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UFV / XVIII SIC / OUTUBRO DE 2008 / NUTRIÇÃO E SAÚDE CCB CARACTERIZAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO BANCO DE LEITE HUMANO DO HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO, VIÇOSA – MG E FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE ENTRE ESTES RECÉM-NASCIDOS. MAYLA PAULA TORRES SIMPLÍCIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), VIVIANE FARIA SANTOS (Voluntário/), HELOÍSA HELENA FIRMINO (Voluntário/), GUILHERME LÔBO DA SILVEIRA (Não Bolsista/UFV), MIRENE PELOSO (Voluntário/), CLARICE LIMA ALVARES DA SILVA (Não Bolsista/UFV), LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT´ANA (Co- orientador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Co-orientador/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Orientador/UFV) A atenção ao recém-nascido internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) deve ser estruturada visando atender uma população sujeita a riscos, onde a alimentação com o leite materno ocupa posição de destaque. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os recém-nascidos internados na UTIN, antes da implantação do Banco de Leite Humano do Hospital São Sebastião, Viçosa – MG e verificar possíveis fatores de risco para mortalidade entre estes recém-nascidos. A amostra foi composta por 106 prontuários, correspondendo a todos os bebês internados entre junho e dezembro de 2007, sendo 8 excluídos devido à ocorrência de óbito inferior a 48horas. Atingiu-se, portanto, a amostra de 98 recém-nascidos, correspondendo a 5,30% dos partos realizados nos Hospital São Sebastião no ano de 2007. A mortalidade observada foi de 11,22% e o tempo de internação médio foi de 17,63±19,95dias. Observou-se um ganho diário médio de peso, comprimento e perímetro cefálico de 0,82±25,35g, 0,03±0,19cm e 0,03±0,12cm, respectivamente. A prática do Aleitamento Materno Exclusivo esteve presente em apenas 11,22% dos casos, o Aleitamento Materno Misto em 56,12%, enquanto o Aleitamento Artificial em 94,89%. Dentre as intercorrências, alterações respiratórias, presença de resíduos e icterícia foram as principais anormalidades. Foram encontrados como fatores de risco para mortalidade entre os bebês a prematuridade extrema, o não recebimento de leite materno, a não permanência em dieta oral, o baixo peso extremo ao nascer, a permanência em nutrição parenteral e a presença 275

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CARACTERIZAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO BANCO DE LEITE HUMANO DO HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO, VIÇOSA – MG E FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE ENTRE ESTES RECÉM-NASCIDOS.

MAYLA PAULA TORRES SIMPLÍCIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), VIVIANE FARIA SANTOS (Voluntário/), HELOÍSA HELENA FIRMINO (Voluntário/), GUILHERME LÔBO DA SILVEIRA (Não Bolsista/UFV), MIRENE PELOSO (Voluntário/), CLARICE LIMA ALVARES DA SILVA (Não Bolsista/UFV), LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT´ANA (Co-orientador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Co-orientador/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Orientador/UFV)

A atenção ao recém-nascido internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) deve ser estruturada visando atender uma população sujeita a riscos, onde a alimentação com o leite materno ocupa posição de destaque. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os recém-nascidos internados na UTIN, antes da implantação do Banco de Leite Humano do Hospital São Sebastião, Viçosa – MG e verificar possíveis fatores de risco para mortalidade entre estes recém-nascidos. A amostra foi composta por 106 prontuários, correspondendo a todos os bebês internados entre junho e dezembro de 2007, sendo 8 excluídos devido à ocorrência de óbito inferior a 48horas. Atingiu-se, portanto, a amostra de 98 recém-nascidos, correspondendo a 5,30% dos partos realizados nos Hospital São Sebastião no ano de 2007. A mortalidade observada foi de 11,22% e o tempo de internação médio foi de 17,63±19,95dias. Observou-se um ganho diário médio de peso, comprimento e perímetro cefálico de 0,82±25,35g, 0,03±0,19cm e 0,03±0,12cm, respectivamente. A prática do Aleitamento Materno Exclusivo esteve presente em apenas 11,22% dos casos, o Aleitamento Materno Misto em 56,12%, enquanto o Aleitamento Artificial em 94,89%. Dentre as intercorrências, alterações respiratórias, presença de resíduos e icterícia foram as principais anormalidades. Foram encontrados como fatores de risco para mortalidade entre os bebês a prematuridade extrema, o não recebimento de leite materno, a não permanência em dieta oral, o baixo peso extremo ao nascer, a permanência em nutrição parenteral e a presença de cianose, edema, instabilidade hemodinâmica e hipotermia. Como fatores de proteção significantes, obteve-se a prematuridade moderada, permanência em Aleitamento Materno Misto e amamentação ao seio. A partir deste estudo, diagnosticando fatores de risco para mortalidade dos bebês, é possível estabelecer condutas e nortear decisões a fim de assegurar uma maior sobrevida na unidade, intervindo nos fatores que sejam evitáveis e monitorando de forma mais eficiente os quadros clínicos.

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CONDIÇÕES DE TRABALHO, ESTADO NUTRICIONAL E DE SAÚDE DOS TRABALHADORES DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOSPITALAR

LORENE GONÇALVES COELHO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANGELA MARIA CAMPOS SANTANA (Orientador/UFV), LINA ENRIQUETA FRANDSEN PAEZ DE LIMA ROSADO (Co-orientador/UFV), GILBERTO PAIXAO ROSADO (Co-orientador/UFV), ADELSON LUIZ ARAUJO TINOCO (Co-orientador/UFV), TEREZA ANGELICA BARTOLOMEU (Co-orientador/UFV)

O trabalho no setor de alimentação coletiva é geralmente caracterizado como um processo de produção que utiliza intensamente sua mão de obra, e considerado como uma atividade árdua, com posturas forçadas, mantidas por longos períodos. Este estudo objetivou investigar a relação entre as condições de trabalho e o estado nutricional e de saúde dos trabalhadores de uma Unidade de Alimentação e Nutrição Hospitalar (UANH). O trabalho foi desenvolvido com as 20 funcionárias da UANH da Casa de Caridade Hospital São Sebastião de Viçosa, MG. Foi realizada uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), complementada pela avaliação da postura estática e da dor, bem como avaliações antropométrica, dietética, bioquímica, da qualidade de vida e aferição da pressão arterial. Constatou-se que o trabalho realizado na UANH exige esforço físico intenso, movimentos repetitivos, carregamento e levantamento de peso, postura em pé e deslocamentos durante a realização das atividades. A avaliação da postura estática indicou a presença de lordose, cifose e escoliose entre as trabalhadoras e na avaliação da dor, a maioria delas apresentou algum nível de dor em alguma região corporal. A avaliação antropométrica pelo uso do IMC indicou eutrofia em treze trabalhadoras e sobrepeso em sete. A avaliação dietética mostrou que o hábito alimentar dessa população é composto por uma pequena variedade de alimentos. Em relação à avaliação bioquímica, verificou-se que pequena parte das funcionárias apresentou alterações no perfil lipídico. A aferição da pressão arterial mostrou que três funcionárias apresentavam níveis pressóricos acima da recomendação. A avaliação da qualidade de vida mostrou que a mesma foi classificada como boa. Diante dos riscos ergonômicos e nutricionais encontrados na UANH conclui-se que as funcionárias estão sujeitas a problemas de saúde de médio e longo prazo, sendo importante formular medidas preventivas e corretivas para modificar as situações de risco, evitando problemas de saúde e acidentes de trabalho.

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EFEITO DO INDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS NO NÍVEL DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS APRESENTADOS POR DIABÉTICOS TIPO 2

Edna Thaís Godoi Moraes (Bolsista BIC-Júnior/EEM), Paula Soares Alves (Bolsista BIC-Júnior/EEM), JÚNIA MARIA GERALDO (Bolsista CAPES/UFV), SABRINA PINHEIRO FABRINI (Bolsista FAPEMIG/UFV), RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS (Orientador/UFV)

Alguns autores sugerem que o índice glicêmico (IG) pode ser uma ferramenta útil a ser utilizada para o controle do diabetes. No entanto, antes que tal ferramenta seja utilizada na prática clínica, mais estudos são necessários para se avaliar sua eficácia neste sentido. O presente estudo objetivou verificar o efeito do consumo de duas refeições diárias diferindo em IG, durante 30 dias consecutivos no nível de alguns parâmetros bioquímicos apresentados por diabéticos tipo 2. Para tal, dezessete voluntários, com idade média de 50,1±6 anos e índice de massa corporal de 29,2±5 kg/m2 foram aleatoriamente alocados no grupo alto IG ou baixo IG. As demais refeições do dia foram consumidas em condições de vida livre, quando os participantes foram orientados a ingerir preferencialmente alimentos que apresentavam IG semelhante ao do grupo em que foram alocados. Os diabéticos foram submetidos à avaliação bioquímica (concentração de glicose, insulina, colesterol total e HDL, ácidos graxos livres, trigliceróis, frutosamina e acido úrico) no período basal e pós-intervenção. Verificou-se aumento significante (p=0,048) da concentração de frutosamina dos voluntários do grupo alto IG. O consumo de dietas de baixo IG não foi capaz de reduzir significantemente (p=0,06) os níveis de frutosamina. Não foram constatadas alterações nos demais parâmetros bioquímicos avaliados em ambos os grupos (p>0,05). Esses resultados sugerem que a ingestão de dieta de alto IG deve ser evitada por diabéticos.

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RELAÇÃO ENTRE DEFESA DO ORGANISMO E DIETA CONTENDO DIFERENTES FONTES LIPÍDICAS POR CONTAGEM DE LINFÓCITOS DO TECIDO DO ÍLEO DE RATOS WISTAR         

LUÍS FERNANDO DE SOUSA MORAES (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Orientador/UFV), DAMIANA DINIZ ROSA (Bolsista CAPES/UFV), REGIANE LOPES DE SALES (Bolsista CAPES/UFV), FABÍOLA CESÁRIO LOURENÇO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CEPHORA MARIA SABARENSE (Colaborador/UFV), CLOVIS ANDRADE NEVES (Colaborador/UFV)

Os ácidos graxos são essenciais para um crescimento e desenvolvimento normais, com papel na prevenção e tratamento de várias doenças, na integridade de células e outros. Os linfócitos desempenham uma importante defesa no corpo, além de terem potente capacidade citolítica e imunorreguladora, usadas para sustentar a integridade epitelial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação dos diferentes tipos de óleo utilizados e o indicativo de defesa no intestino. Utilizaram-se trinta ratos machos, da linhagem Wistar, com setenta e dois dias. Os animais foram divididos em quatro grupos, de acordo com o tipo de óleo: oliva (n=8), soja (n=8), peixe (n=7) e linhaça (n=7). Os animais receberam dieta AIN-93M, modificando-se para cada grupo apenas a fonte lipídica, por um período de 8 semanas. Os animais receberam comida e água ad libitum. A análise histológica foi feita na porção ileal do intestino delgado. O tecido foi processado, incluído em parafina e corado com HE. Em cada lâmina, colocou-se oito cortes, com espessura de 10µm. Para a contagem de linfócitos, foram selecionados três cortes por lâmina e vinte fotos foram extraídas de cada um destes, em pontos distintos. As sessenta fotos foram analisadas pelo programa Image-Pro Plus. Cinco lâminas foram escolhidas aleatoriamente de cada um dos três animais selecionados por grupo. Os dados foram analisados pelo teste de Tukey. A contagem mostrou menores médias do grupo linhaça, as quais diferiram estatisticamente do grupo oliva (p<0,05) e soja (p<0,05). O grupo peixe não diferiu dos demais tratamentos. Maior número de placas de Peyer foi observado no grupo soja. Pode-se inferir que o grupo linhaça apresentou tecido com menor necessidade de defesa. Maiores estudos devem ser feitos a fim de avaliar qual o tipo de linfocina produzida e sua relação com a defesa do organismo e o grau de inflamação gerado por elas.

