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TRANSPLANTE DE GERME DENTAL DE TERCEIRO MOLAR PARA ALVÉOLO DE PRIMEIRO MOLAR Marina de Cássia Silva* Markeline Teixeira Meira* Monízia Cordeiro Oliveira* Natália Cristina Moreno da Silva* Armando Lacerda Gobira** Suely Maria Rodrigues*** RESUMO O transplante dentário é a substituição de um dente comprometido por um transplantado, geralmente um terceiro molar (uma vez que o terceiro molar apresenta desenvolvimento tardio em relação aos outros dentes), para um alvéolo preparado ou já existente ocupado por um dente perdido. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre transplante de germe dental de terceiro molar para alvéolo de primeiro molar, destacando os fatores que podem ocasionar/acarretar o sucesso e/ou insucesso. O transplante dental pode ser realizado através de duas técnicas cirúrgicas distintas, a imediata, quando a cirurgia é realizada em uma única sessão e a mediata realizada em duas sessões com intervalos de 14 dias entre as sessões. A prática cirúrgica dos transplantes dentais vem se tornando cada vez mais utilizada por ser biologicamente viável quando comparada a outros métodos de reabilitação oral. Os casos de transplantes dentais encontrados na literatura referem-se, principalmente a extrações devido a traumas ou lesões cariosas profundas onde não há possibilidade de tratamento restaurador. Possui um elevado índice de sucesso e é uma excelente opção para substituição dentária. Sendo que a correta seleção do paciente associada a uma boa técnica via de regra, produz excelentes resultados estéticos e funcionais. Palavras - chave: Transplante dentário. Germe dental. Terceiro molar. * Acadêmicas do 8º Período do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE. ** Mestre em Cirurgia Buco Maxilo Facial, Membro da Academia Mineira de Odontologia, Cadeira 32 e Professor da Disciplina Cirurgia III e IV do Curso de Odontologia da FACS/ UNIVALE. *** Doutora em Saúde Coletiva, Professora das Disciplinas de Estagio Supervisionado de Odontogeriatria e Clinica Integrada II do Curso de Odontologia da FACS/ UNIVALE.

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TRANSPLANTE DE GERME DENTAL DE TERCEIRO MOLAR

PARA ALVÉOLO DE PRIMEIRO MOLAR

Marina de Cássia Silva*

Markeline Teixeira Meira*

Monízia Cordeiro Oliveira*

Natália Cristina Moreno da Silva*

Armando Lacerda Gobira**

Suely Maria Rodrigues***

RESUMO

O transplante dentário é a substituição de um dente comprometido por um transplantado, geralmente um terceiro molar (uma vez que o terceiro molar apresenta desenvolvimento tardio em relação aos outros dentes), para um alvéolo preparado ou já existente ocupado por um dente perdido. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre transplante de germe dental de terceiro molar para alvéolo de primeiro molar, destacando os fatores que podem ocasionar/acarretar o sucesso e/ou insucesso. O transplante dental pode ser realizado através de duas técnicas cirúrgicas distintas, a imediata, quando a cirurgia é realizada em uma única sessão e a mediata realizada em duas sessões com intervalos de 14 dias entre as sessões. A prática cirúrgica dos transplantes dentais vem se tornando cada vez mais utilizada por ser biologicamente viável quando comparada a outros métodos de reabilitação oral. Os casos de transplantes dentais encontrados na literatura referem-se, principalmente a extrações devido a traumas ou lesões cariosas profundas onde não há possibilidade de tratamento restaurador. Possui um elevado índice de sucesso e é uma excelente opção para substituição dentária. Sendo que a correta seleção do paciente associada a uma boa técnica via de regra, produz excelentes resultados estéticos e funcionais.

Palavras - chave: Transplante dentário. Germe dental. Terceiro molar.

* Acadêmicas do 8º Período do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE.

** Mestre em Cirurgia Buco Maxilo Facial, Membro da Academia Mineira de Odontologia, Cadeira 32 e

Professor da Disciplina Cirurgia III e IV do Curso de Odontologia da FACS/ UNIVALE.

