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Trabalho de Estruturas Metálicas
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Trabalho final de estruturas metálicas
Aluno: João Pedro Bravo Milagres - 090248
Exercício 1:
Uma viga em perfil estrutural soldado está solicitada conforme carregamento indicado. Utilizando aço estrutural (fy = 345 MPa), verificar se o mesmo atende os requisitos de segurança conforme a NBR 8800/2008.
Como não há comentários sobre a contenção lateral, a viga será considerada como totalmente contida lateralmente.
Em que:
bf = largura da mesad = altura totalh = altura entre as faces internas das mesas (d – 2.tf)tf = espessura da mesatw = espessura da alma
A. Características geométricas da seção transversal:h = 425 mmA = (bf.tf).2 + h.tw = 225.12,5.2 + 425.8 = 9025 mm2
Ix = (bf.d3)/12 – ( bf – tw).h3/12 = (225.4503)/12 – (225-8).4253/12 = 320.106 mm4
Iy = 2.(tf.bf3)/12 + (h.tw
3)/12 = 2.(12,5.2253)/12 + (425.83)/12 = 23,75.106 mm4
rx = (Ix/A)1/2 = (320.106/9025) 1/2 = 188,3 mmry = (Iy/A)1/2 = (23,75.106 /9025) 1/2 = 51,30 mmWx = Ix/YG = 320.106/(450/2) = 1,42.106 mm3
Wy = Iy/XG = 23,75.106/(225/2) = 0,21. 106 mm3
Zx = (bf.tf).(d - tf) + (tw/4).(d – 2.tf )2 = (225.12,5).(450-12,5)+(8/4).(450-2.12,5)2 = 1,662.106 mm3 Zy = (bf
2.tf)/2 + (d – 2.tf).tw2/4 = (2252.12,5)/2 + (450 – 2.12,5).82/4 = 0,323.106 mm3
B. Cálculo dos esforçosTem-se que RA = RB = 60 kN.
MSd = 112,5 kN.m
VSd = 60 kN
C. Resistência ao momento fletor
C.1 Flambagem local da alma – FLAλr = 5,70.(E/fy)1/2 = 5.70.(200000/345) 1/2 = 137, 24λp = 3,76.(E/fy)1/2 = 3,76.(200000/345) 1/2 = 90,53λ = h/tw = 425/8 = 53,125 < λp, deve-se, portanto, utilizar o item G.2.2 a):
MRd = Mpl/ϒa1, em que Mpl é o momento fletor de plastificação da seção transversal, igual ao produto
do módulo de resistência plástico (Z) pela resistência ao escoamento do aço (fy).
Mpl = Zx.fy = 1,662.10-3[m3].345.106 [N/m2]= 573,39 kN.m e, finalmente:
MRd = 573,39/1,10 = 531,26 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
C.2 Flambagem local da mesa – FLMNota 8:
Sendo a mesa um elemento AL, tem-se que b representa a metade da largura da mesa e t representa a espessura da mesa. Então, segue que b/t = (bf/2)/ tf = (225/2)/12,5 = 9λp = 0,38.(E/fy)1/2 = 0,38.(200000/345) 1/2 = 9,15λ < λp, deve-se, portanto, utilizar o item G.2.2 a):
MRd = Mpl/ϒa1
Mpl = Zx.fy = 1,662.10-3[m3].345.106 [N/m2]= 573,39 kN.m e, finalmente:
MRd = 573,39/1,10 = 531,26 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
C.3.Flambagem lateral com Torção – FLT
λ = Lb/ry, mas Lb = 0, então λ = 0.
