Pilates, segundo a

    metodologia do Physicalmind Institutede Nova Iorque, usados como recurso fisioteraputico

    em pacientes do sexo feminino, portadoras de alteraes msculo-esquelticas e articulares,

    com aumento do ngulo lombo-sacral e queixa de algia na regio lombar. A seleo da

    amostra foi realizada por meio de avaliaes; e o levantamento e anlise de dados, aps

    reavaliaes, tendo como parmetros: protocolo de avaliao fisioteraputica, protocolo de

    graduao da dor, imagens fotogrficas e imagens radiogrficas. Foram realizadas 12

    avaliaes, sendo que apenas 07 pacientes preencheram o perfil desejado.

    Aps a aplicao dos movimentos do Mtodo Pilates previamente selecionados,

    obteve-se a diminuio do ngulo lombo-sacral segundo Stagnara et al. apud Tribastone [1]

    bem como da lombalgia, provavelmente devido ao fortalecimento da musculatura abdominal

    associado ao alongamento muscular da cadeira posterior.

    Palavraschave:mtodo, ngulo lombo-sacral, fortalecimento e alongamento.

    ABSTRACT

    This study is based on a scientific research made during the period between july and

    september 2004, in the Physiotherapy Clinic in Pontifcia Universidade Catlica do Paran.

    It had as objective the application of the movements of Pilates Method, according to the

    methodology of the Physicalmind Institute of New York, as a mean of a physiotherapeutic

    rehabilitation, in female patients with skeletic-muscle and joint disfunction, which implies in

    the increase of the lumbosacro angle and in the complain of pains in the lumbar region. The

    selection of the participants was made through evaluations and the data analyses afterreevaluations having as parameters: a physical therapeutic protocol evaluation; a pain

    graduation protocol; photographic images and x-rays. At total twelve patients were evaluated,

    but only 07 achieved the profile desired.

    After the application of the Pilates Method movements previously selected, it was

    noticed that there was a diminution of the lumbsacral angle according to Stagnara et al. apud

    Tribastone [1] as well as of the lumbar pain, probably by the abdominal muscles

    strengthening associated to stretching of the posterior muscular chain.Key-words: method, lomb sacral angle, lumbar pain, strengthning and stretching.

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    INTRODUO

    A coluna lombar tem sido alvo de muitas pesquisas devido alta incidncia de

    quadros dolorosos nesta regio. Quando ocorre alguma alterao nos elementos estruturais da

    coluna lombo sacra (disco, vrtebra, msculos, ligamentos e nervos), manifesta-se a

    lombalgia, que a dor na regio lombar, esta pode ter sua origem devido a fatores posturais,

    traumticos ou degenerativos [2].

    O movimento da coluna lombar menos livre devido a maior espessura de seus discos

    intervertebrais e a orientao facetaria local. Os movimentos da coluna lombar so: flexo,

    extenso, flexo lateral e rotao. A flexo alcanada atravs da inclinao anterior do

    tronco ou da inclinao plvica posterior [3] e tem uma amplitude de movimento de 0 - 95[4]; j a flexo da coluna lombar que se acompanha de uma retificao da lordose lombar tem

    uma amplitude de 40 [5]. Na extenso ocorre um aumento na curvatura anterior normal, bem

    como a inclinao plvica anterior [3] e tm uma amplitude de movimento de 0 - 35 [4]; j a

    extenso que se acompanha de hiperlordose lombar tem uma amplitude de 30 [5]. Na flexo

    lateral o corpo vertebral suprajacente inclina-se para o lado da concavidade da flexo [5] e

    tem uma amplitude de movimento de 0 - 40 [4]. O movimento de rotao se realiza ao redor

    do centro, quando a vrtebra superior gira sobre a vrtebra inferior [5] e tem uma amplitudede movimento de 0 - 35 [4].

