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Ana Isabel Santos, Licenciatura em Relações Internacionais - FEUC Concepções de Justiça João Cardoso Rosas

Trabalho de Sociologia RI - Concepções de Justiça (2)

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Ana Isabel Santos, Licenciatura em Relações Internacionais - FEUC

Concepções de Justiça

João Cardoso Rosas

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João Cardoso Rosas

0 Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto;0 Mestre em Filosofia Social e Política pela Universidade

do Porto;0 Doutor em Ciências Sociais e Políticas (Área de Teoria

Política) pelo Instituto Universitário Europeu de Florença;

0 Áreas de Investigação de Interesse:0 História das Ideias Políticas; Filosofia Política

Contemporânea; Ética Aplicada; Teorias da Justiça; Direitos Humanos, etc.

Segunda-feira, 31 de Março de 2014

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Séc XX – Não teorizada diversidade cultural;0 Tema não prioritário no domínio da Filosofia Política;

0 Mudança de paradigma em pouco tempo!

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Tema cresceu exponencialmente nas últimas duas décadas;

0 Filosofia política inspirada por acontecimentos mundiais (Ex: fim da Guerra fria);

0 Multiculturalismo mais vísivel;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Formas de multiculturalidade:

0 Diversas comunidades históricas com base territorial (ex: Quebeque, País Basco);

0 Decorrentes da imigração: não tem caracter histórico e uma base territorial sólida;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Paradigmas políticos actuais -> não hospitaleiros para com preocupações multiculturais;

0 Ponto de vista liberal -> ideia da universalidade da cidadania;

0 Igual consideração dos indivíduos independentemente da sua pertença cultural e étnica;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Ponto de vista comunitarista:

0 Solidariedade entre membros da comunidade e de cariz heterogéneo;

0 Pensamento favorável a políticas multiculturalistas;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Charles Taylor:0 Trabalho sobre desenvolvimento ontologia social de

tipo holista;0 Crítico individualismo e liberalismo;

0 Não dá conta da nossa relação com os outros e com os enquadramentos que marcam a identidade humana e permitem avaliações morais;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Comunidade linguística é fundamental, pois, é a interação que define a nossa identidade;

0 Importância do “reconhecimento” de Hegel;

0 Necessidade de nos reconhecermos e, consequentemente, de reconhecermos os outros;

0 EMERGÊNCIA DE IDENTIDADE!

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Dois tipos de reconhecimento:

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Reconhecimento por Honra (Nascimento)

Sociedades Tradicionais

Reconhecimento por Dignidade (forma igualitária)

Sociedades Modernas

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Duas formas de política:

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“Política da igual dignidade”:

- Integração todos os indivíduos na esfera da

cidadania;- Apesar das diferenças, todos

os cidadãos são iguais.Objectivo:

UNIVERSALIZAÇÃO DA CIDADANIA!

“Política da diferença” : Cidadania já garantida ;

Objectivo: RECONHECIMENTO DA SUA

DIFERENÇA.

-Manuntenção e protecção da diferença.

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo VWILL KYMLICKA:

0 Reflexão sobre multiculturalidade a partir de uma perspectiva liberal igualitária;

0 Protecção das liberdades básicas -> veículo para realizar algo em determinado contexto para determinar o bem;

0 “Cultura societal”: conjunto de práticas, sentidos, memórias, línguas comuns;

0 Não deve ser vista como histórica e fixada no tempo.

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Ligação próxima do indivíduo com a cultura societal;0 Elemento fundamental na vida dos indivíduos (“Bem

social primário de Rawls”);0 Nem todas as culturas gozam do mesmo estatuto!

0 Necessidade de políticas e Direitos multiculturais;0 Proteger no contexto cultural as escolhas individuais com

objectivo de dar valor às liberdades individuais;

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

Três tipos de Direitos Multiculturais:

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DIREITOS DE AUTO-GOVERNO:

- Direito autodeterminação, reservas especiais, políticas federalistas, proteger comunidade cultural dentro de um mesmo Estado.

- Aplicam-se a nações históricas com base territorial.

DIREITOS POLIÉTNICOS:- Protecção de práticas

específicas de grupos sem base territorial, como imigrantes

- Manuntenção da cultura societal

- Concessão direitos especiais (exemplo: usar própria língua tribunal).

DIREITOS ESPECIAIS DE REPRESENTAÇÃO

POLÍTICA:- Reserva no parlamento para

membros de minorias

- Listas eleitorais (inclusão)

- Perpetuação da representação parlamentar.