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RISCOS FÍSICOS OU AMBIENTAIS À QUE ESTÃO SUBMETIDAS AS TRABALHADORAS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO        

LORENE GONÇALVES COELHO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANGELA MARIA CAMPOS SANTANA (Orientador/UFV), LINA ENRIQUETA FRANDSEN PAEZ DE LIMA ROSADO (Co-orientador/UFV), GILBERTO PAIXAO ROSADO (Co-orientador/UFV), ADELSON LUIZ ARAUJO TINOCO (Co-orientador/UFV), TEREZA ANGELICA BARTOLOMEU (Co-orientador/UFV)

Literaturas especializadas têm demonstrado que condições ambientais desfavoráveis, como excesso de calor e ruído, iluminação inadequada e umidade elevada, são freqüentes em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), podendo gerar grande fonte de tensão no trabalho, bem como aumentar os riscos de acidentes e provocar danos consideráveis à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar as condições ambientais de uma UAN, sendo o trabalho desenvolvido na UAN Hospitalar (UANH) da Casa de Caridade Hospital São Sebastião de Viçosa, MG. A avaliação das condições ambientais incluiu a mensuração do estresse térmico através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG), utilizando o Medidor de Stress Térmico TGD-300; do nível de ruído utilizando o decibelímetro DEC-460 e o dosímetro DOS-500 e das condições lumínicas por meio do luxímetro THAL-300. Foram realizadas quatro medições em diferentes pontos da UANH em intervalos de três horas, com exceção das medições do estresse térmico que foram feitas em intervalos de uma hora. Após a obtenção dos dados, os mesmos foram comparados com limites estabelecidos pela NR-15 – Anexo 1 e 3 e com as recomendações propostas por Verdussen (1978). A avaliação das condições ambientais demonstrou a ocorrência de estresse térmico em um único ponto da UANH, bem como nível de ruído com picos maiores que 100 dB (A) em diversos momentos da jornada de trabalho, o que ultrapassa os limites estabelecidos pela NR 15. Observou-se também inadequação dos níveis de iluminação nos setores de lanche, copa de lavagem, e setor de montagem e distribuição. Os fatores de desconforto identificados podem tornar as atividades no trabalho mais desgastantes, aumentar a possibilidade de erros, fadiga e acidentes, bem como provocar alterações funcionais, que atingem todo o organismo e podem resultar em agravos à saúde.

 

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SINTOMAS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ADOLESCENTES DE UM COLÉGIO DE APLICAÇÃO EM VIÇOSA, MG

PAOLA NAYARA COLOMBARI (Bolsista do PIBEX/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV)

A adolescência é a fase na qual ocorrem o estabelecimento dos hábitos alimentares e transformações que podem interferir no comportamento alimentar do indivíduo. Transtornos alimentares são síndromes de procedimentos de alimentação desequilibradas, causadas por interações entre condicionantes ambientais, psicológicos e fisiológicos, podendo comprometer a saúde dos indivíduos sintomáticos, influenciados por fatores como a auto-imagem. Os principais são Anorexia Nervosa e Bulimia, e acometem principalmente o sexo feminino. Objetivou-se com este trabalho verificar possíveis sintomas de anorexia, através do Teste de Atitudes Alimentares (EAT 26), que é considerado referencia para triagem destes distúrbios, em alunos de um colégio de aplicação, junto da caracterização dos hábitos alimentares e avaliação do estado nutricional. Participaram do estudo 399 estudantes, submetidos à aplicação de um questionário dietético e de satisfação com o peso corporal, e do EAT 26, ambos autopreenchíveis; dos alunos, 49,37% (n=197) eram do sexo feminino. O EAT 26 é composto por questões que permitem somar pontos, sendo a pontuação ≥20 considerada sugestiva para possíveis comportamentos alimentares de risco para transtornos alimentares. Para a determinação do estado nutricional utilizou-se o Índice de Massa Corporal (CDC 2000). Dos participantes, 7,52% (n=30) obtiveram pontuação sugestiva para comportamentos de risco (média de pontos de 27,10 ±7,04) e destes 66,67% (n=20) eram do sexo feminino; 96,97 % (n=29) afirmaram ter o hábito de omitir refeições; 93,33% (n=28) eram insatisfeitos com o peso corporal e 8,33% (n=1) estava com sobrepeso. Ao se correlacionar o sexo com resultados positivos do EAT 26 (p=0,048), obteve-se resultados significantes, o que não ocorreu com as demais variáveis. As adolescentes do sexo feminino possuíam maior presença de comportamentos alimentares de risco para anorexia. São necessárias atividades de intervenção nutricional educativas e preventivas junto aos adolescentes, visando reduzir os fatores de risco para transtornos alimentares e melhoria da qualidade de vida do grupo. (PIBEX )

 

 

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ALTERAÇÕES LIPÍDICAS: FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA

ROBERTA RIBEIRO DE ANDRADE NOGUEIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), DANIELA ALVES SILVA (Bolsista IC /projeto/UFV), Eliane Rodrigues de Faria (Colaborador/), Mauro Fisberg (Colaborador/), Evelyn Eisenstein (Colaborador/), JOEL ALVES LAMOUNIER (Colaborador/), KÊNIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO (Colaborador/), MARIA EMÍLIA DAUDT VON DER HEYDE (Colaborador/), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Colaborador/UFV), MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Co-orientador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV)

Fatores de risco para doenças cardiovasculares no adulto têm sua importância comprovada na infância, como, por exemplo, a dislipidemia que na Síndrome Metabólica (SM) caracteriza-se pela presença de níveis baixos de HDL e níveis elevados de triacilgliceróis. Apesar da elevação do LDL não ser considerada como um dos critérios diagnósticos da SM, os portadores desta síndrome apresentam alteração da densidade e do tamanho destas partículas. Objetivou-se verificar a associação entre dislipidemias e presença da SM em adolescentes do sexo feminino. O estudo foi realizado com 383 adolescentes, de 14 a 17 anos, que já apresentaram a menarca e estudantes de escola pública de seis cidades brasileiras. A concentração de lipídios séricos, como triacilgliceróis, colesterol total, HDL (high density lipoprotein) e LDL (low density lipoprotein), foi avaliada e classificada de acordo com a I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência (2005). O critério utilizado para diagnóstico da SM foi o proposto por Faria (2007). Os dados foram analisados no Epi Info 6.04, no qual realizou-se o teste do qui-quadrado e calculou-se a Odds Ratio (OR), sendo considerado resultado significante para p<0,05. A prevalência da SM foi de 20,9% (n=80), destas 51,3% (n=41), 62,5% (n=50), 47,5 (n=38) e 60% (n=48) apresentavam alteração, respectivamente, nos triacilgliceróis, colesterol total, LDL e HDL, sendo não houve diferença apenas para o colesterol total (p=0,11). Observou-se que as adolescentes com triacilgrliceróis, colesterol total e LDL elevados, bem como HDL baixo apresentavam maior risco de desenvolverem a SM (OR=8,05; OR=1,51; OR=2,08 e OR=3,0, respectivamente). A prevalência da SM encontrada demonstra a importância de se estabelecer medidas que permitam o diagnóstico mais precoce de tais alterações, sendo necessária a realização de estratégias que visem o controle e a prevenção dos fatores de risco, como as alterações lipídicas. (Apoio: FAPEMIG/CNPq).

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ANÁLISE DOS EFEITOS DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA NO AMBIENTE ESCOLAR 

MÍRIAM ZAIDAN DE SOUZA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIA DO CARMO FONTES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV), MARINA FASSARELLA (Estagiário voluntário/UFV), SARAH APARECIDA VIEIRA (Estagiário voluntário/UFV), ALINE DE MORAES MARTINS (Estagiário voluntário/UFV)

Estudos com o interesse em promover a adesão de pessoas ao estilo de vida mais saudável têm evidenciado o modelo Estágio de Mudança de Comportamento (EMC) como um instrumento promissor, no qual os indivíduos modificam o comportamento através de cinco estágios: pré-contemplação (PC), contemplação (C), preparação (P), ação (A), manutenção (M). Neste sentido, o estudo objetivou desenvolver intervenção educativa centrada no modelo EMC para promover entre preparadores de alimentos, professores e diretores de escolas públicas de Viçosa-MG, o consumo de frutas, verduras e legumes. Em desenho longitudinal, foram aplicados questionários em todos 141 potenciais participantes, para identificar em qual dos estágios de mudança os mesmos se encontravam. Aplicou-se intervenções educativas, compreendendo diversas atividades centradas na proposta do modelo supracitado, e após dez meses reaplicou-se o questionário. Os dados foram compilados no programa SPSS, versão 11.5, considerando nível de significância 95%. Detectou-se que 9,2% (n=13) dos indivíduos eram do sexo masculino e 90,8% (n=128) do sexo feminino, com média de idade 44,49 ± 8,1 anos e com a renda familiar de 41,7% (n=53)  inferior a 2,0 salários mínimos. Foi constatada diferença estatística (p< 0,05) entre a mudança de estágio na pré e pós-intervenção para o consumo de frutas (F), e para o consumo de verduras e legumes (VL) este resultado não foi significativo (p > 0,05). Mesmo não encontrando resultados significativos para o consumo de VL, convém ressaltar que o número de indivíduos nos estágios finais (P, A, M) de consumo de VL aumentou de 62,0% para 74,0%, enquanto que nos estágios iniciais (PC, C) este valor diminuiu de 16,7% para 8,3%. Assim os dados evidenciam que a estratégia metodológica de intervenção utilizada possa ter influenciado positivamente o comportamento alimentar dos participantes, evoluindo o estágio de mudança para consumo de frutas, verduras e legumes dos mesmos.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE EXCESSO DE PESO, SEDENTARISMO E NÚMERO DE REFEIÇÕES CONSUMIDAS POR HOMENS JOVENS

CAROLINA PEREIRA ZUCONI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JOSEFINA BRESSAN (Orientador/UFV), FERNANDA CRISTINA ESTEVES DE OLIVEIRA (Bolsista CAPES/UFV), RAQUEL DUARTE MOREIRA ALVES (Não Bolsista/UFV), MÍRIAN PATRÍCIA CASTRO PEREIRA PAIXÃO (Não Bolsista/UFV)

Obesidade é uma patologia multifatorial que pode relacionar-se a diversos fatores: genéticos, disfunções endócrinas, consumo elevado de refeições com alta densidade calórica, reduzido fracionamento das mesmas e sedentarismo. Na maioria das vezes, esta é conseqüência de uma ingestão calórica superior ao gasto energético diário, resultando em balanço energético positivo. Diante deste quadro, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre excesso de peso, sedentarismo e número de refeições consumidas por homens jovens. Avaliou-se 31 voluntários do sexo masculino, com idade entre 18 e 45 anos. Foram aferidos peso, altura e calculado o índice de massa corporal (IMC). Além disso, aplicou-se um questionário sobre os hábitos de vida, o qual continha perguntas sobre prática de atividade física e número de refeições realizadas diariamente. Para análise dos dados utilizaram-se os testes Mann-Whitney e qui quadrado, com auxilio do software Sigma Stat® 2.03 e Epi Info 6.0. O peso, altura e IMC médio verificado foi 88,80 ± 17,51 kg, 175,4 ± 5,73 cm e 28,80 ± 4,99 kg/m2, respectivamente. Observou-se que 51,6% dos homens não praticavam nenhum tipo de atividade física, sendo que nestes o IMC médio foi 29,4 ± 4,64 kg/m2 e o número médio de refeições 3,93 ± 0,85. Entre aqueles que praticavam atividade física constatou-se uma média de IMC e número de refeições de 28,15 ± 5,27 kg/m2 e 4,00 ± 0,84, respectivamente. Não houve diferença (p>0,05) entre os grupos de praticantes e não praticantes de atividade física e nem associação entre excesso de peso, sedentarismo e número de refeições consumidas. No entanto, pode-se observar um maior valor para IMC e menor número de refeições consumidas entre os homens sedentários. Os dados sugerem que o padrão de atividade física e o número de refeições diárias realizadas podem ser apenas alguns dos fatores responsáveis pela obesidade e não os únicos. (CNPq)

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ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E FENÓLICOS TOTAIS EM FRUTAS TROPICAIS SERVIDAS EM RESTAURANTE COMERCIAL

JULIANA MEDEIROS LEÃO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), DANIELA DA SILVA OLIVEIRA (Bolsista CAPES/UFV), ALVANICE LEMOS LOBATO (Estagiário voluntário/UFV), PRISCILA PEIXOTO DE AQUINO (Estagiário voluntário/UFV), SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Co-orientador/UFV), HELENA MARIA PINHEIRO SANT´ANA (Orientador/UFV)

Frutas são reconhecidas pelo seu alto conteúdo de antioxidantes naturais como vitamina C, carotenóides e compostos fenólicos, possuindo papel importante na prevenção de doenças como câncer e doenças cardiovasculares. O presente estudo avaliou a capacidade antioxidante e o teor de fenólicos totais antes e após a manipulação de frutas (mamão, manga e goiaba) servidas em restaurante comercial e correlacionou o conteúdo de compostos antioxidantes com a atividade antioxidante das frutas. A atividade antioxidante foi avaliada pelos testes 1,1-diphenil-2-picril-hidrazil (DPPH) e Poder Redutor (PR). Fenólicos totais foram analisados usando o reagente de Folin-Ciocalteu e leitura espectrofotométrica. Os compostos fenólicos apresentaram alta corelação com os testes DPPH e PR (R²=0,86 e R²=0,99 respectivamente). Os teores de fenólicos totais, expressos em mg de EAG (Equivalente de Ácido Gálico)/100g, variaram entre 159 e 179 para a goiaba; 56,36 e 59,79 para a manga; 76,92 e 88,13 para mamão. Ao se comparar a Atividade de Retirada de Radical (ARR) pelo teste do DPPH, a goiaba apresentou teor significativamente maior que as demais frutas (49,11% de ARR, p<0,001), sendo que para a manga observou-se 22,97% de ARR e para o mamão 23,52 % de ARR. O Poder Redutor (expresso em densidade ótica a 700nm) de goiaba também foi significantemente maior (0,40; p<0,001), quanto comparado com o mamão (0,214) e a manga (0,123). Para todos os testes realizados não se observou diferença significativa entre as três frutas preparadas para o consumo e o grupo controle (antes da manipulação), ou seja, a capacidade antioxidante e o teor de fenólicos totais foram mantidos, contribuindo para que os clientes consumam frutas com qualidade funcional preservada. Concluiu-se que as frutas analisadas constituem uma fonte potencial de antioxidantes naturais para a dieta humana, sendo que a goiaba se destacou apresentando teores mais elevados de compostos fenólicos e maior atividade antioxidante.

