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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS ESCOLA JUDICIAL DESEMBARGADOR EDÉSIO FERNANDES ANEXO ESPECIAL – DIA DA JUSTIÇA EMENTÁRIO ANUAL DE JURISPRUDÊNCIA - 2007 Em comemoração ao “Dia da Justiça”, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais veicula tradicionalmente este EMENTÁRIO ANUAL, que traz uma coletânea das ementas de todos os acórdãos publicados na Seção de Jurisprudência do “Diário do Judiciário” no período de dezembro do ano anterior a novembro do corrente. Este conteúdo impresso está disponível também na internet na página da Escola Judicial Des. Edésio Fernandes –EJEF, onde será possível acessar o inteiro teor dos acórdãos, por meio do endereço eletrônico www.tjmg.gov.br/ejef - link publicações. O presente trabalho foi produzido no âmbito da Diretoria Executiva de Gestão da Informação Documental, estrutura organizacional responsável pela disseminação da informação técnica, pela organização da jurisprudência, pela pesquisa jurídica, pelas bibliotecas do Tribunal e pelas políticas de guarda e preservação de documentos. O objetivo é oferecer aos leitores uma radiografia da jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais sobre os mais variados assuntos. Neste ano, para facilitar a consulta, as ementas foram agrupadas segundo temas e assuntos; primeiramente, realizou-se uma classificação segundo os ramos dos Direito: administrativo, ambiental, civil/processo civil, constitucional, consumidor, tributário e penal/processo penal. Em seguida, criaram-se subtítulos, que encabeçam subgrupos, com o objetivo de orientar o leitor sobre a temática abordada naquele agrupamento. Por fim, dentro de cada subgrupo, buscou-se reunir acórdãos que tratavam do mesmo tema. A consolidação da jurisprudência de um Tribunal assume grande importância em uma sociedade de massa como a nossa, em que o mesmo conflito atinge da mesma maneira inúmeras pessoas, exigindo do Judiciário uma postura clara, uniforme e objetiva. Fazemos votos, portanto, que essa publicação contribua para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional. Belo Horizonte, 8 de dezembro de 2007. Des. Antônio Hélio Silva Segundo Vice-Presidente e Superintendente da EJEF.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS - bd.tjmg.jus.br · Facilitação de fuga de preso Falsidade ideológica Falso testemunho Favorecimento real Furto Habeas corpus Honorários advocatícios

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  • TRIBUNAL DE JUSTIA DE MINAS GERAIS

    ESCOLA JUDICIAL DESEMBARGADOR EDSIO FERNANDES

    ANEXO ESPECIAL DIA DA JUSTIA

    EMENTRIO ANUAL DE JURISPRUDNCIA - 2007

    Em comemorao ao Dia da Justia, o Tribunal de Justia de Minas Gerais veicula tradicionalmente este EMENTRIO ANUAL, que traz uma coletnea das ementas de todos os acrdos publicados na Seo de Jurisprudncia do Dirio do Judicirio no perodo de dezembro do ano anterior a novembro do corrente.

    Este contedo impresso est disponvel tambm na internet na pgina da Escola Judicial Des. Edsio Fernandes EJEF, onde ser possvel acessar o inteiro teor dos acrdos, por meio do endereo eletrnico www.tjmg.gov.br/ejef - link publicaes.

    O presente trabalho foi produzido no mbito da Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental, estrutura organizacional responsvel pela disseminao da informao tcnica, pela organizao da jurisprudncia, pela pesquisa jurdica, pelas bibliotecas do Tribunal e pelas polticas de guarda e preservao de documentos.

    O objetivo oferecer aos leitores uma radiografia da jurisprudncia do Tribunal de Justia de Minas Gerais sobre os mais variados assuntos.

    Neste ano, para facilitar a consulta, as ementas foram agrupadas segundo temas e assuntos; primeiramente, realizou-se uma classificao segundo os ramos dos Direito: administrativo, ambiental, civil/processo civil, constitucional, consumidor, tributrio e penal/processo penal. Em seguida, criaram-se subttulos, que encabeam subgrupos, com o objetivo de orientar o leitor sobre a temtica abordada naquele agrupamento. Por fim, dentro de cada subgrupo, buscou-se reunir acrdos que tratavam do mesmo tema.

    A consolidao da jurisprudncia de um Tribunal assume grande importncia em uma sociedade de massa como a nossa, em que o mesmo conflito atinge da mesma maneira inmeras pessoas, exigindo do Judicirio uma postura clara, uniforme e objetiva.

    Fazemos votos, portanto, que essa publicao contribua para o aperfeioamento da prestao jurisdicional.

    Belo Horizonte, 8 de dezembro de 2007.

    Des. Antnio Hlio SilvaSegundo Vice-Presidente e Superintendente da EJEF.

    http://www.tjmg.gov.br/ejef

  • SUMRIO

    ADMINISTRATIVO..........................p. 5

    Ao anulatria Ao civil ex delito Ao civil pblicaAo de cobrana Ao ordinria Argio de inconstitucionalidade Concessionria de servio pblico DesapropriaoIndenizao - responsabilidade civil do estadoMandado de segurana Servido administrativaTutela antecipada

    AMBIENTAL.......................................p. 56

    Ao declaratriaCautelarDano ao meio ambienteIndenizaoMandado de segurana

    CIVIL / PROCESSO CIVIL...............p. 64

    Ao cominatriaAo de cobranaAo monitriaAgravo de instrumentoAssistncia judiciriaAto/negcio jurdicoContratoContrato/locaoContrato/seguroCautelar/tutela antecipadaDireito de famliaDireito empresarialDPVATExecuo/cumprimento de sentenaIndenizaoIndenizao/acidente de trnsito

  • Indenizao/erro mdicoIndenizao/prestao de servioInventrioPosse/propriedadeSucessoSuspeioUsufruto

    CONSTITUCIONAL...........................p. 170

    Ao anulatriaAo civil pblicaAo ordinriaAo popularAlienao fiduciriaArgio de inconstitucionalidadeAutorizao judicialHabeas dataIndenizaoMandado de seguranaReintegrao de posse

    CONSUMIDOR...................................p. 187

    Alienao fiduciriaForo de eleioIndenizaoJuros remuneratriosPlano de sadeRepetio de indbitoResciso contratual

    TRIBUTRIO......................................p. 205

    Contribuio previdenciriaContribuio socialExecuo fiscalICMSIPTUIPVAISSQN

  • ITBITaxa

    PENAL / PROCESSO PENAL.............p. 225

    Adulterao de sinal de veculo automotorAtentado violento ao pudorAto infracionalConcurso de crimesConcussoConstitucionalCrimes contra a ordem econmicaCrimes contra a ordem tributriaCrimes contra as relaes de consumoCrimes contra o meio ambienteCrimes de responsabilidadeDanoEntorpecentesEstelionatoExecuo penalExtorso mediante seqestroFacilitao de fuga de presoFalsidade ideolgicaFalso testemunhoFavorecimento realFurtoHabeas corpusHonorrios advocatciosHomicdioHomicdio - crimes de trnsitoHomicdio culposoHomicdio qualificadoInqurito policialInterceptao telefnicaLegtima defesaMandado de segurana criminalNulidadesPeculatoPorte ilegal de armasReceptaoRouboSonegao de documentoTortura

  • ADMINISTRATIVO

    AO ANULATRIA

    AO ANULATRIA - ATO ADMINISTRATIVO - CONCURSO PBLICO - EXAME MDICO - CANDIDATO - DESCLASSIFICAO - TATUAGEM - EDITAL - ILEGALIDADE - TUTELA ANTECIPADA - REQUISITOS - DEFERIMENTO - PODER PBLICO - POSSIBILIDADE

    Ementa: Agravo de instrumento. Antecipao de tutela. Poder Pblico. Presena dos requisitos necessrios ao deferimento. Admissibilidade. Concurso pblico. Candidato portador de tatuagem. Contra-indicao. Restrio desprovida de razoabilidade. Discriminao injustificvel. Manuteno da deciso que concede a tutela antecipada.

    Agravo n 1.0024.06.215503-1/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Audebert Delage

    Publicado no "MG" de 14.07.07

    +++++

    AO ANULATRIA - ATO ADMINISTRATIVO - CONCURSO PBLICO - CANDIDATO - INAPTIDO - EXAME PSICOLGICO - TUTELA ANTECIPADA - AUSNCIA DE REQUISITOS - INDEFERIMENTO

    Ementa: Direito administrativo. Agravo de instrumento. Ao anulatria. Preliminares rejeitadas. Tutela antecipada. Poder Pblico. Possibilidade. . Ausncia dos requisitos inseridos no art. 273 do CPC. Indeferimento. Concurso pblico. Exame psicolgico. Polcia Militar. Legalidade.

    - O instituto da antecipao da tutela pode ser concedido em face do Poder Pblico, pois busca garantir a efetividade da prestao jurisdicional, desde que atendidos os requisitos legais estampados no art. 273 do CPC.

    - Se o pedido do autor est fundamentado em alegaes altamente controvertidas, sobre as quais divergem doutrina e jurisprudncia, no se pode t-las como verossmeis, sendo certo, ainda, que o ataque ao exame psicolgico traduz matria essencialmente ftica, a exigir ampla e complexa instruo probatria.

    Agravo n 1.0024.06.993669-8/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Silas Vieira

    Publicado no "MG"de 11.07.07.

    +++++

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&txt_processo=993669&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&txt_processo=215503&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • AO ANULATRIA - ATO ADMINISTRATIVO - ESCRITURA - BEM PBLICO - ENFITEUSE - ATO DISCRICIONRIO - CONTROLE JUDICIAL - LIMITE - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Apelao cvel. Aforamento. Bem pblico. Escritura. Nulidade. Pedido condicionado anlise de mrito do ato administrativo que precedeu a transferncia de titularidade do domnio til. Poder Judicirio. Impossibilidade. Improcedncia do pedido. Sentena mantida.

    - A discricionariedade um poder delimitado previamente pelo legislador; e este, ao definir determinado ato, intencionalmente deixa um espao livre para deciso da Administrao Pblica, legitimando previamente a sua opo; e qualquer delas ser legal. Da por que no pode o Poder Judicirio invadir esse espao reservado pela lei ao administrador, pois, caso contrrio, estaria substituindo, por seus prprios critrios de escolha, a opo legtima feita pela autoridade competente com base em razes de oportunidade e convenincia que ela, melhor do que ningum, pode decidir diante de cada caso concreto.

    Apelao Cvel n 2.0000.00.484274-8/000 - Comarca de Araguari - Relator: Des. Mauro Soares de Freitas

    Publicado no "MG" de 18.05.2007.

