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Ano II u Edição 07 u Janeiro-Fevereiro/2011 u Distribuição Gratuita u Tiragem: 4 mil exemplares P arceiros espanhóis da Conosud, Ga- briel Abascal e Sal- vador Goya, vieram ao Brasil onde durante sua estada, puderam além da reunião que tiveram com dirigentes da UNISOL Brasil, visitar empreendimentos da Economia Solidária no Rio Grande do Sul, Paraná e SP. Também assinaram dois novos projetos com a UNISOL Brasil, um deles com a Cooperativa Açai de Rondônia, e outro com a Cooperativa Sul Ecoló- gica de Agricultores Fa- miliares de Pelotas, RS. Página 2 Seiscentos metalúrgi- cos da Conforja, atual Uniforja, empresa recu- perada filiada a UNISOL Brasil, recebem direitos trabalhistas reajustados após anos de injustiça de- pois que a extinta Con- forja declarou falência. Fato é raro no país, em se tratando de empresas recuperadas. Página 3 Zilda Barreto, morado- ra do Complexo do Ale- mão há mais de 40 anos, e Presidente da Coope- rativa de Catadores do Complexo do Alemão, fi- liada a UNISOL Brasil, é contemplada com uma casa pelo projeto do Go- verno Federal, ‘Minha Casa Minha Vida’. Página 4 u Coopasub, cooperativa filiada a UNISOL Brasil, inaugura mais uma estação digital, desta vez em Vitória da Conquista, BA. Página 8 u Parceiros italianos visitam a sede da UNISOL Brasil em SBC, SP, para assinatura de ‘termo de cooperação’ entre Iscos, Nexus e UNISOL Brasil. Página 6 jornal Parceiros italianos firmam acordo Inauguração da Estação Digital estabelecem novas parcerias Assinatura de termo de cooperação Conosud e UNISOL Brasil João Luiz, presidente da Uniforja Coopasub recebe nova estação digital Gabriel Abascal, Salvador Goya e Arildo Mota Lopes em visita a UNISOL Brasil Zilda Barreto e Fabio Cardoso, assessor técnico da UNISOL Brasil na Cooperativa de Catadores Metalúrgicos da Uniforja recebem créditos trabalhistas reajustados Catadora recebe casa do projeto ‘Minha Casa Minha Vida’ u Avani de Araújo Silva, Diretora Executiva da UNISOL Brasil e Presidente da Coopernut, recebe prêmio de mulher empreendedora da Paraíba. Página 7 Diretora Executiva recebe prêmio Jornal_UNISOL_07_novo:Layout 1 01/03/2011 11:08 Page 1

u Conosud e UNISOL Brasil · em território espanhol. In-cluindo um intercâmbio feito entre algumas lide-ranças da UNISOL e coo-perativas associadas que tiveram a oportunidade de

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Ano II u Edição 07 u Janeiro-Fevereiro/2011 u Distribuição Gratuita u Tiragem: 4 mil exemplares

Parceiros espanhóisda Conosud, Ga-briel Abascal e Sal-

vador Goya, vieram aoBrasil onde durante suaestada, puderam além dareunião que tiveram comdirigentes da UNISOL Brasil,visitar empreendimentosda Economia Solidária noRio Grande do Sul, Paranáe SP. Também assinaramdois novos projetos coma UNISOL Brasil, um delescom a Cooperativa Açaide Rondônia, e outro coma Cooperativa Sul Ecoló-gica de Agricultores Fa-miliares de Pelotas, RS.

Página 2

Seiscentos metalúrgi-cos da Conforja, atualUniforja, empresa recu-perada filiada a UNISOLBrasil, recebem direitostrabalhistas reajustados

após anos de injustiça de-pois que a extinta Con-forja declarou falência.Fato é raro no país, emse tratando de empresasrecuperadas. Página 3

Zilda Barreto, morado-ra do Complexo do Ale-mão há mais de 40 anos,e Presidente da Coope-rativa de Catadores doComplexo do Alemão, fi-

liada a UNISOL Brasil, écontemplada com umacasa pelo projeto do Go-verno Federal, ‘MinhaCasa Minha Vida’.

Página 4

u Coopasub,cooperativa filiadaa UNISOL Brasil,inaugura mais umaestação digital,desta vez emVitória daConquista, BA.

Página 8

u Parceiros italianosvisitam a sede daUNISOL Brasil emSBC, SP, paraassinatura de ‘termode cooperação’entre Iscos, Nexus eUNISOL Brasil.

