46
11 A Justificação na epístola de Tiago (Tiago 2:14- 26) Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar com o Pinterest Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente... Tiago 2:24 A verdade de Deus, encarnada em Cristo e revelada a nós através de sua Palavra (João 17:17) é coerente em consigo mesma e deve ser respeitada como tal. Entretanto isso não significa que interpretar essa Palavra é uma tarefa fácil para os seres humanos que receberam essa Palavra e estudiosos da Bíblia estão divididos sobre o significado de inúmeras passagens bíblicas comparadas umas com as outras... Nesse universo de dúvidas e temas, a questão da justificação, especialmente entre Tiago (2:24) e Paulo (Romanos 3:28) é umas das questões mais interessantes. Nesse artigo de Ronald Y. K. Fung (China Graduate School of Theology, Hong Kong) temos um estudo sério, importante e digno de cuidadosa análise e reflexão teológica. Sua linguagem é profunda, e por vezes bastante complexa, e ele nos conduz à variadas possibilidades de interpretação diferentes, e conclusões sólidas em favor da unidade do Novo Testamento, e de sua inspiração Divina para a direção da igreja em todos os séculos

Tiago

Embed Size (px)

DESCRIPTION

material de estudo

Citation preview

11A Justificao na epstola de Tiago (Tiago 2:14-26)Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestVerificais que uma pessoa justificada por obras e no por f somente...Tiago 2:24

A verdade de Deus, encarnada em Cristo e revelada a ns atravs de sua Palavra (Joo 17:17) coerente em consigo mesma e deve ser respeitada como tal. Entretanto isso no significa que interpretar essa Palavra uma tarefa fcil para os seres humanos que receberam essa Palavra e estudiosos da Bblia esto divididos sobre o significado de inmeras passagens bblicas comparadas umas com as outras...

Nesse universo de dvidas e temas, a questo da justificao, especialmente entre Tiago (2:24) e Paulo (Romanos 3:28) umas das questes mais interessantes. Nesse artigo de Ronald Y. K. Fung (China Graduate School of Theology, Hong Kong) temos um estudo srio, importante e digno de cuidadosa anlise e reflexo teolgica. Sua linguagem profunda, e por vezes bastante complexa, e ele nos conduz variadas possibilidades de interpretao diferentes, e concluses slidas em favor da unidade do Novo Testamento, e de sua inspirao Divina para a direo da igreja em todos os sculos

A traduo desse artigo me consumiu meses de trabalho, e no tive tempo de traduzir as notas de rodap, portanto se algum estiver estudando e necessitar de ajuda para entender alguma nota de rodap mande uma mensagem nesse post mesmo que terei prazer em ajudar...

O artigo ao todo tem o tamanho de 30 pginas de word, e deve ser estudado com ateno e dedicao, e um mais profundo conhecimento da verdade de Deus ser o benefcio advindo desse esforo!

Clique abaixo, no link "mais informaes" e desfrute!!!

Graa e Paz!!!

Justificao na epstola de TiagoRonald Y. K. Fung

A famosa mxima de Martinho Lutero sobre a carta de Tiago, expressa no prefcio de sua edio do Novo Testamento de 1522, foi de que ela era uma carta de palha em comparao com o Evangelho de Joo, 1 Joo, as cartas de Paulo (especialmente Romanos, Glatas, e Efsios) e 1 Pedro. O veredito de Lutero foi parcialmente baseado em seu entendimento de que seu ensino sobre a justificao seria totalmente incompatvel com o ensino Paulino. Tambm foi registrado que Lutero disse: F justifica (Romanos 3:28) est em completa contradio com f no justifica (Tiago 2:24). Se algum conseguir harmonizar essas afirmaes, eu colocarei meu barrete doutoral nele e permitirei que ele me chame de tolo.[i]Tal viso do relacionamento entre Tiago e Paulo ainda ecoa hoje por um nmero no pequeno de estudiosos, que falam, por exemplo, de Tiago como algum que vigorosamente contesta asola fide(somente pela f), que a frmula caracterstica e decisiva da doutrina da justificao para Paulo, e mesmo de corromper o uso ou o significado dedikaiousthai(ser justificado) por acrescentar as obras nela.[ii]Mas se em um ponto to fundamental como o da justificao do crente Paulo e Tiago esto em contradio, uma questo levantada no apenas a respeito da unidade da teologia do Novo Testamento (o termo teologias no seria ento mais apropriado?), mas tambm sobre um cnon dentro do cnon (Tiago tem o direito de estar lado a lado com Paulo?). O tema desse captulo, portanto, claramente importante; um correto entendimento do ensino de Tiago sobre justificao no apenas algo valioso por si s, mas tambm lana luz nas questes mais amplas de seu relacionamento com o ensino Paulino e sobre seu lugar no cnon.Uma vez que o vocabulrio da justificao , para todos os propsitos, confinado percope 2:14-26,[iii]devemos devotar a maior parte deste ensaio um exame detalhado dessa passagem muito discutida e altamente disputada. Deveremos ento tentar demonstrar como a doutrina da justificao nela expressa se harmoniza com o ensinamento da carta como um todo, e finalmente devemos usar os resultados de nosso estudo para nos deter no aparente conflito entre Tiago e Paulo.

1. Exegese de 2:14-26[iv]A. A tese (vv. 14-17)Do homem que demonstra favoritismo enquanto cr no Senhor Jesus Cristo (2:1-13) Tiago agora se move situao mais geral mais ainda o mesmo fenmeno de um homem cuja profisso de f no corroborada por suas prticas. O contraste no verso 14 entre o homemque clama terf e o fato deleno terobras para apresentar.[v]Como sugerido pelo contexto, as obras em questo so atos de amor para com o prximo. (v. 15ss.,cf.8) e outros atos de obedincia vontade de Deus (21, 25). Pelo homem clamar ter, f (14a) provavelmente denota a atitude crist fundamental de algum que aderiu ao cristianismo, o que faz dele um cristo;[vi]mas a f que o homem de fato possui desacompanhada de obras (14b) e, se ela tem qualquer contedo, consiste unicamente de uma mera aceitao intelectual do dogma cristo tal qual o princpio Deus um (19a).[vii]As duas questes retricas tornam claro que tal f[viii]no serve de nada para o homem que a possui: ela no pode salv-lo no juzo final (cf.13).[ix]Tiago claramente implica (a) que ele no considera tal f como um artigo genuno ou aquele que a possui como um crente verdadeiro,[x]e (b) que em sua apreciao uma f salvfica uma f que opera e que demonstra a si mesma em obras. Deveria ser observado que ao negar que uma f sem obras possa salvar, Tiago no levanta, por meio disso, a questo se, nem implica que, obras sem f podem salvar.[xi]Para ilustrar a inutilidade de uma f estril, Tiago nos vv. 15ss. introduz o comparvel caso da caridade que consiste somente em palavra, ou discurso e no de fato e de verdade (1 Joo 3:18,cf.3:17). Ele retrata um cristo carecido de roupa e necessitado de alimento e um irmo cristo respondendo a essa situao com uma confortadora frmula de despedida (Ide em paz) e com uma piedosa esperana de que a pessoa necessitada estar aquecida e farta,[xii]sem fazer o menor esforo para prover alvio real. As frases estilizadas nos vv. 15-16a sugerem que aqui no estamos lidando com um caso concreto da vida real, mas antes com umacomparaoplanejada para o propsito da ilustrao[xiii]que, no obstante, reflete uma preocupao real de Tiago. Seu uso da pergunta retrica, qual o proveito disso?, pela segunda vez (formando assim uminclusiocom o verso 14a) efetivamente evoca a pronta concordncia do leitor de que a caridade desse arrogante filantropo totalmente inadequada e completamente sem efeito.[xiv]Essa concluso do material comparativo nos vv. 15ss., aplicada ao tema em questo (v. 14), conduz ao fortalecimento da tese do verso 17: Assim, tambm a f, se no tiver obras, por si s est morta. A palavra morta pode significar estril, infrutfera (cf.20)[xv], mas mais provvel que signifique o oposto de viva, ou seja, que no mostrar nenhum sinal de estar viva ou de ser real (cf.26). Como J. H. Ropes corretamente observa, as duas coisas que so opostas no so f e obras... mas uma f viva e uma f morta.[xvi]Essa f morta meramente o que clama, ou professa, o homem no verso 14. Ela dificilmente digna do nome f, tanto quanto a preocupao meramente professa do cristo dos vv. 15ss. digna do nome de caridade. A implicao positiva de tudo isso evidente: uma f viva unicamente ser vista como genuna quando for implementada em obras.Deveramos notar que uma traduo alternativa Assim, tambm a f, se no tiver obras, est morta em si mesma tem a vantagem de manter a frase final no grego (kath heautn) em sua posio original, evitando a repetio da ideia de se no tiver obras na frase (em si mesma), e tornando possvel o entendimento de que Tiago esteja mudando da observao de um fenmeno para um julgamento de causa uma f que no conduz ao (NEB) no apenas inoperante no exterior, mas tambm d a impresso, por causa disso, de ser morta em sua prpria essncia[xvii]Todavia, a traduo usual por si s provavelmente deve ser mantida, por duas razes: (a) ela amparada pelo sentido similar que a frase grega (kath heautn) tem na Septuaginta (Genesis 30:40; 43:32; 2 Macabeus 13:13), no Novo Testamento (Atos 28:16; Romanos 14:22), e em outros lugares;[xviii](b) o principal ponto dos vv. 15ss. a inutilidade de uma caridade meramente de palavras finas e destituda de ao prtica, ento o que est sendo sugerido pelo assim tambm do v. 17 a futilidade da uma f que no acompanhada de ao (portanto por si mesma uma traduo mais apropriada do que em si mesma). Nessa demonstrao, a tautologia aqui envolvida deve ser entendida como se referindo ao desejo de Tiago de enfatizar o pensamento da f isolada na concluso de sua sentena (e pargrafo).[xix]B. Dois argumentos racionais (vv. 18-19)As palavras mas algum dir no v.18 simultaneamente assinalam um novo estgio na argumentao e introduz o que a passagem mais controversamente difcil na percope. Duas perguntas principais surgem em suas interpretaes: (a) quem esse algum? (b) Quo longe essa observao se estende? Essas questes necessariamente relacionadas sero tratadas juntamente enquanto considerarmos vrias propostas para a soluo delas.Alguns intrpretes acham impossvel tomar o v.18b-c- voc tem f e eu tenho obras como uma objeo, uma vez que aquele que faz a objeo estaria ento atribuindo f a Tiago e obras a si mesmo, o que dificilmente se encaixa no contexto precedente; antes ele deveria ter dito, voc tem obras e eu tenho f[xx]Eles, portanto, tomam a adversativaalla(mas) como tendo uma fora enfatizadora (=mais ainda, de fato;cf.RV sim) e o pronome indefinidotis(algum) como se referindo a algum que concorda com a viso de Tiago, que advoga sua causa contra a f sem obras (= o homem do verso 14).[xxi]Nessa demonstrao os pronomes so consistentemente empregados: Eu sempre Tiago ou seu aliado, e voc sempre o oponente/antagonista. Mas essaSekundantenhypothese(hiptese do aliado) est cercada de dificuldades que a tornam insustentvel. Por exemplo:(1) difcil entender por que Tiago introduziria um aliado imaginrio quando ele bastante capaz de pleitear sua causa em seu prprio nome. introduzir um aliado que desaparece to bruscamente quanto foi introduzido um procedimento incomum para qualquer escritor, no importa o quo modesto ele seja.(2) Essa introduo requer que a palavra de abertura seja lida vocdizter f, uma nuance que Tiago no torna explcita de forma alguma.(3) Para colocar a mesma objeo de uma forma diferente, essa interpretao parece atribuir a Tiago o reconhecimento de que esse homem realmente tinha f, quando o objetivo dos versos anteriores tem sido demonstrar que essa f no f de forma nenhuma.(4) Otis(algum) do v.18 (que apia a Tiago) seria algum totalmente diferente dotis(um homem) do v.14 (contra quem Tiago argumenta); tal ambigidade est sujeita a ser mal interpretada pelo leitor, ou pelo ouvinte.(5) certamente mais natural tomar otisdo v.18 por analogia com otisdo v.14, como algum que representa um ponto de vista que o oposto deTiago.(6) A interpretao sob discusso rouba a frmulaall erei tis(mas algum dir) precisamente de sua fora: em outros lugares ela sempre introduz uma objeo e no um argumento de apoio (e.g. 1 Cor. 15:35; cf. Rom. 9:19; 11:19)[xxii]Em vista dessas dificuldades, a hiptese do aliado dificilmente pode ser mantida.Daquelas interpretaes que do frmula (18a) sua interpretao mais bvia, uma viso amplamente aceita a de que na objeo, que consiste apenas do v.18b-c, os pronomes voc e eu no se referem a Tiago e ao seu oponente respectivamente, mas so equivalentes a um e outro; eles so meramente um modo mais pitoresco de indicar pessoas imaginrias. Ao fazer o oponente dizer um homem tem f, outro tem aes(GNB = TEVcf.NEB), Tiago cria um espantalho que advoga umaseparao sofismtica entre f e obras, consideradas como sendo de igual validade diante de Deus, e a usa como uma comparao contra a qual apresenta sua prpria viso sobre o assunto.[xxiii]Essa interpretao, tambm, envolve considerveis dificuldades.(1) O uso desyeego(voc e eu) comoheiseheteros(um e outro) no suficientemente atestado. Para transmitir a ideia secundria a expresso natural teria sidohos/allos/heteros menehos/allos/heteros de.(2) Nessa interpretao,syeegono v.18b-c significam um e outro, mas nos vv. 18e-19a eles tm seu significado normal; particularmente esclarecedor o fato de que as duas instncias deKagono mesmo verso tem significados diferentes, primeiro e outro (18-c) e depois e eu (18e).(3) Mesma que a inteno do v.18b-c fosse apontar para a validade igualitria entre f e obras diante de Deus, duvidoso que o oponente, que o campeo da causa f somente, diria voc tem f e eu tenho obras e no voc tem obras e eu tenhof.[xxiv]No surpresa que um advogado dessa interpretao tenha se sentido constrangido a admitir, essa soluo para a dificuldade adotada por que ela parece fazer o melhor sentido nesse contexto, no por ser totalmente satisfatria.[xxv]A soluo mais satisfatria dessacrux interpretum, na minha compreenso, a soluo proposta por Heinz neitzel.[xxvi]Existem dois elementos chaves nessa proposta: (a)sy pistin echeisdeve ser entendida como uma pergunta genuna do antagonista, voc tem f?; (b) um sinal de dois pontos (:) deve ser colocado depois dekago(e eu) como introduzindo a resposta do autor. O mrito dessa interpretao que a prpria fora dos enfticos pronomes pessoais lhes so atribudos epistin(f) eerga(obras) so apropriadamente atribudos ao antagonista e ao autor respectivamente, como o seguinte esquema torna claro:

18a-b Mas algum dir, voc tem f? (a implicao = eu tenho f, voc no) c e eu (direi), eu tenho obras d me mostresua fsemobras, e e eu pelasminhas obras te mostrarei minha f 19a voc crque Deus um...Dois comentrios explicativos se fazem necessrios:(a) Uma vez que nos vv. 14-17 Tiago parece estar desvalorizando a f e exigindo apenas obras, imediatamente ocorreria ao antagonista a dvida na presena de f no autor: Voc tem f? significa voc, que fala dessa forma sobre a f, tem realmente f?[xxvii]Esse entendimento das palavras em questo como lanando dvida sobre a f do autor parece ser requerida pelo fato de que o autor se oferece no v.18e a mostrar a minha f.Em relao objeo de que a forma positiva da questo, sendo sem a partcula negativa de interrogaome(no), incorreta para questionar, nesse caso, a f de Tiago,[xxviii]deve ser respondida que questes sobre a presena ou ausncia de um estado especfico de situaes que podem ser respondidas com sim ou no no requerem tanto no grego clssico, quanto no Koin uma partcula de interrogao, uma vez que a inflexo da voz torna sua natureza clara;[xxix]Uma expresso similar de pergunta que uma expresso de dvida como 18b a pergunta de Pilatos para Jesus: Tu s o Rei dos judeus? (sy ei ho basileus ton loudaion; Mt. 27:11; paralelos Mc 15:2; Luc 23:3; Jo 18:33). (b)Kago erga echo(e eu tenho obras) no , como tal, o comeo da resposta do autor para a objeo do antagonista. Assim como as palavras e eu te mostrarei a minha f pressupem dvidas a respeito da f de Tiago, i. e. ela pressupes exatamente a mesma pergunta voc tem f?, assim as palavras pelas minhas obras pressupem que eletemobras o que j expresso pelas palavras eu tenho obras (erga echo). Essas, ento, so as palavras com as quais a resposta comea, e a palavrakago(e eu) a introduo dessa resposta.O verso 18a-c deve, portanto, ser pontuado da seguinte forma:allerei tis sy pistin echeis; - kago [sc. ero] erga echo,e traduzido como: mas algum dir, voctem f? e eu [sc.direi], eu tenho obras. Em outras palavras, o verdadeiro paralelismo (ou anttese) aqui no entresy(voc) ekago(e eu), mas entrepistin echeis(voc tem f) eerga echo(eu tenho obras); E okai(e) nokagose liga ego(eu) no asymas preferivelmente tis(algum). Entendido dessa forma, o comeo da rplica de Tiago (eu tenho obras) significa que a pergunta voc tem f? colocada erroneamente, uma vez que f s pode inferida a partir de obras.A elipse do verboero(direi) depois dekago(e eu) anloga omisso do verbo ele disse em relatos de conversaes, como em Atos 25:22; 9:5, 9:10ss.; no segundo e no terceiro desses exemplos o verbo omitido por que ele pode ser suprido pelo verbo precedente. De fato, Tiago impede a repetio do verboero, no meramente por ser mais elegante, mas primeiramente por que o principal objetivo dele explorar seu trunfo eu tenho obras imediatamente e com fora contra a objeopistin echeis[voc tem f?][xxx]Que o discurso direto siga imediatamente apskago, semero, compreendido pelo princpio elementar de que em um discurso relatado em grego, o verbo que est ligado pessoa que est dando uma resposta praticamente nunca se segue imediatamente ao nome da pessoa, como exemplos de Plutarco e Epteto tambm demonstram; uns poucos exemplos desses autores mostram que o verbo dizer deve ser implicado do contexto precedente, como vimos nas passagens do Novo Testamento previamente citadas.[xxxi]Se as palavras do antagonista consistem apenas da questo voc tem f? e todo o resto afirmado por Tiago, as duas sentenas algum dir ...e eu [direi] e [voc] mostra ... e eu mostrarei tem a mesma estrutura sinttica: em ambaskai(e) faz a ligao dos pronomestis, ego(algum, eu) esy, ego(voc, eu) por um lado, e entre os verboserei, ero([algum] dir. [eu direi] edeixon, deixo([voc] mostra, eu mostrarei). Dois bons paralelos para a estrutura do v. 18d-e so providos por Epteto e Tefilo.[xxxii]Portanto a forma do verso [18] no de forma nenhuma estranha, antes corresponde exatamente ao estilo filosfico de dilogo (Plato) e filosofia popular da Diatribe (Epteto e Plutarco). Alm do mais, ela est de acordo com a linguagem do Novo Testamento.[xxxiii]Confrontado, ento, com a aparente depreciao da f por parte do autor (14-17), o antagonista imaginrio questiona a f de Tiago (18a-b). A resposta de Tiago consiste de trs partes.Primeira,ele afirma que ele tem obras (18c): Uma vez que ele j defendeu o caso (por implicao) de que uma f viva deve necessariamente se manifestar atravs de obras (17), sua afirmao d substncia para ele dizer que as obras que ele faz so provas positivas que ele tem f.Segundo,ele prossegue com um argumento lgico que compara um desafio (18d) e uma contra-proposta (18e): O desafio se estabelece na hiptese de que a existncia da f sem obras e incapaz de ser provada e portanto essa f sem obras no de nenhuma maneira f;[xxxiv]a contra-proposta apresenta a verdade de que as obras so as evidncias da f genuna, que a f manifestar a si mesma em obras.[xxxv] bastante bvio que Tiago est contrastando dois tipos de f, uma que clama existir independentemente de obras, e uma outra que produz obras que demonstram sua validade, e aqui como nos vv. 14-17 Tiago confirma apenas a f que se manifesta em obras; sua preocupao no com f e obras mas f em obras.[xxxvi]Aterceiraparte da resposta de Tiago consiste de um segundo argumento lgico (19). A crena a qual Tiago credita ao antagonista pode ser uma f no monotesmo (h um s Deus) ou, mais provavelmente uma crena na unidade na Divindade (Deus um),[xxxvii]que a frmula fundamental do judasmo ortodoxo (OShemaoriginal, Dt. 6:4). Em qualquer caso, a construo grega usada pisteueis hoti(voc cr que) ao invs depisteuein + dativo, enoueis, enfatiza aceitao intelectual e no o comprometimento cristo indicando que a f do antagonista meramente proposicional.[xxxviii]Tanto quanto a confisso da unidade ou unicidade de Deus faa parte da f crist, a aprovao de Tiago (a mesma expresso grega traduzida como fazeis bem no v.8) pode ser no irnica, mas em vista da alfinetada que se segue, as palavras so usadas pelo menos um pouco ironicamente como percebemos pelo contexto.[xxxix]Tiago continua chamando a ateno ao fato de que at os demnios crem [sc.unicidade de Deus] e estremecem (19b).[xl]O terror deles, devido sua percepo de seu temeroso destino de perdio diante de Deus, uma reao bem atestada nos evangelhos sinticos quando eles chegam face a face com Jesus (Mc 1:24; 5:7; Mt 8:29).[xli]No importa se Tiago quer dizer que mesmo os demnios crem (RSV) ou os demnios tambm crem (NASB), o ponto de referncia aos demnios parece ser que uma f que permanece no nvel da confisso de um credo sem uma conduta correspondente no tem poder de salvar tanto o demnio quanto no pode salvar o homem.[xlii]Dessa forma a posio implcita do antagonista reduzida ao absurdo, e o v.19 um argumento paralelo e que tem a mesma funo dos vv. 15ss..viz,que do suporte tese dos vv. 14, 17 de que a f sem obras est morta e no em poder de salvar.[xliii]Esse tambm um argumento, por implicao, que apia o ponto do v. 18 de que a f genuna se manifesta em obras.[xliv]C. Duas provas escritursticas (vv.20-26)Verso 20.[xlv]Ainda o homem imaginrio do v.18a. Tiago agora prossegue para reforar seus argumentos lgicos (18ss.) por apresentar dois exemplos bblicos. O homem chamado de insensato[xlvi]por divorciar a f das obras e por falhar em reconhecer[xlvii]que a f sem obras infrutfera (RSV). A palavra traduzida por infrutfera (tambm em RV, NEB;argos literalmente inoperante, no em ao (Mt. 20:3, 6) significa nesse contexto (cf.14) improdutiva em relao s bnos da salvao O verso dessa forma o ponto da seo toda sob a forma de um efetivo jogo de palavras: f que no tem obras no funciona est morta (17) e no salva (14).[xlviii]Verso 21.Essa segunda pergunta retrica tem a funo de afirmar[xlix]que Abrao nosso pai[l][foi] justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar seu filho Isaque. A fora do particpio aoristo quando ofereceu (tambm NIV, NASB) deve portanto ser construda como temporal (cf.AV), ou como explanatria (RV, NEB); em ambos os casos, a oferta, impedida por Deus antes de ser consumada (Gen. 22:12), apresentada aqui como como um ato completado por causa da inteno de Abrao.[li]Mesmo considerando a oferta de Isaque como um nico ato, Tiago fala de Abrao sendo justificado por obras (plural). Isso pode ser uma aluso a uma tradio judaica na qual o fato de amarrar Isaque o ponto crucial de uma srie de testes para Abrao., Tiago v esse teste nico teste como indicativo do todo; o pronunciamento no fim [Gen. 22:12] no o pronunciamento sobre um ato isolado, mas em um ato que a culminao de uma srie de obras que fluram a partir da f.[lii]Entretanto prefervel considerar o termo obras como um plural de categoria, pelas seguintes razes:(1) O plural obras (Gk.erga) foi usado anteriormente no menos de seis vezes no verso precedente (14a, 17, 18c, d, e, 20), cada vez como um conceito singular; i.e. a nfase na palavra no est em seu plural (pelo menos duas obras) mas em seu carter (feitos como ao).[liii](2) Deve ser lembrado que a oferta de Isaque referida aqui para dar suporte tese no v. 20 (e vv. 14-17) de que a f sem obras infrutfera; em outras palavras, o autor fala aqui [20-24] no como um defensor do slogan obras, mas principalmente como um crtico do slogan f sem obras.[liv]Ento quando ele aponta que Abrao foi justificado por obras ele claramente intencionava que Abrao fosse reconhecido como um exemplo de fcomobras, o termo obras usado de forma geral e posteriormente ilustrado pela referncia ao ato de oferecer Isaque.(3) Como ele [Tiago] parece claramente definir as obras de Raabe no v.25, assim podemos entender que ele faz o mesmo com Abrao no v.21. ...mas o uso do plural no mais apropriado no caso de Raabe, pois a recepo e conduo em segurana dos mensageiros um evento singular ao invs de dois eventos distintos; e o uso deergaem ambos os exemplos derivam do contraste entrefeobrasatravs dos vv.14-26, sendo a linguagem imposta sobre ambas as ilustraes do tema, ao invs de emergir de uma considerao estritamente literal do contexto desses exemplos.[lv](4) Enquanto seja possvel que Tiago fosse consciente das tradies judaicas relativamente aos feitos de misericrdia de Abrao, o texto no requer a suposio que ele fez uso delas aqui; De fato, tomar a palavra obras como um plural de categoria se adqua ao significado mais comum do termo justificado.Isso nos traz questo mais crucial a ser considerada em relao a esse verso: Em que sentido dito que Abrao foi justificado pelas obras?[lvi](1) Alguns mantm que o verbo aqui usado substancialmente com o mesmo sentido de salvar no v.14;[lvii]mas tal sentido atribudo a esse verbo, apesar de se adaptar ao contexto (inoperante no v. 20 significa improdutivo das bnos da salvao escatolgica), seria uma afirmao sem paralelos nas Escrituras.[lviii](2) Muitos outros, vendo ou no aqui uma iluso ao pronunciamento de Deus a Abrao em Genesis 22:12, interpretam o verbo como significando que Abrao foi declarado justo ou aprovado por Deus como sendo justos por virtude de suas obras; para ele a justificao significava que sua justia no foi estabelecida [hergestelltem alemo], mas confirmada [fesgestellt].