    +++++

    AO ANULATRIA - ATO ADMINISTRATIVO - PRESTAO DE CONTAS - REJEIO PELA CMARA MUNICIPAL - EX-PREFEITO - PESSOA FSICA - OBRIGAO PERSONALSSIMA - MORTE - ESPLIO - SUBSTITUIO PROCESSUAL - IMPOSSIBILIDADE - EXTINO DO PROCESSO

    Ementa: Ao anulatria ajuizada por ex-prefeito contra rejeio das contas pelo Legislativo Municipal. Falecimento. Extino do processo.

    - Ao Prefeito Municipal, como pessoa fsica, incumbe o dever de prestar contas anuais, circunstncia em que age em nome prprio, e no em nome do Municpio. A obrigao personalssima (intuitu personae), intransfervel.

    - Ao apreciar as contas do Chefe do Executivo, o Legislativo exercita sua atribuio fiscalizadora, em controle externo da execuo oramentria. No emite qualquer julgamento do Prefeito, to-somente delibera e emite resoluo de aprovao ou rejeio das contas.

    - A aprovao ou rejeio das contas pela Cmara Municipal no obsta a postulao judicial com o objetivo de ressarcimento ao errio.

    Apelao Cvel n 1.0433.05.153823-2/001 - Comarca de Montes Claros - Relator: Des. Wander Marotta

    Publicado no "MG" de 21.04.2007.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0433&ano=5&numeroProcesso=153823&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/juris_resultado.jsp?tipoTribunal=2&txt_processo=484274&dv=8&complemento=000&acordaoEmenta=acordao&palavrasConsulta=&tipoFiltro=and&orderByData=0&relator=&dataInicial=&dataFinal=05%2F07%2F2007&dataAcordaoInicial=&

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    AO ANULATRIA - MULTA DE TRNSITO - EXCESSO DE VELOCIDADE - PERIGO PARA A SADE DE OUTREM - ASSISTNCIA MDICA - ESTADO DE NECESSIDADE - EXCLUDENTE DE ILICITUDE - CDIGO DE TRNSITO BRASILEIRO - ANALOGIA - APLICABILIDADE - HONORRIOS DE ADVOGADO - VALOR - CRITRIO DE FIXAO

    Ementa: Administrativo. Ao anulatria. Infrao de trnsito. Excesso de velocidade. Estado de necessidade. Excludente de responsabilidade. Admissibilidade. Honorrios advocatcios. Fixao. Eqidade.

    - Admite-se a excludente de responsabilidade do proprietrio do automvel no tocante ao pagamento de multa, quando se constatar que o excesso de velocidade - fato ensejador da infrao de trnsito - decorreu do estado de necessidade, imprescindvel para socorrer pessoa precisando de atendimento mdico de urgncia.

    Apelao Cvel n 1.0024.03.029024-1/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Edilson Fernandes

    Publicado no "MG" de 18.10.2007.

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    AO CIVIL EX DELITO

    AO CIVIL EX DELICTO - INDENIZAO - DANO MORAL - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - AGENTE PBLICO - ABUSO. DE AUTORIDADE - CONSTRANGIMENTO ILEGAL - COAO FSICA E MORAL - DEVER DE INDENIZAR - PRESCRIO - TERMO INICIAL - SALRIO MNIMO - VINCULAO - IMPOSSIBILIDADE - HONORRIOS DE ADVOGADO - FIXAO

    Ementa: Civil. Administrativo. Ao de indenizao por danos morais. Agente estatal. Abuso de autoridade. Constrangimento fsico e moral. Obrigao de indenizar. Prescrio. Termo inicial. Condenao. Valor. Vinculao com salrio mnimo. Impossibilidade. Honorrios advocatcios.

    - Na medida em que a sentena condenatria criminal transitada em julgado torna certa a obrigao de indenizar, o termo inicial do prazo de prescrio da ao de ressarcimento por abuso de autoridade causado por servidor pblico inicia-se a partir da data em que formada a coisa julgada criminal.

    - Reconhece-se o dano moral quando evidenciado que o agente estatal, agindo com abuso de autoridade, imps aos autores indevido sofrimento, na medida em que foi afetada a integridade fsica e o direito de locomoo.

    - A quantia equivalente a 50 salrios mnimos, em hiptese desta natureza, razovel, observada a incidncia do art. 7 , IV, CF.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=3&txt_processo=29024&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - Os honorrios advocatcios podem ser reduzidos, dentro da perspectiva do art. 20, 4 , CPC, para 5%do valor da condenao quando a causa no foi complexa e sua durao foi razovel.

    Apelao Cvel n 1.0598.04.001960-9/001 - Comarca de Santa Vitria - Relator: Des. Alberto Vilas Boas

    Publicado no "MG"de 28.07.07.

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    AO CIVIL PBLICA

    AO CIVIL PBLICA - ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - INDCIOS - REJEIO DA AO NOS TERMOS DO 8 DO ART. 17 DA LEI 8.429/92 - DESCABIMENTO

    Ementa: Ao civil pblica por ato de improbidade administrativa. Indcios bastantes da prtica de ato de improbidade administrativa. Prosseguimento. Necessidade de dilao probatria. Rejeio da ao nos termos do 8 do art. 17 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92). No-cabimento, no caso concreto e especfico.

    - Somente ser possvel a rejeio da ao na hiptese apontada no 8 do art. 17 da Lei 8.429/92, se existirem circunstncias (e/ou elementos) que indiquem, de plano e de forma concreta e evidente, o descabimento e a inadequao da via eleita. Ou, ainda, se, de plano, verificar-se ausncia absoluta de provas e/ou indcios da prtica de atos de improbidade administrativa. Se, na situao concreta e especfica, a natureza e os interesses coletivos envolvidos na ao civil pblica, assim como a farta documentao acostada, esto a reclamar o seguimento do feito, tendo em vista os demonstrados indcios de prtica de ato de improbidade administrativa, no se justifica e no cabe a rejeio, de plano, da ao.

    Apelao Cvel n 1.0693.05.038882-8/001 - Comarca de Trs Coraes - Relator: Des. Geraldo Augusto

    Publicado no "MG" de 09.02.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - EX-PREFEITO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - PETIO INICIAL - REJEIO - IMPOSSIBILIDADE - INSTRUO PROCESSUAL - NECESSIDADE - PROSSEGUIMENTO DA AO

    Ementa: Ao civil pblica. Denncias de prtica de supostos atos de improbidade administrativa. Necessidade de prosseguimento da ao.

    - Impe-se o prosseguimento da ao civil pblica que relata suposta prtica de conduta caracterizadora de ato de improbidade administrativa, conforme a Lei n 8.429/92, uma vez que se trata de matria a ser analisada aps a devida instruo processual.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0693&ano=5&numeroProcesso=038882&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0598&ano=4&txt_processo=1960&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - O agravante no demonstrou a presena dos requisitos previstos no 8 do art. 17 da Lei n 8.429/92, para autorizar a rejeio da ao.

    Agravo improvido.

    Agravo n 1.0261.04.028137-8/001 - Comarca de Formiga - Relator: Des. Fernando Brulio

    Publicado no MG de 04.10.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - EX-PREFEITO - DANO AO ERRIO - REPARAO - IMPRESCRITIBILIDADE - TRIBUNAL DE CONTAS - PARECER - CMARA MUNICIPAL - REJEIO - IRRELEVNCIA - ATO ILCITO - PROVA - SUSPENSO DE DIREITO POLTICO - NO-CABIMENTO - LEI 8.429/92 - IRRETROATIVIDADE - PROCEDNCIA EM PARTE DO PEDIDO

    Ementa: Ao civil pblica - Municpio - Ressarcimento ao errio - Imprescritibilidade - Parecer do Tribunal de Contas - Rejeio pelo Legislativo - Irrelevncia - Ato ilcito e dano ao errio - Comprovao.

    - Conforme disposio do art. 37, 5, da Constituio Federal, a ao de ressarcimento ao errio imprescritvel.

    - A rejeio do parecer do Tribunal de Contas pela Cmara Municipal no representa bice para a propositura de ao civil pblica para ressarcimento de prejuzos na seara cvel ou criminal, tampouco desqualifica tal parecer como prova, implicando, to-somente, o seu arquivamento na esfera administrativa.

    - O gasto de dinheiro pblico sem nenhuma comprovao da despesa constitui prtica de ato ilegal pelo agente poltico e traduz franco prejuzo ao ente pelo qual este ou era responsvel, obrigando-o a ressarcir ao errio.

    Apelao Cvel n 1.0280.02.000575-5/001 - Comarca de Guanhes - Relator: Des. Antnio Srvulo

    Publicado no "MG" de 15.11.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - SERVIDOR PBLICO - CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAO - PROMESSA DE VENDA A PARTICULARES - LEI 8.429/92 - INAPLICABILIDADE - MINISTRIO PBLICO - INTERESSE PROCESSUAL - AUSNCIA - CARNCIA DA AO

    Ementa: Ao civil pblica. Improbidade administrativa. Infrao contra particular. Impropriedade do procedimento. Carncia da ao. Conhecimento de ofcio.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0280&ano=2&txt_processo=575&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0261&ano=4&txt_processo=28137&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - No caracteriza ato de improbidade administrativa, a desafiar a aplicao da Lei 8.429/92, a infrao praticada contra particular e no contra qualquer dos Poderes constitudos ou entidades paralelas, reconhecidas expressamente na lei.

    - H manifesta falta de interesse processual do MP na promoo da ao civil pblica de improbidade, quando no praticado ato diretamente contra os Poderes Pblicos ou entidades integradas, nos termos da lei.

    - Carncia da ao reconhecida, por manifesta falta de interesse processual.

    Apelao Cvel n 1.0024.03.024752-2/002 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Ernane Fidlis

    Publicado no "MG" de 26.04.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - PREFEITO MUNICIPAL - ATO ADMINISTRATIVO - CUSTEIO DE PARTICULAR - LEI MUNICIPAL - AUTORIZAO - AUSNCIA DE INTERESSE PBLICO - DANO AO ERRIO - DEVER DE INDENIZAR - PRINCPIO DA MORALIDADE - MINISTRIO PBLICO - LEGITIMIDADE ATIVA

    Ementa: Direito administrativo. Ao civil pblica. Preliminares. Rejeio. Municpio. Autorizao de pagamento de passagens rodovirias e gravao de CD musical em prol de particulares. Ausncia de interesse pblico. Imoralidade. Ressarcimento dos valores. Exigibilidade.

    - A Lei n 7.347/85 autoriza o Ministrio Pblico a propor ao civil pblica quando houver dano ao errio.

    - Restando demonstrada a imoralidade dos atos administrativos autorizados, muito embora tenham recebido respaldo de leis municipais, porquanto contrariam os mais basilares preceitos do Direito Administrativo, o ressarcimento dos valores ao errio se impe.

