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Trabalho descritivo de epidemiologia mostrando dados recentes do Ministério da Saúde sobre o Município de Ouricuri.
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iNTRODUÇÃO
Ouricuri a Terra dos Voluntários da Pátria
Município brasileiro do semiárido do estado de Pernambuco. Possui uma extensão de 2.422,901
km², distribuídos em 17 bairros (centro,aeroporto, alto paraíso,Beberibe,canacuí,capela de são Braz,
conjunto são Sebastião I, conjunto são Sebastião II ,Ipsep, Laura coelho, parque Adalberto Pedro da
silva,Nossa senhora do Carmo, nossa senhora de Fátima,pindorama,santo Antonio, santa Maria e
renascença ) .Representa 2,25% do Estado de Pernambuco, densidade demográfica de 26.56
hab./km²,Altitude: 451 m. Tem como fronteiras ao norte Araripina, Trindade e Ipubi ao sul Santa Cruz,
Santa Filomena ,ao oeste o estado do Piauí e a leste Parnamirim e Bodocó.
O município é formado por 2 distritos: Sede (Ouricuri) , Barra de São Pedro.,possui uma população
de 65510 habitantes.
Segundo a base de dados do estado de Pernambuco- BNE,em 2010 esperança de vida ao nascer era
de 71,40 anos e o Índice de desenvolvimento humano (IDH- M) é de 0,572. Em 2013 possuía um
coeficiente de mortalidade infantil de 11,51por mil nascidos vivos. E em 2010 a taxa de mortalidade
infantil era de 24,66 % por 1000 habitantes.
O município possui 2 Hospitais gerais,1 Hospital especializado,2 postos de saúde,4 Clinica
especializada/ambulatório especializado,22 Centros de saúde / unidades básicas de saúde , não possui
unidade mista,6 consultórios ,9 unidade de serviço de apoio de diagnósticos e terapia,2 policlínicas ,7
outros tipos , totalizando 55 estabelecimentos de saúde.
Dos 189 leitos existentes no município apenas 88 desses estão disponíveis ao SUS, sendo estes de
âmbito estadual, o município não possui nenhum leito e os outros 101 leitos são de âmbito privado e não
estão disponíveis ao SUS.
Esses leitos estão basicamente no Hospital Regional Fernando Bezerra (HRFB), unidade pública
estadual de referência, ligada à IX Gerência Regional de Saúde.( que o município é sede).Pertencente à
classificação de hospital geral de médio porte, disponibilizando leitos; em Clínica Cirúrgica, Clínica
Médica,Neonatologia, Obstetrícia e em Pediatria.Também presta atendimentos de urgência e emergência
em clínica médica, cirúrgica, traumatológica, obstétrica e pediátrica. O HRFB é gerido pela Santa Casa
de Misericórdia do Recife e é administrado pelo Consórcio Intermunicipal do Sertão do Araripe
(CISAPE),abrangendo as cidades de Ouricuri, Araripina, Bodocó, Trindade, Ipubi, Exu, Granito,
Moreilândia, Santa Cruz, Santa Filomena, Afrânio, Dormentes e Parnamirim, totalizando uma população
média de 350 mil habitantes.
Ouricuri dispõe também de uma Unidade de Atendimento Médico Especializado e é Sede Regional
do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) e do Centro de Referência Especializado da
Assistência Social (CREAS) Regional.
Esse município originado de uma extensa fazenda de gado de propriedade de dona Brígida
Alecancar. Partes desta fazenda foram vendidas ao casal João Goulart. Este casal fixou residência em uma
região onde o pasto era mais abundante para o gado e denominaram esta região de Aricuri, que significa
"duas serras juntas".
Em 1839, o juiz da Comarca de Boa Vista, Alexandre Bernardino Pires fixou residência na região,
fugindo de uma peste chamada de "Carneirada". Em 5 de abril de 1841, o Pe. Francisco Pedro da Silva,
oriundo da cidade de Sousa, no estado da Paraíba, comprou terras de D. Brígida a fim de erguer
uma capela em homenagem a São Sebastião.E depois mudou o nome para Ouricuri, nome de
uma palmeira.O desenvolvimento do povoado ocorreu pelas atividades agropecuárias e em torno da
capela.
