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TRANSPORTE AÉREO Disposições do Código Brasileiro de Aeronáutica

TRANSPORTE AÉREO

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Apresentação em slides sobre transporte aéreo na qual se expõe seus conceitos, características e normas aplicáveis a esse tipo de contrato de transporte.

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TRANSPORTE AREO

TRANSPORTE AREODisposies do Cdigo Brasileiro de AeronuticaConceitoO transporte areo o movimento de pessoas e mercadorias pelo ar com a utilizao de veculos aeronuticos. usado para deslocar passageiros ou mercadorias urgentes, de alto valor ou destinado a proporcionar viagens com maior comodidade e rapidez.

HistriaAeronaves mais leves que o ar (final do Sculo XVIII);

Voar sempre foi um dos grandes sonhos da humanidade , primeiro vieram os bales no final do sc.XVIII que ganhavam os cus graas a utilizao de gases mais leves que o ar, esses gases eram o Hidrognio e o Hlio

1900: Ferdinand Von Zeppelin :foi mais alm, ele inventou o zepellin um enorme dirigvel feito de metal e cheio de hidrognio

1904: Irmos Wright deram um voo ainda mais alto eles conseguiram manter uma embarcao por 59 segundos no ar ,era um avio primitivo lanado por uma espcie de catapulta;

...1906: mas quem conseguiu pilotar um avio pela primeira vez foi o brasileiro Alberto Santos Dumont,ele teve xito em sua decolagem sem a ajuda de rampas ou qualquer outra ajuda externa,isso aconteceu na Frana e o nome do avio era 14-BIS

1914: desenvolvimento da aviao, especialmente de guerra;

1945: uso extenso da aviao na Segunda Guerra Mundial Luftwaffe, Alemanha; RAF, Inglaterra; USAF, Estados Unidos (Enola Gay). Vantagens do transporte areo o mais rpido para transportar passageiros a mdias e grandes distncias;Grande liberdade de movimentos; dos mais seguros e cmodos; o mais adequado para o transporte de mercadorias de alto valor (diamantes, instrumentos de ptica, produtos farmacuticos, etc.) e de mercadorias perecveis (fruta, flores, etc.).

Desvantagens do transporte areoElevada poluio atmosfrica, devido emisso de dixido de carbono;

Poluio sonora nas reas circundantes aos aeroportos;

Forte consumidor de espao, devido construo das infraestruturas, os aeroportos requerem enormes espaos e complicadas instalaes de sadas e entradas;

Consumo de combustvel e manuteno bastante elevados;

muito dispendioso;

Algumas reas esto congestionadas, devido densidade do trfego, gerando problemas de segurana.

Legislao aeronutica brasileiraCompetncia Administrativa (material): Unio (art. 21, XII, c, CR);Competncia para legislar: Unio (art. 22, I e X, CR) Cdigo Brasileiro de Aeronutica (Lei Federal 7.565/86);Importncia dos tratados internacionais (art. 178, CR; art. 1, CBA); Art. 1, 3, CBA: A legislao complementar formada pela regulamentao prevista neste Cdigo, pelas leis especiais, decretos e normas sobre matria aeronutica.;Direito extremamente regulamentado. Legislao aplicvel ao transporte areoConstituio da Repblica; Cdigo Brasileiro de Aeronutica (Lei Federal 7.565/86);Cdigo de Defesa do Consumidor; Conveno de Varsvia (reformada pela Conveno de Haia) sobre o transporte internacional.

Conflito normativo:Quantum mximo indenizatrio. Infraestrutura aeronuticaConjunto de rgos administrativos, consultivos e regulamentares, bem como instalaes ou estruturas terrestres de apoio navegao area, destinadas a promover-lhe a segurana, regularidade e eficincia.