    Rejeitam-se as preliminares e nega-se provimento ao recurso.

    Apelao Cvel n 1.0208.06.500001-9/001 - Comarca de Cruzlia - Relator: Des. Clio Csar Paduani

    Publicado no "MG" de 29.06.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - INDENIZAO - ASSOCIAO DE MORADORES - MUNICPIO - AUTORIZAO PARA A REALIZAO DE EVENTO - DANO A BEM PBLICO DE USO COMUM - PRODUO DE PROVA - PRECLUSO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NO-OCORRNCIA - DECISO CITRA PETITA

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0208&ano=6&numeroProcesso=500001&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=3&numeroProcesso=024752&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - NO-CONFIGURAO - CARNCIA PARCIAL DA AO - MEIO AMBIENTE - PRESERVAO - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO - VOTO VENCIDO

    Ementa: Processual civil. Ao civil pblica. Cerceamento de defesa. Esclarecimentos. Encerramento da instruo. Precluso. Carncia da ao. Inocorrncia parcial. Art. 515, 3, do CPC. Bem de uso especial. rea verde. Improcedncia.

    - Aps o encerramento da instruo probatria pelo juiz, a parte sujeita-se precluso para a realizao de outras provas se no recorre a tempo e modo daquela deciso.

    - Afastada a carncia da ao, o art. 515, 3, do CPC autoriza, na hiptese, seja enfrentado o pedido de retirada de cercas instaladas em rea de preservao ambiental para reconhecer-lhe a improcedncia em razo de aquela rea estar sujeita ao regime de bem pblico de uso especial, que admite as restries impostas pela Administrao Pblica. Agravo retido no provido, preliminares rejeitadas e recurso parcialmente provido. V.v. parcialmente. Apelao cvel - Ao civil pblica - Agravo retido - Produo de provas documental e testemunhal - Desnecessidade - Cerceamento de defesa - Inocorrncia - Julgamento citra petita no configurado - Carncia da ao - Extino do feito - Sentena mantida.

    - No h que se falar em cerceamento de defesa se a produo das provas postuladas inapta para alterar a convico do julgador.

    -Tendo o ato sentencial analisado todos os pedidos formulados pela parte, inexiste julgamento citra petita.

    - Reparados os danos ocorridos e inviveis os demais pleitos, acertada a sentena, ao julgar extinto o feito, ante a carncia de ao da parte.

    Apelao Cvel n 1.0024.03.133599-5/002 - Comarca de Belo Horizonte - Relator vencido parcialmente: Des. Silas Vieira - Relator para o acrdo: Des. Edgard Penna Amorim

    Publicado no "MG"de 19.07.07.

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    AO CIVIL PBLICA - MUNICPIO - DANO AO MEIO AMBIENTE - SANEAMENTO BSICO - TRATAMENTO DE ESGOTO - IMPLANTAO - OBRIGATORIEDADE - MINISTRIO PBLICO - LEGITIMIDADE ATIVA - PROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Reexame necessrio. Ao civil pblica. Proteo ao meio ambiente. Ministrio Pblico. Legitimidade. Saneamento. Tratamento de esgoto. Responsabilidade. Poder Pblico.

    - A Lei n 7.347/85, em seu art. 5, permite a propositura de ao civil pblica pelo Ministrio Pblico, inclusive com a instaurao de inqurito civil, quando se verificar a existncia de danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=3&txt_processo=133599&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico, e ter por objeto a condenao em dinheiro ou o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer.

    - Ao Poder Pblico cabe a implantao de saneamento bsico a toda a populao, responsabilizando-se, alm do fornecimento de gua, pelo tratamento dos efluentes, evitando que o esgoto sanitrio atinja rios e nascentes, perpetuando os recursos naturais para as prximas geraes.

    Reexame Necessrio n 1.0112.04.050392-5/002 - Comarca de Campo Belo - Relator: Des. Antnio Srvulo

    Publicado no "MG" de 23.05.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - LIMINAR - DEFERIMENTO - CONCURSO PBLICO - DECRETO ANULATRIO - SUSPENSO DOS EFEITOS - OITIVA DO PODER PBLICO - EXIGNCIA LEGAL - NULIDADE DECRETADA

    Ementa: Ao civil pblica. Liminar deferida. Suspenso dos efeitos do decreto que anulou concurso pblico. Manifestao anterior do ente pblico. Exigncia legal. Nulidade decretada.

    Agravo n 1.0393.05.011967-5/001 - Comarca de Manga - Relator: Des. Audebert Delage

    Publicado no "MG" de 09.02.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - CONCURSO PBLICO - EDITAL - SUSPENSO PARCIAL - TRIBUNAL DE CONTAS - PERSONALIDADE JURDICA - AUSNCIA - ILEGITIMIDADE PASSIVA - EXTINO DO PROCESSO

    Ementa: Processo civil. Ilegitimidade processual passiva do Tribunal de Contas. Matria de ordem pblica, apreciao de ofcio.

    - O Tribunal de Contas no possui personalidade jurdica, sendo membro de um corpo, qual seja o Estado de Minas Gerais.

    - Apenas na defesa de suas prerrogativas funcionais, o que no aconteceu no presente caso, estaria o Tribunal de Contas legitimado para figurar no plo ativo ou passivo da demanda.

    - O que aqui se discute a validade de normas de edital de concurso pblico para o cargo de Procurador do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Contas, e no as suas prerrogativas.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0393&ano=5&numeroProcesso=011967&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0112&ano=4&numeroProcesso=050392&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - No se deve confundir a capacidade judiciria que tem o Tribunal de Contas para estar em juzo na defesa de suas prerrogativas, ou de ser chamado ao mandado de segurana como autoridade coatora, com a legitimidade passiva de ser demandado, em ao ordinria, como sendo pessoa jurdica de direito pblico.

    - Dessarte, como o Tribunal de Contas do Estado dotado apenas de personalidade judiciria, mas no de personalidade jurdica prpria, manifesta a sua ilegitimidade para figurar no plo passivo da presente relao processual, cabendo ao Estado de Minas Gerais, tambm denominado Fazenda Pblica estadual, responder em juzo, ativa e passivamente, por aes judiciais decorrentes de condutas atribudas a qualquer de seus rgos ou Poderes.

    - Portanto, suficientemente demonstrada a ilegitimidade passiva ad causam do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais para figurar na presente relao processual, extingo, de ofcio, o feito, sem julgamento do mrito, em relao ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, respaldado no disposto no art. 295, II, combinado com o art. 267, VI, do Cdigo de Processo Civil.

    Agravo n 1.0024.07.383967-2/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relatora: Des. Maria Elza

    Publicado no MG de 06.10.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - CONCURSO PBLICO - INTERESSE COLETIVO - MINISTRIO PBLICO - LEGITIMIDADE - INQURITO CIVIL - DESNECESSIDADE - EDITAL - LIMITE DE IDADE - PRINCPIO DA RAZOABILIDADE - DELEGADO DE POLCIA - ESCRIVO - PERITO CRIMINAL - INEXIGIBILIDADE - CARGO DE DETETIVE - REQUISITO - LEGALIDADE

    Ementa: Ao civil pblica. Edital pblico. Limite de idade. Ministrio Pblico. Invalidade. Legitimidade. Princpio da razoabilidade. Matria no constitucional.

    - Se o concurso ainda no se realizou, possvel a ao civil pblica proposta pelo Ministrio Pblico, contestando o limite de idade, previsto nos editais.

    - Inqurito civil, quando se exige.

    - A questo da razoabilidade no observada no edital no afeta diretamente princpio constitucional, mas torna, sim, defeituosa a prpria situao jurdica criada.

    - No razovel exigir idade mnima para os cargos administrativos de delegado de polcia, escrivo e perito criminal, mas o para o cargo de detetive, j que deste se exigem qualidades fsicas especiais.

    Apelao Cvel n 1.0024.03.129939-9/005 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Ernane Fidlis

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=3&txt_processo=129939&complemento=005&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=7&txt_processo=383967&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Publicado no "MG" de 11.10.2007.

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    AO CIVIL PBLICA - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO - PACIENTES DO SUS - PROGRAMA DO MINISTRIO DA SADE - INCLUSO EM LISTA - ESTADO - AQUISIO DE MEDICAMENTOS NECESSRIOS - PROVA - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Ao civil pblica. Fornecimento de medicamentos a portadores de osteoporose. SUS. Direito coletivo e indisponvel. Legitimidade do Ministrio Pblico. Pretenso de compelir o Estado de Minas Gerais a incluir o medicamento Carbonato de Clcio. Lista do Ministrio da Sade. Demonstrao de que os medicamentos necessrios estavam sendo adquiridos. Observncia dos princpios da economicidade e da racionalidade. Pedido improcedente.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0024.05.628457-3/001 - Relator: Des. Francisco Figueiredo

    Publicado no "MG" de 11.04.2007.

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    AO DE COBRANA

    AO DE COBRANA - HONORRIOS DE ADVOGADO - DEFENSOR DATIVO - PAGAMENTO - RESPONSABILIDADE DO ESTADO - REQUERIMENTO - VIA ADMINISTRATIVA - DESNECESSIDADE - VALOR - CRITRIO DE FIXAO - DEFENSOR PBLICO - REMUNERAO - NO-VINCULAO

    Ementa: Ao de cobrana. Honorrios. Advogado dativo. Requerimento administrativo prvio. Desnecessidade. Pagamento. Responsabilidade do Estado. Valor. No-vinculao remunerao do defensor pblico.

    - A Lei 13.166/99 no condiciona o pedido judicial ao prvio requerimento administrativo. de responsabilidade do Estado o pagamento dos honorrios do advogado dativo nomeado para defender interesses de pessoas carentes. O valor dos honorrios o fixado pelo juiz, na sentena, e no se vincula remunerao do defensor pblico.

    Apelao Cvel n 1.0024.06.990357-3/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Jarbas Ladeira

    Publicado no "MG" de 27.09.2007.

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    AO DE COBRANA - HONORRIOS DE ADVOGADO - DEFENSOR DATIVO - NOMEAO JUDICIAL - INTERESSE DE AGIR - COBRANA PRVIA - VIA

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&txt_processo=990357&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=628457&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • ADMINISTRATIVA - DESNECESSIDADE - LIVRE ACESSO AO JUDICIRIO - GARANTIA CONSTITUCIONAL - FAZENDA PBLICA ESTADUAL - NUS DO PAGAMENTO - POBREZA DAS PARTES - PROVA - DESNECESSIDADE

    Ementa: Processual civil. Preliminares. Falta de interesse de agir e de condio de procedibilidade. Advogado dativo. Pagamento. Fazenda Pblica Estadual. Valores arbitrados judicialmente. Esfera administrativa. Cobrana prvia. Desnecessidade. Rejeio. Mrito. Defender ru pobre. Sentido da expresso. Nomeao pelo juzo. Desnecessidade de prova da pobreza. Sentena mantida.