*** Doutora em Saúde Coletiva, Professora das Disciplinas de Estagio Supervisionado de

Odontogeriatria e Clinica Integrada II do Curso de Odontologia da FACS/ UNIVALE.

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INTRODUÇÃO

Embora a odontologia tenha evoluído no que diz respeito à prevenção, as

extrações dentais ainda ocorrem com muita frequência, principalmente nos primeiros

molares inferiores e superiores. Esses elementos dentais são os mais afetados por

diversos fatores: como a cárie dental, doença periodontal, fratura radicular,

complicações após o tratamento endodôntico ou pela tentativa de colocação de pinos

intra-radiculares (MARZOLA, 2005 apud WOLFGANG ROSENSCHEG; MARZOLA

e TOLEDO-FILHO, 2007; LANG; POHL e FILIPPI, 2003).

O transplante dentário é uma opção de tratamento quando temos a indicação de

extração de terceiros molares por falta de espaço, podendo este ser usado em um arco

que tenha ausência dentária congênita e espaço suficiente. Ou ainda em casos de perdas

prematuras de molares permanentes, trauma, perdas dentárias causadas por tumor ou

quando o tratamento restaurador estiver inviável por motivos socioeconômicos

(SEBBEN; CASTILHOS e SILVA, 2004).

O comprometimento ósseo da mandíbula e maxila pode ser evitado através do

transplante de germe dental, que estimula a formação óssea, promove um

desenvolvimento dentofacial natural, visto que a ausência de elementos dentais pode

causar problemas em relação ao crescimento do arco dentário, como migração dos

elementos adjacentes em direção ao espaço edêntulo, extrusão dos antagonistas e

interferências oclusais durante os movimentos excursivos, que acarretam disfunção da

articulação temporomandibular. (PIRES et al., 2004; AGUIAR e AGUIAR, 2009).

Como alternativa de tratamento com relativo baixo custo, para substituição de

elementos perdidos, os transplantes autógenos são os de melhor resolução, por não

apresentarem incompatibilidade histológica. Tem aumentado ultimamente o interesse

nos transplantes de tecidos e órgãos em várias especialidades na cirurgia, e com relação

aos transplantes dentários muito se tem feito e não são poucos os profissionais que

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relatam experiências bem sucedidas, com relação a esse tipo de procedimento (PAULA

e BRAGA, 2007; SOUSA, 2002).

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre transplante

dental de terceiro molar para alvéolo de primeiro molar, destacando os fatores que

podem ocasionar o sucesso e ou insucesso.

REVISÃO DA LITERATURA

Conceito do transplante dental

Segundo Cuffari e Palumbo (1997) o transplante dentário é definido como uma

manobra cirúrgica onde o dente a ser transplantado é submetido a uma avulsão do seu

alvéolo de origem e implantado em outro alvéolo natural ou preparado cirurgicamente,

ou seja, é a substituição de um dente perdido ou ausente por um dente transplantado,

geralmente um terceiro molar, por ser o último dente a completar sua rizogênese.

Pode ser classificado quanto ao doador e o tipo de técnica utilizada.

Quanto ao doador (CUFFARI e PALUMBO, 1997):

1. Autógeno (autoplástico): o doador e o receptor do germe é o mesmo

individuo;

2. Homólogo (homoplástico): o doador e o receptor do germe são dois

indivíduos da mesma espécie;

3. Heterógeno: o doador e o receptor do germe são de espécies diferentes.

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Quanto à técnica (PIRES et al., 2004):

1. Técnica imediata ou convencional, quando a extração do dente a ser

transplantado e o preparo da cavidade óssea alveolar, para o qual esse dente será

transferido é realizada em uma única sessão;

2. Técnica mediata ou em duas etapas, na qual o alvéolo cirúrgico é

preparado na primeira etapa e, após um período de cicatrização de até 14 dias, faz-se a

extração do dente a ser transplantado e o transplante é realizado na segunda etapa.

