Upload
dothien
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
ATA DA 2.715ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos vinte e seis dias do mês de novembro de 2013, às 11 horas, no Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, realizou-se a 2.715ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Edson Simões, presentes os Conselheiros Roberto
Braguim, Vice-Presidente, Eurípedes Sales, Corregedor, Maurício Faria e Domingos Dissei, o
Secretário Geral Murilo Magalhães Castro, a Subsecretária Geral Roseli de Morais Chaves, a
Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia e o Procurador
Francisco Carlos Collet e Silva. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Preliminarmente, a Corte registrou as
presenças em Plenário da Doutora Renata Di Pardi Gaya, advogada da Fundação de Apoio à
Universidade de São Paulo – Fusp e da Senhora Pamela Flagon do Nascimento, estagiária do
escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados. A seguir, o Conselheiro
Presidente Edson Simões deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de
Atividades da Presidência, no período de 11 a 22 de novembro de 2013: dia 11, no período da
manhã, reuniu-se com Assessores do seu Gabinete e realizou despachos administrativos. No
período da tarde, analisou processos. Dia 12, às 8 horas, realizou reunião de pauta com
Assessores de seu Gabinete. Na sequência, assinou documentos. No período da tarde, analisou
processos. Dia 13, às 10 horas, recebeu a visita do professor da Politécnica da Universidade de
São Paulo Eduardo Dias. No período da tarde, tratou de assuntos técnico-administrativos com o
Secretário Geral Murilo Magalhães Castro. Dia 14, às 10 horas, presidiu a 2.713ª Sessão Plenária
Ordinária. No período da tarde, reuniu-se com o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel
Kirsten, para realizar despachos administrativos. No período da tarde, recebeu e avaliou
relatórios de atividades das várias áreas técnicas do TCM. Dia 15, feriado nacional. Dia 18, no
período da manhã, reuniu-se com Assessores de seu Gabinete e realizou despachos
administrativos. No período da tarde, analisou processos. Dia 19, no período da manhã, reuniu-se
com Assessores de várias áreas para tratar de assuntos técnico-administrativos. No período da
tarde, assinou documentos. Dia 20, Feriado Municipal dedicado ao Dia da Consciência Negra.
Dia 21, às 10h30, assinou Termo de Cooperação Técnica com o Procurador-Geral de Justiça do
Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, com o objetivo de promover a capacitação
dos servidores do Ministério Público Estadual, por meio da participação nos cursos ministrados
pela Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales, na sede da
entidade, no centro da cidade. Sobre esse assunto, foi publicada a seguinte reportagem na intranet
e internet do TCM: O Presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Conselheiro
Edson Simões, e o Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias
Rosa, assinaram um Termo de Cooperação Técnica com o objetivo de promover a capacitação de
servidores do Ministério Público, por meio da participação em cursos ministrados pela Escola
Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales do TCM. Na oportunidade, o
Presidente Edson Simões destacou a importância da iniciativa conjunta desse convênio ao
permitir a capacitação de funcionários do Ministério Público do Estado de São Paulo, além de
propiciar encontros para tornar disponível o livre acesso de informações, discussão e
aprimoramento de temas pertinentes às duas instituições públicas. Para isso, Simões colocou as
estruturas do TCM e da Escola de Contas à disposição do Ministério Público, com vistas à
realização de novos cursos, palestras, além de outras atividades voltadas para a capacitação
profissional dos servidores. O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa,
destacou o amplo leque de atuação do Ministério Público Estadual, acrescentando que "é por isso
que admiro esse tipo de parceria", que permite a cooperação técnica entre as diversas entidades
públicas. Ao reforçar essa ideia, o Presidente Edson Simões mencionou a importante parceria
firmada entre o TCM e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a partir da qual técnicos do Tribunal
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
2
passaram a cooperar com aquele Órgão em trabalhos de auditoria e fiscalização em vários
estados do País. A assinatura do Termo de Cooperação Técnica aconteceu na sede do Ministério
Público Estadual, centro da Cidade de São Paulo, no dia 21 de novembro, e contou ainda com a
presença do Conselheiro Domingos Dissei; do representante da Escola de Contas, Wagner Dal
Médico; dos Subprocuradores-Gerais de Justiça Arnaldo Hossepian Salles de Lima Junior
(Relações Externas); Nilo Spínola Salgado Filho (Gestão); e Vânia Maria Ruffini Penteado
Balera (Institucional); além do Promotor de Justiça Chefe de Gabinete da Procuradoria Geral de
Justiça, Luiz Henrique Cardoso Dal Póz; do Promotor de Justiça Assessor, Tiago Cintra Essado;
e do Promotor de Justiça, Everton Zanella, Coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o
Crime Organizado (Gaeco). Pelo Termo de Cooperação Técnica, a Escola de Contas ficará
responsável pelos cursos que serão ministrados por seu corpo docente e realizados nas suas
dependências, sendo que a instituição irá elaborar e produzir todo o material didático. Por seu
lado, o Ministério Público disponibilizará ao TCM e à Escola de Contas professores de seu
quadro docente, além de vagas em cursos, treinamentos e outras iniciativas, desde que sejam
pertinentes às atividades fins do Tribunal de Contas. Pela Constituição Federal, o Ministério
Público é instituição pública autônoma, com a incumbência de defender a ordem jurídica, o
regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis, constituindo-se no
defensor dos interesses do conjunto da sociedade brasileira. Para tanto, seus integrantes não têm
vinculação com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Ministério Público do Estado
de São Paulo é considerado o maior do País, com cerca de 1.900 membros, contando com vários
órgãos de Administração Superior, como as Subprocuradorias-Gerais Institucional; de Gestão;
Jurídica e de Relações Externas; Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça;
Conselho Superior; Corregedoria-Geral e Ouvidoria. Além da área criminal, o Ministério Público
atua na defesa do patrimônio público e social, do meio ambiente, da habitação e urbanismo, da
infância e juventude, dos idosos, das pessoas com deficiência, dos direitos humanos, da saúde
pública, da educação, do consumidor e ainda em falências e fundações, entre outras. No período
da tarde, reuniu-se com o Chefe de Gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, para realizar
despachos administrativos. Dia 22, às 10 horas, recebeu honraria concedida pelo Comando
Militar do Sudeste, entregue pelo General de Exército Adhemar da Costa Machado, em
reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Nação e ao Exército Brasileiro. Sobre esse
assunto, foi publicada a seguinte reportagem na intranet e internet do TCM: Presidente Edson
Simões é agraciado com honraria pelo Comando Militar do Sudeste. O Presidente do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, Conselheiro Edson Simões, recebeu das mãos do
Comandante Militar do Sudeste, General-de-Exército Adhemar da Costa Machado Filho, o
Diploma de Colaborador Emérito do Exército, em solenidade realizada no Quartel General do
Ibirapuera, no dia 22 de novembro. A honraria é concedida pelo Comando Militar do Sudeste
como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à Nação e ao Exército Brasileiro e é
composta por um diploma e um medalhão militar. O evento de diplomação teve como Presidente
Honorário o General-de-Exército Renato Cesar Tibau da Costa, Presidente do Clube Militar do
Rio de Janeiro, a quem foram prestadas as honras militares. Em seguida, foi executado o Hino
Nacional Brasileiro, pela Corporação Musical do Comando Militar do Sudeste. Além do
Presidente Edson Simões, foram agraciados com o Diploma de Colaborador Emérito do Exército
o Deputado Estadual Edson Ferrarini e o Presidente da São Paulo Turismo, Marcelo Rehder,
entre outros homenageados. Em seu pronunciamento por ocasião da entrega do Diploma de
Colaborador Emérito do Exército, o Comandante Militar do Sudeste destacou que a cerimônia
era marcante para todos os integrantes daquela unidade militar. Nas palavras do General-de-
Exército Adhemar da Costa Machado Filho, "os senhores não imaginam como esse dia é
importante para nós, que integramos o Comando Militar do Sudeste. Porque nós sabemos que
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
3
estamos estreitando os laços de amizade com pessoas que, conhecendo o Exército Brasileiro e
seus integrantes, sabem do potencial dessa instituição". Na avaliação do Comandante Militar do
Sudeste, "essa é uma cerimônia simples, bastante informal, que não tem nada de pompa, mas é
muito afetiva e o principal mérito dela é esse momento de carinho e cooperação com os
agraciados". O General Adhemar da Costa Machado Filho finalizou seu discurso com uma
demonstração de gratidão, quando declarou: "eu sou muito agradecido aos amigos do Comando
Militar do Sudeste pelas constantes manifestações de apreço para com nosso Exército, que é
integrado por nós, militares, mas que é de toda a Nação Brasileira". A cerimônia de diplomação
contou com a presença do Conselheiro Domingos Dissei; do General-de-Divisão Gilberto
Rodrigues Pimentel; General-de-Brigada José Monteiro Mendes; do Coronel Álvaro Porto,
Chefe da Primeira Seção do Comando Militar do Sudeste, entre outras autoridades civis e
militares, além de familiares e amigos dos homenageados. No período da tarde, recebeu e avaliou
relatórios de atividades das várias áreas técnicas do TCM. Prosseguindo, o Presidente assim se
manifestou: "No dia 21 de novembro passado foi assinado um Termo de Cooperação Técnica,
com o objetivo de promover a capacitação de servidores do Ministério Público, por meio da
participação em cursos ministrados pela Escola Superior de Gestão e Contas Públicas
Conselheiro Eurípedes Sales, entre a Presidência deste Tribunal de Contas e o Procurador-Geral
de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, no Ministério Público. Na
oportunidade, o Procurador-Geral de Justiça destacou o amplo leque de atuação do Ministério
Público Estadual, acrescentando que 'é por isso que admiro esse tipo de parceria, que permite a
cooperação técnica entre diversas entidades públicas.' Pelo Termo de Cooperação Técnica, a
Escola de Contas ficará responsável pelos cursos que serão ministrados por seu corpo docente,
sendo que a instituição irá elaborar e produzir todo o material didático. Por seu lado, o Ministério
Público disponibilizará ao TCM e à Escola de Contas professores do seu próprio quadro docente,
além de vagas em cursos, treinamentos e outras iniciativas pertinentes às atividades fins do
Tribunal de Contas. Com pesar, participo o falecimento do Doutor Alberto Calvo, ocorrido no
dia 9 de novembro, aos 85 anos de idade. O Doutor Alberto Calvo era neurologista, clínico geral
e psiquiatra, idealizador da Rede Ambulatorial de Saúde Mental do Estado de São Paulo, projeto
vitrine que serviu de modelo para países como Venezuela e Argentina, entre outros. Atuou,
ainda, na política, ocupando os cargos de Vereador e Deputado Estadual por dois mandatos. A
Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou ofício de
Condolências à família enlutada. Esgotados os assuntos do expediente, concedo a palavra ao
Conselheiro que a solicitar." Concedida a palavra ao Conselheiro Corregedor Eurípedes
Sales, Sua Excelência pronunciou-se como segue: "Dou conhecimento ao Plenário de mais
dois cursos de extensão promovidos pela Escola de Contas no mês de novembro, a saber:
'Execução de Despesas', ministrado pelo Professor Dourival Caldeira da Silva, Bacharel e Mestre
em Ciências Contábeis, ocupando atualmente o cargo de Assessor Especial da Prefeitura de
Jundiaí, a servidores da Secretaria Municipal de Educação, em turma previamente fechada. O
curso objetiva qualificar os gestores para proceder ao Processo de Execução Orçamentária
(Reserva, Contratação, Empenho, Liquidação e Pagamento), bem como das dotações
orçamentárias e seus fundamentos legais. 'Métodos de Amostragem' é o segundo curso,
ministrado pela Professora Mestre Wanda Donizetti Redondo Silveira, graduada em Estatística
pela UFSCar, Mestra em Estatística pela USP, Professora Universitária na FASP por 10 anos,
Especialista em Estatística e Análise de Sistemas da Subprefeitura de Vila Mariana. O curso
destina-se aos Auditores da Subsecretaria de Fiscalização e Controle do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo. O objetivo é o de apresentar noções básicas de amostragem, tendo em
vista a necessidade do seu emprego em cada área, bem como familiarizar o aluno com a
terminologia e as principais técnicas da Estatística. Esse é o comunicado da Escola de Contas.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
4
Agora, Senhor Presidente, chegou ao meu conhecimento – e eu estou trazendo por isso – e seria
bom que o Tribunal sempre pudesse promover as pessoas que prestam trabalhos fora do Tribunal
enaltecendo o nome do Tribunal. Desta vez é da Guarda Civil chamada Berenice Fátima dos
Santos. Ela fez uma palestra para os alunos do Módulo IV do Curso de Bacharelado em
Secretariado Executivo na FMU e recebeu este Diploma. Eu vou lê-lo: 'Certificamos, para os
devidos fins, que a Sra. Berenice Fátima dos Santos palestrou para os alunos do Módulo IV do
Curso de Bacharelado em Secretariado Executivo Trilíngue, no último dia 29 de outubro de
2013, sobre o tema "O Papel da Secretária em Instituição Militar". São Paulo, 14 de novembro de
2013. Professora Regina Helena Gianotti, Coordenadora Pedagógica do Curso de Bacharelado
em Secretariado Trilíngue do Complexo Educacional FMU.' Eu quero dar, através da Guarda
presente, os parabéns à Berenice Fátima dos Santos, porque ela, trabalhando fora do Tribunal,
conseguiu enaltecer os servidores do Tribunal de Contas. Parabéns. São esses dois comunicados
de hoje, Senhor Presidente." Na sequência, o Conselheiro Vice-Presidente Roberto Braguim
requereu agendamento de Sessão Extraordinária destinada ao julgamento do Balanço da
Fundação Museu da Tecnologia de São Paulo, relativo ao exercício de 2012, sugerindo a data de
4 de dezembro próximo futuro, logo após a realização da Sessão Extraordinária relativa ao
julgamento do Balanço de Encerramento da Fundação Catavento, o que foi deferido. Sua
Excelência requereu, ainda, o agendamento de data para o julgamento das contas da Egrégia
Câmara Municipal, exercício de 2012, propondo o próximo dia 11 de dezembro, o que foi
aprovado pelo Egrégio Plenário. Dando sequência, "o Conselheiro Roberto Braguim – Relator
deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trago a este
Plenário, nos termos do artigo 101, § 1º, alínea "d", do Regimento Interno, o processo TC
3.611.13-80, instaurado para verificar a regularidade do instrumento convocatório do Pregão
Eletrônico 01/SP-LA/2013, promovido pela Subprefeitura Lapa, o qual tem por objeto a
prestação de serviços de apoio à fiscalização de comércio ambulante, remoção de favelas, coleta
de mercadorias e/ou abandonados, uma vez que, consoante material anteriormente encaminhado
a Vossas Excelências, determinei a suspensão da mencionada licitação, bem como a oitiva da
Administração a respeito das questões suscitadas. Esclareço que, tanto os pontos levantados pela
Subsecretaria de Fiscalização e Controle como também o teor do pronunciamento da Assessoria
Jurídica de Controle Externo, cujas cópias já foram devidamente encaminhadas a Vossas
Excelências, é que me levaram a decidir, em sede de juízo cautelar, pela sustação do certame. A
propósito, realço que, como certamente Vossas Excelências já constataram pelo exame dos
elementos anteriormente enviados, a peça de chamamento está maculada por falhas de diversas
ordens, que vão desde lapsos preponderantemente formais, como o não apontamento no
preâmbulo do edital do regime de execução do contrato, até irregularidades envolvendo a
essência do certame, como a falta de planilha contendo a composição de todos os custos unitários
que integram o preço do serviço. Desta feita, trago para referendo formal de meus pares a ordem
cautelar de paralisação do Pregão Eletrônico 01/SP-LA/2013.' Afinal, o Egrégio Plenário, à
unanimidade, referendou a medida determinada pelo Conselheiro Roberto Braguim – Relator."
(Certidão – TC 3.611.13-80) Solicitando a palavra, "o Conselheiro Maurício Faria – Relator
deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trago ao
conhecimento deste Tribunal Pleno a interposição, em 22.11.2013, sexta-feira, de duas
representações em face do edital do Pregão Presencial 20/CRS-CO/2013, aberto pela
Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Oeste, da Secretaria Municipal da Saúde, cuja sessão
pública de abertura estava designada para as 14 horas de ontem, dia 25.11.2013, objetivando a
contratação da prestação de serviços de limpeza hospitalar e predial, conservação, desinfecção,
dedetização, desinsetização, descupinização, desratização, e jardinagem, incluindo, áreas
externas (pátios, estacionamento e arruamento), área verde (coleta de detritos), vidros (face
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
5
interna e externa), com fornecimento de mão de obra especializada, de saneantes e
domissanitários, materiais de consumo, utensílios, máquinas, apropriados ao objeto e
equipamentos de limpeza, incluindo a coleta de resíduo interno e externo do prédio e demais
atividades correlatas. Na primeira representação, interposta pelo SEAC-SP, Sindicato das
Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo, com pedido de suspensão liminar, o
representante alegou (1) que o edital não previa vistoria obrigatória aos locais de prestação do
serviço, criando favorecimento aos prestadores de serviço atuais; (2) que o órgão licitador
concentrou o objeto do certame em um único lote, abandonando o formato anterior de licitar o
objeto em lotes; (3) que a licitação ocorrerá no mês anterior à data-base da categoria,
inviabilizando que as concorrentes componham o preço, já que não se iniciaram as tratativas para
a previsão do novo índice de reajuste dos valores de salários e benefícios da categoria, valor que
impacta em cerca de 80% do montante de preço final; (4) que o edital incluiu no escopo dos
serviços a serem prestados atividade estranha à contratação de serviço de limpeza hospitalar, qual
seja, a limpeza das fachadas das áreas externas dos prédios, o que se torna danoso tanto com
relação ao orçamento previsto pelo órgão licitante, já que esta atividade é comumente realizada
por empresas de manutenção predial, como também é danoso à execução dos serviços pelas
empresas e (5) que não haveria definição, no Edital, acerca das lixeiras que deverão ser
fornecidas pela futura contratada, já que à fl. 40 do edital há a observação em que a contratante
poderá solicitar o número de lixeiras previstas tanto de metal quanto de plástico ou similar, de
modo que esta indefinição pode traduzir-se em diferença de aproximadamente 300% no preço da
lixeira, a depender do material que vier a ser solicitado futuramente, impactando diretamente na
proposta de preços e sua exequibilidade. Na segunda representação, interposta por RCA Produtos
e serviços Ltda., foi alegado (1) que a exigência de realização de vistoria presente no item 3.3 do
edital favoreceria as empresas que já realizam o trabalho nos locais apontados, uma vez que em
seu entender grande parte das licitantes não fará a vistoria e emitirá simplesmente uma falsa
declaração; (2) que o edital é omisso quanto à indicação dos sindicatos representativos dos
diversos grupos de trabalhadores que irão operar na prestação dos serviços, de modo que as
propostas poderão ser executadas com base em um único dissídio coletivo, comprometendo a
intenção da administração de não sofrer prejuízo; (3) que o edital não faz a exigência de
apresentação, pelos licitantes, de inscrição da empresa no Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura, Conselho Regional de Química e outro, bem como também não exige que a futura
empresa vencedora seja inscrita no Departamento de Produtos Controlados da Secretaria de
Estado da Segurança Pública, já que os materiais envolvidos na prestação do serviço podem
causar riscos à saúde; (4) que o edital não exige que os atestados de capacidade técnica a serem
apresentados sejam registrados nos órgãos profissionais competentes; (5) que o edital não
contempla plano detalhado e metodologia para a execução do serviço; (6) que o edital não exige
a apresentação da Licença de Funcionamento expedida pelo Órgão Competente de Vigilância
Sanitária nem registro da empresa e do responsável técnico no Conselho Regional de Química;
(7) que os serviços contemplados no edital não poderiam ser assumidos por microempresas e
empresas de pequeno porte em razão do disposto no art. 48, inciso I, da Lei Complementar
123/2006 e (8) que o edital deixou de exigir a demonstração dos índices de endividamento,
liquidez geral, liquidez corrente e outros na documentação de Qualificação Econômico-
Financeira, em afronta ao art. 31, § 1º, da Lei Federal 8.666/93. Não tendo havido tempo hábil
para submeter o conteúdo das representações à análise dos Órgãos Técnicos, determinei a
suspensão cautelar do certame, sem prejuízo da análise a ser efetuada com a completa instrução
do feito, especialmente por constatar, como alegado: (a) a falta de definição, no edital, do
material componente das lixeiras a serem futuramente entregues; (b) a falta de exigência de
inscrição da empresa no Conselho Regional competente e no Departamento de Produtos
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
6
Controlados da Secretaria de Estado da Segurança Pública; e por fim (c) pela ausência de
exigência, no edital, de apresentação da Licença de Funcionamento expedida pelo Órgão
Competente de Vigilância Sanitária e do registro da empresa e do responsável técnico no
Conselho Regional de Química. Ato contínuo, determinei a autuação do expediente e seu
encaminhamento à Subsecretaria de Fiscalização e Controle para a análise e manifestação acerca
dos argumentos aduzidos pelos representantes. Diante do exposto, submeto a presente decisão,
de suspensão do Pregão Presencial 20/CRS-CO/2013 da Coordenadoria Regional da Saúde
Centro-Oeste, ao referendo deste Colegiado.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade,
referendou a medida determinada pelo Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidões – TCs
3.686.13-89 e 3.687.13-41) Ainda fazendo uso da palavra, "o Conselheiro Maurício Faria –
Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho:
'Submeto ao Egrégio Plenário o referendo de retomada do Pregão Presencial 368/2013, aberto no
âmbito da Secretaria Municipal da Saúde, objetivando a contratação de empresa especializada
em gestão informatizada de ativos de TIC com a prestação de serviços técnicos de suporte 1º e 2º
nível com suporte remoto, 2º nível presencial e 3º nível com gerenciamento de equipamentos em
garantia, manutenção "on-site" para "hardware", "software", rede local e cabeamento de dados,
abrangendo o fornecimento de peças de reposição e instalação, remanejamento e instalação, para
o atendimento aos órgãos da Secretaria Municipal da Saúde e órgãos vinculados, em
cumprimento ao disposto no Regimento Interno desta Corte de Contas, em especial nos artigos
31, inciso XVI, e 101, § 1º, alínea "d". Suspenso o procedimento licitatório por determinação
desta Egrégia Corte de Contas, a qual foi referendada à unanimidade pelo Órgão Pleno, a
Secretaria Municipal da Saúde juntou parecer curvando-se às observações feitas pela Auditoria
no que dizia respeito aos itens 3 a 5 do relatório e comprometendo-se a alterar o instrumento
convocatório para adequar-se às observações aduzidas, quais sejam: (3) falta de justificativa e
motivação específica para exigência de atestados de capacidade técnica a comprovar a execução
concomitante dos serviços a serem prestados durante o período mínimo de doze meses,
admitindo-se o somatório de atestados para englobar todos os serviços apresentados,
condicionando-os a referirem-se ao mesmo período de prestação; (4) falta de justificativa e
motivação específica para exigência de apresentação de um único atestado de capacidade técnica
para a comprovação da prestação de Serviços de "Service Desk" ou Serviços de "Help Desk",
conforme delineada no subitem 7.3.2.1.1 do edital, bem como falta de previsão de percentual
mínimo para a comprovação da capacidade técnica, referenciando inclusive que fará correções no
sentido de adotar a recomendação instruída na Súmula nº 24 do TCE-SP, de modo que o
percentual mínimo exigido fique entre 50% e 60% do total do objeto; (5) existência de lacuna no
instrumento editalício diante da inexistência do item 6.5.24 da minuta do contrato, referenciado
nos subitens 2.1.3.5.1 e 2.1.3.5.2 do Termo de Referência, de modo que o instrumento será
corrigido. A área técnica, entretanto, após a manifestação da Origem, ratificou suas conclusões
anteriores com relação ao item 2 da representação, qual seja, de que (2) há ilegalidade na
exigência de qualificação técnica disposta no subitem 7.3.2.1.4 do edital a demandar a
apresentação de atestado comprovando requisitos de instalações próprias da contratada com
disponibilização de infraestrutura necessária, contrariando o disposto no § 6º do art. 30 da Lei
Federal 8.666/93, segundo o qual as exigências mínimas relativas a instalações de canteiros,
máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado serão atendidas mediante a apresentação
de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, vedadas as exigências de
propriedade e de localização prévia. No mesmo sentido a conclusão da Assessoria Jurídica de
Controle Externo, quando consignou que a redação do edital deveria deixar explícito, de forma
inequívoca, que a referência disposta no item 7.3.2.1.4 é propriamente a declaração de
disponibilidade. Novamente oficiada, a Origem esclareceu que providenciará a alteração do item
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
7
7.3.2.1.4 do edital para fazer constar que "a comprovação da qualificação técnica deverá ser feita
por meio de declaração de disponibilidade de instalação para a acomodação da Central de
atendimento e disponibilização de infraestrutura necessária", requerendo ao final autorização
para o prosseguimento do certame. Submetida a defesa à análise da Auditoria e da Assessoria
Jurídica de Controle Externo, ambos os Órgãos Técnicos concluíram que o certame poderá ser
retomado diante do compromisso de a Origem fazer as alterações do item 7.3.2.1.4, em
conformidade com o preceito legal, conforme previamente consignado. Observo, ao final, que as
Áreas Técnicas entenderam improcedentes as alegações 1 e 6, que as indagações lançadas no
despacho de suspensão foram devidamente tratadas e que foi determinada à Subsecretaria de
Fiscalização e Controle que, com a publicação do novo edital retificado, fosse feita a análise e o
acompanhamento das alterações mencionadas, inclusive quanto à modalidade pregão eletrônico.
Por todo o exposto, entendendo superadas as questões pendentes, na forma relatada, autorizei a
retomada do procedimento licitatório, com arrimo no artigo 113, § 2º, da Lei Federal 8.666/93,
no artigo 19, incisos VII e VIII, da Lei Municipal 9.167/81 e no artigo 101, § 1º, alínea "d", do
Regimento Interno desta Corte de Contas, decisão esta que submeto ao referendo deste
Colegiado.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo
Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidão – TC 3.153.13-05) Em seguida, com a
palavra, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da
matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se de representação interposta pela empresa ECS
Tecnologia da Informação Ltda., em face do Edital do Pregão Presencial 30/2013, formulado
pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo. O objeto consiste na contratação de empresa
especializada para a prestação de serviços de locação de microcomputadores, com atendimento
"on line", reposição e "backup". A Assessoria Jurídica de Controle Externo, após análise, opina
pelo recebimento da representação e, quanto ao mérito, pela sua procedência. Em razão do
exposto, determinei "ad cautelam" a suspensão temporária do Edital do Pregão Presencial
30/2013, com fundamento no artigo 19, inciso VII e VIII, da Lei Municipal 9.167/80, e no artigo
101, § 1º, alínea "d", do Regimento Interno deste Tribunal. Determinei, ainda, a remessa de cópia
da representação e do parecer jurídico ao Serviço Funerário do Município de São Paulo,
inclusive por fax, para conhecimento e apresentação das justificativas cabíveis, no prazo de 15
(quinze) dias. Nos termos do art. 196 do Regimento Interno deste Tribunal, submeto a presente
decisão aos nobres pares para referendo.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a
medida determinada pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator." (Certidão – TC 3.678.13-50)
Continuando, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário
da matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se de representação interposta pela empresa
Info Jardins Informática e Comércio Ltda., em face do Edital da Concorrência 001/2012,
deflagrado pela São Paulo Transporte S.A. O objeto consiste na contratação de prestação de
serviços técnicos integrados de processamento, armazenamento e comunicação de dados,
objetivando uma única solução integrada de tecnologia da informação do sistema de bilhetagem
eletrônica – Bilhete Único. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, após análise, manifesta-se
pelo conhecimento da representação e, no mérito, propõe a intimação da Origem para
apresentação de justificativas e esclarecimentos técnicos necessários à elucidação das alegações
da representante. Por essa razão foi determinada a suspensão do certame e notificação da Origem
para manifestação. Esse ato foi devidamente referendado nos termos regimentais. Após os
esclarecimentos prestados pela Pasta interessada, a Assessoria Jurídica de Controle Externo,
corroborada pelo Núcleo de Tecnologia da Informação, manifesta-se pela improcedência da
representação. Isto posto, submeto o presente à decisão dos demais pares, nos termos do art. 31,
parágrafo único, inciso XVII, do Regimento Interno deste Tribunal, propondo seja revogada a
medida liminar de suspensão concedida. Oficie-se à Origem da decisão a ser alcançada pelo
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
8
Plenário.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo
Conselheiro Eurípedes Sales – Relator." (Certidão – TC 2.210.13-01) A seguir, de posse da
palavra, "o Conselheiro Domingos Dissei, na qualidade de Relator das Contas da Companhia São
Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos – SPDA, da Companhia Paulistana de
Securitização – SPSEC e da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Município de São Paulo – Prodam-SP S.A., exercício de 2012, requereu ao Egrégio Plenário
prorrogação do prazo, "sine die", para apreciação das referidas Contas, uma vez que se
encontram ainda em fase de instrução. Outrossim, os mencionados requerimentos foram
deferidos." (Certidões: – TC 1.626.13-86 – SPDA, 1.625.13-13 – SPSEC e 1.636.13-30 –
Prodam-SP) Dando prosseguindo, "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator deu conhecimento
ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se do Pregão Presencial
006/SMSP/2012 da Subprefeitura Parelheiros, cujo objeto é a Locação de Máquinas Pesadas com
Operador e Combustível (uma retroescavadeira e um rolo compactador). O Edital em comento
foi anteriormente examinado pela Auditoria desta Corte, ocasião em que foram apontadas
inúmeras impropriedades, notadamente a falta de planilha contendo a composição de todos os
custos unitários que compõem o preço do serviço, razão que levou a própria Subprefeitura a
suspender a sua abertura em novembro de 2012. Ato contínuo, foi a Origem intimada a
apresentar esclarecimentos e alertada de que somente deveria prosseguir a licitação com ordem
deste Tribunal. Por fim, nova minuta de edital foi apresentada ao exame desta Corte, de sorte a
possibilitar a autorização de prosseguimento do certame, devidamente referendada, por este
Pleno, na Sessão de 21 de agosto passado, condicionada à efetiva alteração do edital, nos termos
da última versão oferecida, bem como sua adaptação às novas regras de reajustamento de preços,
nos termos do Decreto 53.841/13 e elaboração e junção aos autos de planilha orçamentária,
contendo os custos unitários que integram o preço do serviço. Ocorre que, examinando o novo
edital, constatou a Auditoria que remanescem algumas impropriedades, além do fato de conter a
Planilha de Custos elaborada e juntada aos autos pela Origem, valor de BDI (35,2%) que não se
coaduna com o objeto estabelecido no edital e utilização de Tabela de Custos de Serviços de
Infraestrutura desatualizada. Diante disso, e reconhecendo a Origem, por meio de ofício, a
necessidade de adequações, determinei "ad cautelam" a suspensão "sine die" da abertura do
certame que estava marcada para o último dia 22 de novembro. Destarte, em atendimento ao
contido no Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, trago o ato por mim praticado a
referendo deste Plenário.' Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida
determinada pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator." (Certidão – TC 2.944.12-56) Ainda
com a palavra, "o Conselheiro Domingos Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário
da matéria constante do seguinte despacho: 'Trata-se do Edital 007/SPPA/2013 da Subprefeitura
Parelheiros, tendo por objeto a locação de máquinas pesadas com operador e combustível e
locação de caminhões basculantes, com motorista e combustível. Cumpre ressaltar que referido
edital veio a substituir o Pregão 05/SPPA/2012, que foi revogado pela Origem conforme
despacho datado de 06/11/2013, em face de irregularidades apontadas pela Auditoria desta Corte.