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jornal

Parceiros italianosfirmam acordo

Inauguração daEstação Digital

estabelecem novas parcerias

Assinatura de termo de cooperação

Conosud e UNISOL Brasil

João Luiz, presidente da Uniforja

Coopasub recebe nova estação digital

Gabriel Abascal, Salvador Goya e Arildo Mota Lopes em visita a UNISOL Brasil

Zilda Barretoe Fabio

Cardoso,assessor

técnico daUNISOLBrasil na

Cooperativade Catadores

Metalúrgicos da Uniforja recebemcréditos trabalhistas reajustados

Catadora recebe casa do projeto‘Minha Casa Minha Vida’

u Avani de AraújoSilva, DiretoraExecutiva daUNISOL Brasil ePresidente daCoopernut, recebeprêmio de mulherempreendedora daParaíba. Página 7

Diretora Executiva recebe prêmio

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A atual crise econômica que se instala na Europae em grande parte do mundo, como já é de conheci-mento público, tem sua origem na crise do sistema fi-nanceiro inicada nos Estados Unidos da América em2008, e transportada depois para a economia produtiva.

A crise foi consequência da aplicação radicaldos princípios neoliberais que defendiam a ausênciade regulações e da não intervenção do estado naeconomia, sobre o ilusório princípio de que a “mãoneutra dos mercados” resolve de maneira naturalos probelmas econômicos.

O resultado de tudo isso foi devido à crise do sis-tema capitalista ocorrida em 1929. Na Europa estacrise está tendo consequências sociais muito preju-diciais para a maioria dos cidadãos em forma dedesemprego, recorde de perda dos direitos sociais,atraso na idade da aposentadoria pela imposiçãodos mercados, etc.

Paradoxalmente esta crise originada pela apli-cação rigorosa das políticas econômicas e dasidéias neoliberais, chegaram em um momento emque a esquerda politica européia, majoritariamente,se encontra sem idéias alternativas que contrapo-nham a ordem neoliberal.

Ou seja, no momento do grande fracasso daspráticas neoliberais impostas nas últimas décadas,a esquerda européia se encontra sem idéias, semteoria e sem prática alternativa para gerar um mo-delo de sociedade diferente a qual impõe frenteao neoliberailsmo.

Esta crise adquiriu na Espanha, uma especial difi-culdade para amplos setores da população: des-truição do emprego que levou 20% da populaçãoativa à situação de desemprego (4,5 milhões detrabalhadores desempregados), 40% dos jovens me-nores que 26 anos sem trabalho, elevação dosíndices de pobreza, etc.

As políticas da esquerda governante, carentede outras idéais alternativas, se insipiram nas propostasdos centros de opinião do neoliberalismo econômico(Wall Street Journal, Financial Times, agências classi-ficadoras de riscos, etc) e nas exigências de umacomissão européia também seguidora destas linhaseconômicas partidárias da redução do setor público,as privatizaçoes, reduçao das aposentadorias, etc.

O paradigmático resultado deste difícil contextodemonstra que setores vinculados à chamada, naeuropa, de “economia social”, estão mantendo seusníveis de emprego apesar da dificuldade da crise.

Isso faz com que comece a se perceber a impor-tância de organizar e potencializar novas formaseconômicas similares ao que na América-Latina seconhece como Economia Solidária.

Esta linha também inclui a parte do trabalho dasassociações e demais entidades que como a CO-NOSUD, entendem que sua cooperação com enti-dades e países do Sul terão uma co-relação noNorte, mediante a busca e a construção social deinstrumentos econômicos solidários e alternativos.

Assim por exemplo, a razão do nosso trabalho nacriação de instrumentos de finanças éticas e solidáriascom participação social (como o projeto FIARE, dabanca ética) que contribuem com que os recursosfinanceiros dos cidadãos se ponham a serviço deprojetos sociais, justos, solidários e ambientalmentesustentáveis.

Gabriel Abascal, integrante da Junta Diretiva

da CONOSUD (www.conosud.org)

Cooperação InternacionalEditorial Gabriel Abascal

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Parceiros espanhóisA Crise Econômica Européiae a Economia Solidária

da Conosud visitam

nhola, Gabriel Abascal eSalvador Goya, vieramao Brasil. Durante sua es-tada estiveram com osdirigentes da UNISOL Bra-sil, os membros da Co-nosud puderam visitarempreendimentos deEconomia Solidária espa-lhados por todo o Brasil,principalmente no RioGrande do Sul, Paraná eSP.

