UFF_Vestibular_2011_1aEtapa

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Instrues ao candidatoAlm deste caderno, voc dever ter recebido o CARTO DE RESPOSTAS com o seu nome e o seu nmero de inscrio. Confira se os dados esto corretos; em caso afirmativo, assine o carto e leia atentamente as instrues para seu preenchimento. Caso no tenha recebido o carto ou os seus dados no estejam corretos, notifique imediatamente ao fiscal. Em seguida, verifique se este caderno contm setenta e cinco questes. Cada questo apresenta cinco alternativas de resposta, sendo apenas uma delas a correta. No carto de respostas, atribuir-se- pontuao zero a toda questo com mais de uma alternativa assinalada, ainda que dentre elas se encontre a correta. No permitido fazer uso de instrumentos auxiliares para clculo e desenho, portar material que sirva de consulta, nem copiar as alternativas assinaladas no CARTO DE RESPOSTAS. A Tabela Peridica dos Elementos Qumicos est disponvel para consulta no verso deste caderno. O tempo disponvel para esta prova, incluindo o preenchimento do CARTO DE RESPOSTAS, de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos. Reserve os vinte minutos finais para preencher o carto, usando caneta esferogrfica com tinta azul ou preta, de corpo transparente e de ponta mdia. Quando terminar, entregue ao fiscal o CARTO DE RESPOSTAS, que poder ser invalidado se voc no o assinar. O candidato que se retirar do local de realizao desta prova aps 3 (trs) horas e 30 (trinta) minutos do incio da mesma poder levar seu CADERNO DE QUESTES.

1

a

etapa

Aps o aviso para incio das provas, voc dever permanecer no local por, no mnimo, noventa minutos.

CIVILIZAO: diferenas e renovao

(...) o civilizado aquele que reconhece que as convices mais fundamentais etc. filosficas, ticas, estticas, religiosas

de qualquer cultura, inclusive da sua, so falveis.

Antonio Ccero. Barbrie e civilizao. Folha de So Paulo, 28/07/2007.

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Prezado Candidato,

Este caderno contm setenta e cinco questes de mltipla escolha que constituem a primeira etapa do Vestibular 2011 da Universidade Federal Fluminense. Com o objetivo de promover uma reflexo sobre o sentido de civilizao, as questes foram ordenadas por temticas que perpassam as diferentes disciplinas, apresentando a realidade das cidades, a biodiversidade e o multiculturalismo, bem como o progresso sociopoltico, cientfico e tecnolgico. As questes de lngua estrangeira, de nmeros 68 a 75, encontram-se ao final da prova e voc dever respond-las segundo a sua opo no ato de inscrio no Concurso. Caso voc prefira resolver a prova por disciplina, oriente-se pela legenda colorida de cada uma, segundo o quadro abaixo.

A Coordenao Acadmica (COSEAC/UFF) DISCIPLINASBIOLOGIA FILOSOFIA FSICA GEOGRAFIA HISTRIALNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS L. PORT.

QUESTES 23 - 27 - 29 - 37 - 38 - 39 - 40 - 57 08 - 09 - 10 - 14 - 44 - 50- 53 - 55 07 - 17 - 32 - 33 - 34- 35 - 62 - 63 03 - 05 - 16 - 21 - 26 - 30- 41 - 67 02 - 04 - 25 - 42 - 45 - 51- 65 - 66 01 - 11 - 12 - 13 - 15 - 18 - 19 - 20 - 24 - 48 - 49 22 - 28 - 31 - 36 - 46 - 47 - 54 - 56 03 - 08 - 14 - 18 - 28 - 43 - 46 - 52- 66 06 - 43 - 52 - 58 - 59 - 60 - 61- 64 68 - 69 - 70 - 71 - 72 - 73 - 74 - 75 68 - 69 - 70 - 71 - 72 - 73 - 74 - 75 68 - 69 - 70 - 71 - 72 - 73 - 74 - 753

MATEMTICA QUMICA LNGUA ESPANHOLA LNGUA FRANCESA LNGUA INGLESA

TEXTO I

Civilizao o estgio da cultura social e da civilidade de um agrupamento humano caracterizado pelo progresso social, cientfico, poltico, econmico, artstico, ambiental e tico.http://www.citador.pt/pensar. (adaptado)

CHARGE 1

CHARGE 2ESCUTA ! A NOSSA MSICA.

MIGUEL, Jornal do Brasil, anos 1970 MIGUEL, Jornal do Brasil, anos 1970

CHARGE 3ENTO S NOS UMA MULTIDO DE FAMINTOS SE APROXIMA! NO D, NS CHAMEM O EXRCITO! ENTO VAMOS PEDIR MAS NS LIQUIDAMOS A CLASSE TODAS AS MDIA! FLORESTAS! RESTA FUGIR PR MATO! QUE MATO? NS DERRUBAMOS

AJUDA PRIVATIPRA ZAMOS OS QUARTIS! CLASSE MDIA!

Santiago, Tinta Fresca

01(A) (B) (C) (D) (E)

O conceito ideal de civilizao expresso no Texto I, comparado s temticas das trs charges apresentadas acima, justifica a seguinte afirmativa: a ideologia de pacificao e de alheamento presentes nas trs charges ratifica o conceito de civilizao, vinculado ao progresso de um determinado agrupamento social. as charges exemplificam atitudes representativas de um progresso civilizatrio segundo uma concepo de ideal de convivncia humana. os fatos representados estilizam, nas charges, pela ironia, o conceito de civilizao, segundo as perspectivas desejveis de conquistas no mbito poltico, socioeconmico e artstico. as situaes vividas pelos personagens das charges so representativas das consequncias da globalizao e do progresso sustentvel que caracterizam o desenvolvimento de uma civilizao. os diferentes comportamentos humanos expressos nas charges apontam uma perspectiva de efetivo progresso social, cientfico, poltico, econmico e artstico. 4

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Diante dos resultados da Primeira Guerra Mundial na Europa, entraram em decadncia os valores civilizacionais construdos no sculo XIX e com eles as matrizes fundadoras do Ocidente, sendo substitudos por novos valores. Assinale a alternativa que relaciona corretamente eventos do perodo posterior a 1918 com os eventos anteriores a 1930. (A) (B) (C) (D) (E) Comeo da militarizao europeia com a criao da OTAN. / Crise econmica de 1929. Incio da hegemonia norte-americana com a Segunda Revoluo Industrial. / Construo do Muro de Berlim. Ascenso do nazismo na Alemanha com a liderana de Hitler. / Crise do socialismo real. Fim da hegemonia inglesa e de seu modelo industrial. / Incio de movimentos sociais crticos do liberalismo, como o fascismo italiano. Inaugurao dos movimentos vanguardistas europeus. / Surgimento das teorias psicanalistas com Freud.

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ESTADOS DOS BLCS EM 1949 E EM 2008

DURAND, M.F. et alii. Atlas da mundializao. So Paulo:Saraiva, p.75.

Dois fatores fundamentais responsveis pelas mudanas territoriais, registradas nos mapas, encontram-se em: (A) (B) (C) (D) (E) emergncia de nacionalismos e fortalecimento de diferenas culturais controle externo de arsenais nucleares e diversidade tnico-lingustica perseguies religiosas e interesses do capital especulativo radicalismos poltico-ideolgicos e desagregao da Unio Europeia controle da produo de gs e reao presena militar estrangeira Tendo em vista os mapas da questo anterior, pode-se afirmar que a regio considerada est marcada, desde a Idade Mdia, por conflitos entre rabes e muulmanos em disputas por terras na regio de Chipre e de Bizncio que levaram unificao aps a Primeira Guerra Mundial, atravs da formao da Iugoslvia sob a liderana do Marechal Tito. possui a marca da instabilidade, resultante de questes de ordem cultural e tnica, promovedoras de avanos territoriais que resultaram em guerras e chacinas, como as praticadas por Soblodan Milosevic em nome da purificao tnica. propiciou a continuidade das polticas raciais decorrentes das aes nazistas, levando ao extermnio de milhares de srvios e croatas e tendo como consequncia o isolamento da regio e a crise econmica de 2009 com o fim do socialismo real. definiu-se como rea de disputas entre americanos e russos durante o perodo da Guerra Fria, fazendo com que, com o fim dessa guerra, a regio se dividisse em vrios estados independentes patrocinadores da Unio dos Povos Eslavos, sob a liderana da Albnia. afirmou-se como campo de disputas econmicas entre Estados Unidos e Unio Europeia, representando no cenrio internacional o nico caso em que o processo de globalizao levou a guerras fratricidas que envolveram questes raciais. 5

04(A) (B)

(C)

(D)

(E)

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RUMO ECONOMIA DA BIOCIVILIZAO

O setor produtivo ser obrigado a se adaptar a uma nova matriz energtica e a agricultura ser empurrada a privilegiar os pequenos proprietrios rurais e seus mtodos de cultura mais sustentveis. a biocivilizao, como denominou o franco polons Ignacy Sachs, autor do conceito de ecodesenvolvimento. As civilizaes que viro sero diferentes das antigas, j que a humanidade se encontra em um novo e superior ponto da espiral do conhecimento, afirma Sachs.Revista ISTO, ano 32, no 2093, 23/12/2009, p.112.

Na perspectiva da biocivilizao, um aspecto fundamental a ser incorporado o da renovao da matriz energtica, apoiada em fontes alternativas, como por exemplo, a energia gerada pelo vento. No caso do territrio brasileiro, considerando esse tipo de energia e a velocidade constante dos ventos, o maior potencial elico concentra-se no seguinte segmento: (A) (B) (C) (D) (E) borda sul da Amaznia. borda oriental da Amaznia. litoral do Sudeste. litoral do Nordeste. chapadas do Centro-Oeste.

Evitar ou controlar o impacto causado pelas atividades humanas no meio ambiente uma preocupao mundial. Como em muitas outras atividades, a fabricao de produtos qumicos envolve riscos. Mas a indstria qumica, apontada por muitos anos como vil nas agresses natureza, tem investido em equipamentos de controle, em novos sistemas gerenciais e em processos tecnolgicos para reduzir ao mnimo o risco de acidentes ecolgicos. Quando se utilizam sabes e detergentes nos processos de lavagem industriais ou domsticos , os resduos vo para o sistema de esgoto. Aps algum tempo, os resduos so decompostos por micro-organismos existentes na gua. Diz-se, ento, que esses compostos so biodegradveis. As estruturas apresentadas a seguir so exemplos dessas substncias:O O O Na +

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Com base nas estruturas observadas, pode-se afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) os sabes so produtos de hidrlise cida de teres. os detergentes so compostos orgnicos obtidos a partir da hidrlise de gorduras animais e leos vegetais. os detergentes mais comuns so sais de cidos sulfnicos de cadeias curtas. tanto os sabes quanto os detergentes derivados de cidos sulfnicos so denominados catinicos. na estrutura do sabo, a parte apolar interage com a gordura e a parte polar com a gua.