Contudo, pelo fato de conter o edital em exame objeto semelhante ao do certame revogado
determinei a instauração de procedimento de fiscalização, tendo a Auditoria concluído, em face
de inúmeros apontamentos, que referido instrumento convocatório não reúne condições de
prosseguimento, notadamente em razão de ter sido juntada aos autos da licitação planilha
orçamentária que apresenta BDI (35,2%) que, igualmente, não se coaduna com o objeto da
licitação. Diante disso, determinei "ad cautelam" a suspensão "sine die" da abertura do certame
que estava marcada para esta data (26 de novembro). Destarte, em atendimento ao contido no
Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Contas, trago o ato por mim praticado a referendo
deste Plenário." Afinal, o Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
9
pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator." (Certidão – TC 3.612.13-42) Passou-se à Ordem
do Dia. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – a) Diversos: 1) TC
2.805.07-92 – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar o
atendimento da legislação pertinente na elaboração do Edital da Concorrência 04/SES/2007, cujo
objeto é a prestação de serviços técnicos especializados de manutenção, ampliação, cadastro e
teleatendimento à população para o Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo,
com gestão integrada (Tramita em conjunto com os TCs 1.767.08-40, 2.081.08-95, 2.206.08-69 e
2.207.08-21) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar
prejudicado o Edital da Concorrência 04/SES/2007, pela perda de seu objeto, em razão da
revogação da citada concorrência. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o
arquivamento destes autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.207.08-21. Participaram do
julgamento o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões –
Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 1.767.08-40 – Secretaria Municipal de
Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar o atendimento da legislação pertinente na
elaboração do edital reformulado da Concorrência 04/SES/2007, cujo objeto é a prestação de
serviços técnicos especializados de manutenção, ampliação, atualização e manutenção de
cadastro e teleatendimento à população, para o Sistema de Iluminação Pública do Município de
São Paulo, com gestão integrada (Tramita em conjunto com os TCs 2.805.07-92, 2.081.08-95,
2.206.08-69 e 2.207.08-21) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
julgar prejudicado o Edital reformulado da Concorrência 04/SES/2007, pela perda de seu objeto,
em razão da revogação da citada concorrência. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar
a remessa de ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo, acompanhado de cópia do
relatório e voto e deste acórdão, em atendimento ao solicitado à fl. 930 dos autos, arquivando-se,
na sequência, este processo. Relatório e voto englobados: v. TC 2.207.08-21. Participaram do
julgamento o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões –
Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 3) TC 2.081.08-95 – Conecta Empreendimentos
Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de medida cautelar
contra ato praticado pela Comissão de Licitação da Secretaria, em face do Edital da Concorrência
04/SES/2007, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados de manutenção,
ampliação, atualização e manutenção de cadastro e teleatendimento à população, para o Sistema
de Iluminação Pública do Município de São Paulo, com gestão integrada (Tramita em conjunto
com os TCs 2.805.07-92, 1.767.08-40, 2.206.08-69 e 2.207.08-21) ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, visto que
respeitados os pressupostos de admissibilidade, e, no mérito, em julgá-la prejudicada pela perda
do objeto, em razão do fenecimento da citada concorrência impugnada. Acordam, ademais, à
unanimidade, em determinar a remessa de ofício à representante e à representada, consoante o
disposto no artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, arquivando-se, após, os autos. Relatório
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
10
e voto englobados: v. TC 2.207.08-21. Participaram do julgamento o Conselheiro Eurípedes
Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda
Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,
26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 4) TC
2.206.08-69 – Santa Rita Comércio e Instalações Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES
– Representação, com pedido de impugnação de Edital da Concorrência Pública 04/SES/2007,
cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados de manutenção, ampliação,
atualização e manutenção de cadastro e teleatendimento à população, para o Sistema de
Iluminação Pública do Município de São Paulo, com gestão integrada (Tramita em conjunto com
os TCs 2.805.07-92, 1.767.08-40, 2.081.08-95 e 2.207.08-21) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, devido ao não preenchimento dos requisitos
regimentais apropriados, em não conhecer da representação formulada pela empresa Santa Rita
Comércio e Instalações Ltda. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de
ofício à representante e à representada, consoante o disposto no artigo 58 do Regimento Interno
desta Corte, arquivando-se, após, os autos. Relatório e voto englobados: v. TC 2.207.08-21.
Participaram do julgamento o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e
Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e
Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson
Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 5) TC 2.207.08-21 – Santa Rita Comércio
e Instalações Ltda. – Secretaria Municipal de Serviços – SES – Representação, com pedido de
medida cautelar contra ato praticado pela Comissão de Licitação da Secretaria, em face do Edital
da Concorrência 04/SES/2007, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados de
manutenção, ampliação, atualização e manutenção de cadastro e teleatendimento à população,
para o Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo, com gestão integrada (Tramita
em conjunto com os TCs 2.805.07-92, 1.767.08-40, 2.081.08-95 e 2.206.08-69) ACÓRDÃO:
"Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, devido ao não preenchimento dos requisitos
regimentais apropriados, em não conhecer da representação formulada pela empresa Santa Rita
Comércio e Instalações Ltda. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a remessa de
ofício à representante e à representada, consoante o disposto no artigo 58 do Regimento Interno
desta Corte, arquivando-se, após, os autos. Relatório englobado: Versam os autos do TC
2.805.07-92 (item I) sobre o Acompanhamento do Edital da Concorrência nº 04/SES/2007,
emanado da Secretaria Municipal de Serviços – SES, tendo por objeto prestação de serviços
técnicos especializados de manutenção, ampliação, cadastro e teleatendimento à população para
o Sistema de Iluminação Pública do Município de São Paulo, com gestão integrada. Em sua
análise, a Coordenadoria VI apresentou, dentre outras observações de caráter formal, o
minucioso relatório de fls. 247/268, em que concluiu que o Edital não reunia condições de
prosseguimento, principalmente pelas seguintes razões: 1) Adoção do critério técnica e preço,
que só pode ser utilizado quando houver projeto definido, detalhado e embasado, apto a garantir
a contratação por preço justo, o que não ocorre na espécie; 2) Ausência de justificativas relativas
à contratação de 5 (cinco) objetos distintos por um único instrumento; aos quantitativos e preços
unitários; à taxa de BDI utilizada; à adoção de planilha de análise econômico-financeira; à
utilização da data base julho/2006; 3) Existência de elementos subjetivos de avaliação
econômico-financeira; 4) Ausência de definição de "preços excessivos"; 5) Falta de previsão
clara sobre a impossibilidade de transferência do contrato; 6) Cláusulas inadequadas relativas às
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
11
multas a serem aplicadas à contratada e à imposição de penalidades à própria contratante; 7)
Previsão inadequada de prorrogação de prazo contratual em relação a serviços de escopo. Ante as
conclusões alcançadas pela Área Técnica, determinei, "ad cautelam", a Suspensão da Licitação
pelo Despacho de fls. 269/270. Regularmente intimada, a Secretaria Municipal de Serviços
apresentou defesa, na forma do encaminhamento de elementos técnicos, consubstanciados em 05
(cinco) encadernações, que foram submetidas à análise da Subsecretaria de Fiscalização e
Controle, as quais não lograram alterar as críticas anteriores em sua íntegra. Novamente oficiada,
a Secretaria apresentou outros esclarecimentos, acompanhados de volumosa documentação, que,
entretanto, levaram a Coordenadoria VI a ratificar as irregularidades apontadas anteriormente.
Provocada a se manifestar, a Assessora Subchefe de Controle Externo, acompanhada pelo d.
Assessor Jurídico Chefe, opinou pela possibilidade de prosseguimento do Certame, desde que a
Secretaria promovesse as adaptações consubstanciadas em seu pronunciamento. Pelo Despacho
de fls. 602/604, prolatado com fundamento no parecer da d. Assessoria Jurídica de Controle
Externo, autorizei, então, a continuidade do Certame, desde que fossem atendidas as
recomendações desta Corte de Contas. Intimada, a Secretaria de Serviços apresentou novos
esclarecimentos e apontou correções efetivadas no Edital em exame (fls. 611/743), os quais
foram analisados pela Auditoria, que concluiu não estarem adequadamente justificadas a adoção
da modalidade de concorrência por "técnica e preço" e o aumento da restrição para a participação
de empresas em consórcio. De outro lado, entendeu que as alterações processadas na minuta do
Edital atenderiam, com ressalvas, ao determinado por este Relator, alertando, ainda, que foi
realizada nova consulta pública, fato que poderia levar a novas alterações na peça editalícia,
demandando fiscalização para seu acompanhamento. De sua parte, a d. Assessora Subchefe de
Controle Externo entendeu que, ante as informações prestadas, o presente restou prejudicado. Foi
então informado pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle que, com a publicação do novo
Edital, fora instaurado o TC 1.767.08-40, passando o presente a acompanha-lo e, tendo em vista
as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos desta E. Corte de Contas, no sentido de que
após a liberação da licitação surgiram questões a elucidar, determinei "ad cautelam", nova
suspensão temporária da licitação, considerando, ainda, o oferecimento de Representações.
Houve notícia no processo da revogação da Concorrência nº 04/SES/07, ocorrido em 19 de
novembro de 2009. Na continuidade, a Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que o
TC perdeu o objeto, merecendo arquivamento, o mesmo valendo para as Representações, no que
foi seguida pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela Secretaria Geral. Passo a relatar, na
sequência, o TC 1.767.08-40 (item II), autuado para analisar o Edital reformulado da
Concorrência nº 04/SES/07. Nesse mister, a Coordenadoria VI elaborou relatório, concluindo
que algumas impropriedades e infringências ainda constavam do Edital; que não foram atendidas
todas as determinações do Relator exaradas no TC que analisou a primeira versão da peça
editalícia; e que foram constatadas novas infringências, omissões e impropriedades no
instrumento ora examinado, consistentes em: o objeto licitado não foi descrito de forma clara e
sucinta; a definição do início do prazo contratual não contemplou todos os elementos do edital;
ausência de definição sobre a possibilidade ou não de prestação de serviços nos primeiros 60
(sessenta) dias da vigência contratual; existência de contradição quanto ao valor da garantia; falta
de clareza quanto aos critérios de desclassificação das propostas; ocorrência de omissões em
relação aos serviços de manutenção; ausência de critérios para avaliação e dimensionamento dos
estoques; falta de fixação dos procedimentos referentes aos serviços de ampliação; minuta de
contrato não readequada às alterações efetuadas no Edital. A Assessora Subchefe de Controle
Externo e o Assessor Jurídico Chefe, dando como superados os apontamentos já apreciados na
anterior análise do Certame, entenderam necessária a realização de ajustes no Edital, tais como:
(I) justificar a opção pelo tipo de licitação técnica e preço, através do Ordenador da Despesa; (II)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
12
pautar a restrição na composição de consórcio em circunstâncias técnicas e fáticas; (III) adequar
o regime de execução do contrato e o prazo de início para os serviços, com realização de
adaptações às planilhas de composição dos preços; (IV) readequar as cláusulas referentes ao
prazo para início dos serviços, ao instrumento para sua formalização e ao prazo de execução dos
mesmos; (V) alterar o valor da garantia, que está excessiva em relação ao limite legal; (VI)
acrescentar exigência de apresentação do "estoque mínimo" dentre os requisitos da proposta
técnica. A partir dessas conclusões, o Certame foi novamente suspenso, cautelarmente, consoante
despacho de fls. 493/495. Em análise da defesa apresentada pela Pasta, a Coordenadoria VI
apresentou novo relatório, concluindo não terem sido apresentados fatos novos que pudessem
alterar seu entendimento quanto a alguns itens, considerando sanados parcialmente outros
tópicos. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Procuradoria da Fazenda Municipal, em
face das justificativas e dos esclarecimentos apresentados pela Pasta, opinaram pela retomada do
Certame. Na sequência foi trazida aos autos informação, já mencionada, da Secretaria Municipal
de Serviços, dando conta da revogação da Concorrência nº 04/SES/07, em face da superveniência
de novo plano de otimização da Gestão de Operação da Rede de Iluminação Pública – RIP do
Município de São Paulo apresentado pelo Departamento de Iluminação Pública. A Procuradoria
da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral, ante os fatos narrados, entenderam que a análise dos
presentes autos se encontra prejudicada pela perda de seu objeto, em razão da revogação do
Certame nº 4/SES/2007. Relato, agora, o TC 2.081.08-95 (item III), que trata de Representação
oposta por Conecta Empreendimentos Ltda., em face do Edital de Concorrência em causa,
objetivando, em decorrência de ilegalidades apontadas, a Suspensão do Certame, e que, por
minha determinação tramitou em conjunto com os TC´s enunciados como itens I e II. Conforme
mencionado na parte precedente deste relatório, o referido Certame foi suspenso por esta Casa,
na forma de despacho prolatado nos TC´s 1.767.08-40 e 2.805.07-92. A Assessoria Jurídica de
Controle Externo concluiu, no primeiro momento, pelo recebimento da Representação e por seu
acolhimento parcial, informando a Representante que, nos autos de Ação Popular promovida
perante a 4ª Vara da Fazenda Pública, obtivera liminar para suspender o ato de assinatura do
Contrato e, ao depois, requerera a extinção do feito, em razão da perda de objeto. A Procuradoria
da Fazenda Municipal, diante da revogação da Concorrência, entendeu que a análise da presente
restou prejudicada, razão pela qual pode ser arquivada. A Secretaria Geral, por seu turno, opinou
pelo conhecimento da Representação em exame, eis que preenchidos os requisitos de sua
admissibilidade e, no mérito, também considerou prejudicada sua análise. Na sequência, passo a
narrar os TCs 2.206.08-69 e 2.207.08-21 (itens IV e V respectivamente) e que cuidam de
Representações formuladas por uma única empresa – Santa Rita Comércio e Instalações Ltda.–,
objetivando o mesmo Edital. No primeiro deles, a Representante transmitiu a esta Casa cópia da
Impugnação ao Edital oferecida anteriormente no âmbito da Secretaria. Em sua manifestação, a
Assessoria Jurídica de Controle Externo apontou que a Representação não preenchia os
requisitos de admissibilidade para possibilitar seu conhecimento, uma vez que não veio
acompanhada dos documentos prescritos no inciso III do artigo 55 do Regimento Interno e,
quanto ao mérito, reportou-se ao pronunciamento exarado no TC 2.805.07-92. No outro TC, a
empresa investiu contra o Edital em causa, reproduzindo os argumentos oferecidos na
Representação anterior, o que levou a Assessoria Jurídica de Controle Externo a concluir pelo
não conhecimento da Representação, pelo vício apontado. A Procuradoria da Fazenda Municipal
considerou que a análise das Representações, nos dois processos, restou prejudicada tendo em
vista a revogação do Certame. A Secretaria Geral, também, examinando as Representações e
acompanhando as manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo, entendeu que elas
não preencheram os requisitos de admissibilidade e que, mesmo que assim não fosse, seu
enfrentamento resultou prejudicado em decorrência da revogação do Certame. É o relatório.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
13
Voto englobado: Da análise dos autos enunciados como itens I e II da pauta resulta que a
matéria neles examinada encontra-se superada, em decorrência da revogação da Concorrência n.º
04/SES/2007. Por tal motivo, julgo prejudicados os Acompanhamentos de Edital nele
veiculados, pela perda de objeto. Conheço da Representação consubstanciada no item III,
oferecida por Conecta Empreendimentos Ltda., posto que respeitados os pressupostos de
admissibilidade. Considerando, no entanto, o fenecimento da Concorrência impugnada, julgo-a
igualmente prejudicada pela perda de objeto. De outra banda, em razão do não preenchimento
dos requisitos regimentais apropriados, não conheço das Representações relatadas como itens IV
e V, ambas apresentadas por Santa Rita Comércio e Instalações. Proceda-se nas três
Representações consoante disposto no artigo 58 do Regimento Interno. Oficie-se ao Ministério
Público do Estado de São Paulo, encaminhando-lhe cópia do relatório e voto e do acórdão
decorrente, em atendimento ao solicitado à fl. 930 do TC 1.767.08-40. Na sequência, arquivem-
se os 05 (cinco) processos. É o voto. Participaram do julgamento o Conselheiro Eurípedes Sales
– Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria
Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de
novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 6) TC
1.115.13-37 – Marcelo Becalotto – Subprefeitura Sé – Representação em face do Edital do
Pregão Presencial 017/SP-Sé/2012, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para o
gerenciamento da subunidade de mercadorias apreendidas (Sudema), na condição de fiel
depositária de todas as mercadorias custodiadas ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório
e voto do Relator, em declarar prejudicada a representação formulada pelo Senhor Marcelo
Becalotto, pela perda de seu objeto, com a revogação do certame licitatório Pregão Presencial
017/SP-Sé/2012. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos,
após o cumprimento das formalidades legais, dentre as quais a comunicação do resultado aos
interessados, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte. Relatório: O presente
TC focaliza a Representação formulada por Marcelo Becalotto contra o Subprefeito da Sé -
Marcos Barreto, e a Pregoeira Regiane da Silva Elias, apontando irregularidades na condução do
Pregão Presencial nº 017/SP-SÉ/2012, objetivando a contratação de empresa especializada no
gerenciamento da Subunidade de Mercadorias Apreendidas (SUDEMA). No rigor da síntese, o
formulante alega violação aos princípios da isonomia e igualdade previstos no artigo 3º da Lei
Federal nº 8.666/1993,1 e ao inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal, que assegura
igualdade de condições a todos os concorrentes, por alijar do Certame a Dinamo Armazéns
Gerais Ltda., que vinha prestando serviços idênticos à razão de R$ 82.000,00 (oitenta e dois mil
reais) mensais, por não haver corrigido no envelope apresentado o número correto do novo
Pregão, que substituiu o antigo Pregão nº 015/SP-SÉ/2012, declarado frustrado, proclamando-se
vencedora a empresa AGL – Armazém Geral Logística Ltda. com lance final de R$ 96.300,00
(noventa e seis mil e trezentos reais). Pediu suspensão do pleito, e, ao final, sua anulação (fls.
02/09), em face dos motivos apresentados e documentos instrutivos de fls. 10/147. Atendendo
proposição da Assessoria Jurídica de Controle Externo, determinei, "ad cautelam", a suspensão
do Certame e a intimação dos Representados (fls. 151/152), sendo que, em resposta, o
Subprefeito da Sé encaminhou o Ofício nº 0330/SP-SÉ/GAB/2013, informando a opção de
1 Art. 3º - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
14
anular o Pregão para readequar o objeto do ajuste pretendido pela atual Administração, motivo
pelo qual solicitou autorização para a prática do ato (fl. 158). Após as ponderações da Assessoria
Jurídica de Controle Externo (fls. 162/163) e de minha Assessoria (fls. 164/166), de inexistir
impedimento à prática do pretendido, no exercício da competência legal para anulação ou
revogação dos próprios atos, a Auditoria registrou a publicação, em 19.04.2013, do Despacho
revogando o Pregão nº 17/SP-SÉ/2012, por motivo de conveniência e oportunidade (fls.
174/175). Diante desse fato, a Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 199/202), a
Procuradoria da Fazenda Municipal (fl. 203) e a Secretaria Geral (fls. 204/206), opinaram pelo
arquivamento dos presentes autos, devido a perda de seu objeto. Consigno, ainda, que a ordem
suspensiva foi referendada pelo Egrégio Plenário desta Corte, na 2.663ª S.O. (fls. 168/169). É o
relatório. Voto: Em face dos elementos instrutivos e dos pareceres emitidos, declaro prejudicado
o objeto deste procedimento, com a revogação do Certame Licitatório impugnado pelo
formulante da Representação inicial, determinando, oportunamente, o arquivamento dos autos,
após o cumprimento das formalidades legais, dentre as quais a comunicação do resultado aos
interessados. Participaram do julgamento o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado
Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013.
a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." b) Contratos: 7) TC 3.208.11-25
– Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo
– Fusp – Contrato 008/11-SMT R$ 3.440.800,00 – Pesquisa, inovação e desenvolvimento de um
Sistema Integrador (gateway) capaz de integrar o protocolo aberto de controladores de semáforos
padrão Urban Traffic Management Control – UTMC/NTCIP com os Controles de Área – CTAs,
da Cidade de São Paulo, fornecidos pelas empresas Peek, Siemens e Itaca ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, de
conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Roberto Braguim – Relator, bem como
pelos votos dos Conselheiros Eurípedes Sales – Revisor e Domingos Dissei, em acolher o
Contrato 008/11-SMT. Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos votos, em determinar à
Secretaria Municipal de Transportes – SMT maior cuidado na feitura dos ajustes de seu interesse,
em face das conclusões dos Órgãos Técnicos e da Secretaria Geral desta Corte. Vencido o
Conselheiro Maurício Faria, que, consoante declaração de voto apresentada, julgou irregular o
contrato. Relatório: O presente TC focaliza a análise e julgamento do Contrato nº 008/11-SMT,
pactuado diretamente pela Secretaria Municipal de Transportes com a Fundação de Apoio à
Universidade de São Paulo – FUSP, objetivando a pesquisa, inovação e desenvolvimento do
sistema integrador para a universalização das controladoras dos semáforos da cidade de São
Paulo, pelo preço ajustado de R$ 3.440.800,00 (três milhões, quatrocentos e quarenta mil e
oitocentos reais) e prazo de duração de 10 (dez) meses. De acordo com o Despacho copiado às
fls. 169/170 destes autos, o Ajuste foi autorizado pelo então Secretário Municipal de Transportes,
Marcelo Cardinale Branco, com arrimo no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº 8.666/19932,
que dispensa a licitação na contratação, verbis "de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição
dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação
ético-profissional e não tenha fins lucrativos". No relatório de avaliação, encartado às fls.