Infraestrutura aeronutica Art. 25. Constitui infraestrutura aeronutica o conjunto de rgos, instalaes ou estruturas terrestres de apoio navegao area, para promover-lhe a segurana, regularidade e eficincia, compreendendo:I - o sistema aeroporturio (artigos 26 a 46);II - o sistema de proteo ao vo (artigos 47 a 65);III - o sistema de segurana de vo (artigos 66 a 71);IV - o sistema de Registro Aeronutico Brasileiro (artigos 72 a 85);V - o sistema de investigao e preveno de acidentes aeronuticos (artigos 86 a 93);Infraestrutura aeronutica VI - o sistema de facilitao, segurana e coordenao do transporte areo (artigos 94 a 96); VII - o sistema de formao e adestramento de pessoal destinado navegao area e infraestrutura aeronutica (artigos 97 a 100);VIII - o sistema de indstria aeronutica (artigo 101);IX - o sistema de servios auxiliares (artigos 102 a 104);X - o sistema de coordenao da infraestrutura aeronutica (artigo 105).Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos (SIPAER)Sistema integrado de rgos competentes para planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigao e de preveno de acidentes Aeronuticos. (art. 86, CBA) Responsabilidade geral para a preveno de acidentes aeronuticosArt. 87. A preveno de acidentes aeronuticos da responsabilidade de todas as pessoas, naturais ou jurdicas, envolvidas com a fabricao, manuteno, operao e circulao de aeronaves, bem assim com as atividades de apoio da infraestrutura aeronutica no territrio brasileiro.

Facilitao do transporte areorgo consultivo ligado ao Comando da Aeronutica, subordinado ao Ministrio da Defesa. Disposto no art. 94, CBA

Art. 94. O sistema de facilitao do transporte areo, vinculado ao Ministrio da Aeronutica, tem por objetivo estudar as normas e recomendaes pertinentes da Organizao de Aviao Civil Internacional - OACI e propor aos rgos interessados as medidas adequadas a implement-las no Pas, avaliando os resultados e sugerindo as alteraes necessrias ao aperfeioamento dos servios areos.

Servios areosServios de utilizao dos veculos aeronuticos, podendo ser os servios areos privados e os servios areos pblicos. H, ainda, os servios areos especiais, privados ou pblicos, que constituem atividades aeronuticas especficas, como a publicidade aeronutica ou a aviao agrcola. Servios areos privadosArt. 177. Os servios areos privados so os realizados, sem remunerao, em benefcio do prprio operador (artigo 123, II) compreendendo as atividades areas:I - de recreio ou desportivas;II - de transporte reservado ao proprietrio ou operador da aeronave;III - de servios areos especializados, realizados em benefcio exclusivo do proprietrio ou operador da aeronave.

Servios areos pblicosArt. 175. Os servios areos pblicos abrangem os servios areos especializados pblicos e os servios de transporte areo pblico de passageiro, carga ou mala postal, regular ou no regular, domstico ou internacional.

1 A relao jurdica entre a Unio e o empresrio que explora os servios areos pblicos pauta-se pelas normas estabelecidas neste Cdigo e legislao complementar e pelas condies da respectiva concesso ou autorizao.

Servios areos pblicos 2 A relao jurdica entre o empresrio e o usurio ou beneficirio dos servios contratual, regendo-se pelas respectivas normas previstas neste Cdigo e legislao complementar, e, em se tratando de transporte pblico internacional, pelo disposto nos Tratados e Convenes pertinentes (artigos 1, 1; 203 a 213). 3 No contrato de servios areos pblicos, o empresrio, pessoa fsica ou jurdica, proprietrio ou explorador da aeronave, obriga-se, em nome prprio, a executar determinados servios areos, mediante remunerao, aplicando-se o disposto nos artigos 222 a 245 quando se tratar de transporte areo regular.Servios areos pblicosArt. 180. A explorao de servios areos pblicos depender sempre da prvia concesso, quando se tratar de transporte areo regular, ou de autorizao no caso de transporte areo no regular ou de servios especializados.