Aspectos Históricos

Segundo Paula e Braga (2007), os primeiros relatos sobre transplante de germe

dental surgiram na Arábia e foram escritos por um cirurgião-dentista denominado

Albucasis no ano de 1050, no entanto, só em 1564 o francês Ambroise Paré fez a

primeira cirurgia registrada com detalhes sobre o transplante de germe. Outros registros

relataram que no Velho Egito os escravos eram obrigados a doar seus dentes aos faraós,

assim como na Europa Medieval, onde os escravos também eram forçados a doar seus

dentes para os reis.

Desde o início dos tempos, a substituição artificial de dentes caídos era

efetuada com produtos de origem animal, como o marfim ou o osso, ou com a extração

de dentes da boca de um cadáver. Os primeiros geralmente eram insatisfatórios, pois

absorviam odores e sofriam mudanças de cor. Quanto aos dentes humanos, estes eram

escassos e caros, e a maior parte das pessoas sentia uma repugnância natural ao colocar

um dente de um cadáver na boca (PAULA e BRAGA, 2007).

O pioneiro no relato desses fatos foi Pierre Fouchard em 1725, relatando um

transplante homogêneo de um soldado para um capitão. Experiências heterogêneas

bizarras de transplante dental aconteceram em 1771, relatadas por John Hunter. O

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mesmo descreveu um caso de dente de humano transplantado para a crista de um galo,

obtendo sucesso nesse procedimento. Outros casos bizarros são de transplante de dente

de cadáver para pessoa viva e de marfim de elefante para boca de pessoas desdentadas

(CUFFARI; PALUMBO, 1998; PAGLIARIN e BENATO, 2006; PROVEDEL;

ALVES; JAMBEIRO, 2006; SOUZA, 2002 apud AGUIAR e AGUIAR, 2009).

Embora a técnica de transplante de germe dental já existisse, foi através de dois

estudiosos da Odontologia, Harland Apfel e Horance Miller, que a técnica passou a ser

documentada e não mais realizada de forma empírica, sendo que Flemingen demonstrou

os critérios para o sucesso e Costich apresentou os fatores de sucesso e as principais

causas do insucesso. Assim, esse procedimento passou a ser estudado cientificamente,

gerando grande relevância na cirurgia oral e atingindo grandes proporções de interesse

odontológico, sendo que esses estudos eram focados mais no transplante do terceiro

molar para o alvéolo do primeiro molar (CUFFARI; PALUMBO, 1998; PAGLIARIN;

BENATO, 2006; PROVEDEL; ALVES; JAMBEIRO, 2006; SOUZA, 2002, apud

AGUIAR e AGUIAR, 2009).

No Brasil, em 1966, Clovis Marzola se destacou como o pioneiro nacional da

técnica, por fazer descrições sobre transplante autógeno. Outros grandes estudiosos

como Leonard E. Shuman e Jean O. Andreasen também se destacaram na década de 60

por publicar trabalhos de grande valor sobre transplante de germe dental. Esses

trabalhos são de extrema importância para que exista uma maior confiabilidade da

técnica, valorizando e consolidando o procedimento (CUFFARI; PALUMBO, 1998;

PAGLIARIN; BENATO, 2006; PROVEDEL; ALVES; JAMBEIRO, 2006; SOUZA,

2002, apud AGUIAR e AGUIAR, 2009; MARZOLA; TOLEDO-FILHO e LONGO-

FILHO, 2008).

Indicação do transplante dental

Segundo Graziani (1995), em princípio, a indicação mais comum transplante

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dentário tem sido o de terceiro molar inferior em desenvolvimento ou incluso para o

alvéolo preparado do primeiro molar inferior, como também, o transplante do terceiro

molar superior para o lugar de um dos molares superiores. Outra indicação viável é o

transplante de um canino incluso para o lugar em que deveria ocupar na arcada os

incisivos.