Em dias frios, o chuveiro eltrico geralmente regulado para a posio inverno. O efeito dessa regulagem alterar a resistncia eltrica do resistor do chuveiro de modo a aquecer mais, e mais rapidamente, a gua do banho. Para isso, essa resistncia deve ser (A) (B) (C) (D) (E) diminuda, aumentando-se o comprimento do resistor. aumentada, aumentando-se o comprimento do resistor. diminuda, diminuindo-se o comprimento do resistor. aumentada, diminuindo-se o comprimento do resistor. aumentada, aumentando-se a voltagem nos terminais do resistor. 6

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Durante a maior parte da histria da humanidade, o bem-estar e o interesse dos governantes tm predominado sobre o bem-estar e o interesse dos governados. Os gregos foram os primeiros a experimentar a democracia, isto , regime poltico em que os cidados so livres e o governo exercido pela coletividade para atender ao bem-estar e ao interesse de todos, e no s de alguns. Aristteles refletiu sobre essa experincia e concluiu que a finalidade da atividade poltica (A) (B) (C) (D) (E) evitar a injustia e permitir aos cidados serem virtuosos e felizes. impor a todos um pensamento nico para evitar a diviso da sociedade. preparar os cidados como bons combatentes para conquistarem outros povos. habituar os seres humanos a obedecer. agradar aos deuses.

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O perodo do Renascimento foi muito frtil em reflexes polticas. Em contraste com o pragmatismo de Maquiavel, alguns pensadores, inconformados com os males de seu tempo, escreveram sobre sociedades imaginrias. As obras desses pensadores expunham anlises realistas que denunciavam as imperfeies das sociedades, e continham propostas de sociedades ideais, baseadas na Razo e capazes de promover a paz, o conhecimento, a justia e a igualdade em benefcio de todos os seres humanos. A obra mais representativa dessas novas propostas

(A) (B) (C) (D) (E)

O Discurso do Mtodo, de Ren Descartes (1637). Leviat, de Tomas Hobbes (1651). Sobre o Direito de Guerra e de Paz, de Hugo Grcio (1625). Dilogo sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo, de Galileu Galilei (1632). Utopia, de Tomas More (1516).

Desde a Idade Moderna, quase todas as sociedades enfrentaram o dilema de optar entre duas concepes distintas e opostas sobre o poder. Dois filsofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke foram responsveis por sintetizarem essas concepes. Segundo Thomas Hobbes, o ser humano em seu estado natural selvagem e cada um inimigo do outro; mas, quando o ser humano abre mo de sua prpria liberdade e a autoridade plena do Estado estabelecida, passam a predominar a ordem, a paz e a prosperidade. Para John Locke, o ser humano j dotado em seu estado natural dos direitos de vida, liberdade e felicidade e, assim, a autoridade do Estado s legtima quando reconhece e respeita esses direitos e, para que isso se concretize, necessrio limitar os poderes do Estado. Assinale a alternativa que apresenta as duas concepes polticas associadas, respectivamente, a esses filsofos. (A) (B) (C) (D) (E) Mercantilismo e Fisiocracia. Classicismo e Barroco. Absolutismo e Liberalismo. Subjetivismo e Objetivismo. Nacionalismo e Internacionalismo.

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TEXTO IIUma mesa cheia de feijes. O gesto de os juntar num monto nico. E o gesto de os separar, um por um, do dito monto. O primeiro gesto bem mais simples e pede menos tempo que o segundo. Se em vez da mesa fosse um territrio, em lugar de feijes estariam pessoas. Juntar todas as pessoas num monto nico trabalho menos complicado do que o de personalizar cada uma delas. O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno todas as pessoas de um mesmo territrio, o processo da CIVILIZAO. O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilizao, o processo da CULTURA. mais difcil a passagem da civilizao para a cultura do que a formao de civilizao. A civilizao um fenmeno colectivo. A cultura um fenmeno individual. No h cultura sem civilizao, nem civilizao que perdure sem cultura.

TEXTO III

Pasolini foi o mais aguerrido defensor da diferena, ao detectar uma verdadeira mutao antropolgica do mundo moderno: a condio humana e a condio burguesa passavam tristemente a coincidir. Tratava-se de 5 5 um poder invisvel, diludo e onipresente. Tudo se tornava igual a tudo em todo lugar. Era a melancolia da semelhana, inspirando boa parte de seus desesperados Escritos corsrios. Era o fascismo de consumo que devastava a singularidade das culturas. Era o fim dos 10 10 substratos sagrados, como vemos acontecer em Media. O sujeito dava espao ao consumidor. O corpo passava condio de mercadoria. Uma erotomania generalizada a braos dados com o bom-mocismo desenxabido do politicamente correto. Toda razo para Garaudy: o Ocidente 15 15 um acidente. Um acidente que se imagina universal. Tanto assim que, de Roma a Nova York, de Buenos Aires a Paris, Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais parecidos entre si, a um s tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas. Em Isfahan, por exemplo, muitos 20 20 comeavam a usar um corte de cabelo europeia. Para dizer que no eram iguais aos brbaros, aos mortos de Almada Negreiros fome dos arredores: somos burgueses, eis aqui nossos Vocabulrio cabelos compridos, que provam nossa modernidade aunar - juntar em um todo; unir internacional de privilegiados. Recusavam a prpria 25 cultura para ingressar acfalos no submundo da TEXTO IV modernidade. Quem poder pressentir a profundidade do abismo que os ameaa ou a tristeza que os cerca? Quem O dia em que ns formos inteiramente brasileiros e os poder salvar de si mesmos? s brasileiros a humanidade estar rica de mais uma Marco Lucchesi raa, rica de uma nova combinao de qualidades Vocabulrio humanas. As raas humanas so acordes musicais Medeia - personagem da mitologia grega (...) Quando realizarmos o nosso acorde, ento erotomania - exagerao, s vezes mrbida, dos sentimentos seremos usados na harmonia da civilizao.Mrio de Andrade amorosos e do fascnio por contatos sexuais; mania de sexo Garaudy - Roger Garaudy, pensador francs Isfahan - cidade no Ir

11(A)

Assinale a alternativa que apresenta comentrio adequado sobre a relao de sentido entre os fragmentos dos Textos II e III, a seguir transcritos: A cultura um fenmeno individual. (Texto II, linha 18) / somos burgueses, eis aqui nossos cabelos compridos, que provam nossa modernidade internacional de privilegiados. (Texto III, linhas 22-24) Comentrio: O segundo fragmento (Texto III) implica, pelo discurso citado, um conflito com o sentido do termo cultura enunciado no primeiro fragmento (Texto II). O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilizao, o processo da CULTURA. (Texto no submundo da modernidade. II, linhas 13-14) / Recusavam a prpria cultura para ingressar acfalos (Texto III, linhas 24-26) Comentrio: O segundo fragmento (Texto III) enfatiza o conceito de cultura do primeiro (Texto II). O primeiro gesto, o de reunir, aunar, tornar uno todas as pessoas de um mesmo territrio, o processo da (Texto II, linhas 10-12) / Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais parecidos entre si, a um s tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas. (Texto III, linhas 17-19) Comentrio: Os dois fragmentos baseiam-se em conceitos de cultura como um processo de homogeneizao.CIVILIZAO.

(B)

(C)

.

(D)

Juntar todas as pessoas num monto nico trabalho menos complicado do que o de personalizar cada uma delas. (Texto II, linhas 7-9) / Era o fascismo de consumo que devastava a singularidade das culturas.(Texto III, linhas 8-9)

Comentrio: Os dois fragmentos se contradizem por questionarem o conceito de cultura como um fenmeno coletivo. (E) No h cultura sem civilizao, nem civilizao que perdure sem cultura. (Texto II, linhas 19-20) / Quem poder pressentir a profundidade do abismo que os ameaa ou a tristeza que os cerca? (Texto III, linhas 26-27) Comentrio: O segundo fragmento (Texto III), pela pergunta retrica, expressa um questionamento quanto validade dos conceitos de civilizao e cultura do primeiro fragmento (Texto II). 8

que correlaciona, quanto ao sentido do termo 12 Assinale a alternativao fragmento de Almada Negreiros (Texto II). civilizao, o fragmento de Mrio de Andrade (Texto IV) com (A) (B) (C) O Texto IV personaliza individualmente o termo civilizao, tornando-o sinnimo do conceito de cultura como ocorre no Texto II. O Texto IV se vale da metfora do acorde musical para especificar o conceito de civilizao como um fenmeno individual como se apresenta no Texto II. O Texto II emprega juntar feijes em uma mesa, enquanto o Texto IV emprega realizarmos o nosso acorde, ambos para designar as aes que transformam indivduos em um conjunto maior que se pode chamar de civilizao. O Texto II considera que cultura significa personalizar cada ser que pertence a uma civilizao, enquanto o Texto IV afirma que civilizao tem limites territoriais como cultura. O Texto IV aponta que civilizao algo que vai alm do territrio nacional, enquanto o Texto II aponta que o termo cultura designa um fenmeno que vai muito alm do individual.

(D) (E)

13(A)

Assinale a alternativa que apresenta comentrio adequado a um dos fragmentos dos Textos II e III, com base em aspectos sintticos, morfolgicos e semnticos. Pasolini foi o mais aguerrido defensor da diferena, ao detectar uma verdadeira mutao antropolgica do mundo moderno: a condio humana e a condio burguesa passavam tristemente a coincidir. (TextoIII, linhas 1-4)

Comentrio: O uso dos dois pontos interfere ironicamente no esclarecimento do que foi enunciado. (B) O gesto de os juntar num monto nico. E o gesto de os separar, um por um, do dito monto. (Texto II,linhas 2-3)

Comentrio: O emprego da conjuno coordenativa E implica sempre a obrigatoriedade do uso do ponto final na orao anterior. (C) Uma erotomania generalizada a braos dados com o bom-mocismo desenxabido do politicamente correto. (Texto III, linhas 12 -14) Comentrio: A expresso politicamente correto est em processo de gramaticalizao e, no fragmento, constitui uma locuo de valor conjuntivo. O segundo gesto, o de personalizar cada ser que pertence a uma civilizao o processo da CULTURA. (Texto II,linhas 13-14)

(D)

Comentrio: O emprego do pronome demonstrativo o apresenta uma funo coesiva, que caracteriza, no fragmento, o termo determinante do substantivo. (E) Tanto assim que, de Roma a Nova York, de Buenos Aires a Paris, Pasolini deparava-se com jovens cada vez mais parecidos entre si, a um s tempo infelizes e orgulhosos, mesquinhos e arrivistas. (TextoIII, linhas 16-19)

Comentrio: A locuo conjuntiva explicativa tanto assim que introduz argumentos para uma opinio anteriormente expressa. Na Idade Mdia, se considerava que o ser humano podia alcanar a verdade por meio da f e tambm por meio da razo. Ao mesmo tempo, o poder religioso (Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento poltico tenso e difcil. O filsofo Toms de Aquino desenvolveu uma concepo destinada a conciliar F e RAZO, bem como IGREJA e ESTADO. De acordo com as idias desse filsofo,

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(A) (B) (C) (D) (E)

o Estado deve subordinar-se Igreja. a Igreja e o Estado so mutuamente incompatveis. a Igreja e o Estado devem fundir-se numa s entidade. a Igreja e o Estado so, em certa medida, conciliveis. a Igreja deve subordinar-se ao Estado. 9

TEXTO V O homem pensa ter na Cidade a base de toda a sua grandeza e s nela tem a fonte de toda a sua misria. V, Jacinto! Na Cidade perdeu ele a fora e beleza harmoniosa do corpo, e se tornou 5 esse ser ressequido e escanifrado ou obeso e afogado em unto, de ossos moles como trapos, de nervos trmulos como arames, com cangalhas, com chins, com dentaduras de chumbo, sem sangue, sem fibra, sem vio, torto, 10 corcunda esse ser em que Deus, espantado, mal pde reconhecer o seu esbelto e rijo e nobre Ado! Na Cidade findou a sua liberdade moral : cada manh ela lhe impe uma necessidade, e cada o arremessa para uma 15 necessidade dependncia: pobre e subalterno, a sua vida um constante solicitar, adular, vergar, rastejar, aturar; rico e superior como um Jacinto, a sociedade logo o enreda em tradies, preceitos, 20 etiquetas, cerimnias, praxes, ritos, servios mais disciplinares que os de um crcere ou de um quartel... A sua tranquilidade (bem to alto que Deus com ela recompensa os santos) onde est, meu Jacinto? 25 Sumida para sempre, nessa batalha desesperada pelo po ou pela fama, ou pelo poder, ou pelo gozo, ou pela fugidia rodela de ouro!Ea de Queiroz Vocabulrio escanifrado - magro, enfraquecido unto - gordura chins - cabeleira postia, peruca

TEXTO VI

Este grafite est estampado ali no Parque dos Patins, um lugar muito frequentado pelo pblico infantil, na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio. Veja s. uma mulher fantasiada, com um fuzil atravessado nas costas, uma metralhadora na mo esquerda e uma pistola na 5 direita. L no fundo, d para ver o morro do Corcovado e o Cristo Redentor. Deve haver quem ache que arte de rua. A coluna acha um horror. apenas mais um retrato que emporcalha a paisagem carioca. Com todo respeito.Anselmo Gois.O Globo, 29/06/2010.