    - A prvia postulao na via administrativa, conforme entendimento j consolidado na doutrina e na jurisprudncia, no pode ser tomada como pressuposto para o direito de postular em juzo, nem mesmo quando prevista em lei estadual, na medida em que a Constituio Federal de 1988, em seu inciso XXXV, art. 5, eliminou a possibilidade de o legislador infraconstitucional criar normas cujo resultado fosse obstaculizar o livre acesso ao Poder Judicirio.

    - A expresso "defender ru pobre", contida no art. 272 da Constituio Mineira, somente pode ser interpretada luz dos incisos XXXVI e LXXVI do art. 5 da CF/88, donde se conclui que o Estado de Minas Gerais est obrigado a arcar com os honorrios do advogado dativo, devidamente nomeado pelo Juzo, quando ele tiver atuado como defensor do autor, do ru ou tiver exercido o direito de petio em nome de ambos, em procedimento de jurisdio voluntria, at mesmo por fora da proibio do enriquecimento sem causa.

    - Diante de nomeao advinda de ato judicial, certificada por quem tem f pblica, a pobreza das partes patrocinadas por advogado dativo no carece de prova.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0024.05.697139-3/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Antnio Srvulo

    Publicado no "MG" de 15.03.2007.

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    AO DE COBRANA - SERVIDOR PBLICO - PROVENTOS - CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA - EXIGIBILIDADE - ART. 40, 18, DA CONSTITUIO FEDERAL - EMENDA CONSTITUCIONAL 41/2003 - VIGNCIA - VACATIO LEGIS - CONSIGNAO EM FOLHA DE PAGAMENTO - PERODO ANTERIOR - REPETIO DO INDBITO - JUROS DE MORA - TERMO INICIAL - SMULA 204 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - VOTO VENCIDO

    Ementa: Servidor pblico inativo. Contribuio previdenciria. EC 20/98. Imunidade plena. Advento da EC 41/03. Revogao da imunidade. Art. 40, 18, da CF. Observncia obrigatria. Restituio de valores devida. Juros de mora. Incidncia, a partir da citao vlida. Sentena parcialmente reformada, em reexame necessrio. Prejudicados os recursos voluntrio e adesivo.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0024.04.371355-1/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Isalino Lisba

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=4&numeroProcesso=371355&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=697139&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Publicado no "MG" de 26.06.2007.

    AO DE COBRANA - REEXAME NECESSRIO - INDENIZAO - SERVIDOR PBLICO - MUNICPIO - DESVIO DE FUNO - DIFERENA SALARIAL - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA - PROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Ao de cobrana. Desvio de funo. Diferenas salarias devidas.

    - Permitindo o Municpio que o servidor seja desviado de funo, deve arcar com o pagamento das diferenas salariais entre o cargo que ocupava e o devido quele cujas atividades passou a desenvolver.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0694.01.001109-6/001 - Comarca de Trs Pontas - Relatora: Des. Teresa Cristina da Cunha Peixoto

    Publicado no "MG" de 27.02.2007.

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    REPETIO DO INDBITO - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL - ADICIONAL DE FRIAS - CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA - NO-INCIDNCIA - ADMINISTRAO PBLICA - DESCONTO - INADMISSIBILIDADE - PROCEDNCIA DO PEDIDO - VOTO VENCIDO

    Ementa: Administrativo. Servidor pblico. Tero de frias. Desconto previdencirio. Restituio dos valores. Honorrios mantidos.

    - No incide a contribuio previdenciria sobre o tero de frias, parcela retributiva, no habitual, que no se incorpora remunerao e aos proventos de aposentadoria.

    Recurso desprovido.

    Apelao Cvel n 1.0024.06.123124-7/002 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Jos Domingues Ferreira Esteves

    Publicado no "MG" de 02.10.2007.

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    AO ORDINRIA

    AO ORDINRIA - AGENTE PBLICO - CONSELHO TUTELAR - VENCIMENTOS - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL - EQUIPARAO SALARIAL - IMPOSSIBILIDADE - HONORRIOS DE ADVOGADO - ARBITRAMENTO - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Apelao. Conselheiros tutelares. Agentes honorficos. Funo pblica. Reajuste da remunerao. Equiparao. Impossibilidade. Honorrios de sucumbncia.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&txt_processo=123124&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0694&ano=1&numeroProcesso=001109&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Limite percentual. Ausncia de condenao. Vinculao inexistente. Recurso no provido.

    - Os conselheiros tutelares no so servidores pblicos, mas exercentes de funo especial e transitria de interesse pblico, que no guarda coerncia com busca de vantagem pecuniria, facultativa pelo Estatuto da Criana e do Adolescente.

    - Nas causas em que no haja condenao, o julgador no est adstrito aos limites percentuais estabelecidos no 3 do art. 20 do CPC, conforme j se posicionou o STJ, no REsp n 226.030/SP, DJU de 16.11.99.

    Recurso a que se nega provimento.

    Apelao Cvel n 1.0024.05.798010-4/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Kildare Carvalho

    Publicado no "MG" de 25.09.2007.

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    AO ORDINRIA - REEXAME NECESSRIO - MUNICPIO - ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA - SERVIDOR PBLICO - DESVIO DE FUNO - PRESTAO DE SERVIO - TESTEMUNHA - DIFERENA SALARIAL - PROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Direito administrativo. Ao ordinria. Desvio de funo. Diferena de vencimentos. Enriquecimento ilcito da Administrao. Sentena mantida.

    - O reaproveitamento do servidor no pode ocorrer em seu prejuzo financeiro e em favor da Administrao Pblica, que se locupletar indevidamente pelos servios prestados em outra funo.

    - Tendo a Administrao Pblica promovido o desvio de funo de servidor estvel, nasce para o mesmo o direito indenizao pelo servio prestado, com base na diferena entre as respectivas remuneraes.

    Apelao Cvel n 1.0471.04.034700-0/001 - Comarca de Par de Minas - Relator: Des. Alvim Soares

    Publicado no "MG" de 02.10.2007.

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    AO ORDINRIA - SERVIDOR PBLICO - CUMULAO DE CARGOS - APOSENTADORIA - ATO ADMINISTRATIVO - ANULAO - IMPOSSIBILIDADE - DECURSO DE PRAZO - DECADNCIA - PROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Ao ordinria. Cumulao de cargos. Vedao constitucional. Anulao. Decadncia.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0471&ano=4&txt_processo=34700&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&txt_processo=798010&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - Decai em cinco anos o dever da administrao de anular ato administrativo gerador de efeitos jurdicos na esfera individual do servidor, os quais j se incorporaram ao seu patrimnio jurdico.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0024.04.352142-6/002 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Fernando Brulio

    Publicado no "MG" de 20.04.2007.

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    AO ORDINRIA - SERVIDOR PBLICO - MUNICPIO - CARGO EFETIVO - ESTGIO PROBATRIO - EXONERAO - ART. 169, 3, DA CONSTITUIO FEDERAL - PROCEDIMENTO - REQUISITOS - NO-OBSERVNCIA - ATO ADMINISTRATIVO - NULIDADE

    Ementa: Exonerao de servidor pblico em estgio probatrio. Declarao de desnecessidade do cargo. Inobservncia do disposto no art. 169 da Constituio Federal. Nulidade do ato.

    - Nos termos do art. 169, 3, da Constituio Federal, a adequao das despesas com pessoal ao limite mximo permitido submete-se a regras especficas de aplicao sucessiva e no aleatria, ou seja, reduo de pelo menos 20% das despesas com cargos em comisso e funes de confiana, exonerao dos servidores no estveis e exonerao de servidores estveis.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0686.03.065238-8/001 - Comarca de Tefilo Otoni - Relator: Des. Eduardo Andrade

    Publicado no "MG" de 03.10.2007.

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    AO ORDINRIA - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL - PROFESSOR - ADICIONAL NOTURNO - ARTS. 7, IX, E 39, 3, DA CONSTITUIO FEDERAL E 134 DA LEI MUNICIPAL 7.169/96 - RECONHECIMENTO DO DIREITO

    Ementa: Servidor pblico municipal. Professor. Carga horria. Adicional noturno. Direito percepo. Inteligncia dos arts. 7, inc. IX, e 39, 3, da CR e art. 134 da Lei Municipal 7.169/96.

    - Revela-se direito do funcionrio pblico a percepo de remunerao relativa ao adicional por trabalho noturno, bem como o seu reflexo no 13 salrio e adicional de frias, desde que comprovado trabalho aps as 22 horas. Referido adicional decorre de norma cogente e self executing inserta no art. 39, 3, c/c art. 7, inc. IX, da CR.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0024.05.737532-1/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Belizrio de Lacerda

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=737532&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0686&ano=3&txt_processo=65238&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=4&numeroProcesso=352142&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Publicado no "MG" de 15.02.2007.

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    AO ORDINRIA - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL - VENCIMENTOS - INCORPORAO DE VANTAGEM PECUNIRIA - ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO - TUTELA ANTECIPADA - CONCESSO - INADMISSIBILIDADE - INDEFERIMENTO - ART. 1 DA LEI 9.494/97 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    Ementa: Direito administrativo. Servidor pblico municipal. Adicional por tempo de servio. Qinqnio. Antecipao de tutela. Vantagem nunca paga anteriormente.

    - Segundo interpretao do STF, a exegese sistemtica do artigo 1 da Lei n 9. 494/97 probe a antecipao da tutela quando a medida importar em incluso de vantagem pecuniria em folha de pagamento, reclassificao, equiparao, concesso de aumento ou extenso de vantagens a servidor pblico.

    - O Pretrio Excelso, quando do julgamento da ADC n 4, proibiu qualquer juiz ou tribunal de prolatar deciso sobre pedido de antecipao de tutela que tenha como pressuposto a questo especfica da constitucionalidade, ou no, da norma inscrita no art. 1 da Lei n 9.494/97, conforme explicitado na Pet. n 1.402/MS (Min. Celso de Mello).

    Agravo n 1.0433.06.201580-8/001 - Comarca de Montes Claros - Relator:. Des. Wander Marotta

    Publicado no "MG" de 12.07.07. +++++

    AO ORDINRIA REVISIONAL DE APOSENTADORIA - SERVENTURIO EXTRAJUDICIAL - PRINCPIO DA ISONOMIA - CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA - EQUIPARAO DE PROVENTOS - IMPOSSIBILIDADE - SMULA 359 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - APLICABILIDADE - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Ao ordinria. Inativo. Foro extrajudicial. Escrevente juramentado. Equiparao de proventos. Oficial de justia. Decreto Estadual 21.204/81. Lei Estadual 11.660/94. Impossibilidade. Vedao. CR/88, art. 37, inciso XIII. Smula 359 do STF. Lei vigente poca da aposentadoria.