    O aumento excessivo da concavidade lombar no plano sagital, associada ao aumento

    da antero-verso plvica caracterizam a hiperlordose lombar [6];nesta situao ocorre uma

    mudaa entre o sacro, cujo eixo principal mais ou menos obliquo para trs e para baixo e a

    coluna lombar, que de incio sobe obliquamente em linha reta, para cima e para trs,

    resultanto o que se denomina ngulo lombo-sacral. Sabe-se que a lombalgia em muitos casos

    ocasionada pela postura de hiperlordose lombar [7].A presente pesquisa teve como objetivo verificar a reduo do ngulo lombo-sacral

    segundo Stagnara et al. apud Tribastone [1], bem como a melhora do quadro lgico da regio

    lombar por meio do Mtodo Pilates. Este mtodo, desenvolvido por Joseph Pilates a partir de

    1930, caracteriza-se como um sistema de movimentos teraputicos, organizados com a

    finalidade de melhorar a qualidade de movimentao do corpo humano.

    A escolha pela aplicao deste mtodo, segundo o Physicalmind Institute de Nova

    Iorque, baseou-se no fato de que esta uma das escolas, dentre outras, que visa reabilitao

    e enfatiza a pelve neutra. O mtodo preconiza a funcionalidade do movimento assistido pela

    respirao e pela percepo corporal, objetiva o realinhamento corporal ao corrigir possveis

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    desequilbrios musculares e articulares e prioriza o recrutamento do msculo transverso do

    abdmen e do assoalho plvico, tambm chamado de abdominal e pelvic floor engagement. O

    principal objetivo do mtodo Pilates segundo o Physicalmind Institute a economia do

    esforo. Baseia-se no monitoramento do senso cinestsico para aprimorar o equilbrio

    neuromuscular do movimento [8].

    O PhysicalMind Instituteevoluiu as abordagens de Joseph pilates para o pensamento

    cientfico atual aplicando o extenso repertrio de mtodo nas disfunes msculo-

    esquelticas, entre outras.

    Diferencia-se, portanto, da terapia convencional, uma vez que objetiva abordar o corpo

    de maneira sistmica, promovendo o realinhamento postural.

    MATERIAIS E MTODOS

    A pesquisa foi de cunho cientfico, com anlise quantitativa da lombalgia atravs da

    escala numrica da dor, segundo protocolo da Clnica de Fisioterapia da Pontifcia

    Universidade Catlica do Paran, bem como anlise quantitativa do aumento do ngulo

    lombo-sacral segundo Stagnara et al. apud Tribastone[1].

    Aps o perodo de fundamentao terica, o estudo concentrou-se na pesquisa decampo, com base em mtodo probabilstico, aleatrio e estratificado, realizada na Clnica de

    Fisioterapia da Pontifcia Universidade Catlica do Paran, na cidade de Curitiba, no perodo

    de dezesseis de agosto do ano de dois mil e quatro a dezoito de setembro do ano de dois mil e

    quatro.

    A pesquisa foi realizada em pacientes do sexo feminino, faixa etria de dezoito (18) a

    trinta (30) anos, que apresentaram aumento do ngulo lombo-sacral associado lombalgia na

    poca da avaliao. Foram critrios de excluso: patologias associadas, fraturas, luxaes ouartrodese da coluna vertebral; hipertenso arterial sistmica, glaucoma e estado gestacional.

    As avaliaes ocorreram no perodo de vinte e sete de julho do ano de dois mil e

    quatro a seis de agosto do ano de dois mil e quatro, por meio de um protocolo de avaliao

    fisioteraputica e de imagens fotogrficas. A lombalgia foi graduada segundo a escala

    numrica da dor (protocolo da Clnica de Fisioterapia da PUC PR).

    Foram avaliadas no total doze (12) participantes, destas, sete (07) enquadraram-se no

    perfil desejado, porm no decorrer da pesquisa houve duas (02) desistncias, restando cinco(05) pacientes, perfazendo um total de 41,6% da populao. Aps a realizao das etapas

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    anteriores, encaminharam-se as pacientes para efetuarem exames radiolgicos da coluna

    lombar na incidncia em perfil, todos realizados no mesmo local para que se utilizasse o

    mesmo aparelho e para que no houvesse diferena nas imagens. O exame radiolgico teve

    como intuito confirmar o aumento do ngulo lombo-sacral. Para tal, foi utilizado o traado do

    ngulo lombo-sacral (LS), segundo De Seze [9] que afirma: O ngulo de lordose formado

    pelo encontro posterior da linha que prolonga o plat superior de S1 e da linha que prolonga o

    plat superior de L1.

