51
Organelas I Sistema de endomembranas Prof a . Marta G. Amaral, Dra. Biologia Celular

Transporte de Proteinas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Transporte de Proteinas

Organelas I Sistema de endomembranas

Profa. Marta G. Amaral, Dra. Biologia Celular

Page 2: Transporte de Proteinas

São compartimentos celulares organizados, limitados por membrana, no citoplasma das células com funções específicas.

O que são organelas com endomembranas?

Page 3: Transporte de Proteinas

Vacúolos Lisossomo

Retículo endoplasmático liso Retículo endoplasmático

rugoso

Mitocôndria Complexo de Golgi

Peroxissomos

Núcleo

Page 4: Transporte de Proteinas

Evolução das organelas

1. Invaginações da membrana plasmática: formam o sistema de endomembranas

oMembrana nuclear oMembrana RE oMembrana Golgi oEndossomos oLisossomos

Page 5: Transporte de Proteinas

2. Fagocitose de bactérias: tem seus próprios genomas e sintetizam parte das suas proteínas.

o Mitocôndrias o Cloroplastos

Page 6: Transporte de Proteinas

Distribuição das proteínas nas organelas

o Antes da divisão celular, há duplicação das organelas.

o As organelas crescem por incorporação de novas moléculas (lipídeos e proteínas)

o O RE secreta e entrega os lipídeos e proteínas indiretamente para o Golgi, lisossomos, endossomos e membrana nuclear

o Nas mitocôndrias, cloroplastos e interior do núcleo as proteínas são entregues diretamente a partir dos ribossomos do citosol

Page 7: Transporte de Proteinas

Mecanismos de distribuição de proteínas

• As proteínas apresentam uma sequencia de aa denominada sinal de distribuição (15-60 aa), que indica o seu destino.

1. Transporte pelos poros nucleares: vão do citosol para o núcleo atravessando os poros. 2. Transporte pelas membranas: vão do citosol para o RE, mitocôndrias e cloroplastos. Usam translocadores proteícos. 3. Transporte por vesículas: saem do RE ou Golgi, dentro de vesículas de transporte envoltas por membrana, na entrega ocorre fusão de membranas

Page 8: Transporte de Proteinas
Page 9: Transporte de Proteinas

Proteínas destinadas ao RE possuem uma sequência-sinal N-terminal que as direciona para o RE, as que devem permanecer no citosol não possuem a sequência.

Técnicas de DNA recombinante são utilizadas para trocar a localização de duas proteínas: a sequência-sinal é removida da proteína do RE e anexada à proteína citosólica, as proteínas acabam se localizando em um local anormal da célula

Page 10: Transporte de Proteinas

Transporte pelos poros nucleares

o O envelope nuclear é formado por 2 membranas concêntricas.

o A membrana interna tem proteínas que atuam como sítios de ligação para os cromossomos e dão sustentação para a lâmina nuclear, dando suporte para estrutural para o envelope nuclear

o A membrana nuclear externa é semelhante a membrana do RE

Page 11: Transporte de Proteinas

complexos de poros nucleares

Pequenas moléculas solúveis em água podem passar livremente pelos poros

Moléculas maiores e tem que ter um sinal de localização nuclear para passar pelo poro

Page 12: Transporte de Proteinas

Com gasto de energia: hidrólise de GTP (trifosfato de guanina)

Page 13: Transporte de Proteinas

Transporte pelas membranas

As proteínas devem ser desenoveladas quando são importadas para dentro da mitocôndria e cloroplasto

Page 14: Transporte de Proteinas

Importação de proteínas pela mitocôndria

Page 15: Transporte de Proteinas

o As proteínas são carregadas de uma organela para outra, de uma organela para o citosol ou para o exterior celular, por vesículas de transporte

o 2 tipos de proteínas são transferidos do citosol para o RE:

1. Proteínas hidrossolúveis: passam pela membrana do RE e são liberadas no lúmen. São as proteínas que irão formar as secreções (para fora da célula) ou que irão para o lúmen de outra organela.

2. Proteínas transmembrana: são parcialmente translocadas pela membrana do RE, se tronam embebidas na membrana. Irão formar a membrana do RE ou de outra organela

Page 16: Transporte de Proteinas

Visão dinâmica das proteínas hidrossolúveis no RE

Page 17: Transporte de Proteinas

1. Conjunto comum de ribossomos sintetizam proteínas para o citosol ou proteínas que serão transportadas

para organelas envoltas por membrana

2. Ribossomos que estão traduzindo proteínas citosólicas que permanecem livres no citosol

3. Proteínas que são destinadas ao RE tem uma sequência-sinal na cadeia polipeptídica crescente e direciona o ribossomo para a membrana do RE. Muitos ribossomos se ligam a cada molécula de mRNA , formando um polirribossomo. Ao final de cada ciclo de síntese da proteína, as subunidades ribossomais são liberadas e se reúnem ao grupo comum do citosol.

