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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo retratar a Controladoria como unidade de
negócio. O atual cenário de negócios é um desafio permanente à gestão dos
negócios empresariais. As empresas buscam, de maneira intensiva, meios
para se adequarem e reagirem às constantes mudanças ambientais por meio
da otimização do desempenho e do controle empresarial, a fim de se manterem
agregando valor a seus acionistas, clientes e colaboradores. A atuação do
órgão Controladoria pode ser visto por duas vertentes: a primeira como
unidade de negócio que facilita a disseminação das informações as demais
unidades da organização para que consigam trabalhar suas estratégias;
segunda, como um órgão da administração que procura alinhar o processo
estratégico de decisões de cada área que compõe a organização, com o intuito
de todos atingir os objetivos estratégicos da empresa.
1. INTRODUÇÃO
O mercado é dinâmico e as organizações necessitam está em constante
renovação para se adequarem e reagirem a contento perante todos os seus
stakeholder e compreender o cenário atual e suas tendências de negócio são
crucial para elaboração de estratégias bem definidas, atrelada ao controle
eficiente é o caminho para que a organização cumpra com a sua missão.
A controladoria, nesse contexto, gerencia informações de controle e
avaliação de desempenho da organização, no qual motivam e coordenam
ações de diversos gestores na tomada de decisão.
Nesse ambiente altamente competitivo e stressantes, as organizações
tiveram a percepção que as pessoas são o seu maior patrimônio e que os seus
pontos fortes devem ser instigados, por isso buscam modelos de gestão para
garantir a sua eficiência e eficácia.
A ferramenta de gestão M.A.R.E (M de mediador, A de análise, R de
recepção, E de empreendimento). tem como finalidade integrar, atualizar e
motivar os colaboradores para a construção de empresa dinâmica e
competitiva, que busca e excelência no cumprimento de sua missão.
2. GESTÃO DE NEGÓCIO
Conforme Chiavenato (1994, p.3), administrar é "interpretar os objetivos
propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de
planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados
em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais
objetivos".
Diante das mudanças frequentes, é necessário realizar um planejamento
estruturado e formalizado para viabilizar o conjunto de diretrizes estratégica,
assim, obtendo a eficácia desejada.
Nesse contexto, é necessário que todos os departamentos da
organização estejam com os objetivos bem definidos, no qual a soma dos
esforços, resultarão no alcance das metas, que não deve está atrelado apenas
ao lucro, mas no seu fortalecimento.
2.1 Modelo de gestão
Para Figueiredo e Caggiano (1997, p.30) o modelo de gestão é, "em
síntese, um grande modelo de controle, pois nele são definidas as diretrizes de
como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como a empresa vai ser
administrada". Diante exposto, depreende-se que o modelo de gestão deve
esclarecer a maneira como se pretende delinear a gestão.
O processo de gestão deve apoiar ao processo decisório. Para Pereira
(1999, p.58) "o processo de gestão deve assegurar que a dinâmica das
decisões tomadas na empresa conduzam-na efetivamente ao cumprimento de
sua missão, garantindo-lhe adaptabilidade e o equilíbrio necessário à sua
continuidade".
2.2 Planejamento
Segundo Drucker (1998, p.136) "o planejamento começa pelos objetivos
da empresa. Em cada área desses objetivos, é preciso formular a pergunta:
Que temos que fazer agora para alcançar amanhã os nossos objetivos?". Para
isso, necessário a integração entre profissionais de várias especialidades num
contínuo esforço de colaboração, tarefa que a controladoria se encarrega de
coordenar.
O planejamento é um dos instrumentos mais salientes à controladoria,
serve de base para analisar o hipotético comportamento futuro da empresa.ou
seja, envolve a avaliação e tomada de decisões em cenários prováveis, com o
objetivo de atingir uma situação futura almejada. De modo geral, o processo de
planejamento estrutura-se nas fases de planejamento estratégico e
planejamento operacional.
O planejamento estratégico pode ser compreendido como um plano
unificado, abrangente e integrado, que tem como finalidade garantir que os
objetivos básicos sejam alcançados. Mintzberg e Quinn (2001, p.26) afirmam
que, "para qualquer um que você pergunte, estratégia é um plano – algum tipo
de curso de ação conscientemente engendrado, uma diretriz (ou conjunto de
diretrizes) para lidar com uma determinada situação".