λp = 1,76.(200000/345)1/2 = 42,37λ < λp, portanto deve-se usar o item G.2.1 a), em que
MRd = Mpl /ϒa1 = (Zx.fy)/ ϒa1 = 573,39/1,10 = 531,26 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
D. Resistência à Força CortantePara uma seção I fletida em relação ao eixo perpendicular à alma, tem-se:
λ = h/tw = 425/8 = 53,125λp = 1,10.(kv.E/fy)1/2
kv = 5,00 para a / h > 3 item 5.4.3.1, página 50 da NBR 8800/2008, daíλp = 1,10.(5.200000/345)1/2 = 59,22λ < λp, portanto pelo item 5.4.3.1.1, tem-se que
VRd = Vpl/ϒa1, em que Vpl é a força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento, dada no item 5.4.3.1.2
Vpl = 0,60.Aw.fy, em que Aw (área efetiva de cisalhamento) = d.tw e d é a altura total da seção transversal e tw é a espessura da alma. Daí
Aw = 450.8 = 3600 mm2
Vpl = 0,60.(3,6.10-3).345.106 = 745,2 kN e, enfim
VRd = 745,2/1,1 = 677,45 kN OK
E. Verificação da Flecha
Considera-se q uma ação permanente de combinação normal e devido ao peso próprio de elementos construtivos industrializados com adição inloco( ϓf = 1,4). Considera-se P uma ação variávelde combinação normla e devido a demais ações variáveis (ϓf = 1,5).
Para se obter os valores reais das ações sem as majorações tem-se que divi-las pelo coeficiente de marjoração dado na tabela 1 da norma 8800/08, assim, considerando:
P= 151,5
=10 KN
q= 101,4
=7,143 KN
Assim δmax = 5*q* l4
384*E*Ix +
P*a24*E*Ix ¿¿)
δmax = 5*7143* 94
384*200000.106*3,204. 10−4 + 10000*324*200000.106*3,204 .10−4 ¿¿)
δmax,permitido = 0,01356 m
De acordo com a tabela C.1 da norma NBR 8800/08 e considerando a viga como de cobertura tem-se:
δmax,permitido = L250 =
9250 = 0,036
Portanto, δmax,permitido > δmax OK
Exercício 2:Determinar para a viga de edifício abaixo os valores de Mcrit, Mr. Calcular o valor de MRd. considerando a viga contida lateralmente somente nos apoios. Calcular também a resistência ao esforço cortante VRd e a flecha máxima.Dados: E = 20000 kN/cm2 ; G = 0,385 E; fy = 345 MPa ; fu = 480 MPa.
Em que:bf = 300mmd = 600mmtf = 19mmh = (d – 2.tf) = 562mmtw = 16mm
A. Características geométricas da seção transversal:A = (bf.tf).2 + h.tw = 300.19.2 + 562.16 = 20392 mm2
Ix = (bf.d3)/12 – ( bf – tw).h3/12 = (300.6003)/12 – (300-16).5623/12 = 1199.106 mm4
Iy = 2.(tf.bf3)/12 + (h.tw
3)/12 = 2.(19.3003)/12 + (562.163)/12 =85,69.106 mm4
rx = (Ix/A)1/2 = (1199.106/20392) 1/2 = 242,5 mmry = (Iy/A)1/2 = (85,69.106 /20392) 1/2 = 64,82,30 mmWx = Ix/YG = 1199.106/(600/2) = 4.106 mm3
Wy = Iy/XG = 85,69.106/(300/2) = 0,57. 106 mm3
Zx = (bf.tf).(d - tf) + (tw/4).(d – 2.tf )2 = (300.19).(600-19)+(16/4).(600-2.19)2 = 4,57.106 mm3 Zy = (bf
2.tf)/2 + (d – 2.tf).tw2/4 = (3002. 19)/2 + (600 – 2.19).162/4 = 0,891.106 mm3
B. Cálculo dos esforçosTem-se que RA = RB = 180 kN.
MSd = 540 kN.m
VSd = 180 kN
C. Resistência ao momento fletor
C.1 Flambagem local da alma – FLAλr = 5,70.(E/fy)1/2 = 5.70.(200000/345) 1/2 = 137, 24λp = 3,76.(E/fy)1/2 = 3,76.(200000/345) 1/2 = 90,53λ = h/tw = 562/16 = 35,125 < λp, deve-se, portanto, utilizar o item G.2.2 a):
MRd = Mpl/ϒa1, em que Mpl é o momento fletor de plastificação da seção transversal, igual ao produto
do módulo de resistência plástico (Z) pela resistência ao escoamento do aço (fy).