O transplante dentário é uma alternativa de tratamento quando temos extensas

cáries, complicações marginais ou periapicais e fraturas tornando o tratamento

convencional impossível, podendo também ser usado em um arco que tenha ausência

dentária congênita, perdas prematuras de molares permanentes, traumatismo,

iatrogenias, perdas dentárias ocasionadas por tumores e ainda quando o tratamento

restaurador protético estiver inviabilizado por motivos socioeconômicos (SEBBEN;

CASTILHOS e SILVA, 2004).

Os terceiros molares são os dentes mais indicados para o transplante de germe

dental devido a sua erupção tardia em relação aos outros dentes que já se encontram

com o ápice completamente formado, sendo que, para o procedimento, sua raiz já deve

apresentar uma formação satisfatória de no mínimo 1/3 e de no máximo 2/3 do

desenvolvimento, tendo uma maior capacidade de revascularização no alvéolo receptor.

Este apresenta um amplo canal radicular que vasculariza melhor a polpa, que, por estar

em fase de desenvolvimento apresenta uma grande quantidade de células mesenquimais,

pouco tecido fibrótico e o saco folicular (CUFFARI; PALUMBO, 1998; PROVEDEL;

ALVES; JAMBEIRO, 2006; MOTTA; FERREIRA, 2007; SEBBEN; DAL;

FERNANDES, 2004, apud AGUIAR e AGUIAR, 2009).

O terceiro molar é um dente muito útil como doador, apresentando resultados

muito satisfatórios no transplante de germes com formação radicular iniciada, o que

também não inviabiliza a utilização de dentes com o ápice fechado. O transplante com o

ápice fechado tornaria a técnica mais complicada, com a possibilidade de sucesso

diminuída. A habilidade do cirurgião dentista é fundamental para que não haja danos a

bainha epitelial durante a avulsão do dente doador, evitando-se o contato com a porção

radicular, devendo este permanecer o menor tempo possível fora do contato com o leito

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receptor, para que não exista contaminação e ressecamento (COUNIHAN et al. 1997

apud WOLFGANG ROSENSCHEG; MARZOLA e TOLEDO-FILHO, 2007).

Fatores relevantes para obtenção do sucesso do transplante dental

Para obtenção do sucesso do transplante, é imprescindível que o paciente esteja

sistemicamente saudável, para evitar comprometimento imunológico e cicatricial. Deve

ter idade entre 13 e 19 anos, levar em conta a localização e o estágio de formação

radicular do dente a ser transplantado. O paciente tem que estar informado e motivado

em manter rigoroso controle de higiene bucal e disposto a realizar retornos periódicos

(PIRES et al., 2004; MACEDO et al., 2003).

Deve-se levar em conta a integralidade das áreas odontológicas no transplante

de germe dental. Pois, além de ser um procedimento cirúrgico, envolve outras áreas

como a ortodontia, que pode dar uma base para esse tipo de procedimento. Realizando

junto com o cirurgião o planejamento que estabelecerá indicação para transplante

(MOTTA e FERREIRA, 2007; NEVES, 2002; PAGLIARIN e BENATO, 2006;

SAILER E PAJAROLA, 2000; SEBBEN, DAL e FERNANDES, 2004 apud AGUIAR

e AGUIAR, 2009; MACEDO et al., 2003).

Alguns requisitos são muito importantes e devem ser levados em consideração

para a obtenção do sucesso de um transplante dentário, são eles: exames clínicos e

radiográficos, desenvolvimento radicular do germe dental de no mínimo 1/3 e no

máximo 2/3; diâmetro mésio-distal do germe deve ser igual ou menor ao do dente que

irá substituir; germe em posição e localização favorável para ser extraído, sem ser

lesado (FIGURA 1, 2 e 3); boas condições clínicas e de higiene bucal; interesse do

paciente em realizar o transplante e colaborar no trans e pós-operatórios e ausência de

lesões periodontais e infecções agudas no alvéolo receptor (PAULA e BRAGA, 2007;

MOREIRA; TRIVELLATO e GURGEL, 2001; MIRANDA et al., 2009).