Para Oliveira (1988, p.56-57) "o planejamento operacional trabalha com
objetivos estabelecidos no planejamento estratégico e, por isso, é desenvolvido
em níveis hierárquicos inferiores da organização, visando a utilização eficiente
dos recursos disponíveis para a consecução dos objetivos previamente
definidos". Desta forma, o planejamento estratégico é definido pela alta
administração. enquanto o planejamento operacional é assumido e executado
pelas gerências e encarregados de área.
Os planos auxiliam para que a organização visualize possíveis
resultados econômicos e financeiros, que deverão está de atrelado ao alcance
das metas e aos objetivos programados, que levará a empresa a atingir sua
missão e propósitos básicos.
2.3 Execução
Nessa etapa, estabelecem as ações para que o planejamento
operacional possa assumir o seu papel, dinamizando o conjunto de atividades
que melhor propiciará a obtenção dos objetivos e metas previstos. Robbins
(2000, p.33) enfatiza que este processo "abrange a determinação das tarefas
que serão realizadas, quem irá executá-las, como agrupá-las, quem se
reportará a quem e quem tomará as decisões".
Ainda, identificam e simulam situações para optar pelas melhores
alternativas capazes de conduzir a organização à eficácia, assim, na execução,
as possíveis falhas foram minimizadas, com maiores chances de que os
objetivos e metas descritas nos planejamentos estratégico e operacional sejam
cumpridas.
Nesse contexto, as informações do desempenho realizado são
acumuladas, permitindo, na fase de controle, compará-los aos planos e
padrões pré-estabelecidos. Com essa análise proporcionará a correção de
desvios e alimentação de um novo ciclo de retroalimentação do planejamento.
2.4 Controle
Nesta etapa, visa assegurar que os objetivos planejados sejam
realizados conforme previsto, apoiando-se na avaliação de resultados e
desempenhos explícitos pelo planejamento, que norteiam os gestores em sua
coordenação.
Os gestores, nessa fase, têm a preocupação em assegurar que os
recursos obtidos e sua aplicação na realização dos objetivos sejam utilizados
de forma otimizada, seguindo os planos estabelecidos.
Conforme Figueiredo e Caggiano, o controle está ligado à função de
planejamento, pois propõe assegurar que as atividades estejam em
conformidade com os planos.
Figura 01: Ligação Planejamento, Controle e Operações
Fonte: Figueiredo e Caggiano (2008, p. 30). Adaptado pelas autoras.
Funciona como um sistema de feedback, que possibilita que os
desempenhos sejam comparados com o planejado. Torna-se ferramenta
indispensável na realização do planejamento de longo e curto prazo.
A controladoria, nesse contexto, torna-se uma unidade de negócio
estruturada, voltada para o suporte da coordenação, no qual dispõe de
informações pertinentes no apoio a tomada de decisão.
3. UNIDADE DE NEGÓCIO
Unidade de negócio é um conjunto de pessoas, processos e tecnologias
que se unem para processar energia e informações (conhecimento)
provenientes da sociedade e gerar produtos ou serviços para satisfazer às
necessidades dessa sociedade (Campos, 1992).
Em uma empresa de grande porte, seus departamentos e setores
podem ser considerados como unidade de negócio. Os contabilistas adotam
como centro de custos e para alguns executivos, um centro de resultados.
As empresas em sua maioria atuam em negócios que envolvem
variados segmentos, que podem ser considerados muito lucrativos ou por
algumas vezes não. O gerenciamento da empresa como um todo,
desconsiderando os desempenhos individuais das unidades, não possibilita a
avaliação do negócio em cada segmento, logo surge necessidade da
administração por unidade de negocio. Cada empresa deve analisar e
considerar suas próprias características, buscando o melhor modelo divisional
de gerenciamento.