Mpl = Zx.fy = 4,57.10-3[m3].345.106 [N/m2]= 1576,65 kN.m e, finalmente:
MRd = 1576,65 /1,10 = 1433,32 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
C.2 Flambagem local da mesa – FLMNota 8:
Sendo a mesa um elemento AL, tem-se que b representa a metade da largura da mesa e t representa a espessura da mesa. Então, segue que b/t = (bf/2)/ tf = (300/2)/19 = 7,89λp = 0,38.(E/fy)1/2 = 0,38.(200000/345) 1/2 = 9,15λ < λp, deve-se, portanto, utilizar o item G.2.2 a):
MRd = Mpl/ϒa1
Mpl = Zx.fy = 4,57.10-3[m3].345.106 [N/m2]= 1576,65 kN.m e, finalmente:
MRd = 1576,65 /1,10 = 1433,32 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
C.3.Flambagem lateral com Torção – FLT
λ = Lb/ry, mas Lb = 0, então λ = 0.
λp = 1,76.(200000/345)1/2 = 42,37λ < λp, portanto deve-se usar o item G.2.1 a), em que
MRd = Mpl /ϒa1 = (Zx.fy)/ ϒa1 = 573,39/1,10 = 531,26 kN.m
Tem-se, portanto, que MSd < MRd OK
D. Resistência à Força CortantePara uma seção I fletida em relação ao eixo perpendicular à alma, tem-se:
λ = h/tw = 562/16 = 35,125λp = 1,10.(kv.E/fy)1/2
kv = 5,00 para a / h > 3 item 5.4.3.1, página 50 da NBR 8800/2008, daíλp = 1,10.(5.200000/345)1/2 = 59,22λ < λp, portanto pelo item 5.4.3.1.1, tem-se que
VRd = Vpl/ϒa1, em que Vpl é a força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento, dada no item 5.4.3.1.2
Vpl = 0,60.Aw.fy, em que Aw (área efetiva de cisalhamento) = d.tw e d é a altura total da seção transversal e tw é a espessura da alma. Daí
Aw = 600.16 = 9600 mm2
Vpl = 0,60.( 9,6.10-3).345.106 = 745,2 kN e, enfim
VRd = 745,2/1,1 = 1987,2 kN OK
E. Verificação da Flecha
De acordo com o Anexo C da NBR 8800/08 para o cálculo dos valores máximos dos deslocamentosverticais (flechas) para uma viga simplesmente apoiada tem-se:
1 – deslocamento devido às ações permanentes;2 – deslocamento devido aos efeitos de longa duração das ações permanentes;3 – deslocamento devido às ações variáveis;No caso do exercício como os valores nominais das ações externas já foram consideradas majoradas
δmáx = 5.(30.103/1,5).124/(384.2.1011. 1199.10-6) = 2,25 cm (retirando-se a majoração, q = 10/1,5 kN/m)Considerando esta viga como sendo uma viga de piso, tem-se, através da tabela C.1 se deslocamento máximo admissível, dado por L/350, em que L representa o vão. Daí,δmáx permitido = 1200/350 = 3,43 cm.δmáx < δmáx permitido OK
Exercício 3:Uma coluna de aço A 572 (fy = 350 MPa) suporta vigas conforme a figura. A coluna suporta umacarga axial de 2400 kN, que incluem as reações de topo. São aplicados momentos de extremidade
de 100 kN.m, em cada uma das direções opostas conforme a figura. Assumindo ky = 1,0 eestimando kx = 0,9. Verificar se a mesma resiste as solicitações indicadas.
Características geométricas da seção transversal:A = 257,42 cm2 ; d = 340 mmWx = 3048 cm3 bf = 315 mmry = 8,02 cm tf = 31,75 mmrx = 14,17 cm tw = 20 mmkx = 0,9 hw = 276, 50 mm
Esforços nominais: FNd = 2400kN
FMd na extremidade inferior é igual ao da extremidade superior = 100kN.m
anexo D da NBR 8800/08:
M sd=B1 M nt+B2 M ¿
N sd=Nnt+B2 N ¿
B1=Cm
1−N sd 1
N e
N sd 1=Nnt+N ¿=2400 kN
Cm=0,6−0,4 M 1
M 2=0,6−0,4 ∙ 100
100=0,2
r y=√ I y / A
I y=r y2 A=8,022 ∙ 257,42=16557,36 cm4
N e=π2 E I y
(k y Ly )2=3,142∙ 20000 ∙ 16557,36
4502 =16123,35 kN
B1=0,2
1− 240016123,35
=0,23
Para majorar os esforções solicitantes de cálculo, adotar-se-á B1 eB2 iguais à 1.