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FIGURA 1- Diâmetro e lesão periapical FIGURA 2- Posição e diâmetro favorável do dente 46. para o transplante do dente 28. FONTE: Secretaria de FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE paciente da FACS-UNIVALE

A análise periodontal e a condição sistêmica também devem ser levadas em

consideração, pois um processo infeccioso poderá comprometer a biointegração do

germe ao alvéolo. Caso isso aconteça, inclui-se o conhecimento farmacológico,

sugestionando uma cobertura antibiótica favorecendo condições para o transplante. O

exame radiográfico é de extrema importância, sendo que ele nos mostra uma imagem

intra-óssea dando uma imagem sugestiva tanto para planejar o ato cirúrgico como para

proservação (MOTTA e FERREIRA, 2007; NEVES, 2002; PAGLIARIN e BENATO,

2006; SAILER e PAJAROLA, 2000; SEBBEN, DAL e FERNANDES, 2004 apud

AGUIAR e AGUIAR, 2009).

Antes que o transplante seja efetuado é essencial a cuidadosa análise

ortodôntica, confirmando a indicação para esse tipo de procedimento. Nessa análise

deverá estar incluída uma avaliação clínica e radiográfica do transplante em potencial,

FIGURA 3 - Esquema ilustrando o posicionamento, espaço e grau de desenvolvimento do germe dental. FONTE: WOLFGANG ROSENSCHEG; MARZOLA e TOLEDO FILHO, 2007.

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além do local receptor para determinar se há biocompatibilidade das estruturas

envolvidas (MARZOLA et al., 2007).

A cooperação e a compreensão dos pacientes são extremamente importantes

para assegurar ótimos resultados. Devem estar dispostos a seguir as instruções pós-

operatórias e estar disponíveis para as visitas de revisão. Também ter um nível aceitável

de higiene oral, cuidado dental regular e um local receptor apropriado. (PAULA e

BRAGA, 2007).

O sucesso do procedimento depende de uma série de fatores, tais como

técnica cirúrgica adequada, mínimo trauma na região e o saco pericoronário do germe

transplantado não pode ser danificado para que não resulte em fracasso, devido à

reabsorção radicular ou interrupção na formação da raiz. Dessa forma é contra-indicado

a exodontia para o autotransplante, caso o elemento dental esteja em posição anatômica

que impossibilite a sua avulsão com total integridade (ADREASEN, 1994 apud PIRES

et al., 2004; VILLENA e HERRERA, 2000; BARBIERI et al., 2008).

Segundo Cuffari e Palumbo (1997), as vantagens do transplante dental são:

evitar o comprometimento do desenvolvimento da maxila e da mandíbula, devolver

função mastigatória e estética ao paciente. Trata-se de uma técnica que não oferece

substancial dificuldade em sua execução é um tratamento não-mutilador e que

desenvolve normalmente a motivação pelo zelo da saúde bucal.

Considerações ético legais

Segundo Marzola (1997), deverá existir sempre uma autorização prévia, por

escrito, tanto do receptor quanto do doador, para uma realização cirúrgica desta

natureza, qualquer que seja o tipo de transplante: autógeno ou homógeno.

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É evidente que, em se tratando de transplantes autógenos, o consentimento do

receptor equivale ao do doador e, nestas condições, parece ser o tipo de transplante

conveniente, no que diz respeito ao aspecto legal. Quanto ao ético, este fica mais

limitado ao profissional, na obrigação de realizar perfeito diagnóstico e adequado

prognóstico, além de possuir conhecimentos precisos da técnica (WOLFGANG

ROSENSCHEG; MARZOLA e TOLEDO-FILHO, 2007).

Considerando o dente uma parte do corpo humano, a lei 9.434/97 regulariza a

doação de órgãos em todo o Brasil. O artigo 1º desta lei cita que qualquer tipo de órgão

ou parte do corpo humano deve ser doado gratuitamente, para fins de tratamento ou

transplante ( GONDIM, PIMENTA e SOARES apud AGUIAR e AGUIAR, 2009).