[lix]Essa viso possvel, mas no podemos dizer que ela se encaixe particularmente bem, muito menos que ela seja requerida, no contexto (contraste a quarta (4) viso a baixo; veja tambm a seo II, [2] abaixo).(3) Outra viso relacionada diz que Tiago est provavelmente usandodikaioem um sentido declarativo, antes ...aplicando a declaraoltima(definitiva) da Palavra de Deus a respeito da justia de uma pessoa ao invs de [como normalmente Paulo faz] segurana inicial que vem daquela justia da f; Tiago ento est dizendo que Abrao teve obras e essas obras foram usadas como critrio no julgamentodefinitivosobre a vida de Abrao. Um considervel mrito dessa interpretao que o uso dedikaioonesse sentido tem amplo precedente no Antigo Testamento, no judasmo e nos ensinos de Jesus [Mateus 12:37], e afirmado que a freqente dependncia de Tiago dos ensinos de Jesus, particularmente como os encontramos no evangelho de Mateus, torna essa referncia muito importante.[lx]Por outro lado, difcil ver tanto no v. 21 ou em Gen. 22:12 que o autor bblico tinha em vista na justificao final de Deus a declarao do veredito de inocncia que ...associada com o juzo final.[lxi]E ainda mais difcil derivar tal concluso do v. 23 ou da histria correspondente no Antigo Testamento.(4) Outra opo entender o termo justificado no sentido mais geral,demonstrativo, que significa ser vindicado, provado ou demonstrado ser justo, como em Mt. 11:19; Lc. 7:35; Rom. 3:4; 1 Tim. 3:16. Aqui o adjetivo grego para justo (dikaios) usado substantivamente em 5:16 (o homem justo) para se referir a qualquer outro membro devoto da comunidade (cf.n.(3) acima), pelo que Abrao ser demonstrado justo significa que ele mostrou, por sua ao de oferecer Isaque, ser um verdadeiro crente. Essa interpretao concorda com o pronunciamento de Deus em relao ao ato de obedincia de Abrao em Gen. 22:12 (agora eu sei que temes a Deus). O resultado no muito diferente se algum versar o verbo grego como significando vindicar, cujo significado fazer uma boa afirmao em relao a:[lxii]pois, luz da tese bsica de Tiago nessa percope inteira, de que a f genuna manifestar a si mesma em obras (cfvv. 17, 26), o disser em questo s pode significar dizer (cf.v. 14 se um homem disser) dizer ter f, ento para Abrao ser vindicado por sua ao de oferecer Isaque significa que pela obra que ele realizou ele confirmou sua afirmao de crer em Deus, que a f que ele professou ter em Deus foi provada como genuna.[lxiii]Em vista, contudo, da forte aluso provida pelo uso do adjetivo cognato em 5:16, a traduo demonstrou ser justo/correto, parece claramente prefervel.D.J. Moo fez a objeo de que esse [demonstrativo] significado no se encaixa muito bem em Tiago 2, onde a questo no , como pode a justia ser demonstrada? mas, que tipo de f assegura a justia? . Mas como Moo mesmo nos lembra devemos recordar que a natureza da f de Abrao, uma f que no inoperante, que Tiago quer ilustrar;[lxiv]E isso se encaixa precisamente no propsito de Tiago em mostrar que a f de Abrao foi acompanhada de obras (22), que demonstraram ser Abrao um homem de f genuna (21). importante notar que tendo apresentado os exemplos de Abrao e Raabe, Tiago volta para sua concluso de toda a seo (26) at o ponto do verso 17, que o seguinte: uma f viva manifesta a si mesma em obras; esse tambm o ponto do verso 18, onde Tiago desafia o antagonista a mostrar suafsem obras e promete mostrara minha f pelas minhas obras (NASB, itlicos supridos). Toda essa nfase atravs da seo por inteiro (vv. 17, 18, 26) sobre a necessidade de que a f seja demonstrada d forte apoio ideia de que Tiago foi demonstrado ser justo por suas obras.[lxv]Estamos certos em concluir, portanto, quedikaioono v. 21 provavelmente tomado no sentido demonstrativo ao invs de em seu sentido tcnico e declarativo.Verso 22.A partir do evento especfico de atar a Isaque, que demonstrou ser Abrao um homem de genuna f em Deus, Tiago elabora agora a relao de f e obras em termos de um princpio: Vs que a f estava ativa juntamente com suas obras, e que a f foi consumada pelas obras.[lxvi]De acordo com alguns intrpretes, a f de Abrao foi apenas uma assistncia para ele atingir o alvo de ser aprovado por Deus como Justo;[lxvii]mas nossa exegese do v. 21 demonstrou que o verbo justificar ali no est relacionado com a questo da justificao forense,[lxviii]e o verbo traduzido por estava ativa literalmente estava trabalhando juntamente com (synergei, imperfeito), o que no deveria ser atenuado para o sentido de mero assentimento.[lxix]Ao mesmo tempo, traduzir o verbo como cooperando com pode carregar a implicao de que f e obras so vistas como duas coisas separadas existindo independentemente uma da outra; tendo em vista a tese de que um tipo def sem obras morta e intil (17, 20) e que a f genuna manifesta a si mesma em obras (18, 21), mais natural traduzir a primeira parte do verso como a RSV(revised standart version) a f estava em ao em suas obras, e entender que isso significa que a f de Abrao era a fonte e o fundamento de suas obras, e suas obras eram a expresso, a manifestao de sua f.[lxx]Na segunda metade do v. 22, o verbo (eteleiohte) melhor traduzido por aperfeioada (NASB) ou feita perfeita (AV, RV) do que completada (RSV) ou feita completa[lxxi]No v. 1:15 Tiago fala do pecado como plenamente crescido (consumado) (apotelestheisa) quando transformado em um ato e um hbito, e no v. 1:4 da perseverana como se tornando perfeita atravs do exerccio. Aqui ele fala de f sendo aperfeioada pelas obras: como uma arvora que feita perfeita por seus frutos atravs dos quais ela atinge seu desenvolvimento legtimo no produzir os frutos que demonstram que ela uma arvora viva, assim a f obrigada a se expressar em aes apropriadas, pelas quais a integridade da f [de Abrao] seja plenamente provada (NEB).[lxxii]Portanto, ambas as metades do v. 22 mostram que, como ilustrado pela oferta de Isaque, feita por Abrao, no somente f e obras so inseparveis, mas a f constitui o fundamento e frutifica em obras.[lxxiii]Verso 23. Tiago v na unio entre f e obras manifesta na atitude de Abrao (2:21ss.) um cumprimento da Escritura (23a). A passagem citada por Tiago claramente Gnesis 15:6, que tambm citada aqui como em Romanos 4:3 (cf.4:9, 22) e Glatas 3:6 (comdeomitido [no traduzido]): Abrao creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justia (v. 23b). Mas o significado da citao aqui debatido.[lxxiv]G. Schrenk diz que de acordo com 2:23 Abrao foi justificado diante de Deus por imputao de uma f que encontra cumprimento nas obras mas adiciona que essa viso est mais prxima da concepo judaica do que da concepo de Paulo, especialmente por (logizesthai) [foi imputada] est aqui conectado com as obras humanas e no com a f somente.[lxxv]O que est subentendido em seu comentrio se torna patente na viso deDibelius-Greeven (e outros),que tm certeza de que Tiago, assim como os judeus, entende a palavra justia como uma justia de fato baseada em obras e a expresso foi imputada como uma prova da justia de Abrao atravs de suas obras; ao mesmo tempo, eles consideram a interpretao de Tiago sobre Gnesis 15:6 no totalmente consistente, devendo-se a isso o fato de que Tiago introduziu sua prpria tese na concepo judaica da justia de Abrao atravs das obras... relativamente conexo ntima entre f e obras.[lxxvi]O resultado ento que Tiago cr que a justificao de Abrao diante de Deus definida sob sua f e sob suas obras.[lxxvii]Uma vez que, em nossa viso, a justificao no v. 21 no se refere uma declarao feitapor Deus, nem a unio de f com obras no v. 22 descrita em relao com tal suposta declarao, ns rejeitamos as vises apresentadas acima em favor da posio de que Tiago citou Gnesis 15:6 pelo mesmo propsito que Paulo a citou para mostrar que foi a f que assegurou a aceitao de Abrao.[lxxviii]Em outras palavras,esse o nico lugar na epstola, onde a justificao de Abrao diante de Deus mencionada; Nesse assunto para Tiago, no menos do que para Paulo, as palavras de Gnesis 15:6 ...so decisivas. Foi por sua f que Abrao foi justificado.[lxxix]Das muitas explicaes sobre o verbo cumprir no v. 23, aquele que melhor se encaixa de acordo com nossa exegese do v. 23b e do v. 21 a seguinte: o sacrifcio de Isaque em Gnesis 22:1-19 explica mais plenamente o significado da afirmao sobre a f de Abrao em Gnesis 15:6, i.e. a f de Abrao (15:6) foi provada e mais plenamente expressa por sua ao de obedincia na questo do sacrifcio de Isaque (Gnesis 22:1-19).[lxxx]Nessa direo, a palavra cumpriu no carrega o sentido do cumprimento de um evento predito, mas na ideia de confirmar ou demonstrar ser verdadeiro: No oferecimento de Isaque, a afirmao escriturstica de Gnesis 15:6 provou ser, ou foi confirmada como, correta.[lxxxi]NIV, RSV, NEB e NASB corretamente implicam pelo uso das aspas, de que o v. 23c no parte da citao escriturstica, conquanto ao usar o ttulo amigo de Deus (cf.2 Crnicas 20:7; Isaas 41:8) Tiago est provavelmente ecoando uma descrio familiar de Abrao, que em ltima instncia tm um pano de fundo escriturstico.[lxxxii]E enquanto o Antigo Testamento em nenhum lugar indica que esse ttulo foi atribudo a Abrao durante seu tempo de vida, a relao ntima indicada claramente uma implicao das prprias palavras de Deus em Gnesis 18:17 (esconderei Eu de Abrao o que estou para realizar?), que foram faladas bem antes de Isaque ser amarrado em Gnesis 22. mais provvel, portanto, que o ttulo foi adicionado como indicativo da plena aceitao de Abrao por Deus[lxxxiii]e de que o status privilegiado de Abrao como amigo de Deus foi um resultado secundrio da cooperao ativa da f e das obras na vida de Abrao (a primeira sendo o cumprimento da Escritura).[lxxxiv]Verso 24. Tiago agora reverte para se dirigir aos ouvintes diretamente (horate, verificais, plural) e sumariza sua discusso sobre Abrao (21-23) na forma de um princpio teolgico uma pessoa justificada pela que ela faz e no somente por sua f isso trans-temporal (Note o verbo no presente: ) e universal (uma pessoa = qualquer pessoa). Precisamente por esse princpio teolgico ser derivado do exemplo de Abrao, o termo justificado deve carregar o mesmo significado aqui como no v. 21: um homem demonstrado justo, i.e. demonstrado ser um homem de f, por suas obras a ltima palavra (obras) usada por Tiago funciona como um atalho para obras que demonstram f.[lxxxv]D.O. Via afirma que Paulo est por trs da polmica em 2:24 por que a expressoek pisteos monon(Pela f somente) no encontrada em nenhuma lugar em toda a literatura judaica e do cristianismo primitivo a no ser em Paulo.[lxxxvi]Falando precisamente, contudo, essas palavras no so encontradas nem em Paulo, pois a palavramononno est presente em Romanos 3:28, 9:32; glatas 2:16, e, de fato, nunca foram adicionadas a qualquer afirmao de Paulo sobre justificao pela f (conquanto osentido implicado, em contraste com obras da lei [RSV]).[lxxxvii]Parece mais provvel, portanto, que a frase por f somente deva ser interpretada no como uma referncia a Paulo masao seu prprio contexto: O termo f aqui uma concesso feita ao uso dessas palavras feita pelo antagonista de Tiago, referindo-se apenas assim chamada f, unicamente verbal dos vv. 14, 17, 19, 20 (rf.26), enquanto a palavra somente significa desacompanhada de obras, para que o contraste nesse verso, como por toda a percope, no entre a f (genuna) (18e, 22) e as obras, mas entre a f (sem obras) e as obras que so inseparveis da manifestao da f.