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UIVERSIDADE CADIDO MEDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SESU EM RECURSOS HUMAOS TRABALHO EM EQUIPE O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE AS EMPRESAS ADERBAL GUIMARÃES FERREIRA ITERÓI 2010

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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SE�SU

EM RECURSOS HUMA�OS

TRABALHO EM EQUIPE

O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE �AS EMPRESAS

ADERBAL GUIMARÃES FERREIRA

�ITERÓI

2010

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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SE�SU

EM RECURSOS HUMA�OS

TRABALHO EM EQUIPE

O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE �AS EMPRESAS

ADERBAL GUIMARÃES FERREIRA

Monografia apresentada à

Universidade Candido Mendes

como requisito principal para

conclusão do curso de Pós-

graduação em Recursos Humanos.

�ITERÓI

2010

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DEDICATÓRIA

É com imensa alegria que dedico a presente monografia aos meus familiares e amigos

como prova de consideração e afeto.

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AGRADECIME�TOS

Agradeço à minha família que durante este período sempre me incentivou a

prosseguir para a conclusão deste curso. A professora Janaína, por sua brilhante

orientação na construção desta Pós. As minhas colegas de equipe, Gisele e Cristiane,

pois juntos formamos um grupo de trabalho coeso durante esta Pós.

E, finalmente, a minha nora Daiana e as minhas colegas de trabalho da UFF:

Vera, Alessandra e Mônica pelo constante incentivo e paciência.

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SUMÁRIO

RESUMO

JUSTIFICATIVA

OBJETIVOS

PROCEDIME�TOS METODOLÓGICOS

CAPÍTULO I – TRABALHO EM EQUIPE

1.1 Conceito de equipe;

1.2 Definição entre grupo e equipe;

1.3 O trabalho em equipe como fator de qualidade;

1.4 As vantagens e desvantagens do trabalho em equipe

1.4.1 Os desafios do trabalho em equipe;

1.4.2 Fatores que interferem no funcionamento das equipes;

1.5 A importância da comunicação.

CAPÍTULO II – LIDERA�ÇA E EQUIPE

2.1 Conceituação e tipos de liderança;

2.1.1 Estilos de liderança;

2.2 Fatores que definem o estilo de liderança;

2.3 Liderança e equipe;

2.3.1 Treinamento;

2.3.2 Etapas do treinamento;

2.3.3 Responsabilidade pelo desenvolvimento das pessoas;

2.4 Motivação na equipe.

CAPÍTULO III – ESTRUTURAÇÃO DE UMA EQUIPE

3.1 Como formar uma equipe eficiente;

3.2 Como se definem os membros da equipe;

3.3 Etapas;

3.3.1 Estágio 1: exploração preliminar;

3.3.2 Estágio 2: definição;

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3.3.3 Estágio 3: identificação;

3.3.4 Estágio 4: processamento;

3.3.5 Estágio 5: assimilação/ reformação.

3.4 Equipes vitoriosas.

A�EXO A – E�TREVISTA SOBRE TRABALHO EM EQUIPE

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RESUMO

O trabalho propõe apresentar o trabalho em equipe como a necessidade de somar

conhecimentos e habilidades individuais facilitando o alcance dos objetivos. E analisar

a comunicação entre os departamentos, focando sempre no relacionamento entre os

colaboradores e as equipes. O trabalho em equipe constitui para a realização dos

objetivos da organização, buscando não somente o aumento da produtividade, mas

também, proporcionar satisfação do profissional e uma qualidade de vida no trabalho

fortalecendo o comprometimento dos integrantes da equipe para a contínua melhoria do

desempenho coletivo. Toda organização tem o objetivo de obter bons resultados,

superar metas mantendo-se competitiva no mercado. Para isso, é de suma importância

que todos os funcionários estejam comprometidos com a empresa e se sintam parte

integrante do negócio. A área de RH tem um papel muito importante neste momento,

pois ela que tem as ferramentas necessárias para avaliar as necessidades de uma

organização.