A tendência é considerar a unidade de negócio como uma área que só
gera gastos para a organização. No entanto, se bem administrado, a economia
gerada favorece a saúde financeira da empresa. Cada setor deve ser
analisado, periodicamente, no que se refere a gastos e/ou receitas geradas
para a empresa. Ao final de um determinado período pode-se comparar o
desempenho do setor e se avaliar se houve melhora ou piora nos indicadores.
4. CONTROLADORIA
Conforme Schmidt e Santos (2009, p.13), inicialmente a controladoria
auxiliavam as operações de negócio, no qual, calculava e controlava os custos
operacionais, desde a contratação de novos funcionários, compra de materiais
ou até mesmo, controle financeiro para a organização expandir-se. Mas essa
função burocrática sofreu mudanças, com o avanço tecnológico e com a
globalização, a controladoria passou a ter a visão sistêmica do negócio, a sua
finalidade não resume em entender apenas cadeia de valor da organização,
mas conhecer o mercado, entender o funcionamento, suas tendências, uma
visão micro e macroeconômica.
As principais funções da controladoria neste cenário globalizado são:
a) elaborar, manter e sistematizar planos operacionais sólidos com os
objetivos da instituição, ou seja diretamente relacionado com a missão
da organização;
b) organizar, analisar e entender o que será disponibilizado no sistema
integrado (ERP Enterprise Resource Planning), que servirá de base para
a tomada de decisão e preparação das demonstrações disponibilizadas
para o governo, acionistas, instituições financeiras, fornecedores e
público em geral, ou seja, todos os stakholderes;
c) manter atualizados os custos gerenciais de toda a organização para que
as informações possam ser seguras, pois servirão de base para o
controle do negócio;
Ou seja, a controladoria surgiu para ampliar e difundir o entendimento do
processo de gestão. Identifica quais os fatores estão contribuindo para a
eficiência e eficácia das operações, para assegurar a continuidade do negócio
pela geração contínua de resultados econômicos favoráveis.
4.1 A Missão da Controladoria
A Controladoria tem uma missão exclusiva e, conseqüentemente,
objetivos a serem alcançados, é uma unidade que pode ser mais bem
caracterizado como um órgão de staff ou de linha, ainda que, nas suas funções
em relação às demais atividades internas da companhia, as características
serem mais de um órgão de apoio.
A missão da empresa é atender as necessidades de seus clientes e isto
está explicito nos produtos ou serviços oferecidos por ela. A sua missão deriva
de suas crenças e valores. Para a entrega de bens ou serviços e o processo de
produção, a empresa é dividida em áreas de responsabilidade, onde são
agrupadas as especialidades do conhecimento humano, que permite a
otimização dos diversos processos necessários para desenvolver, produzir e
entregar os produtos e serviços à sociedade. Para que isso ocorra, ela
necessita de informações que, em termos de enfoque sistémico, é o
subsistema de informação, que pode ser classificado em duas grandes áreas:
Os sistemas de informação de apoio às operações, que privilegiam as
informações necessárias ao planejamento, execução e controle das
atividades operacionais.
Os sistemas de informações de apoio à gestão, que têm por objetivo o
controle econômico da empresa.
A missão da Controladoria é suportar todo o processo de gestão
empresarial por intermédio de seu sistema de informação, que é um sistema de
apoio à gestão. O sistema de informação de Controladoria é integrado com os
sistemas operacionais e tem como característica essencial à mensuração
econômica das operações para planejamento, controle e avaliação dos
resultados e desempenho dos gestores das áreas de responsabilidade. Cabe à
Controladoria o processo de assegurar a eficácia da empresa, mediante o
controle das operações e seus resultados planejados. Quando do planejamento
das atividades empresariais, a empresa espera atingir determinados objetivos
econômicos para satisfazer os acionistas do empreendimento, e esses
objetivos são o ponto central de atuação da Controladoria.
4.2 O perfil do Controller
O controller surgiu no início do século XX, dentro da evolução
administrativa das grandes corporações americanas. Em 1920, o controller já
aparece nos organogramas das administrações centrais da General Motors
como “Comptroller” e na Dupont em 1921 como “Treasurer Assistant
Comptroller”.