M sd=1∙ 100+1∙ 100=200 kNm
N sd=Nnt+B2 N ¿=N nt+N ¿=2400 kN
A. Limitação da esbeltez
λx=k x Lx
r x=0,9 ∙ 450
14,17=28,58<300
λ y=k y Ly
r y= 450
8,02=56,11<300
B. Resistência à compressão - N Rd
Tabela F-1 da NBR 8800/08Elemento AL – Mesa comprimida
λchmesa=b f
2t f= 315
2 ∙31,75=4,96
λch ,max=0,56√ Ef y
=0,56√ 2000035
=13,39
Qs=1Elemento AA – Alma
λchalma=hw
tw=276,50
20=13,825
λch ,max=1,49√ Ef y
=1,49√ 2000035
=35,62
Qa=1Q=Q sQa=1C. Carga crítica de flambagem y-y
N ey=π2 E I y
( k y L y)2=3,142 ∙20000 ∙ 16557,364502 =16123,35 kN
D. Carga crítica de flambagem z-z
N ez=1ro ( π2 E Cw
(k y Ly )2+GJ)
ro=√rx2+r y
2+ yo2+xo
2=√14,172+8,022+15,752+02=22,65 cm
N ez=1
22,65 ( π2 20000 ∙3947477(4,5 )2
+7700∙ 303)=74933,12 kN
Adotar N ey
λoy=√ 1 ∙257,42 ∙3516123,35
=0,707
χ=0,790
N Rd=χQ Ag f y
γa 1=0,790∙ 1 ∙257,42 ∙ 35
1,1=6470,60 kN>N Sd
E. Resistência ao momento fletor – M Rd
Estado limite de flambagem local da alma
λ❑=hw
t w=276,50
20=13,825
λ r=5,70√ Ef y
=5,70√ 2000035
=136,26
Portanto, λ< λr Podemos aplicar o anexo G Viga não esbelta
λ p=3,76√ Ef y
=3,76√ 2000035
=89,88
λ< λp
M Rd=1
1,1 (Z x f y )= 11,1
(3507 ∙35 )=1115,86 kNm>200 kNm
F. Estado limite de flambagemn local da mesa comprimida (FLM)
λ❑=b f
2 t f= 315
2∙ 31,75=4,96
λ p=0,38√ Ef y
=0,38√ 2000035
=9,08
λ< λp
M Rd=1
1,1 (Z x f y )= 11,1
(3507 ∙35 )=1115,86 kNm>200 kNm
Analisando os três estados correspondentes FLM, FLA e a limitação 5.4.2.2 da NBR 8800/08:
M Rd ≤1,5 W f y
γa 1=1,5∙ 3048 ∙ 35
1,1=1454,72 kNm
Portanto M Rd=1115,86 kNm>M Sd=200 kNmDe acordo com o item 5.5.1.2 da NBR 8800/08, temos:
N Sd
N Rd=0,37>0,2
G. Equação de interaçãoN Sd
N Rd+ 8
9 ( M x , Sd
M x, Rd+
M y , Sd
M y ,Rd)≤ 1
0,37+ 89 ( 200
1115,86 )0,53<1 OK
Exercício 4: Verificar se a ligação resiste a solicitação indicada. A coluna e chapa do consolo são em aço estrutural ASTM A 570; fy = 345MPa; fu = 480 MPa , Os parafusos são de diâmetro d = 1”( 25 mm ) A325-N ( Parafusos de alta resistência).
Dados:
Excentricidade (e) = 350 mm
Espaçamento horizontal entre os furos e o CG (x) = 70 mm
Espaçamento vertical entre os furos (y) = 75 mm
Número de parafusos (n)= 12
Carga excêntrica (P)= 140 KN
Considerações:
Resolveremos esse exercício por superposição de efeitos. Transportaremos a carga excêntrica para o
centro de gravidade, aparecerá então um momento fletor devido a essa excentricidade. Analisaremos
primeiro o efeito da força vertical e posteriormente o do momento fletor no parafuso.