[lxxxviii]A frase final do verso significa, ento, que a f meramente professa que desacompanhada de obras jamais pode demonstrar que um homem um verdadeiro crente; somente obras podem demonstrar a presena da verdadeira, e portanto (cf.v. 23) justificadora, f.Resumindo nessa discusso dos vv. 21-24, devemos indicar que a posio de Tiago sobre a relao entre f, obras, e justificao como se segue: A justia (ou seja, justificao forense) pela f (v. 23); dessa justificao surgem as obras que demonstram (justificam no sentido demonstrativo, v. 24) que aquele um verdadeiro crente (e conseqentemente,por inferncia lgica, justificado no sentido forense, declaratrio); ou, como Buchanan coloca em seu trabalho clssico sobre justificao: boas obras so os resultados da f, e, como tal, so as evidncias tanto da f, quanto da justificao.[lxxxix]Verso 25.de igual modo mostra que o segundo exemplo bblico citado para afirmar o mesmo ponto do primeiro;[xc]As obras de Raabe demonstraram que sua f no Deus de Israel era um artigo genuno, era a mesma f justificadora como a que Abrao tinha (cf.Hebreus 11:31). Tiago pressupe que seus leitores conhecem a histria de Raabe, que vlida tanto para a tradio crist quanto como exemplo de f (cf.Hebreus 11:31; 1 Clemente 12:1, 8) e enaltecida na tradio judaica como o arqutipo de um proslito. (cf.Josu 2:9-11).[xci]Ele, contudo, especifica as obras de Raabe: recebendo os mensageiros israelitas e enviando-os por outro caminho (cf.Josu 2:15ss.), dessa forma salvando-os daqueles que os perseguiam como seus inimigos.[xcii]Que Tiago mencione a histria de Raabe sem elaborar sobre ela (como ele faz com a histria de Abrao 22ss.) se d provavelmente pelo fato de que ele j tornou seu argumento claro o suficiente no caso de Abrao. Alguns pensam que ao fazer uma justaposio entre Abrao e Raabe, Tiago est aqui apenas seguindo a tradio judaica, na qual eles j estavam unidos em suas caractersticas como proslitos ideias;[xciii]Mas a designao especfica de Raabe comoa prostituta(apesar de isso j aparecer em Josu 2:2), em marcante contraste com Abrao nosso Pai, sugere preferivelmente que Tiago menciona Raabe como um caso extremo, onde o argumento de Tiago possa parecer ser falho (que boas obras podem ser produzidas por uma prostituta?), as duas instncias cobrem, portanto, a completa gama de possibilidades[xciv]e demonstram que o princpio teolgico de 2:24 universalmente vlido.Verso 26.Esse verso prov um argumento de suporte para a resposta por implicao para a pergunta retrica do v. 25 sim, mesmo Raabe demonstrou ser uma crente genuna por suas obras bem como uma afirmao final da tese da percope toda (cf.17) com o acrscimo da comparao (a primeira estando nos vv. 15ss.): Como o corpo est morto sem o esprito, assim a f sem obras morta. A comparao pressupe a viso popular da dicotomia entre corpo e alma/esprito.[xcv]Desde que Tiago parece estar dizendo que as obras so para a f o que o esprito para o corpo, alguns intrpretes tem aceitado o desafio penoso de defender a ordem corpo-esprito aqui da seguinte forma: a FORMAda fsem arealidade em obrascorresponde aocorposem oesprito que d vida. No se segue quea f vivaderiva sua vida das obras, como o corpo deriva sua vida do esprito que o anima.[xcvi]Outros mantm que o ponto da comparao aunidadeda f e das obras: assim como, quando o esprito retirado do corpo, este morre, assim um homem internamente morto se no possui obras para demonstrar.[xcvii]Deve ser observado que o v. 26 forma uminclusocomo o v. 17, dessa forma amarrando os vv. 18-26 juntos como o suporte para o argumento principal dos vv. 14-17,[xcviii]que que a f salvadora uma f viva que manifesta a si mesma em obras, essas obras posteriores so a evidncia da f (18). Sendo este o caso, melhor ver essa comparao como sendo entre a condio morta de uma f sem obras, e a morte de um corpo sem o flego (NEB):Como o corpo sem flego morto, assim a f, separada de obras, morta... Assim como a respirao uma evidncia, que demonstra, prova, que um ser humano est vivo, assim as obras so a evidncia, a prova, de que existe uma f viva.[xcix]Para sumarizar, 2:14-26 pode ser visto corretamente como um tratado teolgico completo do tema mencionado em 1:4 e discutido adiante em 1:22-2:13,viz.a necessidade de que a f seja implementada em obras.[c]2. 2:14-26 no contexto da epstolaA exegese feita acima revelou dois sentidos na justificao em Tiago: (1) A justia imputada (dikaiosyn) ou justificao forense atingida como um dom pela f (23); (2) A justificao (dikaiousthai) no sentido de uma demonstrao da posse de uma f genuna pelas obras (21, 24, 25). Devemos demonstrar agora como essas concluses so apoiadas pelo resto da epstola.A. Um caminho de Salvao(1) Conquanto a terminologia especfica da justificao esteja confinada em 2:14-26, h muitas indicaes em outros lugares da epstola sobre o caminho da salvao. Contra o pano de fundo sobre a universalidade do pecado (3:2-12), concebida como transgresso da lei (2:9-11; 4:17), a conexo inexorvel entre tentao, pecado, e morte (1:13-15), e a inevitabilidade do julgamento pelo pecado (2:12ss.; 3:1; 5:8ss., 12;cf.4:4, 6), Tiago apresenta a salvao como uma obra e um dom de Deus, a ser recebido pela f. Assim que Deus um doador generoso (1:5) que concede graa aos humildes e exalta aqueles que se humilham diante dEle (4:6, 10). Ele a fonte de todos os dons, dentre os quais o supremo o dom da vida espiritual (1:17ss.): o meio da regenerao a palavra da verdade,viz.O evangelho (cf.Ef. 1:13; col. 1:5; 2 Tim. 2:15; 1 Pe. 1:23-25). Aqueles que foram, dessa forma, trazidos vida, so exortados a aceitar humildemente a palavra implantada em vs, que poderosa para vos salvar (1:21). Deus cheio de misericrdia e compassivo (5:11;cf.3:17, a sabedoria divina plena de misericrdia). O homem que demonstra misericrdia recebeu misericrdia (2:13a;cf.Mt.18:23-25), e a receber novamente no juzo final onde a misericrdia triunfa sobre o juzo (2:13b). A coroa da vida foi prometida aos, e ser recebida por, aqueles que amam a Deus e suportam a provao de sua f (1:12). Essas referncias (especialmente 1:18, 21) so suficientes em si mesmas para indicar que na viso de Tiago a salvao um dom de Deus e no o resultado de obras humanas. Aqui, no menos do que em Paulo, temos o monergismo divino na obra de salvao.[ci]Mas um paralelo mais notvel, especificamente em relao ao ensino de Paulo em 1 Cor. 1:26-28, encontrado em 2:5. Aqui ns temos o mesmo agente (Deus) realizando a mesma ao (escolhendo) em relao ao mesmo grupo de pessoas (os que so pobres aos olhos do mundo, as coisas loucas... as coisas fracas do mundo... as coisas humildes e desprezadas) como o mesmo objetivo em vista: de serem chamados ... comunho com seu Filho Jesus Cristo (1 Cor. 1:9), o que a mesma coisa do que serem escolhidos para ser herdeiros do Reino. Um reino que dado por Deus para os pobres de esprito (Mt. 5:3; Lc. 6:20; 12:32), e cuja entrada nele efetuada pelo novo nascimento (1:18;cf.Joo 3:3, 5). Isso (ser feito rico na f e herdeiros do seu Reino [RSV]) provavelmente a alta posio na qual o irmo em circunstncias humildes deve se gloriar (1:9). Agora que a resposta humana apropriada escolha Divina a f a f em nosso Senhor Jesus Cristo (2:1; NEB;cf.NASB, NIV). Portanto, 2:5 acrescenta seu peso significativo s outras referncias que ordenam concordncia com a afirmao de que Tiago apresenta claramente o mesmo evangelho da salvao pela graa que Paulo prega[cii]Uma objeo deve ser considerada antes de prosseguirmos. De acordo com D. O. Via, existem reais tenses entre 1:19-27 e 2:14-26, pois enquanto em 1:19-27 a salvao vem por se receber a Palavra (ouvir), em 2:14-26 a f apenas contribui para a justificao na qual Tiago est ali fazendo um chamado para duas respostas que cooperam entre si f e obras. Conscientemente ou inconscientemente. Via afirma, [Tiago] procura conformar a teologia da palavra [de 1:18-24] teologia das obras-f [de 2:14-26], mas as duas teologias so incompatveis em ltima instncia.[ciii]No entanto, a exegese de Via de 2:14-26 como ensinando que f e obras so dois fatores diferentes que trabalham juntos e que so ambos necessrios para a justificao[civ]deve ser questionada; Se, como argumentamos na seo 1, a justificao aqui deve ser entendida no no sentido forense-declarativo mas no sentido de ser provada, demonstrada, ento o argumento de Via cai por terra. as obras da lei seriam vistas como seguindo aps a justificao, ao invs de serem vistas como causas da salvao; Alm disso,Assim como desnecessrio ver 2:14ss. como sugerindo que as obras da lei so uma condio para a salvao, igualmente desnecessrio ver um contraste entre essa passagem e a de 1:18-24. Ao invs disso, podemos usar esses versculos para elucidar o entendimento completo de Tiago a respeito da lei e de sua relao com a salvao. Ou seja, por toda a epstola ele est afirmando que a obedincia lei de Deus deve seguir salvao, mas no que ta obedincia produza a salvao, que um dom gracioso de Deus.[cv]Entender que Tiago, portanto, ensina que a justificao forense um dom de Deus tornado disponvel pela f (2:23) plenamente compatvel com seu entendimento de que a salvao um dom de Deus a ser recebido pela f.B. Unidade de tema(2) A epstola de Tiago como um todo melhor descrita como pertencendo ao gnero da homilia crist primitiva[cvi]ao invs do que de umadiatribeouparaenesis.[cvii]O autor est obviamente preocupado em encorajar os leitores a viverem sua f de forma prtica e assim, a despeito da desconectividade e das preocupaes, a epstola possui uma unidade real derivada da persistncia com a qual ela coloca a profisso de f crist em cheque[cviii]Dessa forma, pode-se dizer que 1:3 sumariza o tema da epstola em uma frase a provao da vossa f, e a perseverana paciente nos testes da f um tema que se encaixa bem tanto no primeiro como no ltimo captulo do livro (1:4, 12; 5:7-11). Na maior parte do livro (1:19-5:18), temos sries de exortaes em direo a boas obras que esto de acordo com a f crist e avisos contra aes erradas e atitudes que so incompatveis com ela.Positivamente, a obedincia palavra de Deus deve ser posta emao(1:19-25, especialmente 22, 25); Uma religio real manifesta a si mesma ematosdecompaixoem direo aos necessitados (1:27;cf.2:15ss.; 5:19ss.); A verdadeira f deve ser acompanhada porobras(2:14-26), e uma pessoa verdadeiramente sbia ir, por sua vida correta, demonstrar por suasobrasde humilde sabedoria, uma verdadeira sabedoria que caracterizada, dentre outras coisas, por uma conduta misericordiosos e pacfica (3:13-18, especialmente 13, 17ss.); Uma f genuna ir constantemente se engajar ematitudesde orao (5:13-18; 1:5). Negativamente, o favoritismo manifesto sob a base de diferenas sociais uma quebra da lei do amor e uma negao prtica da f em Jesus Cristo (2:1-13, especialmente 1, 9); Uma lngua incontida trai a religio do homem e a expe como sendo sem valor (1:19, 26; 3:1-12); As contendas causadas por ms paixes (4:1-3), a crtica, os discursos de condenao (4:11ss.), os planos presunosos sem qualquer referncia a Deus (4:13-17), a opresso do pobre pelo rico (5:1-6) tudo isso manifestao daquela amizade com o mundo que dio contra Deus e exige arrependimento (4:4-10), e so ilustraes concretas dos males que fluem a partir da sabedoria deste mundo (4:14-16)[cix]Assim que Tiago torna absolutamente claro que f, amor [2:15ss.], sabedoria, religio tudo igualmente esprio se falharem em produzir o fruto das boas obras,[cx]Isso est perfeitamente de acordo com a compreenso da nfase prtica da epstola toda em tomar o termo justificado em 2:21, 24, 25 no sentido demonstrativo de ser demonstrado justo, i.e. demonstrar ser um crente genuno.