PALAVRAS-CHAVE: trabalho em equipe, liderança, treinamento e motivação.

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ABSTRACT

The present work proposes the teamwork and the need to add knowledge and individual

skills facilitating the achievement of goals. And consider the communications between

departments, always focusing on the relationship between employees and teams.

Teamwork is to achieve the objectives of the organization, seeking not only increase

productivity but also provide professional satisfaction and quality of life at work

strengthening the commitment of team members for continuous improvement in

collective performance. Every organization has the goal of obtaining good results,

exceed goals while remaining competitive in the market. Therefore, it is critical that all

employees are committed to the company and feel part of the business. The human

resources plays a very important moment, because she that has the tools necessary to assess the needs of an organization.

KEYWORDS: teamwork, leadership, training and motivation.

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JUSTIFICATIVA

O trabalho propõe apresentar o trabalho em equipe como a necessidade

de somar conhecimentos e habilidades individuais facilitando o alcance dos

objetivos. O trabalho em equipe constitui para a realização dos objetivos da

organização, buscando não somente o aumento da produtividade, mas também,

proporcionar satisfação do profissional e uma qualidade de vida no trabalho

fortalecendo o comprometimento dos integrantes da equipe para a contínua

melhoria do desempenho coletivo.

OBJETIVO

Discutir o conceito de trabalho em equipe e apresentar alguns elementos

importantes para a consolidação de uma equipe de trabalho dentro das

organizações. Perceber o trabalho em equipe como estratégia para melhorar a

efetividade e qualidade no trabalho, bem como, elevar o grau de satisfação e

motivação do trabalhador. Enfim, compreender como as mudanças

organizacionais afetam a estrutura da empresa através da motivação e do

trabalho em equipe.

PROCEDIME�TOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho abordará uma pesquisa de caráter explicativo

descritivo e quanto ao desenvolvimento, serão utilizados os seguintes recursos:

pesquisas bibliográficas, revistas, pesquisas em sites e artigos científicos.

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I�TRODUÇÃO

Atualmente as organizações estão buscando um relacionamento melhor entre as

pessoas, incentivando o trabalho em equipe, a harmonia no grupo e enfatizando a

importância dos líderes nestes trabalhos.

A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias

para o desenvolvimento das atividades e o alcance das metas. O respeito aos princípios

da equipe, a interação entre seus membros e especialmente o reconhecimento da

interdependência no alcance dos resultados da equipe, deve favorecer a organização

como um todo. É isso que torna o trabalho do grupo um verdadeiro trabalho em equipe.

Para atingir um objetivo em comum, temos que descrever os tipos de

personalidade, de forma que se consiga uma formação. Através de uma melhor análise

de equipes de elevado desempenho, com personalidades que venham sempre a somar.

Este trabalho é possível através da utilização de ferramentas que auxiliem os

profissionais de RH na identificação e mapeamento destes perfis comportamentais.

Não há como obter grandes resultados sem uma boa equipe de trabalho. Os

resultados de um bom trabalho sempre serão objetivados pelo empenho e dedicação de

um bom grupo. Neste aspecto, os componentes da equipe devem saber exatamente o

que fazer e quando realizar as atividades.

As práticas de motivação e liderança estão sendo cada vez mais aplicadas nas

organizações. Várias mudanças têm ocorrido ao longo do tempo com relação aos estilos

de liderança.

Como o desenvolvimento humano constitui força vital para a realização dos

objetivos da organização, deve-se buscar não somente o aumento da produtividade, mas

também proporcionar satisfação ao profissional e uma qualidade de vida no trabalho,

focando a motivação e o comprometimento com os resultados.

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CAPÍTULO I – TRABALHO EM EQUIPE

1.1 CO�CEITO DE TRABALHO EM EQUIPE

A equipe é uma formação de pessoas com habilidades diferentes que realizam

um trabalho ou ação em conjunto em busca de um único objetivo. O trabalho em

equipe é o envolvimento e comprometimento das pessoas dentro da organização. Só

existe equipe quando todos os integrantes conhecem o objetivo comum ou as metas da

empresa e desenvolvem uma visão crítica e sistêmica a respeito do trabalho em

desenvolvimento.