No final da década de 70, publicação como a de Kanitz (1977),
destacava que os primeiros controladores foram recrutados entre os homens
responsáveis pelo departamento de contabilidade ou então pelo departamento
financeiro da empresa, deixando bem claro que a Controladoria não é apenas
administrar o sistema contábil da empresa. Por isso os conhecimentos de
contabilidade ou finanças não são únicos, embora fundamentais, para o
desempenho de tal função.
Segundo Peters (2004, p. 2), O controller é uma figura essencial na
responsabilidade econômica do gestor, ao dar condições efetivas de
gerenciamento e monitoramento econômico da sociedade, e nas ações
internas ou externas a ela – que afetam o status econômico desta sociedade.
Siqueira e Soltelinho (2001) em estudo exploratório realizado a partir de
anúncios requisitando controller’s observam que o uso do profissional de
Controladoria pelas organizações brasileiras, acompanha ciclicamente
momentos bons da economia, então coincidindo com investimentos
externos.Tal observação aponta para o surgimento da figura desse profissional,
no pais, ainda na década de 50. Concluem os autores, salientando que a
análise aponta para um profissional de sólida formação e com visão
estratégica. O primeiro anúncio demandava profissionais com conhecimento
dos princípios contábeis americanos, legislação brasileira e que ele seria o
responsável pela tesouraria. As demandas foram variando ao longo dos anos e
em 1999, último ano pesquisado, as funções a serem desempenhados pelos
que preenchessem as vagas de controller oferecidas eram de:
a) Planejamento para o controle
b) Relatórios e interpretação
c) Administração Tributária
d) Relatórios para o governo
e) Proteção de ativos
Tradicionalmente, o controller não ocupa posição hierárquica de
comando, mas de staff junto ao mais alto nível de uma organização, prestando
serviços de gestão de informações para apoio ao processo decisório e
acompanhando a evolução das atividades da empresa. É um profissional que
conhece profundamente a empresa e o negócio em que ela atua.
Este profissional deve ter uma visão voltada ao futuro das atividades da
companhia, fazendo um balanço entre o planejamento administrativo definido
no passado e os eventos que ocorrem no presente, destacando as implicações
dos eventuais desvios no futuro da empresa. É do controller a responsabilidade
pelo planejamento e implantação de um sistema de informações adequado aos
diversos níveis da companhia.
Nos tempos atuais, de avanços tecnológicos acelerados e de ciclos de
mudança cada vez menores, aliados às constantes modificações nas
legislações que ocorrem-nos diversos mercados em que as empresas atuam, o
controller deve ser um profissional multifuncional, com conhecimento e
experiências nas áreas contábil, financeira e administrativa.
Formalmente, o controller deve apresentar formação em contabilidade,
com conhecimentos avançados em sistemas de informações gerenciais,
tecnologia da informação, aspectos legais dos negócios e visão empresarial,
métodos quantitativos de análise de informação e processos de produção de
bens e serviços.
Na prática, as ofertas de vagas disponíveis para a posição incluem
fluência em inglês, conhecimentos e experiências em elaboração de relatórios
de resultados conforme os USGAAP, atuação em sistemas integrados de
gestão, como SAP, e conhecimentos profundos em planejamento estratégico e
tributário. São citados como diferenciais o conhecimento em sarbanes-oxley e
aplicação de ferramentas de avaliação como o Balanced Scorecard.
O Controller é o profissional que gerência uma série de atividades chave
na empresa, monitora os ativos e entrega os demonstrativos financeiros. Fator
chave diz respeito à alta necessidade de ser o Controller preparado para
exercer uma interação ampla com os vários departamentos da empresa.
Por outro lado o Controller tem um fundamental papel de coordenar uma
equipe capacitada e preparada para fazer face às modernas atribuições da
função contábil.
4.3 Controladoria em Relação com Outras Áreas da Empresa
Uma empresa só se mantém por meio de seus resultados positivos. No
momento em que apresenta resultados negativos, e esse quadro perdura por
algum tempo, sua sobrevivência está comprometida.
O modelo de gestão da empresa inclui toda a estrutura organizacional,
ou seja, os diversos processos que compõem o todo, denominados áreas. A
missão de todas as áreas de uma empresa é dar suporte à gestão dos
negócios, de modo a assegurar que ela atinja seus objetivos.