221/228 e 229/229v., a Equipe Técnica de Fiscalização e Controle desta Corte concluiu pela
2 Art. 24 - É dispensável a licitação: (...) XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha
fins lucrativos;
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
15
irregularidade da Contratação devido aos apontamentos a seguir resumidos: - ausência de
motivação e de justificativa para a contratação direta, implicando ofensa aos artigos 24, XIII, e
26, parágrafo único, II, da Lei Federal nº 8.666/19933 e artigo 2º, inciso I, e 12 do Decreto
Municipal nº 44.279/20034; - ausência de justificativa aos preços contratados e inclusão de
valores com previsão de quantidades desrespeitando os artigos 26, § único, inciso III, e 7º, § 4º,
da Lei Federal nº 8.666/19935; - omissão de cláusulas contratuais obrigatórias exigidas pelos
artigos 55, incisos IV, VII, XI e XIII, e 40, inciso IX, da Lei Federal nº 8.666/19936; - prazo de
contratação menor que o previsto no Anexo I, infringindo o artigo 55, IV, da Lei Federal nº
8.666/1993; - não disponibilização das informações no "site" da Prefeitura. A Assessoria Jurídica
de Controle Externo, em primeira intervenção, acompanhou as conclusões da Auditoria,
destacando a probabilidade de ofensa aos princípios da motivação e de prejuízos ao erário,
sugerindo, entretanto, a Subchefia encaminhamento de ofício à Secretaria, para conhecimento
das irregularidades suscitadas, em cumprimento ao princípio do contraditório e da ampla defesa
(fls. 231/236 e 237). Na resposta enviada, a Secretaria Municipal de Transportes – SMT
reportou-se aos esclarecimentos de suas áreas técnicas, em especial do Diretor de Sinalização da
CET, que apresentou um histórico das contratações e implantações do sistema semafórico
inteligente na Cidade de São Paulo, observando que foram realizadas três licitações no ano de
1994, resultando na contratação de três sistemas diferentes de controle do tráfego, cuja integração
não foi planejada. Esse mesmo Diretor explicou tecnicamente o funcionamento dos sistemas
operados e a necessidade de sua "universalização", de modo a permitir a "migração para novos
3 Art. 26 - As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de
inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.. Parágrafo
único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que
couber, com os seguintes elementos: (...) II - razão da escolha do fornecedor ou executante; 4 Art. 2º. O processo de licitação, devidamente autuado, deverá ser instruído, conforme o caso, com os seguintes
elementos: I - requisição de material ou justificativas para contratação; (...) Art. 12. Nas hipóteses de dispensa ou de
inexigibilidade de licitação, deverá ser autuado processo especial, visando à formalização da contratação direta,
mediante perfeita caracterização da exceção prevista em lei, fundamentadas razões para escolha do contratado e
justificativa do preço. 5 Art. 26 - As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de
inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único d o art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e
publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. Parágrafo
único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que
couber, com os seguintes elementos: (...) III - justificativa do preço. Art. 7º - As licitações para a execução de obras
e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: I - projeto
básico; II - projeto executivo; III - execução das obras e serviços. (...) § 4º - É vedada, ainda, a inclusão, no objeto
da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. 6 Art. 55 - São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: (...) IV - os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; VII - os direitos e
as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; XI - a vinculação ao edital de
licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XIII - a obrigação
do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Art. 40 - O edital conterá no
preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o
regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará,
obrigatoriamente, o seguinte: (...) IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
16
sistemas" visando ao acompanhamento da "evolução tecnológica e a queda de preços". O
expediente da Secretaria cuidou, ainda, de esclarecer o tempo de duração do Ajuste, a correlação
das especialidades da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo – FUSP ao objeto
contratual, à cobertura da garantia e à divulgação no "site" da Prefeitura (fls. 244/284). Essas
respostas foram detidamente analisadas pela Auditoria que manteve, no entanto, todos seus
apontamentos, à exceção das informações do Contrato na internet, reafirmando a conclusão de
que a contratação é temerária e capaz de acarretar prejuízos ao erário (fls. 286/288). Nessa
mesma esteira foram o parecer da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral,
ambas opinando pelo não acolhimento do Ajuste (fls. 292/296 e 298/302), ao passo que a
Procuradoria da Fazenda Municipal endossou integralmente os esclarecimentos e informações da
Secretaria, tutelando a aceitação do Contrato, ou, alternativamente, de seus efeitos financeiros,
como homenagem ao princípio da segurança jurídica (fl. 297). É o relatório. Voto: O foco deste
procedimento, como já foi explicitado no segmento relatorial, é o Contrato pactuado entre a
Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Transportes – SMT, e
a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo – FUSP, objetivando "a Pesquisa, Inovação e
Desenvolvimento de Sistema Integrador para a Universalização dos Semáforos da Cidade de São
Paulo", com dispensa de licitação fundamentada no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº
8.666/1993. É imperioso verificar, inicialmente, se esse preceptivo autoriza a contratação direta,
como uma das hipóteses de exceção à regra da licitação, em face das objeções suscitadas pela
Assessoria Jurídica de Controle Externo, com o respaldo do Secretário Geral, da não
comprovação do nexo de pertinência lógica entre o objeto contratado e os objetivos definidos no
estatuto da Instituição contratada. Entretanto, examinando os estatutos da Entidade, às fls. 11/24,
verifico que a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo – FUSP tem, no rol de seu artigo
5º, estas atribuições: - "apoio a realização de estudos e pesquisas, desenvolvimento de
tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos na área de informática,
contribuindo, inclusive, com políticas de inclusão digital" (inciso V, letra "g"). - "celebrar
acordos para a realização de atividades conjuntas de pesquisa científica e tecnologia e
desenvolvimento de tecnologia, produto ou processo, com instituições públicas e privadas"
(inciso VIII). Assim, entendo, "data venia", que essas qualificações atendem às especificidades
do preceito que dispensa a obrigatoriedade da licitação, tendo em vista os objetivos do Contrato
em julgamento e sua afinidade ou pertinência lógica com aquelas atribuições. Essa correlação
deve ser apurada e avaliada em cada caso concreto, pois, como anota Marçal Justen Filho: "O
objeto da Instituição deverá abranger pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional,
científico ou tecnológico, conceitos que, na explicação do mestre, deverão ser interpretados de
modo amplo, sem eliminar uma delimitação segundo a concepção adotada e prevalente no
momento em que ocorrer a contratação" (Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos, Dialética, 7ª edição, 2.000, pág. 255, nº 18). Assim, na minha visão, considero
o caso concreto destes autos assimilado à hipótese figurada no artigo 24, inciso XIII, da Lei
Federal Básica. De outa face, não vislumbro ofensa ao princípio da motivação informado pela
Auditoria, na medida em que o Ajuste foi tecnicamente justificado pelo Diretor de Divisão, na
defesa apresentada pela Pasta ao esclarecer, "verbis": "o objetivo do contrato é exatamente esse
Construir um tradutor chamado no projeto de Gateway, constituído de programas, equipamentos
e licença para uso do município, e tem o objetivo final de traduzir o que as centrais (protocolos,
proprietários) emitem de comandos e convertê-los para os protocolos abertos existentes
atualmente, e vice-versa" (fl. 255). Esses aspectos, de cunho eminentemente técnico, não foram,
"permissa venia", convenientemente refutados pela Auditoria, tanto que a Secretaria Municipal
de Transportes – SMT considerou pertinente a contratação ao fazer o histórico resumido do
projeto CTA – Central de Tráfego em Área, apontando as dificuldades enfrentadas por sistemas
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
17
exclusivos e proprietários (patentes) sobre o funcionamento e manutenção da sinalização
semafórica inteligente, documento esse inclusive referido na manifestação de fls. 286/288. De
sua vez, a Diretoria Administrativa e Financeira esclareceu que a inexistência de uma solução de
Gateway no mercado, relatada pelo Diretor de Sinalização "inviabiliza eventual cotejamento de
preços para uma avaliação rigidamente parametrizada", além de que pesou na contratação a
credibilidade do nome da Universidade de São Paulo. A despeito dessa explicação pecar pelo seu
laconismo, entendo, s.m.j., que a Auditoria não trouxe, na sua análise, paradigmas de mercado
que permitissem o confronto com os valores unitários discriminados na planilha de fl. 214, que
compôs o preço total de R$ 3.440.800,00 (três milhões, quatrocentos e quarenta mil e oitocentos
reais), aceito pela Pasta interessada. A Auditoria apontou, também, infringência aos artigos 40,
IX, e 55, IV, VII, XI e XIII, da Lei Federal nº 8.666/1993, o primeiro deles exigindo a indicação
do critério de reajuste no Edital de Licitação, e o segundo estabelecendo como cláusulas
necessárias do contrato administrativo, entre outras: - a determinação dos prazos de início de
etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo,
conforme o caso (inciso IV); - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades
cabíveis e os valores das multas (inciso VII); - a vinculação da proposta às condições do edital
(inciso XI); e - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação (inciso XIII). Essas disposições, conquanto obrigatórias e
extensivas às contratações diretas, não invalidam o ajuste quando omitidas no instrumento, sendo
supridas, conforme o caso, pela legislação aplicável. Ademais, possuem caráter formal que não
prejudica o todo da contratação, motivo pelo qual são passíveis de relevação, ante a ausência de
má-fé e de não comprovação de prejuízo. Por fim, quanto aos questionamentos aos itens 15.15 e
15.21 do relatório da Auditoria, a garantia para execução do contrato está prevista na cláusula do
Contrato, à razão de 5% (cinco por cento) sobre o valor de cada nota fiscal apresentada e a
publicação do extrato do contrato comprovada às fls. 279, 283 e 284, onde consta a informação
sobre as datas de publicação. Conquanto o critério adotado para previsão da garantia não se
coadune com o disposto no artigo 56 da Lei Federal, que toma em consideração o valor total do
contrato e não o valor de cada nota fiscal, como previsto na citada cláusula, entendo que a
questão ficou superada com a entrega do trabalho pela Fundação de Apoio à Universidade de São
Paulo – FUSP, como também superada a matéria sobre a publicidade do contrato, com a juntada
dos "prints" acima referidos. De todo modo, o artigo em tela, "caput", deixa a critério da
autoridade competente, exigir, em cada caso, a prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras, ou, como anota o autor atrás citado, à página 515 de sua obra: "A Lei remete
à discricionariedade da Administração a exigência da garantia (poderá/deverá) ser exigida apenas
nas hipóteses em que se faça necessária. Quando inexistirem riscos de lesão do interesse público,
a Administração não precisará impor a prestação de garantia." Esse parece-me ser, o caso
figurado neste processo, em que o Contrato tem por alvo trabalho de pesquisa, inovação e
desenvolvimento de um sistema integrador das controladoras dos semáforos da Cidade de São
Paulo, a cargo de instituição de apoio à Universidade de São Paulo, sem fins lucrativos
(Estatutos, artigo 1º e 4º). Diante do exposto, Acolho o Contrato "sub examine" pactuado entre a
Secretaria Municipal de Transportes e a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo –
FUSP, copiado às fls. 194/200, determinando à Contratante maior cuidado na feitura dos Ajustes
de seu interesse, em face das conclusões das unidades técnicas e da Secretaria Geral. Declaração
de voto apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria: Na esteira das manifestações unânimes
da Auditoria, da Assessoria Jurídica de Controle Externo, da Procuradoria da Fazenda Municipal
e da Secretaria Geral, voto pela irregularidade do Contrato nº 008/11-SMT, tendo em vista as
graves irregularidades detectadas inicialmente pelo Órgão Técnico, a saber: ausência de
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
18
justificativa para a contratação do objeto, bem como, para a contratação por dispensa de licitação
e para os preços contratados; ausência de cláusulas obrigatórias; ausência da prestação da
garantia contratual; e prazo da contratação menor que o prazo proposto no Anexo I. Destaco,
neste momento, pela oportunidade, o registro efetivado pela respectiva Coordenadoria, acerca do
Ajuste, no sentido de "grave risco de prejuízo ao erário Municipal, caso levado a efeito" (fl. 228
do TC em apreço). Outrossim, mister ressaltar o destaque igualmente consignado pela Dra.
Izabel Monteiro, Senhora Assessora Subchefe de Controle Externo, à época, no tocante à
"ausência de justificativa para a contratação, notadamente em face dos reiterados problemas
observados na execução do objeto contratado, bem como os indícios de incorreta subsunção do
caso concreto ao disposto no artigo 24, inciso XIII, da Lei Federal nº 8.666/93" (fl. 237). Nesse
diapasão, ainda que em tramitação neste Tribunal, o 2.930/12-41, que trata da pertinente
execução contratual, aborda um robusto rol de irregularidades. Pelo exposto, julgo irregular e
deixo de acolher o Contrato nº 008/11-SMT. Participaram do julgamento o Conselheiro
Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim –
Relator." – PROCESSO RELATADO PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR
EURÍPEDES SALES – a) Contratos: 1) TC 331.12-66 – Secretaria Municipal de Serviços e
Consórcio SP-Luz – Concorrência 06/SES/2011 – Contrato 66/SES/2011 R$ 433.794.099,16 –
Prestação de serviços técnicos especializados de manutenção e ampliação, considerados os
serviços de eficientização e remodelação, com fornecimento de material, para o sistema de
Iluminação Pública do Município de São Paulo (Tramita em conjunto com o TC 2.243.11-90).
Após o relato da matéria, "o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator, consoante notas
taquigráficas insertas nos autos, com fundamento nas manifestações da Assessoria Jurídica de
Controle Externo e da Secretaria Geral desta Corte, bem como da Procuradoria da Fazenda
Municipal, acolheu a licitação na modalidade Concorrência 06/SES/2011 e o Contrato
66/SES/2011. Ademais, o Conselheiro Roberto Braguim – Revisor acompanhou, na íntegra, o
voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Relator. Afinal, na fase de votação, o
Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) –
PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – a) Diversos:
1) TC 427.13-14 – Papa Lix Plásticos e Descartáveis Ltda. – Autarquia Hospitalar Municipal –
AHM – Representação em face do Edital do Pregão Presencial 013/2013, cujo objeto é a
contratação de empresa especializada em serviço de limpeza técnica hospitalar, desinsetização,
desratização, descupinização, jardinagem e conservação, com fornecimento de mão de obra,
materiais de consumo, máquinas e equipamentos, nas áreas internas e áreas externas (Pátio do
Estacionamento e Pátio Externo e Arruamento), Jardim (Área Verde), caixas d'água e
reservatórios, para as unidades pertencentes à Autarquia ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, por presentes os
requisitos de admissibilidade e, no mérito, em julgá-la improcedente. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão à empresa representante e à
representada, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, após, arquivem-se os
autos. Relatório: Cuida o presente de Representação interposta pela empresa PAPA LIX
PLÁSTICOS E DESCARTÁVEIS LTDA., em face do Edital do Pregão Presencial nº 13/2013,
realizado pela Autarquia Hospitalar Municipal objetivando a contratação de empresa
especializada na prestação de serviços de limpeza técnica hospitalar, desinsetização,
desratização, descupinização, jardinagem e conservação, com fornecimento de mão de obra,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
19
materiais de consumo, máquinas e equipamentos, nos Hospitais Municipais Dr. Ignácio Proença
de Gouvêa e Dr. Carmino Caricchio. Em síntese, alega a Representante que o procedimento
licitatório encontra-se eivado de vício em razão da exiguidade do prazo estabelecido no Edital
para realização de vistoria, bem como pela exigência de que a vistoria deveria ser procedida por
enfermeiro. Argumentou que o prazo estabelecido no Edital (somente o período da tarde) feriu o
princípio da competitividade. Diante dos fatos, determinei à Subsecretaria de Fiscalização e
Controle que realizasse diligência a fim de verificar as condições de participação dos licitantes,
especificamente em relação ao item "vistoria". Ao realizar a diligência, os Auditores observaram
que o Edital foi publicado no DOC de 24.01.2013, com o agendamento e vistoria franqueada até
04.02.2013. Informaram que, até o momento da inspeção, 15 empresas receberam o atestado de
vistoria nas duas unidades hospitalares; que as visitas levam em torno de 30 minutos e que a
presença do enfermeiro foi necessária para discriminar áreas de limpeza crítica, semicrítica e
simples, para adequada elaboração de proposta. Por fim, em relatório inicial, a Auditoria exarou
parecer no sentido da improcedência da Representação. Em análise preliminar, houve
indeferimento do pedido de suspensão cautelar do certame. Instada a se manifestar sobre o
processado, a Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou o entendimento da Auditoria.
Argumentou que a cláusula 30.4 do Edital estipula o horário para vistoria compreendido entre 8
horas para início e 17 horas para término, e que, após a constatação de que 15 empresas
receberam o atestado de vistoria, restou comprovado que o certame atingiu seu objetivo. A
Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento da
Representação, visto que preenchidos os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, pela sua
improcedência. É o relatório. Voto: Conheço da Representação, uma vez que preenchidos seus
pressupostos de validade. No mérito, entendo que a mesma não merece acolhida. A fiscalização
realizada pela área auditora afastou qualquer dúvida que pudesse persistir acerca das supostas
impropriedades alegadas pela Representante. A meu ver, o prazo para a realização das diligências
necessárias foi suficiente. Isso se confirma, inclusive, diante do fato de que 15 empresas
obtiveram o atestado de vistoria das duas unidades hospitalares. Já quanto à necessidade da
presença de um enfermeiro no ato de vistoria, entendo que tal exigência não é descabida, pois, na
própria qualificação técnica para habilitação da empresa, consta a necessidade do profissional no
seu quadro de pessoal. Assim, apoiado nos pareceres unânimes constantes dos autos, conheço da
Representação, por presentes os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, VOTO pela sua
IMPROCEDÊNCIA. Envie-se cópia do presente julgado aos interessados. Após, arquivem-se os
autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto
Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado
Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013.
a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 2) TC 3.506.06-76 – Autarquia
Hospitalar Municipal – AHM e Personal Care Serviços Médicos Ltda.-ME – Acompanhamento –
Execução Contratual – Verificar se o Contrato 20/2004 (R$ 265.000,00), cujo objeto é a
prestação de serviços de remoção de pacientes, com ambulâncias de suporte básico e de suporte
avançado (UTI móvel), com tripulação, equipamentos, materiais e medicamentos obrigatórios,
está atendendo aos seus objetivos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC
1.765.07-34 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em aprovar a execução do Contrato 20/2004,
referente ao período de 01/05/06 a 26/09/2006. Relatório e voto englobados: v. TC 1.765.07-34.
Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e
Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e
Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
20
Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 3) TC 1.765.07-34 – Autarquia Hospitalar
Municipal – AHM e Personal Care Serviços Médicos Ltda. – ME. – Acompanhamento –
Execução Contratual – Verificar se o Contrato 20/2004 (R$ 265.000,00), cujo objeto é a
prestação de serviços de remoção de pacientes, com ambulâncias de suporte básico e de suporte
avançado (UTI móvel), com tripulação, equipamentos, materiais e medicamentos obrigatórios,
está atendendo aos seus objetivos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com o TC
3.506.06-76 e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em não aprovar a execução do Contrato
20/2004, referente ao período de janeiro a março de 2007, em virtude do constatado
descumprimento do contrato no que concerne à inexistência de seguro das ambulâncias e sua
utilização indevida. Acordam, ainda, à unanimidade, em acolher excepcionalmente os efeitos
financeiros produzidos pelo ajuste, em razão do Princípio da Segurança Jurídica, considerando
que a Autarquia Hospitalar Municipal empenhou-se para resolver a maior parte das falhas
constatadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte. Relatório englobado: Em
julgamento os TCs 3.506.06-76 e 1.765.07-34 que cuidam da análise da execução do Contrato n.º
20/2004, celebrado entre a Autarquia Hospitalar Municipal do Campo Limpo e a empresa
Personal Care Serviços Médicos Ltda., para a prestação de serviços de remoção de pacientes
através de ambulância de suporte básico e de suporte avançado (UTI móvel), respectivamente, no
período, de 01/05 a 26/09/2006 e janeiro a março de 2007. A Coordenadoria IV concluiu que o
Contrato estava sendo adequadamente executado no período de 2006, com a ressalva de que os
chamados para remoções extras não estavam sendo atendidas no prazo de 30 minutos, tal como
estabelecido na cláusula 2.2.3 do ajuste. Em relação ao período de 2007, a Auditoria constatou a
regularidade da execução contratual quanto às providências de origem contábil, financeira e
orçamentária. Porém, anotou as seguintes impropriedades: a) inobservância do prazo de 30
minutos para atender as remoções extras; b) não apresentação pela Contratada das apólices de
seguro; c) alguns dos veículos não dispunham de rádio comunicador e não estavam licenciados;
d) a Contratada estava utilizando uma ambulância de propriedade de um motorista, que não
consta como empregado da mesma, o que poderia acarretar subcontratação dos serviços; e) as
ambulâncias foram utilizadas em algumas ocasiões para transportar sangue, medicamentos e
materiais esterilizados. A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pela regularidade da
execução contratual nos dois processos em exame. Nessa fase processual, determinei o
sobrestamento das instruções até o julgamento do TC 3.066.05-94, que tem por objeto a análise
do Pregão nº 015/2004, do Contrato n° 020/2004 e dos Termos de Aditamento que o sucederam.
O referido processo foi julgado em 03 de fevereiro de 2010, oportunidade na qual o E. Tribunal
Pleno reconheceu a regularidade de todos os instrumentos. Retomada a instrução processual, a
Origem, os ordenadores das despesas e a Contratada foram intimados para apresentar
esclarecimentos. Nesse sentido, informaram que o atraso no atendimento das remoções extras se
deve ao trânsito da cidade e, também, à prática adotada pelos Hospitais de destino de reter a
ambulância até encaminhamento do paciente. Ressaltaram que não houve prejuízo à população
atendida e que, em casos isolados, a empresa contratada foi multada em razão dos atrasos. No
tocante ao seguro exigido, a empresa informou que entendeu que o DPVAT era suficiente para
atender a cláusula contratual, o que foi aceito pela contratante. Informou, ainda, que em
novembro de 2007 regularizou o licenciamento de todos os veículos e que, no lugar dos
radiocomunicadores, adotou o sistema de telefonia móvel por se revelar mais eficiente. A
Personal Care rebateu as alegações da Auditoria sobre a ocorrência de subcontratação e explicou
que locou apenas uma ambulância para a realização das remoções extras devido ao aumento da
demanda. Alegou que a tripulação pertence ao quadro de empregados da empresa e que toda a
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
21
administração e logística é por ela realizada. Sobre a utilização das ambulâncias, os interessados
informaram que o transporte de sangue, medicamentos e materiais esterilizados ocorreu em
situações excepcionais, em que não havia veículo administrativo à disposição e cuja falta
acarretaria enorme prejuízo à população senão o perecimento do medicamento ou sangue, o que
exigiu a atuação emergencial da Autarquia. A Coordenadoria IV manifestou-se pela regularidade
da execução contratual nos autos do TC 3.506.06-76. No tocante ao TC 1.765.07-34, manteve as
ressalvas quanto à necessidade do seguro e a utilização das ambulâncias exclusivamente para
transporte de pacientes. A Assessoria Jurídica de Controle Externo endossou a conclusão da
Equipe Auditora. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento da execução
contratual. A Secretaria Geral opinou pela regularidade da execução contratual do período de
2006, em caráter excepcional, e pela irregularidade do período de 2007, dadas as irregularidades
constatadas pela Auditoria e não superadas por meio das defesas apresentadas. É o relatório.
Voto englobado: A instrução processual demonstrou que, no período de 01/05/06 a 26/09/2006,
o Contrato n.º 20/2004 foi regularmente executado. O apontamento referente ao atraso na
remoção dos pacientes, com tempo superior a 30 minutos pode, a meu ver, ser excepcionalmente
relevado, uma vez que, conforme constatado pela Auditoria, o atraso não se deveu à inércia ou
negligência da contratada, mas a elementos externos que fugiam ao seu controle. Ademais, o
atraso ficou adstrito às remoções extras, não atingindo parcela significativa do contrato. A
execução contratual realizada no período compreendido entre 31/05/07 a 19/06/2007, por sua
vez, contém irregularidades que impedem seu acolhimento. A primeira delas refere-se ao
descumprimento da cláusula 2.2.10 do contrato, que exige a apresentação das apólices de seguro,
no ato da assinatura do ajuste, devendo as mesmas compreender cobertura de danos materiais e
as pessoas dos ocupantes e de terceiros. A alegação da contratada de que o Seguro de Acidentes
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) seria suficiente para
cobrir eventual dano não procede. Primeiramente, o DPVAT é obrigatório por lei para todos os
veículos, assim não haveria necessidade de previsão contratual para isso. Como é sabido, os
valores da indenização advindos do DPVAT são, em regra, inferiores ao valor dos danos
sofridos. Ademais, sua cobertura alcança apenas os danos pessoais, não abrangendo quaisquer
danos materiais, sendo que, neste ponto, a Origem ficou plenamente descoberta do risco. A
segunda falha que deve ser considerada é a utilização das ambulâncias para finalidade diversa
daquele prevista em contrato. Ainda que em situações emergenciais, a utilização de veículos
adaptados exclusivamente para remoção de pacientes, para o transporte de sangue, medicamentos
e materiais, implica custo excessivo para o Município, uma vez que o pagamento se dá
considerando a disponibilização do veículo equipado com a tripulação composta de médicos e
paramédicos. À vista do exposto, e considerando os elementos constantes dos autos dos
processos ora examinados: 1. Aprovo a execução do Contrato n.º 20/2004, referente ao período
de 01/05/06 a 26/09/2006, examinada no TC 3.506.06-76. 2. Não aprovo a execução do Contrato
n.º 20/2004, referente ao período de janeiro a março de 2007, examinada no TC 1.765.07-34, em
virtude do constatado descumprimento do Contrato no que concerne à inexistência de seguro das
ambulâncias e a utilização indevida das mesmas. Entretanto, acolho excepcionalmente os efeitos
financeiros produzidos pelo ajuste, em razão do Princípio da Segurança Jurídica, considerando
que a Origem empenhou-se para resolver a maior parte das falhas mencionadas pela Auditoria
desta Corte. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Roberto
Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado
Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013.
a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 4) TC 211.09-09 – Ministério
Público do Estado de São Paulo – Solicitação de informações sobre a apuração de eventual
irregularidade na Ata de Registro de Preços 05.08/06, decorrente do Pregão 12.014/06, cujo
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
22
objeto é o registro de preços para locação de microcomputador com manutenção e assistência
técnica, pela empresa Itautec Informática S.A. – Grupo Itautec à Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. (Acomp. TC 656.09-
25) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em determinar o envio de
ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo, acompanhado de cópia do V. Acórdão
constante do processo TC 656.09-25, informando-o que este Tribunal julgou regular o Pregão
12.014/06, o qual precedeu a formalização da Ata de RP 05.08/06. Relatório e voto englobados:
v. TC 656.09-25. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor,
Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro
de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." b) Contratos: 5) TC
656.09-25 – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo –
Prodam-SP e Itautec Informática S.A. – Grupo Itautec – Pregão 12.014/06 – Ata de RP 05.08/06
– Registro de preços para locação de microcomputador com manutenção e assistência técnica
(Acomp. TC 211.09-09) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
julgar regular o Pregão 12.014/06, que precedeu a formalização da Ata de Registro de Preços
05.08/06. Relatório englobado: Trata o presente da análise do Pregão nº 12.014/05, que
precedeu a formalização da Ata de Registro de Preços nº 05.08/06, firmada entre a PRODAM/SP
– S.A e a empresa ITAUTEC INFORMÁTICA S/A – GRUPO ITAUTEC, tendo por objeto o
registro de preços para locação de microcomputadores com manutenção e assistência técnica. A
Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela regularidade do procedimento licitatório,
apesar do apontamento da Coordenadoria II no sentido de considerar irregulares: (i) a utilização
do sistema de registro de preços para prestação de serviços de natureza contínua, por infringência
ao disposto nos artigos 3º e 5º da Lei Municipal nº 13.278/02 c/c o art. 26 do Decreto Municipal
nº 44.279/03; e (ii) a previsão na minuta do contrato da possibilidade de sua prorrogação até o
limite de 48 meses, por infração ao artigo 13 da Lei Municipal nº 13.278/02. A conclusão em
outro sentido se pautou pelo fato de que, no julgamento dos Processos TC's 3.063.06-87 e
4.020.06-00, o Plenário desta Corte decidiu favoravelmente quanto à possibilidade de
contratação de serviços continuados por meio do Sistema de Registro de Preços, bem como a
prorrogação dos contratos dele decorrentes, nos termos do art. 57 da Lei de Licitações e
Contratos. Remetidos os autos à Assessoria Jurídica, esta não vislumbrou nenhuma
irregularidade capaz de macular o certame. Não obstante, informou que a AJCE comunga do
mesmo posicionamento da Auditoria quanto à impossibilidade de utilização do Sistema de
Registro de Preços para a prestação de serviços contínuos e quanto à possibilidade de
prorrogação dos contratos dela decorrentes. Registrou a existência de decisões contrárias ao seu
entendimento, consubstanciadas nos processos TC's mencionados pela Auditoria. A Douta
Procuradoria da Fazenda Municipal pugnou pela regularidade do ato em exame. Encerrando a
instrução processual, a Secretaria Geral manifestou-se pela possiblidade de utilização da Ata de
Registro de Preços para serviços contínuos e anexou cópia de parecer exarado no TC 1.028.07-
96, no qual já se pronunciou a respeito do assunto. Por fim, registro a existência de ofício do
Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do qual solicitou informações sobre a
existência de procedimento verificatório da regularidade da Ata de Registro de Preços nº 05.086,
decorrente do Pregão n. 12.014/05, conforme Processo TC 211/09-09, que este acompanha. É o
relatório. Voto englobado: Para o deslinde da questão que ora se apresenta, dois são os aspectos
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
23
que merecem destaque: a possibilidade de contratação de serviço de natureza continuada por
meio do Sistema de Registro de Preços e a viabilidade de prorrogação dos contratos decorrentes
de Ata de Registro de Preços. Como bem anotado pelos Órgãos Técnicos, o tema já foi objeto de
apreciação por este Plenário. No processo TC 1.003.06-87, de minha relatoria, já tive
oportunidade de expressar meu entendimento a respeito da matéria, ocasião em que, por
unanimidade, foi reconhecida a possibilidade de registrar preços para serviços de natureza
continuada, bem como a possibilidade de prorrogação dos contratos decorrentes de Ata de
Registro de Preços, nos termos das regras gerais aplicáveis aos prazos contratuais. A legislação
municipal que regula a matéria não excluiu do Sistema de Registro de Preços os serviços de
natureza continuada. Os requisitos definidos pela Lei nº 13.278/2002 e pelo Decreto nº
44.279/2000 estão relacionados ao caráter habitual e rotineiro dos bens ou serviços pretendidos e
à impossibilidade de definição exata do quantitativo a ser demandado pela Administração, não
fazendo qualquer menção à incerteza do momento da sua utilização. Assim é que discordo da
afirmação de que a incerteza do momento da utilização dos bens ou serviços seja inerente ao
Sistema de Registro de Preços, o que afastaria a possibilidade de utilização de tal sistema para
serviços de natureza continuada. O art. 3º da Lei Municipal nº 13.278/2002, reforça essa
possibilidade ao estabelecer que: "Art. 3º - O fornecimento de materiais em geral e a prestação de
quaisquer serviços, em ambos os casos, desde que habituais ou rotineiros, poderão ser
contratados pelo sistema de registro de preços". Marçal Justen Filho, ao tratar da possibilidade da
aplicação do registro de preços a serviços, ensina que o fato de a Lei de Licitações fazer menção
apenas a hipótese de registro para compras não pode ensejar a conclusão de que a sistemática de
registro seja inadmissível para os contratos de obra ou serviço. Nesse caso, o silêncio legislativo
não pode ser interpretado como vedação, havendo compatibilidade entre o sistema de registro de
preços e os contratos de prestação de serviço.7 Demais disso, o Sistema de Registro de Preços
consiste numa das mais importantes alternativas de gestão de contratações colocada à disposição
da Administração Pública. Entre as inúmeras vantagens desse sistema, consigno a redução dos
gastos e sua otimização e a rapidez na contratação. No que diz respeito à possibilidade de
prorrogação dos contratos decorrentes de Ata de Registro de Preços, nos termos do artigo 15 da
Lei de Licitações e Contratos e do artigo 13 da Lei Municipal nº 13.278/2002, o Sistema de
Registro de Preços estabelece a validade pelo período de 12 (doze) meses, com possibilidade de
prorrogação por igual período. O registro de preços, como é cediço, não obriga a Administração a
celebrar o contrato com a empresa vencedora do certame. Essa natureza facultativa da sua
utilização por parte da Administração não elimina a existência de uma relação jurídica, sendo
certo que as condições pactuadas são vinculantes para ambas as partes. Por ocasião da celebração
do contrato e pelo prazo estabelecido para a sua vigência, tem-se o vínculo obrigacional bilateral.