[cxi]3. Tiago e PauloComo mencionado no incio desse ensaio, alguns eruditos consideram Tiago como algum que faz polmica contra Paulo em 2:14-26. Desse modo, de acordo com A. S. Geyser, Paulo era o ensinador com a lngua incontrolvel [cf3:1-12], e seu era o ensinamento de uma f sem as obras da Torah; que uma f morta.[cxii]Tal posio tem sida julgada improvvel pelos antecedentes, uma vez que Tiago estava de acordo com o Evangelho pregado por Paulo (Atos 15; Glatas 2:1-10),[cxiii]que vimos na seo II ser exatamente o caso. Alm do mais, a argumentao de Tiago, vista como uma resposta a Paulo, totalmente inadequada uma vez que Paulo nunca defendeu uma fsemobras.[cxiv]A viso em discusso de fato impossvel: A atitude que Tiago rejeita (de que a f toma o lugar das obras na vida de uma pessoa) to claramente negada por Paulo que se torna impensvel sugerir que Tiago se posiciona contra Paulo.[cxv]A viso da maioria dos estudiosos de hoje se refere a Tiago como algum que corrige uma m compreenso dos ensinos de Paulo sem conhecimento das cartas (a maioria pensa assim) de Paulo. Dessa forma a pergunta retrica de Rudolph Bultmann Pode o tratamento do tema f e obras em Tiago 2:14-26 ser entendido de alguma outra forma do que como um debate contra as ideias de Paulo mau entendidas? encontra sua afirmao equivalente em DibeliusGreeven, W. G. Kmmel, W. Marxsen, e J. A. Fitzmyer, entre outros.[cxvi]Mais especificamente, dito que a polmica de Tiago contra umslogan(f somente) derivado da tese paulina de justificao pela f sem obras.[cxvii]A despeito, contudo, do amplo suporte que essa interpretao recebe, a viso em discusso tem encontrado a objeo de que o tratamento de Tiago no esclarece adequadamente o prprio ensino de Paulo, e que muito improvvel que um escritor desejoso de corrigir as implicaes dos ensinos paulinos sobre a f estaria contente com uma ilustrao to ampla [como a confisso do credo exposto em 2:19].[cxviii]O mais importante que de maneira nenhuma as palavras finais do v. 24 so claras em seu suposto objetivo de contrariar a doutrina paulina da justificao pela f (veja nossa exegese acima); nem o uso do verbo justificar por parte de Tiago necessita a pressuposio de uma aluso dessa natureza, uma vez que a questo de como uma pessoa feita justa diante de Deus j foi antes debatida no judasmo,[cxix]e Jesus j tinha dado sua palavra sobre esse tpico (Mt. 12:37; Lc. 18:14). Em resumo, a interpretao em questo no est sem dificuldades, e no requerida pelo texto em si.[cxx] possvel, ento, considerar Tiago como escrevendo independentemente de Paulo, i.e. sem qualquer referncia a ele.[cxxi]Nessa interpretao, alguns afirmam que Tiago escreveu antes de Paulo, sob a base de que a maior probabilidade certamente de que o mais simples [o argumento prtico defendido por Tiago] avance para o mais complexo [as formulaes teolgicas de Paulo], e no o contrrio, e a evidncia favorece a suposio de que Paulo estava consciente de uma perverso do ensino de Tiago ao invs de Tiago estar salvaguardando a questo a partir de uma perverso dos ensinos de Paulo.[cxxii]Essa ordem favorecida tambm pela considerao do uso que Tiago faz do verbo justificar no sentido demonstrativo, o que sugere que sua epstola foi escrita bem no incio, antes do surgimento da controvrsia com os judaizantes e antes que a terminologia tivesse se tornado fixa; ao mesmo tempo, algum tipo de conhecimento de um para com o ensino do outro deve ser esperada, particularmente desde que Glatas e Atos apontam para uma associao dos dois homens.[cxxiii]O desfecho de nosso argumento sobre esse assunto em particular esse: Tiago provavelmente escreveu antes de Paulo, mas um certo conhecimento dos ensinos de Paulo no deve ser de todo excludo. Tambm no deve ser pressuposto que ele estivesse em desacordo com o ensino paulino; ao invs disso: Tiago luta em uma batalha emseu prprioambiente, contrasua prprianoo (estabelecida em sua epstola) de f somente (sola fide).[cxxiv]Isso nos traz a questo final: Quo precisamente deve o aparente conflito entre Tiago e Paulo ser resolvido?De acordo com uma interpretao, Tiago estaria falando da justificao do justo no juzo final, que ocorre sob o fundamento das obras, e Paulo estaria preocupado com a justificao inicial do mpio, que ocorre sob o fundamento da graa mediante a f.[cxxv]Em nossa exegese do v. 21, ns demos nossas razes para negar esse entendimento em relao ao verbo justificar em Tiago. Outra interpretao sugere que a diferena entre Tiago e Paulo uma diferena de ponto de partida... Ns no somos salvos porobras[a nfase de Paulo]; Ns somos salvosparaobras [a nfase de Tiago].[cxxvi]Isso est correto somente no que se refere ao verbo justificar nos vv. 2:21, 24, 25; pois Tiago tambm faz referncia justificao inicia, forense, de Abrao no v. 23 (ver exegese acima).Uma melhor abordagem deve comear com o fato de que Tiago e Paulo se encontram em diferentes circunstncias e esto tratando com problemas diferentes, at mesmo opostos:[cxxvii]Paulo insiste que a justificao pela graa mediante a f contra a confiana dos judeus e judaizantes na obedincia lei (a prtica das obras da lei [RSV]) como um caminho para encontrar aceitao diante de Deus; Tiago insiste que a f sem obras morta e que a f viva se manifesta atravs de obras para combater os ensinadores de uma f preguiosa e solidificada[cxxviii]Desse modo, eles no so antagonistas se enfrentando com espadas desembainhadas; eles esto de costas um para o outro encarando diferentes inimigos do evangelho.[cxxix]Essa diferena nas configuraes de cada situao naturalmente faz surgir usos diferentes para o mesmo vocabulrio. Aqui, trs termos devem ser considerados: (a) o verbo justificar (dikaioo). Se, como argumentado, esse verbo deve ser entendido no v. 21 em seu sentidodemonstrativoe no no sentido declarativo, ento Tiago acentua o cartercomprobatriodas boas obras, e j em Paulo a nfase recai, sem dvida alguma, no sentido judicial, constitutivo e declarativo.[cxxx]Paulo est preocupado com a justificao em si (Romanos 4:3, 9), e Tiago (2:21) est preocupado com os frutos da justificao; com a evidncia de que a justificao realmente ocorreu.[cxxxi](b) O substantivo f (pistis) Na frmula paulina justificados pela f (Rom. 3:28) ou pela f em Jesus Cristo (Glatas 2:16), a palavra f denota um auto-compromisso com Cristo. Tiago, tambm, conhece tal f em Cristo (2:1) ou em Deus como um meio de ter acesso s bnos de Deus (1:6; 5:15) e como objeto de provao (1:3). Mas em 2:14-26, Tiago tem em vista dois tipos de f, a genuna (18b, e; 22a, b;cf.23b) e a espria (14, 17, 18d, 24, 26;cf.19), e essa ltima a nica que ele deprecia como sendo morta e intil. Sua questo parece ser que uma f viva d evidncias de estar viva. Se essa evidncia est ausente, no h razo para consider-la viva.[cxxxii]No mesmo sentido Paulo diz que o que e importante no a circunciso ou o desejo de ser circuncidado, mas a f que expressa a si mesma pelo amor (Glatas 5:6).(c) O termo obras (erga). P. H. Davids mantm que as obras da lei (ergo noinou) de Paulo nunca so prescries morais, mas so rituais cerimoniais a serem adicionados obra de Cristo. Em Tiago, obras (erga[nuncaerga nomou]) so sempre feitos morais, especialmente atos de caridade; mas D. J. Moo tem argumentado corretamente que tanto Paulo como Tiago esto trabalhando com um entendimento bastante similar de obras em seu fundamento: qualquer coisa que se manifeste como obedincia a Deus e em servio a Deus.[cxxxiii]A diferena entre eles jaz nos contextos diferentes no qual eles falam a respeito das obras: Paulo nega qualquer eficcia das obras, antes da converso, em relao prpria justificao, e Tiago afirma a absoluta necessidade das obras, depois da converso, como evidncia de uma f justificadora.[cxxxiv]A discusso precedente garante a concluso que a aparente contradio entre Paulo e Tiago apenas isso aparente, e no real. Enquanto devamos reconhecer que Tiago expressou seu ponto de vista em uma linguagem no-paulina, ainda assim fato que ele no substitui o esquema de Paulo sobre a justificao por outro, baseado na lei e nas obras.[cxxxv]De fato, no apenas tem sido dito corretamente que Tiago apresenta o lado ativo, e Paulo o lado passivo da mesma ideia,[cxxxvi]mas no devemos deixar de notar de que os dois lados da mesma moeda esto presentes em Tiago 2:14-26 em si mesmo justia pela f (23b), e justificao pelas obras (21, 24, 25) com o resultado de ser ele um com o ensino paulino quando este afirma a justificao forense pela f, e um com Paulo e com o restante do Novo Testamento em insistir que a nica f digna de ser considerada f aquele que inclui e produz frutos atravs de aes coerentes.[cxxxvii]4. ConclusoLutero teria razo em dizer que f justifica e f no justifica contradizem uma outra flagrantemente,seo substantivo f e o verbo justificar tivessem o mesmo significado tanto em uma proposio quanto na outra. Mas de fato, Tiago nunca usa, nessa passagem [2:14-26] nenhum dos dois termos no sentido comum em que Paulo os emprega.[cxxxviii]De forma semelhante Calvino falou a respeito de alguns que caem em um paralogismo duplo, o primeiro sobre o termo f e o outro sobre o termo justificar.[cxxxix]Ao adotar essa abordagem temos argumentado que no h absolutamente nenhuma contradio entre Paulo e Tiago. A relao entre eles , de fato, tpica da unidade e diversidade no Novo Testamento: unidade sem uniformidade, e diversidade sem oposio.[cxl]Por um ato da providncia Divina, a epstola de Tiago foi includa no cnon ao lado de Paulo, e ambos os aspectos da verdade justificao forense pela f; justificao comprobatria pelas obras foram preservadas para guiar a igreja por todos os sculos. Enquanto Tiago provavelmente no escreveu para refutar a Paulo, seu livro, no entanto, tem a funo... dentro do Novo Testamento... de prevenir uma m interpretao e uma m aplicao dos ensinos de Paulo.[cxli]Tiago no apenas tem direito de estar ao lado de Paulo,[cxlii]mas, como R. V. G. Tasker observa , [sua] mensagem soa com especial relevncia em certos momentos:Quando a f no se manifesta em amor, e o dogma, ainda que ortodoxo, no se relaciona com a vida; Quando quer que cristos estejam tentados a ter uma religio centrada neles mesmos e a se tornarem alienados das necessidades sociais e materiais dos outros; Ou quando quer que eles neguem, pela forma de viver, o credo que eles professam, e paream ser mais amigos do mundo do que amigos de Deus, ento a epstola de Tiago tem algo a dizer para eles que so negligentes para seu prprio risco.