As tomadas de decisões surgem a partir do momento em que são definidos os

objetivos a serem alcançados ou quando surge algum problema. As decisões de cada

membro são essenciais para o bom resultado da equipe.

É preciso saber que no trabalho em equipe não há espaço para a individualidade.

Toda a atividade é entendida como resultado do esforço de todos e, portanto, as glórias

e fracassos são de responsabilidades de toda a equipe.

O envolvimento dos colaboradores no processo de planejamento e de tomada de

decisão facilita sua identificação com os objetivos da empresa e possibilita aos

colaboradores sentirem-se parte integrante da empresa.

1.2 DEFI�IÇÃO E�TRE GRUPO E EQUIPE.

Um grupo de trabalho é aquele que interage basicamente para compartilhar

informações e tomar decisões para ajudar cada membro com seu desempenho em sua

área de responsabilidade.

Segundo Stephen Robbins (2002):

“Os grupos de trabalho não têm necessidade nem oportunidade para se

engajarem em um trabalho coletivo que requeira esforço conjunto. Assim seu

desempenho é apenas a somatória das contribuições individuais de seus

membros. Não existe sinergia positiva que possa criar um nível geral de

desempenho maior do que a soma das entradas.”

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Já Spector (2002) afirma que um grupo de trabalho é a união de duas ou mais

pessoas que interagem umas com as outras e dividem algumas tarefas, visando objetivos

inter-relacionados.

O trabalho em equipe é um processo baseado em princípios e valores que estão

claramente definidos e entendidos. O verdadeiro trabalho em equipe é um processo

contínuo interativo de um grupo de pessoas aprendendo, crescendo e trabalhando

interdependentemente para alcançar metas e objetivos específicos no suporte a uma

missão comum.

Fela Moscovivi (1994), afirma que um grupo transforma-se m uma equipe

quando passa a prestar atenção a sua própria forma de operar e procura resolver os

problemas que afetam seu funcionamento.

Existe uma confusão entre trabalho em equipe e em grupo. A diferença básica é

que no primeiro existe a definição da atuação de cada componente, enquanto no

segundo, há um corporativismo acentuado. Os membros da equipe são escolhidos por

sua habilidade e competência; já no grupo os membros são aceitos muito mais por

afinidades pessoais.

Outro critério que diferencia uma equipe de uma coleção de pessoas é que os

membros interajam uns com os outros de tal forma que o comportamento de um

membro influencie o comportamento dos outros. Isso quer dizer que os membros são de

alguma forma comportamentalmente interdependentes.

Sabemos que o trabalho cooperativo é muito mais eficiente do que o trabalho

competitivo, principalmente dentro de uma organização empresarial.

A diversidade e os conhecimentos e habilidades entre membros de uma equipe

se completam e enriquecem o trabalho como um todo, contribuindo desta maneira para

que a equipe tenha mais condições de atingir seus objetivos.

O funcionamento da equipe pode apresentar diferenças significativas em função

do tipo de trabalho que está sendo executado. Este, por sua vez, determina os

conhecimentos e habilidades essenciais para o seu desenvolvimento.

Podemos identificar vários tipos de grupos trabalhando nas mais diferentes

situações. Alguns conseguem tornar-se uma equipe e outros permanecem apenas como

grupo. Entende-se que as diferenças básicas entre equipe e grupo, é que a primeira

defende um objetivo comum e é primordial o esforço mútuo, já o grupo, são pessoas

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que convivem e compartilham um mesmo ambiente, a competição é visível. Podemos

definir os elementos fundamentais que marcam essas diferenças entre grupo e equipe.

GRUPO EQUIPE

Existência de um líder forte Há divisão do papel de liderança

Reuniões eficientes, onde os temas são

discutidos e decididos e responsabilidades

delegadas.