Dois novos projetostambém foram estabe-lecido entre a Consoude UNISOL Brasil, um delescom a CooperativaAçai de Rondônia, inte-grante da cadeia JustaTrama, que trabalhacom o beneficiamentode sementes em bio-jóias, e outro na áreade agricultura orgânicacom a Cooperativa SulEcológica de Agriculto-res Familiares de Pelotas,RS, ambos empreendi-mentos filiados a centralde cooperativas.

As ligações entreEspanha e Brasilnão são recentes,

pelo menos em se tra-tando da Economia Soli-dária, ou melhor, da par-ceria existente entre Co-nosud e UNISOL Brasil. Par-ceiras desde 1999, quan-do tiveram seus caminhoscruzados através do mo-vimento sindical, ambasentidades sempre tive-ram uma relação muitopróxima, estabelecendolaços históricos.

A Conosud é umaONG espanhola, situadaem Cataluna, Barcelona,ligada aos movimentossindicais locais. Trabalhacom projetos de coope-ração internacional naárea de coopeativismoe Economia Solidária emvários lugares do mundo,entre eles, o Brasil.

Ao londo de mais dedez anos de parceria, aConosud teve a oportu-nidade de estruturar seteprojetos junto a centralde cooperativas, a exem-plo da Cooperativa ValeVerde, situada em SantoAndré no Grande ABC eoutro projeto com a Coo-perativa Univens, inte-grante da cadeia JustaTrama, situada em PortoAlegre.

Foi em virtude deacompanhar de perto oprocessos desses e de ou-tros projetos, que inte-grantes da ONG espa-

Além desses projetosem parceria com a insti-tuição brasileria, a Co-nosud desenvolve impor-tante papel na difusãoda Economia Solidária eda própria UNISOL Brasilem território espanhol. In-cluindo um intercâmbiofeito entre algumas lide-ranças da UNISOL e coo-perativas associadas quetiveram a oportunidadede estar visitando e tro-cando experiências naEspanha.

Para a Conosud é fun-damental a distinção en-tre projetos assistencialis-tas, política a qual nãosão adeptos, e projetosde transformação social,área em que a UNISOLBrasil trabalha. Além des-tes, ambos compartilhamoutros valores em co-mum, como a valoriza-ção do comércio justo esolidário ao longo do pro-cesso produtivo de umacadeia.

empreendimentos filiados à UNISOL Brasil

Salvador Goya e GabrielAbascal em reunião naUNISOL Brasil

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3jornal

Empreendimento filiado

Vitória dos metalúrgicosda UniforjaE

m dezembro de2010 os metalúrgicosda falida Conforja,

em Diadema, receberamseus direitos trabalhistasreajustados após anos deinjustiça. O fato é raro nopaís se tratando de em-presas recuperadas.

O pagamento incluiuos 600 trabalhadores eex-trabalhadores. Destes,100 são cooperados daUniforja desde o início, econtinuam em atividade.

A Conforja era umadas maiores forjarias doBrasil até 1997, quandoquebrou por ineficiênciana gestão.

Foi então, que o Sindi-cato dos Metalúrgicos doABC incentivou a forma-ção de uma cooperativa.Parte dos trabalhadoresacreditou na idéia e foiassim que a Conforja foi

Metalúrgicas de SP realizam encontro na UNIFORJA

arrendada e passou a sergerida por seus ex-funcio-nários, dando origem nosistema Uniforja.

A Uniforja se tornouuma central de três coo-perativas, que é com-posta pela Cooperlafe,

Coopertrate e Cooperfor,que assumiram a Con-forja em 1997, quandoformaram a Uniforja, cen-tral de cooperativas quetransformou-se em umdos empreendimentosde sucesso da Economia

Solidária.“Estamos fazendo his-

tória. A legislação nãoconsegue fazer as em-presas pagarem os direitosdos trabalhadores. Nossocaso é um marco porqueconseguiu honrar os di-

reitos de todos”, afirmouo engenheiro João LuisTrofino, Presidente da Uni-forja.

Atualmente a Uniforjacompete de igual paraigual com as demais em-presas do mercado, pro-duzindo peças que sãousadas por indústrias pe-troleiras, de gás, automo-tiva pesada e de energia.Entre os clientes estão aPetrobras, a Caterpillar ea General Electric.