A controladoria está interligada com todas as áreas de um negócio,
como vendas, suprimentos, produção, finanças, recursos humanos etc. Essas
áreas atuam de forma independente, porém visando a um único objetivo
comum.
Essa atitude pode diminuir o resultado de determinada área, com
repercussões negativas no resultado global. Portanto, cabe à controladoria
integrar e agrupar os dados e as informações entre as áreas e os objetivos da
empresa.
A controladoria é o elo entre clientes internos e também o instrumento
de mensuração dos resultados da empresa e deve funcionar de forma eficiente.
Conforme Peleias (2002), a existência de uma área com as
características, funções e propósitos até aqui relatados representa importante
contribuição para a eficácia empresarial e para garantia da sobrevivência e
crescimento das organizações. Entretanto, é possível que, em algumas
empresas, não exista uma área específica de controladoria, em razão de
fatores, como porte, cultura organizacional ou estágio de desenvolvimento
gerencial. Ainda assim, é necessário identificar a área que fará esse papel.
Figura 2: Ligação da Controladoria com outras áreas
4.4 Controladoria como Unidade de Negócio e Suporte à Gestão
Sendo compreendida, como uma unidade de negócio, responsabiliza-se
pelo projeto, implementação, coordenação e disseminação de informações. A
controladoria age dentro de suas próprias percepções sobre a gestão
empresarial, reunindo teorias, conceitos e métodos, que servirão como órgão
integrador e coordenador eficaz dos gestores.
Segundo Almeida, Parisi e Pereira (1999, p.372) enfatizam que os
objetivos da controladoria, tendo em vista a sua missão estabelecida, são:
a) promoção da eficácia organizacional;
b) viabilização da gestão econômica;
c) promoção da integração das áreas de responsabilidade.
A missão e os objetivos da controladoria deverão está voltados ao
cumprimento da missão e continuidade da empresa, arquitetado por meio da
coordenação dos esforços dos vários gestores existentes em todos os níveis
da organização. Assim, a controladoria serve como indutora da evolução da
cultura organizacional, que promove a melhoria da qualidade das decisões,
envolve a implementação de um conjunto de ações, cujos resultados
consolidam-se em informações de orientação e controle disponibilizados aos
gestores.
No apoio ao planejamento, observa-se muita aflição e incerteza quanto à
avaliação e aceitação dos planos realizados pela organização rumo à eficácia,
o foco da controladoria e das demais áreas da empresa devem disponibilizar
instrumentos que amenizem essas incertezas.
Alguns princípios devem guiar o desempenho da controladoria no apoio
ao planejamento empresarial. Mosimann e Fisch (1999, p.118-119) consideram
os seguintes:
a) viabilidade econômica dos planos, frente às condições ambientais
vigentes à época do planejamento;
b) objetividade: os planos têm de ter potencial para produzir o melhor
resultado econômico;
c) imparcialidade: no favorecimento de áreas em detrimento do resultado
global da empresa; e
d) visão generalista: conhecimento do impacto, em termos econômicos,
que o resultado de cada área traz para o resultado global da empresa.
A controladoria, no apoio ao planejamento estratégico, assegura que os
gestores definam o melhor conjunto de diretrizes estratégicas que irá conduzir
a empresa para cumprir sua missão. Assim, a controladoria capta do ambiente
externo informações para formulação de projeção de cenários, paralelamente
ao estudo dos pontos fortes e fracos da empresa, com a finalidade de viabilizar
as decisões envolvidas nesse processo.
Já no planejamento operacional, cabe à controladoria intervir para que
os resultados econômicos sejam alcançados. Há nesse tipo de planejamento
uma participação mais atuante da controladoria, a qual desempenha o papel de
administradora do planejamento operacional, pois, em conjunto com os
gestores de cada área, estabelece, quantifica, analisa, seleciona e aprova os
planos.
A controladoria no apoio da execução desenvolve ações para
operacionalizar os planos, deforma a dinamizar a gestão. Mosimann e Fisch
(1999, p.115) acreditam que "a etapa de execução acontece após definidos os
planos operacionais, inclusive com as especificações em termos quantitativos,
das medidas adotadas, ocorre a fase em que os gestores fazem as coisas
acontecerem, com a utilização dos recursos disponíveis, de acordo com o que
foi anteriormente planejado".