[i]Ver W. G. Kmmel,The New Testament: The History of the Investigation of Its Problems(ET, London, 1973) 23ss. e 26 respectivamente, com 411 n. 15.[ii]Assim respectivamente, F. Hahn, Taufe und Rechtfertigung [Baptism and Justification], emRechtfertigung(Fs.E. Ksemann), ed. J. Friedrich, W. Phlmannand P. Stuhlmacher (Tbingen and Gttingen, 1976) 95124 (97), e W. Schrage, Die Frage nach der Mitte und dem Kanon im Kanon des Neuen Testaments in der neueren Diskussion [A questo sobre o centro e (sobre) o cnon dentro do cnon do Novo Testamento nas discusses recentes], inRechtfertigung415442 (427).[iii]Aqui o verbo justificar usado na voz passiva(dikaiousthai)trs vezes (vv. 21, 24, 25, veja RSV) e o substantivo justia(dikaiosyn)ocorre uma s vez (v. 23). Em outro lugar na epstola o substantivo ocorre duas vezes (1:20; 3:18), ambas as vezes no sentido da justice de vida que Deus requer (G. Schrenk,TDNT2.200,TDNTA172); O adjetivo cognatodikaios(justo) usado substantivamente duas vezes (5:6 [see RSV], 16) como um termo coletico generic para, respectivamente, o justo sofredor ou qualquer outro membro devote da comunidade de crentes (J. Reumann,Righteousness in the New Testament[Philadelphia and New York, 1982] 150f. [269]).[iv]A helpful analysis of the structure of this passage in Greek is provided by W. Nicol, Faith and Works in the Letter of James,Neot9 (1975) 724 (711, esp. 8). A more elaborate analysis of the form of the passage as reflecting a step parallelism with multiple stanzas is offered by G. M. Burge, And Threw Them Thus on Paper: Recovering the Poetic Form of James 2:1426,Studia Biblica et Theologica7 (1977) 3145 (35ss.; quotation from 34).[v]Such a gap between profession and practice is characteristic of the Jews(cf.Mt. 3:710 and paralle Rom. 2:1724). Some maintain that no emphasis is to be laid on the word claims or says [RSV] (e.g. E. H. Plumptre,The General Epistle of St. James[CBSC; Cambridge, 1915] 70), which is taken by R. Walker, Allein aus Werken. Zur Auslegung von Jakobus2, 1426 [By Works Alone. On the Interpretation of James 2:1426],ZTK61 (1964) 155192, (165 n. 29) to describe the solemn, positive confession of the believer. On the other hand, C. E. B. Cranfield, The Message of James, inThe Bible and Christian Life. A Collection of Essays(Edinburgh, 1985) 151175 (165) finds in the wording if a man says he has faith (RSV) in contradistinction to the hypothetical expression if a man has faiththe clue to the understanding of the section. That the word claims should be emphasised is favoured by the contrast between saying and not doing (v. 16a, b) in the comparison which follows.[vi]J. H. Ropes,The Epistle of St. James(ICC, Edinburgh, 1978) 203.[vii]J. B. Mayor,The Epistle of St. James(Grand Rapids, 1954) 216 rightly distinguishes two meanings of the word faith in James: faith as the essence of Christianity (e.g., 2:1) and empty profession of faith (2:14fss.). Strictly speaking, however, the change of meaning begins not with v. 14a but with v. 14b:cfM. J. Townsend, Christ, Community and Salvation in the Epistle of James,EQ53 (1981) 115123 (121). Nicol, Faith and Works, 16 maintains (wrongly) that in our pericope faith must mean true faith(cf.n. 44 below); similarly, F. Mussner,Der Jakobusbrief[The Letter of James] (HTKNT 3rd ed.; Freiburg, 1975) 129ss. D. O. Via, Jr., The Right Strawy Epistle Reconsidered: A Study in Biblical Ethics and Hermeneutic,JR49 (1969) 253267 (256) erroneously attributes toJamesthe understanding of the world faith or believe (vv. 14, 19) as the intellectual acceptance of monotheism. Walker, Allein aus Werken 189ss. argues unconvincingly that faith in 2:14fss. is to be understood passive-nomistically as Christian devotedness to the law: for a critique see Nicol.art. cit.,1114.[viii]If the RSV rendering is preferred, it should probably be understood as meaning: Can his faith savehim,being such as he is? (Plumptre 70);cf.C. F. D. Moule,An Idiom Book of New Testament Greek(2nd ed.; Cambridge, 1968) 111. In any case, the article inhpistis(lit. the faith) is clearly anaphoric (that faith: RV, NEB; MHT 3. 173); the AV rendering, can faith save him?, is completely misleading.[ix]The use ofm(not) in the second questionwhich might be paraphrased as That sort of faith cannot save him, can it?indicates that a negative answer is expected (cf.n. 50 below). The verbsz(save) similarly denotes deliverance at the last judgment in three of its other four occurrences in James (1:21; 4:12; 5:20); in 5:15 it means to make well.CfW. Foerster,TDNT2.996.[x]According to C. Burchard, Zu Jakobus2.1426 [On James 2:1416],ZNW71 (1980) 2745 (33f.), the man in v. 14 is a new Christian who does not have the gift of works (because the community has failed to instruct him along the lines of v. 12) and therefore thinks that in his case faith suffices [for salvation]. The expression the gift of works crops up repeatedly in Burchards article (32, 33, 35, 36, 37, 41); the notion of works as agiftis derived by analogy with Burchards interpretation of the illustration in v. 26 (faith and works are the two elements which constitute Christian existence just as body and spirit constitute physical existence, 31ss.), but this would seem to be a misapplication of the comparison in v. 26, so that neither the expression nor the idea of works as a gift has a firm basis in the text.[xi]T. Lorenzen, Faith without Works does not Count before God! James 2:1426,ExpT89 (1978) 231235 (231b). Burchard,art. cit.33 points out that in no sentence in our pericope is works the grammatical or logical subject. G. Braumann, Der theologische Hintergrund des Jakobusbriefes [The Theological Background of the Letter of James],TZ18 (1963) 401410 (404) rightly observes that the epistle by no means thinks of summoning the readers to deeds without faith; the purport of the exhortations is to put before the readers deeds based on faith.[xii]This rendering (cf.AV, RV, NASB) rightly takes the verbsthermainestheandchortazestheas passive rather than middle (keep warm and well fed;cf.NEB). The issue makes no difference, however, to thepointof the comparison which is brought out in v. 17.[xiii]So, e.g., M. DibeliusH. Greeven,James(Hermeneia; Philadelphia, 1976) 153. On the other hand, J. Schneider,Der Briefe des Jakobus, Petrus, Judas und Johannes[The Letters of James, Peter, Jude and John] (Gttingen, 1961) 19 thinks that the case is certainly not invented, but rather confirmed by definite, ever-recurring experiences.For the possible significance of the change of subject from one of you (v. 16a) to the plural you (v. 16b [NASB]) see, on the one hand, Mayor 98 and, on the other hand, R. V. G. Tasker,The General Epistle of James(TNTC; London, 1957) 64; D. E. Hiebert,The Epistle of James. Tests of a Living Faith(Chicago, 1979) 180.[xiv]While this is the primary or even exclusive meaning of good within the sense of the comparison, the attentive reader will not miss a connection with the spiritual good of v. 14: empty words will bring no profit either to the person in need or to the talking philanthropist himself (the expression is from Mayor 216).Cf.D. J. Moo,James(TNTC; Grand Rapids and Leicester, 1985) 103.[xv]E.g. DibeliusGreeven 153 with n. 25. Burchard, Zu Jakobus2:1426, 35 gives the word the unlikely meaning of being devoted to eternal death.[xvi]Ropes 207. S. Laws,The Epistle of James(HNTC; San Francisco, 1980) 122 concurs.[xvii]Quotations from, respectively, R. Johnstone,A Commentary on James(Edinburgh, 1977) 187f.; W. E. Oesterley, The General Epistle of James,EGT4.385476 (455a).[xviii]See BAGD 406 (s.v.kataII 1 c).C.fDibeliusGreeven 153ss.[xix]CfJ. Zmijewski, Christliche Vollkommenheit. Erwgungen zur Theologie des Jakobushriefs [Christian Perfection. Reflections on the Theology of the Letter of James],SNTU5 (1980) 5078 (57).[xx]The wordspistin(faith) anderga(works) are in fact transposed in the 9th-century Latin Codex Corbeiensis (Corbey MS); their inversion was suggested by O. Pfleiderer at the end of the 19th century as a conjectural emendation. See, e.g., H. Neitzel, Eine altecrux interpretumim Jakobusbrief2:18 [An Oldcrux interpretumin the Letter of James 2:18],ZNW73 (1982) 286293 (287 with n. 6).[xxi]E.g. J. B. Adamson,The Epistle of James(NICNT; Grand Rapids, 1976), 124f, ; Mussner 137ss.[xxii]For these objectionscf.respectively, (i) Laws 123; (ii) Moo 104f.; (iii) Tasker 65; (iv) Neitzel, Einealte crux, 288; (v) Zmijewski, Christliche Vollkommenheit, 59; (vi) DibeliusGreeven 150.According to another (unconvincing) interpretation, thetishere (18) is the representative of a works-only position who now engages in a fictitious dialogue with the firsttis(14), the representative of a faith-only position; James does not identify himself with either of theseone-sidedpositions; just as in vv. 1417 he mentions and rejects the one, so now in vv. 1821 he will describe the other, only to reject it a few verses later (22fss.): so Zmijewski,art. cit.,59ss. with n. 56, 61. It is extremely doubtful, however, whether the formula but someone will say can be taken in any other way than as introducing an opponentof James.The view that the words of the opponentperhaps, Whats the use of works without faith? This is the chief item and this I have (Schneider 19), or I have faith; you have no doubt only works, where have you your faith? (H. Windisch,Die Katholischen Briefe[The Catholic Epistles;HNT; 2nd ed., Tbingen 1930] 17)have for some reason dropped out of the text is rightly dismissed by H. Balz and W. Schrage,Die Katholischen Briefe(Gttingen, 1973), 31 as a violent measure and too hypothetical.[xxiii]E.g. Ropes 209 (whence the first quotation); DibeliusGreeven 150ss. (point [2]), 155ss. (third quotation from 156). In the view of A. Schlatter,Der Brief des Jakobus[The Letter of James](Stuttgart, 1956), 192194 the pronouns can be taken in their natural senses since the objector is a Jew who opposes works to faith as of equal validity as a ground for hope of obtaining divine grace.[xxiv]For these objectionscf..e.g., C. E. Donker, Der Verfasser des Jak und sein Gegner. Zum Problem des Einwandes in Jak 2. 1819 [The Author of James and His Opponent. On the Problem of the Objection in Jas. 2:1819]ZNW72 (1981) 227240 (230); Neitzel, Eine altecrux, 288ss.; Adamson 136.[xxv]Laws 124. The exegesis proposed by Donker, Der Verfasser des Jak, 230239, in which the objection (from a Paulinist) extends to the end of v. 19 and the authors response begins with v. 20, appears to us unnatural and contrived, particularly the suggestion that v. 18bto be read as a questionis to be understood as conditional and v. 18c is not to be taken seriously: Ifyouhave faith thenIhave works means, Youcan appeal to your having faith as little asIcan appeal to my having works. The allegation that (the objector charges that) in vv. 1417 the author fails to distinguish two concepts of faith (correct faith and alleged, false faith) goes directly against our exegesis of those verses.Another view which similarly regards the objector as speaking in vv. 18ss. and James as replying in vv. 2023 is propounded by Z. C. Hodges, Light on James Two from Textual Criticism,BS120 (1963) 341350 (especially 347350). This view rests on the substitution ofek tn ergn(by [your] works) for the better attested and more difficult readingchris tn ergn(without deeds, v. 18b) and is, if for no other reason, to be rejected.[xxvi]Neitzel, Einealte crux (see n. 20 above), especially 289fss.[xxvii]Ibid.289 (citing H. von Soden).[xxviii]Ropes 212; DibeliusGreeven 157.[xxix]Neitzel,loc. cit.(with reference to BDF 440.1).[xxx]Neitzel,art. cit.,290ss. (quotation from 291), with reference to Bl.D. 480.5 (=BDF 480(5))..[xxxi]Ibid.291ss. Neitzel (292) gives reasons for rejecting the punctuationwhich is also mentioned by DibeliusGreeven 157 only to be dismissedwhich would interpretkagboth times [18c, e] as an introduction to the authors answer.[xxxii]Ibid.292ss. (with reference to DibeliusGreeven [154ss. n. 29]).[xxxiii]Ibid.293. The above reasoning (under [b]) more than suffices to answer the objection of Moo 105 that kag(and I) is a very unusual way to introduce an answer to a question and the entire phrase seems redundant.[xxxiv]Cf.e.g., H. P. Hamann, Faith and Works: Paul and James,LTJ9 (1975) 3341 (35).[xxxv]Cf.L. Goppelt,Theology of the New Testament,2 vols. (ET; Grand Rapids, 198182), 2.209. Walker, Allein aus Werken (see n. 5 above) 172, in stating thatworks are the reality which constitutes faith,goes beyond the warrant of the text: he speaks of there being no faithwithout works but faithfrom works(Glauben aus Werken) but the phrase used by James here is notek tn ergn(from works) butek tn ergn mou(from my works), and it is not used adjectivally with the noun faith but adverbially with the verb I will show (deix).[xxxvi]Quotations from, respectively, Martin in R. A. Martin and J. H. Elliott,James. III Peter/Jude(Minneapolis, 1982) 31(cf.28); H. Preisker,TDNT4.726, and 727 n. 18. B. Reicke,The Epistles of James, Peter, and Jude(AB 37; Garden City, 1964) 32ss. holds that v. 18 seems to presuppose an agreement between a Christian missionary and a Gentile regarding his acceptance of the Christian religion on particularly favourable terms. But this interpretation is unconvincing.[xxxvii]This rendering presupposes the most probable readingheis estin ho theos,in whichheis(one) is separated fromho theos(God) byestin(is). On the textual problem herecfB. M. Metzger,A Textual Commentary on the Greek New Testament(London and New York, 1971) 681.[xxxviii]In its original intention, of course, theShemais no mere intellectual conviction (E. M. Sidebottom,James, Jude and 2 Peter[NCB; Grand Rapids and London, 1982]44), but as used here by James it is probably meant to state the content of the faith without works which is in question (DibeliusGreeven 158).[xxxix]Cf.Laws 126 (whence the quotations), and Mayor 100; Ropes 216, respectively. Others think that the commendation itself is ironical (e.g. Balz-Schrage 31) or strongly so (e.g. Moo 106).[xl]The word translated shudder (phrissein,a NThapax,) properly to bristle, is used of the physical signs of terror (cf.Dan. 7:15), especially of the hair standing on end (e.g. Job 4:14f.): Mayor 101.[xli]Heis theos(God is one) is taken to be a formula for exorcising by, e.g., Mussner 139.[xlii]Cf.,e.g., D. E. Hiebert, The Unifying Theme of the Epistle of James, inThe Bib Sac Reader,ed. J. F. Walvoord and R. B. Zuck (Chicago, 1983) 143154 (148).[xliii]Cf.Ropes 215. According to Laws 128, v. 19b is intended by James to indicate the necessary outcome of faith, if it is a live faith, and the impossibility of its existing alone. For the demons, belief in the God who is one produces a response of fear . But in view of the clearly negative connotation of the verb shudder as used here, the point of v. 19b is more likely to be theuselessnessof the demons kind of faith than its productivity. If there is reference to the latter, it is probably also ironical, as taken by Moo 106f. (following F. J. A. Hort).[xliv]Nicol, Faith and Works (see n. 4 above), contends that in our pericope (2:1426) faith is not intellectual acceptance only but true, saving faith (14,cf.n. 7 above), that the whole pericope is concerned, not with differing kinds of faith, but to stress that faith must issue in works, and that James does not equate the demons faith with the Christian faith-without-works in terms of content, but only in so far as they are of no help before a judging God (15). Subsequently, however, he writes: James addresses himself to a Church that isdying or dead of orthodoxy,whose members have faith and are proud of it, but who do not live it out. He tries to arouse them by emphasising that Christians who do not show their faith by deedscannot call themselves Christian(20, emphases added). This is tantamount to admitting that James is arguing against thedead orthodoxyofnominal Christianity,and it is difficult to see how the faith in question can still be described as true, saving faith.[xlv]Some consider v. 20 to belong with vv. 18f. (e.g. P. H. DavidsThe Epistle of James[NIGTC; Grand Rapids and Leicester, 1985] 119), but it is more naturally taken as introducing the verses which follow, since the question do you want evidence ? leads one to expect that the demonstration will follow(cf.Zmijewski, Christliche Vollkommenheit, 62, who cites in support the fact that both v. 20 and v. 21 are in the form of a question). The use ofde(but, AV, RV) rather thanoun(therefore) in v. 20 also shows that the verse is meant to prepare for the following reference to Abraham (so Mussner 139f., though he nevertheless makes v. 21 the beginning of a new paragraph).[xlvi]Some hold that the wordkenos(foolish) is the linguistic equivalent ofrhaka(Raca, Mt. 5:22;cf.,e.g., A. Oepke,TDNT3.660); but others think that there is no connection between the two words (Oesterley [see n. 17 above] 447a) or that to comparekenoswithrhakais out of place (Mussner 140).[xlvii]R. Bultmann,TDNT1.708 takesgnnai(to know) to refer to specifically theological knowledge which grows, e.g., out of the study of Scripture. But the NIV rendering (similarly RSV, to be shown) adequately conveys the sense.[xlviii]In accordance with his view that vv. 1821 is Jamess description of the onesided works-only position of the secondtis(someone; see n. 22 above), Zmijewski, Christliche Vollkommenheit; ,62f. with n. 71 emphasises that v. 20 is differently formulated from v. 17, which describes Jamess own conception: James speaks of faith without works as dead(cf.v. 26), not barren; and he brings into relief the isolationof faith(kath heautn,cf.themonon[alone] of v. 24). Considerable difficulties, however, are involved in Zmijewskis view: (i) It is highly unlikely that the example of Abraham (v. 21) is cited by the secondtiswhereas that of Rahab (v. 25) is cited by James; particularly in view of the same form in which the two examples are dressed (noted by Zmijewski, 66f.), it is much more probable that both are cited byJamesas examples of genuine faith, with the lessons drawn after each example has been given (vv. 21, 2224, 25, 26;cf.J. A. Motyer,The Tests of Faith[London, 1972] 54). (ii) It follows that it is highly unnatural to put v. 21 in the mouth of the second objector and vv. 22f. in the mouth of James. Zmijewskis explanation of the abrupt beginning of Jamess response (63f.) is not convincing, and to understand the present tenseblepeis(you see) in v. 22 in a futuristic sense (you will sec from my exposition which follows, 64) is surely forced. (iii) Zmijewski has exaggerated the differences between what probably are basically synonymous expressions (vv. 17 and 20; see also 60 on vv. 18b [our 18de] and 22).[xlix]The Greek particleou(not) indicates that an affirmative answer is expected (cf.n. 9 above).[l]This title is most natural in the mouth of a Jew, but is not impossible for a Gentile Christian (1 Clem. 31:2):cf.,e.g., DibeliusGreeven 161. Burchard, Zu Jakobus 2. 1426, 40 takes our not in the sense of of Jews and Christians but mine [referring to James] and yours [referring to the objector]. This interpretation is unlikely to be correct, in view of the stereotyped character of the term (Lk. 1:73; Jn. 8:53; Acts 7:2; Rom. 4:12;cf.Rom. 4:1).[li]Hiebert 192.[lii]Cf.,e.g., P. H. Davids, Tradition and Citation in the Epistle of James, inScripture, Tradition, and Interpretation (Fs.E. F. Harrison) ed. W. W. Gasque and W. S. Lasor (Grand Rapids, 1978), 113126 (quotation from 115).[liii]The plural occurs six more times in the epistle (2:22a, b, 24, 25, 26; 3:13).Cf.in particular, on the one hand,ex ergn(by works, vv. 21, 24, 25),ek tn ergn(by works, v. 22b),ek tn ergn mou(by my works, v. 18e),tois ergois autou(with his works, v. 22a), and, on the other hand,chris tn ergn(apart from [your] works, vv. 18d, 20),chris ergn(apart from works, v. 26). The use of the term in 3:13 (ta erga autou,his works) is similar to 2:18c and 22a. (All the English renderings above are from the RSV.) The singularergon(work) occurs in 1:4, 25.[liv]DibeliusGreeven 160.[lv]Laws 135.[lvi]Walker, Allein aus Werken, 175f. fastens on the wording of v. 21 and insists that in Abrahams justification works have all the worth with none for faith; he further (176f.) brings 2:10 into the discussion of 2:21, drawing the conclusion (which to him is the only possible one) that works are for James so highly meritorious that in their vicinity even sin against all the commandments melts into nothingness (177). Such extreme views serve to underline the pivotal importance of determining the meaning of the verb justify for the interpretation of this verse(cf.n. 68 below).[lvii]E.g. Ropes 217; Windisch 19 (on v. 25).[lviii]To save is not listed by G. Schrenk,TDNT2.211219(TDNTA175f.) among the meanings ofdikaio(justify) either in Scripture (including LXX) or in profane Greek;cf.BAGD 197f.(s.v.);J. H. Thayer,A GreekEnglish Lexicon of the New Testament(New York, n.d.) 150f.(s.v.).[lix]So, respectively, DibeliusGreeven 162f. and BalzSchrage 32. Similarly, J. Jeremias, Paul and James,ExpT66 (195455)368371 (370f.) speaks of James using the verb here (and in v. 25) in theanalyticalsense (God recognises the fact of the existing righteousness, in contradistinction to Pauls use of it in thesyntheticsense (God adds something, He gives righteousness to the ungodly).Cfalso E. Grsser, Rechtfertigung im Hebrerbrief [Justification in the Epistle to the Hebrews], inRechifertigung(see n. 2 above) 7993 (84, on Jas. 2:21); M. L. Soards, The Early Christian Interpetation of Abraham and the Place of James within that Context,IBS9 (1987) 1826 (1820).[lx]Moo 109f, (emphasis added);cf.47f.; Davids 132.[lxi]Moo 109.[lxii]Chambers Twentieth Century Dictionary,ed. A. M. Macdonald (Edinburgh and London, 1972), s.v.[lxiii]Those who take the verb in this demonstrative sense include,inter alios,J. A. Ziesler,The Meaning of Righteousness in Paul. A Linguistic and Theological Inquiry(SNTSMS 20; Cambridge, 1972) 128f.; O. P. Robertson, Genesis 15:6: New Covenant Expositions of an Old Covenant Text,WTJ42 (1980) 259289 (286f.).Materiallythe same is the view of those who take the verb here in the declarative sense of pronouncing/declaring righteous, but add in explanation that it concernsevidencethat can beseenby men (C. Brown,NIDNTT3.370) or that it is a mans works which declare him righteous byshowingthat he is a man of faith (O. Michel,NIDNTT1.605) (emphasis in both quotations added).J. Buchanan,The Doctrine of Justification(London, 1961) 259 plausibly says of Abraham: He wasactuallyjustified before [Gen. 15:6]; but there was here a divinedeclarationof his acceptance, which expressly referred to his obedience, as the fruit and manifestation of his faith [Gen. 22:12, 16, 18]. But the term declarativejustification does not fit in the case of Rahab; for this reason also it seems better to take the verb in itsdemonstrativesense.