Em 30 de abril de 1844 foi criado o distrito, que foi elevado à categoria de vila em 1849.
Em 1893 tornou-se município autônomo. Em 14 de maio de 1903 foi elevado à categoria de cidade.
A guerra do Paraguai rebenta em novembro de 1864 com a invasão do Estado de Mato Grosso pelos
paraguaios, dirigidos pelo ditador desvairado, embora bravo, general Francisco Solano Lopes, trazendo
inquietação ao Imperador Pedro II. Contando com um contingente militar pequeno e a Guarda Nacional
formada por pessoas despreparadas que viviam das honrarias do cargo, o Imperador necessitava defender
nosso solo invadido. Pelo decreto imperial 3371, de 7 de janeiro de 1865, cria os corpos de voluntários
que seriam formados no território brasileiro congregando homens que voluntariamente se incorporariam
às nossas forças armadas no teatro de guerra.
Coube ao então deputado provincial padre Francisco Pedro da Silva, a incumbência de reunir em
Ouricuri, pessoal para defender o Brasil na guerra contra o Paraguai. O decreto de convocação foi
divulgado amplamente nos sertões de Pernambuco e Piauí. Aberto o alistamento militar, foram inscritos
408 homens.
Dos 408 integrantes, pouco mais de 40 retornaram a sua cidade natal entre estes, vários mutilados.
Os outros, cerca de 368 ficaram no túmulo do soldado desconhecido, mortos em combate ou atingidos
pelo cólera que grassara nas tropas provocando grandes baixas.
Com a volta dos nossos heróis a Ouricuri, ao passarem pelo Rio de Janeiro, Dom Pedro II entrega
ao comandante, tenente-coronel Felipe, a bandeira do nosso batalhão, na qual fora bem bordada a
seguinte inscrição: “7º Batalhão de Voluntários da Pátria de Ouricuri”. Essa bandeira, homenagem ao
nosso município, foi depositada no altar de São Sebastião, de nossa Igreja Matriz, guardada por muito
tempo pelo vigário comendador Francisco Pedro, e após sua morte, pelo coronel Anísio Coêlho. Essa
bandeira encontra-se no Museu do Estado como relíquia histórica.
Quadro 1 - Distribuição da população por faixa etária segundo sexo, Ouricuri. 2012
Tabela 1 - Distribuição da população por sexo. Ouricuri , 2012
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menor 1 ano 618 674 1292
1 a 4 anos 2534 2535 5069
5 a 9 anos 3566 3393 6959
10 a 14 anos 3843 3770 7613
15 a 19 anos 3178 3234 6412
20 a 29 anos 5610 5702 11312
30 a 39 anos 4336 4420 8756
40 a 49 anos 3292 3515 6807
50 a 59 anos 2130 2347 4477
60 a 69 anos 1731 1939 3670
70 a 79 anos 952 1132 2084
80 anos e mais 477 582 1059
Total 32267 33243 65510
Faixa Etária Masculino Feminino
Razão de
masculinidade
0 a 9 anos 6718 6602 1,0
10 a 19 anos 7021 7004 1,0
20 a 49 anos 13238 13637 0,5
50 a 59 2130 2347 2,9
≥60 3160 3653 1,8
Razão Total 32267 33243 1,0
Sexo Número Proporção
Masculino 32267 49,3
Feminino 33243 50,7
TOTAL 65510 100,0
Tabela 2 - Distribuição dos óbitos em mulheres residentes em Ouricuri de acordo com Causa
Básica (capitulo da CID 10), 2012
Capítulo CID-10 N° % Coeficiente/
1000
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 1 16,7 30,0
II. Neoplasias (tumores) - - -
IX. Doenças do aparelho circulatório 2 33,3 60,1
X. Doenças do aparelho respiratório 1 16,7 30,0
XV. Gravidez parto e puerpério - - -
X Causas externas de morbidade e mortalidade - - -
Demais causas 2 33,3 60,1
Total 6 100 0,1
Tabela 3- Distribuição dos óbitos em mulheres residentes em Ouricuri de acordo com faixa etária
no ano de 2012
Tabela 4 – Numero de nascidos vivos de acordo com a idade da mãe. Ouricuri, 2012.