    Poucos estudos foram feitos para determinar o ngulo lordtico lombar normal e no

    existe um mtodo universalmente aceito para sua medio. Entre os poucos estudos que

    qualificam o valor normal da lordose lombar, aqueles de Farfan, et al, de 1972, do valor

    mdio de 42; os de Stagnara, et al, de 1982, um valor de 50 e os de Pelker e Gage, de 1982,um valor lordtico mdio de 67 [1]. Para o presente trabalho o padro de mensurao

    adotado foi o traado do ngulo lombo-sacral nas imagens radiolgicas descrito por De Seze

    [9] e o valor mdio adotado para este ngulo baseou-se nos estudos de Stagnara et al. apud

    Tribastone [1] com um valor de 50.

    Pelo fato do traado do ngulo ter ultrapassado a rea da radiografia, adotou-se o

    Mtodo Lippmann-Cobb: O ngulo, formado pela interseo de duas perpendiculares s

    tangentes, a margem superior da vrtebra terminal superior e a margem inferior da vrtebra

    terminal inferior, d o valor angular da curva [1].

    Dentro do protocolo de avaliao fisioteraputica elaborado, foram feitas: anamnese,

    avaliao postural, goniometria [4], testes de comprimento muscular e testes de fora

    muscular conforme Kendall, F. P.; McCreary, E.; Provance, P. G. [3].

    Os movimentos aplicados, do primeiro ao ltimo atendimento seguiram a metodologia

    do Physicalmind Institute de Nova Iorque [10]. Selecionou-se 14 movimentos de solo

    (matwork)do extenso repertrio de movimentos existentes no mtodo. Foram eles:Breathing,

    Pelvic bowl, Spinal bridging, Ribcage / Angel arms, Hundred, Roll up, Roll over, leg slides,

    Single leg stretch, Cat, Knee sway, Knee folds / stirs, Spine twist, Saw. Estes foram

    organizados em dois (02) protocolos da aplicao; os atendimentos ocorreram na prpria

    Clnica de Fisioterapia da Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUC PR), no

    segundo (2) semestre do ano de dois mil e quatro (2004), com freqncia de trs (03) vezes

    por semana, com durao de trinta minutos cada, totalizando quinze (15) atendimentos. Das

    pacientes que se enquadraram na pesquisa, 02 pacientes realizaram 15 atendimentos; 02

    pacientes realizaram 10 atendimentos e 01 paciente realizou 08 atendimentos.

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    RESULTADOS

    A anlise dos dados foi demonstrada atravs do grfico individual da dor durante o

    incio e final de cada atendimento e do grfico comparativo do valor do ngulo lombo-sacral

    na avaliao e reavaliao radiolgica.

    GRFICO 1 - PACIENTE A

    No grfico acima a paciente apresentava no primeiro atendimento, nvel lgico inicial sete

    (07) e final dois (02). Houve uma diminuio da algia inicial em cada atendimento, com

    analgesia a partir do quinto atendimento.

    GRFICO 2 PACIENTE B

    No grfico acima a paciente apresentava no primeiro atendimento, nvel lgico inicial

    oito (08) e final cinco (05). A partir do terceiro atendimento houve uma diminuio gradual,

    tanto da algia inicial quanto da final, com analgesia ao final dos trs ltimos atendimentos.

    DOR - Paciente A

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    1

    atendimento

    2

    atendimento

    3

    atendimento

    4

    atendimento

    5

    atendimento

    6

    atendimento

    7

    atendimento

    8

    atendimento

    9

    atendimento

    10

    atendimento

    Atendimentos

    Nvellgico

    Dor inicial

    Dor final

    DOR - Paciente B

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    1 atendimento 2 atendimento 3 atendimento 4 atendimento 5 atendimento 6 atendimento 7 atendimento 8 atendimento

    Atendi mentos

    Dor inicial

    Dor final

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    GRFICO 3 - PACIENTE C

    No grfico acima a paciente apresentava no primeiro atendimento nvel lgico inicial

    sete (07) e final quatro (04). A partir do terceiro atendimento houve uma queda do nvel

    lgico no inicio da terapia. Houve analgesia aps o dcimo segundo atendimento.

