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Ana Isabel Santos, Licenciatura em Relações Internacionais - FEUC
Concepções de Justiça
João Cardoso Rosas
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João Cardoso Rosas
0 Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto;0 Mestre em Filosofia Social e Política pela Universidade
do Porto;0 Doutor em Ciências Sociais e Políticas (Área de Teoria
Política) pelo Instituto Universitário Europeu de Florença;
0 Áreas de Investigação de Interesse:0 História das Ideias Políticas; Filosofia Política
Contemporânea; Ética Aplicada; Teorias da Justiça; Direitos Humanos, etc.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Séc XX – Não teorizada diversidade cultural;0 Tema não prioritário no domínio da Filosofia Política;
0 Mudança de paradigma em pouco tempo!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Tema cresceu exponencialmente nas últimas duas décadas;
0 Filosofia política inspirada por acontecimentos mundiais (Ex: fim da Guerra fria);
0 Multiculturalismo mais vísivel;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Formas de multiculturalidade:
0 Diversas comunidades históricas com base territorial (ex: Quebeque, País Basco);
0 Decorrentes da imigração: não tem caracter histórico e uma base territorial sólida;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Paradigmas políticos actuais -> não hospitaleiros para com preocupações multiculturais;
0 Ponto de vista liberal -> ideia da universalidade da cidadania;
0 Igual consideração dos indivíduos independentemente da sua pertença cultural e étnica;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Ponto de vista comunitarista:
0 Solidariedade entre membros da comunidade e de cariz heterogéneo;
0 Pensamento favorável a políticas multiculturalistas;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Charles Taylor:0 Trabalho sobre desenvolvimento ontologia social de
tipo holista;0 Crítico individualismo e liberalismo;
0 Não dá conta da nossa relação com os outros e com os enquadramentos que marcam a identidade humana e permitem avaliações morais;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Comunidade linguística é fundamental, pois, é a interação que define a nossa identidade;
0 Importância do “reconhecimento” de Hegel;
0 Necessidade de nos reconhecermos e, consequentemente, de reconhecermos os outros;
0 EMERGÊNCIA DE IDENTIDADE!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Dois tipos de reconhecimento:
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Reconhecimento por Honra (Nascimento)
Sociedades Tradicionais
Reconhecimento por Dignidade (forma igualitária)
Sociedades Modernas
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Duas formas de política:
0
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
“Política da igual dignidade”:
- Integração todos os indivíduos na esfera da
cidadania;- Apesar das diferenças, todos
os cidadãos são iguais.Objectivo:
UNIVERSALIZAÇÃO DA CIDADANIA!
“Política da diferença” : Cidadania já garantida ;
Objectivo: RECONHECIMENTO DA SUA
DIFERENÇA.
-Manuntenção e protecção da diferença.
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo VWILL KYMLICKA:
0 Reflexão sobre multiculturalidade a partir de uma perspectiva liberal igualitária;
0 Protecção das liberdades básicas -> veículo para realizar algo em determinado contexto para determinar o bem;
0 “Cultura societal”: conjunto de práticas, sentidos, memórias, línguas comuns;
0 Não deve ser vista como histórica e fixada no tempo.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Ligação próxima do indivíduo com a cultura societal;0 Elemento fundamental na vida dos indivíduos (“Bem
social primário de Rawls”);0 Nem todas as culturas gozam do mesmo estatuto!
0 Necessidade de políticas e Direitos multiculturais;0 Proteger no contexto cultural as escolhas individuais com
objectivo de dar valor às liberdades individuais;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
Três tipos de Direitos Multiculturais:
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
DIREITOS DE AUTO-GOVERNO:
- Direito autodeterminação, reservas especiais, políticas federalistas, proteger comunidade cultural dentro de um mesmo Estado.
- Aplicam-se a nações históricas com base territorial.
DIREITOS POLIÉTNICOS:- Protecção de práticas
específicas de grupos sem base territorial, como imigrantes
- Manuntenção da cultura societal
- Concessão direitos especiais (exemplo: usar própria língua tribunal).
DIREITOS ESPECIAIS DE REPRESENTAÇÃO
POLÍTICA:- Reserva no parlamento para
membros de minorias
- Listas eleitorais (inclusão)
- Perpetuação da representação parlamentar.
