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Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos final

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Tratamento de

Resíduos Sólidos

Urbanos

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

Índice Introdução………………………………………………………………….pág. 3 Resíduos sólidos urbanos (RSU) ………………………………………...pág. 4

Classificação quanto à perigosidadeClassificação químicaClassificação quanto à origem

Fases de tratamento dos RSU…………………………………………..…pág. 8Recolha indiferenciadaRecolha selectiva

Tratamento e valorização dos RSU……………………………………….pág. 9A. Politica dos 3R’sB. Valorização orgânicaC. Valorização energética

Destino final ……………………………………………………………....pág. 14Aterros sanitários

Conclusão ……………………………………………………….………..pág. 18 Bibliografia……………………………………………………………..…pág. 19

pág. 2

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

Introdução:

Este trabalho irá abordar o tratamento de resíduos sólidos urbanos, que cada vez mais,

tem vindo a fazer parte do nosso quotidiano, principalmente através da reciclagem, e de

algumas campanhas de recolha de electrodomésticos fora de uso, entre outras práticas.

Contudo, este ainda é um tema que ainda passa um pouco desapercebido na nossa

sociedade, sendo que a população ainda não se encontra totalmente sensibilizada para as

várias vertentes abrangidas por este tema.

O nosso trabalho vem por isso informar para sensibilizar as pessoas sobre os custos do

tratamento dos resíduos sólidos urbanos, principalmente para o ambiente. Por isso, é

importante reduzir os RSU que vão para os aterros sanitários, e isso pode ser feito

através de boas práticas ambientais como por exemplo, a politica dos 3R’s (reduzir,

reutilizar e reciclar).

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

O que são resíduos sólidos urbanos

(RSU)?

É considerado resíduo sólido urbano os resíduos sólidos ou semi-sólidos, resultantes das

actividades humanas, quer sejam individuais ou industriais.

Existem vários tipos de RSU, em que estes são classificados segundo as suas principais

características físicas e/ou químicas, e para uma melhor separação é necessários ter em

conta a origem, os constituintes e a perigosidade destes resíduos.

Os resíduos sólidos que produzimos todos os dias apresentam riscos potenciais para o

meio ambiente e para a saúde pública.

Quanto à perigosidade, os resíduos podem ser classificados em três grupos distintos:

Perigosos – apresentam características que podem ser consideradas perigosas

para o meio ambiente e para a sociedade. Estes são classificados como:

substâncias tóxicas, patogénicas, inflamáveis, reactivas ou corrosivas. Por isso

requerem formas de deposição, recolha e tratamento especiais;

Inertes, que, não sendo considerados perigosos, incluem materiais que não se

degradam ou decompõem facilmente nem rapidamente quando depositados no

solo, tais como entulhos e vidro;

Não inertes, resíduos não perigosos que apresentam características de

biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, constituindo a

maior parte do resíduos domésticos.

Segundo a composição química, os resíduos são classificados, como:

Orgânicos: são compostos biodegradáveis que têm características que lhe

degradar-se rapidamente transformando-se novamente em matéria orgânica.

Exemplos: restos de alimentos, frutas e vegetais, carne, ovos, folhas, grama,

animais mortos, esterco, papel, madeira, entre outros.

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“Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): são substâncias químicas que,

possuindo certas propriedades tóxicas, são resistentes à degradação (química,

fotolítica e biológica), o que as torna particularmente nocivas para a saúde

humana e o ambiente. Os POP acumulam-se nos organismos vivos e propagam-

se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumulam-se nos

ecossistemas terrestres e aquáticos. Este composto orgânico é de tal maneira

perigoso que foi criada uma norma internacional para seu controle denominada

“Convenção de Estocolmo” (Maio de 2001).

Inorgânicos: também são compostos biodegradáveis, cujo processo de

degradação natural é muito lento. Por exemplo: vidros, plásticos, borrachas, etc.

Os RSU podem ser ainda classificados segundo a sua origem, como:

Residenciais ou Domésticos, são todo o lixo produzido nas residências. Estes

constituem, no geral, sobras de alimentos, invólucros, papeis, plásticos, vidros,

roupas, alumínio e outros metais, etc.

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Institucionais são os resíduos originários dos serviços administrativos públicos,

escolas, hospitais e prisões. Nesta categoria de resíduos se, se excluírem os

medicamentos, são muito semelhante à dos resíduos domésticos e comerciais.