Marcelo Mauad, as-sessor Jurídico da UNISOLBrasil, central a qual a Uni-forja é filiada, confirma oineditismo do caso nopaís.

“É uma referência in-ternacional, iniciativa desucesso. Prova que os tra-balhadores têm capaci-dade de administrar”,afirma.

UNISOL Brasil promoveencontro das principaisempresas recuperadas fi-liadas do estado de SãoPaulo, na sede de umade suas cooperativas, aUNIFORJA, em Diadema,SP.

Estiveram presentesnesta reunião: Junior, Te-soureiro da CSJ de Pira-cicaba; Adriano, Diretor-Tesoureiro, Osmar e Lou-rival integrantes do con-selho administrativo e An-tonio Carlos responsávelpelo conselho fiscal daCopromem de Mococa;João Luiz, presidente daUNIFORJA de Diadema;Alexandre, coordenador-geral da UNISOL Brasil;

Eugênio, assessor técnicodo NEATES/SP e a Metal-coop, que mesmo nãopodendo estar presentena ocasião, esteve napauta da reunião.

O encontro teve o in-tuito de aproximar a re-lação e encontrar solu-ções conjuntas para ob-jetivos em comum entreas quatro empresas re-cuperadas. “É uma trocade saberes, e a UNISOLBrasil está aqui para arti-cular e dar apoio as coo-perativas filiadas, esta-mos fazendo o papelde ligar as pontas”,acrescentou o Coorde-nador-Geral da UNISOLBrasil Alexandre Antonio

da Silva, que teve o pa-pel de mediador duranteo encontro.

Durante a reunião fo-ram levantadas discus-

sões acerca das áreas:financeira, jurídica, tra-balhista, administrativa,estatutária, formação ecomércio entre as coo-

perativas.Sempre usando a ex-

periência de sucesso eestabilidade das própriascooperativas.

Integrantes das empresas recuperadas de São Paulo em reunião na Uniforja, Diadema

Trabalhadoresda Uniforja,Diadema

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Empreendimento Filiado

Ocenário é o Complexodo Alemão, conjuntode 13 favelas da Zona

Norte do Rio de Janeiro, habi-tado por aproximadamente400 mil pessoas.

Uma mulher, integrante daCooperativa de Catadores doComplexo do Alemão, que mo-rou no galpão da cooperativadurante dez anos junto comseus três filhos e marido, é be-neficiada através do programa‘Minha Casa Minha Vida’ doGoverno Federal.

Este é um breve relato daexperiência de vida de ZildaBarreto, uma senhora de 55anos, que morou praticamentetoda sua vida nesta comuni-dade.

Essa história começa em2002, quando o filho mais novode Zilda, presenciando todadificuldade pela qual a famíliavinha passando, ouviu na TV oentão candidato a presidênciaLula, que em discurso falou so-bre os catadores, dizendo so-bre as melhorias que traria paraesta classe trabalhadora - fatoque cumpriu posteriormentedurante seus dois mandatos -.

Foi então que esse meninode apenas seis anos, fez umapelo a mãe, pedindo a Zildaque entrasse para a coleta se-letiva. Foi assim que esta mulhertornou-se uma catadora e fun-dou a Cooperativa de Cata-

jornal

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dores do Complexo do Ale-mão, que posteriormente, em2007 viria se filiar a UNISOL Bra-sil.

Como fundadora e presi-dente da cooperativa, Zildaviu-se obrigada, pela dificul-dade que a vida vinha lhe im-pondo, a se mudar com suafamília para o galpão da coo-perativa, “toda família precisade privacidade, e nós não tí-nhamos. Toda hora chegavaum catador pedindo ajuda eeu tinha que recebê-los dentroda minha casa, não podia dizernão”, relembra Zilda.

A necessidade pela qual

essa família vinha passandoera muito grande, até que omarido de Zilda resolveu es-crever uma carta para o ‘Mi-nha Casa Minha Vida’, sem se-quer imaginar que seria con-templado. Dois anos após terse inscrito, chegou a notifica-ção, e em 27 de dezembro de2010 a família foi agraciadacom a entrega de um aparta-mento no Conjunto Habitacio-nal Jardim das Palmeiras, “sin-ceramente, agente nem espe-rava”, conta Zilda.