1. Força Vertical:
A força vertical se divide igualmente para os conectores. Cada um recebe uma força igual a :
V = Pn =
14012 = 11,667 KN
2. Momento Fletor:
Considera-se a placa como um disco rígido ligado a conectores elásticos. Para dimensionamento basta calcular o esforço no conector 1 que é o mais solicitado.
Ʃri2 = 12*0,072 + 4*0,03752 + 4*0,11252 + 4*0,18752 = 0,255675 m2
M = P*e = 140*0,350 = 49 KN.m
Fx = M
Ʃri 2 *y = 14,374 KN
Fy = M
Ʃr 2 * x = 13,415 KN
3. Esforço Total:
Fv,sd = 2√(V +Fy )2+Fx2 = 2√(11,667+13,415)2+14,3742 = 28,909 KN
4. Verificação da ligação de acordo com a norma 8800/08:
Áreas de cálculo:
Área bruta = Ab = 0,25*π*db
Ab = 0,25* π*0,0252 = 4,91.10-4 m2
Área efetiva = Abe = 0,75*Ab
Abe = 0,75*4,91.10-4 = 3,683.10-4 m2
Força Resistente de Cálculo:
a) Cisalhamento = Fv,Rd =
0,5*A b*fuϓa2
= 0,4∗4,91. 10−4∗635 .106
1,35
Fv,Rd = 92,380 KN
(Considerando que o plano de corte passa pela rosca.)
b) Pressão de contato = Fc,Rd = 1,5*lf *t*fuϓa2
≤ 3*db *t*fuϓa2
Fc,Rd = 648,828 KN < 670,277 KN
(Considerando o caso de furos padrão quando a deformação no furo para forças de
serviço não for uma limitação de projeto.)
(Para rasgamento entre dois furos, temos lf = (75 – 25 – 1,6) = 48,4 mm):
Assim o Fv,sd = 28,909 KN < Fv,Rd = 92,380 KN – OK!
Força Resistente ao deslizamento:
Ft,Rd =
1,3*µ* Ch * Ftb *ns
ϓe (1 -
F t,Sd 1,13* Ftb
) = 1,3*0,35*1*227*11,2 (1 - 0)
Ft,Rd = 86,071 KN
(Considerando: µ = 0,35 para superfícies laminadas sem óleo, graxa ou pintura.
Ch = 1 para furos padrão
Ftb = 227 KN força de protensão mínima por parafuso
Ns = 1 plano de deslizamento
ϒe = 1,2 para combinações normais
Ft,Sd = 0 KN força de tração no parafuso)
5. Verificação da chapa de ligação:
Dados: h = 280 mm (350 – 70)
tw = 19 mm
Flambalagem Local da Chapa:
Como aproximação para verificação da flambagem local da chapa, a tabela F.1 da NBR 8800/08 pode ser usada:
htw
≤ √Ef y
htw
= 28019 = 14,737 < √ 200000
345 = 24,077 – OK!
Verificação da Chapa a Flexão:
A chapa será analisada como uma viga de seção retangular fletida com relação ao eixo de maior inércia, conforme NBR 8800/08, 5.4.2.