Comerciais, são oriundos de estabelecimentos comerciais como lojas,

restaurantes, escritórios, hotéis, bancos, etc. Dada a diversidade de actividades

comerciais podem encontrar-se praticamente os mesmos tipos de resíduos

originados em residências, em quantidades e outros específicos da actividade,

como embalagens e restos de óleos e lubrificantes nas estações de serviços;

Resíduos de Construção e Demolição, são resíduos resultantes da reparação,

remodelação e construção ou derrube de edifícios, da abertura de estradas,

passeios e da destruição de pontes. A quantidade de resíduos produzida é difícil

de estimar e são constituídos por madeira, ferro, tijolos, cimento, vidro, tintas,

latas, plásticos, etc.

Serviços Municipais, são resíduos resultantes da operação e manutenção dos

serviços prestados aos munícipes: limpeza das ruas, parques e jardins,

alcatroamento de estradas, resíduo de contentores, areia, restos de folhas e

árvores, animais mortos, veículos abandonados, inclusive as lamas e os resíduos

resultantes de estações de tratamento de águas e de águas residuais;

Resíduos Industriais, são provenientes dos processos industriais, têm uma

grande diversidade na composição e em grandes quantidades podem ser

considerados perigosos. Podem ser constituídos por escórias (por exemplo:

impurezas resultantes da fundição do ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos,

papel, borrachas, etc.

Resíduos Agrícolas, são os resíduos resultantes das diversas actividades

agropecuária tais como, cultura e colheita, poda de árvores e vinha, produção de

leite, produção de animais para matadouro, produtos veterinários, etc.

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Resíduos Hospitalares, são todos os materiais resultantes de actividades

médicas na prestação de cuidados de saúde, em actividades de prevenção,

diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres

humanos ou animais, em farmácias, no ensino e em quaisquer outras actividades

que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura, piercings e

tatuagens.

Os resíduos hospitalares são divididos em perigosos e não perigosos, e ainda

subdivididos dentro destes grupos, mas essa parte não corresponde ao assunto

que pretendemos desenvolver neste trabalho.

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Fases de tratamento dos resíduos

sólidos urbanos

1. Recolha

É feita uma recolha indiferenciada dos resíduos sólidos urbanos. Esta pode ser:

Recolha municipal – geralmente são as autarquias os responsáveis pela recolha dos

resíduos urbanos, embora possam recorrer esse serviço a privados.

Recolha pelos próprios produtores – é feita por exemplo por grandes comerciantes

que recolhem e transportam os seus resíduos para local pré estabelecido.

2. Recolha selectiva

Os RSU são encaminhados para centrais de triagem onde são separados (triagem

manual, mecânica e/ou automática) consoante as características físicas, químicas e a

composição.

Nesta fase ocorre a separação em resíduos recicláveis, e não recicláveis.

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Após a triagem, os materiais recicláveis são compactados e enfardados por tipo de

material, para mais facilmente serem transportadas para as Unidades de Reciclagem.

Os resíduos não recicláveis são sujeitos a valorização orgânica e os resíduos que não

possuem qualquer possibilidade de valorização são encaminhados para os aterros

sanitários.

3. Tratamento e valorização dos

RSU

As técnicas para o tratamento e valorização de resíduos, de acordo com a sua

caracterização e tipologia, são as seguintes:

A. Politica dos 3R’s

B. Valorização orgânica, por Compostagem ou Digestão Anaeróbia;

C. Valorização energética.

A. Politica dos 3R’s:

Existem três passos fundamentais (normalmente chamados de 3 R), para obter a

diminuição da quantidade de resíduos a depositar em aterro ou a incinerar, que

dependem directamente da acção dos consumidores:

1. Redução na fonte: ou seja, moderação de consumo. Refere-se, de um modo

genérico, a qualquer mudança de design, no processo de fabrico, na compra ou

no uso doméstico de materiais ou de produtos (incluindo embalagens, que

representam, hoje em dia, uma parte, significativa no volume de lixo que se

produz) com vista a diminuir o seu volume

e toxicidade antes de cumprirem a sua

função primordial e se tornarem lixo.

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

No acto da compra, compare as opções disponíveis, observe a embalagem,

averiguando se reúne pelo menos uma destas condições desejáveis:

Permitir retorno;

Não ser excessiva, em termos volumétricos, quantitativos e qualitativos,

para o artigo que acondiciona;

Utilizar materiais biodegradáveis;

Ser fabricada a partir de componentes reciclados.