15(A)

Quanto construo lingustica do Texto V e a legenda do Texto VI, pode-se afirmar que a progresso das ideias nos dois textos se efetiva por um narrador de primeira pessoa, enunciado como personagem Jacinto (Texto V) e um narrador de terceira pessoa referido de modo genrico como uma coluna de jornal (Texto VI). a interlocuo se apresenta diferentemente nos dois textos: como um substantivo Jacinto (Texto V, linha 3) e como desinncia de terceira pessoa do singular do modo imperativo em Veja s. (Texto VI, linha 3) em referncia pessoa com quem se fala. o emprego do pronome pessoal lhe (Texto V, linha 14) referindo-se a homem aproxima o narrador do leitor; o emprego do pronome demonstrativo este e do advrbio ali (Texto VI, linha 1) aproximam espacialmente o narrador da imagem destacada no grafite. o uso da vrgula marca a enumerao de verbos substantivados (Texto V, linhas 17-18); a vrgula usada na descrio da mulher fantasiada (Texto VI, linha 3) encadeia a enumerao de aes simultneas. a palavra Cidade escrita com maiscula (Texto V, linha 1) produz um sentido de especificidade; a expresso Parque dos Patins (Texto VI, linha 1), com maisculas, nomeia um substantivo de valor irrestrito.

(B)

(C)

(D) (E)

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Reconhecido h tempos, dentro e fora do e pblica, o grafite 16 sendo visto tambm como um elementoBrasil, como manifestao artstica legtimarealiza sucessivas vem relevante do espao urbano, pois nele intervenes.Os grafiteiros mostram a cada dia que suas obras so bem mais do que mera contestao. Grafitar virou uma nova esttica urbana, altamente contempornea e totalmente dissociada do aspecto marginal dos pichadores de muros e fachadas.Cidade A12

Jornal do Brasil, 26/02/2010.

Com base nessa ideia e no foco da matria jornalstica, correto afirmar que atualmente o grafite (A) (B) (C) (D) (E) estimula e aprofunda o desemprego entre a populao jovem urbana. potencializa e provoca a revolta de grupos sociais oprimidos. renova e estetiza diversos trechos da paisagem urbana. fortalece e antecipa o aspecto marginal das pichaes. abandona e contesta valores estticos externos cultura nacional.

Medidas para facilitar o uso de bicicletas como meio de transporte individual esto entre aquelas frequentemente tomadas para diminuir a produo de poluentes pelo trnsito urbano. Numa bicicleta, o freio constitudo por sapatas de borracha que, quando acionadas, comprimem as rodas . Analise as trs possibilidades de posicionamento das sapatas indicadas em vermelho nas figuras abaixo. Chame de T1 , T2 e T3 o tempo necessrio para a parada total das rodas da bicicleta com cada um desses arranjos.

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Supondo que a velocidade inicial das bicicletas a mesma e que a fora feita pelas sapatas igual nos trs casos, correto, ento, afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) T1 = T 2 = T 3 T1 > T 2 > T 3 T1 > T 2 = T 3 T1 < T 2 = T 3 T1 < T 2 < T 3 11

TEXTO VII Senhora Dona Bahia, nobre e opulenta cidade, madrasta dos naturais, e dos estrangeiros madre:5 Dizei-me por vida vossa

O certo , ptria minha, que fostes terra de alarves, e inda os ressbios vos duram 20 desse tempo e dessa idade. Haver duzentos anos, nem tantos podem contar-se, que reis uma aldeia pobre e hoje sois rica cidade.25 Ento vos pisavam ndios,

em que fundais o ditame de exaltar os que aqui vm, e abater os que aqui nascem? Se o fazeis pelo interesse10 de que os estranhos vos gabem,

isso os paisanos fariam com conhecidas vantagens. E suposto que os louvores em boca prpria no valem, 15 se tem fora esta sentena, mor fora ter a verdade.

e vos habitavam cafres, hoje chispais fidalguias, arrojando personagens.Nota: entenda-se Bahia como cidade.

Gregrio de Matos

Vocabulrio alarves - que ou quem rstico, abrutado, grosseiro, ignorante; que ou o que tolo, parvo, estpido. ressbios - sabor; gosto que se tem depois. cafres - indivduo de raa negra.

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Assinale a charge que, de modo semelhante ao verso e abater os que aqui nascem?, critica, sob um enfoque metafrico, um comportamento presente na cultura brasileira, sobretudo em relao nossa identidade.Ique

(A)Raul Pederneiras, 1904

(C)

Ah! Se eu pudesse apanhar este presunto!!!

Jornal do Brasil, 22/03/90.

(B)

Rafael Camargo

12

(D)

(E)

Folha de So Paulo, 29/06/2010.

Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil

19(A) (B) (C) (D) (E)

Identifique a alternativa em que o pronome sublinhado retoma e sintetiza, na progresso textual, um enunciado anteriormente expresso. (Texto VII) Dizei-me por vida vossa em que fundais o ditame (versos 5,6) de exaltar os que aqui vm, e abater os que aqui nascem? (versos 7,8) Se o fazeis pelo interesse de que os estranhos vos gabem, (versos 9,10) isso os paisanos fariam com conhecidas vantagens. (versos 11,12) O certo , ptria minha, que fostes terra de alarves, (versos 17,18)

Todas as afirmativas sobre a construo esttica ou a produo textual do poema de Gregrio de Matos (Texto VII) esto adequadas, EXCETO uma. Assinale-a. (A) (B) (C) (D) (E) Existem antteses, caractersticas de textos no perodo barroco. H uma personificao, pois a Bahia, ser inanimado, tratada como ser vivo. A ausncia de mtrica aproxima o poema do Modernismo. O eu lrico usa o vocativo, transformando a Bahia em sua interlocutora. H diferena de tratamento para os habitantes locais e os estrangeiros.

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Os versos abaixo, do compositor Assis Valente, procuram retratar o encontro de uma dona de casa com um recenseador do IBGE.Recenseamento Em 1940 L no morro comearam o recenseamento E o agente recenseador esmiuou a minha vida foi um horror E quando viu a minha mo sem aliana encarou a criana que no cho dormia E perguntou se meu moreno era decente E se era do batente ou era da folia

Os versos da cano permitem pensar em dois indicadores demogrficos passveis de serem obtidos a partir das informaes buscadas pelo recenseador. Esses indicadores referem-se especificamente (A) (B) (C) (D) (E) taxa de urbanizao e esperana mdia de vida. taxa de mortalidade infantil e taxa de matrimnios estveis. ao ndice de Gini e taxa de alfabetizao de adultos. ao saldo migratrio e renda per capita urbana. taxa de fecundidade e populao economicamente ativa. 13

J. Carlos, 1942

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Como mostram vrios censos, nossa civilizao habita o globo terrestre de maneira muito desigual. A densidade demogrfica de uma regio a razo entre o nmero de seus habitantes e a sua rea. Atravs desse ndice, possvel estudar a ocupao de um territrio por uma determinada populao. Com relao densidade demogrfica, assinale a afirmativa incorreta. (A) (B) (C) (D) (E) Se o nmero de habitantes de uma regio dobra e sua rea permanece a mesma, ento a densidade demogrfica dessa regio tambm dobra. Se duas regies possuem o mesmo nmero de habitantes, ento a regio com maior rea possui uma densidade demogrfica maior. Se duas regies possuem a mesma rea, ento a regio com maior nmero de habitantes possui uma densidade demogrfica maior. Se duas regies possuem a mesma rea e o mesmo nmero de habitantes, ento elas possuem a mesma densidade demogrfica. Se uma regio tem 150 000 000 de habitantes e rea igual a 7 500 000 km 2, ento sua densidade demogrfica igual a 20 habitantes/km2.

Um aluno ao fazer uma pesquisa verificou que uma fmea de mosca capaz de pr em mdia cento e vinte ovos. Ele considerou que, se metade desses ovos desse origem a fmeas e que, se cada uma delas colocasse tambm cento e vinte ovos, aps sete geraes, o nmero calculado de moscas seria prximo de seis trilhes. Na verdade, isso no acontece, pois a densidade populacional depende de alguns fatores. Um fator que NO determinante para a densidade populacional a (A) (B) (C) (D) (E) imigrao. mortalidade. emigrao. natalidade. sucesso ecolgica.

23

TEXTO VIII Latas pregadas em paus fixados na terra fazem a casa Os farrapos completam 5 a paisagem ntima O sol atravessando as frestas acorda o seu habitante Depois as doze horas de trabalho Escravo 10 britar pedra acarretar pedra britar pedra acarretar pedra ao sol15 chuva

britar pedra acarretar pedra A velhice vem cedo Uma esteira nas noites escuras20 basta para ele morrer

grato e de fomeAgostinho Neto

14

24

Agostinho Neto, poeta angolano, combatente da luta anticolonial e primeiro Presidente da Repblica, apresenta uma obra que se confunde com a histria de seu pas. Um dos seus temas a relao penosa do homem com o seu trabalho no cotidiano, tornando assim sua arte popular e engajada. Em todas as alternativas, as obras de arte expressam uma das temticas presentes no poema de Agostinho Neto (Texto VIII), EXCETO em:

(A)

(D)

Di Cavalcanti

Diego Rivera

(B)

(E)

Portinari Tarsila do Amaral

(C)

Antonio Gomide

15

25

Ao se referir sociedade da ento colnia portuguesa Guin Bissau, o historiador Armando Castro afirmou: As autoridades coloniais utilizam, para os castigos corporais, a palmatria, o chicote e a vergasta. Nas transaes, os brancos praticam correntemente o roubo: roubo nos preos, nas quantidades, nas qualidades. Vai-se, nesta sociedade colonialista, at o desprezo total pela vida dos africanos. Morrem no trabalho de abate das rvores, na recolha do coconote e nos trabalhos pblicos ou afogam-se nos pntanos, quando se fazem as secagens, etc. H alguns anos, dezenas de trabalhadores africanos encontraram a morte nos trabalhos dos pntanos de Bissau. A mulher africana vtima de numerosos crimes: violaes, prostituio, etc.CASTRO, A. O Sistema Colonial Portugus em frica (meados do sculo XX). 2 ed. Lisboa:Caminho, 1980, p. 366.