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AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE PPAR g EM LESÃO ATEROSCLERÓTICA DE CAMUNDONGOS LDLR-/-

TATIANA BERING (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ANGELICA HERINGER DE REZENDE (Bolsista CAPES/UFV), CLOVIS ANDRADE NEVES (Colaborador/UFV), MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Colaborador/UFV), CEPHORA MARIA SABARENSE (Orientador/UFV)

O receptor ativado por Proliferadores de Peroxissomos (PPARg) é expresso em larga escala em macrófagos derivados de células espumosas de lesões ateroscleróticas. E sua expressão pode ter um importante papel antiaterosclerótico, uma vez que está associada à inibição, da expressão dos genes responsáveis pela síntese das citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL -1β e IL-6). O objetivo do estudo foi avaliar a expressão de PPARg na lesão aterosclerótica em camundongos Knockout para receptor de LDL-/-, que receberam dieta suplementada com vitamina E.. Para indução da lesão aterosclerótica os camundongos foram alimentados com dieta aterogênica, durante seis semanas. Durante as oito semanas seguintes os animais foram divididos em 3 grupos: 1) recebendo dieta aterogênica (n=11); 2) dieta semipurificada suplementada com 1% de acetato de vitamina E (n=13) e 3) dieta semipurificada sem suplementação (n = 10). Um grupo controle (n=13) foi alimentado com dieta semipurificada durante as quatorze semanas de duração do experimento. Foi verificado que no grupo de animais que receberam a dieta suplementada com vitamina E houve redução na progressão da lesão. Desta forma, a fim de identificar qual o efeito da suplementação, foi realizada a avaliação da expressão do PPARg nas lesões por imunohistoquímica. A visualização do complexo formado pode ser realizada por duas técnicas, imunoperoxidase indireta ou imunofluorescência. Após várias tentativas com ambas as técnicas, nossos resultados não foram satisfatórios. Apenas uma lâmina apresentou uma possível marcação usando a técnica de imunofluorescência. Esta lâmina correspondia a um animal do grupo controle, portanto, não havendo marcação nos demais grupos não foi possível verificar a expressão do PPARg na aorta dos camundongos LDLR-/-.

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DOS COMERCIANTES DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DA FEIRA-LIVRE DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA

MARCELA DE FREITAS FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), PAMELA GARCIA FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), PATRICIA FERREIRA DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), SIMONE FARIA DE SOUZA (Estagiário voluntário/UFV), CAROLINA GOMES COELHO (Estagiário voluntário/UFV), DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS (Estagiário voluntário/UFV), JÚLIA EDUARDO NHACULE (Estagiário voluntário/UFV), MARIA FERNANDA FURTADO POLLASTRI (Estagiário voluntário/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV)

A Vigilância Sanitária (VISA) engloba um conjunto de ações dirigidas à defesa e à proteção da saúde coletiva, agindo de forma educativa e fiscalizadora. Avaliar o conhecimento dos feirantes com relação à atuação da VISA. Estudo transversal realizado na feira-livre de Viçosa-MG no mês de janeiro de 2007 em 20 barracas que comercializavam produtos de origem animal. Utilizou-se um questionário composto por questões relativas às atribuições e atuação da VISA, analisadas isoladamente exceto à questão relacionada ao conceito de VISA. A análise dos dados foi realizada no software Excel 2003. Dos comerciantes entrevistados, 55% relataram possuir conhecimento sobre o conceito de VISA, 40% possuem conhecimento insuficiente e 5% não possuem nenhum conhecimento. Avaliando as funções da VISA, 80% relatou ser fiscalizar vários estabelecimentos para manter a higiene, 70% fiscalizar estabelecimentos de alimentos, 5% cuidar de produtos (alimentos, cosméticos, saneantes) e seus serviços de interesse à saúde (atendimentos médicos, salão de beleza transporte) sejam de qualidade não prejudicando a saúde das pessoas e 5% proibição da produção e comercialização de alimentos estragados. Com o mesmo critério de avaliação do item anterior, a respeito do poder da VISA 60% disseram ser proibir a produção e comercialização de alimentos estragados, 45% multar estabelecimentos, 25% fechar estabelecimentos e 25% orientar pessoas e comerciantes para agirem corretamente. Quanto aos locais de atuação da VISA citados pelos comerciantes foram restaurantes, bares e lanchonetes (45%), supermercados (30%), comércio em geral (25%), indústrias de alimentos(20%), açougues(15%), farmácias(10%) e clínicas consultórios e hospitais(5%). Observou-se uma visão negativista e punitiva sobre a as funções da VISA na maioria dos feirantes, com isso, julga-se necessário quanto ao fato, ações de esclarecimentos aos feirantes sobre VISA e importância de sua parceria para garantir e cuidar de ameaças à saúde.

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BALANÇO DE CÁLCIO EM RATAS OVARIECTOMIZADAS COM OU SEM ADEQUAÇÃO DE CÁLCIO NA DIETA.

SANDRA TAVARES DA SILVA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), FREDERICO SOUZALIMA CALDONCELLI FRANCO (Bolsista CAPES/UFV), NEUZA MARIA BRUNORO COSTA (Orientador/UFV), ANTONIO JOSE NATALI (Co-orientador/UFV), SABRINA KEIKO MURAYAMA (Estagiário voluntário/UFV), MARIA EMÍLIA RABELO ANDRADE (Estagiário voluntário/UFV), WINDER TADEU SILVA TON (Estagiário voluntário/UFV)

A deficiência estrogênica pode afetar a saúde óssea por reduzir o balanço de cálcio, especialmente quando a ingestão de cálcio é inadequada. Investigar o efeito da ovariectomia sobre o balanço de cálcio em ratas adultas consumindo 50 ou 100% de sua recomendação de cálcio. Ratas Wistar fêmeas, com 160 dias de idade submetidas à cirurgia de ovariectomia (OVX) ou simulação (Sham), foram alocadas em 4 grupos (n=5): Sham 100% de cálcio; Sham 50% de cálcio; OVX 100% de cálcio e OVX 50% de cálcio. Os animais foram alojados em gaiolas metabólicas individuais e mantidos em ambiente a temperatura de 24 ± 2oC e ciclo de 12 horas claro/escuro, além de receberem diariamente 18 g de dieta (AIN-93M) com 100 ou 50% da recomendação de cálcio e água deionizada ad libitum. Na 8ª semana de experimento, quantificou-se a ingestão da dieta e coletaram-se as fezes e urina dos animais por 24 horas, para se determinar o balanço [Balanço = Ca Ingerido – (Ca Fecal + Ca Urinário)] e absorção fracional [Absorção fracional = Balanço / Ca Ingerido] de cálcio. Utilizou-se o software Sigma Stat 3.0 para o teste de ANOVA Two Way, ao nível de 5%. Apesar de não significativa (P > 0,05), foram observados balanço e absorção fracional de cálcio maiores nos animais Sham comparados aos OVX. Os animais consumindo 100% de cálcio exibiram balanço de cálcio maior do que os consumindo 50%, todavia, a absorção fracional foi maior nos animais consumindo 50% de cálcio. Ratas consumindo metade da recomendação de cálcio elevam a eficiência em sua absorção, contudo apresentam menor retenção total de cálcio. A ausência de estrogênio devido à cirurgia de ovariectomia tende a reduzir o balanço e absorção de cálcio.

 

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COMPOSIÇÃO QUÍMICA CENTESIMAL DA FARINHA DE LINHAÇA

ÉRICA AGUIAR MORAES (Estagiário voluntário/UFV), DAYANE DE CASTRO MORAIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Colaborador/UFV), PAULO ROBERTO CECON (Colaborador/UFV), CASSIANO OLIVEIRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Colaborador/UFV), FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Colaborador/UFV), SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Coordenador/UFV)

A linhaça é amplamente investigada e classificada como alimento funcional, sendo principal fonte vegetal de ácido linolênico (W-3). É também fonte rica em fibras. Estudos demonstram que o consumo diário de farinha de linhaça exerce efeitos positivos na manutenção do peso, redução dos riscos de doenças cardiovasculares e câncer, proteção contra diabetes, dentre outros. Esse trabalho teve como objetivo determinar a composição química centesimal da farinha de linhaça. Quantificou-se o teor de proteínas por método Kjeldahl; o de lipídios por método intermitente de Soxhlet, e cinzas por calcinação em mufla à 550o C, seguindo procedimentos descritos pela AOAC (1997). O teor de carboidrato foi calculado por diferença (100–(umidade+cinzas+extrato etéreo+proteínas+fibras). A fibra alimentar total foi quantificada por método enzimático gravimétrico (AOAC, 2002). O conteúdo calórico foi determinado utilizando fatores de conversão de Atwater. A farinha de linhaça apresentou 33,97% de lipídio, valor abaixo do relatado na literatura. O teor de carboidrato foi de 9,71%, valor superior ao de outros estudos, e 29,14% de fibra total, valor próximo à literatura. A farinha de linhaça analisada apresentou 21,17% de proteína, valor inferior à literatura. Nas variedades produzidas no Canadá o valor protéico chega próximo a 36%. O teor de W-3 foi de 10,44mg/100g de farinha. O teor de cinza encontrado foi de 3,68%. A farinha de linhaça analisada apresentou 429,25kcal/100g. A farinha de linhaça pode ser considerada excelente fonte de W-3 e boa fonte de fibras, de acordo com as categorias estabelecidas por Philip (2007). Pesquisadores afirmam que a composição da linhaça pode variar dependendo da genética, do ambiente, do processamento da semente e do método de análise utilizado. A linhaça, em função de sua composição, deveria ser incluída na alimentação humana visando aumentar o conumo de compostos bioativos.

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CONDIÇÕES SEGUNDO AS NORMAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SALÕES DE BELEZA CENTRAIS DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG

MARIANE DE OLIVEIRA SOARES (Estagiário voluntário/UFV), LORENE GONÇALVES COELHO (Estagiário voluntário/UFV), DENISE NOGUEIRA MARTINS (Estagiário voluntário/UFV), TATIANA BERING (Estagiário voluntário/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV)

A Vigilância Sanitária visa proteger e promover a saúde, garantindo segurança sanitária de bens, produtos e serviços. A importância dada à aparência física tem contribuído para o crescimento do mercado de serviços relativos à beleza, aumentando exposição do consumidor aos riscos sanitários. Diante disso, a atuação da Vigilância Sanitária em salões de beleza é direcionada à fiscalização. Este estudo objetivou analisar as condições higiênico-sanitárias de salões de beleza na região central do município de Viçosa, MG e verificar as adequações às exigências da Vigilância Sanitária. A amostra foi constituída por 20 salões. Os dados foram obtidos através de questionário elaborado tendo como referência o Check-list da Vigilância Sanitária local e o Roteiro para Inspeção de salões de beleza da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Como resultado encontrou-se: 80% dos salões possuíam Alvará de Localização e Funcionamento e 75%, Alvará Sanitário; quanto à instalação sanitária, 65% estavam em bom estado de conservação e com ralos de tampa rotativa; 90% dos estabelecimentos apresentavam ambiente em bom estado de conservação e limpeza, entretanto, 40% segue uma rotina informal de limpeza e quanto à presença de um protocolo formalizado de limpeza e desinfecção de mobiliários e de ambiente, nenhum dos salões apresentava o mesmo. O acondicionamento do lixo de 90% dos salões estava de acordo e 75% possuíam lixeira com pedal. Dos salões que realizavam depilação, 28% relataram utilizar lençol de tecido na maca de depilação e desses, 80% relatou trocá-lo a cada cliente; 100% afirmaram que a cera era de uso único e individual e 90%, utilizavam tolhas em caráter individual. Pode-se concluir que, apesar de a infra-estrutura dos salões encontrarem-se como exigido pela Vigilância Sanitária, observa-se ausência de técnicas adequadas, refletindo a necessidade de treinamentos com ênfase na adoção de boas práticas higiênico-sanitárias.