Idade da mãeVaginal Cesário Ignorado Total
N % N % N % N %
IDADE DA MÃE N(NV) %
10 a 14 anos 19 2
15 a 19 anos 270 24
20 a 49 anos 845 75
Total 1134 100
10 a 19 73 25 71 27 1 50 145 26
20 a 49 220 75 192 73 1 50 413 74
50 a 54 - - - - - - - -
Ignorada - - - - - - - -
Total 293 100 263 100 2 100 558 100
Tabela 5 – Nascidos vivos de acordo com idade da mãe e tipo de parto. Ouricuri 2012.
Faixa Etária 1 Nº % COEF
Menor 1 ano 6 10 8,9
1 a 4 anos 2 3 0,8
10 a 14 anos 3 5 0,8
15 a 19 anos 1 2 0,3
20 a 49 anos 9 26 0,7
50 a 59 anos 8 13 3,4
60 a + 32 52 8,8
Total 61 100 1,8
Razão de Mortalidade Materna
RMM = __34 _ X 100.000 = 26,5
558
Tabela 6 – Nascidos vivos de acordo com Raça/cor da mãe e tipo de parto. Ouricuri 2012.
RaçaVaginal Cesário Ignorado Total
N % N % N % N %
Branca 19 6,5 15 5,7 - 34 6,1
Preta 2 0,7 1 0,4 - 3 0,5
Parda 259 88,4 239 90,9 2 100 500 89,6
Ignorada 13 4,4 8 3,0 - 21 3,8
Total 293 100 263 100 2 100 558 100
Tabela 7 – Nascidos vivos de acordo com idade da mãe e número de consultas de PN. Ouricuri
2012.
Idade da Nenhuma 1 a 3 4 a 6 7 ou + Ignorado Total
mãeN % N % N % N % N % N %
10 a 19 218,
226
31,
3105
28,
2155
23,
2 1 100 289
25,
5
20 a 49 981,
857
68,
7267
71,
8512
76,
8 - - 845
74,
5
50 a 54 - - - - - - - - - - - -
Ignorada - - - - - - - - - - - -
Total 11 100 83 100 372 10
0667
10
01 100 1.134 100
Tabela 8 – Nascidos vivos de acordo com escolaridade da mãe e tipo de parto. Ouricuri 2012
Instrução da mãeVaginal Cesário Ignorado Total
N % N % N % N %
Nenhuma 21 3,6 6 1,1 - - 27 2,4
1 a 3 anos 72 12,5 39 7,0 1 50 112 9,9
4 a 7 anos 218 37,7 165 29,8 1 50 384 33,9
8 a 11 anos 246 42,6 297 53,6 - - 543 47,9
12 anos e mais 13 2,2 42 7,6 - - 55 4,9
Ignorado 8 1,4 5 0,9 - - 13 1
Total 578 554 2113
4
Quadro 2 - Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência –internações por capítulo CID
10 e faixa etária, sexo feminino, Ouricuri 2012
Capítulo CID-100 a 9 anos 10 a 49
50 a 59
anos60 e mais Total
N % N % N % N % N %
I. Algumas doenças infecciosas e
parasitárias4 26,7 6 1,9 - - 4 9,3 14
3,6
II. Neoplasias (tumores) - - - - - - 1 2,3 1 0,2
IX. Doenças do aparelho
circulatório1 6,7 4 1,3 3 23,1 14 32,5 22
5,7
X. Doenças do aparelho
respiratório1 6,7 2 0,6 1 7,7 6 14,0 10
2,6
XV. Gravidez parto e puerpério - - 262 82,9 - - - - 262 67,7
XIX. Lesões enven e alg out
conseq causas externas4 26,7 13 4,1 - - 3 7,0 20
5,2
Demais causas 5 33,3 29 9,2 9 69,2 15 34,9 58 15
Total 15
100316 100 13 100 43 100 387
100
Quadro 3 - óbitos de residentes do sexo feminino de acordo capítulo CID 10 e faixa etária- Ouricuri, 2012
Capítulo CID-100 a 9 anos 10 a 49 50 a 59 anos 60 e mais Total
N % Coef/1000 N % Coef/1000 N % Coef/1000 N % Coef/1000 N % Coef/1000