2. Reutilização: conferir novo uso a uma embalagem ou a um produto, após

cumprir as funções para as quais foi inicialmente projectado (um frasco de

compota vazio continua a ser útil na cozinha, servindo para guardar açúcar, por

exemplo) -

3. Reciclagem: processo de recuperação ou reprocessamento em que os materiais

usados se transformam em novos e por vezes, em diferentes produtos; segundo

este método de reutilização, os materiais descartados regressam ao ciclo de

fabrico, para se produzirem novas mercadorias, ou seja obter novos produtos a

partir da reutilização da matéria-prima presente em resíduos sólidos ou

industriais; desta forma, um artigo usado, que já cumpriu a sua finalidade

original, pode ser reposto num processo produtivo.

Vantagens da reciclagem

Travar a acumulação de detritos e o desperdício de materiais aproveitáveis;

Reduzir a necessidade de novas unidades incineradoras de RSU e de novos

aterros sanitários, prolongando a vida útil dos que já existem;

Diminuir consideravelmente a poluição do meio ambiente, em particular da

atmosfera e da água, resultante do processo de fabrico de materiais;

Melhorar as condições de saúde da população;

Estimular, nas indústrias, o desenvolvimento de “ tecnologias mais limpas”;

Promover a criação de novos pontos de trabalho;

Poupar a extracção de recursos não renováveis, permitindo uma melhor gestão

das matérias-primas de que dispomos e conservando a natureza para o futuro.

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B. Valorização orgânica

I. Compostagem

II. Digestão anaeróbia

Valorização orgânica – consiste na degradação dos resíduos orgânicos com

aproveitamento do produto final para produção de energia e reutilização agrícola.

I. Compostagem

O processo de tratamento biológico por

compostagem consiste na degradação da matéria orgânica pela acção de

microrganismos em condições aeróbias (na presença de oxigénio). Este é um processo

que ocorre naturalmente, mas pode ser acelerado pelo homem. Neste processo os

microrganismos utilizam a matéria orgânica com produção de CO2, água, calor e

moléculas de matéria orgânica mais simples e estáveis. O composto resultante da

decomposição pode ser utilizado devolvido ao solo como adubo orgânico.

Vantagens da compostagem:

Benefícios sanitários, económicos e ambientais;

Constitui uma excelente matéria-prima para a fabricação de adubos

organominerais;

Pode ser utilizado como correctivo de variados tipos de solos, além de ser fonte

de macro (N, P, K, Mg) e micro nutrientes (Fe, Cu, Zn, etc.) para as plantas;

Contribui para melhorar as características físicas e estruturais do solo;

Aumenta a capacidade do solo de retenção de água permitindo o controlo da

erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.

Desvantagens da compostagem:

Provoca maus cheiros;

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Há perigo de atrair ratos, moscas e outros seres vivos;

II. Digestão Anaeróbia

Este processo consiste na degradação biológica anaeróbia dos resíduos orgânicos, na

presença de uma população bacteriana, em ambiente anaeróbio, produzindo biogás

(constituído por dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4)) e um produto final

fitotóxico, húmido e contaminado microbiologicamente. Deste modo, a digestão

anaeróbia permite quer a valorização energética quer a valorização agrícola dos resíduos

com componente orgânica.

C. Valorização energética, consiste em processos fermentativos onde se inclui a

digestão anaeróbia e a degradação anaeróbia dos resíduos em aterros sanitários;

e a Processos Pirolíticos onde se inclui a Incineração com recuperação de calor,

a Pirólise e a Gaseificação.

Degradação aeróbia e anaeróbia em aterros sanitários

A degradação aeróbia ocorre na parte superficial dos resíduos, é muito rápida e dá

origem a uma mistura gasosa constituída por dióxido de carbono (CO2), amoníaco

(NH3) e água (H2O).

A degradação anaeróbia dos resíduos ocorre nas camadas inferiores, sendo promovida

pela compactação e cobertura dos resíduos e dando origem ao biogás (constituído

aproximadamente por 60 % de CH4 e 40 % de CO2).

O biogás produzido no aterro sanitário é captado por meio de um sistema de extracção,

com drenos executados de modo a acompanharem o crescimento da massa de resíduos.

Deste modo, o biogás é captado e aproveitado para a produção de electricidade, em

geral para a iluminação da área do aterro. No caso do biogás produzido não ser sujeito a

valorização energética, é queimado e libertado para a atmosfera.

Incineração

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A Incineração é um processo de queima de resíduos, realizado sob alta temperatura (900

a 1250 ºC), com tempo de residência controlado. Neste processo ocorre a decomposição

térmica, via oxidação, a alta temperatura, da parcela orgânica dos resíduos,

transformando-a numa fase gasosa e outra sólida, reduzindo o volume (até cerca de

90%), o peso e as características de perigosidade dos resíduos. Como resultado final

obtém-se energia calorífica (que é transformada em energia eléctrica ou vapor), águas

residuais, gases, cinzas e escórias.