Dados:
-Diâmetro efetivo do furo:25,4 + 1,5+ 2 = 28,9 mm
- Momento de Inércia da seção segundo y (considerando h = 500mm) :
Iy=h'* b3
12 = 0,5* 0,0193
12 = 2,858.10-7 m4
-Momento de inércia da seção segundo X:
Ix=b* h'3
12 = 0,019* 0,53
12 – (2*0,03752 + 2*0,11252 + 2*0,18752)* 0,019 *0,0254= 1,504.10-4
m4
- Módulo resistente elástico:
Wx= I x
Y cg = 1,979.10−4
0,25 = 7,917.10-4 m3
- Área da seção:
A = 0,019*0,5 = 9,5.10-3 m²
- Raio de giração segundo y:
ry = √Iy
A = √ 2,858. 10−7
9,5. 10−3 = 5,485.10-3 m
- Momento de inércia à torção:
It=h'* b3
3 = 0,5* 0,0193
3 = 1,143.10-6 m4
- Módulo resistente plástico, descontando os furos:
Zx=h'2∗b4
= 0,52∗0,0194
– (2*0,0375 + 2*0,1125 + 2*0,1875)* 0,019*0,0254 = 8,617.10-4
m4
- Esbeltez para o comprimento destravado da chapa:(Como a chapa não é contida lateralmente na extremidade em que atua a carga, Lb será tomado igual a duas vezes a largura b, assim Lb = 0,28 x 2 = 0,56mm)
λb = Lb
r y = 102,097
- Valor de λp, índice de esbeltez limite para que ocorra a plastificação da seção (NBR8800/08, Tabela G.1):
λp = 0,13*E*Lb
Mpl*√ It∗A=
0,13*E*Lb
Zx∗f y*√ It∗A = 5,104
- Valor de λr, índice de esbeltez sem contenção lateral, correspondente ao momento Mr:
λr = 2*EMr
*√ It∗A= 2*EWx* f y
∗√I t∗A= 152,603
Assim tem-se que λp < λb < λr e MRd = 1
ϓa1* Mpl – ( Mpl – Mr)*
λ−λ pλ r− λ p
Mpl = Zx * fy , Mr = (fy – σr )*Wx e ϓa1 = 1,1, temos que Mrd = 270,197.10 3 N.m
-Verificação:
Md = Vd* h = 140*0,28 = 39,2.103 N.m, portanto Md< Mrd – OK!
Verificação da Chapa a Força Cortante:
Não há problema de flambagem da chapa devido à força cortante porque o valor de h/t< 16. A NBR 8800:2008 não apresenta recomendação referente ao cálculo da área líquida efetiva de cisalhamento na seção da chapa que não contém os furos. O cálculo dessa área será feito considerando a versão anterior da NBR 8800, 5.1.1.4:
Ag = 0,67 x Ach = 0,67 * 0,5 * 0,019 =6,365.10-3 m²
Área líquida efetiva de cisalhamento na seção que contém os furos:(Serão descontados os diâmetros nominais dos furos: 25,4 + 1,6 = 27 mm):
Anv = 0,67Ach = 0,67 (0,5*0,019 – 6 *0,019 *0,027) = 4,303.10-3 m²
- Resistências de cálculo ao cisalhamento(NBR 8800:2008, 6.5.5):
- Na seção que não contém os furos:
VRd = 0,6∗Ag∗f y ϓa1
= 1197,777 KN
- Na seção que contém os furos:
VRd = 0,6∗Anv∗f u ϓa1
= 1126,603 KN
- Verificação:Fd = 140 KN < FRd = 1126,603 KN – OK!
Exercício 5:
Na figura abaixo a força P é resistida por duas linhas de parafusos de diâmetro ¾”(19mm) A325 espaçadas de 100 mm. Dimensionar a ligação sabendo-se que o aço é oASTM A570 grau 50. Os 10 parafusos com espaçamentos mostrados na figura possuemrosca fora do plano de cisalhamento, ou seja, parafusos A325X.
Dada a força P = 410 kN, ela será decomposta em: Fx=90 kN e Fy = 400 kN.