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CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E O PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, MUNICÍPIO DE PAULA CÂNDIDO - MG.

LAURA LANNA MAYRINK (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), KELLY ALVES MAGALHÃES (Bolsista FAPEMIG/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), JEFERSON BOECHAT SOARES (Colaborador/UFV), ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA (Orientador/UFV), RODRIGO SIQUEIRA BATISTA (Colaborador/)

É primordial que o profissional de saúde conheça os princípios e diretrizes básicas do Programa de Saúde da Família (PSF) e do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo do estudo foi avaliar o nível de apreensão e conhecimento dos profissionais de saúde do PSF sobre os princípios e diretrizes do SUS e do PSF. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Foram entrevistados 31 (88,57%) profissionais do PSF, de Paula Cândido – MG, de junho a julho de 2007. Na avaliação dos dados quantitativos utilizou-se o programa SPSS for Windows versão 15.0. Para a análise das entrevistas, as mesmas foram categorizadas pelo agrupamento de similaridades. Dos entrevistados, 56,06% eram Agentes Comunitários de Saúde (ACS); médicos, enfermeiros e dentistas totalizaram 9,68% cada; 6,45% eram técnicos de enfermagem; um auxiliar de dentista e um coordenador do PSF. Em relação ao que os profissionais entendem por SUS, 41,94% o definem segundo o princípio da universalidade. Quanto ao conhecimento sobre os princípios do SUS o mais citado foi o da equidade (31,11%). 26,67% dos profissionais não souberam responder sobre os princípios do SUS, o que é preocupante, pois dentre eles estão profissionais de nível superior. Observa-se certa debilidade no conhecimento sobre as funções básicas do PSF e de seus princípios, já que 29,03% o definem apenas como programa para a prevenção de enfermidades, 29,03% como programa voltado para a assistência à família. Quanto aos objetivos do PSF, apenas um profissional abordou os aspectos da prevenção, promoção e recuperação da saúde. A deficiência de um adequado grau de conhecimento dos profissionais prejudica a realização de novas práticas no intuito de um novo modelo de atenção, tornando-se necessário a implantação de um processo de qualificação desses profissionais, por meio do oferecimento de cursos de capacitação dos mesmos.

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DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS  HOSPITALIZADAS E IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DE ROTINA NA PEDIATRIA DE UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MINAS GERAIS

TAIS CRISTINA ARAUJO MAGALHÃES (Bolsista FUNARBIC/UFV), CAMILA NUNES PIRES (Estagiário voluntário/UFV), HELOISA HELENA FIRMINO (Não Bolsista/UFV), KARINE FRANKLIN ASSIS (Estagiário voluntário/UFV), ANA LÍDIA TEIXEIRA DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT´ANA (Orientador/UFV)

Identificar agravos nutricionais permite adequar o tratamento e estimar o prognóstico, devendo a avaliação nutricional fazer parte da rotina dos cuidados ao paciente infantil. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar os impactos da implantação de uma rotina de diagnóstico nutricional na pediatria de um hospital do município de Viçosa e apresentar o perfil das crianças internadas em relação ao estado nutricional e ocorrência de anemia. A rotina nutricional implantada desenvolveu-se em três etapas: fase exploratória (incluindo avaliação antropométrica e bioquímica), impressão diagnóstica e conduta nutricional. O peso das crianças foi obtido em balança mecânica com capacidade de 150 Kg e precisão de 100g, o comprimento em antropômetro infantil com extensão de 100 cm ou em estadiômetro vertical. Utilizou-se os índices peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e estatura/idade (E/I) , as referências da World Health Organization (WHO, 2006) e do National Center for Health Statistics (NCHS/CDC, 2000), segundo o z-escore (WHO, 1995). Para o diagnóstico de anemia utilizaram-se referências da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2001). A avaliação da rotina comparou variáveis referentes a 6 meses antes e após à implantação. Para as análises foi utilizado o Epi info 6,04 e o teste do chi quadrado (p<0,05). As crianças atendidas tinham idades entre 0 e 152 meses, com mediana de 26 meses. A principal causa de internação foi pneumonia (23,0%). Verificou-se uma elevada freqüência de alterações nutricionais: 7,8% e 12,8% de desnutrição pelos índices P/I e E/I, respectivamente, e 11,3% de risco de sobrepeso segundo P/E. Em relação à anemia, 52,4% estavam anêmicas, sendo 35,2% anêmicas graves. Foi observado, após a implantação da rotina, aumento no diagnóstico da desnutrição (p= 0,009), no registro sobre o estado nutricional e sobre o diagnóstico de anemia (p<0,001), e na realização de cuidado nutricional (p<0,001), o que reflete melhora na atenção prestada a criança internada. (FUNARBE/ FUNARBIC )

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ESTABILIDADE OXIDATIVA DE FARINHA DE LINHAÇA DURANTE O ARMAZENAMENTO DE TRINTA DIAS

DAYANE DE CASTRO MORAIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ÉRICA AGUIAR MORAES (Estagiário voluntário/UFV), CASSIANO OLIVEIRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Colaborador/UFV), PAULO ROBERTO CECON (Colaborador/UFV), HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Colaborador/UFV), FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Colaborador/UFV), SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Coordenador/UFV)

 

Por conter elevado teor de ácidos graxos poliinsaturados, há sugestões de que a semente de linhaça apresente um potencial problema para sua estabilidade oxidativa. A elaboração de farinha de linhaça a partir de sementes submetidas ao tratamento térmico e o uso de antioxidantes pode ser uma estratégia útil para minimizar reações oxidativas durante o armazenamento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a estabilidade oxidativa de farinhas de linhaça durante o armazenamento por 30 dias, em condições similares às utilizadas comercialmente. Foram avaliadas farinhas submetidas a três tratamentos: 1) tratamento térmico em estufa a 150o C, por quinze minutos, com adição de antioxidantes (25ppm de BHT e 25ppm de BHA); 2) tratamento térmico em estufa a 150o C, por quinze minutos, sem adição de antioxidante 3) farinha obtida da semente crua. A estabilidade oxidativa foi avaliada por meio de dois parâmetros: peroxidação de lipídios e estabilidade do ácido linolênico. As farinhas foram armazenadas em embalagens plásticas de polipropileno, vedadas em seladora manual e mantidas em temperatura ambiente, durante um mês e os parâmetros foram avaliados nos tempos 0, 7, 14, 21 e 30 dias de armazenamento. O efeito dos tratamentos foi analisado por ANOVA e o efeito do tempo por regressão. Não houve diferença nos teores de malondialdeído e na concentração de ácido linolênico entre as farinhas nos tempos avaliados. A peroxidação de lipídio mostrou perfil de oscilação ao longo do período de armazenamento, sendo mais elevada na primeira semana, decrescendo no tempo 14 e 21 e elevando-se após 30 dias de armazenamento. Apesar de conter elevado teor de ácidos graxos poliinsaturados, a semente de linhaça mostrou ser uma matriz estável, durante o 30 dias, sob as condições de armazenamento utilizadas no estudo.

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ESTABILIDADE OXIDATIVA DE FARINHAAS DE LINHAÇA DURANTE O ARMAZENAMENTO POR TRINTA DIAS, SEGUNDO PARÂMETROS SENSORIAIS.

DAYANE DE CASTRO MORAIS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ÉRICA AGUIAR MORAES (Estagiário voluntário/UFV), MARIA INES DE SOUZA DANTAS (Colaborador/UFV), PAULO ROBERTO CECON (Colaborador/UFV), CASSIANO OLIVEIRA DA SILVA (Não Bolsista/UFV), HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Colaborador/UFV), FATIMA APARECIDA FERREIRA DE CASTRO (Colaborador/UFV), SONIA MACHADO ROCHA RIBEIRO (Coordenador/UFV)

 

Por conter elevada concentração de ácidos graxos poliinsaturados, sugere-se que a semente de linhaça apresenta um potencial problema para sua estabilidade oxidativa. Existe uma grande preocupação com a oxidação de lipídios nos alimentos por causa do desenvolvimento dos off-flavors e ainda, por que os aldeídos produzidos no processo de peroxidação lipídica oferecem riscos à saúde humana por apresentarem toxicidade. Os métodos sensoriais, segundo alguns autores, são mais precisos em predizer a estabilidade de lipídios. O objetivo deste trabalho foi avaliar sensorialmente a estabilidade oxidativa da farinha de linhaça durante o armazenamento por trinta dias, em condições similares às utilizadas comercialmente. Nos tempos de armazenamento 0, 7, 14, 21 e 30 dias, as farinhas preparadas a partir de sementes submetidas ao tratamento térmico, em estufa, em temperatura de 150° C por 15 minutos, com e sem antioxidante ( BHT a 25ppm e BHA a 25 ppm) e a farinha crua foram avaliadas sensorialmente para os atributos cor e aroma (método de comparação múltipla) por 20 julgadores previamente treinados e selecionados (teste triangular). O efeito dos tratamentos foi analisado por ANOVA e o efeito do tempo por regressão.  As notas para o atributo cor foram mais influenciadas negativamente pelo tratamento térmico, independente da adição ou não dos antioxidantes. As notas atribuídas ao aroma não diferiram estatisticamente entre as farinhas, ao final de 30 dias de armazenamento, apesar da farinha com antioxidante ter apresentado uma melhora no perfil de notas a partir do sétimo dia, com variação de pontuação de +0,5, enquanto as farinhas sem antioxidante e crua tiveram uma variação de -1,7 e -2,85, respectivamente. Estudos adicionais devem ser realizados para determinar o máximo de vida útil para a farinha de linhaça e para determinar quais os componentes da referida farinha sofrem modificações oxidativas e resultam em alterações de cor e de aroma.

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ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE INADEQUAÇÃO DE NUTRIENTES EM CRIANÇAS DE VIÇOSA-MG.

NAIARA SPERANDIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIANA CAMPOS MARTINS (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), MAURO FISBERG (Coordenador/), REGINA MARA FISBERG (Coordenador/), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV)

A ingestão inadequada de nutrientes interfere no desenvolvimento infantil, sendo determinante no surgimento de doenças. Objetivou-se estimar a prevalência de inadequação de nutrientes de pré-escolares institucionalizados. Trata-se de estudo multicêntrico, transversal, constituído de levantamento de dados socioeconômicos, antropométricos e consumo alimentar. Foram avaliadas 250 crianças de creches públicas e 100 de privadas, de ambos sexos com idade entre 2 e 5 anos. Estas foram dividias em 2 grupos de acordo com faixa etária (1-3;4-5). Avaliou-se estado nutricional através dos índices: peso/idade, estatura/idade, peso/estatura e IMC/idade, adotando como referência antropométrica National Center Health Statistics (NCHS/CDC, 2000). Para análise estatística utilizou-se programa Epi Info 6.04. Avaliou-se nível socioeconômico através questionário proposto pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). O consumo alimentar foi verificado através da aplicação do método da pesagem direta de alimentos, nas instituições, e registro alimentar preenchido pelos pais. Com dados de consumo, calculou-se prevalência de inadequação por comparação com valores de Necessidade Média Estimada (EAR) ou Ingestão Recomendada (AI). Encontrou-se maior prevalência de excesso de peso nas creches privadas e maior prevalência de baixa estatura nas públicas, sendo essas diferenças significantes (p<0,05). Não foi encontrada prevalência de inadequação de ferro e proteína para nenhuma das faixas etárias estudadas. Aproximadamente 60% das crianças de 4 a 5 anos, estão consumindo cálcio abaixo dos valores de AI, sendo que para fibra esse valor chega a 95% nas instituições públicas. A prevalência de inadequação de vitaminas A e C, foi superior para faixa etária maior, em todas instituições. Encontrou-se excessivo consumo de sódio, sendo que 70% das crianças de 4 a 5 anos de creches públicas consomem quantidades acima do valor máximo considerado seguro (UL), nas privadas esse valor chega a 90%. Conclui-se a necessidade de implementação de políticas de nutrição, visando prevenir distúrbios nutricionais que poderão repercutir na vida adulta.