Os gases, as cinzas, escórias e águas residuais resultantes da incineração têm se sofrer

um tratamento posterior, uma vez podem conter compostos por substâncias

consideradas tóxicas (chumbo, mercúrio, e outros metais pesados, ácido clorídrico,

óxidos de azoto e dióxido de enxofre).

Vantagens da incineração:

Redução do volume das cinza que resta no final do processo:

Redução da poluição da água;

Obtenção de energia eléctrica;

Aproveitamento do calor produzido;

Não exige no cidadão qualquer mudança no seu comportamento habitual,

relativamente ao lixo que produz;

Menos resíduos a lançar nos aterros;

Desvantagens da incineração:

Custo financeiro elevado;

Causa poluição atmosférica (por exemplo, CO2 e dioxinas);

Produz cinzas tóxicas;

Há perda de matérias-primas;

O resíduos resultante do procedimento de incineração é tóxico e deve ser

armazenado num aterro que resíduos industriais;

Pirólise:

A pirólise consiste na degradação térmica das moléculas orgânicas dos RSU na ausência

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de oxigénio (destilação destrutiva, destilação). A temperatura elevada (> 700 ºC)

favorece a formação de compostos gasosos simples, como hidrogénio (H2), monóxido

de carbono (CO) e metano (CH4). Em contraste com os processos de combustão e de

gaseificação, a pirólise é um processo altamente exotérmico.

Gaseificação:

A gaseificação consiste num processo de combustão parcial, no qual um combustível é

deliberadamente queimado com insuficiência de oxigénio (ar, vapor, oxigénio puro),

com produção de gás combustível rico em CO, H2, CO2, CH4 e outros hidrocarbonetos,

grandes quantidades de azoto (N2), cerca de 53 %, e um resíduo sólido (inertes

originalmente presentes).

4. Destino final: Aterros

sanitários

Aterro Sanitário, é uma infra-estrutura para a deposição de RSU, projectada e

construída para minimizar os impactes ambientais e de saúde pública. Por isso antes da

construção do Aterro Sanitário são realizados estudos de aptidão do terreno e análise

das incidências ambientais na área de intervenção.

Os locais de construção são construídos tendo em conta;

Vedação do local;

Extracção de Biogás produzido;

A compactação dos resíduos;

Estudo do impacto ambiental;

Impermeabilidade dos locais;

A cobertura diária com terra;

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

Os aterros são vedados em toda a sua área e impermeabilizados, de modo que não haja

infiltrações poluentes no solo. A impermeabilização dos solos é feita com diferentes

camadas de materiais. Na base são colocados: substrato geológico xisto argiloso, tela

betonitica polietileno de alta densidade, camada drenante (areão) nos taludes: substrato

geológico geocomposto drenante areão.

Num aterro sanitário, os resíduos são depositados diariamente, em finas camadas de

1,5m, compactados e cobertos com uma camada de argila ou plástico.

A cobertura diária, tem objectivo de impedir que o vento arraste resíduos para fora da

célula, para impedir o contacto com ratos, moscas e outros agentes vectores de doenças,

evitar a libertação de maus cheiros, diminuir o risco de incêndios, e ainda para evitar a

entrada de água durante o processo operativo.

Alguns aterros podem apresentar equipamentos de recolha selectiva para os separar e

reciclar, nomeadamente os ecocentros e unidades de triagem.

Os aterros sanitários podem albergar diferentes compostos, há aterros para lixo

domésticos, resíduos industriais, etc.

Os aterros sanitários possuem de um modo geral:

Controlo da proveniência dos resíduos

Sistema de impermeabilização do solo de fundações e taludes com o intuito de

minimizar os riscos de poluição.

Sistema de cobertura diário que é aplicado no fim de cada dia do processo

operativo.

Um sistema periférico de valetas, para desvio das águas pluviais para fora da

área de deposição e das frentes de trabalho.

Um sistema de drenagem de fundo com valas, principais e secundárias, que

possuam colectores (perfurados a meia-cana e/ou de secção cheia para captação

e drenagem das escorrências líquidas para um poço de captação e derivação.

Um sistema de recepção que concentre e acumule os lexiviados drenados.

Um sistema de drenagem, e tratamento de lixiviado.

Um sistema de drenagem do biogás que permite a saída do biogás.

Os lixos que são depositados nos Aterros têm vários tipos de tratamento:

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a) Micro-ondas – este tratamento permite exterminar os germes que são transportados

pelo lixo.

b) Autoclavagem – este tratamento esteriliza os lixos contaminados através de vapor.

c) Desinfecção química – este tratamento é efectuada com o uso de compostos clorados.

d) Tratamento de lixiviados – O tratamento de lixiviados faz-se, em geral, por

combinação os tratamentos biológicos e avançado.