Ao ser questionada sobre oque muda na vida de umapessoa ter uma casa, Zilda res-

Exemplo de perseverança

ponde, “muda que hoje euposso dizer que agente temuma vida digna, porque viverde forma irregular, no meio dolixo, aquilo para mim não eradigno”, e completa dizendoque “sempre acreditei quealgo iria mudar minha vida”.

Ainda existem outras milhõesde pessoas que vivem em si-tuação e áreas de risco dentrodaquela comunidade. “Hojeainda vejo amigos e familiaresque estão dentro da comuni-dade, e minha luta hoje é poreles, meu sonho é vê-los am-parados como eu estou”, afir-ma Zilda Barreto.

Complexo doAlemão, RJ

Zilda Barreto, mudade vida ao receber

nova casa doGoverno Federal

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5jornal

Parceiros Nacionais

Foi realizada no mês de ja-neiro uma reunião entremembros do DRS (Desen-

volvimento Regional Sustentá-vel) - Banco do Brasil e UNISOLBrasil no Centro de FormaçãoCelso Daniel em São Bernardodo Campo, SP.

Estiveram presentes neste

encontro, o SuperintendenteEstadual de São Paulo do DRS,Vanderson Aparecido da Silva,o Gerente Regional de SãoBernardo do Campo, Nelson,e alguns membros da UNISOLBrasil.

Na ocasião foi apresentadopelo superintendente do DRS

a estratégia de ação da enti-dade.

E ficou incumbida à equipeda UNISOL Brasil de SP, a tarefade identificar e mapear as pos-sibilidades de ações junto aalguns empreendimentos filia-dos em SP, além de levantarpossíveis ações que já estejam

em andamento junto ao DRS,com o objetivo de estreitar la-ços e otimizar possíveis ações.Segue entrevista realizada como Superintendente Estadual doDRS para que fique mais claroas Ações e projetos da enti-dade junto aos empreendi-mentos da UNISOL Brasil.

DRS aproxima ações junto aempreendimentos da UNISOL Brasil

Jornal UNISOL Brasil – Comente

sobre o objetivo do DRS?

Vanderson Aparecido da Silva

-A estratégia DRS busca im-pulsionar o desenvolvimentosustentável das regiões brasi-leiras, considerando as poten-cialidades, vocações e ca-racterísticas locais, sempre res-peitada a diversidade cultural.Com o DRS, o BB atua não so-mente como instituição decrédito, mas como catalisadorde ações, fomentando, arti-culando e mobilizando par-cerias com o Setor Público, ainiciativa privada e a socie-dade, para a estruturaçãodas atividades produtivas, ru-rais e urbanas, em negóciossustentáveis.

JUB - Quais são seus objetivos

junto à Economia Solidária?

Vanderson - O DRS tem o ob-jetivo de estruturar cadeiasprodutivas, com visão de ca-deia de valor, apoiando a for-mação de redes de colabo-ração e fortalecendo os ca-pitais humano, produtivo e so-cial, gerando trabalho, rendae solidificando os negócioscom o micro e pequeno em-preendedor rural e urbano.Dentre as ações incentivadas,destacam-se a capacitaçãodos pequenos e micros em-preendedores, o estímulo ao

associativismo e ao coopera-tivismo, a introdução de novastecnologias, a disseminaçãoda cultura empreendedora ea promoção do acesso aocrédito. Com isso cria oportu-nidades de ampliar a ofertade crédito, por exemplo doPronaf e do BB MicrocréditoDRS.

JUB - Em quais diretrizes o DRS

atua?

Vanderson - O DRS orienta as

ações para o desenvolvimen-to sustentável a partir da es-truturação de atividades pro-dutivas e da realização denegócios sustentáveis. Temcomo premissas que as ativi-dades produtivas sejam de-senvolvidas observando o tripéda sustentabilidade - seremeconomicamente viáveis, so-cialmente justas e ambiental-mente corretas - e respeitema diversidade cultural da re-gião onde estiverem inseridas.

Nesse sentido, a geração detrabalho e renda, a conser-vação ambiental e a inclusãosocial e produtiva são o foco.A base de sua atuação é aconcertação – a orquestra-ção de esforços – como fer-ramenta para estimular os di-versos atores envolvidos a cria-rem soluções e a conduziremo seu próprio processo de de-senvolvimento. Além disso,atua nos elos das cadeias pro-dutivas, desde o fornecimentode insumos, passando pelaprodução, beneficiamento,transporte, arma zenagem, co-mercialização, até chegar aoconsumidor final, envolvendoinstituições públicas, financei-ras, centros tecnológicos,agências de fomento, institu-tos de pesquisa, entre outros.Dentre as cadeias produtivaspriorizadas pelo DRS, estão abovinocultura de leite, a man-diocultura, o biodiesel, a o vi-nocaprinocultura,a cafeicul-tura, a apicultura, o artesa-nato, a reciclagem, entre ou-tras.