 

 

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ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE INADEQUAÇÃO DE NUTRIENTES  E DE ANEMIA EM CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG

MARIANA CAMPOS MARTINS (Bolsista PIC-CAIXA/UFV), NAIARA SPERANDIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LUIZA BARROS TEIXEIRA (Estagiário voluntário/UFV), AMANDA CAL REZENDE (Estagiário voluntário/UFV), CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS REZENDE (Estagiário voluntário/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), Mauro Fisberg (Coordenador/), Regina Mara Fisberg (Coordenador/)

Na infância há necessidade de fornecimento de alimentos em qualidade e quantidades suficientes para atender às exigências nutricionais, otimizar o potencial de crescimento e minimizar os riscos à saúde. Os objetivos foram: estimar a prevalência de inadequação de nutrientes, realizar avaliação antropométrica e dos valores de hemoglobina das crianças creches públicas e privadas do município de Viçosa (MG). Projeto que faz parte de um estudo multicêntrico transversal realizado com 250 pré-escolares de creches públicas e 100 de particulares, de ambos os sexos, entre dois e cinco anos, do município de Viçosa (MG). A classificação do estado nutricional deu-se segundo os índices peso/idade, estatura/idade, peso/estatura e IMC/idade (NCHS/CDC, 2000). A avaliação dietética constou de pesagem direta de alimentos nas instituições e de registro alimentar referente à ingestão no domicílio. Os dados foram tabulados no programa Nutrition Data System. A prevalência de inadequação foi calculada levando-se em consideração os valores de EAR, AI e UL. Realizou-se dosagem de hemoglobina hemoglobinômetro digital portátil, por punção digital. Considerou-se anêmicas as que apresentaram valor de hemoglobina inferior a 11g/dL. O armazenamento e análise dos dados foi através do programa Epi Info 6.04. Encontrou-se 3,32% de baixa estatura, e nas creches particulares incidência maior de excesso de peso e de baixo peso. 86% das crianças encontravam-se com ingestão de sódio acima da UL. A prevalência de inadequação para fibras, cálcio e ferro foi, respectivamente, 82,8%, 34,28% e 0%. Dentre 212 crianças de creches públicas que tiveram dosagem de hemoglobina, 11 (5,18%) encontravam-se anêmicas e das 65 de creches particulares, 4 (6,15%) anêmicas. Não houve diferença significante (p > 0,05). Estabelecer do perfil nutricional dos pré-escolares contribui com a criação de políticas públicas que busquem reverter um possível quadro epidemiológico detectado. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, INSTITUTO DANONE RESEARCH )

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HÁBITOS ALIMENTARES E DISLIPIDEMIAS EM ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO

LISIANE LOPES DA CONCEICAO (Bolsista UFVCredi/UFV), MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Colaborador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Colaborador/UFV), PATRÍCIA FELICIANO PEREIRA (Bolsista FAPEMIG/UFV)

As dislipidemias constituem uma das alterações metabólicas importantes associadas à obesidade e quando presentes em idade jovem tendem a se manterem na vida adulta. Objetivou-se verificar a associação dos hábitos alimentares com a ocorrência de dislipidemias. Foram investigadas, em um estudo de caso e controle, transversal controlado, 113 adolescentes, de 14 a 18 anos, sendo estas divididas em 3 grupos: Eutróficas com porcentagem de gordura corporal normal -Grupo 1- (n=40), Eutróficas com porcentagem de gordura corporal elevada -Grupo2- (n=38) e Sobrepeso com porcentagem de gordura corporal elevada -Grupo 3- (n= 35). Os dados foram analisados no Epi Info 6.04, mediante testes estatísticos paramétricos ou não paramétricos, conforme se julgou necessário, sendo considerado resultado significante para p<0,05. Obteve-se 64,6% de adolescentes com excesso de gordura corporal, 69% eutróficas, 31,0% com sobrepeso, segundo o IMC. Quanto aos níveis plasmáticos de colesterol e frações, o colesterol total foi o marcador que apresentou maior percentual de alteração (54%), seguido do LDL (35,4%) e HDL (35,4%). Verificamos que para os triglicerídeos (p<0,001), houve diferença estatística entre os grupos, sendo que o grupo 2 se destacou com maiores valores. A mediana do número de refeições diárias foi 4. O jantar foi a refeição mais omitida (73,2%), seguido do almoço (14,1%). O uso de produtos “diet/light” foi citado por 23,9% da população em estudo, sendo que o maior consumo foi de adoçante, seguido de margarina, refrigerante e leite. Encontrou-se associação entre alteração lipidica e os seguintes alimentos: abacate (OR=0,12), batata baroa purê (OR= 0,10), creme de leite(OR= 0,08), peixe com couro (OR= 0,03) e chips (OD= 0,20), logo o consumo destes alimentos gera maior risco de apresentarem alteração lipídica.Tornam-se necessárias estratégias que permitam o diagnóstico precoce das dislipidemias, pois estão entre os mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares.

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IDENTIFICAÇÃO DE ESTÁGIOS DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO E DE BARREIRAS PARA O CONSUMO DE FRUTAS

SARAH APARECIDA VIEIRA (Estagiário voluntário/UFV), MÍRIAM ZAIDAN DE SOUZA (Estagiário voluntário/UFV), MARINA FASSARELLA (Estagiário voluntário/UFV), MARIA DO CARMO FONTES DE OLIVEIRA (Orientador/UFV)

A escola desempenha papel fundamental no desenvolvimento da cidadania e na formação dos hábitos de vida e da personalidade da criança, dentre eles a alimentação. Considerando que os educadores podem causar grande influência em relação a tais hábitos, esse estudo teve como objetivos identificar o estágio de consumo de frutas e hortaliças e as barreiras que dificultam a ingestão desses alimentos entre diretores, professores e preparadores de alimentos de dezoito escolas públicas de Viçosa, MG. Estudo de natureza transversal, tendo como referencial teórico-metodológico o modelo Transteorético, o qual norteou na elaboração das perguntas que compuseram o roteiro usado para a coleta de dados. As informações contidas no roteiro possibilitaram detectar os estágios em que cada participante se encontrava, norteando as estratégias usadas para mudar o comportamento alimentar. Os dados foram analisados com auxílio do software SPSS versão 11.5. A maioria dos participantes (74%) foi classificada nos estágios mais avançados de mudança de comportamento no que se refere ao consumo de frutas. Entretanto, quanto ao consumo de hortaliças, os participantes se encontraram, em sua maioria (52%), nos estágios iniciais. Constatou-se que as principais barreiras para o consumo de hortaliças entre os participantes foram a falta de tempo (40,5%) e o fato de não terem uma pessoa que pudesse preparar esses alimentos para os mesmos (29%). Em relação às frutas, observou-se que a principal barreira para o consumo foi a falta de tempo (38%) e o fato de considerarem esses alimentos caros (34%). Ressalta-se a importância da elaboração de estratégias de intervenção a fim de promover o maior consumo de frutas e hortaliças entre os participantes, principalmente com o objetivo de romper as barreiras que dificultam o consumo desses alimentos.

 

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IDENTIFICAÇÃO DE PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NA PREPARAÇÃO DA SALADA DE TOMATE E ALFACE EM UM RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO

LÍVIA TIBIRIÇA SILVEIRA (Estagiário voluntário/UFV), PATRÍCIA MORAES FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), RAQUEL DE MENEZES NOGUEIRA (Estagiário voluntário/UFV), LUÍS FERNANDO DE SOUSA MORAES (Estagiário voluntário/UFV), ANA IRIS MENDES COELHO (Orientador/UFV)

A qualidade do produto final é influenciada pelas condições higiênico-sanitárias presentes em todas as etapas envolvidas no seu processamento. A detecção e rápida correção das falhas no processamento dos alimentos, bem como a adoção de medidas preventivas, são importantes estratégias para o controle de qualidade destes. O Sistema Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) visa garantir a segurança dos alimentos, por meio da análise de perigos,  identificando pontos de  críticos de controle (PCC), definindo as etapas onde o controle deve ser realizado e monitorado. Em preparações como saladas, os perigos biológicos e químicos são freqüentes. O objetivo do trabalho foi identificar possíveis PCC associados à preparação da salada de alface e tomate servida em um restaurante universitário, que serve cerca de 3500 refeições durante o almoço. No mês de julho de 2007, foram observadas todas as etapas do processo de produção da preparação da salada até o momento da distribuição, no período do almoço. As temperaturas foram registradas em cada etapa, utilizando-se o termômetro digital Salvterm 1200K. Elaborou-se o fluxograma do processo. A utilização de uma árvore decisória permitiu indicar PCC. Os resultados evidenciaram que a manipulação após higienização e o tempo de espera em temperaturas inadequadas até a distribuição podem constituir PCC. Conclui-se que a produção da salada analisada  apresenta necessidade de controle dos pontos identificados uma vez que a ausência desse controle pode representar a distribuição de alimentos não seguros para o consumo. Assim, pode-se inferir que a implantação do Sistema APPCC nesse restaurante poderia contribuir para maior segurança da salada fornecida aos seus clientes durante o almoço.

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IMPACTO DO ÍNDICE GLICÊMICO (IG) DOS ALIMENTOS NO CONTROLE METABÓLICO DE INDIVÍDUOS DIABÉTICOS TIPO 2  

DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), SABRINA PINHEIRO FABRINI (Bolsista FAPEMIG/UFV), JÚNIA MARIA GERALDO (Bolsista CAPES/UFV), JOSEFINA BRESSAN (Co-orientador/UFV), RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS (Orientador/UFV)

Apesar dos resultados de alguns estudos sugerirem que o consumo de dietas de baixo IG possa ser útil no controle metabólico de diabéticos, ainda não há consenso na literatura neste sentido. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo de refeições de alto e baixo IG no controle glicêmico, no perfil lipídico e na resistência insulínica de indivíduos diabéticos tipo 2. Participaram do estudo 6 mulheres e 11 homens, com idade entre 38 e 59 anos e entre 22,5 e 44,3 kg/m2. Tais participantes foram aleatoriamente alocados em um dos grupos experimentais (alto ou baixo IG) e receberam por 30 dias consecutivos café da manhã e lanche da tarde, apresentando IG de acordo com o grupo em que foram alocados. Os diabéticos foram submetidos à avaliação bioquímica (colesterol, ácidos graxos, HDL colesterol, triglicérideos, glicemia e insulinemia de jejum, nível de frutosamina) e do grau de resistência insulínica (HOMA-IR ) ao início e final do estudo. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software SPSS versão 11.5, sendo considerado p<0,05 como nível de significância. Ao final do estudo, constatou-se o aumento das concentrações de frutosamina (p=0,028) no grupo de alto IG. Os demais dados bioquímicos avaliados e o nível de resistência insulínica não foi afetado em nenhum dos grupos experimentais. Verificou-se correlação entre o IG da dieta diária ingerida (refeição teste + refeição em vida livre) e a glicemia de jejum (r= 0,829 e p= 0,042) apresentada ao final do estudo pelos participantes do grupo de alto IG. Estes resultados sugerem que o consumo crônico de alimentos de alto IG pode afetar negativamente o controle glicêmico (glicemia de jejum e concentrações de frutosamina) de diabéticos do tipo 2.  