De acordo com o art. 57, inciso II, da Lei de Licitações e Contratos Administrativos, os contratos
para serviços de natureza continuada poderão ter sua duração prorrogada com vistas à obtenção
de preços e condições mais vantajosas para a Administração, por até 60 (sessenta) meses. Não há
na legislação que trata da matéria disposição que exclua os contratos de prestação de serviço de
7"O entendimento se funda na compatibilidade entre o sistema de registro de preços e os contratos de prestação de
serviço. Ainda que a Lei aluda apenas ao caso de registro para compras, não se pode vislumbrar alguma
característica inerente quer à sistemática de registro, quer aos contratos de obra ou serviço, que inviabilize a
generalização do sistema. O silêncio legislativo não pode, por isso, ser interpretado como vedação. Também não
seria o caso de aplicar o princípio da legalidade da atividade administrativa, no sentido de que a ausência de
autorização representa interdição à atuação. Muitas vezes, inexiste autorização explícita, mas se pode extrair que o
sistema normativo a outorga implicitamente. Assim, por exemplo, a Lei nº 8.666/93 não previu a possibilidade de
pactuação de contratos administrativos atípicos ou inominados, mas tal se admite por força de interpretação
sistemática". Justen Filho. Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 15ª edição, São
Paulo:Dialética, 2012, p. 223.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
24
natureza contínua decorrentes de Ata de Registro de Preços das regras aplicáveis aos prazos
contratuais, ou mesmo que proíbam a prorrogação por prazos maiores do que os estabelecidos
para a vigência da respectiva Ata. A propósito, o parágrafo único do art. 13 da Lei Municipal nº
13.278/2002 estabelece que: "A expiração do prazo de vigência da ata de registro de preços não
implica a extinção dos contratos dela decorrentes, ainda em execução". Ademais, a importância
de se admitir o registro de preços para serviços e consequentemente a prorrogação dos contratos
decorrentes de Ata de Registro de Preços se revela pela própria sistemática do registro que
possibilita uma atuação rápida e imediata da Administração Pública, com observância ao
princípio da isonomia e garantindo a obtenção da contratação mais vantajosa. Diante do exposto,
julgo regular o Pregão nº 12.014/05, que precedeu a formalização da Ata de Registro de Preços
nº 05.08/06. Determino o encaminhamento de ofício ao Ministério Público do Estado de São
Paulo informativo do teor da presente decisão. Participaram do julgamento os Conselheiros
Domingos Dissei – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe
da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria –
Relator." – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – a)
Recursos: 1) TC 1.125.11-29 – Recursos "ex officio" e de Marcia Eurich Betkowski interpostos
contra a R. Decisão de Juízo Singular de 7/3/2012 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim –
Secretaria Municipal de Educação – SME – Marcia Eurich Betkowski – Prestação de contas de
adiantamento bancário – agosto a outubro/2009 (R$ 9.780,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos
Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso "ex
officio", por regimental, e do apelo voluntário interposto, uma vez que restaram preenchidos os
pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte. Acordam, ainda, à
unanimidade, no mérito, em negar provimento aos recursos, para manter a Decisão guerreada por
seus próprios fundamentos, visto que se encontra em consonância com a legislação aplicável à
matéria à época da realização da despesa, não havendo nenhum elemento novo capaz de alterar o
quanto decidido. Relatório: Em julgamento recurso "ex officio" e voluntário interposto em face
da Decisão Singular que julgou irregular parte da despesa realizada pelo regime de adiantamento,
em razão de infringência ao disposto no parágrafo único do artigo 60 da Lei 8.666/93, que
prescreve ser nulo e de nenhum efeito o contrato verbal firmado com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas cujo valor não extrapole o
limite de R$ 4.000,00. A interpretação dada é a de que a despesa, por implicar dispêndio de valor
superior ao limite permitido, constituiu contrato verbal fora da moldura legal. No entanto, tendo
em vista que foi contraída em benefício da municipalidade e não se enquadrava nas hipóteses
previstas nas alíneas do § 2º do art. 1º da Instrução nº 03/2011 desta Corte de Contas, o Nobre
Julgador deixou de imputar à responsável a obrigação de reposição do valor glosado aos cofres
públicos. A interessada interpôs recurso objetivando a reforma da Decisão monocrática, para o
fim de que a despesa considerada irregular possa receber julgamento diverso pelo Pleno deste
Tribunal, de sorte a ser reconhecida como regular, para que a prestações de contas possam ser
totalmente aprovadas. Submetidos os autos à análise dos órgãos técnicos e especializados desta
Corte, a Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pela
admissibilidade do apelo. No mérito, as manifestações foram no sentido de manutenção da
Decisão recorrida, por ausência de novos elementos. É o relatório. Voto: Conheço do recurso "ex
officio", por regimental. Conheço, também, do apelo voluntário interposto, uma vez que restaram
preenchidos os pressupostos de admissibilidade previstos no Regimento Interno desta Corte de
Contas. No mérito, na esteira das manifestações dos órgãos técnicos e especializados deste
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
25
Tribunal, uníssonas no sentido de manutenção da Decisão recorrida, cujas conclusões passam a
integrar este voto, NEGO PROVIMENTO aos recursos, para manter a Decisão guerreada por
seus próprios fundamentos, posto que se encontra em consonância com a legislação aplicável a
matéria à época da realização da despesa, não havendo nenhum elemento novo capaz de alterar o
quanto decidido. Ademais, no que tange a glosa, a Decisão não imputou à responsável a
obrigação de reposição do valor aos cofres públicos, tendo sido, portanto, proferida em perfeita
sintonia com as prescrições contidas na Instrução 3/11, aprovada pela Resolução nº 04/11, deste
Tribunal. É o voto. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor,
Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro
de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." b) Contratos: 2) TC
1.288.12-74 – São Paulo Turismo S.A. – SPTuris e Construtora Ribeiro Caram Ltda. –
Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato CCN/GCO 193/2011 (R$
4.493.825,38), cujo objeto é a contratação de obra de Engenharia para a execução do Projeto de
Requalificação do Estacionamento do Parque Anhembi, sob o regime de empreitada por preço
global, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com
as cláusulas estabelecidas no ajuste ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em acolher o acompanhamento parcial da execução do Contrato CCN/GCO 193/2011, no
montante de R$ 172.152,44 (cento e setenta e dois mil, cento e cinquenta e dois reais e quarenta
e quatro centavos), referente ao período de 01.06.12 a 30.06.12. Relatório: Em julgamento a
Execução do Contrato CCN/GCO n° 193/2011, celebrado entre a São Paulo Turismo S/A. e a
Construtora Ribeiro Caram Ltda., tendo por objeto a contratação de obra de engenharia para a
execução do projeto de requalificação do estacionamento do Parque Anhembi, no valor de R$
4.493.825,38. Nos autos do TC nº 2.294.12-02, este Tribunal, na 2.659ª sessão, realizada em
27/02/2013, julgou, à unanimidade, regulares a Licitação e o aludido Contrato. A Coordenadoria
II desta Corte promoveu o acompanhamento da execução do ajuste durante o mês de junho de
2012, com serviços executados, medidos e pagos no montante de R$ 172.152,44 (cento e setenta
e dois mil, cento e cinquenta e dois reais e quarenta e quatro centavos), concluindo pela sua
regularidade. Diante do parecer favorável da área técnica, a Procuradoria da Fazenda Municipal
requereu o acolhimento da presente execução. Porém, na sessão ordinária realizada em
10/04/2013, retirei de pauta o TC em comento, para maiores estudos, determinando a realização
de inspeção, devidamente acompanhada pela equipe técnica de meu gabinete, ao estacionamento
do Parque Anhembi para avaliar as condições finais de execução do contrato e elaborar relatório
conclusivo. A Coordenadoria II realizou vistoria em todo o estacionamento, no dia 23/04/2013,
elaborando relatório devidamente instruído com registro fotográfico e, ao final, corroborou a
conclusão anterior pela regularidade da Execução do Contrato. A título de informação, a
Assessoria de meu Gabinete apurou que o estacionamento do Parque Anhembi possui área total
de 81.323 m2, sendo 851 m2 destinados ao embarque e desembarque de passageiros, num total
de 2.692 vagas. A área do estacionamento funciona também como principal área de embarque e
desembarque das grandes feiras realizadas no Município, apresentando sérios conflitos no fluxo
de automóveis e pedestres. As principais intervenções promovidas por meio da contratação ora
em exame atingiram a infraestrutura geral do estacionamento, desde o sistema de drenagem,
canaletas (que é a reforma e ampliação do sistema através de novo encaminhamento para
melhorar a distribuição de infraestrutura elétrica, hidráulica, esgoto e fibra óptica), até a reforma
dos acessos para pedestres, readequação de todo o sistema de sinalização e mídia e reforma da
iluminação geral. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Procuradoria da Fazenda
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
26
Municipal se manifestaram pelo acolhimento da Execução em exame. É o relatório. Voto: Com
base nas conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte, dando conta da regularidade
da execução contratual em julgamento, e também no posicionamento da Procuradoria da Fazenda
Municipal, ACOLHO o Acompanhamento parcial de execução do Termo de Contrato CCN/CGO
nº 193/2011, no montante de R$ 172.152,44 (cento e setenta e dois mil, cento e cinquenta e dois
reais e quarenta e quatro centavos), referente ao período de 01.06.12 a 30.06.12. É o meu voto.
Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e
Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e
Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson
Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." – PROCESSOS DE REINCLUSÃO –
CONSELHEIRO PRESIDENTE EDSON SIMÕES – Preliminarmente, o Conselheiro
Presidente Edson Simões comunicou ao Egrégio Plenário que devolverá posteriormente os
seguintes processos de sua pauta de reinclusão: 1) TC 3.970.05-72 – Autarquia Hospitalar
Municipal – AHM e Tecelagem Brasil Ltda. – Contrato de Locação s/n de 17/2/2004 R$
264.000,00, TAs 27/2005 R$ 51.057,60 (para constar o reajuste do valor locatício mensal, que a
partir de 16/4/2005 passará a ser de R$ 24.127,40), 51/2005 R$ 2.904,00 (para constar o reajuste
do valor locatício mensal, que a partir de 16/4/2005 passará a ser de R$ 24.248,40), 82/2005 red.
de R$ 12.038,40 (adota como índice de reajuste o IPC-Fipe, em substituição ao IGP-DI e a partir
de 16/4/2005 fica o valor locatício mensal fixado em R$ 23.746,80), 24/2006 R$ 7.238,04 (para
constar o valor locatício mensal, que a partir de 16/4/2006 passará a ser de R$ 24.349,97) e
Termo de Retirratificação do TA 82/2005 R$ 2.758,80 (o valor locatício mensal de R$
23.746,80, bem como a substituição do índice de reajustamento constante da cláusula primeira,
itens 1.1 e 1.2 do TA 82/2005, passará a vigorar a partir de 1º/10/2005 e não 16/4/2005) –
Locação de imóvel situado na Rua do Tatuapé, 90, Bairro Maranhão, para instalação da Sede da
Autarquia 2) TC 3.600.07-15 – CBPO Engenharia Ltda. – São Paulo Obras/São Paulo
Urbanismo (antiga Empresa Municipal de Urbanização – Emurb) – Representação em face do
Contrato 0122301000, cujo objeto é a execução de obras na passagem subterrânea, região do
cruzamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Avenida Cidade Jardim 3) TC 2.225.11-
09 – Pedreira Sargon Ltda. – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP –
Representação em face do Edital do Pregão Eletrônico 09/SMSP/Cogel/2011, cujo objeto é o
registro de preços para fornecimento de pedras diversas 4) TC 1.915.05-93 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Casa de Saúde Santa Marcelina – Convênio 019/SMS.G/2004 R$
486.591.965,40 e TA 001/2005 R$ 902.504,05 (modificação dos valores de repasses, custeados
pelo Fundo Nacional da Saúde para introdução de cobertura para o Paba) – Execução de serviços
médico-hospitalares e ambulatoriais, bem como as ações de ensino e pesquisa, a serem prestados
a qualquer indivíduo que deles necessite, observada a sistemática de referência e
contrarreferência do Sistema Único de Saúde – SUS, sem prejuízo do Sistema Regulador da
Secretaria (Tramita em conjunto com o TC 1.822.05-04) 5) TC 1.822.05-04 – Secretaria
Municipal da Saúde – SMS e Casa de Saúde Santa Marcelina – Acompanhamento – Execução
Contratual – Verificar se o Convênio 019/SMS.G/2004 (R$ 486.591.965,40), cujo objeto é a
execução de serviços médico-hospitalares e ambulatoriais, bem como as ações de ensino e
pesquisa, a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, observada a sistemática de
referência e contrarreferência do Sistema Único de Saúde – SUS, sem prejuízo do Sistema
Regulador da Secretaria, está sendo executado conforme o pactuado (Tramita em conjunto com o
TC 1.915.05-93) 6) TC 639.12-01 – Guararema Engenharia Ltda. – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Denúncia em face da Concorrência 001/12/Siurb, cujo
objeto é o registro de preços para prestação de serviços gerais de manutenção preventiva,
corretiva, reparações, adaptações e modificações, em próprios municipais e em locais onde a
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
27
execução destes serviços seja de responsabilidade da Municipalidade de São Paulo, com
fornecimento de materiais de primeira linha e mão de obra especializada (Tramita em conjunto
com os TCs 793.12-00 e 794.12-64) 7) TC 793.12-00 – Sociedade de Engenharia e Construções
Ltda. – SEC – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Representação
em face da Concorrência 001/12/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para prestação de
serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações, adaptações e modificações, em
próprios municipais e em locais onde a execução destes serviços seja de responsabilidade da
Municipalidade de São Paulo, com fornecimento de materiais de primeira linha e mão de obra
especializada (Tramita em conjunto com os TCs 639.12-01 e 794.12-64) 8) TC 794.12-64 –
Referma Construções Ltda. – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb –
Representação em face da Concorrência 001/12/Siurb, cujo objeto é o registro de preços para
prestação de serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações, adaptações e
modificações, em próprios municipais e em locais onde a execução destes serviços seja de
responsabilidade da Municipalidade de São Paulo, com fornecimento de materiais de primeira
linha e mão de obra especializada (Tramita em conjunto com os TCs 639.12-01 e 793.12-00) 9)
TC 1.104.04-20 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de
Rosana de Freitas e de Márcio Pochmann interpostos contra a R. Decisão de 3/11/2010 – Relator
Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e
Empreendedorismo – SDTE e Porto Seguro Cia de Seguros Gerais (Contrato 12/2003-SDTS/G
R$ 59.855,40) – Contratação de seguro de vida coletivo para número mensal estimado de 15.115
beneficiários, selecionados nos Programas Ação Coletiva de Trabalho, Começar de Novo e Bolsa
Trabalho 10) TC 1.575.00-22 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM
interposto contra o V. Acórdão de 11/4/2012 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria
Municipal de Transportes – SMT e Consórcio Sainco Tráfego/BST – Auditoria – Exame da
execução do Contrato 003/94-SMT/DSV – CTAs 3 e 4, cujo objeto é o fornecimento, instalação
e manutenção de equipamentos de controle de tráfego 11) TC 3.617.09-80 – Embargos de
Declaração interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM em face do V. Acórdão
de 16/5/2012 – Relator Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde – SMS
(Fundo Municipal da Saúde) e Hospfar Indústria & Comércio de Produtos Hospitalares Ltda. –
Representação em face do Pregão Eletrônico 216/2009, cujo objeto é o registro de preços de
agentes anti-infecciosos de uso sistêmico em sistema fechado I para uso nas Unidades da
Secretaria (Acomp. TC 1.500.10-03) 12) TC 3.240.06-70 – Kohs Engenharia e Tecnologia Ltda.
– Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Representação em face do
Edital da Concorrência C11/Edif/Siurb/06, cujo objeto é a prestação de serviços gerais de
manutenção preventiva, corretiva, reparações, adaptações e modificações, em prédios
municipais, com fornecimento de materiais de primeira linha e mão de obra especializada
(Tramita em conjunto com os TCs 3.274.06-92, 3.572.06-09, 154.07-05 e 206.07-07) 13) TC
3.274.06-92 – Guitol Comércio de Equipamentos Hidráulicos Ltda. – ME – Secretaria Municipal
de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Representação em face do Edital da Concorrência
C11/Edif/Siurb/06, cujo objeto é a prestação de serviços gerais de manutenção preventiva,
corretiva, reparações, adaptações e modificações, em prédios municipais, com fornecimento de
materiais de primeira linha e mão de obra especializada (Tramita em conjunto com os TCs
3.240.06-70, 3.572.06-09, 154.07-05 e 206.07-07) 14) TC 3.572.06-09 – Secretaria Municipal
de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Denúncia encaminhada através de correspondência
eletrônica, datada de 4/8/2006, referente a irregularidades que teriam ocorrido na Concorrência
C11/Edif/Siurb/06, cujo objeto é a prestação de serviços gerais de manutenção preventiva,
corretiva, reparações, adaptações e modificações, em prédios municipais, com fornecimento de
materiais de primeira linha e mão de obra especializada (Julgados os autos, retorno à pauta por
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
28
tramitar conjuntamente com os processos TC 3.240.06-70, 3.274.06-92, 154.07-05 e 206.07-07)
15) TC 154.07-05 – Vereador Carlos Alberto Giannazi – Secretaria Municipal de Infraestrutura
Urbana e Obras – Siurb – Representação em face do Edital da Concorrência C11/Edif/Siurb/06,
cujo objeto é a prestação de serviços gerais de manutenção preventiva, corretiva, reparações,
adaptações e modificações, em prédios municipais, com fornecimento de materiais de primeira
linha e mão de obra especializada (Julgados os autos, retorno à pauta por tramitar conjuntamente
com os processos TC 3.240.06-70, 3.274.06-92, 3.572.06-09 e 206.07-07) 16) TC 206.07-07 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Denúncia encaminhada através
de correspondência eletrônica, datada de 3/10/2006, solicitando averiguações quanto à
Concorrência C11/Edif/Siurb/06, cujo objeto é a prestação de serviços gerais de manutenção
preventiva, corretiva, reparações, adaptações e modificações, em prédios municipais, com
fornecimento de materiais de primeira linha e mão de obra especializada (Julgados os autos,
retorno à pauta por tramitar conjuntamente com os processos TC 3.240.06-70, 3.274.06-92,
3.572.06-09 e 154.07-05) 17) TC 807.11-23 – Recursos "ex officio", de Astil Paiva Diglio
Motta e da Secretaria Municipal de Educação – SME interpostos contra a R. Decisão de Juízo
Singular de 29/2/2012 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de
Educação – SME e Astil Paiva Diglio Motta – Prestação de contas de adiantamento bancário (R$
20.400,00) – maio a julho/2009 18) TC 2.683.10-02 – Secretaria Municipal de Educação – SME
e Comissaria Aérea Rio de Janeiro Ltda. – Contrato Emergencial 06/SME/DME/2010 R$
5.073.222,66 (3 meses) – Contratação de empresa especializada em prestação de serviços de
nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em
condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos
legais vigentes, aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede
municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais
insumos, distribuição nos locais de consumo, logística, supervisão e mão de obra, prestação de
serviços de manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos utilizados, totalizando
1.526.184 refeições/mês, a serem fornecidas nas unidades escolares 19) TC 1.813.06-02 –
Recursos de Maria Aparecida Perez e de Carlos Eli Gonçalves interpostos em face do V.
Acórdão de 29/7/2009 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads – Secretaria Municipal de Educação – SME e
Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente (Convênio 314/SAS-SME-RI/2002 R$
282.568,00, TAs 240/SME/2003 R$ 311.948,00 e 047/2006-RI R$ 321.648,00) – Atendimento
às crianças de 0 a 6 anos e 11 meses de idade, por meio do Centro de Educação Infantil 20) TC
2.454.11-04 – Empresa Nacional de Segurança Ltda. – Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente – SVMA – Representação interposta em face do Pregão Presencial 051/SVMA/2011,
cujo objeto é a prestação de serviços de segurança e vigilância patrimonial desarmada para o
Parque Municipal Ibirapuera e para as Unidades da Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente existentes no parque – CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE ROBERTO
BRAGUIM – 1) TC 2.288.07-42 – Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Empresa de
Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. –
Contrato 006/2007-SMT R$ 14.470.731,11 – Serviços técnicos especializados em informática
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro Roberto Braguim – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.711ª S.O.,
ocasião em que votou o Conselheiro Eurípedes Sales – Relator. Acordam os Conselheiros do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos Conselheiros
Eurípedes Sales – Relator, Roberto Braguim – Revisor, nos termos da declaração de voto
apresentada, e Domingos Dissei, em relevar: a) a ausência de despacho de ratificação da
contratação, desatendendo ao artigo 26 da Lei Federal 8.666/93, em razão de o ajuste ter sido
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
29
assinado pela autoridade mais elevada no âmbito da Secretaria Municipal de Transportes; b) o
atraso na remessa da informação, infringindo a Instrução 01/2002 e a Resolução 05/2002, ambas
deste Tribunal, por seu caráter formal, tendo em vista a ausência de prejuízos e de má-fé dos
responsáveis; c) a publicação extemporânea do contrato, em desacordo com o artigo 26 da Lei
Municipal 13.278/02, pois, embora tenha sido efetivada a destempo, cumpriu sua finalidade, não
lesou o interesse público, além de revestir-se de caráter formal; d) a falta de justificativa dos
preços praticados, em desacordo com o artigo 26, parágrafo único, inciso III, da Lei Federal
8.666/93 e artigo 12 do Decreto Municipal 44.279/03, os quais foram esclarecidos pela
Assessoria do Núcleo de Tecnologia e Informação deste Tribunal. Acordam, ainda, por maioria,
pelos mesmos votos, em julgar regular o Contrato 006/2007-SMT. Vencido o Conselheiro
Maurício Faria que, nos termos de seu voto apresentado em separado, julgou irregular o ajuste,
em virtude da ausência de justificativa dos preços contratados. Acordam, ademais, à
unanimidade, diante das especificidades dos serviços e produtos atinentes à contratação e em
face da ausência de informações sobre eventuais prejuízos à Administração, em aceitar os efeitos
financeiros produzidos pelo ajuste. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Roberto
Braguim: Entendo, como o nobre Conselheiro Relator, que as infringências relativas à ausência
de despacho de ratificação da contratação, ao atraso na remessa das informações a este Tribunal e
à publicação extemporânea do ajuste, podem ser relevadas, pelas razões expostas no voto
prolatado na Sessão de 06/11/13. Acerca da ausência de justificativa adequada dos preços
praticados, inclino-me a acompanhar o Relator, não só pelas razões por ele aduzidas, mas
também porque, consoante posição já expressada por mim, em outras oportunidades, a exemplo
da acostada ao TC nº 72.005.595.04-05, entendo que a matéria aqui versada deve ser analisada
também sob outro enfoque, e não apenas à luz do disposto artigo 26, parágrafo único, III, da Lei
Federal nº 8666/938. É certo que a contratante não demonstrou integralmente a vantajosidade dos
preços ajustados e nem a sua total compatibilidade com os tomados como parâmetros, que foram
os da PRODESP. Todavia, a contratada – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação
do Município de São Paulo – é empresa integrante da Administração Indireta do Município, o
que não desobriga a contratante de realizar pesquisa de preços, no intuito de adotar, mesmo em
contratações diretas, os preços mais vantajosos para a Administração. Entendo, porém que, sendo
as contratações firmadas com outro ente público, em decorrência das quais não se identificou
qualquer prejuízo ao Erário, e ausentes, ainda, indícios de dolo ou má-fé dos agentes, podem elas
ser acolhidas, apesar das impropriedades verificadas. Isto posto, julgo regular o Contrato nº
006/07, determinando à Secretaria Municipal de Transportes que, nas contratações firmadas com
outros entes da Administração, proceda rigorosamente como determina o artigo 26, parágrafo
único, III, da Lei Federal nº 8666/93, sob pena de responsabilização dos agentes envolvidos.
Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Voto pela irregularidade do
Contrato nº 06/07-SMT, diante da ausência de justificativa dos preços contratados. Não obstante,
aceito os efeitos financeiros produzidos pelo ajuste em razão de não ter sido comprovado junto
aos autos deste processo que os preços praticados foram superiores aos vigentes no mercado à
época da contratação. Participaram do julgamento os Conselheiros Roberto Braguim – Revisor,
Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia
Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro
de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Eurípedes Sales – Relator." 2) TC 2.919.10-47 –
Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 22/3/2012 – Julgador
8 Parágrafo único - O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será
instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
III - justificativa do preço.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
30
Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Educação – SME – Nivea Ferro
Catapani Lins – Prestação de contas de adiantamento bancário – abril a junho/2009 (R$
5.180,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 522.11-83 e 620.11-00 e
discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro
Roberto Braguim, após vista que lhe fora concedida na 2.711ª S.O., ocasião em que votaram os
Conselheiros Domingos Dissei – Relator e Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros
do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o
relatório e voto do Conselheiro Domingos Dissei – Relator, assim como pelos votos dos
Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim, com declaração de voto apresentada, e
Eurípedes Sales, em conhecer do recurso necessário, por regimental, e, quanto ao mérito, tendo
em vista a juntada da Nota de Incorporação de Bens Patrimoniais Móveis, que supriu a única
falha apontada pela área técnica desta Corte, em dar-lhe provimento integral para considerar
regular a totalidade da prestação de contas e quitar a sua responsável. Relatório e voto
englobados: v. TC 620.11-00. Declaração de voto englobado apresentada pelo Conselheiro
Roberto Braguim: v. TC 620.11-00. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício
Faria – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda
Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,
26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 3) TC
522.11-83 – Recursos "ex officio" e de Francisca Filgueira de Moura interpostos contra a R.
Decisão de Juízo Singular de 6/3/2012 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria
Municipal de Educação – SME – Francisca Filgueira de Moura – Prestação de contas de
adiantamento bancário – março a maio/2008 (R$ 10.000,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados
englobadamente com os TCs 2.919.10-47 e 620.11-00 e discutidos estes autos, ora em grau de
recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Roberto Braguim, após vista que lhe
fora concedida na 2.711ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros Domingos Dissei –
Relator e Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro
Domingos Dissei – Relator, assim como pelos votos dos Conselheiros Maurício Faria – Revisor,
Roberto Braguim, com declaração de voto apresentada, e Eurípedes Sales, em conhecer do
recurso necessário, por regimental, e do apelo voluntário, eis que presentes os pressupostos de
admissibilidade. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em negar provimento ao
recurso voluntário interposto pela Senhora Francisca Filgueira de Moura, por ausência de
elementos novos capazes de inverter o resultado da R. Decisão de Juízo Singular recorrida.
Acordam, ainda quanto ao mérito, à unanimidade, tendo em vista a jurisprudência desta Corte de
Contas consolidada na Instrução 03/11, que, expressamente, estabelece a possibilidade de as
prestações de contas serem julgadas irregulares, sem a consequência do julgamento de imputação
de débito, em dar provimento parcial ao recurso necessário interposto, exclusivamente, para
excluir a obrigatoriedade de reposição dos valores glosados aos cofres municipais. Relatório e
voto englobados: v. TC 620.11-00. Declaração de voto englobado apresentada pelo
Conselheiro Roberto Braguim: v. TC 620.11-00. Participaram do julgamento os Conselheiros
Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei –
Relator." 4) TC 620.11-00 – Recursos "ex officio" e de Annely Alynne Von Baranow Murakami
interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 6/3/2012 – Julgador Conselheiro Roberto
Braguim – Secretaria Municipal de Educação – SME – Annely Alynne Von Baranow Murakami
– Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro a dezembro/2008 (R$ 16.000,00)
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs 2.919.10-47 e 522.11-83 e
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
31
discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro
Roberto Braguim, após vista que lhe fora concedida na 2.711ª S.O., ocasião em que votaram os
Conselheiros Domingos Dissei – Relator e Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros
do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o
relatório e voto do Conselheiro Domingos Dissei – Relator, assim como pelos votos dos
Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim, com declaração de voto apresentada, e
Eurípedes Sales, em conhecer do recurso necessário, por regimental, e do apelo voluntário, eis
que presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao
mérito, em negar provimento ao recurso voluntário interposto pela Senhora Annely Alynne Von
Baranow Murakami, por ausência de elementos novos capazes de inverter o resultado da R.