O texto acima mostra as consequncias do processo de colonizao. Ao se juntarem as duas pontas, colonizao e descolonizao, pode-se afirmar sobre a descolonizao que (A) o processo de independncia dos pases africanos foi iniciado no imediato ps segunda guerra mundial. No entanto, a instabilidade poltica e econmica de muitas das naes ainda uma realidade, j que os estados nacionais africanos herdaram a diferenciao tnica e cultural e a estrutura de poder de suas antigas metrpoles. a descolonizao constitui-se num processo histrico marcado por intensa mobilizao internacional a favor da libertao das reas coloniais. Os debates em prol da independncia dos pases africanos tiveram como protagonistas os representantes do governo francs que, desde os anos 1940, defenderam a libertao pacfica do povo africano. apesar do carter marcadamente violento da colonizao portuguesa na Arglia, sua independncia ocorreu de forma pacfica. O novo pas foi beneficiado pelos embates polticos entre os Estados Unidos e a Unio Sovitica no contexto geral da Guerra Fria. os pases africanos so um mosaico muito diferenciado de culturas e de desigualdades sociais. Alguns pases, como a Somlia, podem ser considerados em vias de desenvolvimento, outros, como Angola, no tm o seu governo reconhecido pelos organismos internacionais. as migraes africanas so o resultado das dificuldades de adaptao de algumas etnias s normas democrticas de representao das minorias nos parlamentos. Por isso, a anlise do fenmeno migratrio deve levar em conta que h legtimos valores culturais que sustentam e legitimam a supremacia de uma etnia sobre a outra.

(B)

(C)

(D)

(E)

Considerada a mais dura competio de automobilismo do mundo, o Rali Dacar (anteriormente ParisDacar) vem sendo realizado desde 1979. A prova geralmente tem seu ponto de partida em alguma cidade da Europa e termina nas praias de Dacar, capital do Senegal, aps uma longa e difcil passagem pelo deserto do Saara. A edio de 2005 apresentou pilotos de 39 nacionalidades, sendo 75% europeus e quase todo o restante composto por norte-americanos, sulamericanos e japoneses. A participao africana tem sido extremamente reduzida, a no ser pelos exuberantes cenrios desrticos e semiridos do CONTEMPLAO - Um nativo observa o Nissan da dupla continente. Thierry Lavergne e Jacky Dubois atravessar o desertodurante a stima etapa do rali Granada-Dacar.Folha de So Paulo, 09/01/1999.

26

16

Tendo em vista o contexto em que se realiza essa competio e com base na fotografia, pode-se afirmar que a posio da frica no mundo contemporneo, em relao a outros continentes, mais claramente evidenciada pelo predomnio dos seguintes aspectos: (A) (B) (C) (D) (E) desequilbrio ambiental e ascenso militar. marginalizao econmica e atraso tecnolgico. reestruturao produtiva e decadncia cultural. instabilidade poltica e uniformidade tnica. dependncia financeira e estagnao industrial.

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Hoje em dia, a frica quase toda atingida pela malria, com exceo apenas da frica do Sul, onde aconteceu a copa mundial de futebol, e dos pases localizados no norte do continente africano junto ao Mediterrneo. No Brasil, alm dos casos de malria notificados anualmente na Amaznia, doenas sazonais como a dengue ainda afetam grande parte da populao. Quanto aos agentes transmissores e aos agentes etiolgicos da malria e da dengue, pode-se afirmar que (A) essas doenas so transmitidas pelos mosquitos Anopheles e Aedes, respectivamente; mas os causadores so de origens diferentes. Enquanto a malria causada pelo protozorio do gnero Leishmania, a dengue tem o parasita do gnero Plasmodium como agente causador. essas doenas so transmitidas pelos mosquitos Aedes e Anopheles, respectivamente; mas os causadores so de origens diferentes. Enquanto a malria causada por protozorios do gnero Plasmodium, a dengue tem o vrus do gnero Flavivirus como agente causador. essas doenas so transmitidas pelos mosquitos Anopheles e Aedes, respectivamente; mas os causadores so de origens diferentes. Enquanto a malria causada por protozorios do gnero Plasmodium, a dengue tem o vrus do gnero Flavivirus como agente causador. essas doenas so transmitidas pelos mosquitos Aedes e Anopheles, respectivamente; mas os causadores so de origens diferentes. Enquanto a malria causada pelo vrus do gnero Flavivirus, a dengue tem o parasita do gnero Plasmodium como agente causador. essas doenas so transmitidas pelos mosquitos Aedes e Anopheles, mas os causadores so de origens diferentes. Enquanto a malria, causada pelo protozorio do gnero Leishmania, a dengue tem o vrus da famlia Flavivirus como agente causador.

(B)

(C)

(D)

(E)

28

Ao se fazer um exame histrico da presena africana no desenvolvimento do pensamento matemtico, os indcios e os vestgios nos remetem matemtica egpcia, sendo o papiro de Rhind um dos documentos que resgatam essa histria. Nesse papiro encontramos o seguinte problema: Divida 100 pes entre 5 homens de modo que as partes recebidas estejam em progresso aritmtica e que um stimo da soma das trs partes maiores seja igual soma das duas menores. Coube ao homem que recebeu a parte maior da diviso acima a quantidade de

Fragmento do papiro de Rhind

(A) (B) (C) (D) (E)

115 pes. 3 55 pes. 620 pes.65 pes. 6

35 pes.17

Dizer que o som das estdios 29 fundao sua ligada vuvuzelas usadas pelos sul-africanos nosauditivos ensurdecedor no exagero. Uma a uma empresa fabricante de aparelhos alertou os torcedores da Copa que uma vuvuzela faz mais barulho que uma motosserra e que tal barulho pode prejudicar a audio de espectadores e jogadores.(O globo on line, 07/06/2010 s 19:05)

Supondo que um torcedor tenha a orelha mdia afetada pelo som da vuvuzela, as estruturas que podem sofrer danos, alm do tmpano, so as seguintes: (A) (B) (C) (D) (E) pavilho auditivo e cclea. ossculos e tuba auditiva. meato acstico e canais semicirculares. pavilho auditivo e ossculos. nervo coclear e meato acstico.

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A seleo alem de futebol da Copa do Mundo de 2010 apresentou cinco atletas nascidos fora da Alemanha e seis filhos de imigrantes, num total de 23 jogadores. a verdadeira nao arco-ris, estampou um jornal de Johannesburgo, brincando com a expresso utilizada pelo bispo Desmond Tutu para designar a frica do Sul ps-apartheid. Para o socilogo alemo Martin Curi, a insero de estrangeiros, principalmente de turcos, na equipe alem ocorre at com certo atraso. Mesut Ozil e Sedar Tasci so os primeiros turcos a jogarem uma Copa do Mundo pelo pas, 40 anos aps ser registrado o maior fluxo migratrio da Turquia para a Alemanha.Folha de So Paulo, 03/07/2010, p. D-28. Adaptao.

Com relao insero de jogadores estrangeiros destacada no texto, conclui-se, adequadamente, que ela (A) (B) (C) (D) (E) representa a flexibilizao do mercado de trabalho na Unio Europeia. mostra a inexistncia da xenofobia por parte da populao nativa original. dificulta os fluxos migratrios para o pas mais desenvolvido da Europa. expressa o carter pluritnico da sociedade alem contempornea. reflete a falta de programas sociais para a juventude alem desportiva. Para ser aprovada pela FIFA, uma bola de futebol deve passar por vrios testes. Um deles visa garantir a esfericidade da bola: o seu dimetro medido em dezesseis pontos diferentes e, ento, a mdia aritmtica desses valores calculada. Para passar nesse teste, a variao de cada uma das dezesseis medidas do dimetro da bola com relao mdia deve ser no mximo 1,5%. Nesse teste, as variaes medidas na Jabulani, bola oficial da Copa do Mundo de 2010, no ultrapassaram 1%.

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Fonte: http://footballs.fifa.com/Football-Tests

Se o dimetro de uma bola tem aumento de 1%, ento o seu volume aumenta x %. Dessa forma, correto afirmar que (A) (B) (C) x x [5,6) [2,3) (D) (E) x x [3,4) [4,5)

x=1 18

32

Aps um ataque frustrado do time adversrio, o goleiro se prepara para lanar a bola e armar um contraataque. Para dificultar a recuperao da defesa adversria, a bola deve chegar aos ps de um atacante no menor tempo possvel. O goleiro vai chutar a bola, imprimindo sempre a mesma velocidade, e deve controlar apenas o ngulo de lanamento. A figura mostra as duas trajetrias possveis da bola num certo momento da partida.

Assinale a alternativa que expressa se possvel ou no determinar qual destes dois jogadores receberia a bola no menor tempo. Despreze o efeito da resistncia do ar. (A) (B) (C) (D) (E) Sim, possvel, e o jogador mais prximo receberia a bola no menor tempo. Sim, possvel, e o jogador mais distante receberia a bola no menor tempo. Os dois jogadores receberiam a bola em tempos iguais. No, pois necessrio conhecer os valores da velocidade inicial e dos ngulos de lanamento. No, pois necessrio conhecer o valor da velocidade inicial.

Segundo os autores de um artigo publicado recentemente na revista The Physics Teacher*, o que faz do corredor Usain Bolt um atleta especial o tamanho de sua passada. Para efeito de comparao, Usain Bolt precisa apenas de 41 passadas para completar os 100m de uma corrida, enquanto outros atletas de elite necessitam de 45 passadas para completar esse percurso em 10s.*A. Shinabargar, M. Hellvich; B. Baker, The Physics Teacher 48, 385. Sept. 2010.

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Marque a alternativa que apresenta o tempo de Usain Bolt, para os 100 metros rasos, se ele mantivesse o tamanho mdio de sua passada, mas desse passadas com a frequncia mdia de um outro atleta, como os referidos anteriormente. (A) (B) (C) (D) (E) 9,1 s 9,6 s 9,8 s 10 s 11 s

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Na preparao para a competio O Homem mais Forte do Mundo, um dedicado atleta improvisa seu treinamento, fazendo uso de cordas resistentes, de dois cavalos do mesmo porte e de uma rvore. As modalidades de treinamento so apresentadas nas figuras ao lado, onde so indicadas as tenses nas cordas que o atleta segura. Suponha que os cavalos exeram foras idnticas em todas as situaes, que todas as cordas estejam na horizontal, e considere desprezveis a massa das cordas e o atrito entre o atleta e o cho.

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TA1

TA2

TB1

TB2

TC1

TC2

Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que descreve as relaes entre as tenses nas cordas quando os conjuntos esto em equilbrio. (A) (B) (C) (D) (E)B A T1 = T2 = TB = T2 = T1C = T2 1 A C

O fenmeno da miragem, comum em desertos, ocorre em locais onde a temperatura do solo alta. Raios luminosos chegam aos olhos de um observador por dois caminhos distintos, um dos quais parece proveniente de uma imagem especular do objeto observado, como se esse estivesse ao lado de um espelho dgua (semelhante ao da superfcie de um lago). Um modelo simplificado para a explicao desse fenmeno mostrado na figura abaixo.

