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TRIPLICATA A triplicata indica uma terceira cópia da fatura. Em caso de extravio ou perda da duplicata, a lei permite que possa se emitir uma triplicata que terá os mesmos efeitos (e valor, no sentido de validade) da duplicata. O sacado/devedor pode recusar-se a aceitar a triplicata, caso já tenha manifestado seu aceite na duplicata. Quanto a aplicação subsidiária da lei que regula a Letra de Câmbio, artigo 25 da Lei das Duplicatas, reconhecendo a amplitude da Lei Uniforme de Genebra (Decreto 57.663/66), dispõe que deve ser aplicado subsidiariamente às duplicatas, no que couber, as disposições que regulam a letra de câmbio, especialmente no que se refere à emissão, circulação e pagamento. Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sôbre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. Nos termos do art. 23 da Lei n. 5.474/68, a emissão de triplicata somente faz-se autorizada legalmente em substituição à duplicata mercantil perdida ou extraviada. É ela destituída de causa, entretanto, quando sacada, em desconformidade com a norma legal incidente, para conferir exigibilidade a encargos referentes a juros moratórios e a correção monetária pendentes de pagamentos e afetos a duplicatas mercantis cujos principais foram solucionados. O argumento jurídico Do comando contido no art. 583 do nosso código processual civil, tem-se que: “Toda a execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.” Em seus comentários sobre o dispositivo processual em apreço, destaca o respeitado Humberto Theodoro Júnior:

Triplicata Lara

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Page 1: Triplicata Lara

TRIPLICATA

A triplicata indica uma terceira cópia da fatura. Em caso de extravio ou perda da duplicata, a lei permite que possa se emitir uma triplicata que terá os mesmos efeitos (e valor, no sentido de validade) da duplicata. O sacado/devedor pode recusar-se a aceitar a triplicata, caso já tenha manifestado seu aceite na duplicata.

Quanto a aplicação subsidiária da lei que regula a Letra de Câmbio, artigo 25 da Lei das Duplicatas, reconhecendo a amplitude da Lei Uniforme de Genebra (Decreto 57.663/66), dispõe que deve ser aplicado subsidiariamente às duplicatas, no que couber, as disposições que regulam a letra de câmbio, especialmente no que se refere à emissão, circulação e pagamento.

Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sôbre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio.

Nos termos do art. 23 da Lei n. 5.474/68, a emissão de triplicata somente faz-se autorizada legalmente em substituição à duplicata mercantil perdida ou extraviada. É ela destituída de causa, entretanto, quando sacada, em desconformidade com a norma legal incidente, para conferir exigibilidade a encargos referentes a juros moratórios e a correção monetária pendentes de pagamentos e afetos a duplicatas mercantis cujos principais já foram solucionados.

O argumento jurídico Do comando contido no art. 583 do nosso código processual civil, tem-se que:

“Toda a execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.”

Em seus comentários sobre o dispositivo processual em apreço, destaca o respeitado Humberto Theodoro Júnior:

“Como lógica e juridicamente não se concebe execução sem prévia certeza sobre o direito do credor, cabe ao título executivo transmitir essa convicção ao órgão judicial. E nessa ordem de ideias, observa José Alberto dos Reis, não é o título apenas a base da execução, mas, na realidade, sua condição necessária e suficiente. é condição necessária, explica o grande mestre, porque não é admissível execução que não se baseie em título executivo. é condição suficiente, porque, desde que exista o título, pode-se logo iniciar a ação de execução, sem que se haja de previamente propor a ação de condenação, tendente a comprovar o direito do autor.” (Curso de Direito Processual Civil, 16ª ed., vol. II, págs. 30 e 31).