I. Algumas doenças infecciosas e
parasitárias4 26,7 0,6 6 1,9 0,2 - - - 4 9,3 1,0 14 3,6
0,4
II. Neoplasias (tumores) - - - - - - - - - 1 2,3 0,2 1 0,2 0,2
IX. Doenças do aparelho circulatório 1 6,7 0,1 4 1,3 0,1 3 23,1 1,2 14 32,5 3,8 22 5,7 0,6
X. Doenças do aparelho respiratório 1 6,7 0,1 2 0,6 0,1 1 7,7 0,4 6 14,0 1,6 10 2,6 0,3
XV. Gravidez parto e puerpério - - -26
282,9 12,6 - - - - - -
26
267,7
7,8
XX. Causas externas de morbidade e
mortalidade4 26,7 0,6 13 4,1 0,6 - - - 3 7,0 0,8 20 5,2
0,6
Demais causas 5 33,3 0,7 29 9,2 1,4 9 69,2 3,8 15 34,9 4,1 58 15,0 1,7
Total 15 100 2,331
6100 15,3 13 100 5,5 43 100 11,7
38
7100
11,6
ANALISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO DE OURICURI E AÇÕES
NECESSÁRIAS
De acordo com o Quadro e a Tabela 1, Ouricuri é uma cidade sem discrepância entre os gêneros, pelo
contrário a diferença entre eles não chega a 2%. Outro ponto importante é que a faixa etária predominante
é de 20 a 29 anos, ou seja, jovens economicamente ativos. E a menor parcela da população são crianças
menores de um ano e a quantidade de idosos está elevando-se, configurando assim uma pirâmide de uma
população emergente, caracterizada por o topo em estreitamento e o meio e a base em processo de
alargamento.
Segundo a tabela 2 as principais doenças que acometem a população feminina do município de
Ouricuri são: as doenças do aparelho circulatório com 33,3% e em segundo lugar as doenças infecciosas e
parasitárias e também as doenças do aparelho respiratório com o valor de 16,7 %.
O Brasil tem hoje seu maior enfrentamento na área de saúde: o cenário pandêmico da
morbimortalidade cardiovascular. Dados do Ministério da Saúde verificaram a ocorrência, em 2010, de
326 mil mortes por Doenças Cardiovasculares (DCV), ou seja, cerca de 1.000 mortes/dia. Por essa
situação tão alarmante são necessárias políticas públicas de saúde na prevenção de DCV. Por isso, são
necessárias estratégias para reduzir os fatores de risco à saúde por meio da prevenção. Na atenção
primária deve-se informar a população através os riscos do tabagismo, do alcoolismo, do consumo
exagerado de sal e explicar os benefícios e incentivar uma alimentação saudável.
As doenças infecciosas estão relacionadas às áreas de grande concentração humana, com precários
serviços de infraestrutura urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria. É
necessário um sistema de informação com os dados epidemiológicos sobre as doenças infecciosas e
parasitárias para detectar ou prevenir mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde
individual e coletiva e adotar medidas de prevenção, controle das doenças e agravos e também formular
políticas e implementar programas de saúde.