 

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IMPACTO DO ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS NO TEOR DE GORDURA CORPORAL DE DIABÉTICOS TIPO 2

PAULA SOARES ALVES (Bolsista BIC-Júnior/EEM), EDNA THAÍS GODOI MORAES (Bolsista BIC-Júnior/EEM), SABRINA PINHEIRO FABRINI (Bolsista FAPEMIG/UFV), JÚNIA MARIA GERALDO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS (Orientador/UFV)

O excesso de tecido adiposo observado na obesidade favorece a ocorrência de resistência insulínica, resultando na instalação do diabetes mellitus. Alguns autores sugerem que os alimentos de baixo índice glicêmico (IG) possam ser úteis no controle da ingestão e do teor de gordura corporal. No entanto, ainda não existe consenso na literatura a este respeito. O presente estudo avaliou o efeito do consumo em laboratório de duas refeições diárias (desjejum e lanche da tarde) diferindo em índice glicêmico (IG), durante 30 dias consecutivos na ingestão alimentar, no peso e na composição corporal (CG). As demais refeições do dia foram consumidas em condições de vida livre, quando os participantes foram orientados a ingerir preferencialmente alimentos que apresentavam IG semelhante ao do grupo em que foram alocados. Dezessete diabéticos do tipo 2, com idade média de 50,1±6 anos e índice de massa corporal de 29,2±5 kg/m2 foram aleatoriamente alocados no grupo AIG ou BIG. O IG, a ingestão calórica, de macronutrientes e de fibra alimentar antes e após a intervenção foram avaliados a partir de dados obtidos por registro alimentar. Não foram verificadas alterações no IG, na ingestão calórica. Não foram constatadas alterações no peso e composição corporal de ambos os grupos. Observou-se que as mulheres de ambos os grupos apresentaram maior (p=0,036) GC (%) que os homens ao início do estudo. Ao final, a GC (%) das participantes deixou de diferir daquele apresentado pelos homens do grupo BIG. Ainda que não tenha ocorrido redução significante na GC (%) nos grupos experimentais, este parâmetro começou a reduzir nas mulheres do grupo BIG. Esses resultados sugerem a ocorrência de uma possível melhora na sensibilidade insulínica apresentada pelas mulheres. Tais resultados também sugerem que a redução do GC (%) poderia ter sido mais evidente se o estudo tivesse sido conduzido por período superior a 30 dias ou se tivessem sido oferecidas sob condições laboratoriais mais do que duas refeições diárias de alimentos BIG.

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IMPACTO DO ÍNDICE GLICÊMICO NO PESO E NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE DIABÉTICOS TIPO 2.

DANIANE CAMPOS DE OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), JÚNIA MARIA GERALDO (Não Bolsista/UFV), SABRINA PINHEIRO FABRINI (Bolsista CNPq/UFV), JOSEFINA BRESSAN (Co-orientador/UFV), RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS (Orientador/UFV)

Alguns autores sugerem que o consumo de alimentos de baixo índice glicêmico (IG) possa favorecer na redução do peso e na obtenção de composição corporal adequada.  Tais efeitos podem favorecer para reduzir a prevalência de diabetes e aumentar o controle glicêmico em indivíduos já diagnosticados com tal doença. Diante disto, o presente estudo objetivou avaliar o efeito do IG dos alimentos na ingestão, no peso e no teor de gordura corporal de diabéticos tipo 2. Para tanto foram recrutados 16 voluntários, os quais foram alocados aleatoriamente em um dos grupos experimentais (alto ou baixo IG). Durante 30 dias consecutivos, tais voluntários ingeriram diariamente em laboratório café da manhã e lanche da tarde apresentando IG de acordo com o grupo em que foram alocados. As demais refeições ingeridas no restante do dia foram feitas em condições de vida livre e avaliadas a partir da análise dos dados de 3 registros alimentares. A ingestão alimentar, o peso e o teor de gordura corporal foram avaliados antes e após a intervenção. Não foram verificadas alterações na ingestão (calorias, proteínas, lipídios, fibra alimentar), no peso e na composição corporal em nenhum dos grupos experimentais. No entanto, constatou-se maior ingestão de carboidratos (p=0,028) e tendência para o aumento da ingestão calórica (p=0,07) no grupo alto IG. Esses resultados sugerem que o consumo de duas refeições diárias de alto IG pode favorecer o aumento da ingestão calórica, podendo resultar no aumento do teor de gordura corporal, afetando negativamente o controle glicêmico em diabéticos.

 

 

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IMPACTO DO TRATAMENTO CLÍNICO-NUTRICIONAL EM PORTADORES DE SÍNDROME METABÓLICA  

FRANCIANE ROCHA DE FARIA (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), LINA ENRIQUETA FRANDSEN PAEZ DE LIMA ROSADO (Orientador/UFV)

A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por diabetes mellitus ou intolerância à glicose, hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipertrigliceridemia, baixas concentrações séricas de HDL-c (lipoproteína de alta densidade) e deposição central de gordura. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto do tratamento clínico-nutricional em portadores de SM atendidos no PROCARDIO (Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular). Os participantes estiveram sob acompanhamento nutricional com consultas quinzenais ou mensais. Foram obtidas informações sobre história da doença atual e pregressa, antecedentes familiares, uso de medicamentos, estado menopausal e hábitos gerais (tabagismo, bebidas alcoólicas, atividade física). Realizou-se avaliação antropométrica, dietética e exames bioquímicos. A prevalência de SM foi de 44,5%, com predomínio no sexo masculino (51,1%), em 549 indivíduos cadastrados no programa. Houve correlação entre a idade e glicemia de jejum, HDL-c, IMC, gordura corporal, circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ), HAS e associação entre histórico familiar de obesidade, IMC, RCQ, CC, triglicérides com a síndrome (p<0,05). Verificou-se que 40,6% (n=222) dos pacientes apresentavam sobrepeso, 25,4% (n=139) obesidade e 32,4% (n= 177) eram eutróficos. O consumo de sódio acima de 2400mg/dia aumentou a probabilidade de SM (OR = 1,76, p<0,05) assim como dietas hiperlipídicas (OR = 2,07, p <0,05). No terceiro mês de tratamento observou-se redução da glicemia de jejum, LDL-c, colesterol total, triglicérides, peso, CC, gordura corporal em 61%, 57%, 61%, 63%, 77,95%, 73,55%, 56,81%, respectivamente, e aumento do HDL-c em 53% dos portadores de SM. No sexto mês esses valores foram 54%, 59%, 57%, 57%, 58,18%, 45,28%, 50% e aumento do HDL-c em 47%. A prevalência de síndrome metabólica no início e após o tratamento foi de 44,5% e 38,1%. Conclui-se que o tratamento nutricional é eficaz no controle da SM, pois resulta em melhora do perfil clínico, nutricional e laboratorial, reduzindo o risco das doenças isquêmicas. (CNPq).

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INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL E DO HÁBITO ALIMENTAR NA OCORRÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES DE VIÇOSA-MG

DANIELA ALVES SILVA (Bolsista IC /projeto/UFV), ROBERTA RIBEIRO DE ANDRADE NOGUEIRA (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), Eliane Rodrigues de Faria (Colaborador/), MARILIA LELIS RIBEIRO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Colaborador/UFV), MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO (Colaborador/UFV), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV)

A prática alimentar de adolescentes, geralmente inclui alimentos calóricos, ricos em açúcares e gorduras e pobres em micronutrientes e fibras. Tal fato aliado ao sedentarismo pode levar ao excesso de peso, que representa risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica já nesta população. O presente estudo teve o objetivo de verificar a influência do estado nutricional e da alimentação na ocorrência da síndrome metabólica (SM) em adolescentes. Trata-se de um estudo transversal, com 100 adolescentes, de 14 a 17 anos, mínimo um ano pós-menarca, estudantes de escolas públicas de Viçosa-MG. A partir de três recordatórios de 24 horas, quantificou-se a média de energia, macronutrientes, fibras, colesterol, vitamina C, cálcio e ferro com auxílio do programa Diet Pro 4.0. Classificou-se o estado nutricional segundo a proposta do Center for Disease Control and Prevention – National Center for Health Statistics (CDC/NCHS, 2000), sendo as adolescentes > percentil 85 classificadas como excesso de peso. Utilizou-se o critério proposto por Faria et al. (2007) para o diagnóstico da SM. A análise estatística foi feita nos softwares Epi Info 6.04 e Sigma Statistic for Windows, realizando-se o teste paramétrico t-Student e não paramétrico Mann-Withney, qui-quadrado e correlação de Spearman, com grau de significância menor que 5%. Observou-se predomínio da eutrofia (83%), seguida do excesso de peso (11%) e baixo peso (6%). A SM esteve presente em 16% das jovens e apresentou associação com excesso de peso (p=0,004), sendo Odds Ratio de 5,91 [1,28 - 27,51]. Verificou-se correlação entre número de fatores de risco para doença cardiovascular e ingestão energética e de carboidratos (p=0,038 e r=-0,208; p=0,033 e r=-0,213, respectivamente). Reforça-se assim, a importância de ações voltadas para atenção à saúde de adolescentes, tendo em vista que a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares é notável neste grupo, favorecendo o aparecimento precoce de enfermidades (CNPq e FAPEMIG).

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INGESTÃO DE CÁLCIO NA DIETA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA ATENDIDAS NO PROCARDIO          (PROGRAMA DE SAUDE CARDIOVASCULAR DO DNS/UFV)  

RAIHANI DE SÁ NASCIMENTO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), RITA DE CASSIA LANES RIBEIRO (Orientador/UFV)

O ganho de peso pós-menopausal está relacionado ao acúmulo de gordura visceral, promovendo mudança da conformação da obesidade das mulheres. Estudos epidemiológicos, buscando explicações para a gênese da obesidade nessa fase, identificaram a ingestão dietética de cálcio como um fator negativamente relacionado com o índice de massa corporal (IMC). Valores altos de IMC estão menos presentes quando a ingestão de cálcio está próxima do recomendado. O presente estudo objetivou avaliar a associação entre ingestão de cálcio dietético e a composição corporal e distribuição de gordura em 134 mulheres na pós-menopausa atendidas no PROCARDIO. Durante os atendimentos foram realizadas avaliações antropométricas e dietéticas, gerando os dados necessários para a pesquisa. Das mulheres, 40,3% estavam obesas, 38,8% com sobrepeso e 97,8% tinham uma elevada taxa de gordura corporal, medida pela Bioimpedância; além de 69,4% e 56,7% estarem, respectivamente, com medidas de circunferência de cintura e relação cintura/quadril elevadas. Foi verificado ainda, que 64,2% da amostra estavam com colesterol total alterado e 73,9% com baixo níveis séricos de HDL- colesterol. A análise dietética revelou um consumo adequado somente de carboidratos, lipídios, gorduras mono e poliinsaturadas e o colesterol. O consumo de cálcio ficou abaixo do nível de adequação (1200mg/dia), em 94,8% das mulheres, sendo sua média de ingestão de 630,3 mg. Ao correlacionar sobrepeso, obesidade e alta porcentagem de gordura corporal com a baixa ingestão de cálcio, não verificou-se significância estatística (teste X2 =0,30; p=0,96). Também não houve associação estatisticamente significante entre medidas de circunferência de cintura e a ingestão de cálcio. Dessa forma, não se pode afirmar que a prevalência de sobrepeso, obesidade, composição corporal inadequada e altos valores de circunferência de cintura e relação cintura/quadril se devem à baixa ingestão dietética de cálcio. 

 

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MINERAIS E METAIS PESADOS EM FRUTAS ORGÂNICAS E CONVENCIONAIS

FLÁVIA GALVÃO CANDIDO (Bolsista PROBIC/FAPEMIG/UFV), POLLYANNA COSTA CARDOSO (Bolsista CNPq/UFV), ANA PAULA BATISTA TOMAZINI (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), ELISÂNGELA RODRIGUES DE FREITAS (Estagiário voluntário/UFV), JULIANA MEDEIROS LEÃO (Estagiário voluntário/UFV), NEUZA MARIA BRUNORO COSTA (Co-orientador/UFV), HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO (Co-orientador/UFV), HELENA MARIA PINHEIRO SANT´ANA (Orientador/UFV)

A demanda por alimentos orgânicos tem aumentado especialmente devido à crença de que são mais saudáveis e nutritivos do que os convencionais. Tal crença, entretanto, carece de evidências científicas capazes de sustentá-la ou negá-la. O presente estudo teve como objetivo analisar comparativamente o conteúdo de minerais e metais pesados em frutas produzidas pelos sistemas de manejo convencional e orgânico. As frutas foram produzidas na mesma região geográfica e sob as mesmas condições climáticas e a amostragem respeitou a distribuição espacial das plantas e a localização dos frutos. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com 2 tratamentos (orgânico e convencional), 3 repetições por tratamento, digestão e análise das amostras em duplicata e leitura dos teores dos elementos (Espectrofotômetria de Emissão Atômica com Plasma de Argônio Induzido - ICP-AES) em triplicata. Utilizou-se para análise as médias e desvios-padrão e o “teste t” de Student (nível de significância de 5%, p<0,05). Com relação aos minerais, foram encontrados maiores conteúdos de Mg e K em mangas orgânicas e de Cr nas convencionais; em caquis orgânicos, maiores teores de Cu e Zn, enquanto nos convencionais, conteúdos superiores de Mg, P, Na e K; para as acerolas, Ca, Fe e Mn encontraram-se maiores nas orgânicas e Mo nas convencionais. Somente o Mo mostrou-se maior nos morangos orgânicos. Quanto aos metais pesados, encontraram-se maiores conteúdos de Al e Ni, menores de Pb e menores de Al em acerolas, caquis e morangos convencionais, respectivamente. Para os demais minerais e metais pesados, não houve diferença significativa. Concluiu-se que não houve uma tendência unânime de superioridade dos teores de minerais em frutas orgânicas e nem de diminuição de metais pesados nas mesmas, sendo que ambos os tipos de manejo forneceram alimentos que contribuem para o suprimento nutricional diário. No entanto, mais pesquisas nesta área precisam ser feitas para afirmações definitivas. (FAPEMIG/CNPq )