Decisão de Juízo Singular recorrida. Acordam, ainda quanto ao mérito, à unanimidade, tendo em
vista a jurisprudência desta Corte de Contas consolidada na Instrução 03/11, que, expressamente,
estabelece a possibilidade de as prestações de contas serem julgadas irregulares, sem a
consequência do julgamento de imputação de débito, em dar provimento parcial ao recurso
necessário interposto, exclusivamente, para excluir a obrigatoriedade de reposição dos valores
glosados aos cofres municipais. Relatório englobado: Em julgamento os TCs nºs 2.919.10-47,
522.11-83 e 620.11-00, tendo por objeto recursos "ex officio" e voluntários interpostos em face
de Decisões Singulares que rejeitaram parte das despesas realizadas pelo regime de
adiantamento, por infringir a legislação regente da matéria, uma vez que foram realizadas
despesas com material permanente sem a apresentação da Nota de Incorporação de Bens
Patrimoniais Móveis. Apesar das Decisões terem reconhecido irregulares parte das despesas,
deixaram, no entanto, de determinar aos responsáveis a reposição dos valores glosados aos cofres
públicos, tendo em vista que nos casos em julgamento não se verificaram as hipóteses previstas
nas alíneas "a" a "d", do § 2º do art. 1º da Instrução nº 03/2011 desta Corte de Contas. No TC
620.11-00 a interessada apresentou recurso requerendo o reconhecimento da regularidade
integral da prestação de contas, informando que providenciaria a patrimonialização, porém, não
trouxe aos autos as respectivas notas de incorporação. A responsável pelo adiantamento
analisado no TC 522.11-83, também, recorreu da Decisão requerendo a regularidade da prestação
de contas esboçando os motivos que lhe fizeram contrair tais despesas. No TC 2.919.10-47, a
responsável juntou aos autos documento comprobatório da incorporação do bem adquirido, fato
novo que levou a área técnica a retificar sua conclusão para o fim de considerar regular a
prestação de contas e a Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral a se
pronunciarem pelo provimento do recurso "ex officio". Nos demais processos, as análises dos
órgãos técnicos e especializados deste Tribunal foram no sentido de manutenção das Decisões
recorridas e, portanto, pelo improvimento dos apelos em julgamento, dada a ausência de
elementos novos capazes de alterar o quanto já decidido. O Órgão Fazendário propugnou pelo
provimento dos apelos. É o relatório. Voto englobado: Conheço dos recursos necessários, por
regimental. Conheço, também, dos apelos voluntários apreciados nos TCs 620.11-00 e 522.11-
83, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade e nego-lhes provimento, por ausência de
elementos novos capazes de inverter o resultado das Decisões. Tendo em vista a jurisprudência
desta Corte de Contas consolidada na Instrução nº 03/11, que, expressamente, estabelece a
possibilidade de as prestações de contas serem julgadas irregulares, sem a consequência do
julgamento de imputação de débito e, na esteira das manifestações da Assessoria Jurídica de
Controle Externo e da Secretaria Geral, que passam a fazer parte integrante deste voto, DOU
PROVIMENTO PARCIAL aos recursos necessários interpostos nos TCs 620.11-00 e 522.11-83,
exclusivamente, para excluir a obrigatoriedade de reposição dos valores glosados aos cofres
municipais. Nos autos do TC 2.919.10-47, tendo em vista a juntada da Nota de Incorporação de
Bens Patrimoniais Móveis, de modo a suprir a única falha apontada pela área técnica, DOU
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
32
PROVIMENTO INTEGRAL ao recurso "ex officio", para considerar regular a totalidade da
prestação de contas e quitar o seu responsável. É o voto (2.711ª S.O.). Declaração de voto
englobado apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: No julgamento conjunto dos TCs
relativos às prestações de contas decorrentes de adiantamento concedido, o nobre Conselheiro
Domingos Dissei, relator da matéria, conhecendo dos recursos voluntários e "ex officio", proferiu
o seguinte voto: - TCs 522.10-47 e 620.11-00, de responsabilidade das Servidoras Francisca
Figueira de Moura e Annely Alynne Von Baranow Murakami: negou provimento aos recursos
voluntários, mantendo o r. "decisum" singular, e deu provimento aos recursos necessários tão
somente para excluir a obrigatoriedade da reposição dos valores glosados. - TC 2.919.10-47, de
responsabilidade de Nivea Ferro Catapani Lins: deu provimento integral ao recurso obrigatório
em face da comprovação da incorporação dos bens móveis adquiridos ao Patrimônio Municipal,
sanando a falha apontada pela Auditoria. O julgamento dos dois primeiros feitos está em perfeita
consonância com a Instrução nº 03/11, aprovada pela Resolução nº 04/11, que ditou novas regras
na apreciação das prestações de contas por adiantamento bancário. Sobre esse tema, reporto-me
ao entendimento esposado nos votos declarados nos TCs 582.06-48 e 1.069.07-73 e 23.08-18,
relatados pela então Ilustre Conselheira Yara Tacconi. Concernentemente ao TC 2.919.10-47,
perfilho também, do mesmo entendimento externado pelo nobre Conselheiro Relator, posto que a
juntada, nestes autos, da Nota de Incorporação de Bens Móveis sanou a irregularidade assinalada
pela Auditoria, que, aliás, retificou seu apontamento inicial, e opinou pela regularidade total das
contas prestadas (fls. 73/74), o que teve a adesão da Assessoria Jurídica de Controle Externo,
Procuradoria da Fazenda Municipal e Secretaria Geral. Nessa trilha de consideração, também
acompanho a ilustrada Relatoria, a exemplo do nobre Conselheiro Revisor, Maurício Faria. É o
voto. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e
Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e
Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson
Simões – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." – CONSELHEIRO CORREGEDOR
EURÍPEDES SALES – 1) TC 2.218.10-62 – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e
Cidadania – SMDH (extinta Secretaria Municipal de Participação e Parceria – SMPP) e Instituto
de Organização Racional do Trabalho – Idort – Acompanhamento – Execução Contratual –
Verificar se o Contrato 279/SMPP/2009 (R$ 36.316.936,00), cujo objeto é a prestação, pela
contratada, de serviços de planejamento, atividades de inclusão digital e apoio para
gerenciamento do Programa de Inclusão Digital da Cidade de São Paulo, está sendo executado de
acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no
ajuste. "O Conselheiro Eurípedes Sales devolveu estes autos, após vista concedida, na fase de
discussão, na 2.571ª S. O., ocasião em que o Conselheiro Antonio Carlos Caruso, então Relator,
apresentou ao Egrégio Plenário a matéria constante do citado processo. Outrossim, ainda na fase
de discussão, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos
do artigo 172, inciso III, do Regimento Interno desta Corte, adiamento do julgamento da matéria,
o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 143.02-84 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e
Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. – TA 001/2002 R$ 31.916.013,10 (prorrogação de prazo
e alteração do valor contratual), relativo ao Contrato 43/Limpurb/01, no valor de R$
31.916.043,11, julgado em 13/12/2006 – Serviços e obras de operação, manutenção,
monitoramento e recuperação ambiental do Aterro Sanitário Bandeirantes 3) TC 3.278.01-39 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Jofege – Pavimentação e
Construção Ltda. – Concorrência 001/00/SVP – Contrato 006/Siurb/2001 R$ 33.956.418,84 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano
de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
33
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 1 (Tramita em conjunto com os TCs 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 4) TC
3.279.01-00 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Araguaia
Construtora Brasileira de Rodovias S.A. – Contrato 007/Siurb/2001 R$ 33.956.418,84 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano
de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 2 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 5) TC
3.280.01-80 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Construcap CCPS
– Engenharia e Comércio S.A. – Contrato 008/Siurb/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das
obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação
Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou
totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas –
Área 3 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.281.01-43, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 6) TC 3.281.01-43 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Soebe – Construção e
Pavimentação Ltda. – Contrato 009/Siurb/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de
pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação
Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou
totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas –
Área 4 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.282.01-06,
3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 3.484.01-20 e 793.06-53) 7) TC 3.282.01-06 –
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Pavipar – Contrato
010/Siurb/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e
obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do
Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com
os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de
imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 5 (Tramita em conjunto com os TCs
3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e
3.484.01-20 e 793.06-53) 8) TC 3.283.01-79 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e
Obras – Siurb e Serveng-Civilsan S.A. – Empresas Associadas de Engenharia – Contrato
011/Siurb/2001 R$ 33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e
obras complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do
Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com
os valores das obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de
imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 6 (Tramita em conjunto com os TCs
3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e
3.484.01-20 e 793.06-53) 9) TC 3.284.01-31 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e
Obras – Siurb e Consórcio Queiróz Galvão – Ductor – Contrato 012/Siurb/2001 R$
33.956.418,84 – Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras
complementares, incluídos gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de
São Paulo, através do Plano de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das
obras e serviços custeados parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
34
lindeiros às vias públicas beneficiadas – Área 7 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39,
3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.285.01-02, 3.484.01-20 e
793.06-53) 10) TC 3.285.01-02 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb
e Consórcio Pavimentação Comunitária – Contrato 013/Siurb/2001 R$ 44.143.344,49 –
Execução das obras de pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos
gerenciamento e comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano
de Pavimentação Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados
parcial ou totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas
beneficiadas – Área 8 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01 -80,
3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.484.01-20 e 793.06-53) 11) TC
3.484.01-20 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio
Pavimentação São Paulo – Contrato 027/Siurb/2001 R$ 44.143.344,49 – Execução das obras de
pavimentação asfáltica e serviços e obras complementares, incluídos gerenciamento e
comercialização em vias públicas do Município de São Paulo, através do Plano de Pavimentação
Urbana Comunitária – PPUC, com os valores das obras e serviços custeados parcial ou
totalmente por interessados e proprietários de imóveis lindeiros às vias públicas beneficiadas –
Área 9 (Tramita em conjunto com os TCs 3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43,
3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31, 3.285.01-02 e 793.06-53) 12) TC 793.06-53 – Vereador
José Ferreira dos Santos – Vereador Paulo Roberto Fiorilo (Câmara Municipal de São Paulo –
CMSP) – Petição – Solicitação de auditoria nos contratos oriundos do Plano de Pavimentação
Urbana Comunitária – PPUC, firmados a partir de 2005 pelas Subprefeituras e Secretaria
Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP (Tramita em conjunto com os TCs
3.278.01-39, 3.279.01-00, 3.280.01-80, 3.281.01-43, 3.282.01-06, 3.283.01-79, 3.284.01-31,
3.285.01-02 e 3.484.01-20). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor requereu ao Egrégio
Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento
Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido."
(Certidões) 13) TC 2.265.07-47 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Pedreira Centro de
Disposição de Resíduos Ltda. – CDR – Contrato 14/SES/07 R$ 5.334.660,00 – Prestação de
serviços de recebimento de resíduos provenientes da coleta de varrição e das Subprefeituras
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.663ª S.O., ocasião
em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Referidos autos tiveram seu julgamento
convertido em diligência, na 2.600ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório, adendo ao relatório e
voto do Conselheiro Roberto Braguim – Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros
Eurípedes Sales – Revisor e Domingos Dissei, em acolher, excepcionalmente, o Contrato
14/SES/07, considerando que ficou caracterizada a situação de emergência para a contratação,
conforme o disposto no inciso IV do artigo 24 da Lei Federal 8.666/93. Acordam, ademais, por
maioria, pelos mesmos votos, em relevar as demais impropriedades constatadas, por seu caráter
formal e, sobremaneira, por ausência de prejuízos ao erário e de prova de má-fé dos agentes
envolvidos. Vencido o Conselheiro Maurício Faria que, nos termos de seu voto apresentado em
separado, julgou irregular o ajuste. Relatório: O presente TC focaliza o Contrato nº 14/SES/07,
pactuado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de
Serviços – SES, e a empresa CDR Pedreira Centro de Disposição de resíduos Ltda., autorizado
com dispensa de licitação, por Despacho exarado pelo então Secretário da Pasta Municipal de
Serviços, Dimas Eduardo Ramalho, objetivando a prestação de serviços de recebimento de
resíduos provenientes da coleta de varrição das Subprefeituras, com prazo de duração de 90
(noventa) dias e preço estimado de R$ 5.334.660,00 (cinco milhões, trezentos e trinta e quatro
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
35
mil, seiscentos e sessenta reais). No Relatório de Avaliação, encartado às fls. 136/158, a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, por sua Coordenadoria VI, apontou, em síntese, as
seguintes irregularidades: - previsibilidade, da situação emergencial, afastando a aplicação do
artigo 24, inciso IV, da Lei Federal nº 8.666/19939; - desrespeito ao artigo 26, parágrafo único,
inciso III, do mesmo Diploma Federal, por deficiência na justificativa do preço contratado; -
afronta ao artigo 60, "caput", da Lei Federal nº 4.320/196410
, e ao Decreto Municipal nº
23.639/1987, por realização da despesa sem empenho prévio; - emissão da nota em
desconformidade com o empenho correspondente e oneração de atividade imprópria do
orçamento; - ausência do Termo de Referência anexo ao Contrato; - inobservância do artigo 55,
inciso XIII, do precitado Diploma Federal11
, sem gerar, todavia, consequências negativas; -
desatendimento ao artigo 72 do mesmo texto legal12
, visto que os itens 16.1 e 16.1.1 sugerem a
possibilidade da cessão, transferência e subcontratação total, inclusive além dos limites
estabelecidos. Na defesa prestada, o Titular da Pasta encaminhou, inicialmente, cópias das
informações aduzidas pelo seu Departamento de Limpeza Urbana e, posteriormente, cópias das
manifestações de suas Assessorias Técnica e Jurídica, justificando os questionamentos da
Auditoria, os quais foram adotados pela Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 180/189 e
208/231). Na análise dessa documentação a Auditoria rebateu as justificativas da Secretaria,
observando, inclusive, o reconhecimento de parte das irregularidades assinaladas (fls. 234/239v).
A Assessoria Jurídica de Controle Externo, referendando a análise dos Agentes de Fiscalização,
entendeu que a Secretaria Municipal de Serviços não trouxe elementos novos que justificassem a
mudança de suas conclusões pretéritas (fls. 242/246), ao passo que a Procuradoria da Fazenda
Municipal, endossando a defesa daquela Pasta, opinou pela acolhida do ajuste, mediante a
convalidação das impropriedades apontadas, e, sucessivamente, a aceitação de seus efeitos
financeiros (fls. 248/251). Derradeiramente, a Secretaria Geral expressou sua inteira
concordância às conclusões da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, também, opinando pelo
não acolhimento do Contrato. É o relatório (2.600ª S.O.). Adendo ao relatório: Em
complemento ao relatório já apresentado nos autos, às fls. 259/262, acrescento que o Egrégio
Plenário referendou, na 2.600ª Sessão Ordinária, a proposta do nobre Conselheiro Maurício Faria
de conversão do julgamento em diligência para fins de intimação da contratada CDR Pedreira –
Centro de Disposição de Resíduos Ltda., a qual, em resposta, prestou os esclarecimentos de fl.
268, ressaltando que tem prestado serviços da espécie a diversos entes públicos e privados,
sempre fornecendo orçamentos e propostas de preço, recebendo a remuneração de R$ 37,00
(trinta e sete reais) por tonelada contratada. Seguiram-se, após, a nova análise da Subsecretaria de
Fiscalização e Controle e os pareceres da Assessoria Jurídica de Controle Externo, Procuradoria
da Fazenda Municipal e Secretaria Geral, que mantiveram suas conclusões anteriores (fls.
270/271, 273/275, 276 e 277/278, respectivamente). Em decorrência, passo a emitir meu voto.
Voto: A espécie em foco trata da apreciação, discussão e julgamento do Contrato 14/SES/07,
9 Art. 24 - É dispensável a licitação: (...) IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência
ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 10
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 11
Art. 55 - São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: (...) XIII - a obrigação do contratado de
manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as
condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. 12
Art. 72 - O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
36
colimando a prestação de serviços de recebimento e processamento de resíduos oriundos da
coleta de varrição e de outras limpezas das Subprefeituras, celebrado com dispensa de licitação,
fundamentada no artigo 24, inciso IV, da Lei Federal 8.666/9313
. As Unidades Técnicas e
Jurídica entenderam que não ficou adequadamente caracterizada a situação de emergência que
autorizasse o apelo à exceção legal de dispensa do procedimento licitatório, o que, por si só, já
invalidaria a contratação direta, além das demais irregularidades discriminadas no Relatório de
Avaliação de fls. 136/158, cujas conclusões foram ratificadas ao longo da instrução processual.
Desses vícios, o que me parece de maior relevo é a ausência de enquadramento da contratação na
hipótese de dispensa tipificada no artigo 24, inciso IV, da Lei Federal 8.666/93, conceituada
pelos doutrinadores como "situação de emergência". Entendo, s.m.j., que essa hipótese não pode
ser analisada por um aspecto estritamente formal, quando, como na espécie concreta destes autos,
se está diante de um serviço marcado por sua ESSENCIALIDADE, que não pode sofrer qualquer
solução de continuidade sob pena de grave dano à limpeza e à saúde da comuna paulistana. Com
efeito, a contratação analisada nesta sede procedimental tem por objeto a deposição de lixo
residual no Aterro Particular de Caieiras, proveniente da varrição, limpeza de bocas de lobo e de
piscinões, poda e outras atividades, no Centro de Disposição de Resíduos de Pedreira. A
imprescindibilidade desses serviços caracteriza, a meu ver, a URGÊNCIA no atendimento dessa
necessidade de que fala o modelo de dispensa previsto no inciso IV, do elenco do artigo 24, da
Lei Federal 8.666/93. Bem por isso, entendo que o Ajuste pactuado se ajusta ao dispositivo suso
mencionado, por um caráter abrangente, não estritamente formal. Essa abrangência ficou
suficientemente esclarecida na promoção do Diretor de Limpurb dirigida à Chefia de Gabinete da
Secretaria Municipal de Serviços, observando que os resíduos eram recebidos preteritamente no
Aterro Bandeirantes de domínio da Prefeitura, cuja desativação motivou a recusa da
concessionária Loga de receber os resíduos no Aterro de Caieiras, de propriedade privada (fls.
39/41). A natureza desses serviços e a imprescindibilidade de sua continuação não foi
questionada pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle e pelos Órgãos Técnicos Jurídicos,
mas a falta de planejamento de uma situação perfeitamente previsível da situação. Entretanto,
como bem observou o Assessor Jurídico da Secretaria, no parecer exarado às fls. 209/212,
transcrito pela Procuradoria da Fazenda Municipal, a imprevisibilidade não é elemento que
integra o núcleo da regra esculpida no inciso IV do artigo 24 da Lei Federal precitada, mas o
risco aos bens ou direitos tutelados pelo Ordenamento Jurídico, o que obriga o Poder Público a
agir com firmeza e rapidez, para se evitar sérios danos à coletividade. A falta de planejamento,
que poderia sugerir a chamada "emergência fabricada", somente seria aceitável, na minha visão,
se houvesse prova concreta de incúria ou negligência administrativa, para não se cometer
injustiças na responsabilização do agente incumbido do controle dos ajustes. Quanto à alegada
falta de justificativa de preço, verifica-se, da leitura da documentação da fase preparatória,
constante destes autos, que a Pasta procedeu às devidas consultas e pesquisas junto a diversas
empresas do ramo e a comparação das ofertas, concluindo que o preço mais vantajoso foi
justamente da CDR – Centro de Disposição de Resíduos Ltda., à razão de R$ 37,00 (trinta e sete
reais) por tonelada (fls. 13/57). As demais impropriedades suscitadas pela Auditoria foram, sob
13
Art. 24 - É dispensável a licitação:
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e
para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos;
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
37
certo prisma, justificadas pela Assessoria Jurídica da Secretaria Municipal, não deixando,
todavia, de reconhecer falhas no empenhamento prévio, menção equivocada do valor da
contratação no Despacho Autorizador, erro no enquadramento da atividade onerada, ausência do
Termo de Referência anexo ao Contrato, inobservância dos artigos 55, inciso XII
(obrigatoriedade da manutenção das cláusulas durante a execução contratual), e 72 (limites à
subcontratação) da Lei Federal 8.666/1993, vícios que, todavia, não afetaram a substância da
contratação e não acarretaram prejuízos à Administração, além de que não houve prova de má-fé
dos agentes responsáveis. Anoto, derradeiramente, que esse quadro em nada foi alterado pela
Contratada, nas informações de fl. 268, em que se limitou a esclarecer que desde 2001, quando
obteve sua licença de operação, vem prestando serviços da espécie a diversos entes públicos e
privados e sempre que foi contatada pela Prefeitura apresentou orçamentos nas propostas
encaminhadas, tendo, em relação ao Contrato 14/SES/07, executado os serviços e recebido sua
remuneração regularmente, à razão de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por tonelada de resíduo.
Nessa linha de entendimento, que tem respaldo no parecer da Procuradoria da Fazenda
Municipal, ACOLHO, em caráter excepcional, o Contrato 14/SES/07, focalizado neste
expediente, relevando as demais impropriedades detectadas pela Auditoria e referendadas pela
Assessoria Jurídica de Controle Externo e pela Secretaria Geral, por seu caráter formal, e,
sobremaneira, por ausência de prejuízos e prova de má-fé dos agentes envolvidos (2.663ª S.O.).
Voto em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: Julgo irregular o Contrato, na
medida em que a contratação direta decorreu da falta de planejamento e da não adoção das
providências necessárias pela Origem no sentido de promover uma licitação visando a
contratação dos serviços de recebimento de resíduos, uma vez que a coleta de varrição das
Subprefeituras utilizando o contrato de concessão nº 027/SSO/2004, somente seria possível em
situações excepcionais e o que se percebe é que essa excepcionalidade acabou tornando-se a
regra. Em verdade, cabia à Origem ter adotado as providências para a licitação, mas, ao contrário,
manteve-se inerte até o momento que a concessionária terminantemente se recusou a receber
resíduos extracontratuais em aterro de propriedade particular. Levando em consideração que o
ajuste ora analisado teve sua vigência prorrogada por mais 90 (noventa) dias, sucedido por nova
contratação direta emergencial que, por sua vez, também foi prorrogada pelo mesmo prazo e, por
fim, houve um terceiro contrato firmado da mesma maneira com base no artigo 24, IV, da Lei
Federal nº 8.666/93, não se pode considerar situações de emergência aquelas decorrentes da falta
de planejamento e de retardamento de providências por parte dos responsáveis, muito menos,
quando fruto da desídia como foi apurado na instrução dos autos, conforme relatório das áreas
técnicas. O que restou demonstrado foi a inércia do administrador público que implicou na
contratação denominada "emergência fabricada". Por todo o exposto, acompanho o entendimento
da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da
Secretaria Geral pela irregularidade do contrato. Participaram do julgamento o Conselheiro
Eurípedes Sales – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim –
Relator." 14) TC 3.267.07-08 – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (antiga
Secretaria Especial para Participação e Parceria – SEPP) e Instituto Sou da Paz –
Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 05/SEPP/2007 (R$
549.087,43), cujo objeto é a pesquisa, histórico de resultados e assessoramento na elaboração e
implementação dos planos locais de prevenção da violência e promoção da convivência dos
distritos da Brasilândia, Grajaú e Lajeado, contribuindo para a consolidação do "Projeto São
Paulo em Paz" como programa municipal de prevenção da violência e, assim, promover a
prevenção e redução da violência e a convivência na cidade de São Paulo, em conformidade com
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
38
o Decreto Municipal 48.147, está sendo executado conforme o pactuado. "O Conselheiro
Eurípedes Sales devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora
concedida, durante a fase de discussão, na 2.691ª S.O. Ademais, retornando os autos ao
Conselheiro Maurício Faria – Relator, à vista dos elementos constantes dos autos, da ausência de
notícia de prejuízo ao erário ou de indícios de má-fé ou fraude por parte dos agentes
responsáveis, Sua Excelência relevou excepcionalmente as falhas constatadas e aprovou a
execução parcial do Contrato 05/SEPP/2007 em exame, no valor de R$ 187.880,11 (cento e
oitenta e sete mil, oitocentos e oitenta reais e onze centavos). Também, os Conselheiros
Domingos Dissei – Revisor e Roberto Braguim acompanharam, na íntegra, o voto proferido pelo
Conselheiro Maurício Faria – Relator. Entretanto, o Conselheiro Eurípedes Sales, consoante
notas taquigráficas insertas nos autos, tendo em vista o não atendimento do preceito contido no
artigo 49 do Decreto Municipal 44.279/03 e no artigo 60, parágrafo único, da Lei Federal
8.666/93, por ter sido modificado informalmente, sem aditamento, o cronograma de execução da
etapa 3, estabelecido no anexo do contrato, julgou irregular a mencionada execução contratual.
Ainda, o Conselheiro Roberto Braguim houve por bem alterar o seu voto, nos termos do
parágrafo único do artigo 174 do Regimento Interno desta Corte, passando a acompanhar, na
íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Eurípedes Sales. Afinal, o Conselheiro Presidente
Edson Simões, nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou
que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 15) TC
1.622.07-87 – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços Ambientais Ltda. –
Contrato 08/SES/07 R$ 1.208.984,10 – Prestação de serviços de recebimento de resíduos sólidos
da construção civil, descartados em vias e logradouros públicos, coletados e transportados pela
Prefeitura, ou mediante contrato por ela firmado, para o Agrupamento II, e resíduos de mesma
natureza e transportados por empresas transportadoras cadastradas junto ao Limpurb, ou outras
por ele autorizadas ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na
presente sessão pelo Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor, após vista que lhe fora concedida na
2.693ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher o Contrato 08/SES/07, relevando a
impropriedade relativa à inobservância do disposto no artigo 55, inciso XIII, da Lei Federal
8.666/93, e deixando de aplicar penalidade aos servidores públicos envolvidos, pois não foi
detectada conduta dolosa ou revestida de má-fé. Acordam, ademais, à unanimidade, em
determinar o envio de ofício, acompanhado de cópia deste Acórdão, ao Ministério Público do
Estado de São Paulo, realizando-se, ainda, as comunicações de praxe. Relatório: Trata-se do
Contrato nº 08/SES/2007, firmado em caráter emergencial, com fundamento no artigo 24, inciso
IV, da Lei Federal nº 8.666/93, entre a Secretaria Municipal de Serviços – SES e Qualix Serviços
Ambientais Ltda., visando à prestação de serviços de recebimento de resíduos sólidos da
construção civil, assim definidos pela Resolução CONAMA nº 307/2002, e pelo Decreto
Municipal nº 42.217/2002, descartados em vias e logradouros públicos, e coletados e
transportados pela Prefeitura ou por empresa por ela contratada, para o Agrupamento II, definido
no Anexo I ao termo em foco, e resíduos de mesma natureza, transportados por empresas
cadastradas junto ao Limpurb, ou por este autorizadas. A Subsecretaria de Fiscalização e
Controle – SFC opinou, às fls. 79/90 e 91, pela irregularidade do Ajuste, uma vez que, embora
caracterizado o quadro fático emergencial motivador da contratação, a sua configuração seria
previsível, o que impossibilitaria o enquadramento do pactuado ao disposto no artigo 24, inciso
IV, da Lei Federal nº 8.666/93. Além disso, apontou que o artigo 55 do citado Diploma Federal
não teria sido observado, na medida em que não ficou consignada no Contrato cláusula
obrigatória cujo teor encontra-se delineado no inciso XIII do dispositivo por último citado,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
39
concluindo, todavia, que tal falta poderia ser relevada, pois não teria ocasionado maiores
consequências. A Secretaria de Serviços e Obras, ouvida a respeito, encaminhou os
esclarecimentos de fls. 94/108, defendeu os atos praticados diante da situação emergencial
desenhada, tendo em vista que os trabalhos relativos à licitação do objeto do contrato sob estudo
não estariam, por sua alta complexidade, encerrados até que se esvaísse a contratação anterior
que cuidava da prestação dos serviços a que se referem os autos. Explicou que a decisão para
formalizar o Contrato nº 08/SES/2007 pautou-se pela prevalência do interesse público, que
estaria sendo ignorado caso houvesse solução de continuidade de serviço considerado essencial.
Informou, ademais, que apurou eventuais responsabilidades pela não efetivação da licitação que
implicaria solução perene à prestação dos serviços de recebimento de resíduos sólidos da
construção civil. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC, às fls. 111/116, reexaminou
a matéria à luz das ponderações feitas pela Secretaria, mantendo seu posicionamento anterior, no
sentido do não acolhimento do Contrato, pois 'a previsibilidade da situação emergencial
prejudica a regularidade do contrato celebrado sem licitação prévia'. A Assessoria Jurídica de
Controle Externo, por sua vez, acompanhou as conclusões anteriormente alcançadas pela SFC,
ou seja, postou-se pelo 'não acolhimento do Contrato nº 08/SES/07, uma vez que a contratação
não se subsumiu à regra do artigo 24, IV, da Lei Federal nº 8.666/93, dada a emergência
provocada reiteradamente pela própria Administração'. A Procuradoria da Fazenda Municipal, a
seu turno, manifestou-se pelo acolhimento do Ajuste, seja porque sobejamente justificada a
emergência, seja porque a previsibilidade ou não da situação emergencial não macularia o ato, na
medida em que, na oportunidade da formalização do Termo, estariam presentes os pressupostos
de legitimidade para tanto, o principal deles o risco de dano à coletividade e a bem público. A
Secretaria Geral, às fls.133/136, acompanhou o entendimento dos Órgãos Técnicos desta Casa,
posicionando-se, portanto, pelo não acolhimento do Contrato em pauta, porque 'restou
demonstrada a desídia da Secretaria, visto que, sabedora da necessidade de contratar os serviços
enfocados, não o fez a tempo e hora por licitação'. Em face do teor dos pronunciamentos dos
Órgãos Técnicos deste Tribunal, determinei a oitiva do titular da Secretaria à época dos fatos, em
homenagem ao disposto no inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal. Veio aos autos, em
consequência, a defesa de fls.159/167, a qual, em apertada síntese, aduziu que: a) os serviços
contratados não poderiam sofrer solução de continuidade, sob pena de haver risco de dano à
saúde pública e ao meio ambiente; b) constatada a situação emergencial, há que se elidi-la,
independentemente de previsibilidade ou não dos fatos que ensejaram o ajuste; c) os agentes
públicos responsáveis pela promoção da licitação estavam efetivamente empenhados para fazê-la
vingar, como demonstram os Processos Administrativos nºs 2006.0.052.317-5 e 2006.0.142.084-
1; d) a dificuldade para realizar a licitação 'decorreu da complexidade dos serviços e da extrema
necessidade de harmonização da sua execução com outros serviços que formavam o sistema de
limpeza pública urbana'; e) determinou a realização de procedimento voltado a averiguar os
motivos e responsabilidades relativas à eventual ausência de tramitação do processo
administrativo relacionado à Concorrência Pública nº 02/SES/07, dirigida à contratação dos
serviços objeto do presente processado, o que demonstra a sua postura proba; f) os Órgãos
Técnicos desta Corte não aferiram com precisão as reais possibilidades da SES para planejar e
realizar o processo licitatório competente, pois desconhecem a rotina e os percalços concretos
existentes naquela Pasta, os quais não se confundem com desídia dos agentes públicos
envolvidos; g) a contratação emergencial não implicou dano e nem foi balizada por dolo ou má-
fé. Ao final, requereu o acolhimento do Termo. Ouvidas novamente, a Assessoria Jurídica de
Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral reiteraram suas
manifestações anteriores pela irregularidade do Ajuste e o Ente Fazendário pelo seu acolhimento.