Análise:
- Cisalhamento:
F v , Rd=0,5∗Ab∗f ub
❑a 2=
0,5∗(0,25∗¿db2)∗f ub
❑a 2=
0,5∗(0,25∗¿1,192)∗82,51,35
=86,64 kN
- Tração: F t , Rd=( Abe)∗f ub
❑a2=
(0,75∗Ab)∗f ub
❑a2=
(0,75∗(0,25∗¿1,192))∗82,51,35
=129,95 kN
Esforços Solicitantes na geometria dos parafusos:
My = Fy x braço = 400 x (50+75) [mm] = 400 x 12,5 [cm] = 5000 kN.cm; (horário)
Mx = Fx x braço
Momento máximo na horizontal:
Mx = Fx x braço = 90 x (280) [mm] = 90 x 28 [cm] = 2520 kN.cm; (horário)
O momento resultante (Mr) devido à carga P vai gerar em cada parafuso uma força interna nas direções x e y:
R x} = {{M} rsub {R}} over {sum {( {x} ^ {2} + {y} ^ {2} )}} *y= {7520*3,5} over {10* left ({5} ^ {2} right ) +10*(7²)} =35,57 k ¿
R y} = {{M} rsub {R}} over {sum {( {x} ^ {2} + {y} ^ {2} )}} *x= {7520*5} over {10* left ({5} ^ {2} right ) +10*(7²)} =50,81 k ¿
Resultante final nos parafusos será: R} = sqrt {{(R} rsub {x} rsup {+Fx ¿ ²+¿R} = sqrt {{(R} rsub {x} rsup {+Fx ¿ ²+¿
Esmagamento da chapa: t = 12,5 mm = 1,25 cm;o Considerando sem limitação de projeto:
lf ,vertical=40−192
=30,5 mm=3,05 cm;
lf ,horizontal=40−192
=30,5 mm=3,05 cm ;
Considerando 2 mm a mais no furo devido a perdas por deformação:
lf ,vertical=lf ,horizontal=40−212
=29,5 mm=2,95cm
F c, Rd=1,5∗lf∗t∗f u
❑a 2≤
3,0∗db∗t∗f u
❑a 2
Assim:
F c, Rd ,vertical=1,5∗2,95∗1,25∗48,5
1,35=198,71 kN ≤
3,0∗db∗t∗f u
❑a 2=255,97 kN
F c, Rd ,horizontal=1,5∗2,95∗1,25∗48,5
1,35=198,71 kN ≤
3,0∗db∗t∗f u
❑a 2=255,97 kN
Logo:198,71 kN ≤255,97 kNOK
Adotar: F c, Rd=Fc, Rd , vertical+Fc , Rd ,horizontal=2∗198,71=397,42 kN.
Verificação da chapa
Dado: E = 20 000 kN/cm² e fu = 480 Mpa, fy = 345 Mpa, faz-se:
Escoamento da Seção Bruta:
N t ,Rd=Ag∗f y
❑a 1=3,6∗1,6∗34,5
1,10=1806,54 kN
Ruptura da seção líquida efetiva:
N t ,Rd=An∗f u
❑a1= 24,8∗48
1,10=1082,18 kN
Portanto:N t ,Rd=1082,18 kN .
Conclusão: como N t ,Rd=1082,18 kN e F c, Rd=397,42 kN OK.
Exercício 6:Verificar se para a ligação abaixo trabalhando em cisalhamento duplo utilizando furo padrão para parafusos de alta resistência A-325 com diâmetro d = 22 mm, a mesma resiste a uma força axial de Pd = 950 kN,Dado: Material das chapas ASTM A570 ( f y = 345 MPa ; fu = 480 MPa )Considerar as seguintes hipóteses:a) Parafusos do tipo A325 F ( Tipo Atrito)b) Parafusos do tipo A325 X.( Roscas excluídas no plano de cisalhamento)c) Parafusos do tipo A325 N ( Roscas incluídas no plano de cisalhamento)
a) Cisalhamento – De acordo com item 6.3.3.2 da NBR 8800 a força resistente de cálculo em um parafuso por plano de corte deve ser igual a:
Parafusos tipos A325 F, A325 N:
F v ,Rd=0,4 Ab f ub
ya 2= 0,4 x 0,25 x π x 2,22 x 82,5 x 2
1,35=185,84 kN / parafuso / (plano decorte)
Fv,Rd = 6 x 185,84 = 1115,04 kN
Parafuso tipo A325 X:
F v ,Rd=0,5 Ab f ub
ya2=0,5 x0,25 x π x2,22 x 82,5 x2
1,35=232,3 kN / parafuso / (plano decorte)
Fv,Rd = 6 x 232,3 = 1393,8 kN
b) Pressão de contato em furos – item 6.3.3.3 da NBR 8800/08
b.1) entre a borda da chapa e o furo; lf = 50 mm
Parafusos tipos A325 F, A325 X, A325 N:
F c , Rd=1,2 x l f x t x f u
ya 2; lf =50−23,5
2=38,25 mm
F c , Rd=1,2 x3,825 x2,2 x 48 x6
1,35=2154,24 kN
2,4 x db x t xf u
γ a2=2,4 x2,2 x2,2 x48 x 6
1,35=2478,08 kN
2478,08>2154,24 kN
b.2) de linha de centro a linha de centro entre os parafusos; lf = 100 mm
Parafusos tipos A325 F, A325 X, A325 N:
F c , Rd=1,2 x l f x t x f u
ya2; lf =100−23,5=76,5 mm
F c , Rd=1,2 x7,65 x2,2 x 48 x6
1,35=4308,08 kN
2,4 x db x t xf u
γ a 2=2,4 x2,2 x 2,2 x 48 x 6
1,35=2478,08 kN
2478,08<4308,08 OK
c) Tração nas Chapas – item 5.2.2 da NBR 8800/08
Parafusos tipo A325 F, A325 X, A325 N:
F t ,Rd=Ag x f y
ya1=30 x2,2 x34,5
1,1=2070 kN ,
escoamento da seção bruta.