Contrato de transporte areoArt. 222. Pelo contrato de transporte areo, obriga-se o empresrio a transportar passageiro, bagagem, carga, encomenda ou mala postal, por meio de aeronave, mediante pagamento.Pargrafo nico. O empresrio, como transportador, pode ser pessoa fsica ou jurdica, proprietrio ou explorador da aeronave.

Art. 223. Considera-se que existe um s contrato de transporte, quando ajustado num nico ato jurdico, por meio de um ou mais bilhetes de passagem, ainda que executado, sucessivamente, por mais de um transportador.

Contrato de transporte areo Art. 225. Considera-se transportador de fato o que realiza todo o transporte ou parte dele, presumidamente autorizado pelo transportador contratual e sem se confundir com ele ou com o transportador sucessivo. Art. 226. A falta, irregularidade ou perda do bilhete de passagem, nota de bagagem ou conhecimento de carga no prejudica a existncia e eficcia do respectivo contrato.Contrato de transporte areo de pessoasArt. 227. No transporte de pessoas, o transportador obrigado a entregar o respectivo bilhete individual ou coletivo de passagem, que dever indicar o lugar e a data da emisso, os pontos de partida e destino, assim como o nome dos transportadores.Art. 228. O bilhete de passagem ter a validade de 1 (um) ano, a partir da data de sua emisso.Art. 229. O passageiro tem direito ao reembolso do valor j pago do bilhete se o transportador vier a cancelar a viagem.

Contrato de transporte areo de pessoasArt. 230. Em caso de atraso da partida por mais de 4 (quatro) horas, o transportador providenciar o embarque do passageiro, em voo que oferea servio equivalente para o mesmo destino, se houver, ou restituir, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do bilhete de passagem.Art. 231. Quando o transporte sofrer interrupo ou atraso em aeroporto de escala por perodo superior a 4 (quatro) horas, qualquer que seja o motivo, o passageiro poder optar pelo endosso do bilhete de passagem ou pela imediata devoluo do preo.Pargrafo nico. Todas as despesas decorrentes da interrupo ou atraso da viagem, inclusive transporte de qualquer espcie, alimentao e hospedagem, correro por conta do transportador contratual, sem prejuzo da responsabilidade civil.

Contrato de transporte areo de pessoasArt. 233. A execuo do contrato de transporte areo de passageiro compreende as operaes de embarque e desembarque, alm das efetuadas a bordo da aeronave. 1 Considera-se operao de embarque a que se realiza desde quando o passageiro, j despachado no aeroporto, transpe o limite da rea destinada ao pblico em geral e entra na respectiva aeronave, abrangendo o percurso feito a p, por meios mecnicos ou com a utilizao de viaturas. 2 A operao de desembarque inicia-se com a sada de bordo da aeronave e termina no ponto de interseco da rea interna do aeroporto e da rea aberta ao pblico em geral.

Do Contrato de Transporte Areo de CargaArt. 235. No contrato de transporte areo de carga, ser emitido o respectivo conhecimento, com as seguintes indicaes:I - o lugar e data de emisso;II - os pontos de partida e destino;III - o nome e endereo do expedidor;IV - o nome e endereo do transportador;V - o nome e endereo do destinatrio;VI - a natureza da carga; VII - o nmero, acondicionamento, marcas e numerao dos volumes;Do Contrato de Transporte Areo de CargaVIII - o peso, quantidade e o volume ou dimenso;IX - o preo da mercadoria, quando a carga for expedida contrapagamento no ato da entrega, e, eventualmente, a importncia das despesas;X - o valor declarado, se houver;XI - o nmero das vias do conhecimento;XII - os documentos entregues ao transportador para acompanhar o conhecimento;XIII - o prazo de transporte, dentro do qual dever o transportador entregar a carga no lugar do destino, e o destinatrio ou expedidor retir-la.

Do Contrato de Transporte Areo de CargaArt. 245. A execuo do contrato de transporte areo de carga inicia-se com o recebimento e persiste durante o perodo em que se encontra sob a responsabilidade do transportador, seja em aerdromo, a bordo da aeronave ou em qualquer lugar, no caso de aterrissagem forada, at a entrega final.