Noticio, ainda, que o Ministério Público requereu informações a respeito da contratação da
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
40
empresa Qualix Serviços Ambientais Ltda. para prestação de serviços de varrição. Embora trate
de matéria estranha aos autos e, portanto, à minha Relatoria, o que foi devidamente esclarecido
no encaminhamento de fl. 172 e no Ofício de fl.173, informei ao Requerente que tão logo haja
decisão nestes autos, cópia do v. Acórdão ser-lhe-á remetida. É o relatório. Voto: Como se
depreende do até agora relatado, na análise do Contrato foram apontadas duas ilegalidades pelos
Órgãos Técnicos desta Casa: uma, mais geral, diz respeito à sua irregularidade, tendo em vista
que, apesar de caracterizada a situação emergencial, esta não encontra amparo na legislação, por
decorrer de fatos previsíveis; a outra envolve o descumprimento do artigo 55 da Lei Federal nº
8.666/93, por carecer do Ajuste de cláusula obrigatória, prevista no inciso XIII do dispositivo
citado. No que concerne a esse segundo lapso, os mesmos Órgãos Técnicos são unânimes em
relevá-lo, especialmente porque o lá estatuído é de cumprimento obrigatório independentemente
de constar ou não do instrumento contratual, pois o dever deriva de lei. Sem dúvida, a falta é
relevável. Todavia as questões envolvendo a outra irregularidade, a fulminar todo o Ajuste,
merece reflexão mais apurada, na medida em que não se trata de matéria que tenha entendimento
pacífico. Como exposto pelos Órgãos Técnicos desta Casa, há, de fato, uma corrente, no âmbito
do Tribunal de Contas da União, que se situa no sentido de as contratações emergenciais não se
encontrarem albergadas pela lei caso a origem dessa situação extrema seja resultante, 'total ou
parcialmente, da falta de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos recursos
disponíveis, ou seja, que a ela não possa, em alguma medida, ser atribuída a culpa ou dolo do
agente público que tinha o dever de agir para prevenir a ocorrência de tal situação' (Decisão
347/1994, Plenário, Tribunal de Contas da União). Também é fato, de outro lado, que o mesmo
Tribunal de Contas da União esposa posicionamento diverso do anteriormente referido, valendo
trazer, a propósito, excertos do Acórdão 1138/2011 – Plenário: '5. Inicio pela afirmativa de que a
emergência não poderia ser alegada porque motivada por omissão da própria Chesf. Essa tese
não pode prosperar. Na verdade, há que se separar a ausência de planejamento da contratação
emergencial propriamente dita, tratando-as como questões distintas. 6. A contratação
emergencial se dá em função da essencialidade do serviço ou bem que se pretende adquirir,
pouco importando os motivos que tornam imperativa a imediata contratação. Na análise de
contratações emergenciais não se deve buscar a causa da emergência, mas os efeitos advindos de
sua não realização. A partir dessa verificação de efeitos, sopesa-se a imperatividade da
contratação emergencial e avalia-se a pertinência da aplicação, pelo administrador, da
excepcionalidade permitida pelo art. 24, IV, da Lei de Licitações. 7. Exemplificando esse ponto
com uma situação extrema, imagine-se que a falta de planejamento de algum gestor conduza à
ausência de medicamentos em determinado hospital. Poderá o hospital deixar de adquirir os
medicamentos, em caráter emergencial, porque decorreu de omissão da própria entidade?
Evidente que não. 8. Essa questão foi suficientemente tratada nos autos do TC 019.365/1995-0,
quando o Plenário prolatou a Decisão n° 138/98. No voto condutor, o relator relativizou a tese
constante da Decisão n° 347/94 – Plenário, invocada pela unidade técnica nestes autos. O
posicionamento constante da Decisão n° 138/98 foi reiterado pelo Acórdão n° 1876/2007 –
Plenário, ao tratar de recurso de reconsideração constante do TC 008.403/1999-6, que apresentou
a seguinte ementa: '1. A situação prevista no art. 24, IV, da Lei n° 8.666/93 não distingue a
emergência real, resultante do imprevisível, daquela resultante da incúria ou inércia
administrativa, sendo cabível, em ambas as hipóteses, a contratação direta, desde que
devidamente caracterizada a urgência de atendimento à situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares. 2. A incúria ou inércia administrativa caracteriza-se em relação ao comportamento
individual de determinado agente público, não sendo possível falar-se da existência de tais
situações de forma genérica, sem individualização de culpas. (...) Diante do exposto, forçoso é
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
41
reconhecer que a ausência de planejamento e a dispensa de licitação devem ser tratadas como
irregularidades independentes e distintas'. (...) 13. De fato, se caracterizada a existência de
situação em que a demora no atendimento possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, faz-se não
apenas recomendável, mas imperativa a adoção de imediata solução, ainda que implique na
realização de contratação direta, sem licitação. 14. Consoante bem definiu o Voto que
fundamentou a Decisão n° 138/98 – Plenário acima referenciado, a ausência de planejamento e a
contratação direta fundamentada em situação de emergência caracterizam situações distintas, não
necessariamente excludentes. Estará incorrendo em duplo erro o administrador que, ante a
situação de iminente perigo, deixar de adotar as situações emergenciais recomendáveis, ainda
que a emergência tenha sido causada por incúria administrativa. Há que se fazer a clara definição
da responsabilidade: na eventual situação aludida, o responsável responderá pela incúria, não
pela contratação emergencial. (...) 10. No caso concreto tratado nestes autos, poder-se-ia discutir
acerca de eventual incúria dos administradores para efeito de imputação de multa por eventual
delonga na realização do procedimento licitatório que se fazia necessário. Tal discussão,
contudo, não foi levada a efeito pelos pareceres e, ainda que o fizéssemos neste momento e
viéssemos a entendê-la presente, seria forçoso abrir-se nova oportunidade de contraditório para
manifestação dos responsáveis acerca dessa questão específica porque, conforme mencionou o
voto condutor do já referido Acórdão n° 1876/2007 – Plenário, 'não se pode falar genericamente
da existência de inércia administrativa e, com base nesse argumento, atribuir ônus a determinado
agente público. A incúria, enquanto comportamento que conduz à responsabilização, possui
natureza personalíssima e torna necessária a correta identificação de seus causadores'.' Com
efeito, embora não mencionada pelos Órgãos Técnicos desta Casa, a divergência sobre o tema é
patente e já dura cerca de 15 anos, tanto que, ao acessar, para elaboração deste voto, a Pesquisa
Sistematizada de Jurisprudência, por árvore temática, no sítio eletrônico do Tribunal de Contas
da União, são encontrados os dois entendimentos acima expostos, nos seguintes termos: 'Título:
DISTINÇÃO ENTRE A EMERGÊNCIA REAL E A CAUSADA POR INCÚRIA OU INÉRCIA
ADMINSTRATIVA (...) Situação: Entendimento. ENTENDIMENTO 1: É incabível a aplicação
do art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93 a situações de emergência resultantes da falta de planejamento,
incúria ou inércia administrativa. ENTENDIMENTO 2: A situação prevista no 24, IV, da Lei nº
8.666/93 não distingue a emergência real, resultante do imprevisível, daquela resultante da
incúria ou inércia administrativa, sendo cabível, em ambas as hipóteses, a contratação direta; na
segunda hipótese será responsabilizado o agente público que não adotou tempestivamente as
providências a ele cabíveis.' Não se trata, portanto, de matéria de fácil deslinde, uma vez que
ambas as posições são plena e juridicamente defensáveis, sendo pertinente, a fim de solver a
situação, buscar o entendimento que as Cortes Superiores do País têm dispensado a casos como o
que ora se discute. Esclareço, por oportuno, que para efeito da explanação deste voto, vou
proceder à leitura da identificação do julgado e de excertos das ementas abaixo relacionadas,
sendo que, quando da publicação da decisão, referidos textos constarão, na íntegra, com os
trechos ora lidos devidamente negritados. O Superior Tribunal de Justiça tem posição assentada a
respeito, valendo transcrever, por sua clareza, Ementa de julgado recentíssimo: 'AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ALEGAÇÃO DE
IRREGULARIDADES NA DISPENSA DE LICITAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA QUE
DEMONSTRASSE O PREJUÍZO AO ERÁRIO E O DOLO DO AGENTE. AGRAVO
DESPROVIDO. 1. Não houve prejuízo ao Erário, tampouco dolo na conduta do agente, o
que afasta a incidência do art. 11 da Lei 8.429/92 e suas respectivas sanções; esta Corte
Superior de Justiça já uniformizou a sua jurisprudência para afirmar que é necessária a
demonstração do elemento subjetivo, consubstanciado no dolo, para os tipos previstos nos
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
42
arts. 9º e 11 e, ao menos, na culpa, nas hipóteses do art. 10 da Lei 8.429/92 (Resp. 1.261.994,
Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 13/04/112). (grifei). 2. Em sede de Ação de Improbidade
Administrativa da qual exsurgem severas sanções o dolo não se presume, como já
assentado em julgamento relatado pelo eminente Ministro LUIZ FUX (REsp. 939.118/SP,
DJe 01/03/11). 3. Agravo Regimental desprovido.' (AgRg no AREsp 184.923/SP, 1ª Turma,
Ministro Relator Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 2 de maio de 2013, publicado no
DJE de 9 de maio de 2013). (grifei). Pouco antes, em 12 de junho de 2012, o mesmo STJ assim
decidiu o Recurso Especial nº 1133875/RO: 'RECURSO ESPECIAL. AQUISIÇÃO DE
REMÉDIOS E ALIMENTOS PARA HOSPITAL MUNICIPAL. DISPENSA DE LICITAÇÃO.
ART. 89, "CAPUT", E PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 8.666/1993. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO DOLO ESPECÍFICO DE FRAUDAR O PROCEDIMENTO
LICITATÓRIO E DE EFETIVO DANO AO ERÁRIO. RECURSOS PROVIDOS. 1. Para a
caracterização do crime previsto no art. 89 da Lei nº 8.666/1993 é imprescindível a
comprovação do dolo específico de fraudar a licitação, bem como de efetivo prejuízo ao
erário. Precedentes da Corte Especial e do Supremo Tribunal Federal. 2. Mostra-se incongruente
exigir, para a configuração do ato de improbidade administrativa, previsto no art. 10, inciso VIII,
da Lei nº 8.429/1992 ('frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente'), a
comprovação de dano ao patrimônio público, conforme jurisprudência pacífica do Superior
Tribunal de Justiça, e não para o crime de dispensa irregular de licitação. É dizer, a mesma
conduta não pode ser irrelevante para o direito administrativo e, ao mesmo tempo, relevante para
o direito penal, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da subsidiariedade, segundo o qual
a intervenção penal só deve ocorrer quando os demais ramos do direito não forem suficientes
para a resolução da questão conflituosa. 3. Não sendo demonstrada a intenção dos réus de
burlar o procedimento licitatório a fim de obterem vantagem em detrimento do erário
municipal, tampouco constatado prejuízo aos cofres públicos, não há que se falar em crime
de dispensa irregular de licitação. 4. Considerando a identidade de situações entre os
recorrentes e os corréus Benedito Cezion de Oliveira e Eliseu Xavier de Souza, deve ser
estendido o efeito desta decisão, nos moldes do que disciplina o art. 580 do Código de Processo
Penal. 5. Recursos especiais providos.' (grifei). O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem
igualmente posição consolidada a respeito do tema, ressaltando a necessidade de demonstrar que
os agentes envolvidos atuaram de má-fé e causaram dano ao Erário. Nessa linha, vale reproduzir
as Ementas que se seguem, relativas a Acórdãos proferidos nos últimos anos: 'Inq 2648 / SP –
SÃO PAULO. Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA. Julgamento: 12/06/2008 – Tribunal
Pleno. EMENTA: INQUÉRITO. DENÚNCIA OFERECIDA PELA SUPOSTA PRÁTICA DO
CRIME PREVISTO NO ART. 24, INC. X, DA LEI N. 8.666/93. AQUIVAMENTO DA
DENÚNCIA NA ORIGEM. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO. REMESSA DOS AUTOS A ESTE SUPREMO TRIBUNAL.
JULGAMENTO DO FEITO NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA. RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO NÃO PROVIDO. 1. Dada a incidência do princípio "tempus regit actum",
são válidos todos os atos processuais praticados na origem, antes da diplomação do parlamentar,
devendo o feito prosseguir perante essa Corte na fase em que se encontrava: Precedentes. 2.
Inviabilidade do Recurso em Sentido Estrito: a configuração do crime de dispensa
irregular de licitação exige a demonstração da efetiva intenção de burlar o procedimento
licitatório, o que não se demonstrou na espécie vertente. 3. Recurso ao qual se nega
provimento.' (Grifei). 'AP 527 / PR – PARANÁ. Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI.
Revisor(a): Min. CELSO DE MELLO. Julgamento: 16/12/2010 – Tribunal Pleno.
EMENTA Ação Penal. Ex-prefeito municipal. Atualmente, deputado federal. Dispensa ou
inexigibilidade de licitação fora das hipóteses previstas em lei (Art. 89 da Lei nº 8.666/93).
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
43
Ausência do elemento subjetivo do tipo. Pedido julgado improcedente, com a absolvição do réu
com fundamento no art. 386, V, do Código de Processo Penal. 1. Consoante posicionamento
jurisprudencial dessa Colenda Corte Constitucional, a competência penal originária do STF por
prerrogativa de função advinda da investidura de sujeito ativo de um delito, no curso do
processo, em uma das funções descritas no art. 102, I, alíneas "b" e "c", da CF/88 não acarreta a
nulidade da denúncia oferecida, nem dos atos processuais praticados anteriormente perante a
justiça competente à época dos fatos. Precedentes. 2. Não restou demonstrada a vontade livre
e conscientemente dirigida a superar a necessidade de realização da licitação. Pressupõe o
tipo, além do necessário dolo simples (vontade consciente e livre de contratar
independentemente da realização de prévio procedimento licitatório), a intenção de
produzir um prejuízo aos cofres públicos por meio do afastamento indevido da licitação. 3.
O simples fato de aparecer o denunciado, nominalmente, como responsável pelo convênio, sem
demonstração de sua ciência de que serviços outros complementares tenham sido contratados
sem a devida observância do procedimento licitatório adequado, não conduz automaticamente à
tipificação do ilícito que lhe é imputado, hipótese em que se estaria adentrando no campo da
responsabilidade objetiva. 4. Ação penal julgada improcedente.' (Grifei). 'Inq 3077 / AL –
ALAGOAS. Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI. Julgamento: 29/03/2012 – Tribunal Pleno.
EMENTA Penal e Processual Penal. Inquérito. Parlamentar federal. Denúncia oferecida. Artigo
89, "caput" e parágrafo único, da Lei nº 8.666/93. Artigo 41 do CPP. Não conformidade entre os
fatos descritos na exordial acusatória e o tipo previsto no art. 89 da Lei nº 8.666/93. Ausência de
justa causa. Rejeição da denúncia. 1. A questão submetida ao presente julgamento diz respeito à
existência de substrato probatório mínimo que autorize a deflagração da ação penal contra os
denunciados, levando em consideração o preenchimento dos requisitos do art. 41 do Código de
Processo Penal, não incidindo qualquer uma das hipóteses do art. 395 do mesmo diploma legal.
2. As imputações feitas aos dois primeiros denunciados na denúncia foram de, na condição de
prefeita municipal e de procurador geral do município, haverem declarado e homologado
indevidamente a inexigibilidade de procedimento licitatório para contratação de serviços de
consultoria em favor da Prefeitura Municipal de Arapiraca/AL. 3. O que a norma extraída do
texto legal exige é a notória especialização, associada ao elemento subjetivo confiança. Há, no
caso concreto, requisitos suficientes para o seu enquadramento em situação na qual não incide o
dever de licitar, ou seja, de inexigibilidade de licitação: os profissionais contratados possuíam
notória especialização, comprovada nos autos, além de desfrutarem da confiança da
Administração. Ilegalidade inexistente. Fato atípico. 4. Não restou, igualmente, demonstrada a
vontade livre e conscientemente dirigida, por parte dos réus, a superar a necessidade de
realização da licitação. Pressupõe o tipo, além do necessário dolo simples (vontade
consciente e livre de contratar independentemente da realização de prévio procedimento
licitatório), a intenção de produzir um prejuízo aos cofres públicos por meio do
afastamento indevido da licitação. 5. Ausentes os requisitos do art. 41 do Código de Processo
Penal, não há justa causa para a deflagração da ação penal em relação ao crime previsto no art. 89
da Lei nº 8.666/93. 6. Acusação, ademais, improcedente (Lei nº 8.038/90, art. 6º, "caput").'
(Grifei). 'Inq 2482 /MG. Relator(a): Min. AYRES BRITTO. Relator(a) p/ Acórdão: Min.
LUIZ FUX. Julgamento: 15/09/2011 – Tribunal Pleno. Ementa: PROCESSO PENAL.
INQUÉRITO. ENVOLVIMENTO DE PARLAMENTAR FEDERAL. CRIME DE DISPENSA
IRREGULAR DE LICITAÇÃO (ART. 89 DA LEI Nº 8.666/93). AUDIÇÃO PRÉVIA DO
ADMINISTRADOR À PROCURADORIA JURÍDICA, QUE ASSENTOU A
INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO. AUSÊNCIA DO ELEMENTO SUBJETIVO DOLO.
ART. 395, INCISO III, DO CPP. INEXISTÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO
PENAL. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA. 1. A denúncia ostenta como premissa para seu
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
44
recebimento a conjugação dos artigos 41 e 395 do CPP, porquanto deve conter os requisitos do
artigo 41 do CPP e não incidir em nenhuma das hipóteses do art. 395 do mesmo diploma legal.
Precedentes: Inq 1990/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de 21/2/2011; Inq 3016/SP, rel.
Min. Ellen Gracie, Pleno, DJ de 16/2/2011; Inq 2677/BA, rel. Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de
21/10/2010; Inq 2646/RN, rel. Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de 6/5/2010. 2. O dolo,
consubstanciado na vontade livre e consciente de praticar o ilícito penal, não se faz
presente quando o acusado da prática do crime do art. 89 da Lei nº 8.666/93 ('Dispensar ou
inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade') atua com fulcro em parecer da Procuradoria
Jurídica no sentido da inexigibilidade da licitação. 3. "In casu", narra a denúncia que o
investigado, na qualidade de Diretor da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, teria
solicitado, mediante ofício ao Departamento de Controle e Licitações, a contratação de bandas
musicais ante a necessidade de apresentação de grande quantidade de bandas e grupos de shows
musicais na época carnavalesca, sendo certo que no Diário Oficial foi publicada a ratificação das
conclusões da Procuradoria Jurídica, assentando a inexigibilidade de licitação, o que evidencia a
ausência do elemento subjetivo do tipo no caso "sub judice", tanto mais porque, na área musical,
as obrigações são sempre contraídas "intuitu personae", em razão das qualidades pessoais do
artista, que é exatamente o que fundamenta os casos de inexigibilidade na Lei de Licitações – Lei
nº 8.666/93. 4. Denúncia rejeitada por falta de justa causa – art. 395, III, do Código de Processo
Penal.' (Grifei). O que se conclui, portanto, é que esses julgados acabam por corroborar aquele
entendimento do TCU que desvincula a regularidade de um contrato emergencial da conduta
adotada pelos agentes públicos envolvidos; além disso, para que seja considerado ilícito, o
comportamento dos agentes públicos afetos à contratação deve estar comprovadamente revestido
de dolo, visando a burlar dado certame licitatório e, concomitantemente, a gerar dano ao Erário.
Assim, os aspectos factuais específicos deste processado assumem inafastável importância para
deslindar questões debatidas nestes autos, na medida em que se deve ser cabalmente
demonstrado, caso a caso, dolo do agente público e o prejuízo ao Erário. Nessa linha,
colecionando os elementos fáticos que emergem dos autos, cumpre destacar: a) a situação
emergencial está caracterizada; b) foi feita cotação entre empresas em condições de executar os
serviços, e dentre elas foi contratada a que apresentou o menor preço; c) não houve
questionamento a respeito do preço contratado; d) tramitava processo administrativo cuidando da
promoção da licitação, o qual não teve curso em ritmo adequado para que o certame vingasse a
tempo de evitar a contratação emergencial de que cuidam os autos; sobre esse aspecto, a SFC e
demais órgãos técnicos desta Casa apontaram que teria ocorrido falta de planejamento, enquanto
que nos esclarecimentos prestados foram expostas dificuldades administrativas, decorrentes da
complexidade dos serviços que seriam licitados; e) foi instaurado procedimento com o objetivo
de averiguar as razões que levaram ao atraso da licitação; f) em nenhuma passagem dos autos há
qualquer menção à ocorrência de prejuízo ao Erário em face da contratação em apreço, ou de
dolo ou má-fé dos agentes públicos envolvidos, pelo contrário, como demonstra o Relatório do
procedimento instaurado especialmente para apuração de condutas desairosas por parte daqueles.
No caso particular destes autos, não resta dúvida que ao agregar a melhor aplicação do direito, na
forma descrita pelas Cortes Superiores do País, aos elementos acima arrolados o Contrato nº
8/SES/2007 deve ser acolhido, pois plenamente demonstrado que o serviço pactuado é essencial,
que não pode sofrer, em hipótese alguma, solução de continuidade, sob pena de expor a risco a
população e o patrimônio, público ou privado. A contratação merece acolhimento porque não há
nenhuma indicação de que os valores praticados estivessem desconformes com a realidade do
mercado, além de ter sido eleita para formalizar o ajuste a empresa que apresentou o menor preço
dentre os cotados. Se houvesse alguma mácula no proceder dos agentes públicos envolvidos, tal
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
45
constatação não feriria maquinalmente o ajuste, ao contrário, consoante entendimento do TCU,
do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. Afora isso, não detectei no
presente processo elementos que levem a concluir que tenha ocorrido ação dolosa ou revestida de
má-fé por parte dos servidores afetos ao ajuste, de modo a retardar a licitação para ocasionar
prejuízo aos cofres públicos. Em verdade, o que se colige dos autos foi a realização, "sponte
própria", de Apuração Preliminar exatamente para averiguar as razões que levaram à contratação
emergencial, nada sendo constatado que desabonasse os agentes que cuidaram da questão, como
aponta o Relatório de fls. 96/102, extraído do Processo Administrativo nº 2007-0.101.776-3. A
propósito, também trago à colação Ementa do Voto 14.901, do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, de seguinte teor, o qual dirimiu controvérsia análoga à retratada nestes autos, tendo
em conta as questões fáticas próprias que a envolve: 'PROCESSO CIVIL – Decisão que declara
encerrada a instrução processual e indefere a realização de provas requeridas pelas partes,
sobrevindo o julgamento de plano do processo. Ausência de nulidade da sentença por
cerceamento de defesa – Juiz que é o destinatário direto da prova, somente a ele cumprindo aferir
sobre a necessidade ou não da sua realização – Prova documental, ademais, que era mesmo a
única cabível na espécie não se prestando a pretendida realização de audiência ou prova técnica a
repercutir na solução da demanda – Decisão de primeiro grau, outrossim, que se mostra devida e
adequadamente fundamentada, repelindo adequadamente todos os argumentos úteis e necessários
de defesa apresentados pelos corréus. Preliminares afastadas e agravo retido não provido. –
AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE RESPONSABILIDADE POR ATO DE IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA – Ajuizamento pelo Ministério Público objetivando o reconhecimento da
prática de atos de improbidade administrativa – Procedência do pedido inicial decretada em
primeiro grau que não merece prevalecer – Hipótese em que não ficou caracterizada a prática de
atos de improbidade administrativa tipificados nos arts. 10, "caput", e inciso VIII, e 11, "caput",
da Lei Federal nº 8.429/92, sancionáveis por aplicação do disposto no art. 12, incisos II e III, da
mesma lei Contratações de empresas para prestação de serviços de implantação de equipamentos
eletrônicos de controle de trânsito e processamento de multas com dispensa de licitação, na
forma do art. 24, inciso IV, da Lei Federal nº 8.666/93, que não se mostraram incabíveis,
existindo motivos caracterizadores da situação emergencial prevista no dispositivo legal
invocado – Providências que foram precedidas de pareceres favoráveis da Assessoria Jurídica do
Município e prévias cotações de preços, arredando a presença de dolo ou má-fé dos acionados,
essencial à caracterização do ato ímprobo – Não comprovação, outrossim, de qualquer prejuízo
ao erário municipal, diante da efetiva prestação do serviço objeto dos contratos firmados,
inexistindo qualquer indicação de que o preço das aquisições dera-se em descompasso com o
valor de mercado – Realidade fática que, nesse passo, não evidencia desonestidade, abuso ou
fraude, e nem sequer prejuízo ao patrimônio público, passíveis de punição – Apelos dos corréus
providos para julgar improcedente o pedido inicial.' Por todo o exposto, em face das
especificidades probatórias e factuais que emergem dos autos, aliadas à jurisprudência trazida à
colação e as razões expostas pela Procuradoria da Fazenda Municipal, acolho, por regular, o
Contrato nº 08/SES/2007, relevando a impropriedade relativa à inobservância do disposto no
artigo 55, XIII, da Lei Federal nº 8.666/93, deixando de aplicar penalidade aos servidores
públicos envolvidos, pois não detectada conduta dolosa ou revestida de má-fé. Oficie-se ao
Ministério Público, encaminhando cópia desta decisão, realizando-se, ainda, as comunicações de
praxe. É como voto (2.693ª S.O.). Participaram do julgamento os Conselheiros Eurípedes Sales –
Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente a Procuradora Chefe da Fazenda Maria
Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de
novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Roberto Braguim – Relator." 16) TC
416.08-30 – Secretaria do Governo Municipal – SGM e TB Serviços, Transporte, Limpeza,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
46
Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda. – Pregão Presencial 18/2007-SGM – Contrato
27/2007-SGM R$ 1.058.880,00 – Locação de 17 veículos com motorista e com fornecimento de
combustível para atender ao Gabinete do Prefeito e à Secretaria. "O Conselheiro Eurípedes Sales
devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida, durante a fase
de discussão, na 2.694ª S.O. Ainda, nesta sessão, o Conselheiro Maurício Faria – Relator acolheu
excepcionalmente o Pregão Presencial 18/2007-SGM e o Contrato 27/2007-SGM, assim como
determinou o envio de cópia do V. Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio Plenário aos
interessados. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei – Revisor, acompanhou, na íntegra, o
voto proferido pelo Conselheiro Maurício Faria – Relator. Afinal, que, na fase de votação, o
Conselheiro Roberto Braguim solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 17) TC
366.08-64 – Secretaria do Governo Municipal – SGM e TB Serviços, Transporte, Limpeza,
Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda. – Acompanhamento – Execução Contratual –
Verificar se o Contrato 27/2007 – SGM (R$ 1.058.880,00), cujo objeto é a locação de 17
veículos com motorista e com fornecimento de combustível para atender ao Gabinete do Prefeito
e à Secretaria, está sendo executado conforme o pactuado. "O Conselheiro Eurípedes Sales
devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida, durante a fase
de discussão, na 2.694ª S.O. Ainda, nesta sessão, o Conselheiro Maurício Faria – Relator acolheu
excepcionalmente a execução contratual, assim como determinou o envio de cópia do V.
Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio Plenário aos interessados. Ademais, o Conselheiro
Domingos Dissei – Revisor, acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro
Maurício Faria – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Roberto Braguim solicitou
vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 18) TC 6.710.99-48 – Embargos de Declaração
interpostos por Jorge Fontes Hereda em face do V. Acórdão de 7/12/2011 – Relator Conselheiro
Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Serviços – SES e Xerox do Brasil Ltda. (Contrato
004/SSO/98 R$ 139.896,00) – Serviços técnicos de manutenção, conservação e reparos de peças,
bem como a reposição e substituição de todas as peças gastas ou mal ajustadas de 10 máquinas
reprográficas, com fornecimento de todo material de consumo (exceto papel e grampo), para um
volume de aproximadamente 140.000 cópias, para o Comando do Corpo de Bombeiros da
Capital. "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o citado
processo, após vista que lhe fora concedida, durante a fase de discussão, na 2.696ª S.O.
Outrossim, nesta sessão, o Conselheiro Roberto Braguim – Relator conheceu dos embargos
declaratórios opostos por Jorge Fontes Hereda, pois têm adequação no artigo 144 do Regimento
Interno deste Egrégio Tribunal e atendem ao requisito da tempestividade. Sua Excelência,
ademais, quanto ao mérito, os rejeitou pela manifesta inocorrência do vício de omissão increpado
ao V. Acórdão de fls. 537/vº dos autos. Ademais, o Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor,
acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Roberto Braguim – Relator. Afinal,
na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) 19) TC 2.134.97-25 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Engebrás
Indústria, Comércio e Tecnologia de Informática Ltda. – TAs 43/97 (suspensão por 45 dias para
a instalação, operação e manutenção dos 22 equipamentos para detecção de infração e registro da
imagem, bem como instalação de 114 infraestruturas, restantes dos equipamentos especificados
nos subitens 1.1.2.1.1.1 e 1.1.2.1.1.2), 73/98 (prorrogação de prazo), 57/2000 (prorrogação de
prazo), 60/2000 (prorrogação de prazo), 23/2001 R$ 5.032.800,00 (prorrogação de prazo e
alteração do valor do contrato), 69/2001 R$ 5.032.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do
valor do contrato), Termo de Acordo 10/2001 (não aplicação do reajuste de 10,6290 a partir de
26.11.2001, permanecendo os preços atuais pelo período de 26.11.01 a 24.05.02), e TA 55/2002
R$ 5.032.800,00 (prorrogação emergencial do prazo estipulado no contrato, por mais 180 dias,
contados a partir de 25/5/2002 a 24/11/2002), relativos ao Contrato 47/96, no valor de R$
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
47
20.131.200,00, julgado em 24/10/2001 – Serviços de detecção, registro e processamento de
infrações de trânsito referentes à velocidade superior à permitida para o local, através da
utilização de equipamentos/sistema de detecção e registro automático de imagens 20) TC
2.135.97-98 – Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Consladel Construtora e Laços
Detetores e Eletrônica Ltda. – TAs 42/97 (a instalação, operação e manutenção de 05
equipamentos para detecção da infração e registro de imagem, restantes do quantitativo dos
equipamentos previstos no subitem 1.1.2.1.1.1 do contrato, ficam suspensas por 45 dias), 67/97
(a instalação e manutenção dos 04 equipamentos para detecção da infração e registro de imagem,
restantes do quantitativo dos equipamentos previstos no subitem 1.1.2.1.1.1 do contrato, deverão
ser concluídas em no máximo 285 dias após a deliberação referida no item 2.7), 74/98
(prorrogação de prazo), 58/2000 (prorrogação de prazo), 61/2000 (prorrogação de prazo),
22/2001 R$ 4.120.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), 68/2001 R$
4.120.800,00 (prorrogação de prazo e alteração do valor contratual), Tº de Acordo 09/2001 (não
aplicação do reajuste de 10,62% a partir de 26/11/2001, permanecendo os preços atuais pelo
período de 26/11/2001 a 24/5/2002), TAs 56/2002 R$ 4.120.800,00 (prorrogação de prazo por
até 6 meses, compreendidos no período de 25/05/2002 e 24/11/2002 ou até atingir a totalidade do
valor contratual), 118/02 (retificação do período da prorrogação de prazo), 119/02 (retificação do
período da prorrogação de prazo) e 120/02 (retificação do período da prorrogação de prazo),
referentes ao Contrato 48/96, no valor de R$ 16.483.200,00, julgado em 24/10/2001 – Serviços
de detecção, registro e processamento de infrações de trânsito referentes à velocidade superior à
permitida para o local, através da utilização de equipamentos/sistema de detecção e registro
automático de imagens 21) TC 2.008.07-14 – Consórcio Bio-Rio – Vega Engenharia Ambiental
S.A. – Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA – Representação acerca de
possíveis irregularidades praticadas no âmbito do Contrato de Concessão 18/SVMA/2000, cujo
objeto é a concessão da área do Aterro Sanitário Bandeirantes, para exploração do gás
bioquímico (GBQ) nele gerado 22) TC 5.873.98-96 – Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente – SVMA – Acompanhamento – Analisar o Edital e a Concorrência 005/SVMA/97,
cujo objeto é a concessão, pela Prefeitura do Município de São Paulo, de áreas de aterros
sanitários municipais, para exploração do gás bioquímico (GBQ) neles gerado, visando à
produção e comercialização de energia elétrica/outras utilidades, quanto aos aspectos técnicos,
jurídicos e de controles (Acomp. TCs 6.761.00-94 e 194.01-34) 23) TC 6.761.00-94 – Secretaria
Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA e Biogás – Energia Ambiental S.A. –
Contrato 18/SVMA/2000 R$ 630.000,00 – Concessão, pela Prefeitura do Município de São
Paulo, da área do Aterro Sanitário Bandeirantes, para a exploração de gás bioquímico (GBQ)
nele gerado, visando à produção e comercialização de energia elétrica/outras utilidades (Acomp.