    GRFICO 4 - PACIENTE D

    No grfico acima a paciente apresentava nvel lgico inicial que variava de um (01) a

    dois (02), exceto no terceiro, nono e dcimo atendimento, nas quais no houve relato de dor.

    J em relao dor final, houve analgesia em todos os atendimentos.

    DOR - Paciente C

    0123456789

    10

    1atendim

    ento

    2atendim

    ento

    3atendim

    ento

    4atendim

    ento

    5atendim

    ento

    6atendim

    ento

    7atendim

    ento

    8atendim

    ento

    9atendim

    ento

    10

    atendim

    ento

    11

    atendim

    ento

    12

    atendim

    ento

    13

    atendim

    ento

    14

    atendim

    ento

    15

    atendim

    ento

    Atendimentos

    Nvellgico

    Dor inicial

    Dor final

    DOR - Paciente D

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    1

    atendimento

    2

    atendimento

    3

    atendimento

    4

    atendimento

    5

    atendimento

    6

    atendimento

    7

    atendimento

    8

    atendimento

    9

    atendimento

    10

    atendimento

    Atendimentos

    Nvellgico

    Dor inicialDor final

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    GRFICO 5 - PACIENTE E

    No grfico acima a paciente apresentava no primeiro atendimento nvel lgico inicial

    seis (06) e final dois (02). Houve analgesia a partir do dcimo segundo atendimento.

    GRFICO 6 NGULO LOMBO-SACRAL

    ngulo lombo-sacral

    68

    83

    6467

    59

    63

    76

    54 52

    39

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    PacienteA

    PacienteB

    PacienteC

    PacienteD

    PacienteE

    Graus - LS

    ngulo inicial

    ngulo final

    De acordo com o grfico acima, todas as pacientes apresentaram diminuio do valor

    do ngulo lombo-sacral (LS) segundo Stagnara et al. apud Tribastone [1].

    DOR - Paciente E

    0123456789

    10

    1atend

    imento

    2atendim

    ento

    3atendim

    ento

    4atendim

    ento

    5atendim

    ento

    6atendim

    ento

    7atendim

    ento

    8atendim

    ento

    9atendim

    ento

    10

    atendimen

    to

    11

    atendimen

    to

    12

    atendimen

    to

    13

    atendimen

    to

    14

    atendimen

    to

    15

    atendimen

    to

    Atendimentos

    Nvellgico

    Dor inicial

    Dor final

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    CONSIDERAES FINAIS

    Sabendo-se que o aumento do ngulo lombo-sacral pode ocorrer devido a

    desequilbrios musculares, optou-se pelo Mtodo Pilates aplicado segundo a metodologia do

    Physicalmind Institutede Nova Iorque, como recurso cinesioteraputico nesta pesquisa, que

    conforme De Markondes [11]este um mtodo de recuperao que alia o trabalho fsico ao

    estimulo perceptivo, a fim de desenvolver, no somente nveis desejveis de fortalecimento

    muscular e de flexibilidade, mas de estimular o paciente a compreender o seu processo de

    reorganizao e de realinhamento corporal.

    Com a realizao deste estudo, verificou-se a efetividade deste mtodo na diminuio

    do ngulo lombo-sacral, bem como da lombalgia em todas as pacientes.Alteraes das estruturas da coluna lombo-sacra tem como resultado a dor [2]. Sendo

    um dos objetivos da pesquisa o realinhamento postural promovido pela diminuio do ngulo

    lombo-sacral, observou-se tambm, no decorrer dos atendimentos, uma diminuio

    progressiva da dor, tanto no incio como no trmino de cada atendimento, alcanando a

    analgesia nos ltimos atendimentos.

    Acredita-se que este nvel de interveno na sintomatologia lgica e na angulao

    lombo-sacral obtidos provavelmente pelo fortalecimento do msculo transverso do abdome epelo alongamento dos msculos da cadeia posterior, parmetros estes, avaliados e reavaliados

    atravs do protocolo proposto; contribuiram para a horizontalizao das espinhas ilacas

    ntero-superiores, que segundo Kendall, McCleary e Provence [3], gera o posicionamento

    neutro da pelve.