JUB - O que é a Loja da Sus-

tentabilidade?

Vanderson - Alguns produtosgerados nas ações de DRSganham destaque na Loja daSustentabilidade, uma loja emexpansão na internet.

O superintendentedurante apresentação

do DRS

Entrevista com Superintendente Estadual de SP do DRS, Vanderson Aparecido da Silva

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Cooperação Internacional

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Termo de cooperação é assinadoentre parceiros italianos e UNISOL BrasilN

o mês de janeiro, a UNISOLBrasil - Central de Coope-rativas e Empreendimentos

Solidários -, viveu um momento im-portante para seu processo deconsolidação. Parcerios italianos,integrantes da ONG ISCOS da Emí-lia Romagna, ligada a uma dascentrais sindicais italianas, CISL deÍmola, estiveram visitando a sededa Central de Cooperativas emSão Bernardo do Campo para as-sinar um 'termo de cooperação'que visa fortalecer os laços institu-cionais entre as três entidades. Naocasião, estiveram presentes o Pre-sidente da UNISOL Brasil, ArildoMota Lopes, Andrea Cortesi Diretorda ISCOS Emília Romagna, DaniloFrancesconi Secretário Geral deCISL de Ímola, Stefano Franceschelliassessor de imprensa da CISL deÍmola e Aldenice Coelho repre-senstante da ISCOS no Brasil. Daniloexplica que a relação históricaentre Itália e Brasil é provenienteda parceria feita em um primeiromomento entre a CUT – CentralÚnica dos Trabalhadores – e aCISL, onde no ano de 1997, quan-do a UNISOL Brasil ainda não existia,foi assinado um acordo feito jus-tamente para a construção noGrande ABC de uma central decooperativas com o cunho de re-presentação política dos empreen-dimentos que viessem a ser filiados,a UNISOL Brasil.

Durante esta visita, os parcei-ros italianos assinaram um impor-tante convênio com a UNISOLBrasil, para a consolidação de

projetos nos empreendimento so-lidários da região nordeste dopais. A respeito deste mesmo pro-jeto que financiaram na regiãonordeste, Andrea Cortesi da Iscoscontou que a Agência de Coo-peração Internacional da Confe-deração dos Trabalhadores - CISLda Itália, em parceria com a UGTdo país Valência da Espanhaestão realizando um projeto parao financiamento da construçãode uma escola móvel no nor-deste brasileiro e escolas sindicaisda CUT na mesma região.

Com este projeto, a instituiçãoitaliana pretende fortalecer as re-lações sindicais entre as três cen-

trais: Itália, Espanha e Brasil, a úl-tima especificamente na regiãonordeste, que é uma das regiõesmais pobres do país, “vamosaproximar as relações sindicaisentre as nossas centrais e as cen-trais da CUT aqui no Brasil”, afirmaAndrea representante da Iscos.

Este novo acordo prevê basi-camente dar apoio aos em-preendimentos filiados a UNISOLBrasil, e aos empreendimento daEconomia Solidária que a Iscos ea Nexus já apóiam há algunsanos como a Rede Sol, centraldas cooperativas de reciclagemde MG, e a Justa Trama, umacentral na área têxtil do algodão.

Além do apoio aos empreen-dimentos, também pretendemrealizar intercâmbios entre os diri-gentes da UNISOL e dirigentes sin-dicais e oferecer capacitaçõespara os técnicos da UNISOL Brasil.

O acordo prevê estimular asrelações sindicais internacionais,“encontrar novos projetos paraampliar a rede da Economia Soli-dária também fora do Brasil emoutros países da América-Latina,mas também pode ser da África,como Angola e Moçambique,pois são países que falam portu-guês e onde a Iscos e a Nexus temprojetos de cooperação”, com-pleta Andrea Cortesi.