TCs 5.873.98-96 e 194.01-34) 24) TC 194.01-34 – Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente – SVMA e Enterpa Ambiental S.A. – Contrato 20/SVMA/2000 R$ 540.000,00 –
Termo de Retirratificação s/ nº de 7/5/2001 R$ 450.000,00 (alteração do valor contratual e das
cláusulas: primeira, segunda, terceira, quarta, sétima e décima), TAs 2º/2001 (adoção de novo
cronograma físico) e 3º/2001 (adoção de novo cronograma físico) – Concessão de área do Aterro
Sanitário São João, para a exploração de Gás Bioquímico (GBQ) nele gerado, visando à
produção e comercialização de energia elétrica/outras utilidades (Acomp. TCs 5.873.98-96 e
6.761.00-94). "O Conselheiro Eurípedes Sales – Revisor devolveu ao Egrégio Plenário os
citados processos, após vista que lhe fora concedida, durante a fase de discussão, na 2.698ª S.O.
Outrossim, retornando os processos ao Conselheiro Roberto Braguim – Relator, Sua Excelência
requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, do Regimento Interno desta
Corte, adiamento do julgamento das matérias, para a Sessão Ordinária a ser realizada em 11 de
dezembro p.f., o que foi deferido." (Certidões) 25) TC 1.460.02-72 – Secretaria Municipal de
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
48
Transportes – SMT e São Paulo Transporte S.A. – SPTrans – Contrato 001/02-SMT.GAB R$
26.000.000,00 – TA 01/2002 R$ 52.098.125,00 (prorrogação de prazo), TA 02/2002 R$
40.542.638,00 (prorrogação de prazo) e TA 03/2002 R$ 15.579.740,00 (prorrogação de prazo) –
Prestação de serviços de administração e engenharia, voltados à operacionalização,
gerenciamento, fiscalização, planejamento, supervisão, coordenação e administração de todo o
Sistema de Transporte Urbano na Cidade de São Paulo ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Eurípedes Sales, após
vista que lhe fora concedida, na 2.556ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros Maurício
Faria – Relator e Antonio Carlos Caruso – Revisor, sendo que o Conselheiro Roberto Braguim
votou na 2.702ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Maurício Faria –
Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Antonio Carlos Caruso – Revisor e Eurípedes
Sales, em julgar regulares o Contrato 001/02-SMT.GAB e os Termos Aditivos 01/2002, 02/2002
e 03/2002, uma vez que as duas principais impropriedades apontadas pela Subsecretaria de
Fiscalização e Controle – SFC desta Corte foram: 1) a ausência de planilha de quantitativos e
preços unitários correspondentes ao montante contratado, que restou superada no decorrer da
instrução processual, considerando que a execução contratual envolveu toda a estrutura da São
Paulo Transporte S.A. – SPTrans, tendo a demonstração de custos por ela apresentada nos autos
atendido aos requisitos legais; 2) a ausência de comprovação da regularidade fiscal perante a
Previdência Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, relevável em razão de o objeto
contratado mostrar-se essencial à continuidade do serviço público, prestado com exclusividade
pela SPTrans por força de competência estabelecida em lei. Acordam, ainda, por maioria, pelos
mesmos votos, afastar as demais infringências apontadas pela Subsecretaria de Fiscalização e
Controle desta Corte. Vencido o Conselheiro Roberto Braguim que, consoante declaração de
voto apresentada, julgou irregulares o ajuste e os termos aditivos, relevou a falha consistente na
não apresentação de comprovação de regularidade da contratada perante o Instituto Nacional do
Seguro Social e aplicou multa aos responsáveis. Relatório: Trata o presente da análise do
Contrato nº 001/02, firmado entre a Secretaria Municipal de Transportes e a São Paulo
Transporte S.A., por dispensa de licitação, com fundamento no art. 24, VIII, da Lei Federal nº
8.666/93, bem como dos Termos de Aditamento nºs 01/02, 02/02 e 03/02, todos de prorrogação
de prazo, visando à prestação de serviços de administração e engenharia de transportes, voltada à
operacionalização, gerenciamento, fiscalização, planejamento, supervisão e coordenação e
administração de todo o Sistema de Transporte Urbano da Cidade de São Paulo. Os Relatórios da
Auditoria inicialmente apontaram pela irregularidade do contrato, em face do atraso na
publicação do respectivo extrato, da situação irregular com o INSS e FGTS, da falta de planilha
de orçamento de preços unitários e quantitativos dos serviços, materiais e equipamentos e,
também, da falta de demonstração da compatibilidade do preço contratado com os praticados no
mercado. Igualmente, opinou pela irregularidade dos Termos Aditivos, diante da inexistência de
certidão do INSS à época da lavratura dos referidos Termos, da ausência de pesquisa de preços e
da falta de planilha de quantitativos e preços unitários, correspondentes ao montante contratado e
aditado, e da remessa extemporânea do Termo Aditivo nº 02/02. A Assessoria Jurídica de
Controle Externo apresentou manifestação quanto ao preço contratado, observando que o ajuste
teria características de repasse de recursos da Administração Direta para empresa integrante da
Administração Indireta, com o fim de viabilizar um sentido próprio de gerenciamento do Sistema
de Transporte Urbano do Município. Consignou que a referida questão já havia sido objeto de
análise por aquela Assessoria, nos autos do TC nº 545.00-26, e, na mesma linha de orientação,
observando as características do ajuste, entendeu por justificados os preços praticados, uma vez
que a situação excepcional impedia qualquer comparação dos preços contratados. Apontou ainda
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
49
para a existência de compatibilidade do objeto contratado com os objetivos da empresa. Após
manifestação dos interessados, a Auditoria manteve o seu posicionamento inicial pela
irregularidade, e a Assessoria Jurídica de Controle Externo entendeu que poderia a irregularidade
ser tratada de forma excepcional, com sua relevação diante da singularidade da contratação, em
virtude do disposto nos artigos 29 e 38 da Lei Municipal nº 13.241/01. Em derradeira
manifestação, versando sobre a ausência de planilha de quantitativos e preços, a Assessoria
Jurídica de Controle Externo considerou que o ponto havia sido superado. Por outro lado, em
relação à regularidade fiscal, invocou manifestação exarada nos autos do TC nº 6.022.97-43, em
que, excepcionalmente, foi acolhido o ajuste firmado com a Empresa de Correios e Telégrafos,
por força da inexigibilidade da contratação decorrente da exploração de serviço por meio de
monopólio, opinando, ao final, pelo acolhimento excepcional dos ajustes, sem prejuízo de
imposição de responsabilização da Contratada pela irregularidade detectada. A Procuradoria da
Fazenda Municipal opinou pelo acolhimento dos ajustes e ponderou que a falha apontada não
causou prejuízo ao erário. Por fim, a Secretaria Geral, mesmo considerando a relevação da
ausência de CND, opinou pela irregularidade dos ajustes, vez que a Origem deixou de instruir o
processo com a planilha de quantitativos e preços unitários correspondente ao montante
contratado, limitando-se a justificar que, dadas as peculiaridades da contratação, não seria
exigível a composição detalhada com preços unitários e descrição de quantitativos dos serviços
prestados. Todavia, considerou viável a aceitação dos efeitos financeiros do ajuste. É o relatório.
Voto: Os serviços ora em análise compõem, basicamente, as atividades de gerenciamento e
operação do Sistema de Transporte Coletivo no Município de São Paulo. Em conformidade com
o disposto na Lei Municipal nº 13.241/01, vigente à época da contratação, a SPTrans detém
exclusividade na prestação de tais serviços, razão pela qual os custos inerentes à sua execução
têm características de um orçamento de custeio, envolvendo toda a estrutura da empresa,
necessária ao incremento dos trabalhos que se desenvolvem em apoio à Administração Direta.
Basicamente, duas questões foram apontadas como impeditivas da aprovação do ajuste: a
ausência de planilha de quantitativos e preços unitários correspondente ao montante contratado e
as certidões negativas de débitos perante a Previdência Social e o FGTS. A questão relacionada à
planilha foi enfrentada no decorrer da instrução processual, quando a Conselheira Relatora
Substituta, à época, questionou as razões que teriam motivado o entendimento pela
irregularidade, invocando o precedente tratado no TC nº 545.00-26, que abordou matéria
análoga, e solicitando, ainda, esclarecimento sobre como deveria ser feita a especificação dos
serviços, pretensão esta lançada no parecer da Auditoria. A prestação de serviços ora analisada
não se mensura em partes, tarefas ou em horas despendidas. A execução do contrato envolve
toda a estrutura da empresa, razão por que, no caso específico, a demonstração de custos
apresentada nos autos atende aos requisitos legais autorizativos da contratação direta em questão,
já que a planilha consubstanciada no ANEXO A (fl. 84) aponta valores mensais para itens de
equipe, materiais e fornecedores, bem como os referentes a outras receitas da SPTrans, que
deverão ser deduzidas do total da planilha mês a mês, mantendo a média mensal de 13 milhões
de reais, inclusive no período de prorrogação da contratação. O objeto contratual estabelecido na
cláusula segunda do ajuste (fls. 07/13) dispõe que os serviços serão cobrados por meio de preços
unitários, constantes do mencionado ANEXO A, que, como já se afirmou, é apto a demonstrar a
formação dos preços, que advêm dos próprios custos da SPTrans, o que se mostra em
conformidade com o § 9º do art. 7º da Lei Federal nº 8.666/93. Com relação à ausência de
comprovação da regularidade fiscal, tem-se, em tese, que a contratação pela Administração
Direta com empresa integrante da Administração Indireta não autoriza a dispensa de sua
demonstração, vez que esta se encontra de igual forma submetida à regra contida no § 3º do art.
195 da Constituição Federal. Contudo, como se depreende do conteúdo já exposto, o objeto
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
50
contratado mostra-se essencial à continuidade do serviço público, prestado com exclusividade
pela empresa contratada, por força de competência estabelecida em lei. Parece-me que, levada às
suas últimas consequências, como, aliás, se deve pretender que seja, a decisão pela irregularidade
e pelo não reconhecimento dos efeitos financeiros de tais contratos implicaria o colapso da
empresa e, com ele, de todo o sistema de transporte coletivo municipal, o que, por sua vez,
levaria ao colapso da própria Cidade. É exclusivamente nesse sentido que, sopesando valores
constitucionais, continuo a reconhecer o propalado caráter excepcional para justificar os
contratos firmados com empresas estatais em débito para com o sistema da Seguridade Social e
da Receita Federal, conforme decidido por esta Corte em casos análogos, citando, a título
exemplificativo, os TCs nºs 6.022.97-43 e 1.685.96-72. Sem prejuízo, caberá ao controle voltar-
se para a responsabilização funcional dos agentes, caso demonstrada a desídia na conduta que
resultou em tal cenário, bem como na ausência de providências adequadas para a superação do
evento. Sob esta ótica, cabe destacar que nos relatórios da Auditoria, relativos à análise dos
processos de contas da SPTrans, consta informação noticiando a existência de parcelamento
consolidado da dívida da empresa com o INSS, em processo de renegociação que vem sendo
levado a efeito desde 1993. Frente ao exposto, julgo regular o Contrato nº 001/02, bem como os
respectivos Termos Aditivos, afastando as demais infringências apontadas pela Auditoria (2.556ª
S.O.). Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Roberto Braguim: Peço vênia para
discordar do voto prolatado pelo ilustre Relator, Conselheiro Maurício Faria, que julgou
regulares o Contrato e os Termos de Aditamento em análise. Embora se possa inferir que a
contratada estava em situação regular perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS
– uma vez que a consulta realizada via internet aponta a regularidade no período compreendido
entre 10/12/2001 e 8/1/2002 –, o mesmo não se pode afirmar em relação à Certidão Negativa de
Débito perante o Instituto Nacional de Seguridade Social, relativa ao período, que não consta dos
autos. Não obstante, sob esse aspecto, entendo que a ausência de certidão pode ser relevada, em
virtude do disposto nos artigos 29 e 38 da Lei Municipal nº 13.241/0114
. Saliento, porém, que o
fato de a SPTrans ser a única empresa apta para prestação dos serviços, por si só, não dispensa a
comprovação de regularidade junto ao INSS e ao FGTS. Entretanto, penso que as outras
irregularidades que atingem o Ajuste e os Termos de Aditamento, quais sejam, ausência de
planilha de quantitativos e preços unitários e de adequação entre o montante aditado e o valor
inicialmente contratado, impedem o seu acolhimento. Sob esse prisma, consigno que embora não
seja possível a comparação dos preços contratados – posto que a SPTrans é a única empresa
capaz de prestar os serviços –, a Contratante deveria ter elaborado a planilha de preços unitários e
de quantitativos necessária para a comprovação do valor contratual e para possibilitar a
fiscalização da execução do ajuste. Pelos motivos antes mencionados, julgo irregulares, o
Contrato nº 001/02 e os Termos de Aditamento nºs 01, 02 e 03, pela ausência de planilhas de
quantitativos e de preços unitários e por falta de adequação entre o montante aditado e o valor
14
Art. 29. Sem prejuízo das demais atribuições expressas previstas no seu estatuto social, compete à São Paulo
Transporte S.A, no tocante ao Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros:
I - elaborar estudos para a realização do planejamento do Sistema;
II - executar a fiscalização da prestação dos serviços;
III - gerenciar o Sistema de acordo com as diretrizes e políticas estabelecidas pela Prefeitura do Município de São
Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Transportes.
Parágrafo único - Para executar as atribuições dispostas neste artigo, a São Paulo Transporte S.A. será contratada
pelo Poder Público.
Art. 38. Durante a implantação do novo modelo de organização do Serviço de Transporte Coletivo Público de
Passageiros, e até sua conclusão, a São Paulo Transporte S.A. continuará prestando seus serviços, executando as
atribuições estabelecidas no seu estatuto social, bem como aquelas que lhe forem fixadas no contrato de prestação de
serviço firmado com a Secretaria Municipal de Transportes.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
51
inicialmente ajustado, infringindo, assim, os incisos II e III do § 2º e § 4º do artigo 7º da Lei
Federal nº 8.666/9315
. Relevo, entretanto, a falha consistente na não apresentação de
comprovação de regularidade da Contratada perante o INSS. Pela prática das irregularidades
apontadas, aplico aos responsáveis a multa de R$ 542,00 (quinhentos e quarenta e dois reais),
com fundamento no artigo 52, II, da Lei Municipal nº 9.167/80, combinado com os artigos 86, II
e 87 do Regimento Interno (2.702ª S.O.). Participaram do julgamento os Conselheiros Antonio
Carlos Caruso – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente, nesta sessão, o
Conselheiro Domingos Dissei, sem direito a voto, uma vez que o mesmo foi proferido pelo
Conselheiro Antonio Carlos Caruso – Revisor, na 2.556ª S.O. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Maurício Faria – Relator."
26) TC 3.277.07-61 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Unifesp – Universidade Federal
de São Paulo e SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – Convênio
014/2007-SMS.G R$ 1.823.534,66 – Implantação do desenvolvimento de ações relativas à
assistência médica ambulatorial AMA Sé ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes
autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Eurípedes Sales, após vista que lhe fora
concedida na 2.703ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros Domingos Dissei – Relator e
Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, por maioria, de conformidade com o relatório e voto do Conselheiro Domingos Dissei –
Relator, bem como pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim e Eurípedes Sales, em
acolher, excepcionalmente, o Convênio 014/2007-SMS.G, relevando a falha formal referente às
certidões de regularidade fiscal da SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da
Medicina, que perde relevo diante da idoneidade presumida das instituições conveniadas e da
importância dos serviços executados. Vencido o Conselheiro Maurício Faria – Revisor que, nos
termos de seu voto apresentado em separado, não acolheu o convênio, preservando, contudo, os
efeitos financeiros e patrimoniais do ajuste e, também, propôs a instauração de processo
específico para análise da execução do convênio, no qual deverá ser apurado se os resultados
foram alcançados. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o envio de ofício ao
Ministério Público do Estado de São Paulo, para ciência. Relatório: Em julgamento o Convênio
nº 014/2007-SMS.G, firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde, a Universidade Federal de
São Paulo – Unifesp e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM,
tendo por escopo a implantação, implementação e execução dos serviços de Assistência Médica e
Ambulatorial – Ama Sé. Em análise preliminar, a Coordenadoria IV concluiu pela irregularidade
do Convênio, em razão da ausência das certidões de regularidade fiscal do INSS e FGTS da
SPDM, válidas à época da lavratura do instrumento e da insuficiência de recursos orçamentários
empenhados para o exercício. Após manifestação da Origem, a área auditora passou a considerar
suficientes os empenhamentos, mantendo, no entanto, a conclusão pela irregularidade do
instrumento, por não terem sido apresentadas as certidões de regularidade fiscal da SPDM. Além
dos apontamentos feitos pela auditoria, a Assessoria Jurídica de Controle Externo acrescentou a
falta de evidência da realização de procedimento seletivo para escolha das entidades
15
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo
e, em particular, à seguinte sequência: (...)
§ 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou
serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; (...)
§ 4º - É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
52
conveniadas, baseada em critérios objetivos e que os empenhamentos foram feitos apenas à
SPDM, descaracterizando, assim, a participação da Unifesp e, consequentemente, invertendo a
disposição na qual esta entidade figura como principal conveniada, em afronta ao caráter "intuito
personae", que substancia o regime dos convênios, o qual a veda a participação composta no polo
conveniado. O Órgão Fazendário requereu o acolhimento do instrumento, ou, alternativamente, a
aceitação dos efeitos financeiros. A Secretaria Geral destacou que a questão do empenhamento
restou superada pela área auditora e que as falhas derivadas da não apresentação das certidões
fiscais da SPDM foram convalidadas, em face da documentação juntada às fl. 108, demonstrando
que a conveniada logrou êxito no parcelamento de tais exações. Discordou, ainda, a Secretaria
Geral, das colocações da Assessoria Jurídica de Controle Externo, por entender que a escolha das
conveniadas se insere no campo discricionário da Administração e que esta restou justificada
pelo fato de serem entidades reconhecidas nacionalmente pela atuação na área da saúde, além de
rebater a alegação de descaracterização da participação da Unifesp no ajuste, pelo fato dos
empenhos terem sido emitidos em nome da SPDM. Opinou, ao final, pelo acolhimento do
convênio. É o relatório. Voto: Os apontamentos feitos pela área auditora restaram superados na
manifestação da Secretaria Geral, cujas razões passam a fazer parte integrante deste voto, visto
que, acompanhando a especializada, entendo que não podem se constituir em fatores impeditivos
do acolhimento do instrumento em julgamento. É imperioso destacar que o instrumento ora em
julgamento é um convênio, marcado pelos interesses convergentes das partes envolvidas em
somar esforços na realização de seu objeto. Sobre as conveniadas, resta destacar que são
entidades cuja idoneidade e reconhecimento de atuação na área da saúde são incontestáveis,
motivo que, por si só, justifica as razões das escolhas feitas pela Origem. E mais. A Unifesp e a
SPDM figuram como entidades conveniadas reunidas sob a denominação de Complexo Unifesp
– SPDM. Não há cláusula indicando qual delas é a principal conveniada, depreendendo-se que
não há distinção de tratamento jurídico entre as duas. Logo, não há que se falar em afronta ao
caráter "intuito personae" do convênio. Ademais, tais questões não foram levantadas em nenhum
dos processos que analisam Convênios envolvendo esta matéria, cujas partes também são as
mesmas. Pelo exposto, acolho excepcionalmente o Convênio nº 014/2007-SMS.G, relevando a
falha formal referente às certidões de regularidade fiscal da SPDM, que perde relevo diante da
idoneidade presumida das instituições conveniadas e da importância dos serviços executados.
Dê-se ciência ao Ministério Público do Estado de São Paulo. É o meu voto (2.703ª S.O.). Voto
em separado proferido pelo Conselheiro Maurício Faria: A não obrigatoriedade de licitação
em ajustes que se distinguem pela mútua colaboração entre os partícipes, a compatibilidade entre
os serviços objetivados pelo convênio e, também, as atribuições estatutárias do complexo
Unifesp-SPDM, são aspectos já apreciados favoravelmente e superados por decisões deste
Tribunal em feitos precedentes. Embora seja assim, não têm sido toleradas por esta Corte de
Contas as irregularidades atinentes à ausência de comprovação da situação de regularidade da
instituição conveniada frente ao Instituto Nacional de Seguridade Social e ao Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço à época da celebração da avença, por força do preceito constitucional
insculpido nos artigos 37, "caput", e 195, § 3°, bem como nas Leis Federais n°s. 8.666/93,
8.212/91 (INSS) e 9.012/95 (FGTS). Nesse sentido, pode ser citada, entre outras, a recente
decisão, proferida no âmbito do TC n° 3.849.06-12, por ocasião da 2.687ª. Sessão Ordinária, em
que esta Corte de Contas, constatando a presença, entre outros aspectos, da falta de comprovação
da situação de regularidade da SPDM no que concerne ao FGTS, julgou irregular o Convênio n°
23/2006-SMS.G, celebrado entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Universidade Federal de
São Paulo e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, tendo por
objeto a implementação e execução dos serviços de Assistência Médica e Ambulatorial Perus,
embora tenha reconhecido os efeitos financeiros e patrimoniais produzidos pela aludida avença,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
53
por considerar o interesse público e social do ajuste, bem como em homenagem ao princípio da
segurança jurídica e por não restar comprovado nos autos prejuízo ao erário. De sorte que, em se
verificando também no presente feito a ausência da tempestiva comprovação de regularidade
fiscal da SPDM junto ao INSS e ao FGTS, conforme elementos constantes dos presentes autos,
impõe-se o não acolhimento do Termo de Convênio n° 014/2007-SMS.G, diante da não
observância dos mencionados comandos constitucionais e legais aplicáveis à espécie. Contudo,
considerando os precedentes desta Corte, em especial o acima referido, ficam no caso concreto,
preservados os efeitos financeiros e patrimoniais produzidos pelo ajuste. Por fim, imperioso
reconhecer que questões de maior relevância podem surgir quando da análise da execução do
convênio, momento em que se pode verificar se os recursos públicos estão sendo utilizados para
os fins previstos, motivo pelo qual, proponho que se determine a instauração de processo
específico para análise da execução do convênio nº 14/2007-SMS.G, no qual deverá ser apurado
se os resultados foram alcançados (2.703ª S.O.). Participaram do julgamento os Conselheiros
Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a Procuradora Chefe da
Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a) Domingos Dissei –
Relator." 27) TC 2.292.08-09 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM
interposto contra o V. Acórdão de 21/8/2013 – Relator Conselheiro Maurício Faria – Tribunal de
Contas do Município de São Paulo – TCMSP – Secretaria Municipal de Educação – SME –
Constituição de Grupo de Estudos para avaliar a exclusão das despesas com inativos da
Educação do cômputo dos gastos com a manutenção e desenvolvimento do Ensino Municipal,
conforme determinação exarada no Parecer prévio das Contas do Executivo, relativas a 2007
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na
presente sessão pelo Conselheiro Eurípedes Sales, após vista que lhe fora concedida na 2.713ª
S.O., na fase de discussão, com sustentação oral da Douta Procuradora Chefe da Fazenda
Municipal, Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia, concedida-lhe nos termos do
artigo 165 do Regimento Interno deste Tribunal, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos
Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso
apresentado pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM por reunir as condições necessárias
para ser conhecido, eis que presentes o interesse processual e a legitimidade para recorrer, além
de observado o prazo legal para sua interposição. Acordam, ademais, à unanimidade, em rejeitar
a preliminar de nulidade, visto que o referido Grupo de Estudos teve origem em determinação do
Pleno desta Egrégia Corte em sede de aprovação do parecer prévio das Contas do Executivo, se
prestando a fornecer os subsídios técnicos e jurídicos necessários ao reexame do tema e a
embasar a deliberação adotada por esta Corte, bem como não há que se falar em ofensa ao
princípio do contraditório e da ampla defesa, porquanto bem evidenciado que na instrução do
processo foi garantida a participação da Secretaria dos Negócios Jurídicos e da Secretaria das
Finanças, que tiveram a oportunidade de acostar aos autos seus pareceres. Acordam, ainda, à
unanimidade, quanto ao mérito, em negar provimento ao recurso, mantendo a decisão recorrida
por seus próprios fundamentos. Acordam, outrossim, à unanimidade, em acolher, pelas razões
expostas no voto, o pleito de modulação dos efeitos da decisão recorrida, nos termos em que foi
formulado, inserindo, no venerando acórdão guerreado, uma regra de transição que contemple a
exclusão total das despesas com os inativos oriundos da educação em até cinco exercícios
financeiros, a partir de 2014, inclusive, à razão de, pelo menos, um quinto por ano,
cumulativamente. Acordam, também, à unanimidade, em recomendar ao Executivo no sentido de
não apropriar, a título de despesa com educação inclusiva, os gastos com inativos da educação,
ainda que de maneira parcial, uma vez que não contemplados no art. 3º da Lei nº 13.245/2001.