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O raio que parece provir da imagem especular sofre refraes sucessivas em diferentes camadas de ar prximas ao solo. Esse modelo reflete um raciocnio que envolve a temperatura, densidade e ndice de refrao de cada uma das camadas. O texto abaixo, preenchidas suas lacunas, expe esse raciocnio. A temperatura do ar ___________________ com a altura da camada, provocando _________________ da densidade e _________________ do ndice de refrao; por isso, as refraes sucessivas do raio descendente fazem o ngulo de refrao ______________ at que o raio sofra reflexo total, acontecendo o inverso em sua trajetria ascendente at o olho do observador. 20

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. (A) (B) (C) (D) (E) aumenta diminuio aumento diminuir aumenta diminuio diminuio diminuir diminui aumento aumento aumentar diminui aumento diminuio aumentar no varia diminuio diminuio aumentar

Os grficos I, II e III, abaixo, esboados em uma mesma escala, ilustram modelos tericos que descrevem a populao de trs espcies de pssaros ao longo do tempo.

36

I

II

III

Sabe-se que a populao da espcie A aumenta 20% ao ano, que a populao da espcie B aumenta 100 pssaros ao ano e que a populao da espcie C permanece estvel ao longo dos anos. Assim, a evoluo das populaes das espcies A, B e C, ao longo do tempo, correspondem, respectivamente, aos grficos (A) (B) (C) (D) (E) I, III e II. II, I e III. II, III e I. III, I e II. III, II e I.

As plantas, ao longo do processo evolutivo, apresentaram diversas caractersticas que permitiram o seu estabelecimento e perpetuao. Essas caractersticas so compartilhadas entre os grupos ou podem ser exclusivas. Os quadros abaixo apresentam trs grupos vegetais (Quadro I) e algumas caractersticas do reino vegetal (Quadro II). Quadro I 1) Pteridfitas 2) Gimnospermas 3) Angiospermas Quadro II a) surgimento de vasos condutores b) gametfito como fase dominante c) surgimento da semente d) formao de fruto e) estruturas reprodutivas - estrbilos

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Assinale a alternativa que correlaciona corretamente cada um dos trs grupos vegetais (Quadro I) com uma das caractersticas evolutivas (Quadro II) que foi fundamental para o estabelecimento do grupo. (A) (B) (C) (D) (E) 1-a; 2-e; 3-b. 1-a; 2-c; 3-d. 1-b; 2-a; 3-e. 1-b; 2-d; 3-c. 1-c; 2-e; 3-d. 21

Podendo chegar at vinte metros de comprimento, o tubaro-baleia o maior representante dos peixes. Qualquer criatura marinha com esse tamanho normalmente muito temida, mas por causa de sua dieta basicamente planctnica ele no oferece ameaa ao homem. Entretanto, outros membros de sua superordem j causaram acidentes a vrios banhistas nas praias. Com relao dieta do tubaro-baleia, pode-se afirmar que ele come, principalmente: (A) (B) (C) (D) (E) esponjas, ourios-do-mar, estrelas-do-mar e tainhas. sardinhas, caranguejos, ostras e caravelas. tainhas, arraias, tartarugas e robalos. caranguejos, siris, sardinhas e tainhas. microcrustceos, algas, protozorios e pequenos aneldeos.

38

39

Durante o processo evolutivo, diversos organismos desenvolveram estruturas ou formas corporais semelhantes em funo do ambiente em que viviam. Entretanto, existem outros organismos que apresentam rgos com a mesma origem embrionria, mas que desempenham diferentes funes. Tais processos so denominados, respectivamente, convergncia e divergncia evolutiva.

a) tubaro

b) ave

c) pinguim

d) morcego

e) leo-marinho

f) homem

Com base nas estruturas destacadas, assinale a alternativa que agrupa corretamente os animais da figura acima, tendo em vista o processo evolutivo correspondente. (A) (B) (C) convergncia a, c, e divergncia b, d, f convergncia a, d, e divergncia b, c, f convergncia a, e, f divergncia b, c, d convergncia a, b, d divergncia c, e, f convergncia c, e, f divergncia a, b, d 22

(D)

(E)

As clulas animais, vegetais e bacterianas apresentam diferenas estruturais relacionadas s suas caractersticas fisiolgicas. A tabela abaixo mostra a presena ou ausncia de algumas dessas estruturas. Clulas Estruturas Centrolos Citoplasma Membrana citoplasmtica Ncleo Parede celular Plastos Legenda: (+) presente animal vegetal bacteriana

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+ + + + (-) ausente

+ + + + +

+ + + -

Analisando as informaes apresentadas, correto afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) tanto os vegetais quanto as bactrias so auttrofos devido presena da parede celular. o citoplasma de todas as clulas so iguais. as bactrias no possuem cromossomos por no possurem ncleo. a clula animal a nica que realiza diviso celular com fuso mittico com centrolos nas suas extremidades. todos os plastos esto envolvidos na fotossntese.

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EM 5 ANOS, NOVA ORLEANS RENASCE BRANCA

A tragdia do furaco Katrina em Nova Orleans completa cinco anos neste ms com um legado que vai muito alm das casas ainda destrudas da cidade: o equilbrio de poder foi totalmente realinhado, a clivagem racial, aprofundada. A maioria negra, que sofreu retirada forada durante a enchente ocorrida aps o furaco, viu sua dominncia sobre a poltica das ltimas dcadas ir se esvaindo at que praticamente todos os rgos eletivos locais embranqueceram. (...) Moradores e estudiosos afirmam que a virada resultado de um esforo deliberado. O primeiro plano de reconstruo da cidade previa fazer parques nos bairros negros devastados. Pra onde os antigos moradores voltariam? De preferncia, para lugar nenhum.Folha de So Paulo, 08/08/2010, p. A24.

Para alm dos efeitos imediatos do furaco Katrina, a reportagem focaliza a dinmica de embranquecimento de Nova Orleans, diretamente associada a processos de (A) (B) (C) (D) (E) nomadismo urbano. densificao urbana. segregao espacial. explorao demogrfica. migrao sazonal. 23

(...) foi relativamente rpida a tragdia dos Waimiri-Atruahi. Foram derrotados, mas como os Txukahamai, impuseram imensas derrotas a seus inimigos brancos, atravs de muitos ataques entre 1968 e 1975. Depois disso, a doena, as muitas mortes, a invaso do territrio pela estrada, pela hidreltrica, pela mineradora. A histria se repete, mais ou menos a mesma, com os Arara, na Transamaznica, com os Parakan, removidos trs vezes em conseqncia da invaso de seu territrio pela estrada e pelas guas da hidreltrica de Tucuru.MARTINS, Jos de Souza. A chegada do estranho. So Paulo, Hucitec, 1993, p.75.

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Se possvel falarmos hoje de uma Histria do ndio no Brasil, preciso considerar as rupturas e continuidades nos projetos de proteo ou de destruio de comunidades indgenas. Sobre isso, pode-se afirmar que (A) a histria da expulso de comunidades indgenas deve ser analisada no somente pelo seu vis econmico. Trata-se tambm da destruio de seus valores culturais. Tais valores foram reconhecidos e consagrados pela Carta Magna de 1988. a legislao indigenista do perodo pombalino inaugurou a poltica de reconhecimento dos valores culturais dos ndios que se manteria, sem alteraes, ao longo do Imprio brasileiro. o emprego de tcnicas para disseminar doenas desconhecidas pelos ndios uma prtica atual para acelerar o processo de extermnio de comunidades, na maior parte das vezes, assentadas em reas infrteis e desvalorizadas para o capital. ao contrrio das expectativas otimistas e de uma histria recente de preservao das comunidades, a populao indgena tem diminudo nos ltimos anos. a conjuntura a que se refere o autor representa o perodo de ditadura, quando os projetos de expanso agrcola para as reas amaznicas foram beneficiados com incentivos fiscais e por uma poltica agrria que no regularizava as terras pertencentes s comunidades indgenas.

(B) (C)

(D) (E)

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A escassez de gua no mundo agravada pela ausncia de usos sustentveis dos recursos naturais e pela m utilizao desses recursos. A desigualdade no acesso gua est relacionada a desigualdades sociais. Controlar o uso da gua significa deter poder. Em regies onde a situao de falta dgua j atinge ndices crticos, como no continente africano, a mdia de consumo por pessoa/dia de 10-15/L, j em Nova York, um cidado gasta cerca de 2000 L/dia. A gua considerada potvel quando inofensiva sade do homem e adequada aos usos domsticos. A gua potvel apresenta pH em torno de 6,5 a 8,5 e [Cl-] cerca de 250 mg/L.

Assim, quando 25,0 mL de soluo de NaCl 0,10 M reage com 5,0 mL de uma soluo padro de AgNO3 0,20 M (Kps do AgCl = 1,0x10-10), pode-se afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) [Ag+] igual [Cl- ] na soluo resultante. [Cl- ] na soluo indica que esse ndice est acima do valor de referncia. [Ag+] igual 2,0 x 10-9 M e [Cl- ] est abaixo do valor de referncia. [Cl- ] igual 5,0 x 10-2 M e [Ag+] 1,0 x 10-5 M. [Cl- ] igual 2,0 x 10-9 M e [Ag+] igual a 1,35 x 10-5 M.

44

Jos Bonifcio de Andrada e Silva, homem pblico e cientista respeitado na Europa, desempenhou papel decisivo no processo de emancipao do Brasil. De ideias avanadas, defendeu a extino do escravismo, a valorizao da pequena e da mdia propriedade, o uso racional dos recursos naturais e a tese pioneira da preservao do meio ambiente. Ele achava que a finalidade ltima da cincia contribuir para o bem da humanidade de modo racional e eficiente. As ideias que influenciaram diretamente a formao intelectual e poltica de Jos Bonifcio esto contidas no

(A) (B) (C)

Naturalismo. Iluminismo. Renascimento.

(D) (E)24

Socialismo. Jacobinismo.

45

Misria imoral. Pobreza imoral. Talvez seja o maior crime moral que uma sociedade possa cometer.BETINHO

O Bolsa Famlia um programa de transferncia de renda, cujo objetivo auxiliar famlias em situao de pobreza. Sobre esse projeto pode-se afirmar (A) (B) (C) (D) (E) que houve uma reduo de quinze pontos percentuais no nmero de pobres da populao rural brasileira, entre 2003 e 2008, como indicam dados das Naes Unidas. que considerado, por muitos, o mais importante projeto de transferncia de renda do mundo, criado pela primeira vez por Getlio Vargas, tido at hoje como o pai dos pobres. que o sucesso do programa pode ser verificado pela diminuio do xodo rural da populao pobre brasileira. que foi um dos programas responsveis pela concentrao da populao miservel no campo, segundo os dados da Fundao Getlio Vargas. que desestimula a agricultura familiar, j que os contemplados no so constrangidos a trabalhar, em razo do auxlio dado pelo governo.

Diz-se que uma famlia vive na pobreza extrema se sua renda mensal por pessoa de, no mximo, 25% do salrio mnimo nacional. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea), mais de treze milhes de brasileiros saram da pobreza extrema entre 1995 e 2008. No entanto, a diminuio generalizada nas taxas de pobreza extrema nesse perodo no ocorreu de forma uniforme entre as grandes regies geogrficas do pas, conforme ilustra o grfico abaixo.TAXAS DE POBREZA EXTREMA NO BRASIL E NAS SUAS GRANDES REGIES EM 1995 E 2008 (EM %)

46

5041,8

40 3022,8

24,9 17,6 11,7 13,6 6,9 5,5 20,9 17,5 11,6 10,5

20 10 0

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Brasil

1995

2008 Adaptado de IBGE PNAD Ipea.

Tendo em vista o grfico, verifica-se que a taxa nacional de pobreza extrema caiu 49,8%, passando de 20,9% para 10,5%. Pode-se concluir, ento, que a regio em que a taxa de pobreza extrema (em %) caiu mais de 50% foi (A) (B) (C) (D) (E) a regio Norte. a regio Sudeste. a regio Nordeste. a regio Centro-Oeste. a regio Sul. 25

47O ndice de Theil, um indicador usado para medir desigualdades econmicas de uma populao, definidopor

sendoN

e

MG

N i 1

xi

N

x1 x2

xN ,

respectivamente, as mdias aritmtica e geomtrica das rendas x1, x2, ..., xN (consideradas todas positivas e medidas com uma mesma unidade monetria) de cada um dos N indivduos da populao. Com base nessas informaes, assinale a afirmativa incorreta. (A)

(B)

para todo xi > 0, i = 1, ..., N.