    - Por fora do estatudo no inciso XIII do art. 37 da CR/88, com a redao introduzida pela EC n 19/98, vedada a equiparao de vencimentos para cargos diversos, da inexistir amparo pretenso do apelante de equiparao dos seus proventos advindos do cargo de Escrevente Juramentado com os vencimentos do cargo de Oficial de Justia, mesmo porque no existe lei nesse sentido.

    - A contribuio previdenciria instituda pelo Decreto Estadual 21.204/81 no tem o condo de equiparar ou vincular os proventos do Escrevente Juramentado aos do cargo de Oficial de Justia, pois que no fez meno expressa a respeito.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0433&ano=6&txt_processo=201580&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - A lei que rege a aposentadoria aquela vigente ao tempo em que o servidor implementou as condies para postular a jubilao.

    Apelao Cvel n 1.0024.05.698736-5/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Belizrio de Lacerda

    Publicado no "MG" de 16.10.2007.

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    AO ORDINRIA DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRELIMINAR DE NO-CONHECIMENTO - REJEIO - TUTELA ANTECIPADA - CONCESSO - VEROSSIMILHANA NAS ALEGAES

    Ementa: Administrativo. Processual civil. Ao ordinria. Agravo de instrumento. Preliminar de no-conhecimento. Rejeio. Concesso da tutela antecipada. Fornecimento de medicamentos. Verossimilhana das alegaes.

    - No obstante o teor da nova redao do art. 522 do CPC - dada pela Lei n 11.187/2005 -, que estabeleceu como regra a interposio do agravo na forma retida contra as decises interlocutrias, os casos de risco de dano grave e de difcil reparao para a parte desafiam o manejo do agravo na modalidade de instrumento.

    - cabvel a antecipao da tutela para o fornecimento de medicamento quando h nos autos prescrio mdica que, por ter sido passada por agente pblico, consubstancia comeo de prova de fatos no especificamente impugnados pela Administrao Pblica, configurada, assim, a verossimilhana das alegaes iniciais.

    Preliminar rejeitada e recurso no provido.

    Agravo n 1.0024.06.990531-3/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Edgard Penna Amorim

    Publicado no "MG" de 16.02.2007.

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    ARGIO DE INCONSTITUCIONALIDADE

    ARGIO DE INCONSTITUCIONALIDADE - SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL CONTRATADO - REGIME JURDICO - EXONERAO - INDENIZAO - PREVISO LEGAL - PROCESSO LEGISLATIVO - PODER EXECUTIVO - INICIATIVA PRIVATIVA - INDEPENDNCIA DOS PODERES - INOBSERVNCIA - CONTROLE DIFUSO - RESERVA DE PLENRIO - LEI MUNICIPAL - DECLARAO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&numeroProcesso=990531&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&txt_processo=698736&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Ementa: Incidente de inconstitucionalidade. Lei municipal. Indenizao. Servidor pblico contratado. Matria reservada iniciativa do Poder Executivo. Violao aos princpios da harmonia e independncia dos poderes.

    - Revela-se inconstitucional a lei municipal, de iniciativa da Casa Legislativa, que trata de matria reservada iniciativa do Poder Executivo, implicando subtrao de competncia legislativa e afronta ao princpio da harmonia e independncia dos Poderes.

    Incidente acolhido.

    Incidente de Inconstitucionalidade n 1.0000.07.452076-8/000 - Comarca de Arax - Relator: Des. Kildare Carvalho

    Publicado no "MG" de 07.11.2007.

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    CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO

    CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - ENERGIA ELTRICA - CORTE - MUNICPIO - SERVIOS ESSENCIAIS - INTERESSE PBLICO - INADMISSIBILIDADE

    Ementa: Agravo. Art. 557, 1. Corte de energia eltrica em prdio pblico. Inadimplncia do Municpio. Impossibilidade. Soberania do interesse pblico.

    - A energia eltrica um bem indispensvel, constitui um servio pblico essencial que est submetido ao princpio da continuidade de sua prestao. No , portanto, absoluto o direito da concessionria de suspender esse servio, diante da inadimplncia do Municpio, at mesmo porque o prprio art. 6, 3, inciso II, da Lei n 8.987/95 subordina esse direito ao interesse da coletividade, que soberano.

    - O corte de energia eltrica em prdios pblicos atinge no somente aquele ente, mas os prprios muncipes, no podendo a concessionria usar do exerccio arbitrrio das prprias razes para compelir o Municpio ao pagamento do dbito.

    Recurso conhecido, mas no provido.

    Agravo (Art. 557, 1, CPC) n 1.0223.04.138948-5/002 na Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0223.04.138948-5/001 - Comarca de Divinpolis - Relatora: Des. Albergaria Costa

    Publicado no MG de 08.12.2006.

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    CONFLITO DE COMPETNCIA - AO POPULAR - EMPRESA PBLICA - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELTRICA - CLUSULA CONTRATUAL -

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0223&ano=4&numeroProcesso=138948&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0000&ano=7&txt_processo=452076&complemento=000&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • COBRANA - OBRIGAO TRIBUTRIA - NO-CARACTERIZAO - COMPETNCIA EM RAZO DA MATRIA - VARA DA FAZENDA PBLICA

    Ementa: Conflito de competncia. Lide contendo, como partes, empresa pblica e particular (pessoa fsica), na qual se discute contrato. Competncia da Vara da Fazenda Pblica e Autarquias. Conflito procedente.

    - Tratando-se de questo em que no se discute matria tributria, mas clusula de contrato firmado entre a Cemig e a Municipalidade, competente a Vara de Fazenda Pblica e Autarquias para processamento do feito.

    Conflito Negativo de Competncia n 1.0000.06.447761-5/000 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Eduardo Andrade

    Publicado no "MG"de 07.07.07.

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    DESAPROPRIAO

    DESAPROPRIAO - EXTENSO - REA REMANESCENTE - DESVALORIZAO - PROVA - DECISO ULTRA PETITA - INEXISTNCIA - JUSTA INDENIZAO - VALOR - LAUDO PERICIAL - OBSERVNCIA - JUROS COMPENSATRIOS - JUROS DE MORA - CRITRIO DE FIXAO - HONORRIOS DE ADVOGADO - PERCENTUAL - MEDIDA PROVISRIA 2.183-56/2001 - LITIGNCIA DE M-F - NO-OCORRNCIA

    Ementa: Ao de desapropriao. Preliminar de sentena ultra petita. Rejeio. Indenizao. Quantum. Percia oficial. Juros compensatrios e moratrios. Honorrios. Reduo. Possibilidade.

    - No ultra petita a sentena que reconhece a desapropriao de toda a rea ocupada, mesmo que tenha sido requerida a reduo, que, todavia, no se observou na prtica.

    - Nas aes de desapropriao, o conhecimento tcnico a ser consignado em laudo pericial o critrio norteador do julgador na fixao do quantum indenizvel, conquanto no esteja ele adstrito ao laudo, j que pode formar sua convico com outros elementos e fatos constantes dos autos.

    - Os juros compensatrios so devidos pelo expropriante ao expropriado, a ttulo de compensao pela perda antecipada da posse que este haja sofrido, fixado em 12% ao ano a contar da data da imisso na posse, enquanto os juros moratrios so devidos pelo Poder Pblico ao expropriado pela demora no pagamento do valor da indenizao, fixados em 6% ao ano, a contar do trnsito em julgado da sentena, ex vi da Smula 70 do STJ.

    - A Medida Provisria 2.183-56/01 limitou o valor dos honorrios, na ao de desapropriao, a patamares fixados entre 0,5% e 5% sobre o valor da indenizao ou sobre a diferena entre o valor ofertado inicialmente e o montante final da condenao.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0000&ano=6&txt_processo=447761&complemento=000&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0567.00.002443-8/001 - Comarca de Sabar - Relator: Des. Silas Vieira

    Publicado no "MG" de 02.02.2007.

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    DESAPROPRIAO - UTILIDADE PBLICA - DESCARACTERIZAO - PROPRIEDADE PRIVADA - EXPLORAO - IMPOSSIBILIDADE

    Ementa: Desapropriao - Utilidade pblica - Descaracterizao - Constrio da propriedade privada - Impossibilidade.

    - A desapropriao procedimento expropriatrio que deve ser adotado apenas em casos excepcionais, quando o interesse pblico exigir tal providncia, justificando a interveno no direito de propriedade, constitucionalmente garantido aos cidados.

    - No obstante o carter discricionrio do ato administrativo consubstanciado no decreto de utilidade pblica, seu fim deve estar vinculado ao interesse pblico. Ausente tal requisito, impe-se o controle do ato pelo Poder Judicirio, tendo em vista que a desapropriao somente se legitima quando realizada em consonncia com os preceitos legais e constitucionais que a justificam.

    - Restando faticamente demonstrada a ausncia de interesse e prioridade do Municpio na adoo de medidas para se imitir na posse da rea pretendida na demanda desapropriatria, efetivando o objetivo inicialmente visado pelo administrador, descaracteriza-se a utilidade pblica declarada no decreto, no sendo razovel permitir a constrio da propriedade do particular em vo.

    Apelao Cvel n 1.0672.98.008062-2/001 - Comarca de Sete Lagoas - Relator: Des. Drcio Lopardi Mendes

    Publicado no "MG" de 24.02.2007.

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    DESAPROPRIAO POR UTILIDADE PBLICA - IMISSO PROVISRIA NA POSSE - AVALIAO JUDICIAL PRVIA - PRINCPIO DA JUSTA INDENIZAO - VALOR APURADO - DEPSITO PRVIO - IMPRESCINDIBILIDADE

    Ementa: Ao de desapropriao por utilidade pblica. Imisso provisria na posse. Imvel urbano. Avaliao judicial prvia. Indispensabilidade.

    - Em ateno ao princpio constitucional da justa indenizao, necessria a determinao de avaliao judicial prvia, no se podendo admitir que o juiz se atenha a laudo de avaliao apresentado unilateralmente pela parte expropriante.

    Agravo n 1.0054.05.016429-9/001 - Comarca de Baro de Cocais - Relator: Des. Edilson Fernandes

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0054&ano=5&numeroProcesso=016429&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0672&ano=98&numeroProcesso=008062&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0567&ano=0&numeroProcesso=002443&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Publicado no MG de 14.12.2006.