Responsabilidade contratualArt. 246. A responsabilidade do transportador (artigos 123, 124 e 222, Pargrafo nico), por danos ocorridos durante a execuo do contrato de transporte (artigos 233, 234, 1, 245), est sujeita aos limites estabelecidos neste Ttulo (artigos 257, 260, 262, 269 e 277).Art. 247. nula qualquer clusula tendente a exonerar de responsabilidade o transportador ou a estabelecer limite de indenizao inferior ao previsto neste Captulo, mas a nulidade da clusula no acarreta a do contrato, que continuar regido por este Cdigo (artigo 10).

Responsabilidade contratualArt. 248. Os limites de indenizao, previstos neste Captulo, no se aplicam se for provado que o dano resultou de dolo ou culpa grave do transportador ou de seus prepostos. 1 Para os efeitos deste artigo, ocorre o dolo ou culpa grave quando o transportador ou seus prepostos quiseram o resultado ou assumiram o risco de produzi-lo. 2 O demandante dever provar, no caso de dolo ou culpa grave dos prepostos, que estes atuavam no exerccio de suas funes. 3 A sentena, no Juzo Criminal, com trnsito em julgado, que haja decidido sobre a existncia do ato doloso ou culposo e sua autoria, ser prova suficiente.

Responsabilidade contratualArt. 249. No sero computados nos limites estabelecidos neste Captulo, honorrios e despesas judiciais.

Art. 250. O responsvel que pagar a indenizao desonera-se em relao a quem a receber (artigos 253 e 281, pargrafo nico).Pargrafo nico. Fica ressalvada a discusso entre aquele que pagou e os demais responsveis pelo pagamento.

Responsabilidade contratualArt. 251. Na fixao de responsabilidade do transportador por danos a pessoas, carga, equipamento ou instalaes postos a bordo da aeronave aplicam-se os limites dos dispositivos deste Captulo, caso no existam no contrato outras limitaes.

Procedimento extrajudicialPossibilidade de recebimento de indenizao decorrente da relao contratual de transporte areo atravs de procedimento extrajudicial; O pagamento pode ser feito pelo transportador ou pelo responsvel (seguradora); O prazo de habilitao para o pagamento de 30 dias.

Art. 255. Esgotado o prazo a que se referem os artigos 253 e 254, se no houver o responsvel ou a seguradora efetuado o pagamento, poder o interessado promover, judicialmente, pelo procedimento sumarssimo (artigo 275, II, letra e, do CPC), a reparao do dano. Responsabilidade do transportadorArt. 256. O transportador responde pelo dano decorrente:I - de morte ou leso de passageiro, causada por acidente ocorrido durante a execuo do contrato de transporte areo, a bordo de aeronave ou no curso das operaes de embarque e desembarque;II - de atraso do transporte areo contratado.

Responsabilidade do transportadorArt. 257. A responsabilidade do transportador, em relao a cada passageiro e tripulante, limita-se, no caso de morte ou leso, ao valor correspondente, na data do pagamento, a 3.500 (trs mil e quinhentas) Obrigaes do Tesouro Nacional - OTN, e, no caso de atraso do transporte, a 150 (cento e cinqenta) Obrigaes do Tesouro Nacional - OTN.

1 Poder ser fixado limite maior mediante pacto acessrio entre o transportador e o passageiro. 2 Na indenizao que for fixada em forma de renda, o capital par a sua constituio no poder exceder o maior valor previsto neste artigo.

Responsabilidade do transportadorArt. 260. A responsabilidade do transportador por dano, consequente da destruio, perda ou avaria da bagagem despachada ou conservada em mos do passageiro, ocorrida durante a execuo do contrato de transporte areo, limita-se ao valor correspondente a 150 (cento e cinquenta) Obrigaes do Tesouro Nacional - OTN, por ocasio do pagamento, em relao a cada passageiro.