A UNISOL Brasil, porintermédio de sua diretoria,expressa seus sentimentos emrelação as vítimas dos desastresocorridos no mês de janeiro, naregião serrana do Rio de Janeiro,atenção às cidades de

Terezópolis, Nova Friburgo ePetrópolis.Gostaríamos também de uma

atenção especial as cinco vitimasda associação dos produtoreshortifrutigranjeiros do estado dorio de janeiro, filiada a UNISOL

Brasil, que fica sediada na regiãoagrícola de Terezópolis. edesejamos que se restabeleçamlogo os 145 cooperadosrestantes da associação queperderam toda produçãodurante as fortes chuvas.

Visita dos parceiros italianos a sede da UNISOL Brasil em SBC, SP

Nota!

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Avani de Araújo Sil-va, 46 anos, nas-cida em Campina

Grande, PB, começoudesde cedo a trabalhar,já que era de uma famíliamuito pobre e bastantenumerosa. Começoucomo sacoleira, venden-do esponja de aço, fós-foro e sal. “Minha mãe fa-lava que eu nasci pra servendedora”, conta.

Avani casou-se cedo,aos 16 anos, logo apósteve uma uma filha quetinha muitos problemascom alimentação, e essefoi o início de tudo. Natentativa de ajudar a filha,Avani procurou a ajudada Pastoral da Criança,lugar destinado a criançasdesnutridas, que fornecea multimistura.

“Vendo a importânciado trabalho que era de-senvolvido na Pastoral daCriança e a recuperação

da minha filha, tornei-meuma lí-der comunitária”,relembra Avani.

Encantada com a pro-posta de ajudar pessoasatravés da melhorara naalimentação, Avani tor-nou-se responsável pelaárea de alimentação al-ternativa na Diocese deCampina Grande.

Até então, Avani eraanimadora da comunida-de e coordenadora daparoquial, foi quando apartir de uma assembléiana Paróquia Sopro do Es-pírito Santo, surgiu a idéiade montar uma coope-rativa que trabalhassecom alimentação, quemais tarde daria origema Coopernut.

“Na primeira reuniãocontamos com a presen-ça de mais de 50 pessoas.A partir da terceira reuniãocomeçamos a estudar osprincípios do Associativis-

mo e Cooperativismo”, re-lembra Avani. Foi entãoque esta empreendedorapropôs ao grupo que pas-sassem a produzir a Multi-mistura. “Foi aí que veio anossa primeira dificuldade,a financeira. Então nosreunimos e como tínha-mos crédito, fui a um mer-cado comprar os ingre-dientes para fazer a Mul-timistura. Foi com uma em-balagem de plástico e orótulo colado com fita du-rex, que colocamos o nos-

so produto no mercado”,relembra Avani.

Atualmente, a funda-ção da Coopernut, Avaniestá no terceiro mandatoda diretoria da coopera-tiva e conseguiu imple-mentar no empreendi-mento princípios como: apontualidade na entrega,respeito com o cliente ecompromisso com o pró-ximo.

Quando questionadasobre os projetos para ofuturo, Avani afirma quepretende continuar trans-formando vidas de mu-lheres sem perspectiva emgrandes empreendedo-ras. Recentemente Avanirecebeu da Superinten-dência Estadual do Bancodo Brasil, EMBRAPA e SE-BRAE o prêmio de mulherempreendedora, comoforma de reconhecimentopor todo o seu trabalhoacima relatado.

Destaque

Empreendimento

Tema: Educação,treinamento e

informação

As cooperativasproporcionameducação e

treinamento paraos sócios e

dirigentes, demodo a contribuir

com odesenvolvimentoda cooperativa.

notas do leitor

7jornal

Metalúrgicos deSão Bernardo do

Campo transformam a

antiga empresafarmacêutica Lawes

em CooperativaUnimáquinas.

Aconteceu, no Rio deJaneiro, em

dezembro de 2010, oSetorial de Reciclagemda UNISOL Brasil.

ADiretoria Executiva

da UNISOL Brasil

se reuniu no mês de

fevereiro no Centro de

Formação Celso Daniel

em SBC, SP, para definir

novos rumos da

entidade.

Diretora executiva recebe prêmiode mulher empreendedora da Paraíba

Coopcent-ABC filia-se a UNISOL Brasil

Opresidente da

UNISOL Brasil

participou durante

o mês de janeiro de

reunião com os

dirigentes daCentral no estado

da Bahia.

A Coopcent-ABC realizou nodia 15 de janeiro, sua assembléiaextraordinária no Centro de For-mação Celso Daniel em São Ber-nardo do Campo, SP.