[lxiv]Moo 109, 111, respectively.[lxv]Robertson, Genesis 15:6, 287.[lxvi]This is the only place in vv. 2123, which deals with Abraham, where the pronoun his is used with works. In contradistinction to the other instances of plural works listed in n. 54 above, his works here is most naturally understood of the good works which Abraham performed during the course of his life of faith. The view proposed by J. G. Lodge, James and Paul at Cross-Purposes? James 2,22,Bib62 (1981) 195213 (199 n. 10)Since the works are in a context of offering upon an altar (Jas 2,21) the plural is used in the sense of the Levitical service of the Lord is unconvincing.The mention of Abrahams faith here is not as sudden as it appears: according to our exegesis of v. 21, it is implicit in the assertion that Abraham was justified by works. A hint of Abrahams faith has been detected in the confession of v. 19 that God is one, since in Jewish tradition Abraham was known as one who had turned from idols to serve the one God (Davids 128f.); but the suggestion appears doubtful to me, since the confession is there used negatively.[lxvii]E.g. DebeliusGreeven 163; BalzSchrage 32. Walker, Allein aus Werken, 177180 goes further and assignsnoplace to faith in Abrahams justification, since he subordinates the interpretation of v. 22 to his exegesis of v. 21(cf.n. 57 above).[lxviii]Cf.R. Y. K. Fung, The Forensic Character of Justification,Themelios3/1 (Sept. 1977) 1621.[lxix]When the verb (synerge) is used of God as the subject, explicit (Mk. 16:20) or implied (Rom. 8:28,cf.RSV), such a derogatory sense is surely ruled out. The iterative imperfectsynrgei implies the coexistence of faith and works in Abraham over a period (Lodge, James and Paul, 199f.)from beginning (Gen. 15) to end (Gen. 22) (E. Lohse, Glaube und Werkezur Theologie des Jakobusbricfes [ Faith and Workson the Theology of the Letter of James],ZNW48 [1957] 122 [5]). The weakly attested variantsynergei(present tense)favoured by, e.g., Schlatter 201 and taken by him as a dramatic presentis clearly secondary and may be explained as being due to a desire to emphasise thegeneralsignificance of the statement(cf.Zmijewski, ChristlicheVollkommenheit, 64 n. 80).[lxx]Cranfield, Message of James, 169.Cf.Mussner 145f., who rightly observes that the synergism implied by the verbsynrgeiis not to be taken in an additive sense.[lxxi]As Mussner 142 remarks, perfection (Vollendung) is more than and different from completion (Ergnzung). The verb occurs only this once in the epistle. The cognate adjective (teleios) occurs five times (1:4a, b, 17, 25; 3:2), and each time the sense is perfect (see NASB) rather than complete.[lxxii]Cf.,e.g., A. Ross,The Epistles of James and John(NICNT; Grand Rapids, 1967) 54; J. I. Packer,IBD844c (whence the first quotation).[lxxiii]Reicke 34. On faith as prior to workscf.,e.g., E. E. Ellis,Pauls Use of the Old Testament(Grand Rapids, 1981) 87; G. Bertram,TDNT7.876(TDNTA1117). Laws 134 states: The relation between Abrahams faith and his works is not properly one of consequence, demonstration or confirmation, all of which terms assume a measure of distinction between the two: for James they go together in a necessary unity. But a measure of distinction (not synonymous with separation) is unavoidable(cf.v. 22), unless one simply equates faith and works, which surely one cannot do.[lxxiv]H. W. Heidland,TDNT4.290 finds it not possible to say anything very definite about the precise meaning oflogizesthai[to be credited] here.[lxxv]Schrenk,TDNT2.201 with n. 44.[lxxvi]Cf.DibeliusGreeven 163166, 168174 (quotations from 165, 172, 174). Similarly, Schneider 20 speaks of James as failing to grasp the decisive and fundamental significance of Gen. 15:6.[lxxvii]Cf,e.g., Laws 133; Davids 129f.[lxxviii]J. I. Packer,IBD844c.CfA. E. Travis, James and Paul, A Comparative Study,SWJT12 (1969) 5779 (65).[lxxix]Cranfield, Message of James (see n. 5 above), 168.Cf.Buchanan,Justification257f. On the other hand, Ziesler,Righteousnessholds that the purpose of the quotation is not to explain the way of acceptance with God (183) and that here there is for James no element of imputation; Gen. 15:6 is quoted, but with Gen. 22 in mind (132).[lxxx]R. N. Longenecker,Biblical Exegesis in the Apostolic Period(Grand Rapids, 1975) 199f.;cf. idem,The Faith of Abraham Theme in Paul, James and Hebrews: A Study in the Circumstantial Nature of New Testament Teaching,JETS20 (1977) 203212 (204f.).[lxxxi]Cf.Mussner 143; J. I. Packer,IBD844c.Examples of other interpretations are: (1) Gen. 15:6 is taken by James as a prophecy which was fulfilled by Gen. 22:9, i.e. it expressed in advance the divine verdict, which was then confirmed by the offering up of Isaac (G. Delling,TDNT8.82;cf.Balz-Schrage 32). (2) In a way typical of the midrashic method, James takes Gen. 15:6 as a prognostication of Abrahams faith in trial, referring specifically to the sacrifice of Isaac in chapter xxii (I. Jacobs, The Midrashic Background for James II, 2123,NTS22 [1976] 457464 [458],cf.461f.; Davids 129). (3) In the sense that itestablishedandinterpretedGen. 15:6, the event of Gen. 22 was a fulfilment, i.e. a divine suprahistorical (berhistorisch) verdict delivered on Abrahams entire life (Adamson 131;cf.DibeliusGreeven 164). (4) Gen. 15:6 found its ultimate significance and meaning in the sacrifice of Isaac, by which Abrahams faith was perfected(cf.Mayor 104; Moo 113).On various facets of the theme of Abrahams faith,cf.Longenecker,art. cit.(previous note).