(menor valor para análise na tração)
F t , Rd=Ae x f u
y a2=
(30 x 2,2−3 x 2,55x 2,2) x 481,35
=1748,27 kN
Ft,Rd = 1748,27 kN
d) Força resistente em ligações por atrito
Parafuso tipo A325 F:
A força nominal de um parafuso ao deslizamento deve ser igual ou superior à força de cisalhamento característica, que neste caso será considerada 70% da força de cisalhamento de cálculo.
F f ,Rk=0,80 μ Ch FTb ns(1−F t , Sk
0,80 FTb)
μ = coeficiente médio de atrito, adotado como 0,50 (superfície jateada sem pintura).Ch = fator de furo, adotado como 1,00 para furo-padrão.FTb = força de protensão mínima por parafuso, segundo item 6.7.4.1, sendo igual a 176 kN.ns = número de planos de cisalhamento.Ft,Sk = força de tração solicitante característica no parafuso, que neste caso é nula.
F f , Rk=0,80 x 0,50 x 1,00 x176 x6 x 2(1− 00,80 x176 )=844.8 kN
844,8 kN>0,70 x 950=655 kN OK !
Analisando os itens a,b,c temos que: Ft, Rd = 1115,04 kN > Ft, Sd = 950 kN.
Exercício 7:Determinar o máximo valor de P na ligação e o comprimento das soldas.Aço ASTM A570 grau 50 ( fy = 345 MPa; E= 200000 MPa)Eletrodo E – 70 XXPerna do filete = 5mm
Da tabela A-4, pág 110 da NBR 8800:2008, temos que fw=485MPa (Eletrodo com classe de resistência70).
Conforme Tabela fornecida pela CSN, temos o valor de fu=450MPa.
Parte 1 – Determinar o máximo valor de P (tração):
a) Para escoamento da seção bruta
F t , Sd=A g f y
γ a 1= 0,09∗0,0095∗345∗106
1,10=268,16 kN
b) Para ruptura da seção líquidaAdmitindo que: 1,5b > ls ≥ b(comprimento da perna do filete), tem-se que: Ct=0,75 (pág 40 NBR 8800:2008).
F t , Sd=Ae f u
γ a 2=0,75∗0,09∗0,0095∗450∗106
1,35=213,75 kN
Como o valor a ser usado tem de ser o menor entre as expressões dadas acima:
Pmáx=213,75 kN
Parte 2 – Determinar o valor do comprimento da solda (ls)
Conforme a Tab.(8), pág 71 da NBR 8800:2008, a força Fw (força resistente de cálculo para os diversos tipos de soldas), é dada pelo menor valor entre:
a) Escoamento do Metal-basei. Para o estado-limite último de escoamento
FV , Rd=0,60 A g f y
γ a 1=
0,60∗( b∗2 ls )∗345∗106
1,10=
0,60∗(0,5∗2 ls )∗34,51,10
=18,81ls
b) Ruptura do Metal da solda
F t , Sd=0,60 Aw f w
γw 2=
0,60∗0,7∗2∗0,5∗ls∗48,51,35
=15,08 ls
Como:
FRd>FSd: 15,08ls=213,75
ls=14,17 cm
Adotar filete 5X142 em ambos os lados.