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
0 Objecção-tipo: Nem todos membros de uma cultura societal minoritária querem o reconhecimento da sua diferença!
Argumentos antimulticulturalistas:DAVID MILLER (Republicanismo):
0 Exercício activo da cidadania -> comunidade definida por FRONTEIRAS;
0 Conceito nação ligado com espaço cívico;0 Construção comum através da cidadania e NÃO através de
políticas multiculturalistas.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V
BRIAN BARRY (Liberal Igualitário):
0 Contra Taylor e Kymlicka;0 Ideia de comunidade cultural distinta: não justifica a
necessidade de Direitos especiais;0 Defende cidadania igual para todos, porém, o Estado
deve ser neutro quanto a pertenças culturais; Políticas multiculturais -> agravam problemas;
0 Não cabe ao Estado traçar diferentes identidades culturais.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 Filosofia Política da Globalização – atrasada, ainda a dar os primeiros passos;
0 Áreas importantes em estudo: Filosofia Direitos Humanos, Direito Internacional de Direitos Humanos, Filosofia das Migrações, Filosofia do Ambiente, etc.
0 Maior abordagem a partir do séc XXI;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 TEORIA DA JUSTIÇA GLOBAL NO SENTIDO ECONÓMICO OU DE DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS E DA RIQUEZA, A NÍVEL GLOBAL
0 Não teorização NÃO por esquecimento mas por OPOSIÇÃO à ideia de justiça global.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 Pensadores + igualitários -> descartam possibilidade de uma justiça distributiva global;
0 Comunitaristas -> a justiça não pode ser pensada a partir de um universalismo abstrato;
0 A comunidade global não pode emergir globalmente, é uma ficção! Justiça é LOCAL e não global.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
20
Uma Justiça Global? CapítuloVI
Liberalismo igualitário recusa, porque:
0 “Lei dos povos” de Rawls: fundamentos filosóficos de Direito Internacional -> limites morais à soberania dos Estados e não transfere para nível global a teorização liberal igualitária de justiça.
0 Representante de povos, não de indivíduos!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 Rawls recusa princípios justiça para um modo global dado que os povos e o seu desenvolvimento não pode ser separado de factores culturais;
0 DESACORDOS ENTRE LIBERAIS IGUALITÁRIOS!0 Charles Beitz e Thomas Pogge estão INSATISFEITOS
com tese de Rawls;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
22
Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 BEITZ – “Justiça como equidade”0 Ordem Internacional cada vez + idêntica à estrutura
de uma sociedade doméstica;0 Neocontratualismo possui todas as condições para
fornecer fundamentos filosóficos de uma concepção de justiça básica para a escala internacional.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
BEITZ:0 Cooperação internacional interligada com
interdependências;0 Regras globais: enquadramento institucional (OIT,
FMI, OMC);0 Cooperação: necessidade de um conjunto de
princípios de justiça.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
POSIÇÃO ORIGINAL GLOBAL0 “Tese forte”: defesa do princípio da diferença como
princípio de justiça. Contras: dificuldades de aceitação do princípio das diferenças, agravando-se no plano Internacional.
0 “Tese fraca”: ideia que não podemos rejeitar e pensar na justiça distributiva a nível global.
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
THOMAS POGGE0 Desigualdades económicas e sociais são ACEITÁVEIS
caso todos vivam com o mínimo suficiente (ex: mais do que 1 dólar diário);
0 Estrutura básica global -> responsável pelas desigualdades.
0 “Privilégio de acesso a recursos naturais”0 “Privilégio de acesso a empréstimos da banca
Internacional”
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
0 Corrupção;0 Esgotamento de recursos e questão do futuro ser
insustentável;0 Assistência dos povos mais desfavorecidos de Rawls -
> ESSENCIAL!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
CONCLUSÕES:0 Desconfianças são naturais;0 Moralidade entre cidadãos é diferente da que liga
todos os seres humanos;0 Estado Democrático -> exigir obediência cidadãos;0 Fora do Estado: indivíduos não tem obrigações para o
Estado e o Estado não tem obrigações de justiça;
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
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Uma Justiça Global? CapítuloVI
CONCLUSÕES:0 Justiça global = Estado global;0 “Princípio de utilidade” -> Peter Singer -> ajuda por
UTILIDADE e não por JUSTIÇA;0 Ajudar os mais pobres desde que não implique
sacríficios FUNDAMENTAIS na vida dos países pais ricos.0 SERÁ A JUSTIÇA E DISTRIBUIÇÃO ECONÓMICA
GLOBAL POSSÍVEL?!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014
Obrigada pela atenção!
Segunda-feira, 31 de Março de 2014 29