    Os movimentos selecionados neste estudo promoveram o fortalecimento, concntrico

    e excntrico, da musculatura abdominal associado respirao do mtodo, que enfatiza o

    prolongamento da fase expiratria. Este efeito o responsvel pela ativao do msculotransverso do abdome, bem como a otimizao da sua ao sinrgico-antagnica com o

    msculo diafragma e de seu sinergismo com o assoalho plvico [12].

    O alongamento da cadeia muscular posterior foi obtido por meio de movimentos que

    enfatizaram a flexo da coluna vertebral, a flexo do quadril com os joelhos estendidos e

    tornozelos em dorsiflexo. A execuo destes movimentos, juntamente com a expirao

    forada, diminui a tenso muscular proporcionando a facilitao do alongamento dos

    msculos desejados, promovendo o aumento da flexibilidade na regio lombar.

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    Na presente pesquisa quatro (04) pacientes no atingiram o valor angular lombo-

    sacral fisiolgico de 50 desejado, porm, obtiveram reduo significativa do ngulo

    aproximando-se do fisiolgico. Todas as pacientes obtiveram analgesia da regio lombar.

    Consideramos que a interveno atravs do Mtodo Pilates foi benfica para as

    pacientes, pois alm de interferir na sintomatologia alcanando os objetivos do presente

    trabalho, pode-se notar, pelos relatos daquelas, a importante contribuio para melhora na

    qualidade de vida.

    A pesquisa cientfica referente s aplicaes do Mtodo Pilates como recurso

    fisioteraputico apresenta-se ainda incipiente em todo o mundo. Seus princpios visam

    reorganizao do corpo de forma integrada, parecendo atuar de forma eficaz na recuperao

    do desequilbrio corporal. Sendo, portanto, uma justificativa aferir sua efetividade no campoda Fisioterapia, tanto na rea de preveno quanto da reabilitao.

    Portanto, tendo em vista a escassez de literatura, torna-se imperativo a expanso da

    investigao cientfica com o Mtodo Pilates, bem como a produo e publicao destes

    resultados a fim de confirmar a sua funo como um importante recurso teraputico.

    REFERNCIAS BILIOGRFICAS

    (1)TRIBASTONE, Francesco. Tratado de Exerccios Corretivos: Aplicados a

    Reeducao Motora.1. ed. So Paulo: Manole, 2001.

    (2)FIGUEIR, S. Seu Trabalho, sua Postura, sua Coluna: Cervico-dorso-lombalgias

    nas Atitudes Posturais. Porto Alegre: Sagra, 1993.

    (3) KENDALL, Florence Peterson; MCCREARY, Elizabeth; PROVANCE, Patrcia

    Geise. Msculos: Provas e Funes. So Paulo: Manole, 1995.

    (4)

    MARQUES, Amlia Pasqual. Manual de Goniometria.So Paulo: Manole, 1997.(5)KAPANDJI, A. I. Fisiologia Articular. Vol 3. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara

    Koogan, 2000.

    (6)OLIVER, Jean; et al. Anatomia Funcional da Coluna Vertebral. Rio de Janeiro:

    Revinter, 1998.

    (7)CAILLIET, Ren. Compreenda sua dor nas costas: um guia para preveno,

    tratamento e alvio. Porto Alegre: ArTmed, 2002.

    (8)KNASTER, M. Discovering the Body Wisdom. NY: Bantam Books, 1996.

    (9)DE SZE, S. Saber Interpretar uma Radiografia Vertebral. So Paulo: Andrei,

    1973.

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    (10) PhysicalMind Institute.Anatomy of Pilates. NY:PMI edition, 2005.

    (11) DE MARKONDES, Elaine. O Mtodo Pilates. Artigo, Faculdade Evanglica

    curso fisioterapia, Curitiba, 2003.

    (12) LEMOS, Alonso Monteiro; FEIJ, Leila de Albuquerque. A biomecnica do

    transverso abdominal e suas mltiplas funes. Fisioterapia Brasil, v. 6, n. 1, p. 66

    70, 2005.