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PERFIL DOS CONSUMIDORES DE ÁGUA MINERAL ENVASADA DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG E SUA PERCEPÇÃO QUANTO A QUALIDADE DO PRODUTO

DANIANE CAMPOS DE OLIVEIRA (Estagiário voluntário/UFV), THIAGO BALBI SEIXAS (Estagiário voluntário/UFV), FERNANDA SOARES MILAGRE (Estagiário voluntário/UFV), ALINE CARVALHO SALVADOR (Estagiário voluntário/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV)

O acentuado crescimento de vendas de água mineral envasada nos últimos anos aumenta a preocupação quanto à sua qualidade sanitária e papel do consumidor como agente fiscalizador da própria saúde. O objetivo do trabalho foi analisar o perfil e a percepção dos usuários com relação à distribuição e outros fatores relacionados ao consumo de água mineral. O trabalho consistiu na aplicação de um questionário semi-estruturado, formulado com base na RDC 173. As questões abrangeram o motivo que leva à compra desse serviço, condições de higiene na troca do galão, dentre outras. Os questionários foram aplicados aleatoriamente em 330 pessoas, no mês de novembro de 2007. A primeira pergunta tinha o objetivo de separar não-consumidores dos consumidores, sendo que estes continuavam a responder as demais perguntas. Dentre os entrevistados, 16,1% (n=53) são consumidores, apresentando idade entre 17 e 48 anos e, na maioria, 84,9%37 (45 pessoas) eram do sexo feminino. O tempo médio de uso do produto é de 2,9 anos. Dentre os motivos que levam os consumidores a optarem pela água mineral os mais citados foram: segurança para a saúde (69,8%), praticidade de utilização (26,4%) e preferência pelo sabor (7,5%). A maioria dos usuários (90,6%) conhecia as condições de transporte dos galões; desses, 81,1% citaram a moto como o veículo utilizado. Quanto à aparência do entregador, 73,6% disse que apresentam-se com roupas limpas e boa aparência e 98,1% afirmou que a troca é feita com higiene, entretanto somente 3,8% desses relatou que a limpeza de mãos e galão é feita com álcool. Apesar da alegação de segurança do consumo de água mineral envasada, os dados obtidos mostram que o consumidor não está ciente dos riscos que esse produto pode oferecer a saúde, já que os cuidados com transporte e higiene preconizados pelas RDC 173 e 275 não foram observados.

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PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS CADASTRADAS NO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE PAULA CÂNDIDO - MG

ANA CAROLINA MATOS CAMPOS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), KELLY ALVES MAGALHÃES (Bolsista CAPES/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), JEFERSON BOECHAT SOARES (Co-orientador/UFV), RODRIGO SIQUEIRA-BATISTA (Co-orientador/), ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA (Orientador/UFV)

O Programa Bolsa Família (PBF) é um Programa de Transferência de Renda Mínima do Governo Federal que tem como um de seus objetivos o acesso à rede de serviços públicos básicos à população atendida. O objetivo do trabalho foi delinear o perfil socioeconômico das famílias cadastradas no PBF do município de Paula Cândido-MG. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no período de junho a setembro de 2007. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 72 indivíduos pertencentes às famílias beneficiárias e 44 às cadastradas, mas não-beneficiárias. Os dados foram analisados utilizando-se o software SPSS for Windows, versão 15.0. O qui-quadrado foi calculado para as variáveis categóricas, adotando como significância estatística os valores de p<0,05. Observou-se um predomínio de entrevistados do sexo feminino (94,8%) e casados (68,1%). A faixa etária preponderante esteve entre 20 e 39 anos (70,7%). Verificou-se que entre os beneficiários e não-beneficiários entrevistados respectivamente, 62,5% e 50% trabalhavam; 65,3% e 47,8% não possuíam carteira assinada; 81,6% e 52,2% tinham como principal atividade a agrícola. Quanto ao local de residência, a maioria dos beneficiários e não-beneficiários residia, respectivamente, em casa (95,8% e 95,5%), em domicílio próprio (79,2% e 70,5%), em local com cobertura de material durável (87,5% e 77,3%), com paredes de alvenaria com reboco (90,3% e 88,6%) e com relógio próprio (83,3% e 86,4%). Observou-se que 69,4% de beneficiários e 54,5% de não-beneficiários faziam mais uso de água proveniente de nascente/poço. Na zona rural, 61,8% e 67,3% de beneficiários e 63,0% e 55,6% não-beneficiários, respectivamente, utilizavam a fossa séptica como escoamento sanitário, e a queima como destino final do lixo. A diferença entre beneficiários e não-beneficiários quanto às condições de habitação e saneamento não foi estatisticamente significante, no entanto, comparando as famílias pertencentes à zona urbana e rural, as primeiras apresentaram situação mais favorável em relação aos aspectos avaliados.

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PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS COMERCIANTES DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL E CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DA FEIRA-LIVRE DE XXXXXXXXXXXXXX

CAROLINA GOMES COELHO (Estagiário voluntário/UFV), SIMONE FARIA DE SOUZA (Estagiário voluntário/UFV), MARCELA DE FREITAS FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), PAMELA GARCIA FERREIRA (Estagiário voluntário/UFV), DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS (Estagiário voluntário/UFV), PATRICIA FERREIRA DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), JÚLIA EDUARDO NHACULE (Estagiário voluntário/UFV), MARIA FERNANDA FURTADO POLLASTRI (Estagiário voluntário/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV)

A qualidade dos alimentos comercializados em feiras livres é um fator de grande importância para que a população tenha ao seu alcance alimentos de boa qualidade, dentro de padrões pré-estabelecidos, não só em valores nutritivos, como também quanto às condições higiênicas.Objetivos: Caracterizar as condições socioeconômicas dos feirantes e a situação higiênico-sanitária das barracas. Estudo transversal realizado na feira-livre de Viçosa-MG no mês de janeiro de 2007 em 20 barracas que comercializavam produtos de origem animal. Utilizou-se um questionário semi-estruturado adaptado do utilizado pela vigilância sanitária local, composto por questões relativas às condições socioeconômicas, pontos relacionados à conscientização da higienização pessoal e das barracas. A análise dos dados foi realizada no software Excel 2003. Das barracas avaliadas 45% comercializavam leite e derivados, 3% carnes e 25% ovos. Quanto a escolaridade, a maioria possuía ensino fundamental incompleto (50%), 20% alfabetizados, 15% ensino fundamental completo e 15% ensino superior completo. A faixa de renda mensal encontrada foi de 70% de 1 a 5, 24% inferior a 1 e 6% de 5 a 10 salários míninos. Verificando as condições higiênico-sanitárias, observou-se quanto a periodicidade de limpeza das barracas que 60% higienizavam a barraca somente após o expediente; 15% antes, durante e depois; 15% antes e 10% antes e depois. 50% dos feirantes relataram a ausência de local adequado para a higienização correta das mãos. Na opinião de 95% dos feirantes, é de fundamental importância a higienização das mãos durante o período de trabalho. Em 60% dos gêneros comercializados não eram transportados em veículos exclusivos. Apesar da baixa condição socioeconômica dos comerciantes observou-se que estes têm consciência da importância das condições higiênico-sanitárias adequadas, porém o município não oferece subsídios necessários que garantam melhores condições de comercialização dos produtos.

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PERFIL SOCIOECONOMICO, DE VIDA E ALIMENTAR DE CRIANÇAS DE CRECHES DE VIÇOSA-MG

Angélica Fátima de Barros (Bolsista BIC-Júnior/EEM), SILVIA ELOIZA PRIORE (Orientador/UFV), MARCELY SOARES MARINHO (Estagiário voluntário/UFV), NAIARA SPERANDIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), MARIANA CAMPOS MARTINS (Bolsista PIC-CAIXA/UFV)

O presente estudo está inserido no projeto multicêntrico “Estimativa da prevalência de inadequação de nutrientes em crianças de diferentes regiões do Brasil’’. Objetivou-se conhecer o hábito alimentar das crianças, bem como caracterizar as condições socioeconômicas das respectivas famílias, verificar as condições de nascimento; bem como de saúde atual; caracterizar a alimentação oferecida e consumida pelas crianças nas creches e verificar se as crianças conhecem os alimentos oferecidos nas Instituições. Totalizou-se 100 crianças, que possuíam entre 2 e 5 anos, sendo que 75 pertenciam a creches públicas e 25 a particulares. Após consentimento da Instituição, os pais foram convidados a participarem de uma reunião, na qual puderam conhecer o trabalho. Somente participou do estudo as crianças cujos responsáveis autorizaram a participação. Os resultados obtidos nos permitiram avaliar a alimentação oferecida nas creches, bem como o consumo e o conhecimento dos alimentos pelas crianças. Além disso, pudemos conhecer a situação socioeconômica e a saúde das crianças. Verificamos que as crianças das Instituições públicas tinham em casa alimentação menos variada e que na creche consumiam somente os alimentos oferecidos, enquanto que as das particulares tinham mais opção de consumirem alimentos levados de casa, o que muitas vezes permitia mais variedade alimentação. A forma de preparo dos alimentos das públicas e privadas também interferia no conhecimento dos alimentos pelas crianças, mas em ambas as crianças apresentaram dificuldade em reconhecer principalmente as hortaliças.

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PREPARAÇÃO DO PERNIL ASSADO SERVIDO EM RESTAURANTE: ANÁLISE DO FLUXOGRAMA USANDO PRINCÍPIOS DO APPCC

ALINE SIQUEIRA FOGAL (Estagiário voluntário/UFV), THAIS CASTRO DUARTE (Estagiário voluntário/UFV), ELIZANGELA RODRIGUES DA SILVA (Estagiário voluntário/UFV), LUIZA VELOSO DUTRA (Estagiário voluntário/UFV), ANA IRIS MENDES COELHO (Orientador/UFV)

A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) é um sistema preventivo que, cuidadosamente, identifica, avalia, e indica os controles dos perigos durante as etapas do processamento, essenciais para a produção de alimentos  seguros. A aplicação desse sistema  facilita o trabalho dos gerentes e dos seus supervisores, bem como orienta o trabalho dos manipuladores de alimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar, de acordo com os princípios do APPCC, o fluxograma de produção e distribuição do pernil assado servido durante o almoço em um restaurante institucional. Foram acompanhadas todas as etapas relacionadas ao preparo desse prato principal, que englobam desde o recebimento à distribuição do mesmo, durante três dias consecutivos. Na análise do fluxograma utilizou-se uma árvore decisória apropriada para identificar pontos críticos de controle, conforme procedimentos descritos no Guia para Elaboração do Plano APPCC (2000).O trabalho foi desenvolvido no primeiro semestre de 2008 em um restaurante institucional que serve em média 3500 refeições por dia. Os resultados apontam para a existência de pontos críticos de controle nas etapas de pré-preparo e distribuição da preparação. Conclui-se que essas etapas da produção devem ser monitoradas, já que a ocorrência de falhas nesses pontos poderá comprometer a saúde de um número expressivo de clientes, e conseqüentemente comprometer o próprio restaurante.

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PRODUTO FERMENTADO COM NOVA VARIEDADE DE SOJA FORTIFICADO COM CÁLCIO, FERRO E PREBIÓTICO

ARYANE MENDES DE ANDRADE (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), CONCEICAO ANGELINA DOS SANTOS PEREIRA (Orientador/UFV), GUILHERME MIRANDA TAVARES (Estagiário voluntário/UFV), ANTONIO FERNANDES DE CARVALHO (Co-orientador/UFV)

Apesar de ainda ser considerada por muitos como um alimento novo e exótico, a soja já é comercializada largamente em forma de diversos tipos de produtos, devido aos seus efeitos benéficos à saúde. O objetivo desse trabalho foi desenvolver um produto fermentado, utilizando o extrato hidrossolúvel de uma variedade de soja desenvolvida sem as enzimas lipoxigenases, enriquecê-lo com cálcio, ferro e prebiótico, avaliar sua composição centesimal e aceitabilidade pelo público alvo, representado pela população idosa. Para a elaboração desse produto, utilizou-se um complexo mineral como fonte de ferro, carbonato de cálcio e, como prebiótico, foi utilizada a inulina destinada a idosos. Esses componentes, além do amido e da sacarose, foram homogeneizados ao EHS e o extrato enriquecido foi submetido à pasteurização a 90°C durante 5 minutos. Após a fermentação, foram adicionados 4% de polpa de morango ao produto. A análise da composição centesimal quantificou umidade, lipídeos, proteínas, cinzas e carboidratos. A quantificação dos minerais foi realizada através da técnica de espectrofotometria de absorção atômica e, durante o processo fermentativo, foram determinados o pH e a acidez titulável do “iogurte”. A análise sensorial foi realizada pelo método da Escala Hedônica. Após sua quantificação, constatou-se que o teor de cálcio atingiu a recomendação, porém o mesmo não ocorreu com o ferro. A análise sensorial mostrou que o produto foi bem aceito, com atributos variando entre gostei moderadamente e gostei muito. Pode-se concluir que esse produto fermentado à base de soja, adicionado de cálcio, ferro e inulina, apresentou boa aceitação pelos provadores e, além disso, pode ser considerado como “enriquecido com cálcio”.