É possível observar na tabela 3 que em Ouricuri há um grande abastamento de óbitos em crianças
menores de um ano do sexo Feminino, fato esse demonstrado quando se compara o COEF de menores de
um ano com os de 60 ou mais a diferença entre eles é de 0,1, evidenciando a necessidade de haver um
maior engajamento político em programas sociais que visem às famílias de baixa renda, assim como, a
construção de Unidades de Saúde da Família para que haja um maior engajamento na diminuição de
agravos clínicos na saúde destas famílias, adjacente a tais medidas é necessário um maior investimento
em saneamento básico sanando doenças que acarretam mortes evitáveis.
Na tabela 4 é possível observar que o planejamento familiar de Ouricuri esta falhando,
constatado pela alta taxa de natalidade e pela reprodução precoce dessas mulheres. A maior taxa de
fecundação esta entre as jovens de 15 a 19 anos, mas há casos de gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos.
È possível observar, também, que mesmo em quantidade inferiores mulheres entre 40 e 44 anos estão
parindo.
A tabela 5 nos mostra os dados relativos ao quantitativo de nascidos vivos e o tipo de parto. A
Organização Mundial de Saúde preconiza que o índice de partos cesáreos seja de 15% do total de partos.
Em Ouricuri o percentual de partos por via vaginal é de 52,50%, enquanto que o de cesáreos é de 47,13%;
esses dados mostram que o percentual de cesáreos da cidade ainda é alto e está longe do que é
preconizado pela OMS. Porém esse dado confirma mais uma vez a realidade do Brasil, que segundo
dados da OMS, é o país líder no tipo de parto cesáreo. Por isso, é necessária ações de promoção de saúde,
desde as ações nas políticas públicas que venham incentivar a população feminina sobre os benefícios do
parto normal e humanizado, assim como a OMS preconiza. Ainda segunda a tabela podemos ver que a
faixa etária de 20 a 49 anos, consideradas em idade fértil, é a que tem mais filhos, 74% do total de
nascidos vivos, possuem a mãe na faixa etária fértil.
A tabela 6 revela os dados relacionados a raça e cor da mãe o tipo de parto que elas tiveram.
Segundo a tabela a raça que tem mais filhos são as consideradas pardas, 89,6% do total de partos em
2012. E devido ao alto percentual de nascidos vivos de mães pardas, faremos uma comparação desta com
as de outras raças. Quando comparamos as mães pardas com as de outras raças, vemos que o tipo de parto
mais realizado em mães pardas é tipo cesáreo, 90,9 %; enquanto que o do tipo vaginal é de 88,4%.
Demonstrando mais uma vez os altos índices de partos cesáreos.
Os dados da tabela 7 descrevem o número de consultas pré-natais e a idade da mãe. O Ministério
da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo, seis consultas de pré-natal para cada gestante, uma
no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre. Em Ouricuri podemos ver que a
assistência ao pré-natal com as gestantes está de acordo com o que o Ministério da Saúde preconiza, pois,
58,8% destas tiveram 7 ou mais consultas pré-natais em 2012; e 32,8% tiveram de 4 a 6 consultas. Em
relação à idade da mãe, podemos ver que quanto maior a idade da mãe, maior o número de consultas pré-
natais. Pois, quanto comparamos a faixa etária de 10 a 19 anos podemos ver que apenas 23,2% fizeram 7
ou mais consultas pré-natais; mas quando analisamos as de 20 a 49 anos de idade podemos ver o aumento
de número de consultas, com o percentual de 76,8%. E este aumento se enquadra para as análises de 1 a 3
e 4 a 6 consultas também.
A tabela 8 mostra dados que relaciona o tipo de parto e a escolaridade da mãe. Segundo os dados
em Ouricuri as mães possuem uma estimativa maior para 8 a 11 anos de escolaridade, 47,9 %. Quando
analisamos esta instrução da mãe, vemos que de 8 a 11 anos de instrução, a mãe tem mais o parto tipo
cesáreo 53,6%, enquanto que o vaginal em menor índice, 42,6%. Concluímos então que quanto maior o
índice de instrução da mãe maior o preferência pelo parto cesáreo. Quando comparamos a escolaridade da
mãe com nenhuma instrução, 1 a 3 e de 4 a 7 anos, vemos que em todas estas o índice de cesáreo é
menor.