(C)

xi N

MA para todo i = 1, ..., N.

(D) Se x1 = x2 = ... = xN , ento T = 0. (E) T1 NN

lni 1

MA xi

1 N

ln

MA x1

ln

MA x2

ln

MA xN

.

TEXTO IX

Modinha do exlio Os moinhos tm palmeiras Onde canta o sabi. No so artes feiticeiras! Por toda parte onde eu v, Mar e terras estrangeiras, Posso ver mesmo as palmeiras Em que ele cantando est. Meu sabi das palmeiras Canta aqui melhor que l. Mas, em terras estrangeiras, E por tristezas de c, S noite e s sextas-feiras. Nada mais simples no h! Canta modas brasileiras. Canta e que pena me d!Ribeiro Couto

26

Os versos dos poetas modernistas e romnticos apresentam relao de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, EXCETO em uma alternativa. Assinale-a. (A) (B) (C) (D) (E) Vou-me embora pra Pasrgada / L sou amigo do rei / L tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei (Manuel Bandeira) D-me os stios gentis onde eu brincava / L na quadra infantil; / D que eu veja uma vez o cu da ptria, / O cu do meu Brasil! (Casimiro de Abreu) Minha terra tem macieiras da Califrnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / so pretos que vivem em torres de ametista, (Murilo Mendes) Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de l / No permita Deus que eu morra / Sem que volte para l (Oswald de Andrade) Em cismar, sozinho, noite, / Mais prazer eu encontro l; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabi. (Gonalves Dias)

48

49(A) (B) (C) (D) (E)

Pode-se afirmar sobre o poema de Ribeiro Couto que canta modas brasileiras s noite e s sextas-feiras, porque as artes feiticeiras so praticadas pelo eu lrico em seu exlio. tem como objetivo expressar a depresso do eu lrico em terra estrangeira, mas tambm capta os sentimentos do poeta durante o seu exlio. tem como referncia original o tema e a mtrica da Cano do exlio, mas reelabora as referncias romnticas com a linguagem modernista. tem a finalidade de descrever detalhadamente os moinhos com palmeiras onde canta o sabi, conforme pregava o Realismo. expressa a simplicidade da linguagem do eu lrico, que prefere cantar modinhas brasileiras no exlio a retornar ao Brasil.

50

Segundo Plato, as opinies dos seres humanos sobre a realidade so quase sempre equivocadas, ilusrias e, sobretudo, passageiras, j que eles mudam de opinio de acordo com as circunstncias. Como agem baseados em opinies, sua conduta resulta quase sempre em injustia, desordem e insatisfao, ou seja, na imperfeio da sociedade.

Em seu livro A Repblica, ele, ento, idealizou uma sociedade capaz de alcanar a perfeio, desde que seu governo coubesse exclusivamente (A) (B) (C) (D) (E) aos guerreiros, porque somente eles teriam fora para obrigar todos a agirem corretamente. aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade. aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade. aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado. aos filsofos, porque somente eles disporiam de conhecimento verdadeiro e imutvel.

27

Um dos elementos decisivos no tocante simbologia do regime republicano que foi inaugurado no Brasil em 1889 foi a definio de sua bandeira, de adoo obrigatria e legalmente estabelecida. Segundo alguns autores, essa foi uma batalha decisiva, que revelou clivagens entre os prprios republicanos, apesar de a vitria ter pertencido a um grupo: os positivistas. Sua vitria, nesse caso, pode ser explicada pelo fato de (A) (B) (C) (D) os positivistas ortodoxos constiturem-se numa seita religiosa que pregava o fim do estgio fetichista em que vivia a totalidade da populao brasileira. os positivistas ortodoxos considerarem que apenas sob o regime monrquico estariam assegurados a ordem e o progresso, tal como o pregara Comte. os positivistas constiturem a base de apoio ao regime republicano, sobretudo devido a seu prestgio junto aos antigos setores aristocratas e conservadores da populao. os positivistas ortodoxos contarem com maioria no Congresso, fazendo com que os demais projetos de bandeiras apresentados fossem sistematicamente vetados por imitarem ora o modelo francs, ora o modelo norte-americano. a bandeira ter incorporado o lema dos positivistas ortodoxos, Ordem e Progresso, e elementos da antiga bandeira imperial, combinando passado e futuro, alm de valores como a fraternidade universal e a conciliao entre extremismos.

51

(E)

A Qumica est intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do homem, j que abarca todas as transformaes de matrias e teorias correspondentes. No Imprio Romano, usava-se chumbo em utenslios de cozinha, encanamentos de gua e recipientes para guardar bebidas como o vinho. Esse elemento qumico na sua forma metlica no venenoso, tanto que muitas pessoas conseguem viver anos com bala de chumbo alojada no corpo. J outras, que aspiram ou ingerem compostos de chumbo, podem at morrer de plumbismo. Crianas, em especial as que moram em casas cujas paredes foram pintadas com tinta base de chumbo, correm o risco de, ao colocar farelos de tinta na boca, contrair plumbismo. Um dos compostos do chumbo o Pb3O4. Em relao a esse composto, pode-se afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) o Pb3O4 um xido misto ou duplo. o Pb3O4 um xido neutro. o Pb3O4 reage com o HBr produzindo brometo de etila,Br2 e gua. no Pb3O4 o nox do chumbo +4. o Pb3O4 um oxido anftero e, em razo disso, s reage com as bases fortes.

52

53

Aristteles afirmava que se algum corpo est em movimento, porque est sendo movido por alguma coisa. Essa concepo predominou at a Revoluo Cientfica dos sculos XVI e XVII, quando a questo do movimento foi o tema principal dos cientistas. A concepo que contestou e substituiu a que era defendida por Aristteles foi a de

(A) (B) (C) (D) (E)

atomismo. inrcia. heliocentrismo. preformismo. mpeto.

28

54

A transmisso de mensagens codificadas em tempos de conflitos militares crucial. Um dos mtodos de criptografia mais antigos consiste em permutar os smbolos das mensagens. Se os smbolos so nmeros, uma permutao pode ser efetuada usando-se multiplicaes por matrizes de permutao, que so matrizes quadradas que satisfazem as seguintes condies:

cada coluna possui um nico elemento igual a 1 (um) e todos os demais elementos so iguais a zero; cada linha possui um nico elemento igual a 1 (um) e todos os demais elementos so iguais a zero.Por exemplo, a matriz permuta os elementos da matriz coluna Q = pois P = M . Q . ,

transformando-a na matriz P =

Pode-se afirmar que a matriz que permuta

c , transformando-a em a , b

(A)

0 0 1 1 0 0 . 0 1 0 1 0 0 0 0 1 . 0 1 0 0 1 0 1 0 0 . 0 0 1 0 0 1 0 1 0 . 1 0 0 1 0 0 0 1 0 . 0 0 1

(B)

(C)

(D)

(E)

29

55

De acordo com cientistas da Universidade de Chicago, o aperfeioamento cada vez maior dos computadores eletrnicos permite que essas mquinas, alm das tarefas tradicionais de armazenar, processar e analisar dados, se tornem tambm capazes de descobrir padres lgicos nos dados, chegando at a formular hipteses explicativas, sem precisar da interveno humana. Essa possibilidade surpreendente da Inteligncia Artificial est baseada em pesquisas iniciadas pelos filsofos gregos com o objetivo de

(A) (B) (C) (D) (E)

estudar os processos mentais do pensamento lgico-racional. construir mquinas para facilitar a execuo de tarefas. simular os mtodos dos orculos para prever acontecimentos. agilizar as operaes comerciais. definir a conduta social mais adequada.

56

Ilustrao: http://www.security-central.com/product-ip.asp.

Muitos consideram a Internet como um novo continente que transpassa fronteiras geogrficas e conecta computadores dos diversos pases do globo. Atualmente, para que as informaes migrem de um computador para outro, um sistema de endereamento denominado IPv4 (Internet Protocol Version 4) usado. Nesse sistema, cada endereo constitudo por quatro campos, separados por pontos. Cada campo, por sua vez, um nmero inteiro no intervalo [0, 28 - 1]. Por exemplo, o endereo IPv4 do servidor WEB da UFF 200.20.0.21. Um novo sistema est sendo proposto: o IPv6. Nessa nova verso, cada endereo constitudo por oito campos e cada campo um nmero inteiro no intervalo [0, 216 - 1].

Com base nessas informaes, correto afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) o nmero de endereos diferentes no sistema IPv6 o qudruplo do nmero de endereos diferentes do sistema IPv4. existem exatamente 4.(28 - 1) endereos diferentes no sistema IPv4. existem exatamente 232 endereos diferentes no sistema IPv4. o nmero de endereos diferentes no sistema IPv6 o dobro do nmero de endereos diferentes do sistema IPv4. existem exatamente (28 - 1)4 endereos diferentes no sistema IPv4.

57

Aps o anncio histrico da criao de vida artificial no laboratrio do geneticista Craig Venter o mesmo responsvel pela decodificao do genoma humano em 2001 , o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a seus conselheiros especializados em biotecnologia para analisarem as consequncias e as implicaes da nova tcnica. (O Globo on line, 22/05/2010) A experincia de Venter ainda no explica como a vida comeou, mas refora novamente que, sob determinadas condies, fragmentos qumicos so unidos para formar a principal molcula responsvel pelo cdigo gentico da vida. Para a sntese de uma molcula de DNA em laboratrio, a partir de uma fita molde de DNA, alm do primer, deve-se utilizar (A) (B) (C) (D) (E) nucleotdeos de Timina, Citosina, Guanina e Adenina; DNA e RNA polimerase. nucleotdeos de Timina, Citosina, Guanina e Uracila; e DNA polimerase. nucleotdeos de Timina, Citosina, Guanina e Adenina; e DNA polimerase. nucleotdeos de Timina, Citosina, Guanina e Uracila; e RNA polimerase. nucleotdeos de Timina, Citosina, Guanina, Uracila e Adenina; e DNA polimerase. 30

58

Em 2000, durante pesquisa sobre a Achatina spp, uma das espcies do escargot, um pesquisador se feriu. Aproveitou-se o acidente para testar a propriedade cicatrizante do muco do animal, aplicando-o sobre o ferimento. Em 2010, uma dcada depois, em funo de uma nova pesquisa, aplicou-se o muco sobre mamas de vacas, antes e depois da ordenha, constatando-se que, alm de cicatrizante, o muco elimina agentes infecciosos e hidrata, pois contm alantona (C4H6N4O3). Sua frmula estrutural a seguinte:

Pode-se identificar na estrutura da alantona a presena de (A) (B) (C) (D) (E) halognio e funo amida. funo cetona e funo ster. carbono sp2 e carbono sp3. carbono sp e carbono sp3. funo cetona e anel aromtico.