[lxxxii]Cf.Laws 136f. (quotation from 137).[lxxxiii]CfL. C. Allen, The Old Testament in Romans iviii,VE(1964) 641 (18): Righteousness in Gen. xv.6 is a covenantal concept, implying acceptance by God. Isaiah xli. 8 sums it up in the word friend as James saw when he connected the two verses; G. Sthlin, TDNT 9.168: Due to the link with Gn. 15:6 the meaning ofphilos theou[friend of God] is very close to he who is just through faith .[lxxxiv]In other words, we take thekai(and) of v. 23c as parallel, not with thekaiof v. 23a (as in Moo 114) but with thekaiof v. 23b (as in DibeliusGreeven 164).[lxxxv]Hamann, Faith and Works (see n. 34 above), 36(cfMussner 148). Martin 33 rightly insists that v. 24 must be interpreted in the light of the context.[lxxxvi]Via, Right Strawy Epistle (see n. 7 above), 257.cf.Longenecker, The Faith of Abraham Theme, 206.[lxxxvii]Cf.J. A. Fitzmyer, in Reumann, Righteousness 221 (414).[lxxxviii]Cf.Cranfield, Message of James, 169f. and Laws 137, respectively. According to Schlatter 204, James saidmonon(only, adverb), notmons(adjective, agreeing withpistes, faith), because he could not conceive of a believing that is isolated from acting.[lxxxix]CfReumann, Righteousness 157 (278), and Buchanan,Justification371(cf.372), respectively. The words by logical inference are intended to indicate that the thought of forensic justification is not contained in the verb justify in vv. 21, 24, 25 (as though it meant show to be justified), but that a man who is shown to be a genuine believer is necessarily someone who has, through faith, been justified in the forensic, declarative sense.[xc]This force ofhomoisis further borne out by the fact that vv. 21 and 25 run parallel verbally : name plus qualification plusouk ex ergn edikaith[was he/ she not justified] plus works described by a participle [or participles] (Nicol, Faith and Works, 9).[xci]Davids 132f.[xcii]The aorist participleshypodexamen[gave lodging to] andekbalousa[sent off] may be construed as explicatory (RV, NEB) or temporal (AV, RSV, NIV, NASB), or even causal (MHT 1.230).[xciii]E.g., Laws 138. Others emphasise the hospitality motif as that which links the two OT characters both in Jewish tradition and in James (e.g., R. B. Ward, The Works of Abraham,HTR61 [1968] 283290 [287]); but Jamess failure to mention the Gen. 18 incident is rightly considered a serious problem with this theory (Moo 117).[xciv]Ropes 225. This consideration supports the translation even rather than also (e.g., RSV) for the firstkaiin v. 25.[xcv]DibeliusGreeven 167 n. 99;cf.Davids 133.[xcvi]R. Jamieson, A. R. Faussett and D. Brown,A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testament2.489, cited in Hiebert 200f.Cf.Reicke 35.[xcvii]Sidebottom 4Sf.Cf.Burchard, Zu Jakobus2. 1426, 31f.[xcviii]Cf.Davids 133.[xcix]Martin 35f.Cf.Reumann, Righteousness 152 (270).[c]P. B. R. Forbes, The Structure of the Epistle of James,EQ44 (1972), 147153 (152).[ci]Hamann, Faith and Works (see n. 34 above), 33.[cii]Travis, James and Paul (see n. 79 above), 58.[ciii]Via, Right Strawy Epistle (see n. 7 above), 255, 257, 265, 266, respectively.[civ]Ibid.,255257.[cv]M. Evans, The Law in James,VE13 (1983) 2940 (38, 38f.). On the meaning of law in James,cf.also Moo 4850.[cvi]So, e.g., W. W. Wessel,ISBER2.961f. R. N. Longenecker, On the Form, Function, and Authority of the New Testament Letters, in D. A. Carson and J. D. Woodbridge, eds.,Scripture and Truth(Grand Rapids, 1983) 101114, classifies James as a conventional tracta