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    INDENIZAO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    INDENIZAO - TRANSPORTE COLETIVO - LESO A PASSAGEIRO - PEDRA ATIRADA DO EXTERIOR DO COLETIVO - CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - CASO FURTUITO - FORA MAIOR - NO-OCORRNCIA - DANO MORAL - VALOR - CRITRIO DE FIXAO - DANO MATERIAL - NO-ACOLHIMENTO - SUCUMBNCIA RECPROCA

    Ementa: Indenizao. Empresa prestadora de servio pblico. Pedra atirada do exterior do coletivo. Leso a passageiro. Fora maior. No-ocorrncia. Dano moral. Fixao. Sucumbncia recproca.

    - 1. O arremesso de pedra efetuado por pessoa que se encontrava fora do nibus coletivo e que veio a causar leses a passageiro que estava sendo transportado, quando previsvel e evitvel pelo motorista da empresa prestadora de servio pblico, que tinha conhecimento dos riscos que o trajeto apresentava, no exime o transportador de responsabilidade pelo dano, revelando-se improcedente a tese de fora maior.

    - 2. Na fixao dos danos morais, o julgador deve levar em conta o grau de constrangimento e as conseqncias advindas para a vtima, bem como o carter preventivo para coibir novas ocorrncias, mas evitando possibilitar lucro fcil ou reduzir a reparao a valor irrisrio.

    - 3. Se a pretenso do autor da ao foi acolhida apenas em parte, configura-se a hiptese de sucumbncia recproca, devendo cada parte arcar com o nus proporcional sua derrota.

    Apelao Cvel n 1.0145.05.216590-2/001 - Comarca de Juiz de Fora - Relator: Des. Guilherme Luciano Baeta Nunes

    Publicado no "MG" de 08.03.2007.

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    INDENIZAO - DANO MATERIAL - CONSTRUO DE USINA HIDRELTRICA - INUNDAO - GARIMPEIRO - AUSNCIA DE LICENA AMBIENTAL - EXERCCIO ILEGAL DE ATIVIDADE - CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - LEGITIMIDADE PASSIVA - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Ao de indenizao por danos materiais. Concessionria de servio pblico. Legitimidade passiva. Inundao de rea para construo de hidreltrica. Responsabilidade objetiva. Atividade lcita. Dano indenizvel. Responsabilidade no configurada.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0145&ano=5&numeroProcesso=216590&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - O concessionrio assume o risco da atividade delegada, tornando-se o responsvel pelos danos causados a terceiros.

    - patente a necessidade, e tambm a utilidade, de se provocar o Judicirio para o devido ressarcimento de danos que os autores entendem ter sofrido, mormente se considerarmos a negativa de indenizao no mbito administrativo.

    - Tratando-se de ato praticado por pessoa jurdica de direito privado concessionria de servio pblico, deve ser aplicado o instituto da responsabilidade civil objetiva, em razo da norma prevista no art. 37, 6, da CF/88.

    - Nos casos de atividade lcita, para que se condene o Estado indenizao, necessrio que o dano causado ao particular viole um direito subjetivo do mesmo, alm de causar-lhe prejuzos materiais.

    - A garimpagem regulamentada pela Lei n 7.805/89, que exige o prvio consentimento da autoridade administrativa local, bem como prvio licenciamento ambiental, para a prtica da atividade.

    - Os recorrentes no lograram xito em demonstrar que exerciam legalmente a atividade de garimpo, com a devida autorizao do Poder Pblico e cumpridas todas as formalidades exigidas. Dessarte, o Estado bem como o recorrido, concessionrio de servio pblico, no se encontram obrigados a indenizar por seus atos, que no violaram nenhum direito dos recorrentes, mormente porque a prtica de garimpagem clandestina crime, nos termos do art. 21 da Lei 7.805/89.

    - Se o que questionam os recorrentes o ato administrativo que determinou a indenizao de alguns garimpeiros clandestinos, ferindo, segundo se alega, os princpios da impessoalidade e da igualdade, devem-se valer das vias prprias, a fim de anular o ato e recompor o patrimnio pblico.

    Negar provimento.

    Apelao Cvel n 1.0521.05.038981-1/001 - Comarca de Ponte Nova - Relator: Des. Wagner Wilson

    Publicado no "MG" de 12.09.2007.

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    INDENIZAO - DANO MORAL - EXAME DE AIDS - RESULTADO FALSO-POSITIVO - FUNDAO PBLICA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO - NEXO CAUSAL - AUSNCIA - CULPA EXCLUSIVA DA VTIMA - IMPROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Indenizao. Danos morais. Hemominas. Falso-positivo em exame de Aids. Responsabilidade objetiva do Estado. Nexo causal entre ato do ente pblico e dano sofrido pelo autor. Ausncia. Culpa exclusiva da vtima. Improcedncia.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0521&ano=5&txt_processo=38981&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - O resultado falso-positivo de teste de HIV pode ocorrer no por erro, mas em face de presena de determinados anticorpos no organismo que podem dar o mesmo resultado positivo, como nos casos de doenas auto-imunes, como o lpus eritematoso sistmico, gripe, vacina contra gripe, herpes, artrite reumatide, malria, tuberculose, anticorpos para hansenase - e at mesmo gravidez (Enciclopdia Wikipdia).

    - Ocorrendo o resultado falso-positivo para Aids, no responde por danos morais o ente pblico que efetuou o teste, se procedeu de acordo com as Portarias do Ministrio da Sade e as recomendaes de organismos internacionais, repetindo o teste e avisando ao paciente sobre a possibilidade de o resultado ser falso e ainda encaminhando-o a um Centro de Diagnstico, Aconselhamento, Acompanhamento e Tratamento apropriado, tendo o paciente optado, por conta prpria, em ali no comparecer, assumindo os riscos, o que configura a sua culpa exclusiva pelos sofrimentos que poderia ter evitado.

    Apelao Cvel n 1.0024.04.537896-5/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relatora: Des. Vanessa Verdolim Hudson Andrade

    Publicado no "MG" de 04.05.2007.

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    INDENIZAO - DANO MORAL - TRANSPORTE COLETIVO - USURIO - CONSTRANGIMENTO - FISCAL - CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - SINDICATO - SOLIDARIEDADE - DENUNCIAO DA LIDE - SUBCONCESSIONRIA - DEVER DE INDENIZAR - INEXISTNCIA - QUANTUM INDENIZATRIO - CRITRIO DE FIXAO

    Ementa: Ao de indenizao. Dano moral. Constrangimento sofrido dentro do nibus. Responsabilidade da concessionria e do sindicato.

    - A concessionria de servio pblico responde objetivamente pelos danos causados ao usurio do servio, decorrentes de sua atividade, podendo denunciar lide a subconcessionria que, atravs de contrato, assumiu a responsabilidade pela linha de nibus na qual ocorreu o evento danoso.

    - O sindicato da empresa de transportes responde por ato ilcito de seus prepostos, respondendo solidariamente com a concessionria de servio pblico por danos causados a terceiros.

    - Desassiste a responsabilidade indenizatria subconcessionria, por ato fiscalizatrio praticado por fiscal do sindicato em seu nibus, uma vez que no pode evitar tal ato, sancionado pela concessionria, a BHtrans.

    - Verificada a ilicitude da conduta das rs, o dano moral sofrido pela autora e a relao de causalidade entre esses dois elementos, caracterizado est o dever de indenizar.

    - O valor do dano moral deve ser arbitrado segundo os critrios da razoabilidade e da proporcionalidade, no podendo ser irrisrio para a parte que vai pagar nem consistir em fonte de enriquecimento sem causa para a vtima, exercendo as funes reparadora do prejuzo e preventiva da reincidncia do ru na conduta lesiva.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=4&numeroProcesso=537896&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Apelao Cvel n 1.0024.04.352472-7/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Jarbas Ladeira

    Publicado no "MG" de 23.01.2007.

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    INDENIZAO - DANOS MATERIAIS E MORAIS - MUNICPIO - PESSOA JURDICA DE DIREITO PBLICO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - IMVEL RESIDENCIAL - AVARIA - PERCIA - CULPA CONCORRENTE - VALOR - CRITRIO DE FIXAO

    Ementa: Processo civil. Responsabilidade presumida. Pessoa de direito pblico. Inverso do nus da prova. Indenizao. Procedncia.

    - A responsabilidade das pessoas de direito pblico presumida, razo por que, em sede de responsabilidade civil, basta vtima a comprovao do dano e do nexo causal entre este e o ato ilcito.

    - Caracterizada parcela de culpa da vtima pelo evento danoso, resta desconstitudo parcialmente o nexo causal entre o dano e o fato.

    Apelao Cvel n 1.0287.04.018412-2/001 - Comarca de Guaxup - Relator: Des. Manuel Saramago

    Publicado no "MG" de 12.10.2007.

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    INDENIZAO - DANO MORAL - PRESO - CUMPRIMENTO DA PENA - EXCESSO DE PRAZO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - ART. 5, LXX, DA CONSTITUIO FEDERAL - PROCEDNCIA DO PEDIDO

    Ementa: Indenizao. Dano moral e material. Priso. Cumprimento da pena em excesso de prazo. Pedido julgado procedente. Sentena mantida.

    - "O Estado, ao permitir que o condenado em processo judicial permanea em crcere privado por tempo excedente, provoca evidente dano moral e material, com reflexos em suas atividades profissionais e sociais" (TJMG -Ap. n 1.0024.03.921995-1/001 - Rel.: Des. Manuel Saramago).

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0024.05.694397-0/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Alvim Soares

    Publicado no "MG" de 19.04.2007.

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    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=694397&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0287&ano=4&txt_processo=18412&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=4&numeroProcesso=352472&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • INDENIZAO - MORTE DE PRESO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO - ART. 37, 6, DA CONSTITUIO FEDERAL - DANO MORAL - VALOR - CRITRIO DE FIXAO - PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE - FUNERAL - DESPESA - PROVA - DANO MATERIAL

    Ementa: Ao indenizatria. Cadeia. Morte de detento. Responsabilidade objetiva do Estado. Dever de indenizar. Art. 37, 6, da Constituio Federal. Danos morais. Presuno. Reduo do quantum. Princpio da proporcionalidade. Apelo parcialmente provido.

    - Responde o Estado, de forma objetiva, pelo dano material e moral causado ao genitor de detento falecido no interior de presdio ou cadeia, em decorrncia de ferimento fatal, no comprovada a sua culpa exclusiva.

    - Os danos morais devem ser fixados em valor razovel, que implique alguma compensao pela perda, sem acarretar enriquecimento, que a isso no se destina. Devem, por outro lado, ser proporcionais menor ou maior culpa do agente, considerando as circunstncias do

    fato danoso e os que cercam o relacionamento da vtima com o beneficirio da indenizao.

    - As despesas com o enterro se inserem no conceito de danos materiais.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0313.04.142324-2/001 - Comarca de Ipatinga - Relatora: Des. Vanessa Verdolim Hudson Andrade

    Publicado no "MG" de 17.02.2007.