Page 18: Transporte de Proteinas

Proteínas solúveis são liberadas no lúmen do RE

1. SRP- Partícula de reconhecimento sinal: está presente no citosol e se liga a sequência-sinal do RE quando exposta pelo ribossomo.

2. Receptor de SRP: está inserido na membrana do RE e reconhece a SRP. Depois de ligar-se ao receptor, a SRP é liberada e recomeça a síntese proteica. A cadeia polipeptídica é dirigida para o lúmen do RE por um canal de translocação da membrana do RE

Page 19: Transporte de Proteinas

1. A sequência-sinal abre o canal de translocação e fica presa a ele

2. A cadeia proteica entra no lúmen do RE

3. Uma peptidase-sinal cliva a sequência-sinal da proteína

4. O peptídeo-sinal clivado volta para o citosol e a proteína fica no lúmen do RE

Page 20: Transporte de Proteinas

Sinais que determinam o arranjo da proteína transmembrana

1. Proteína transmembrana de passagem única

Cliva o peptídeo-sinal da proteína

Page 21: Transporte de Proteinas

2. Proteína transmembrana de passagem dupla

Não há clivagem da sequência de parada nem da sequência de início

Page 22: Transporte de Proteinas

Proteína transmembrana

Page 23: Transporte de Proteinas

Transporte por vesículas Há 2 vias: secretória e endocítica

Page 24: Transporte de Proteinas

MET demonstrando a sequência de eventos na formação de uma vesícula revestida de clatrina a partir de uma fossa revestida

MEV demonstrando inúmeras fossas e vesículas revestidas de clatrina brotando da superfície interna da membrana plasmática de células cultivadas

Vesículas revestidas: são as que brotam das membranas e tem uma capa proteica distinta no citosol

Page 25: Transporte de Proteinas

Vesículas revestidas por clatrina

• Via secretória: brotam do Golgi

• Via endocítica: brotam da membrana plasmática

Adaptinas capturam os receptores de carga

Adaptinas se ligam as clatrinas na superfície citosólica da vesícula em brotamento

Dinamina se acopla ao pescoço da vesícula em formação

Hidrolisam o GPT e destacam a vesícula

Remoção das proteínas de revestimento

Vesícula se fusiona a membrana alvo

Page 26: Transporte de Proteinas

Vesículas de clatrina

Page 27: Transporte de Proteinas

Como as vesículas de membrana encontram o caminho correto para o seu destino?

Geralmente, a vesícula é transportada por proteínas motoras que se movem ao longo das fibras do citoesqueleto.

Quando a vesícula chega ao seu alvo, ela tem que reconhece-lo, se ancorar na organela, se fundir e descarregar a sua carga.

2 famílias de proteínas auxiliam no transporte de vesículas para suas membranas alvo. 1. Proteínas Rab: são reconhecidas por receptores da membrana alvo 2. Proteínas SNAREs: são proteínas transmembranas da vesícula (v-SNAREs)ou da membrana alvo (t-SNAREs)

Page 28: Transporte de Proteinas

reconhecidas por receptores da membrana alvo

Reconhecimento da v-SNAREs pela t- SNAREs

Page 29: Transporte de Proteinas

Proteínas SNAREs atuam na fusão de membranas

Page 30: Transporte de Proteinas

Vias secretoras

o A maioria das proteínas é quimicamente modificada no RE

o No interior do RE ocorre a formação de pontes dissulfídicas, pela oxidação de pares de cadeias laterais de cisteínas.

o As pontes dissulfídicas dão estabilidade para as proteínas quando elas encontram mudanças de pH e enzimas no exterior da célula.

o No RE ocorre a glicosilação, formando glicoproteínas

o O citosol não tem enzimas de glicosilação

Page 31: Transporte de Proteinas

Funções dos oligossacarídeos nas proteínas:

Protegem a proteína da degradação

Retêm a proteína no RE até o seu enovelamento

Orientam a proteína para se dirigir à organela correta

Na superfície celular formam o glicocálix

Page 32: Transporte de Proteinas

Glicosilação no RE

1. Adição de cadeias laterais de oligossacarídeos e asparaginas especiais do polipeptídio

2. O oligossacarídeo é transferido como uma unidade intacta para a asparagina a partir de um lipídio, o DOLICOL

3. As asparaginas glicosiladas tem uma sequência de 3 peptídeos: Asparagina-X-Serina Asparagina-X-Treonina X= qualquer aminoácido

Page 33: Transporte de Proteinas

No interior do RE as chaperonas se unem às proteínas malformadas

impedindo a sua saída do RE As proteínas bem formadas

são transportadas por vesícula para o Golgi.