A função da controladoria, neste momento, está direcionado para a
organização e cooperação da implementação dos projetos específicos de cada
área, sejam eles, processos logísticos, de produção ou administrativos, assim,
a controladoria procura organizar e direcionar os esforços dos executores para
a consecução das diretrizes esboçadas no planejamento.
Quanto a controladoria no apoio ao controle, identifica-se se cada área
está alcançando seus objetivos, dentro do que fora planejado e orçado. Vale
ressaltar que é necessário avaliar o seu desempenho de atuação, de modo
coerente e ética a seus princípios.
Além disso, tem como objetivo de controle elaborar comparativo se o
que foi planejado, foi efetivamente realizado nos aspectos econômico-
financeiros, na busca da eficácia empresarial.
Figura 3: Controle organizacional
Fonte: Nascimento e Reginato (2006), modificado pelo autor.
5. FERRAMENTA DE GESTÃO M.A.R.E
Criada Prof. Dr. Roberto Coda, da FEA/USP, é considerada uma
ferramenta que possibilita o diagnóstico de competências motivacionais
fundamentada na metodologia M.A.R.E., siglas que significam M de mediador,
A de análise, R de recepção e E de empreendimento.
5.1 A importância das Pessoas
Conforme Fundação Fia (2011), é necessário aceitar e respeitas os
diferentes comportamentos, embora não seja tão simples, é necessária a
interação entre essa heterogeneidade para gerar resultados satisfatórios,
garantindo a produtividade e clima organizacional adequado para o melhor
desempenho na realização dos trabalhos.
Necessário parar de aplicar rótulos as pessoas, mas realizar um trabalho
de conscientização e o entendimento das diferentes orientações motivacionais,
assim, aproveitando o que cada indivíduo tem de melhor, isso se dá através
das percepções do comportamento humano nas empresas, com o apoio de um
sistema validado dentro da realidade brasileira.
5.2 Uso das Orientações Motivacionais
Explorar a participação ativa, de modo eficaz dos colaboradores, para
ser exposto vários pontos de vistas, combinar os potenciais com requisitos da
função, com análise individual dos pontos fortes e fracos, alavancará a
motivação dos envolvidos e consequentemente, a empresa ganhará maior
produtividade, por explorar de forma sábia os pontos mais relevantes de cada
um.
Negociar de forma concisa os problemas e conflitos, não considerando
razões pessoas, mas encarar cada situação de forma a contribuir com todo o
grupo.
Buscar mecanismos que evitem os gargalos para o bom andamento do
processo, reduzindo significativamente o seu nível de stress, motivando a
sinergia, assim, as orientações motivacionais torna-se direcionadas, agregando
valor para a organização.
As aplicações básicas das orientações motivacionais do M.A.R.E.
podem ser desenvolvidas de acordo com:
perfil do executivo brasileiro;
capitalizando os pontos fortes;
controle das orientações motivacionais sob pressão;
desenvolvendo a orientação motivacional negligenciada.
De acordo com o M.A.R.E. planejamento de atitudes e orientações
motivacionais respeitam:
relacionamento pessoal com as outras orientações motivacionais;
relacionamento pessoal com o superior imediato;
aperfeiçoamento do desempenho individual no trabalho;
utilização das orientações motivacionais no exercício da liderança.
Firura 04: Sistema M.A.R.E.Fonte: CODA, Roberto (Fundação FEA/USP,)
Essa ferramenta de gestão tem como objetivo integrar, atualizar e
motivar os colaboradores para a construção de empresa dinâmica e
competitiva, que busca e excelência no cumprimento de sua missão.
O M.A.R.E. permite que os treinamentos de formação gerencial e de
desenvolvimento de supervisores tenham total integração e a sintonia de
linguagem, melhorando o relacionamento, transformando sinergia entre as
equipes, assim, aumenta a satisfação no trabalho e melhores resultados.