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

0 Objecção-tipo: Nem todos membros de uma cultura societal minoritária querem o reconhecimento da sua diferença!

Argumentos antimulticulturalistas:DAVID MILLER (Republicanismo):

0 Exercício activo da cidadania -> comunidade definida por FRONTEIRAS;

0 Conceito nação ligado com espaço cívico;0 Construção comum através da cidadania e NÃO através de

políticas multiculturalistas.

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Justiça e Multiculturalismo Capítulo V

BRIAN BARRY (Liberal Igualitário):

0 Contra Taylor e Kymlicka;0 Ideia de comunidade cultural distinta: não justifica a

necessidade de Direitos especiais;0 Defende cidadania igual para todos, porém, o Estado

deve ser neutro quanto a pertenças culturais; Políticas multiculturais -> agravam problemas;

0 Não cabe ao Estado traçar diferentes identidades culturais.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 Filosofia Política da Globalização – atrasada, ainda a dar os primeiros passos;

0 Áreas importantes em estudo: Filosofia Direitos Humanos, Direito Internacional de Direitos Humanos, Filosofia das Migrações, Filosofia do Ambiente, etc.

0 Maior abordagem a partir do séc XXI;

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 TEORIA DA JUSTIÇA GLOBAL NO SENTIDO ECONÓMICO OU DE DISTRIBUIÇÃO DOS RENDIMENTOS E DA RIQUEZA, A NÍVEL GLOBAL

0 Não teorização NÃO por esquecimento mas por OPOSIÇÃO à ideia de justiça global.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 Pensadores + igualitários -> descartam possibilidade de uma justiça distributiva global;

0 Comunitaristas -> a justiça não pode ser pensada a partir de um universalismo abstrato;

0 A comunidade global não pode emergir globalmente, é uma ficção! Justiça é LOCAL e não global.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

Liberalismo igualitário recusa, porque:

0 “Lei dos povos” de Rawls: fundamentos filosóficos de Direito Internacional -> limites morais à soberania dos Estados e não transfere para nível global a teorização liberal igualitária de justiça.

0 Representante de povos, não de indivíduos!

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 Rawls recusa princípios justiça para um modo global dado que os povos e o seu desenvolvimento não pode ser separado de factores culturais;

0 DESACORDOS ENTRE LIBERAIS IGUALITÁRIOS!0 Charles Beitz e Thomas Pogge estão INSATISFEITOS

com tese de Rawls;

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 BEITZ – “Justiça como equidade”0 Ordem Internacional cada vez + idêntica à estrutura

de uma sociedade doméstica;0 Neocontratualismo possui todas as condições para

fornecer fundamentos filosóficos de uma concepção de justiça básica para a escala internacional.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

BEITZ:0 Cooperação internacional interligada com

interdependências;0 Regras globais: enquadramento institucional (OIT,

FMI, OMC);0 Cooperação: necessidade de um conjunto de

princípios de justiça.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

POSIÇÃO ORIGINAL GLOBAL0 “Tese forte”: defesa do princípio da diferença como

princípio de justiça. Contras: dificuldades de aceitação do princípio das diferenças, agravando-se no plano Internacional.

0 “Tese fraca”: ideia que não podemos rejeitar e pensar na justiça distributiva a nível global.

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

THOMAS POGGE0 Desigualdades económicas e sociais são ACEITÁVEIS

caso todos vivam com o mínimo suficiente (ex: mais do que 1 dólar diário);

0 Estrutura básica global -> responsável pelas desigualdades.

0 “Privilégio de acesso a recursos naturais”0 “Privilégio de acesso a empréstimos da banca

Internacional”

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

0 Corrupção;0 Esgotamento de recursos e questão do futuro ser

insustentável;0 Assistência dos povos mais desfavorecidos de Rawls -

> ESSENCIAL!

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

CONCLUSÕES:0 Desconfianças são naturais;0 Moralidade entre cidadãos é diferente da que liga

todos os seres humanos;0 Estado Democrático -> exigir obediência cidadãos;0 Fora do Estado: indivíduos não tem obrigações para o

Estado e o Estado não tem obrigações de justiça;

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Uma Justiça Global? CapítuloVI

CONCLUSÕES:0 Justiça global = Estado global;0 “Princípio de utilidade” -> Peter Singer -> ajuda por

UTILIDADE e não por JUSTIÇA;0 Ajudar os mais pobres desde que não implique

sacríficios FUNDAMENTAIS na vida dos países pais ricos.0 SERÁ A JUSTIÇA E DISTRIBUIÇÃO ECONÓMICA

GLOBAL POSSÍVEL?!

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Obrigada pela atenção!

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