Tenofovir um medicamento inibidor de transcriptase reversa, nucleotdeo utilizado no coquetel antiHIV e disponvel gratuitamente no Brasil. Seu uso foi aprovado pela FDA, nos Estados Unidos, em 2001. Sua frmula estrutural a seguinte:

59

Em relao a essa frmula estrutural, pode-se afirmar que

(A) (B) (C) (D) (E)

o ismero representado o ismero trans. todos os tomos de nitrognio apresentam hibridizao sp3. a molcula aquiral. a molcula apresenta isomeria ptica. as funes ster e amina esto presentes.

31

A qumica est na base do desenvolvimento econmico e tecnolgico. Da siderurgia indstria da informtica, das artes construo civil, da agricultura indstria aeroespacial, no h rea ou setor que no utilize em seus processos ou produtos algum insumo de origem qumica. Um desses insumos o metano, gs natural, usado como combustvel na indstria qumica. A queima do metano pode ser representada pela seguinte equao: CO2(g) + 2H2O CH4(g) + 2O2(g) Em relao ao metano (CH4) e ao dixido de carbono (CO2), pode-se dizer que a forma geomtrica de cada um desses compostos, respectivamente, (A) (B) (C) (D) (E) tetradrica e trigonal planar. tetradrica e linear. quadrtica planar e trigonal planar. quadrtica planar e linear. tetradrica e quadrtica planar.

60

Diamante uma palavra que vem do latim e significa inflexvel. Por isso se diz que os diamantes so eternos. Eles so formados pelo carbono submetido a calor e presso extremos, a partir de rocha vulcnica. As principais formas alotrpicas do carbono so o grafite e o diamante. Sobre essas formas alotrpicas, assinale a alternativa correta. (A) (B) (C) (D) (E)Diamante Grafite

61

O grafite que apresenta carbono com hibridizao sp3 no conduz eletricidade. Os tomos de carbono possuem o mesmo tipo de hibridizao no diamante e no grafite. Os tomos de carbono, no diamante, esto separados por ngulos de 180. Os tomos de carbono possuem hibridizao sp2 no diamante e sp3 no grafite. O diamante possui tomos de carbono com hibridizao sp3.

O sifo um instrumento usado para a retirada de gua de lugares de difcil acesso. Como mostra a figura abaixo, seu funcionamento se baseia no fato de que, quando o tubo que liga os recipientes A e B est cheio, h uma diferena de presso hidrosttica entre os pontos P e Q, o que provoca um fluxo de gua de A para B.

62

Essa diferena de presso depende da seguinte caracterstica do nosso planeta: (A) (B) (C) (D) (E) presso atmosfrica. acelerao da gravidade local. temperatura da superfcie. densidade da atmosfera. velocidade de rotao do planeta. 32

Quando se retira uma garrafa de vidro com gua de uma geladeira, depois de ela ter ficado l por algum tempo, veem-se gotas dgua se formando na superfcie externa da garrafa. Isso acontece graas, principalmente, (A) (B) (C) (D) (E) condensao do vapor de gua dissolvido no ar ao encontrar uma superfcie temperatura mais baixa. diferena de presso, que maior no interior da garrafa e que empurra a gua para seu exterior. porosidade do vidro, que permite a passagem de gua do interior da garrafa para sua superfcie externa. diferena de densidade entre a gua no interior da garrafa e a gua dissolvida no ar, que provocada pela diferena de temperaturas. conduo de calor atravs do vidro, facilitada por sua porosidade.

63

Uma carreta especial para transporte de substncias corrosivas tombou na descida da Serra das Araras. Como consequncia desse acidente, houve derramamento de cido sulfrico. Sabe-se que esse cido neutralizado com CaO. Considerando que a concentrao do cido derramado de 98,00 % peso por peso e sua densidade de 1,84 g/mL, calcule a massa aproximada de CaO necessria para neutralizar 1000 L do cido derramado. (A) (B) (C) (D) (E) 1,0 ton 1,0 kg 10,0 ton 10,0 kg 0,5 ton

64

65

A abertura poltica brasileira, ocorrida em meados da dcada de 1980, teve incio na gesto do general Ernesto Geisel em 1974, levando mais de treze anos para desaguar em um regime democrtico, seguindo uma estratgia lenta, gradual e segura. A longa durao desse processo pode ser explicada por alguns conflitos, sobretudo aquele entre polticos ligados Arena versus polticos ligados ao Partido da Renovao Nacional. setores militares da Escola Superior de Guerra versus setores militares dos rgos de informao. segmentos da classe mdia urbana versus segmentos da classe mdia rural. empresrios industriais versus oficiais de baixo escalo das Foras Armadas. comunidades indgenas da Amaznia versus operrios do ABC paulista.

(A) (B) (C) (D) (E)

Visto que, de fato, a Constituio de 1946 estabeleceu normas e medidas para a instalao de uma estrutura democrtica no pas, dando ensejo a uma abertura do processo poltico nos dezoito anos subseqentes, ao observador mais descuidado a redemocratizao pode parecer mais radical do que na realidade o foi.SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e Partidos Polticos no Brasil (1930-1964). So Paulo: Alfa-Omega, 1976, p. 105.

66

Com base nas afirmaes contidas no texto, possvel afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) a redemocratizao iniciada em 1945 perdeu sua radicalidade por ter sido apenas um ritual poltico, vazio de efetivos partidos. a redemocratizao de 1945 s pde existir em funo da criao de trs novos grandes partidos polticos, totalmente independentes de vnculos com o Estado Novo: o PSD, a UDN e o PTB. o retorno do pluripartidarismo e de eleies diretas foram superpostos estrutura herdada do Estado Novo, marcada pelo sindicalismo corporativista e pelo sistema de interventorias. a redemocratizao no foi radical devido preponderncia que teve, junto a ela, a Unio Democrtica Nacional (UDN), partido formado com o beneplcito de Vargas. a hipertrofia do Poder Legislativo foi uma das consequncias da redemocratizao. 33

67PRTICAS AGRCOLAS MODERNAS

Uso das prticas modernas Componente / (54,6%) (coordenadas * 1000)Fraco

Dimenso dos estabelecimentos Componente // (13,0%) (coordenadas * 1000)Grandes estabelecimentos + 3.738Mdia estatstica com os municpios vizinhos

+ 2.917Mdia estatstica com os municpios vizinhos

Forte

- 10.097

Agricultura familiar

- 4.380

THRY, H. e MELLO, N. Atlas do Brasil. So Paulo: EDUSP, 2008, p. 112.

A economia rural brasileira avana gradativamente na direo de prticas agrcolas modernas, envolvendo a utilizao de adubos, a conservao dos solos e a assistncia tcnica, o que implica uma certa renovao do campo, no qual persistem contradies inerentes sociedade nacional. A leitura comparada dos mapas acima permite concluir que essa renovao ainda marcada por uma clara associao entre (A) (B) (C) (D) (E) amenizao das tenses agrrias e reduo do nmero de assentamentos rurais no pas. concentrao de grandes propriedades e declnio de culturas agrcolas especializadas. capitalizao das empresas rurais e decrscimo de prticas agrcolas sustentveis. colonizao oficial de reas de fronteira e expanso de pequenos produtores exportadores. apropriao monopolista da terra e difuso desigual da modernizao agrcola.

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Lngua Espanhola Lee con atencin los siguientes textos y seala las respuestas correctas: TEXTO I

5

10

15

20

La palabra clave hoy en el planeta es globalizacin. Mundializacin. La tierra como aldea global. Se habla mucho de mercancas e informacin, pero el rasgo ms caracterstico de esta poca son las migraciones, los xodos masivos de gente de pases pobres o en guerra hacia las fronteras de la abundancia. Galicia pertenece hoy a ese mundo de la abundancia, aunque sea como periferia del pastel. En cifras oficiales y en parmetros europeos, en Galicia hay medio milln de personas que viven en la pobreza relativa, y un 5% de la poblacin en la extrema pobreza. Esto explica que la llegada de inmigrantes an sea mnima. Es muy escasa la oferta de empleo.Y el inmigrante busca, en todas partes, pan y libertad. As de simple. Como hizo el gallego. Es un momento muy contradictorio. Galicia paradjica. Galicia oxmoron. Galicia est en el mismo lugar geogrfico, pero ha cambiado de lugar en el mundo. Hace cincuenta aos salan transatlnticos de Corua y Vigo repletos de emigrantes hacia Buenos Aires. En la embajada y en los consulados de Espaa en Argentina los descendientes de gallegos forman ahora largas filas. Se ha invertido, pues, la direccin de la flecha hacia la Tierra Prometida. Al mismo tiempo, miles de jvenes gallegos se largan en los dos ltimos aos a trabajar en la construccin o en la hostelera. [...] Galicia es aldea global desde hace tiempo. Por la intensa emigracin durante dos siglos, y hasta ayer mismo. Y por el trabajo en los mares. La flota pesquera es, a escala, la primera de Europa, y hay barcos gallegos, o de sociedades mixtas, all donde hay algo que pescar, y algunas veces donde no lo hay []. Hay una cosa muy importante que tambin lleg por mar, en un barco ingls: el primer baln de ftbol. Es un planeta en miniatura. El ftbol fascina porque es una guerra simblica. Es el gran deporte mundial []. La vida es as, colega. Para crear una identidad hay gente que tiene que escribir una enciclopedia de cincuenta tomos a lo largo de cincuenta aos. El ftbol, en cambio, crea una identidad en una tarde de gloria, en una patada virtuosa.Fragmento de Galicia contada a un extraterrestre, de Manuel Rivas Adaptado de texto disponible en http://www.puntodelectura.com/uploads/ficheros/libro/primeras-paginas/200603/primeraspaginas-una-espi-reino-galicia.pdf (Consulta en 12 de julio de 2010)

68(A) (B) (C) (D) (E)

Nuestra poca, segn el autor del texto, se caracteriza por el trfico de mercancas e informacin y no el de gente pobre. los xodos masivos hacia los pases pobres o en guerra. las migraciones de gente de pases pobres o en guerra. la emigracin en pases de fronteras abundantes y sin guerra. las guerras que aproximan distancias entre abundancia y periferia. Aun considerando que Galicia pertenece al mundo de la abundancia, puede ser vista como periferia del

69(A) (B) (C) (D) (E)

pastel porque an hay personas que viven en la pobreza y escasea el empleo. abunda el empleo y la pobreza es relativa. sigue parmetros globales de extrema pobreza. recibe a muchos europeos que buscan pan y libertad. imposibilita la llegada de inmigrantes.

35

70(A) (B) (C) (D) (E)

La afirmacin Galicia est en el mismo lugar geogrfico, pero ha cambiado de lugar en el mundo (lneas

9-10) significa que hoy se localiza en la cumbre de las periferias, aunque desborde en abundancia. antes era origen de movimientos migratorios y ahora es destino de emigrantes. antiguamente concentraba riquezas y ahora acumula dificultades. antes estaba en Europa y recientemente se desplaz a Buenos Aires. ahora posee transporte martimo, aunque ayer solo tuviera flota pesquera.

71(A) (B) (C) (D) (E)

Explicita a qu se refiere lo en la expresin y a veces donde no lo hay (lnea 17). trabajo en los mares flota pesquera barcos gallegos algo que pescar algn pescador

72(A) (B) (C) (D) (E)

Para el autor, es ms fcil crear una identidad, elaborando la enciclopedia del ftbol. escribiendo cincuenta tomos de una enciclopedia. jugando al ftbol durante muchos aos. pegndole una patada virtuosa a un baln de ftbol. dndole una patada al adversario.