O quadro 2 e 3 nos revela que no município que as doenças infecciosas e parasitárias acometem
mais as crianças de 0 a 9 anos (26,7%). Em 2012 só houve um caso de neoplasia na população de mais de
60 anos. As doenças do aparelho circulatório acometem mais a população de mais de 60 anos ( 32,5%).
As doenças do aparelho respiratório acometem mais a população mais de 60 anos ( 14%). Cerca de 82,9%
da população feminina na faixa etária de 10 a 49 anos está grávida, parindo ou na fase do puerpério. As
lesões enven. alg. out. conseq causas externas é mais comum na população de 0 a 9 anos (26,7%).
O município de Ouricuri deve dá atenção a saúde da mulher e investir em preventivo
ginecológico, pré-natal e obstetrícia, pois 82,9% da população feminina na faixa etária de 10 a 49 anos
está grávida, parindo ou na fase do puerpério.
Para aquilatar a situação de saúde desta localidade é necessário que haja mais afinco na construção
de USF’s, contratação e preparação de uma equipe multidisciplinar qualificada e capacitada para trabalhar
educação em saúde nas comunidades, além de intensificar programas, como o, Posto de Saúde nas
Escolas, para assim fortalecer o vinculo profissional de saúde e adolescente consonantemente a tais
medidas é preciso criar espaços para eles sentirem-se livres a adentrarem á unidade de saúde e tirarem
suas duvidas sobre sua saúde.
OUTROS INDICADORES DE SAÚDE
•Mortalidade infantil.
Que tem como indicadores :
Número de óbitos de residentes com menos de um ano de idade/ Número de nascidos vivos de mães
residentes x 1.000.E também o Índice de crescimento urbano,que engloba a expectativa de vida ao
nascer, educação e PIB do município.
Legenda:
• = Expectativa de vida ao nascer
• = Anos Médios de Estudo
• = Anos Esperados de Escolaridade
• = Produto Interno Bruto (Paridade do Poder de Compra) per capita
As fontes de dados que podem ser acessadas para construção desses indicadores são: o
Departamento de Informática do SUS, mais conhecido como DATASUS, o TABNET uma plataforma
que é acessada através do DATASUS a qual contem informações das Estatísticas Vitais ( Mortalidade e
Nascidos Vivos), Epidemiologia , Morbidade, Indicadores de Saúde, além de informações sobre
Assistência à Saúde da população, os cadastros das redes hospitalares e ambulatoriais, o cadastro dos
estabelecimentos de saúde, além de informações sobre recursos financeiros e informações Demográficas
e Socioeconômicas.
Além do DATASUS outras fontes de dados que podem conter alguns subsídios ,para as questões discutidas no decorrer deste trabalho, seriam o Banco de Dados do Estado de Pernambuco (BDE-PE ) e o Instituo Brasileiro de Geografia e estatística(IBGE).
REFERÊNCIAS
Livro “Ouricuri: História e Genealogia, Raul Aquino, 1982”.
BDE- http://www.bde.pe.gov.br/visualizacao/Visualizacao_formato2.aspx?
codFormatacao=1531&CodInformacao=1283&Cod=3
BRASIL. Ministério da Saúde.. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico.
Brasília: Ministério da Saúde, 2005
BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento / Ministério da Saúde.
Universidade Estadual do Ceará. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
HAIDAR, Fátima Hussein; OLIVEIRA, Urânia Fernandes; NASCIMENTO, Luiz Fernando Costa.
Escolaridade materna: correlação com os indicadores obstétricos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v.
17, n. 4, p. 1025-1029, Aug. 2001
Organização Mundial de Saúde. Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/161442/3/WHO_RHR_15.02_por.pdf?ua=1