Técnica operatória

Segundo Graziani (1995), a técnica do transplante dentário pode também ser

empregada para os germes em evolução desde que já esteja completado o

desenvolvimento da coroa.

Técnica imediata (GRAZIANI, 1995)

Fase preliminar:

Preparo da boca

O preparo da boca, ou seja, remoção de possíveis raízes, restauração de dentes

cariados, enfim, a eliminação de fatores que aumentam a septidez do meio bucal.

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Deverão ser seguidos à risca os princípios de esterilização do campo operatório, do

operador.

Anestesia

Este procedimento pode ser realizado com anestesia local, bloqueio de campo

ou infiltrativa. Iniciamos com anestesia tópica no local das infiltrações e prosseguimos,

na mandíbula com anestesia regional pterigomandibular e infiltrativa no nervo bucal; na

maxila com anestesia regional zigomática ou pós tuber e anestesia infiltrativa palatina.

Fase cirúrgica:

A intervenção propriamente dita pode ser dividida em quatro diferentes tempos.

Remoção do germe seguido pela remoção do elemento da área receptora, implante do

dente e finalizando com a fixação.

Remoção do germe dental

O retalho mucoperióstico vestibular é descolado (FIGURA 4), evitando-se

descolamentos para o lado lingual. O descolamento do retalho lingual deverá limitar-se

à porção da mucosa que cobre a crista alveolar.

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Utilizando-se cinzéis, martelos e brocas AR, remove-se cuidadosamente boa

parte da tábua óssea vestibular e da zona oclusal (FIGURA 5), de maneira a expor a

coroa do dente e parte da porção radicular. Não deve ser esquecido que o dente deverá

ser removido sem grandes esforços, que poderão traumatizá-lo e inutilizá-lo para o

transplante.

Após a remoção, deve o dente ser recolocado em sua cavidade alveolar

(FIGURA 6), enquanto se aguarda o término do tempo seguinte da operação, que é

justamente o preparo de seu alojamento.

FIGURA 4 - Incisão para acesso ao germe FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 5 - Retalho já destacado e o germe exposto. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 6 - Avulsão do germe. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

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Remoção do elemento a ser substituído

Passa-se agora à extração do elemento a ser substituído, cuidando-se em

preservar as paredes do alvéolo e as paredes ósseas vestibular e lingual. A luxação do

dente deve ser feita demorada e prudentemente, tendo-se em vista a maior proteção

possível dos tecidos de suporte (FIGURA 7 e 8).

Implante do dente

Terminada a remoção do elemento, passa-se ao preparo do alvéolo para receber

o novo dente. O septo intra-alveolar é removido com o osteótomo até um ponto que não

interfira na adaptação do dente a ser transplantado (FIGURA 9 e 10). As cristas

alveolares são também ligeiramente aparadas, quando necessário, para melhor

adaptação do novo dente (FIGURA 11). Nenhum medicamento deverá ser aplicado no

alvéolo, assim como nenhuma irrigação. O germe é então adaptado ao alvéolo

preparado (FIGURA 12 e 13).

FIGURA 7 - Extração do dente que será substituído. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 8- Extração do dente que será substituído. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

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FIGURA 9 - Curetagem e preparo do alvéolo receptor FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 10 - Remoção do septo alveolar. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 11 - Alvéolo já preparado para receber o germe dental FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 12 - Inserção do germe no alvéolo receptor FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

FIGURA 13 - Germe em posição no alvéolo receptor. FONTE: Secretaria de paciente da FACS-UNIVALE

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Fixação

Pode ser feita por meio de uma ligadura metálica: um fio bem fino, passado ao

redor da coroa do dente transplantado, liga-o aos dentes vizinhos. Ou ainda por meios

de fios de suturas e de nylon (FIGURA 14).