6. CONCLUSÃO
O trabalho buscou expor a importância do papel da controladoria no
processo de gestão das organizações, no qual oferecem o suporte aos
gestores na tomada de decisão. Através de instrumentos de controle de
gestão, aperfeiçoam os planejamentos e suas ações, buscando a eficiência e
eficácia nos processos através da avaliação constante do que foi orçado do
realizado.
Sendo assim, pode-se entender que a área de Controladoria
desempenha um papel importante na eficácia empresarial, tendo como missão
a geração de informações transparentes e seguras para as tomadas de
decisões dos gestores no âmbito da organização.
É importante salientar que mesmo que a posição da área de
Controladoria possa variar de empresa para empresa, suas responsabilidades,
ou seja, seu papel como unidade de negócio continua inalterado. Caso
aconteça, é papel da controladoria fazer que problemas como este sejam
superados e a eficácia organizacional seja alcançada com maior grau de
eficiência.
A missão da unidade de negócio Controladoria, não é alterada em sua
essência, porém deve ser cuidadosamente adapta à cultura e a própria missão
da organização no qual está inserida.
A empresa compreende que os seus colaboradores têm total
importância para o seu sucesso e para garantir que os processos tenham
excelência, utilizam ferramentas de gestão para melhorar o ambiente e
aperfeiçoar o seu trabalho.
A ferramenta de gestão M.A.R.E., que orienta para o desenvolvimento
das competências individuais, promove o entendimento do perfil, de seus
pontos fortes e fracos, para que sejam trabalhados e explorados de forma
positiva, assim, valorizam as pessoas, que motivadas, contribuirão
significativamente para o alcance dos objetivos de forma menos stressante e
com maior otimização dos recursos.
Diante dos comentários, verifica-se que a Controladoria é responsável
pelo processamento de toda informação para a organização por meio de um
Sistema de Informação Contábil, corroborando para o sucesso do processo de
gestão, para a eficácia empresarial, garantindo a sua continuidade.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lauro Brito de; PARISI, Cláudio; e PEREIRA, Carlos Alberto. Controladoria.
In: Catelli, Armando (coordenador). Controladoria: uma abordagem da gestão
econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999.
CAGGIANO Paulo Cesar; FIGUEREDO, Sandra. Controladoria: Teoria e Prática. 4ª
ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CHIMIDT, Paulo (organizador). Controladoria: agregando valor para a empresa.
Porto Alegre: Bookman, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 2 ed. São Paulo:
Makron Books, 1994.
DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira, 1998.
FIGUEIREDO, Sandra e CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática. 2
ed. São Paulo: Atlas, 1997.
M.A.R.E. Disponível em:
<http://www.fundacaofia.com.br/motiva/mare/diagnostico_orient.htm>. Acesso em 09/06/2011.
MINTZBERG, Henry e QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2001.
MOSIMANN, Clara Pellegrinello e FISCH, Silvio. Controladoria: seu papel na
administração de empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estratégia empresarial. Uma abordagem
empreendedora. São Paulo: Atlas, 1988.
ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,
2000.
LISTA DE FIGURA
Figura 1: Ligação Planejamento, Controle e Operações................................................7
Figura 2: Ligação da Controladoria com Outras Areas da Empresa.............................14
Figura 3: Controle Organizacional.................................................................................17
Figura 4: Sistema M.A.R.E...........................................................................................19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2. GESTÃO DE NEGÓCIO...........................................................................................................4
2.1 Modelo de gestão.............................................................................................................5
2.2 Planejamento...................................................................................................................5
2.3 Execução..........................................................................................................................6
2.4 Controle............................................................................................................................7
3. UNIDADE DE NEGÓCIO.........................................................................................................8
4. CONTROLADORIA.................................................................................................................9
4.1 A Missão da Controladoria.............................................................................................10
4.2 O perfil do Controller......................................................................................................11
4.3 Controladoria em Relação com Outras Áreas da Empresa.............................................13
4.4 Controladoria como Unidade de Negócio e Suporte à Gestão.......................................14
5. FERRAMENTA DE GESTÃO M.A.R.E....................................................................................17
5.1 A importância das Pessoas.............................................................................................18
5.2 Uso das Orientações Motivacionais................................................................................18
6. CONCLUSÃO.......................................................................................................................20
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................22