As proteínas malformadas são transportadas para o citosol,

onde serão degradadas

Controle de qualidade do RE

Page 34: Transporte de Proteinas

UPR (unfolded protein response)

O aumento da síntese proteica sobrecarrega o RE e as proteínas mal enoveladas se acumulam no RE

As proteínas mal enoveladas se ligam a receptores que estimulam a produção de um regulador de transcrição

O regulador de transcrição vai para o núcleo para ativar genes que codificam para a produção de chaperonas e outros componentes do RE

Page 35: Transporte de Proteinas

Modificação e distribuição das proteínas no Golgi

Face de saída: trans, em direção à membrana plasmática

O Golgi fica próximo ao núcleo e do centrossomo

É composto por uma coleção de sacos achatados e empilhados, denominados cisternas (cerca de 3-20 cisternas)

Face de entrada: cis, adjacente ao RE

Page 36: Transporte de Proteinas

Golgi de célula pancreática

Page 37: Transporte de Proteinas

Vias de exocitose via constitutiva X via regulada

Via constitutiva ou padrão: *Crescimento da membrana antes da divisão celular. *Exocitose de proteínas para o exterior (secreção) Proteínas recém sintetizadas podem: -Aderir a superfície celular -Ficar incorporadas na matriz extracelular -Difundir no líquido extracelular para nutrição ou sinalização de outras células

Page 38: Transporte de Proteinas

Via constitutiva para suprir a membrana com proteínas e lipídeos

Page 39: Transporte de Proteinas

Via constitutiva para proteínas solúveis

Page 40: Transporte de Proteinas

Via regulada: Só existe em células secretoras onde o material é estocado em vesículas de secreção. As vesículas brotam pela face trans, se acumulam próximo a membrana, para aguardar o sinal que estimulará a liberação do seu conteúdo para o exterior

Page 41: Transporte de Proteinas

MET mostra a liberação de insulina para o espaço extracelular a partir de uma vesícula secretória de uma célula β

Page 42: Transporte de Proteinas

Vias endocíticas

o Fagocitose: partículas grandes (> 250 nm de diâmetro), serve para a nutrição e para defesa

o Pinocitose: líquido e moléculas pequenas

(< 150 nm de diâmetro), serve para a nutrição

Page 43: Transporte de Proteinas

MET, neutrófilo ingerindo uma bactéria MEV, macrófago fagocitando eritrócitos

Fagocitose

Page 44: Transporte de Proteinas

Fagocitose

Page 45: Transporte de Proteinas

Pinocitose Endocitose mediada por receptor

No sangue o colesterol é transportado pela Lipoproteína de baixa Densidade (LDL)

Page 46: Transporte de Proteinas

Endocitose do colesterol

Page 47: Transporte de Proteinas

Endossomos iniciais e tardios

Page 48: Transporte de Proteinas

Destino das proteínas receptoras

1. Reciclagem: a maioria é devolvida ao mesmo domínio da membrana plasmática de onde vieram

2. Degradação: se movem para os Lisossomos onde são degradados

3. Transcitose: alguns prosseguem para um domínio diferente da membrana plasmática, transferindo suas moléculas carga ligadas de um espaço extracelular para outro.

Page 49: Transporte de Proteinas

Lisossomos Sacos membranosos contendo enzimas hidrolíticas que conduzem a digestão intracelular

Cerca de 40 tipos de enzimas estão presentes, as hidrolases ácidas que agem em pH ácido, dentro do lisossomo.

Sua membrana contém transportadores que permitem que os produtos finais da digestão de Macromoléculas como aminoácidos, açucares e nucleotídeos, sejam transportados para o citosol

A membrana mantém uma bomba de H+ dirigida por ATP, que bombeia H+ para dentro do lisossomo mantendo o pH ácido

Page 50: Transporte de Proteinas

Vias dos materiais degradados

Fagossomos: partículas fagocitadas fusionadas com lisossomos

Endossomos: macromoléculas e líquidos fagocitados fusionados com os lisossomos

Autofagossomos: Organelas da própria célula fagocitadas e fusionadas com lisossomos

Page 51: Transporte de Proteinas

Obrigada!