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
54
Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste acórdão ao
Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São Paulo, ao Excelentíssimo Senhor
Presidente da Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, bem assim à Douta Comissão de
Finanças e Orçamento daquela Edilidade. Relatório: Em julgamento recurso deduzido pela
Procuradoria da Fazenda Municipal, pleiteando a reforma do Acordão prolatado na 2.570º Sessão
Ordinária, realizada em 30 de novembro de 2011, que, à unanimidade, deliberou por julgar
obrigatório o Executivo Municipal deixar de incluir os percentuais das despesas com inativos da
Educação no cômputo do cálculo do percentual mínimo de 25% exigido constitucionalmente
para aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino. Do aresto em comento constou,
também, determinação ao Executivo Municipal para que promova as adequações às novas regras
em tempo hábil para que surtam efeito, no mínimo, para o exercício financeiro de 2013,
ressalvando, entretanto, os atos que se apresentarem impossíveis de serem de pronto atendidos, a
exemplo do fato relacionado com a circunstância de que o projeto de lei orçamentária para 2012
já se encontra na Câmara Municipal para votação. Trata-se, como é de conhecimento dos
Senhores Conselheiros, de matéria já amplamente debatida no Plenário desta Corte, sendo certo
que a deliberação adotada, quando de seu trânsito em julgado, acarretará expressivo reflexo no
orçamento municipal. Cumpre, em breve síntese, consignar que, no apelo apresentado, a
recorrente alega, como preliminar de nulidade, a incompatibilidade lógica entre a decisão final
adotada por este Tribunal e o resultado do trabalho realizado pelo Grupo de Estudos, do qual,
pela sua natureza, não poderia resultar um comando obrigatório e cogente para a Administração
Municipal, além de violação do devido processo legal, visto que o Executivo ficou privado de
participar ativamente dos estudos. No mérito, aduz a impossibilidade jurídica do cumprimento da
decisão recorrida, por contrariar disposição da Lei Municipal nº 13.245/2001; a dificuldade
orçamentária e financeira do Executivo Municipal para cumprir a decisão recorrida, além da
impossibilidade de cumprimento da determinação para o exercício financeiro de 2013. Ao final,
propugna pela reforma da decisão recorrida, de modo a que possa o Executivo continuar a incluir
tais despesas no cômputo dos gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino, a que alude
o art. 212 da Constituição Federal. Alternativamente, caso seu apelo não seja provido, requer a
esta Corte que module os efeitos da decisão recorrida, de modo a que passe a vigorar somente a
partir do exercício financeiro de 2014, ou 2015, mediante uma regra de transição, como proposto
no voto inicial do Conselheiro Maurício Faria, "com a exclusão gradual das despesas com os
inativos ao longo de 5 (cinco) anos, na razão de 1/5 por ano." A Assessoria Jurídica de Controle
Externo desta Corte, apreciando o recurso, aponta, inicialmente, o pleno atendimento dos
requisitos de admissibilidade do recurso, bem como amealha pertinentes argumentos para afastar
a preliminar de nulidade. Nesse sentido, registra que o Grupo de Estudo em comento teve origem
em determinação inserida no Parecer do Relatório Anual de Fiscalização do Executivo do
exercício de 2007, prestando-se a subsidiar a adoção do posicionamento deste Egrégio Tribunal
de Contas acerca do tema, circunstância que não caracteriza qualquer nulidade. Assevera,
também, a Douta Assessoria Jurídica de Controle Externo, que a Procuradoria da Fazenda
Municipal, a Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos e a Secretaria das Finanças tiveram
garantida, durante a instrução processual, a oportunidade de se manifestar acerca das análises
realizadas pelos Órgãos Técnicos desta Corte. No mérito, aduz que as razões de recurso
oferecidas abordam questões já apreciadas pelo Pleno deste Tribunal e, ademais, não trazem
argumentos novos capazes de alterar o entendimento firmado pelo Pleno deste Tribunal. Invoca,
ainda, aquela Assessoria, os aspectos jurídicos norteadores do voto condutor para, juntamente
com os argumentos contidos no item 4 do Relatório elaborado pelo Grupo de Estudos, concluir
que não prosperam os argumentos de recurso, posto que "... não se trata de declaração de
inconstitucionalidade da Lei Municipal nº 13.245/01, mas de aplicação da lei diante de um
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
55
conflito aparente de normas, observando-se as normas constitucionais e infraconstitucionais
pertinentes." No que diz respeito aos argumentos de recurso tendentes a evidenciar a
impossibilidade financeira e orçamentária para cumprimento da determinação constante da
decisão recorrida, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, embora realçando tratar-se de
questão não abrangida no seu âmbito de análise, aponta que a decisão proferida por esta Corte
levou em consideração não só aspectos jurídicos, mas, também, os aspectos orçamentários e
financeiros. Propõe, no entanto, a título de sugestão, e se assim entender este Pleno, que a
segunda parte da Decisão atacada seja atualizada para contemplar regra de transição para os
próximos exercícios, haja vista a impossibilidade de seu atendimento no exercício de 2013. Na
mesma senda, a Secretaria Geral reafirma que os argumentos elencados pela Douta Procuradoria
da Fazenda Municipal, pela Secretaria dos Negócios Jurídicos e pela Secretaria das Finanças já
foram opostos durante a fase de instrução processual, de modo que já foram apreciados por
ocasião do Acórdão. É o relatório (2.7013ª S.O.). Voto: O recurso apresentado pela Douta
Procuradoria da Fazenda Municipal em face do Acordão prolatado nestes autos reúne as
condições necessárias para ser conhecido, eis que presentes o interesse processual e a
legitimidade para recorrer, além de observado o prazo legal para sua interposição. Quanto à
preliminar de nulidade, entendo restar bem evidenciado pelos elementos de instrução carreados
aos autos que os argumentos de recurso não reúnem condições de prosperar, posto que o referido
Grupo de Estudos teve origem em determinação do Pleno desta E. Corte em sede de aprovação
do parecer prévio das Contas do Executivo, se prestando a fornecer os subsídios técnicos e
jurídicos necessários ao reexame do tema e a embasar a deliberação adotada por esta Corte, no
sentido da exclusão dos percentuais das despesas com inativos da educação do percentual
mínimo de 25% a que alude o "caput" do art. 212 da Carta Magna. Aliás, como observado pela
Douta Secretaria Geral, houve, por meio da decisão recorrida, uma revisão da jurisprudência
desta Corte, exarada em exercícios anteriores. Também não há que se falar em ofensa ao
princípio do contraditório e da ampla defesa, porquanto bem evidenciado que na instrução do
processo foi garantida a participação da Secretaria dos Negócios Jurídicos e da Secretaria das
Finanças, que tiveram a oportunidade de acostar aos autos seus pareceres. No que diz respeito ao
mérito, em que pese o tema tenha, ao longo do tempo, suscitado debates e controvérsias, na
atualidade, entendo que não há mais espaço para qualquer interpretação que busque enquadrar as
despesas com servidores inativos da educação no percentual mínimo de 25%, exigido
constitucionalmente para aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino. As normas
legais carreadas ao bojo do presente, em especial o disposto nos artigos 70 e 71 da Lei Federal nº
9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional −, denotam, com clareza solar, que no
melhor entendimento do que sejam despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino estão
inseridas tão somente ações no sentido do aprimoramento, expansão e qualificação do ensino,
não abrangendo, portanto, as despesas com inativos, que deverão ser suportadas, no caso de São
Paulo, pelo Regime Próprio de Previdência Social e pelo Poder Público, que deve suprir as
deficiências do aludido Regime, posto que, na condição de servidores aposentados, estes não
mais contribuem com seu trabalho para manter e desenvolver o ensino. Parece-me, pois, não
restar qualquer dúvida de que o entendimento alcançado na decisão atacada é o que melhor
espelha a finalidade do preceito insculpido do artigo 212 da Constituição Federal, de expandir,
quantitativamente e qualitativamente o ensino. Não há, portanto, no meu entender, à luz de tudo
quanto colhido no curso da instrução do presente, como sustentar a continuidade da aplicação do
disposto no art. 2º, inciso IX, da Lei Municipal nº 13.245/2001. Observo, ademais, que o assunto
já foi suficientemente examinado no âmbito desta Corte e não há, no apelo apresentado,
argumentos novos capazes de reverter o quanto decidido. Quanto à pretendida modulação dos
efeitos da decisão, no sentido de postergar o início do seu cumprimento e fazê-lo de maneira
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
56
gradual, julgo-a pertinente pelas razões a seguir expostas. Em primeiro lugar, em função do
tempo transcorrido, torna-se inviável o atendimento da parte dispositiva do v. acórdão guerreado,
que determina sejam as despesas com inativos excluídas do cômputo dos gastos com educação já
em 2013. Com efeito, manter tal exigência implicaria uma despesa adicional da ordem de um
bilhão de reais, feita no apagar das luzes do exercício, com seriíssimas repercussões
orçamentárias e financeiras, inclusive no que tange à própria qualidade do gasto público. Por
outro lado, a legislação pátria, quando trata da vinculação de receita ou despesa pública, adota
frequentemente regras de transição no sentido de atenuar o impacto decorrente de sua
implementação. A própria Constituição Federal contempla inúmeros exemplos nesse sentido,
podendo-se citar a elevação gradativa dos percentuais dos impostos que compõem os Fundos de
Participação dos Estados e Municípios, em cinco anos a partir da promulgação da nova Carta,
bem assim a redução, nesse mesmo período, do percentual da despesa com pessoal excedente a
65% das receitas correntes, à razão de um quinto por ano (conforme, respectivamente, os arts. 34
e 38 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). No caso dos autos, cuida-se de
modificação de orientação administrativa que em tudo se assemelha às alterações legislativas
promovidas na alocação dos recursos públicos, eis que balizará, doravante, os julgamentos desta
Corte de Contas. Considerando a magnitude da despesa envolvida, de cerca de R$ 1,42 bilhão
consoante a proposta orçamentária para 2014, encaminhada pelo Executivo à Câmara Municipal
de São Paulo, a exigência do cumprimento imediato da nova orientação equivaleria a impor uma
vinculação de receita da ordem de 4,56%, de um exercício para outro, percentual esse bastante
elevado à vista da própria experiência legislativa brasileira na área das finanças públicas. Demais
disso, a realidade orçamentária e financeira do Município de São Paulo caracteriza-se por um
elevado grau de vinculação de gastos em razão de fatores legais e institucionais. Em primeiro
lugar, há o problema da dívida contratual, sobre o qual tivemos oportunidade de alertar em
trabalho que desenvolvemos a respeito, cujos encargos absorvem 13% da receita líquida real do
Município. Por outro lado, cabe mencionar as vinculações legais, das quais sobressaem a dos
próprios gastos com educação (31% segundo a Lei Orgânica do Município) e as despesas com
saúde, que não se cingem ao mínimo constitucional de 15%, devendo atingir cerca de 19% da
receita neste exercício. Ressalte-se, por fim, o pagamento de precatórios que, sob a égide da
recém-derrogada Emenda Constitucional n° 62, tem consumido cerca de 3% da receita
municipal, podendo tal percentual se elevar em função da modulação que vier a ser adotada pelo
Supremo Tribunal Federal. Tais fatores explicam a rigidez orçamentária e o baixo grau de
liberdade de que dispõe a Administração na alocação dos recursos municipais, a qual seria ainda
mais agravada caso a nova orientação do Tribunal fosse adotada de uma única vez,
comprometendo sua capacidade de investimento em áreas eletivas, que vem declinando em
termos "per capita" ao longo do tempo. Destarte, afigura-se razoável a regra de transição
pleiteada pelo órgão fazendário, com a exclusão gradual das despesas com inativos do cômputo
dos gastos com educação, ao longo de cinco anos, à razão de um quinto por ano, conforme, aliás,
preconizado no voto inicial do ilustre relator do feito original, Conselheiro Maurício Faria. Tal
transição poderá ser iniciada a partir do exercício de 2014, o que já foi previsto pela
Administração, eis que o projeto de lei orçamentária anual, em seu quadro demonstrativo da
aplicação de recursos em educação, contempla a apropriação de apenas 80% dessas despesas, no
valor de R$ 1,14 bilhão, informação essa corroborada pela Secretaria Municipal de
Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio de memória de cálculo obtida pela assessoria de
meu gabinete. Ocorre que, diferentemente do que seria de se supor, os 20% restantes das
despesas com os inativos, no montante de aproximadamente R$ 285 milhões, ainda continuam a
ser computados como gastos com educação na proposta orçamentária, agora por meio da retirada
desse valor das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino (sujeitas ao mínimo
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
57
constitucional de 25%) e a sua realocação pura e simples na rubrica "educação inclusiva", de
sorte a compor o rol de despesas que, somadas às primeiras, submetem-se ao percentual mínimo
de 31% estabelecido no art. 208 da Lei Orgânica do Município de São Paulo. Acresça-se que o
expediente utilizado foi formalmente incorreto, porquanto o art. 3º da Lei n° 13.245/2001,
expressamente mencionado no demonstrativo em questão, define as despesas com educação
inclusiva de forma taxativa, não contemplando os proventos pagos a inativos oriundos dos
quadros da educação (*). Em outras palavras, em sua proposta orçamentária, a Administração, ao
invés de pretender gastar mais R$ 285 milhões em educação, que corresponderiam aos 20% dos
gastos com inativos a serem excluídos, simplesmente reclassificou essas despesas como de
educação inclusiva, em desacordo com a legislação pertinente. Assim, excluindo tais despesas,
ter-se-ia um montante global aplicado em educação (manutenção e desenvolvimento do ensino e
educação inclusiva) da ordem de R$ 9,51 bilhões em 2014, equivalente a 30,49% da receita
resultante de impostos, percentual esse inferior ao limite mínimo estabelecido na Lei Orgânica do
Município. Em vista disso, cabe alertar o Executivo de que eventual apropriação de despesas
com inativos, a título de educação inclusiva, não será considerada por este Tribunal para efeito
de verificação do efetivo cumprimento do art. 208 da Lei Orgânica do Município de São Paulo.
Nesse sentido, expedirei, ao final, recomendação a respeito, sem embargo de dispor a
Administração da possibilidade de, por meio de mensagem aditiva, proceder à correção do
projeto de lei orçamentária para 2014, ora em tramitação na Câmara Municipal. Diante de todo o
exposto, CONHEÇO do recurso apresentado, porquanto presentes os requisitos estabelecidos no
Regimento Interno desta Corte. Pelas razões já expostas, REJEITO A PRELIMINAR DE
NULIDADE apresentada, uma vez que não há, como demonstrado, vícios a macular a decisão
recorrida. No mérito, na esteira das manifestações da Assessoria Jurídica de Controle Externo e
da Secretaria Geral, que adoto com razões de decidir, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO,
mantendo a decisão recorrida por seus próprios fundamentos. ACOLHO, pelas razões expostas, o
pleito de modulação dos efeitos da decisão recorrida, nos termos em que foi formulado,
inserindo, no venerando acórdão guerreado, uma regra de transição que contemple a exclusão
total das despesas com os inativos oriundos da educação em até cinco exercícios financeiros, a
partir de 2014, inclusive, à razão de, pelo menos, um quinto por ano, cumulativamente. Expeço,
por fim, recomendação ao Executivo no sentido de não apropriar, a título de despesa com
educação inclusiva, os gastos com inativos da educação, ainda que de maneira parcial, uma vez
que não contemplados no art. 3º da Lei nº 13.245/2001. Encaminhe-se cópia desta decisão ao
Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São Paulo, ao Excelentíssimo Senhor
Presidente da Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, bem assim à Douta Comissão de
Finanças e Orçamento daquela Edilidade. É o voto. (*) "Art. 3º Serão consideradas como
despesas relativas à educação inclusiva para fins do disposto no § 5º do art. 200 da Lei Orgânica
do Município: I – programas voltados à educação de jovens e adultos que não tiveram acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria; II – programas de
reinserção educacional da criança e adolescente em situação de risco pessoal ou social; III –
programas especiais para educação de crianças e adolescentes com deficiência; IV – programas
voltados para a educação profissionalizante visando o desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva; V – programas que fortaleçam a inclusão de crianças e adolescentes na ação
educacional do município; VI – custos de produção e transmissão de programas de educação
promovidos ou patrocinados pelo Poder Público Municipal, veiculados em emissoras de rádio e
televisão; VII – manutenção e criação de centros integrados de educação e cultura, instalação de
telecentros para acesso a novas tecnologias de informação e comunicação, em específico, às
redes municipais e mundiais de conhecimento, bem como, instalação de bibliotecas públicas
infanto-juvenis em apoio à rede municipal de ensino; VIII – provisão de alimentação em creches,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
58
escolas de educação infantil, ensino fundamental e supletivo." Participaram do julgamento os
Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Roberto Braguim e Eurípedes Sales. Presente a
Procuradora Chefe da Fazenda Maria Hermínia Penteado Pacheco e Silva Moccia. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 26 de novembro de 2013. a) Edson Simões – Presidente; a)
Domingos Dissei – Relator." – CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 1) TC 1.611.07-60 –
São Paulo Urbanismo/São Paulo Obras (antiga Empresa Municipal de Urbanização – Emurb) –
Acompanhamento – Verificar se o Edital da Concorrência 006970100-Emurb, cujo objeto é a
contratação de empresa especializada de engenharia para execução do remanejamento das linhas
de alta tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo o projeto executivo e
execução das obras complementares necessárias à operacionalização do Complexo Viário Real
Parque, foi elaborado de acordo com os dispositivos legais pertinentes (Tramita em conjunto
com o TC 2.007.07-51) 2) TC 2.007.07-51 – Construcap – CCPS Engenharia e Comércio S.A. –
São Paulo Urbanismo/São Paulo Obras (antiga Empresa Municipal de Urbanização – Emurb) –
Representação em face do Edital de Concorrência 006970100-Emurb, cujo objeto é a contratação
de empresa especializada de engenharia para execução do remanejamento das linhas de alta
tensão, implantação da Alça de Acesso Morumbi, incluindo o projeto executivo e execução das
obras complementares necessárias à operacionalização do Complexo Viário Real Parque
(Tramita em conjunto com o TC 1.611.07-60) 3) TC 2.976.10-80 – Secretaria Municipal de
Educação – SME – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital do Pregão Presencial
20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de
serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação
balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais
e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da
rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais
insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva
e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação
dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários
das unidades educacionais, quanto aos aspectos da legalidade, formalidade e mérito 4)TC
3.066.10-51 – Stillus Alimentação Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME –
Representação, com pedido de suspensão liminar, em face do Edital do Pregão Presencial
20/SME/DME/2010, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a prestação de
serviço de nutrição e alimentação escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação
balanceada e em condições higiênico-sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais
e dispositivos legais vigentes aos alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da
rede municipal de ensino, mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais
insumos necessários, fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva
e corretiva dos equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação
dos alimentos, distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários
das unidades educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 123.11-68 e 127.11-
19) 5) TC 123.11-68 – Fernanda de Oliveira Caldeira – Secretaria Municipal de Educação –
SME – Representação em face do Edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é
a contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação
escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-
sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos
alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino,
mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários,
fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos,
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
59
distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades
educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 127.11-19) 6) TC
127.11-19 – E. B. Alimentação Escolar Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – SME –
Representação em face do Edital do Pregão Presencial 20/SME/DME/2010, cujo objeto é a
contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de nutrição e alimentação
escolar, visando ao preparo e distribuição de alimentação balanceada e em condições higiênico-
sanitárias adequadas, que atendam aos padrões nutricionais e dispositivos legais vigentes aos
alunos regularmente matriculados em unidades educacionais da rede municipal de ensino,
mediante o fornecimento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos necessários,
fornecimento dos serviços de logística, supervisão e manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos utilizados, fornecimento de mão de obra treinada para a preparação dos alimentos,
distribuição, controle, limpeza e higienização de cozinhas, despensas e lactários das unidades
educacionais (Tramita em conjunto com os TCs 2.976.10-80, 3.066.10-51 e 123.11-68) 7) TC
2.733.04-30 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, da empresa Consladel
Construtora e Laços Detetores Ltda. e de Roberto Luiz Bortolotto interpostos contra o v.
Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb e Consórcio Alusa-Consladel-Start – Serviços técnicos e
fornecimento de materiais para ampliação do Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil
novos pontos, incluindo atividades acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita
em conjunto com os TCs 3.416.03-32 e 3.510.03-09) 8) TC 3.510.03-09 – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, de Michael Maurice Warren, Tania de Carvalho
Pizzi, José Roberto Reis, Aurélio Pavão de Farias e de Marcos de Oliveira Rossi, interpostos
contra o V. Acórdão de 16/4/2008 – Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal
de Infraestrutura Urbana e Obras – Siurb – Acompanhamento da Concorrência 1.002/03/Siurb,
cujo objeto é a prestação de serviços técnicos e fornecimento de materiais para ampliação do
Sistema de Iluminação Pública, estimado em 40 mil novos pontos, incluindo atividades
acessórias de remodelação nas Unidades adjacentes (Tramita em conjunto com os TCs 2.733.04-
30 e 3.416.03-32) 9) TC 4.961.05-17 – Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e
Gestão – Sempla e Quality Investimentos Imobiliários Ltda. – Termo de Compromisso
3/2005/Emurb – Alteração dos índices e características de uso e ocupação do solo do imóvel
localizado na rua Lincoln de Albuquerque, 272 – Operação Urbana Água Branca AB 0012/04.
"O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso
III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo
para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 10) TC 2.284.96-67 –
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – Sempla e W Torre CJ
Empreendimento Imobiliário Ltda. – Certidão 01/08/Sempla/CTLU – Alteração dos índices e
características de uso e ocupação do solo do imóvel localizado na Avenida das Nações Unidas,
esquina com a Rua Eugênio Medeiros – Operação Urbana Faria Lima 242-FL. "O Conselheiro
Maurício Faria – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para
devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 11) TC 909.12-84 – São Paulo
Obras – SP-Obras – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital da Concorrência
015129160, cujo objeto é a concessão de serviço de utilidade pública, com uso de bem público,
com outorga onerosa, compreendendo a criação, confecção, instalação e manutenção de relógios
eletrônicos digitais, com marcação de hora, temperatura, qualidade do ar e outras informações de
interesse público, com exclusividade na exploração publicitária, quanto aos aspectos da
legalidade, formalidade e mérito (Tramita em conjunto com os TCs 1.334.12-90 e 1.335.12-52)
12) TC 1.334.12-90 – Quirino Ferreira – São Paulo Obras – SP-Obras – Representação em face
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
60
da Concorrência 015129160, cujo objeto é a concessão de serviço de utilidade pública, com uso
de bem público, com outorga onerosa, compreendendo a criação, confecção, instalação e
manutenção de relógios eletrônicos digitais, com marcação de hora, temperatura, qualidade do ar
e outras informações de interesse público, com exclusividade na exploração publicitária (Tramita
em conjunto com os TCs 909.12-84 e 1.335.12-52) 13) TC 1.335.12-52 – Adshel Ltda. – São
Paulo Obras – SP-Obras – Representação em face da Concorrência 015129160, cujo objeto é a
concessão de serviço de utilidade pública, com uso de bem público, com outorga onerosa,
compreendendo a criação, confecção, instalação e manutenção de relógios eletrônicos digitais,
com marcação de hora, temperatura, qualidade do ar e outras informações de interesse público,
com exclusividade na exploração publicitária (Tramita em conjunto com os TCs 909.12-84 e
1.334.12-90). "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo
172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,
adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 14) TC
4.751.05-74 – Secretaria Municipal de Planejamento Orçamento e Gestão – Sempla e Klabin
Segall S.A. – Termo de Compromisso 02/2005/Emurb – Certidão 03/05/Sempla – Proposta de
Operação Urbana Água Branca, pleiteando a alteração e características de uso e ocupação do solo
do imóvel situado na Rua Carlos Vicari, 340/352. "O Conselheiro Maurício Faria – Revisor "ad
hoc" requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo
182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o citado
processo, o que foi deferido." (Certidão) 15) TC 6.238.04-73 – Recursos "ex officio" e de
Maria Aparecida Perez interpostos contra a R. Decisão de 1ª Câmara de 29/2/2012 – Relator
Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal de Educação – SME e Conselho Comunitário
de Educação, Cultura e Ação Social Márcia Yolanda Juvêncio – Acompanhamento – Verificar se
o Convênio 139/2003, cujo objeto é manter em funcionamento 23 classes de alfabetização de
jovens e adultos com idade igual ou superior a 14 anos de idade, que não completaram as quatro
primeiras séries do ensino fundamental, que residam ou trabalhem no Município de São Paulo,
distribuídas em núcleos de alfabetização para o Programa Movimento de Alfabetização de
Jovens e Adultos (Mova), está sendo realizado conforme estabelecido 16) TC 1.455.11-23 –
Secretaria Municipal de Serviços – SES – Acompanhamento – Verificar a regularidade do Edital
de Concorrência 02/SES/2011, cujo objeto é a prestação de serviços técnicos especializados para
a elaboração de projetos especiais, supervisão técnica, desenvolvimento tecnológico e apoio ao
planejamento orçamentário e às ações, para a melhoria do Sistema de Iluminação Pública do
Município de São Paulo, contemplando a Copa do Mundo de Futebol de 2014, quanto aos
aspectos da legalidade, formalidade e mérito. "O Conselheiro Maurício Faria requereu ao
Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do
Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os citados processos, o que foi
deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC 5.716.04-28 –
Secretaria Municipal de Educação – SME e Sampa Org – Contrato 18/2004 R$ 1.254.415,19 –
Prestação de serviços técnicos especializados para implantação do projeto "Portal do Céu" 2)
TC 1.654.11-50 – Vereadora Juliana Cardoso (Câmara Municipal de São Paulo – CMSP) –
Secretaria Municipal da Saúde – SMS – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
– Representação em face do Termo de Contrato de Gestão 16/2009 – NTCSS – SMS-G (R$
29.315.054,44), cujo objeto é regulamentar o desenvolvimento das ações e serviços de saúde no
PSM Barra Funda – Álvaro Dino de Almeida, PSM Freguesia do Ó – 21 de Junho e PSM
Santana – Lauro Ribas Braga 3) TC 2.903.10-07 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS (com a
anuência da Autarquia Hospitalar Municipal – AHM) e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo – Contrato de Gestão 016/2009–NTCSS–SMS-G R$ 29.327.897,28, TAs 01/2009
R$ 2.222.879,40 (suplementação de verbas para custeio para o exercício de 2009; alteração de
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
61
acordo com o plano de trabalho e suplementação de verbas de custeio pelo gerenciamento direto
das Unidades abrangidas para a incorporação das atividades de Diagnóstico de Imagens) e
02/2010 R$ 6.423.266,46 (complementação de RH nos termos da Portaria SMS-G 1590/09;
Novas Ações de Investimento em Equipamentos e Reformas) – Operacionalização do
Gerenciamento, Apoio à Gestão e Execução das atividades e serviços de saúde no âmbito do lote
4 (PSM Barra Funda – Álvaro Dino de Almeida, PSM Freguesia do Ó – 21 de Junho e PSM
Santana – Lauro Ribas Braga) (Tramita em conjunto com o TC 135.11-47) 4) TC 135.11-47 –
Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
– Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato de Gestão 016/2009-
NTCSS-SMS-G (R$ 29.476.504,72), cujo objeto é a Operacionalização do Gerenciamento,
Apoio à Gestão e Execução das atividades e serviços de saúde no âmbito do Lote 4 (PSM Barra
Funda – Álvaro Dino de Almeida, PSM Freguesia do Ó – 21 de Junho e PSM Santana – Lauro
Ribas Braga) está de acordo com o Plano de Trabalho, bem como a regularidade da prestação de
contas (Tramita em conjunto com o TC 2.903.10-07) 5) TC 796.04-80 – São Paulo Transporte
S.A. – SPTrans e Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas – Atech – Contrato 2003/106 R$
8.250.012,00 – Prestação de serviços de apoio à gestão de contrato e validação da integração do
Sistema de Bilhetagem Eletrônica e do Centro de Controle Operacional Integrado de Transporte
e Trânsito 6) TC 3.710.03-90 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Construções e Comércio
Camargo Corrêa S.A. – Contrato 2000/010 R$ 16.848.919,98, TAs 2003/A-034 R$ 2.707.014,57
(alteração do objeto, valor, adequação, previsão de reajuste, condições de pagamento e prazo
contratual) e 2003/A-067 (transferência da Contratada às empresas cessionárias, com
consentimento da SPTrans, relativas ao detalhamento do projeto executivo e assistência técnica à
obra) – Execução de obras de readequação do Sistema Viário para implantação do Corredor de
Transporte Coletivo Guarapiranga, Trecho II, da Rua Daniel Klein ao Largo do Socorro e
implantação da Estação de Transferência Guido Caloi, referente ao Programa de Corredores e
Terminais de Integração para a Cidade de São Paulo. "O Conselheiro Domingos Dissei –
Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o
artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os
citados processos, o que foi deferido." (Certidões) 7) TC 3.700.03-36 – Recursos "ex officio",
da São Paulo Transporte S/A – SPTrans e de Gerson Luis Bittencourt interpostos contra a R.
Decisão de 29/9/2010 – Relator Conselheiro Antonio Carlos Caruso – São Paulo Transporte S/A
– SPTrans e Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações –
(Contrato 2003/072 R$ 73.864,00) – Serviços de consultoria para avaliação pelo CPqD da
especificação técnica utilizada pela SPTrans no desenvolvimento e implantação dos módulos que
compõem o Sistema de Bilhetagem Eletrônica – Projeto Direcionador. "O Conselheiro
Domingos Dissei requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado
com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver o
citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 8) TC 6.656.00-00 – Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A. e Instituto Uniemp –
Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa – Contrato CO - 13.09/00 R$
1.300.00,00 est. e TA de Retirratificação 01.05/01 (alteração da cláusula sétima, reduzindo a taxa
de remuneração de 25% para 5% dos créditos recuperados) – Serviços de consultoria fiscal, a
revisão dos procedimentos fiscais/tributários adotados pela Companhia, visando a evitar
pagamentos indevidos e a recuperar eventuais tributos pagos a maior ou indevidamente. "O
Conselheiro Domingos Dissei – Revisor requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172,
inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do
prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 9) TC 3.536.07-18 –
Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal interposto contra o V. Acórdão de 10/9/2008 –
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
62
Relator Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras
– SMSP – Potenza Engenharia e Construção Ltda. – Representação em face do Edital do Pregão
002/SMSP/COGEL/2007, cujo objeto é a prestação de serviços de conservação de áreas
urbanizadas, ajardinadas, praguejadas e em seu entorno, e poda e remoção de árvores através de
equipes. "O Conselheiro Domingos Dissei requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo
172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,
adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão)
Prosseguindo, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da
Fazenda Municipal se a solicitassem. Por derradeiro, a Presidência convocou os Senhores
Conselheiros para a Sessão Ordinária 2.716ª e, logo após, para as Sessões Extraordinárias 2.717ª
e 2.718ª, destinadas aos julgamentos dos Balanços da Fundação Catavento e Fundação Museu da
Tecnologia de São Paulo – FMTSP, respectivamente, ambas referentes ao exercício de 2012, a
realizarem-se no próximo dia 4 de dezembro, quarta-feira, a partir das 10 horas. Nada mais
havendo a tratar, às 13h20, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que
vai subscrita por mim, Murilo Magalhães Castro, ____________________________, Secretário
Geral, e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pela Procuradora Chefe da Fazenda e pelo
Procurador. São Paulo, 26 de novembro de 2013.
_______________________________ EDSON SIMÕES
Presidente
___________________________ ___________________________ ROBERTO BRAGUIM EURÍPEDES SALES Vice-Presidente Corregedor
___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
_________________________________ MARIA HERMÍNIA P. P. S. MOCCIA
Procuradora Chefe da Fazenda
_________________________________ FRANCISCO CARLOS COLLET E SILVA
Procurador da Fazenda
LSR/amc/mfc/mcam/smvo/mo/am ATA DA 2.715ª SESSÃO (ORDINÁRIA)