Fase pós-operatória:

As instruções para o pós-operatório são similares àquelas da remoção de um

dente impactado. Deve ser recomendada uma dieta pastosa e leve pelo menos dois dias

depois da cirurgia. O paciente deve ser instruído a evitar a mastigação no local do

transplante e deve manter uma ótima higiene oral (COSTA, 2009).

Alguns pesquisadores preconizam que o paciente deve enxaguar o local com

clorexidina como adjunto da higiene oral e também deve submeter-se a ingestão de

antibióticos no pré e pós-operatório (COSTA, 2009).

Muitos profissionais recomendam que o paciente deve ser revisto no dia

seguinte a cirurgia para garantir que o transplante teve a retenção desejada em sua nova

posição, se a esplintagem está estável e se a formação de edema e hematoma estão

dentro da normalidade (PAULA e BRAGA, 2007).

FIGURA 14 - Contenção com fio de nylon, fixando o dente transplantado aos dentes vizinhos com o auxilio de resina composta. FONTE: WOLFGANG ROSENSCHEG; MARZOLA e TOLEDO FILHO, 2007.

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Técnica mediata

Nessa técnica o alvéolo receptor é preparado na primeira etapa e a segunda

intervenção aguardaria até a fase proliferativa do reparo, aproximadamente 14 dias,

quando o germe de terceiro molar seria transplantado, existindo uma ótima

vascularização do leito receptor, associada à pequena quantidade de células

inflamatórias (WOLFGANG ROSENSCHEG; MARZOLA e TOLEDO-FILHO, 2007).

Critérios clínicos radiográficos para avaliação do sucesso do transplante dentário

Segundo Shulman, 1979 apud Costa (2009) e Giancristófaro et al. (2009), do

ponto de vista clínico radiográfico, para considerarmos um transplante satisfatório

podemos adotar como critérios aceitáveis as seguintes condições :

· O dente transplantado tornou-se organicamente integrado em seu novo

sítio;

· Estar o transplante livre de processo infeccioso, não havendo lesões

periapicais e laterais;

· Estar o dente preenchendo suas funções, do ponto de vista da mastigação;

· Estar preenchendo, de maneira adequada, a finalidade de manter as

relações funcionais maxilo-mandibulares e musculares;

· Esteticamente aceitável.

Critérios clínicos e radiográficos, tais como a mobilidade, que deve ser testada

a partir do segundo mês; cor do germe transplantado, semelhante a dos demais dentes;

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sensibilidade, observada em torno do sétimo mês; exame da gengiva marginal e papilas

revelando coloração rósea considerada normal com perfeita aderência às superfícies

vestibular e lingual (LIMA JR et al., 2005).

DISCUSSÃO

O transplante dentário é a substituição de um dente perdido ou ausente por um

transplantado, geralmente um terceiro molar para um alvéolo preparado ou já existente

ocupado pelo dente perdido (PAULA e BRAGA, 2007).

No que diz respeito à indicação do transplante de germe dental, Aguiar e

Aguiar (2009), Pagliarin e Benato (2006) convergem para o mesmo pensamento, que os

terceiros molares devido a sua erupção tardia, em relação aos outros elementos dentais,

são mais indicados para o transplante. Visto que o germe deve apresentar-se com pelo

menos um terço a dois terços da raiz formada, para que haja estabilidade e maior

capacidade de revascularização.

Paula e Braga (2007) e Miranda (2009), defendem que além do estágio de

desenvolvimento do germe dental deve ser observado também o diâmetro mésio-distal e

a posição favorável para ser extraído (posição hotizontal e classe I de Winter), evitando

lesão na raiz e no saco pericoronário durante a remoção do mesmo.

Com relação ao tempo de permanência do germe dental fora do alvéolo, não

deve ser mais que quatro horas, pois assim estará menos exposto e terá menos chance de

contaminação e ressecamento sendo que, quanto menor o tempo de exposição ao ar,

melhor o prognóstico (COUNIHAN et al. 1997 apud WOLFGANG ROSENSCHEG;

MARZOLA e TOLEDO-FILHO, 2007).