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    INDENIZAO - RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MATERIAL - ACIDENTE DE TRNSITO - CONCESSIONRIA DE SERVIO PBLICO - DEVER DE INDENIZAR

    Ementa: Acidente de trnsito. Pessoa jurdica de direito privado prestadora de servio pblico. Responsabilidade objetiva pela falha no servio. Dever de indenizar recurso conhecido, e no provido.

    - O Supremo Tribunal Federal, ao interpretar a norma constitucional inserta no art. 37, 6, da Constituio Federal, sobre a responsabilidade objetiva das concessionrias e permissionrias de servio pblico, limitando a teoria do risco administrativo s relaes entre usurio e prestador, no impede o legislador infraconstitucional de legislar sobre responsabilidade civil dessas pessoas, porque a norma constitucional no representa bice elaborao de lei prevendo situaes excludas pela Suprema Corte, no exerccio de interpretar a Constituio.

    - Aplica-se o Cdigo de Defesa do Consumidor, que prev a responsabilidade objetiva dos prestadores de servio pblico divisvel e remunerado, sempre que se estiver diante

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0313&ano=4&numeroProcesso=142324&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • de vcios de qualidade por insegurana (produtos e servios), vcios de quantidade (produtos e servios) e vcios de qualidade por inadequao (produtos), por fora dos arts. 3, 2, 14 e 22, pargrafo nico, do Cdigo de Defesa do Consumidor, c/c o art. 7 da Lei n 8.987/95.

    - Os terceiros no usurios que sofreram dano em decorrncia da prestao do servio pblico, por fora da norma inserta no art. 17 do Cdigo de Defesa do Consumidor, so considerados usurios, espcie de consumidor, aplicando-se as leis consumeristas para a apurao da responsabilidade e ressarcimento do dano.

    - No comprovada culpa exclusiva da vtima, fora maior ou inexistncia de defeito na prestao do servio, deve a concessionria responder pelos danos causados ao consumidor em decorrncia do sinistro.

    Apelao Cvel n 1.0024.03.132346-2/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Bitencourt Marcondes

    Publicado no "MG" de 13.09.2007.

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    INDENIZAO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - DANO MATERIAL - ACIDENTE DE TRNSITO - VECULO - VIA PBLICA - M-CONSERVAO - NEXO CAUSAL - FALTA DO SERVIO - DEVER DE INDENIZAR

    Ementa: Direito administrativo. Indenizao. Danos materiais. M conservao da via pblica. Responsabilidade do Municpio de Ouro Fino. Estragos em automvel. Nexo causal comprovado.

    Apelao Cvel n 1.0460.04.014864-1/001 - Comarca de Ouro Fino - Relator: Des. Audebert Delage

    Publicado no "MG" de 25.04.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA

    MANDADO DE SEGURANA - ALVAR PARA CONSTRUO - MUNICPIO - LIMITAO ADMINISTRATIVA - PROJETO - AUSNCIA DE REQUISITOS - LEI MUNICIPAL - SUPERVENINCIA - APLICABILIDADE - DIREITO ADQUIRIDO - INEXISTNCIA - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA - ILEGITIMIDADE RECURSAL - DENEGAO DA ORDEM

    Ementa: Apelao cvel. Direito de construir. Alvar. Posto de gasolina. Limitaes administrativas. Projeto de preveno contra incndio. Exigncia legal. Lei superveniente. Estabelecimento de distncia mnima de determinadas construes. Restrio aplicvel. Direito adquirido inexistente.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0460&ano=4&numeroProcesso=014864&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=3&txt_processo=132346&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - O pedido de concesso de alvar para construir no confere direito adquirido ao pleiteante de ter o projeto examinado luz das exigncias legais previstas naquela poca. A norma legal superveniente ao pedido deve ser aplicada pelo administrador no exame da legalidade do projeto para a concesso do alvar. Apenas com o incio das obras surge direito adquirido execuo do projeto aprovado, independentemente de novas exigncias legais.

    - Dispondo a lei municipal sobre a exigncia de instalaes de preveno contra incndio nos postos de comercializao de combustveis, a previso dessas obras deve constar no projeto de construo, no podendo se imputar Administrao a demora na concesso do alvar, se justificada pelo desatendimento a esse requisito.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0629.06.029395-4/001 - Comarca de So Joo Nepomuceno - Relatora: Sr. Des. Helosa Combat

    Publicado no "MG" de 20.11.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - NOTA DE PROVA - ALTERAO - IMPOSSIBILIDADE - CONTROLE JUDICIAL - LIMITES - EDITAL - LEGALIDADE - DIREITO LQUIDO E CERTO - AUSNCIA - DENEGAO DA ORDEM

    Ementa: Constitucional e Administrativo. Mandado de segurana. Concurso pblico. Edital. Vinculao da Administrao e candidatos. Princpios norteadores. Poder Judicirio. Anlise de legalidade. Limites. Alterao de valor atribudo s questes de prova. Impossibilidade. Direito lquido e certo. Ausncia. Denegao da segurana.

    - O edital a lei interna do certame, vinculando tanto Administrao, quanto os candidatos que nele se inscrevem, em estrito cumprimento aos princpios norteadores da Administrao Pblica, especialmente o princpio da moralidade e impessoalidade, sendo vlidas as regras desde que no violem o ordenamento jurdico ptrio ou no desvirtuem a objetividade ou o controle do certame.

    - A apreciao do Poder Judicirio, em matria de concurso pblico, limita-se legalidade das normas do edital e aos atos praticados pela respectiva comisso, sob pena de ingerncia indevida em atos prprios do administrador, devendo ser denegada a segurana que pretende a alterao de valor atribudo s questes das provas.

    Apelao Cvel n 1.0024.05.696609-6/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Dorival Guimares Pereira

    Publicado no "MG" de 17.04.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - APROVAO - ORDEM DE CLASSIFICAO - CANDIDATO EXCEDENTE - FUNDAO

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=696609&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0629&ano=6&txt_processo=29395&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • PBLICA - CONTRATAO TEMPORRIA - NOMEAO - DIREITO LQUIDO E CERTO - INEXISTNCIA - DENEGAO DA ORDEM

    Ementa: Ao mandamental. Concurso pblico. Contratao temporria. Candidatos aprovados. Nomeao. Direito. Inexistncia.

    - O candidato aprovado em concurso pblico no tem direito adquirido nomeao, mas mera expectativa de direito em relao a esta, cabendo Administrao Pblica decidir acerca da oportunidade e convenincia de prover os cargos existentes.

    - Por outro lado, se a Administrao optar por preencher as vagas do edital, atravs da celebrao de contratos temporrios, ainda que com candidatos aprovados, tornar imperiosa a nomeao dos candidatos habilitados, com observncia estrita ordem de classificao. Entretanto, se, no caso concreto, os impetrantes se classificaram alm do nmero de vagas do edital, no h que se falar em sua nomeao, apenas pelo fato de haver ocorrido a celebrao de contratos temporrios para o desempenho de funes pblicas.

    Apelao Cvel n 1.0024.04.390997-7/002 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Edivaldo George dos Santos

    Publicado no "MG"de 10.07.07.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - CARGO TCNICO - EDITAL - LIMITE DE IDADE - INADMISSIBILIDADE - PRINCPIO DA RAZOABILIDADE - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Constitucional e administrativo. Concurso pblico. Cargo de mdico. Limite de idade. Princpio da razoabilidade. Violao.

    - A exigncia, pela Administrao, de critrios diferenciados de admisso no servio pblico, tal como a imposio de limite de idade em edital regulador de concurso, somente se revela vlida caso tal limitao seja justificvel pela natureza das atribuies inerentes ao cargo.

    - No caso do cargo de mdico, cujo exerccio pressupe higidez mental, e no exuberncia fsica, revela-se desarrazoada a exigncia de limite de idade de 35 anos na data da posse.

    Reexame Necessrio n 1.0024.06.930335-2/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Antnio Srvulo

    Publicado no "MG" de 18.08.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - EXAME MDICO - CANDIDATO - ELIMINAO - TATUAGEM - EDITAL - ILEGALIDADE

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&numeroProcesso=930335&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=4&txt_processo=390997&complemento=002&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Ementa: Direito constitucional. Direito processual civil. Agravo de instrumento. Mandado de segurana. Liminar. Discriminao. Vedao constitucional e legal. Recurso desprovido.

    - Ainda que consignada em edital de concurso, a previso de eliminao de candidato portador de tatuagem constitui discriminao odiosa, absurda, violadora dos mais elementares princpios constitucionais e legais; mostrando-se bizarra a qualificao de tatuagem como doena de pele.

    Agravo n 1.0024.06.062365-9/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Moreira Diniz

    Publicado no "MG" de 04.05.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - TAXA DE INSCRIO - CANDIDATO DESEMPREGADO - ISENO - ART. 1, 1 E 2, DA LEI ESTADUAL 13.392/99 - REQUISITOS - OBSERVNCIA - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Concurso pblico. Inscrio. Taxa. Iseno. Condio de desempregado. Comprovao. Direito lquido e certo reconhecido

    - Demonstradas pelo requerente a sua condio de desempregado e a precariedade de sua situao financeira, de se reconhecer o direito lquido e certo iseno da taxa de inscrio de concurso pblico, nos termos do art. 1, 1 e 2, da Lei Estadual 13.392/99.

    Rejeitada a preliminar, segurana concedida.

    Mandado de Segurana n 1.0000.05.430011-6/000 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Kildare Carvalho

    Publicado no "MG" de 18.01.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - CONCURSO PBLICO - VAGA NICA - DEFICIENTE FSICO - NOMEAO - ORDEM CLASSIFICATRIA - NO-OBSERVNCIA - INADMISSIBILIDADE - CANDIDATO NO DEFICIENTE - PRIMEIRO LUGAR - PREFERNCIA - PRINCPIO DA ISONOMIA - DIREITO LQUIDO E CERTO - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Mandado de segurana. Concurso pblico. Vaga nica. Candidata impetrante classificada em 1 lugar. Nomeao de deficiente fsico classificado no 4 lugar geral. Ofensa ao princpio da isonomia. Ilegalidade passvel de ser afastada por via de mandado de segurana.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0000&ano=5&numeroProcesso=430011&complemento=000&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=6&numeroProcesso=062365&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - No se pode tomar a exigncia constitucional de reserva de percentual de vagas aos portadores de deficincia fsica como absoluta no caso de existir uma nica vaga disponvel. Neste caso, deve ser nomeado aquele que obtiver a melhor colocao na lista geral, e no aquele com melhor colocao entre os deficientes, sob pena de inviabilizar a disputa isonmica de vaga no certame com reserva da integralidade de vagas aos deficientes fsicos.