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PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: OPINIÃO, CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DO BENEFICIO PELAS FAMÍLIAS CADASTRADAS

ANA CAROLINA MATOS CAMPOS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), KELLY ALVES MAGALHÃES (Bolsista CAPES/UFV), SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI (Co-orientador/UFV), JEFERSON BOECHAT SOARES (Co-orientador/UFV), RODRIGO SIQUEIRA-BATISTA (Co-orientador/), ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA (Orientador/UFV)

O Programa Bolsa Família (PBF) caracteriza-se pela transferência direta de renda para famílias pobres e extremamente pobres, vinculada ao cumprimento de condicionalidades nas áreas de educação e saúde. O objetivo desse estudo foi analisar a opinião das famílias cadastradas no PBF sobre o mesmo, bem como o conhecimento sobre as condicionalidades e a forma de utilização do benefício recebido. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado no período de junho a setembro de 2007, no município de Paula Cândido-MG. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 72 indivíduos pertencentes às famílias beneficiárias e 44 às cadastradas, mas não-beneficiárias, perfazendo um total de aproximadamente 10% de cada grupo. Em relação à opinião dos entrevistados beneficiários e não-beneficiários sobre o PBF, 83,3% e 59,1% consideraram-no ótimo, 9,7% e 18,2% bom e 6,9% e 18,2% razoável, respectivamente. Entre os beneficiários, observou-se que 16,7% tinham renda per capita maior que R$ 120,00, sendo que o benefício do PBF destina-se às famílias com renda per capita inferior a este valor. Os beneficiários do programa recebiam em média R$ 63,61 reais e os itens alimentação, educação e vestuário foram aqueles em que o benefício era mais empregado. Em relação às despesas mensais, a alimentação foi o item que apresentou maior gasto tanto para beneficiários (62,4%) quanto para não-beneficiários (64,7%). Quanto ao conhecimento das famílias acerca das condicionalidades, a saúde foi citada por 79,2% e 34% e a educação por 69,4% e 43,2% de beneficiários e não-beneficiários, respectivamente. Os resultados revelam que a maioria das famílias cadastradas no PBF o considerou ótimo; o benefício era utilizado principalmente nas áreas de alimentação e saúde (medicamentos e consultas médicas). Quanto às condicionalidades, verificou-se a necessidade de maior conscientização das famílias cadastradas sobre este aspecto, favorecendo o acompanhamento destas e o acesso aos serviços de educação e saúde.

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SORO DE LEITE: UMA ALTERNATIVA ALIMENTAR

MAGNO JOSÉ DE OLIVEIRA (Estagiário voluntário/UFV), MARIANA MAGALHÃES GONÇALVES (Estagiário voluntário/UFV), CONCEICAO ANGELINA DOS SANTOS PEREIRA (Orientador/UFV), STHEFANN GUIMARÃES BALDOW (Estagiário voluntário/UFV)

O soro de leite é um subproduto do leite obtido durante a produção de queijo ou caseína. Para cada mil litros de leite, são gerados cerca de 820 litros de soro que retém 55% dos nutrientes totais. Tradicionalmente, o soro era considerado pelos produtores de queijo como um subproduto da fabricação, com baixo ou nenhum valor comercial. Porém, esta visão mudou com a descoberta de propriedades funcionais e bioativas de seus componentes, principalmente das proteínas, que têm sido apontadas como nutrientes portadores de atividade funcional, capazes de modular algumas respostas fisiológicas do organismo animal. Este derivado lácteo apresenta em sua composição química aproximadamente 93-94% de água, 4,5-5,0% de lactose, 0,7-0,9% de proteínas solúveis, 0,6-1,0% de sais minerais e quantidades apreciáveis de outros componentes como vitaminas do grupo B. Dos componentes presentes no soro, a lactose e proteínas solúveis são os mais importantes. As proteínas possuem alto valor nutricional, pois contêm todos os aminoácidos essenciais e a lactose por ser fonte de material energético para diversos processos biotecnológicos e como componente utilizado na indústria farmacêutica e alimentícia. O trabalho teve como objetivo verificar a viabilidade de utilização e aceitação de preparações doces e salgadas utilizando o soro em uma instituição filantrópica. Foram testadas várias preparações sendo as que apresentaram melhores resultados em termos de preparo e aceitação foram: bolo de fubá (broa), arroz doce e canjica doce. A canjiquinha com tomate é uma preparação viável em termos de preparo, mas não obteve boa aceitação. É recomendado incentivar a utilização do soro devido ao seu valor nutricional e facilidade de obtenção como uma forma de melhorar a alimentação.

 

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VIGILANCIA SANITÁRIA NOS ESTABELECIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA MINERAL ENVASADA DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA, MINAS GERAIS.

THIAGO BALBI SEIXAS (Estagiário voluntário/UFV), FERNANDA SOARES MILAGRE (Estagiário voluntário/UFV), ALINE CARVALHO SALVADOR (Estagiário voluntário/UFV), PAULO FERNANDO DA GLORIA LEAL (Orientador/UFV), DANIANE CAMPOS DE OLIVEIRA (Estagiário voluntário/UFV)

A Vigilância Sanitária engloba ações educativas e fiscalizadoras, visando à defesa e à proteção da saúde coletiva. No que diz respeito ao comércio de água mineral, sua atuação visa efetuar o controle do padrão de identidade e qualidade deste produto, garantindo sua qualidade higiênico-sanitária. O objetivo do presente trabalho foi verificar a concordância dos estabelecimentos de distribuição de água mineral envasada do município de Viçosa-MG em relação aos padrões preconizados pela RDC nº 173/2006 da Vigilância Sanitária. Cinco estabelecimentos foram visitados onde se aplicou um check list, verificando-se a conformidade com os padrões preconizados pela legislação. Várias irregularidades foram evidenciadas: Todos os estabelecimentos apresentaram estado precário de conservação e limpeza; paredes descascadas e sujas, sem reboco, frestas e rachaduras; grande espaço entre paredes e telhas; falta de condições físicas adequadas para conservação e estocagem de água. Quanto ao controle de pragas e vetores,  em 80% dos estabelecimentos afirmou-se realizá-lo periodicamente. A limpeza dos galões para estocagem foi relatada em 40% dos estabelecimentos; entretanto, todos relataram que os entregadores realizam a limpeza com álcool e toalha descartável no ato da troca do galão. A presença de estrado fenestrado para estocagem estava presente em apenas 40% dos estabelecimentos sendo, no entanto, de madeira e altura inferior a 15 centímetros de distância do chão. 60% dos estabelecimentos armazenavam água juntamente com botijões de gás e ou carvão. Em 1 (20% da amostra) estabelecimento notou-se um odor forte de tinta no ambiente. 40% apresentaram insuficiente ventilação. Quanto ao transporte da água envasada, 100% relataram a utilização de veículos abertos, no caso motocicleta e bicicleta. Concluiu-se, portanto, que os estabelecimentos de distribuição de água mineral envasada não estão adequados em relação à maioria dos requisitos estabelecidos pela RDC nº 173/2006, encontrando-se em desacordo com os padrões preconizados pela Vigilância Sanitária.

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  EFEITOS DO CONSUMO DE AMENDOIM NO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO E AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA

CAROLINA ARAÚJO DOS SANTOS (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV), REGIANE LOPES DE SALES (Bolsista CAPES/UFV), NEUZA MARIA BRUNORO COSTA (Orientador/UFV), JOSEFINA BRESSAN (Co-orientador/UFV)

 Estudos apontam que o amendoim é um alimento promissor na redução do risco cardiovascular e na manutenção do peso corporal. Foram selecionados 40 indivíduos (20 mulheres e 20 homens), entre 18 e 50 anos, com Índice de Massa Corporal entre 25 e 35 kg/m², que não faziam uso de medicamentos ou dietas restritivas. Os voluntários foram divididos aleatoriamente entre 5 grupos, quais sejam: amendoim cru (AC), amendoim torrado sem sal (AT), amendoim torrado salgado (AS), amendoim doce (AD) e pasta de amendoim (PA). Por 28 dias os voluntários consumiram 56 gramas de um dos produtos testados, sem qualquer intervenção ou orientação no consumo dietético. Foram realizadas ainda avaliações antropométricas, bioquímicas e inquéritos dietéticos no início e no final do experimento. Com os dados do consumo alimentar foi aplicado o Índice de Qualidade da Dieta, que pontua e avalia a ingestão de alimentos. Os dados foram avaliados por ANOVA no software SAS, versão 8. Não houve alteração significante dos valores plasmáticos de colesterol total e frações, triacilgliceróis e glicose no intervalo do experimento. O consumo de 56 gramas de amendoim não provocou alterações no perfil lipídico de indivíduos em sobrepeso. Apenas o grupo que ingeriu amendoim cru apresentou ganho de peso considerável, embora este aumento tenha sido menor em relação ao esperado. A média geral do IQD encontrada antes e durante o consumo do amendoim foi de 73,5 e 67,3 pontos, respectivamente. A maioria dos indivíduos apresentou dieta que “necessita de modificações”.   Existem poucos trabalhos com a aplicação e validação do IQD na população brasileira, e as limitações encontradas sugerem cautela na utilização e na interpretação dos resultados obtidos.

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  ESTIMATIVA DO CONSUMO DE ÁCIDOS GRAXOS DA SÉRIE ÔMEGA-3 EM GRUPO POPULACIONAL DE ELEVADO NÍVEL SOCIOECONÔMICO

JÚLIA CRISTINA CARDOSO CARRARO (Estagiário voluntário/UFV), CAMILA GERTRUDES LUCAS (Estagiário voluntário/UFV), ADELSON LUIZ ARAUJO TINOCO (Co-orientador/UFV), CEPHORA MARIA SABARENSE (Orientador/UFV)

 Há evidências epidemiológicas de que os ácidos graxos poliinsaturados da série Ômega-3 apresentam um papel funcional, associado à menor incidência de doenças cardiovasculares. Seus efeitos benéficos estão relacionados à ação do ácido -linolênico e seus derivados metabólicos, o ácido eicosapentaenóico e o ácido docosahexaenóico. Considerando tais evidências, o objetivo do presente estudo foi estimar o consumo dos ácidos graxos da série ômega 3 numa amostra da população da cidade de Viçosa. A amostragem foi de 42 indivíduos entre 20 e 60 anos, estimada num bairro de elevado nível socioeconômico da cidade de Viçosa. A avaliação do consumo alimentar foi realizada por meio da aplicação de um questionário de freqüência alimentar semi-quantitativo, direcionado a alimentos com alto teor de lipídios e/ou fonte de ômega 3. A amostra foi constituída de 59,5% (25) mulheres e 40,5% (17) homens. A média de consumo encontrada foi de 1,68g por dia, sendo 1,29g para as mulheres e 2,23g para os homens. Observou-se que os óleos vegetais contribuíram com 0,91g (54,16%) do consumo sendo, portanto, a maior fonte dos ácidos graxos ômega 3 na dieta dos entrevistados. Não foi observado o consumo expressivo de peixes de água fria, nozes e castanha, que tradicionalmente, são indicados como fonte dos ácidos graxos da série ômega 3. As quantidades mínimas de consumo consideradas como funcional são maiores (2,22g/dia) do que as encontradas neste estudo, exceto para o grupo do sexo masculino. Conclui-se, então, que apesar da variedade de alimentos consumidos pelos indivíduos participantes do estudo, não há consumo de alimentos fonte de ácidos graxos da série ômega 3 suficientes para que haja efeito funcional da dieta para as doenças cardiovasculares.

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