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Trabalho de Corporeidade

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educaçao fisica

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TRABALHODE

CORPOREIDADE

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UNIVERSIDADE PAULISTA

Adriana Aparecida da Silva...........B42356-0

André Soares Santos.....................B25154-0

Angela Pereira dos Santos.............B40285-5

Daniela Bezerra de Souza..............B32801-5

Ítalo Domenico Pinto.....................B37JFI-6

Marisete de O. Carvalho................B1962F-1

Priscila Cristina Soares...................B3180I-0

Vayber de Castro...........................B25168-9

A PROBLEMÁTICA DO HOMEM E SUA CORPOREIDADE

NO PENSAMENTO FILOSÓFICO NA GRÉCIA ANTIGA

SÃO PAULO

2012

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INTRODUÇÃO

Desenvolvermos este trabalho para entender e explicar sobre a problemática do homem e sua corporeidade no pensamento filosófico na Grécia Antiga, ou seja, os pensadores gregos da antiguidade tentaram explicar o homem como ser DUAL: Corpo e Alma, porém alguns defenderam o corpo como parte fundamental do conhecimento.

Entender a Corporeidade do homem dentro do pensamento filosófico é aprofundar nas origens do estudo do corpo e sua relação com o mundo, a partir dos grandes pensadores daquela época com suas ideias. E também fazer com que o homem exercite seu corpo, mas sem descuidar da sua alma.

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A PROBLEMÁTICA DO HOMEM E SUA CORPOREIDADE

FILOSÓFICA NA GRÉCIA ANTIGA

O berço da cultura Ocidental é a Grécia Antiga, onde se geraram dois grandes marcos da História, Filosofia e Jogos Olímpicos.

Até os dias de hoje a filosofia influencia na formação de opiniões, causando polêmicas, em assunto como: Deus, amor, equilíbrio entre corpo e alma, etc.

Na Grécia antiga havia muito apego a razão para se buscar explicações à existência humana. Para os pensadores daquela época, tudo poderia ser explicado através da razão que ordenava o mundo, de maneira que a verdade era vista como objeto da verdade, onde o desprezo pelo corpo foi a tal ponto de considerá-lo como matéria sem valor algum.

Alguns filósofos da Grécia Antiga

Sócrates: A partir de Sócrates, surgiu o estudo e pensamentos sobre a essência da natureza da alma humana. Sócrates era considerado um homem sábio, apesar de não considerar-se um professor, ele passava seus conhecimentos através de diálogos, seus registros de pensamentos e idéias foram transmitidas e escritas pelo seu discípulo, Platão.

Através dele, falando sobre o costume de as pessoas tornarem difíceis as coisas fáceis, assim se expressou: “Na música a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica, dá saúde ao corpo”. Númerosíssimos foram seus conceitos sobre os exercícios físicos. Filosofou não só com a razão, mas também com o corpo e o sangue.

A alta sociedade considerava Sócrates um tumultuador de ideias, em função dos seus pensamentos e filosofia, com isso ganhou muitos seguidores que começaram a desacreditar em suas crenças e seus muitos Deuses, com isso Sócrates foi condenado a se suicidar.

Platão: Separou o que é material (corpo) e o espiritual (alma), enfatizando que os exercícios corporais eram necessários para a educação dos impulsos do corpo e que de fatos eram importantes no desenvolvimento da coragem.

Dele é o conceito: “A educação consiste em dar ao corpo e a alma toda a perfeição de que são capazes”. E “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e brincar, e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto”.

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Personifica o equilíbrio entre o corpo e o espirito. Dizem que foi desportista e, como lutador, competiu nos jogos olímpicos. Interessou-se também Platão pela classificação dos exercícios, cuidou do trabalho físico da mulher, referiu-se a preparação dos mestres e a necessidade de instrução adequada para ministrar a educação física.

Encontra-se nas obras de Platão admiráveis conceitos. Em um deles pregando ética moral através do corpo e do espirito: o corpo humano, que encerra nossa alma, é um templo em que se aloja uma centelha da divindade. Deve-se embelgar esse tempo por meio da ginastica e dos esportes, para que Deus se encontre bem nele. Assim, “habitá-lo-á muito tempo e nossa vida transcorrerá harmoniosamente”.

Para Platão o pensamento filosófico é uma profunda separação entre o mundo sensível e o mundo inteligível, porém seu último escrito já não atribuiu uma imagem tão negativa ao corpo, admitindo que o exercício físico possa ser um benefício para a alma proporcionando o equilíbrio e seus elementos, para o corajoso e o filósofo cárcere da alma.

Xenófanes: Critica a cidade que despreza o sábio para coroar   corpos musculosos, mas vazios de razão, como dirá, depois,  algum personagem de Eurípides. Atacava a imoralidade dos deuses e deusas da mitologia grega, ridicularizava a crença na transmigração da alma e condenava a luxúria. Defendia a sabedoria e os prazeres sociais sem excesso. “É de louvar-se o homem que, bebendo, revela atos nobres Como a memória que tem e o desejo de virtude”. Segundo o próprio filósofo “Um único deus, entre deuses e homens o maior, em nada no corpo Semelhante aos mortais, nem no pensamento”.