Lixiviados

Os lixiviados são um líquido altamente poluente que se forma durante a decomposição

dos resíduos e normalmente são constituídos por matéria orgânica e ácidos inorgânicos.

Os lixiviados formam-se, maioritariamente a partir de água com origem em fontes

externas tais como precipitação, escoamentos superficiais, águas subterrâneas ou águas

de nascentes. Podem ainda ser o resultado da decomposição dos resíduos.

Para evitar que estes resíduos se acumulem no Aterro é instalada por toda a base uma

rede de drenagem que encaminha os lixiviados para a ETAR no centro de tratamento. E

água da chuva é encaminhada por uma rede de drenagem de águas fluviais para fora do

Aterro. É uma medida necessária uma vez que o volume das águas lixiviantes que se

acumula no interior depende, em grande parte da infiltração das águas fluviais.

Selagem

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

O aterro constitui uma forma segura e controlada para a deposição de resíduos sólidos

urbanos. Depois de cheio, o aterro sanitário é selado, coberto com camadas de argila,

areia, gravilha e terra de modo a evitar infiltrações, impedir a saída de gases e a entrada

das águas fluviais. Posteriormente o terreno será utilizado para zonas verdes ou para

outros fins que não ponham em risco o abatimento do terreno, que iria expor os

resíduos. A sua vida útil é de cerca de 10 anos. Após selagem continua-se a efectuar de

uma forma segura, a monitorização ambiental ao local, controlando-se desta forma as

condições do quadro ambiental de referência.

Vantagens dos aterros:

o Diminuição da contaminação dos solos e das águas subterrâneas;

o Manutenção pouco dispendiosa;

o Diminuição da libertação de fumos e cheiros desagradáveis;

o Não degradação da paisagem:

o Pode levar ao aproveitamento do gás para produzir energia eléctrica;

o Evita e dispersão de materiais;

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

Desvantagens dos aterros sanitários:

Possibilidade de surgirem infiltrações que contaminem as águas subterrâneas;

Os resíduos não são recuperáveis;

A escolha para a construção do local é difícil;

Requer grandes áreas de implementação;

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Tratamento de resíduos sólidos urbanos

Conclusão:

Os resíduos sólidos urbanos são todos os materiais indesejáveis e sem utilidade,

normalmente sólidos, provenientes da actividade humana e animal. Após a sua

utilização estes materiais passam por processos de degradação naturais no caso das

matérias orgânicas, enquanto os resíduos inorgânicos são destruídos por processos

acelerados pois a sua degradação natural é muito lenta. Quer os resíduos inorgânicos

quer orgânicos podem ser reutilizados.

Todo o processo de recolha, tratamento e destruição dos resíduos, até ao produto final

comporta gastos de energia humana e mecânica. Alguns dos mecanismos de degradação

dos RSU possuem valorização energética, como por exemplo a digestão anaeróbia com

libertação de Biogás e a incineração com aproveitamento do calor para produzir energia

eléctrica. Além dos custos económicos, o tratamento de RSU acarreta custos ambientais

(poluição do ar, do solo e da água) e pode representar riscos para a saúde pública.

A última etapa do tratamento dos RSU é a a sua deposição em aterros sanitários. Este

apesar de serem de um modo geral seguros, apresentam um grande risco de

contaminação do solo se não forem devidamente impermeabilizados, e exige a

disponibilidade de grandes áreas para a sua implementação, enquadramento paisagístico

e um controlo rigoroso para que ocorra a deposição, por isso não são a melhor solução.

Portanto é fundamental que as pessoas estejam bem informadas sobre o tema para que

tenham consciência de que precisamos de diminuir a pegada ecológica, nomeadamente,

para importâncias de reduzir os RSU que são depositados nos aterros sanitários, bem

como apostar na reciclagem e reutilização de materiais.

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Bibliografia:

 http://www.incineracao.online.pt/residuos-solidos-urbanos

http://europa.eu/legislation_summaries/environment/air_pollution/l21279_pt.htm

http://www.egf.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=1807&t=Tratamento

http://www.dren.minedu.pt/infoefa/partilha_ficheiros/134_documento_sintese_final.pdf

http://www.4d-perspectivas.pt/Lixeiras.pdf

http://www.engenhariacivil.com/comportamento-geossinteticos-corte

http://www.cursosavante.com.br/admin/fotocurso/ID0000000274.jpg

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