A Coopcent-ABC – Cooperati-va Central de Catadores e Cata-doras de Materiais recicláveis doGrande ABC –, reúne dez gruposde quatro municípios do GrandeABC: Diadema, Mauá, Ribeirão Pi-res e São Bernardo do Campo.Congregando ao todo, aproxima-damente duzentos catadores ecatadoras.

Este emprendimento tem se tor-nado uma referência na articula-ção de grupos do Grande ABCpor meio da venda conjunta e noavanço de tecnologias na trans-

formação de garrafas pet em varal.Prevê ainda, melhorias nas condi-ções de trabalho e renda, após aaprovação dos editais da FUNASAe BNDES. Segundo Fabio Cardoso,coordenador do projeto catadoresde SP, da UNISOL Brasil, ‘A filiação

da Coopcent-ABC vem reforçaro compromisso que a UNISOL Brasiltem com este segmento, que jápassa de cem empreendimentosfiliados, sendo o terceiro maior Se-torial da Central de Cooperativase Empreendimentos Solidários’.

quinto princípio docooperativismo

Catadores da Coopcent-ABC se reúnemem assembléia de filiação à UNISOL Brasil

Avani de Araújo Silva

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Empreendimento Filiado

jornal

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você sabia?

1 Que para reciclar o alumínio são gastosapenas 5% da energia utilizada na

extração, ou seja, uma economia suficientepara manter iluminadas 48 residências?

2 Que todo oprocesso de

reciclagem doalumínio noBrasil envolvemais de 2 milempresas?

3 Que umalata de

alumíniodemora mais de100 anos para sedecompor nanatureza?

4 Que no Brasil são consumidas 51 latas dealumínio por habitante por ano, enquanto

nos Estados Unidos esse número chega a 375latas por habitante?

5 Que, segundo a revista semanal inglesa“The Economist”, o Brasil se tornará a

sétima maior economia do planeta no anode 2011, com Produto Interno Bruto (PIB)superior a US$ 2 trilhões de dólares?

u Colabore. Enviesuas sugestões

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nte O Jornal UNISOL Brasil é uma publicação da UNISOL Brasil Central de Cooperativas

e Empreendimentos Solidários u Jornalista Responsável: Marianna Fanti u MTB 55.401u Tiragem: 4 mil exemplares u Distribuição Gratuita u Projeto Gráfico e Diagramação:Fundação PoliSaber u Endereço: Travessa Monteiro Lobato, 95 - 1º andar Centro -S.Bernardo do Campo - SP - CEP 09721-140 u E-mail: [email protected] u Site: www.unisolbrasil.org.br u Telefone para contato: (11) 4127-4747

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Quem disse que Cooperado daCooperativa Mista Agropecuá-ria dos Pequenos Agricultores

do Sudoeste da Bahia – COOPASUB – sótrabalha na lavoura? Os projetos daCooperativa não se resumem em Assis-tência Técnica para o campo, com-preendem também a inclusão social pormeio de Estações Digitais. Ao todo jáexistem 04 pontos distribuídos nas cidadesde Anagé, Barra do Choça, Belo Campoe Cândido Sales.

Recentemente foi implantada maisuma Estação Digital na cidade de Vitóriada Conquista. Serão oferecidos cursosde informática, navegação na internete manutenção de computadores, comduração de 01 ano, para os Cooperados,alunos da Rede Pública, e a novidade éturma para Terceira Idade. A execuçãodo projeto é em parceira com a Funda-ção Banco do Brasil.

Segundo Izaltiene Rodrigues, DiretorPresidenteda COOPASUB, “essa ação éfazer com que as pessoas que não temacesso à informática possam ser treinadascom serviços que estejam ligados a essaatividade”, o que possibilita também ainserção do aluno no mercado de tra-balho.

Estiveram presentes na inauguração:parceiros, comunidade e cooperados.Para Walter Santos, Dirigente Regionaldo MST,“(...) a gente vê como uma con-quista dos trabalhadores e dos mais po-bres ”, Ayas Dias, cooperado, que nuncafez curso de informática diz “Estou comvontade departicipar, a ansiedade égrande, porque se a gente não aprendera gente vai ficar semprepra trás”, e en-fatiza dizendo que o aprendizado é im-portante para facilitar o trabalho docampo, organizando as atividades diá-rias.

Coopasub inauguramais uma estação digital

Inauguração da estação digital da CoopasubMatéria copiada na íntegra do informativo realizado pela Assessoria da Coopasub

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