Sabendo que as ausências de elementos dentais acarretam problemas em

relação ao desenvolvimento do arco dentário, como a migração dos elementos

adjacentes em direção ao espaço edêntulo, extrusão dos antagonistas, interferências

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oclusais durante os movimentos excursivos que levam a disfunção da articulação

têmporo-mandibular, o transplante dental torna-se uma alternativa menos onerosa ao

paciente, quando comparada a outros tratamentos como implante e prótese, para evitar o

comprometimento do crescimento da maxila e da mandíbula (PIRES et al., 2004).

Aguiar e Aguiar (2009) concordam com Paula e Braga (2007), que está contra

indicado o transplante em áreas de lesão periodontal e lesão aguda no alvéolo receptor;

sendo assim, nesses casos, se faz necessário a cobertura antibiótica, para recuperar a

saúde desta área, e só então após esse período terapêutico o transplante poderá ser

realizado.

De acordo com Lima JR et al. (2005) a imobilização de dentes transplantados,

deve ser efetuada por meio de sutura nas interproximais dos mesmos, estabilizando-se o

retalho sob pressão com fio de nylon 5-0, dispensando qualquer tipo de contenção ou

odontossíntese (amarria), sendo os dentes colocados em oclusão. Macedo et al. (2003),

com relação a contenção semi-rígida (sutura) concorda com Lima JR et al. (2005), pois

esta contenção possibilita movimentação da gonfose, minimizando as chances de

ocorrer anquilose. No entanto ele defende a contenção com fio ortodôntico e resina nos

elementos adjacente nos casos onde há tendência ao deslocamento do dente.

CONCLUSÕES

· O transplante autógeno é considerado uma técnica com bom prognóstico

na substituição de elementos dentários perdidos ou ausentes, especialmente em

pacientes jovens de 13 a 19 anos, nos quais outros tratamentos convencionais estariam

contra-indicados.

· Um requisito de grande relevância para o transplante é o grau de

desenvolvimento radicular do germe dental, que deve apresentar 1/3 à 2/3 de raiz

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formada, o que proporciona estabilidade no alvéolo receptor, além de apresentar um

diâmetro apical maior permitindo melhor revascularização do germe transplantado.

· É imprescindível que durante o ato cirúrgico ocorra a preservação da

bainha epitelial do germe dental e que se evite o contato com a porção radicular,

devendo o mesmo permanecer o menor tempo possível fora do alvéolo durante a

manobra cirúrgica, para garantir a regeneração e integração do germe no sítio receptor.

· Quando o sucesso é obtido, o dente transplantado restaura a estética, a

função proprioceptiva e o periodonto, estimula a formação óssea, resultando na

manutenção da altura óssea alveolar, assim o paciente pode ter uma mastigação normal.

ABSTRACT

DENTAL GERM TRANSPLANTATION OF THIRD MOLAR FOR ALVEOLUS FROM FIRST MOLAR.

The dental transplant is the replacement tooth a tooth committed by a transplanted, usually a third molar (since the third molar presented development in relation to other teeth), for a alveolus prepared or an existing occupied by a missing tooth. The objective of this study was a review the literature on the dental germ transplant of third molar for alveolus from first molar, highlighting the factors that may cause/lead to the success/failure. The tooth transplant can be performed by two different surgical techniques, the immediate, when surgery is performed in a single session and mediate held in two sessions at intervals of 14 days between sessions. The dental practice of transplant surgery has become increasingly used because it is biologically feasible when compared to other methods of oral rehabilitation. Cases of dental transplants in the literature refer mainly to extractions due to trauma or deep carious lesions where there is no possibility of restorative treatment. It has a high success rate and is an excellent option for tooth replacement. Since the correct patient selection coupled with a good technique usually produces excellent cosmetic and functional results.

Key words: Dental transplantation. Dental germ. Third molar.

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