    - Assim, verificado que a candidata/impetrante aprovada em 1 lugar geral foi preterida na nomeao em favor de deficiente fsico, classificado em 4 lugar geral, verifica-se ilegalidade, passvel de ser afastada por via do mandado de segurana, desde que direito do candidato ver observada/respeitada pela Administrao a nomeao dos aprovados dentro da ordem de classificao no concurso.

    Apelao Cvel / Reexame Necessrio n 1.0024.05.681048-4/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Geraldo Augusto.

    Publicado no MG de 09.10.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - LITISCONSRCIO - CONCURSO PBLICO - EDITAL - RESERVA DE VAGA - CANDIDATO - ORDEM DE CLASSIFICAO - NOMEAO - DIREITO LQUIDO E CERTO - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Processual. Litisconsrcio. Administrativo. Mandado de segurana. Concurso. Previso em edital. Nomeao. Direito lquido e certo.

    - Manifesta a ilegitimidade passiva do Segundo Vice-Presidente se esgotada sua competncia com a homologao do edital do concurso e versando o writ sobre a posse dos concursados.

    - O candidato aprovado em concurso pblico cujo edital prev o provimento de vagas que surgirem aps a sua publicao ou durante o perodo de validade do certame, em comarcas j instaladas, tem direito lquido e certo nomeao se, surgindo vaga para a comarca para a qual se candidatou, esta for preenchida atravs da remoo de outro servidor.

    Segurana concedida.

    Mandado de Segurana n 1.0000.06.442576-2/000 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Cludio Costa

    Publicado no "MG" de 20.09.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - MUNICPIO - CONCURSO PBLICO - RESERVA DE VAGAS - COTA PARA NEGROS - LEI MUNICIPAL - CONTROLE DIFUSO - RESERVA DE PLENRIO - ARGIO DE INCONSTITUCIONALIDADE - NECESSIDADE

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0000&ano=6&txt_processo=442576&complemento=000&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&txt_processo=681048&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Ementa: Mandado de segurana. Reserva de cotas para negros em concurso pblico para provimento de cargos efetivos. Argio de inconstitucionalidade da Lei Municipal n 3.829/2004 de Contagem. Clusula de reserva de plenrio. Art. 97 da CF/88. Suscitar incidente de inconstitucionalidade.

    - O controle difuso de constitucionalidade, caracterizado pela possibilidade de todo juiz e tribunal apreciar, no caso concreto, a compatibilidade do ordenamento jurdico com a Constituio Federal, ser realizado pelos tribunais mediante votao do respectivo rgo oficial, consoante disposio expressa no art. 97 da Carta Magna, que trata da clusula de reserva de plenrio.

    Em preliminar, suscitar incidente de inconstitucionalidade.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0079.05.183566-2/001 - Comarca de Contagem - Relatora: Des. Albergaria Costa

    Publicado no "MG" de 13.11.2007.

    Sobre o tema vide Incidente de Inconstitucionalidade n 1.0000.07.449458-4/000 - Comarca de Contagem - Relator: Des. Reynaldo Ximenes Carneiro

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    MANDADO DE SEGURANA - ESTABELECIMENTO DE ENSINO - INSTITUIO MILITAR - EXISTNCIA DE VAGAS - MENOR FILHO DE CIVIS - MATRCULA - DIREITO LQUIDO E CERTO - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Constitucional. Administrativo. Colgio militar. Matrcula. Civil.

    - Tem direito matrcula em srie do ensino fundamental de colgio militar menor filho de civis, em face da existncia de vagas no preenchidas por filhos de militares.

    Sentena mantida em reexame necessrio.

    Reexame Necessrio n 1.0394.06.054665-9/001 - Comarca de Manhuau - Relator: Des. Cludio Costa

    Publicado no "MG" de 26.06.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - MENOR - APROVAO EM VESTIBULAR - ENSINO DE SEGUNDO GRAU - EXAME SUPLETIVO ESPECIAL - RECUSA - LIMITE DE IDADE - IMPOSSIBILIDADE - INTERPRETAO DOS ARTS. 208,V, E 227 DA CONSTITUIO FEDERAL - CONCESSO DA ORDEM

    Ementa: Reexame necessrio. Administrativo. Mandado de segurana. Preliminar. Rejeio. Menor. Aprovao em concurso vestibular. Exame supletivo. Ensino mdio.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0394&ano=6&numeroProcesso=054665&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0000&ano=7&txt_processo=449458&complemento=000&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0079&ano=5&txt_processo=183566&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Inscrio. Recusa. Razoabilidade. Ausncia. Educao. Garantia constitucional. Precedentes deste eg. Tribunal de Justia. Segurana confirmada.

    - Consoante a correta exegese, deve ser viabilizada ao adolescente, j aprovado em concurso vestibular em instituio de ensino superior, a realizao de exame supletivo de nvel mdio, no intuito de obteno do certificado de concluso do segundo grau, a uma porque assegurado aos estudantes o acesso aos nveis mais elevados de ensino segundo a capacidade individual (CF, art. 208, V); a duas porque dever do Estado garantir aos adolescentes, com absoluta prioridade, o direito educao e profissionalizao (CF, 227, caput).

    Rejeita-se a preliminar e confirma-se a sentena, no reexame necessrio, prejudicado o recurso voluntrio.

    Apelao Cvel n 1.0024.05.573351-3/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Clio Csar Paduani

    Publicado no "MG" de 17.01.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - ESTABELECIMENTO DE ENSINO SUPERIOR - ENTIDADE PRIVADA - MATRCULA - IMPEDIMENTO - ENSINO MDIO NO CONCLUDO - ACESSO EDUCAO - ATIVIDADE DELEGADA - PODER PBLICO FEDERAL - JUSTIA FEDERAL - COMPETNCIA EM RAZO DA MATRIA

    Ementa: Mandado de segurana. Instituio de ensino superior privada. Acesso graduao antes da concluso do ensino mdio. Requisitos de aprovao no colegial preenchidos. Impedimento de matrcula. Atividade delegada do Poder Pblico Federal. Competncia da Justia Federal. Deciso anulada.

    - Os atos dos dirigentes das instituies de ensino superior privadas que importem em negativa de acesso do estudante educao constituem exerccio de funo delegada do Poder Pblico Federal, razo pela qual a competncia para apreciao e julgamento de mandado de segurana impetrado contra tais atos da Justia Federal.

    Agravo n 1.0362.05.067042-5/001 - Comarca de Joo Monlevade - Relator: Des. Elias Camilo

    Publicado no "MG" de 14.03.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - ARTISTA DE RUA - EXERCCIO DE ATIVIDADE ARTSTICA - LOGRADOURO PBLICO - ADMINISTRAO PBLICA - EXIGNCIA DE LICENA - IMPOSSIBILIDADE - LIBERDADE DE EXPRESSO - ART. 5, IX, DA CONSTITUIO FEDERAL - DIREITO LQUIDO E CERTO - CONCESSO DA ORDEM

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0362&ano=5&numeroProcesso=067042&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=573351&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • Ementa: Administrativo. Mandado de segurana. Manifestao artstica conhecida como esttua viva. Apresentao em logradouros pblicos. Exigncia de licena administrativa. Inadmissibilidade. Violao do direito liberdade de expresso artstica. Art. 5, IX, da Constituio Federal. Concesso da segurana que se confirma.

    - A expresso pblica da arte denominada esttua viva constitui exerccio do direito liberdade de expresso artstica, institudo pelo art. 5, IX, da Constituio Federal de 1988.

    - A exigncia de licena administrativa constitui norma restritiva da liberdade, de modo que sua sustentao somente se faria validamente, no caso concreto, pela confrontao legtima do exerccio da liberdade do impetrante com outros direitos, em que restasse evidenciada a necessidade de tutela destes, em detrimento daquele.

    - Os espaos pblicos so para uso pblico, de qualquer pessoa do povo, sem que isso se converta em apropriao privada do espao de todos. De outro lado, a regulamentao da utilizao dos espaos pblicos no pode converter-se em apropriao deles pela Administrao Pblica, de modo a sujeitar a sua fruio, por quem quer que seja, a um alvar, cuja exigncia no est autorizada pela Constituio Federal. Afinal, a vocao dos espaos pblicos, de uso comum do povo, j tem sua definio intrnseca, constituindo as praas locais de encontro e convivncia social, apropriadas s manifestaes artsticas espontneas.

    - A exigncia de licena administrativa extrapola em muito a competncia de ordenao do espao urbano e perde de vista a prpria funo da cidade, razo da outorga da competncia constitucional, que possibilitar o bem-estar de seus habitantes, pelas funes de habitao, trabalho, circulao e recreao, que tem como primeira manifestao a expresso pblica da arte popular espontnea.

    - Configurada a violao do direito lquido e certo do impetrante por ato ilegal da autoridade municipal, confirma-se a sentena que concedeu a segurana.

    Apelao Cvel/Reexame Necessrio n 1.0024.05.870488-3/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des. Maurcio Barros

    Publicado no "MG" de 09.08.2007.

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    MANDADO DE SEGURANA - ATO ADMINISTRATIVO - ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO - ANULABILIDADE - ADMINISTRAO PBLICA - PODER DE AUTOTUTELA - PRINCPIO DO CONTRADITRIO - PRINCPIO DA AMPLA DEFESA - DECADNCIA - PRAZO QINQENAL - PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA

    Ementa: Servidor pblico. Qinqnio. Decadncia do direito da Administrao Pblica de rever ou anular seus atos. Princpios da segurana jurdica, do contraditrio e da ampla defesa.

    http://www.tjmg.gov.br/juridico/jt/inteiro_teor.jsp?tipoTribunal=1&comrCodigo=0024&ano=5&numeroProcesso=870488&complemento=001&sequencial=&pg=0&resultPagina=10&palavrasConsulta=

  • - Deve-se ponderar que, no obstante o poder-dever da Administrao Pblica de rever e anular seus prprios atos, os interesses e direitos dos particulares devem ser, ao mximo, preservados, mormente quando o vcio que eiva o ato de nulidade no foi produzido por culpa do mesmo.

    - No que tange decadncia, por sua vez, ressalte-se que tal instituto decorre do princpio da segurana jurdica, segundo o qual as relaes jurdicas necessitam estabilizar-se no tempo e no espao, de forma a proporcionar, s partes, uma sensao de tranqilidade e previsibilidade quanto s situaes constitudas em sua vida privada.

    - Mesmo antes da edio das normas, Lei Federal n 9784/99 e do diploma estadual de n 14.184/2002, j prevalecia entendimento no sentido de que, ausente previso legal, em nome do princpio da segurana jurdica, o prazo de decadncia seria qinqenal.

    Apelao Cvel n 1.0024.06.267026-0/001 - Comarca de Belo Horizonte - Relator: Des.