TEXTO II

Si no furamos tan ciegos...

Me ha tocado en suerte ser ltimo orador, cosa que me alegra mucho porque, como quien dice, as me los agarro cansados []. El da de la inauguracin de la Asamblea, el seor embajador de Lobaronia dijo que el remedio para todos nuestros males estaba en tener automviles, refrigeradores, aparatos de televisin; humm... y yo me pregunto: para qu queremos automviles si todava andamos descalzos?, para qu queremos refrigeradores si no tenemos alimentos que meter dentro de ellos?, para qu queremos tanques y armamentos si no tenemos suficientes escuelas para nuestros hijos? (aplausos). Debemos de pugnar para que el hombre piense en la paz []. Pero esta aspiracin no ser posible si no hay abundancia para todos, bienestar comn, felicidad colectiva y justicia social []. Aydennos pagando un precio ms justo, ms equitativo por nuestras materias primas, aydennos compartiendo con nosotros sus notables adelantos en la ciencia, en la tcnica... pero no para fabricar bombas sino para acabar con el hambre y con la miseria (aplausos). Aydennos respetando nuestras costumbres, nuestra dignidad como seres humanos y nuestra personalidad como naciones, por pequeos y dbiles que seamos (aplausos). Practiquen la tolerancia y la verdadera fraternidad que nosotros sabremos 36

corresponderles, pero dejen ya de tratarnos como simples peones de ajedrez en el tablero de la poltica internacional. Reconzcannos como lo que somos, no solamente como clientes o como ratones de laboratorios, sino como seres humanos que sentimos, que sufrimos, que lloramos []. Si no furamos tan ciegos, tan obcecados, tan orgullosos, si tan slo rigiramos nuestras vidas por las sublimes palabras, que hace dos mil aos, dijo aquel humilde carpintero de Galilea, sencillo, descalzo, sin frac ni condecoraciones: Amaos... amaos los unos a los otros, pero desgraciadamente ustedes entendieron mal, confundieron los trminos, y qu es lo que han hecho?, qu es lo que hacen?: Armaos los unos contra los otros... He dicho.... Cantinflas 1966, Mxico.De la pelcula Su Excelencia Discurso ante la ONU Mario Moreno Cantinflas Adaptado de texto disponible en http://www.puntodelectura.com/uploads/ficheros/libro/primeras-paginas/200603/primeraspaginas-una-espi-reino-galicia.pdf (Consulta en 12 de julio de 2010)

73(A) (B) (C) (D) (E)

Al afirmar que se alegra por ser el ltimo orador, el personaje de Cantinflas expresa su inquietud. indiferencia. irona. entusiasmo. conformidad.

74(A) (B) (C) (D) (E)

En su discurso, el orador expresa una protesta contra la poltica internacional y reivindica un tratamiento digno y fraterno hacia los pases pobres. el intento de subvertir el orden internacional, reivindicando el mando para los pases pobres. una critica irnica a los pases cuyos habitantes no disfrutan de los bienes materiales. la exigencia de un pago justo para las materias primas a fin de fabricar tanques, televisiones y refrigeradores. la necesidad de tolerancia para que los pases ricos tengan suficientes escuelas donde se ensee el valor de la paz.

75que (A) (B) (C) (D) (E)

Comparando el Texto I, de la primera dcada del siglo XXI, y el Texto II, de los aos sesenta, se concluye

los que buscan una vida con ms abundancia son muy pocos. la gente, ahora como antes, suea con viajar a otros lugares. la vida se ha vuelto mucho ms justa para los que trabajan. la gente se vale del carpintero de Galilea para fabricar barcos. la bsqueda del bienestar y la abundancia para todos no se ha acabado.

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Lngua Francesa

Pourquoi le mobile va tout changer...Pourquoi le tlphone portable estil un formidable succs ? Il a donn de lautonomie aux individus.5

Le mobile est un de ces produits portables qui ont permis aux individus de sautonomiser par rapport aux savoirs et aux temps collectifs, devenus aujourdhui des objets du quotidien, tels que:

10

le livre qui a permis laccs la connaissance sans la prsence du matre; la montre qui a remplac lhorloge de lglise; la voiture qui a assur la mobilit individuelle.

Il est devenu un micro-ordinateur, et offre toutes les fonctions promises et disponibles sur internet. Reste savoir quelles consquences le mobile va avoir sur nos faons dhabiter, de travailler, de nous dplacer.

Quelles consquences sur nos faons dhabiter ?15

Depuis deux sicles, notre habitat sorganisait autour de pices aux rles bien dfinis. Lintroduction de la tl dans la cuisine ou de lordinateur dans la chambre modifie cette organisation traditionnelle. Le mobile et le wi-fi vont la troubler plus encore, faisant de chaque coin de la maison un espace multifonctionnel, lieu de loisir et de travail. On se dirige donc vers une rorganisation de lhabitat.

Quelles consquences sur nos faons de travailler ?20

Chez soi, dans le train, laroport, au caf: le travail nomade ne va pas cesser de se dvelopper. Quimporte le bureau condition que lon reste connect , Etre au bureau sans tre au bureau , Votre bureau dans votre poche , Vos mails quand vous voulez , etc. La communication publicitaire nous le rpte depuis quelques annes: les nouvelles technologies nomades vont nous permettre de travailler partout, nimporte o et nimporte quand.

25

Quelles consquences sur nos faons de voyager ?Mari aux technologies nomades, le voyage sera demain un vrai moment de loisir et de travail, connect en permanence. Il y a l une volution qui ressemble fort un changement de paradigme: pouvoir voyager mieux. Lordinateur portable et le mobile ont fait comprendre aux voyageurs que le temps de transport ntait pas forcment un temps dinactivit. Un autre avantage de la mobilit est la fluidit, cest--dire la possibilit de grer ses dplacements le plus facilement possible grce un accs permanent linformation. L encore, le mobile va avoir un rle dterminant. Car il va devenir notre boussole pour choisir nos itinraires et nos modes de transports et de paiement.Texte adapt, Copyright 2004-2005 Transit-City http://www.transit-city.com/transits/technosnomades/

30

68(A) (B) (C) (D) (E)

Il sagit dun texte pour prsenter un produit nouveau. sur linfluence du tlphone portable sur nos modes de vie. destin diffuser les mfaits du mobile sur lenvironnement. qui sinterroge sur le prix des mobiles et les modes de paiement. sur le rle du mobile en ce qui concerne lducation de nos enfants. 38

69(A) (B) (C) (D) (E)

Le mot portables (ligne 4) indique des produits que lon oublie gnralement. quil est difficile de porter. que lon peut transporter avec soi. qui se vendent trs cher. qui deviennent vite obsoltes.

70(A) (B) (C) (D) (E)

Selon le texte, le mobile, la montre et le livre ont en commun lautonomie apporte leurs usagers. leur rle dans la formation dun nouveau groupe de cybernautes. la difficult de leur utilisation dans la vie quotidienne. les marques de lalination et le got de lostentation. leur inefficacit dans la socit contemporaine.

71(A) (B) (C) (D) (E)

Lexpression souligne dans le passage Reste savoir quelles consquences le mobile va avoir tout le monde sait. peu importe de savoir. on ne veut pas savoir. jamais on ne saura. il faut encore savoir.

(lignes 12-13) pourrait tre remplace par

72(A) (B) (C) (D) (E)

Dans la proposition Depuis deux sicles, notre habitat sorganisait autour de pices aux rles bien de nos jours, les rsidences possdent plus de pices quavant. les pices ont toujours t conues comme des espaces multifonctionnels. toutes les pices taient destines accueillir le mme genre dactivit. chaque pice avait une fonction qui la caractrisait. le rle des pices variait surtout en fonction de lutilisateur.

dfinis. (ligne 15), la squence souligne suggre que

73(A) (B) (C) (D) (E)

Etre au bureau sans tre au bureau , Votre bureau dans votre poche (lignes 21-22). Cela veut dire que grce aux moyens technologiques du mobile, on peut travailler nimporte o. quand on ne va pas au bureau, il est impossible de travailler. les bureaux sont souvent trop petits. les tlphones portables deviennent de moins en moins chers. pendant les vacances, on peut se rendre souvent au bureau.

74(A) (B) (C) (D) (E)

Le passage Lordinateur portable et le mobile ont fait comprendre aux voyageurs que le temps de transport quand on voyage, le travail et les loisirs sont inconciliables. lessentiel est de faire comprendre aux individus que les voyages demandent du temps. le tlphone portable seul peut rduire votre temps de transport. il ny a que des inconvnients se servir dun mobile pendant les voyages. pendant ses dplacements, lindividu peut continuer de grer productivement son temps. 39

ntait pas forcment un temps dinactivit. (lignes 28-30) affirme que

75(A) (B) (C) (D) (E)

Selon le texte, on peut dire que le mobile na pas de consquences sur nos faons de vivre. le mobile a dj commenc transformer notre vie quotidienne. les effets du portable sur nos activits professionnelles seront catastrophiques. le micro-ordinateur va apporter plus de changements notre existence que le mobile. les individus vont perdre de leur autonomie cause du mobile.

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Lngua Inglesa Read the following texts and mark the correct answer. Text I Cultural Differences? Or, are we really that different?Differences between people within any given nation or culture are much greater than differences between groups. Education, social standing, religion, personality, belief structure, past experience, affection shown in the home, and a myriad of other factors will affect human behavior and culture. Sure there are differences in approach as to what is considered polite and appropriate behavior both on5 and off the job. In some cultures yes means l hear you more than I agree. Length of pleasantries and

greetings before getting down to business; level of tolerance for being around someone speaking a foreign (not-understood) language; politeness measured in terms of gallantry or etiquette (e.g., standing up for a woman who approaches a table, yielding1 a seat on the bus to an older person, etc.); and of expected dress are all examples of possible cultural differences and traditions.10 In Mexico it is customary for the arriving person to greet the others. For instance, someone who walks into a

group of persons eating would say provecho (enjoy your meal). In Chile, women often greet both other women and men with a kiss on the cheek. In Russia, women often walk arm in arm with their female friends. Paying attention to customs and cultural differences can give someone outside that culture a better chance of assimilation or acceptance. Ignoring these can get an unsuspecting person into trouble.15 There are cultural and ideological differences and it is good to have an understanding about a cultures

customs and ways. Aaron Pun, a Canadian ODCnet correspondent, wrote: In studying cross cultural differences, we are not looking at individuals but a comparison of one ethnic group against others. Hence, we are comparing two bell curves2 and generalization cannot be avoided. Another correspondent explained the human need to categorize. True and true, but the danger comes when we act on some of 20 these generalizations, especially when they are based on faulty3 observation. Acting on generalizations about such matters as eye contact, personal space, touch, and interest in participation can have serious negative consequences. Stereotyping can have intense negative effects, especially when educators or managers make fewer attempts to involve those of other cultures because they have been taught not to expect participation. Or 25 they do not realize there may be something wrong when a student or employee of a different ethnicity makes little eye contact with them. Faye Lee, a concerned Japanese-American wrote: How anyone can try to make generalizations about an entire continent of people, plus all the Asian Americans and the infinite permutations of peoples differing experiences, is beyond me. As we interact with others of different cultures, there is no good substitute for receptiveness to30 interpersonal