Tabela

Fonte: Tribunal de Justia do Estado de Pernambuco Danos a terceiros na superfcie Art. 268. O explorador responde pelos danos a terceiros na superfcie, causados, diretamente, por aeronave em voo, ou manobra, assim como por pessoa ou coisa dela cada ou projetada. 1 Prevalece a responsabilidade do explorador quando a aeronave pilotada por seus prepostos, ainda que exorbitem de suas atribuies. 2 Exime-se o explorador da responsabilidade se provar que:I - no h relao direta de causa e efeito entre o dano e os fatos apontados;II - resultou apenas da passagem da aeronave pelo espao areo, observadas as regras de trfego areo;III - a aeronave era operada por terceiro, no preposto nem dependente, que iludiu a razovel vigilncia exercida sobre o aparelho;IV - houve culpa exclusiva do prejudicado.

Garantia da responsabilidadeArt. 281. Todo explorador obrigado a contratar o seguro para garantir eventual indenizao de riscos futuros em relao:I - aos danos previstos neste Ttulo, com os limites de responsabilidade civil nele estabelecidos (artigos 257, 260, 262, 269 e 277) ou contratados ( 1 do artigo 257 e pargrafo nico do artigo 262);II - aos tripulantes e viajantes gratuitos equiparados, para este efeito, aos passageiros (artigo 256, 2);III - ao pessoal tcnico a bordo e s pessoas e bens na superfcie, nos servios areos privados (artigo 178, 2, e artigo 267, I);IV - ao valor da aeronave.Pargrafo nico. O recebimento do seguro exime o transportador da responsabilidade (artigo 250).

Conflitos normativos na seara aeronuticaNormas em conflito:Constituio, Cdigo Civil e Cdigo de Defesa do Consumidor vs. Cdigo Brasileiro de Aeronutica e Conveno de Varsvia, de 1931.

Definio do valor mximo da indenizao:Taxao ou arbitramento judicial?

Prazos prescricionais:Prazo prescricional de cinco anos ou de dois anos? Conflito normativo quanto indenizaoTaxao para a indenizao pela perda de bagagens; Soluo criativa: reconhecimento de taxao da indenizao por dano material e fixao livre para dano moral:

INDENIZAO - DANO MORAL - EXTRAVIO DE MALA EM VIAGEM AREA - CONVENO DE VARSVIA - OBSERVAO MITIGADA - CONSTITUIO FEDERAL - SUPREMACIA. O fato de a Conveno de Varsvia revelar, como regra, a indenizao tarifada por danos materiais no exclui a relativa aos danos morais. Configurados esses pelo sentimento de desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhao decorrentes do extravio de mala, cumpre observar a Carta Poltica da Repblica - incisos V e X do artigo 5, no que se sobrepe a tratados e convenes ratificados pelo Brasil.RE 172.720 Rel. Min. Marco Aurlio j. 06/02/1996

Conflito normativo quanto indenizaoSegundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho (2012, p. 361):

Em nossa modesta opinio, na medida em que a Constituio Federal e o Cdigo de Defesa do Consumidor (este ltimo, muito posterior Conveno de Varsvia) no estabeleceram nenhum tipo de tarifamento indenizatrio, tanto para o dano moral quanto para o material, conclumos que qualquer limitao nesse sentido, prevista em norma anterior Carta Poltica e ao prprio CDC, h que ser rechaada por falta de lastro normativo.

Prazo prescricional - CBA Art. 317. Prescreve em 2 (dois) anos a ao:I - por danos causados a passageiros, bagagem ou carga transportada, a contar da data em que se verificou o dano, da data da chegada ou do dia em que devia chegar a aeronave ao ponto de destino, ou da interrupo do transporte;II - por danos causados a terceiros na superfcie, a partir do dia da ocorrncia do fato;III - por danos emergentes no caso de abalroamento a partir da data da ocorrncia do fato;

Prazo prescricional CDC Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretenso reparao pelos danos causados por fato do produto ou do servio prevista na Seo II deste Captulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.Prazo prescricional Manifestao do Supremo Tribunal Federal:

[...]embora vlida a norma do CDC quanto aos consumidores em geral, no caso de contrato de transporte internacional areo, em obedincia ao disposto no art. 178 da CF ("A lei dispor sobre a ordenao dos transportes areo, aqutico e terrestre, devendo, quanto ordenao do transporte internacional, observar os acordos firmados pela Unio, atendido o princpio da reciprocidade"), prevalece o que dispe a Conveno de Varsvia, que estabelece o prazo prescricional de dois anos.RE 297901/RN, rel. Min. Ellen Gracie, 7.3.2006. (RE-297901)

JurisprudnciaRECURSO ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AO INDENIZATRIA. COMPANHIA AREA. CONTRATO DE TRANSPORTE. OBRIGAO DE RESULTADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANOS MORAIS. ATRASO DE VOO. SUPERIOR A QUATRO HORAS. PASSAGEIRO DESAMPARADO. PERNOITE NO AEROPORTO. ABALO PSQUICO. CONFIGURAO. CAOS AREO. FORTUITO INTERNO. INDENIZAO DEVIDA. 1. Cuida-se de ao por danos morais proposta por consumidor desamparado pela companhia area transportadora que, ao atrasar desarrazoadamente o voo, submeteu o passageiro a toda sorte de humilhaes e angstias em aeroporto, no qual ficou sem assistncia ou informao quanto s razes do atraso durante toda a noite. 2. O contrato de transporte consiste em obrigao de resultado, configurando o atraso manifesta prestao inadequada. Jurisprudncia3. A postergao da viagem superior a quatro horas constitui falha no servio de transporte areo contratado e gera o direito devida assistncia material e informacional ao consumidor lesado, independentemente da causa originria do atraso. 4. O dano moral decorrente de atraso de voo prescinde de prova e a responsabilidade de seu causador opera-se in re ipsa em virtude do desconforto, da aflio e dos transtornos suportados pelo passageiro. 5. Em virtude das especificidades fticas da demanda, afigura-se razovel a fixao da verba indenizatria por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 6. Recurso especial provido.

REsp 1280372 / SP. J. 07/10/214JurisprudnciaRESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: MORTE DE PASSAGEIRO EM ACIDENTE DE AVIAO CIVIL: CARACTERIZAO.1. Lavra disseno doutrinria e pretoriana acerca dos pressupostos da responsabilidade civil do Estado por omisso (cf. RE 257.761), e da dificuldade muitas vezes acarretada sua caracterizao, quando oriunda de deficincias do funcionamento de servios de polcia administrativa, a exemplo dos confiados ao D.A.C. - Departamento de Aviao Civil -, relativamente ao estado de manuteno das aeronaves das empresas concessionrias do transporte areo.

Jurisprudncia2. No caso, porm, o acrdo recorrido no cogitou de imputar ao D.A.C. a omisso no cumprimento de um suposto dever de inspecionar todas as aeronaves no momento antecedente decolagem de cada vo, que razoavelmente se afirma de cumprimento tecnicamente invivel: o que se verificou, segundo o relatrio do prprio D.A.C., foi um estado de tal modo aterrador do aparelho que bastava a denunciar a omisso culposa dos deveres mnimos de fiscalizao.

Jurisprudncia3. De qualquer sorte, h no episdio uma circunstncia incontroversa, que dispensa a indagao acerca da falta de fiscalizao preventiva, minimamente exigvel, do equipamento: estar a aeronave, quando do acidente, sob o comando de um "checador" da Aeronutica, deficincia de cujo treinamento adequado se deveu, segundo a instncia ordinria, o retardamento das medidas adequadas emergncia surgida na decolagem, que poderiam ter evitado o resultado fatal.

(STF - RE: 258726 AL , Relator: SEPLVEDA PERTENCE, Data de Julgamento: 14/05/2002, Primeira Turma, Data de Publicao: DJ 14-06-2002 PP-00146 EMENT VOL-02073-05 PP-01000)