Aristóteles: Pregava a necessidade de “prestar os primeiros cuidados ao corpo antes da alma; em seguida, ao instinto”, acrescentando ainda: “só se deve formar o instinto pela inteligência, e o corpo pela alma”. Para ele, o “verdadeiro objetivo da educação é a obtenção da felicidade por meio da virtude perfeita”. A sua doutrina constitui um verdadeiro esboço de educação progressiva, muito se parecendo com o que hoje se faz. Estabeleceu preceitos admiráveis sobre a prática dos exercícios físicos. Ele dizia que a ciência da ginástica devia investigar “que exercícios são mais úteis ao corpo e qual o melhor deles”. Desprezava o trabalho físico exercido pelo corpo, trabalho esse que só os escravos faziam. Então ele empenhava-se mais na questão racional e não nos impulsos e desejos inconscientes, enaltecendo o homem político.

Aristóteles investigou também a estrutura dos seres, tendo dedicado a atenção especial aos seres vivos. Para ele os seres animados se diferenciam dos seres inanimados porque possuem um princípio que lhes dá a vida, e esse princípio é a alma. Assim, segundo Aristóteles os vegetais tem uma alma vegetativa, princípio mais elementar da vida, responsável pelas funções biológicas como

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nutrição, crescimento e geração. Os animais irracionais possuem uma alma sensitiva. Que é responsável pelas sensações e movimentos do corpo, além de possuirem a alma vegetativa comum aos vegetais. Os homens, animais racionais, possuem uma alma intelectativa responsável pelo pensamento e pelas ações racionais além de possuírem as almas vegetativa e sensitiva, comuns respectivamente aos vegetais e animais. Já a teoria da mente de Aristóteles tem uma inspiração biológica. Ele divide a alma em nutritiva, sensitiva, de movimento (só encontrada em animais) e racional (a única encontrada em seres humanos e a única que é imortal). Ele arma que as diferentes almas direcionam o organismo para a perfeição, idéia que pode ser considerada uma antecipação da moderna teoria genética. Em Aristóteles aparece pela primeira vez a noção de consciência do eu, “tendo sido ele o reponsável”.

A atividade física e a construção da corporeidade na Grécia Antiga

Analisar a corporeidade na Grécia Antiga implica fazer uma leitura de todo o modo de vista pelo qual os gregos se organizavam e a partir do qual nascia à necessidade de um corpo forte, uma musculatura de combate e uma estética guerreira, pois as constantes lutas e guerras exigiam-lhes estes requisitos.

Ao reportarmos-nos ao corpo herói grego, não podemos entendê-lo enquanto um padrão corpóreo intencionalmente forjado pelo homem individualmente, a partir de sua vontade. Temos que analisá-lo no contexto da época, onde o corpo forte e bem formado assume uma dimensão coletiva e responde ás necessidades práticas daquele período histórico.

Um dos principais fatores que contribuem para o nascimento do corpo herói como padrão era o espírito de guerra, onde seus cidadões eram preparados para o combate e jamais fugir. Na prática da agricultura era cultivada com o mínimo de uso de animais e ferramentas, prevalecia à força do trabalho humano.

Lembrando que na Grécia Antiga, nasceram os primeiros jogos olímpicos por volta de 776 a.C. que dá uma certa proximidade com o Período Homérico, onde podemos notar que a corporeidade também é ressaltada na Epopéia grega, pois o homem é comparado aos grandes animais, principalmente àqueles por seu tamanho ou voracidade. Por isso alguns líderes heróicos entre os gregos tinham seu nome relacionado à figura de leões, javalis, touros e outros que ostentam força, coragem, agilidade, sagacidade e outros requisitos que para o homem grego eram fundamentais à sobrevivência. Exemplo de epopéia grega: Poemas Homéricos a Ilíada e a Odisséia.

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O Período Homérico é imporrtante, pois se for comparar o “homem Homérico” com o padrão cultuado pelos “desportístas” antigos, ambos possuem semelhanças físicas e o ideal de corpo: o do herói. O corpo do herói era sempre respeitado, vivo ou morto, porque nele estava materializada a figura do semi-Deus.

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CONCLUSÃO

É importante analisar e entender o conceito padrão de corpo grego, dentro do seu contexto, pois é a partir do mesmo que passa a ser elaborada a figura, imagem e forma do homem. E também, com os pensamentos filosóficos da Grécia Antiga, podemos ressaltar que:

“A corporeidade do homem é lapidada e moldada através de suas crenças”.

Exemplo: “PENSO, LOGO EXISTO”. (Platão)

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BIBLIOGRAFIA

GONÇALVES, Maria Augusta Salin. Sentir, pensar, agir. Corporeidade e educação. Campinas, SP: Editora Papirus, 10°edição, 2007.

BARNES, Jonathan; FONTES, Martins. Filósofos pré-socráticos. São Paulo: 2°edição, março 1997.

RAMOS, Jayr Jordão. Os exercícios físicos na história e na arte. São Paulo: Editora Ibrasa, 1983.

SANTOS, Luiz César Teixeira. Revista da Educação Física/ UEM 8 (1): 73-77 1997.

8° Encontro de iniciação cietífica: Disponível em: http://www.ieps.org.br/ARTIGOS-PSICOPEDAGOGIA.pdf. Acesso em: 25/03/2012.

www.greciaantiga.org. Acesso em: 24/03/2012.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Xen%C3%B3fanes#cite_ref-0. (Xenófanes) Acesso em: 25/03/2012.