Reuniões onde todos discutem, decidem e

trabalham juntos.

Produto do trabalho é a soma da

contribuição individual

Produto do trabalho é coletivo, o resultado

coletivo é maior que a soma dos trabalhos

individuais.

Objetivo dos grupos de trabalho é o mesmo

da organização como um todo

A existência de um objetivo específico

A eficiência é medida indiretamente

através da comparação com outros grupos.

Desempenho é medido diretamente pela

avaliação do produto coletivo.

Ilustração1: Características diferenciais de grupo e equipe.

Fonte: Adaptado de Katzenbach e Smith (1995 apud MARTINO; ALLIPRANDINI,

2004, p. 5).

Como se pode perceber, fazer um grupo de trabalhadores uma equipe não é uma

tarefa fácil e sim um grande desafio. A verdade é que nem todas as empresas

conseguem isso: transformar grupos de trabalho em equipes vencedoras, pois, quando

falamos em equipes de trabalho, estamos nos referindo ao somatório de forças que vem

do conhecimento e experiência, contudo, ao falarmos na formação dessa equipe,

começamos a mencionar pessoas.

Alison Hardingham (1995) afirma que:

“O objetivo ou objetivos comuns são a diferença entre um grupo e uma

equipe. Assim, dentro de uma organização, existem diversas equipes e

diversos grupos e, a qualquer momento, cada um de nós pode pertencer a

vários grupos ou equipes. Você pode, por exemplo, fazer parte de um grupo

de pessoas que compartilhem o mesmo escritório, saiam para almoçar na

mesma hora, mas também de um grupo que está disponível para certos tipos

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de trabalho em períodos complementares. Talvez você pertença a uma equipe

que desenvolve um projeto e de uma equipe de especialistas que executa

tarefas especiais para a empresa.”

1.3 O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE

Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e atuação

estratégica. Todo processo produtivo somente se realiza com a participação conjunta de

diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso (CHIAVENATO, 2005).

Para enfrentar a competitividade global, muitas empresas vêm abordando novas

técnicas de gerenciamento, passando de uma abordagem voltada para resultados, onde a

ênfase é maior nos lucros. Para um estilo de gerenciamento voltado para a qualidade, o

que altera completamente o ambiente de trabalho, tornando-o participativo.

A qualificação está baseada no conjunto de capacidades técnicas, mas

principalmente na capacidade de organizar, coordenar, inovar, agir em situações nem

sempre previsíveis, decidir e cooperar com a equipe de trabalho. O conceito de

competência foi ampliado e hoje ser competente não significa apenas demonstrar o

conhecimento técnico exigido, mas também ter autonomia para solucionar problemas e

disposição para participar ativamente no ambiente de trabalho.

Com foco na qualidade do serviço, as organizações aprendem a monitorar,

controlar e melhorar constantemente os sistemas de produção, sempre voltado para a

satisfação do cliente. Esse modo de operar leva a melhores decisões, tanto para o cliente

como para a organização. O resultado geral conquistado no conjunto de atitudes acentua

o progresso de cada um.

A verdadeira equipe equilibra egos, ensaia com afinco a competência de cada

colaborador, treina intensivamente o reconhecimento, incentiva, com firmeza a

satisfação de todos e aposta no respeito e na transparência com os colegas e com toda a

empresa.

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1.4 AS VA�TAGE�S E DESVA�TAGE�S DO TRABALHO EM EQUIPE

Hoje, mas do que nunca, o trabalho em equipe tem sido incentivado em

praticamente todas as áreas das atividades humanas. Vários autores têm destacado as

vantagens do trabalho em equipe em cima do trabalho individual. São notórios os

benefícios que uma equipe bem organizada pode oferecer, por exemplo, um dos

membros pode ser muito bom na análise de um relatório, o outro se expressar melhor

em público e o outro ter uma ótima capacidade de analisar e resolver problemas. O

somatório dessas características pode formar uma equipe muito eficiente.

A participação e a colaboração de cada indivíduo ficam ainda maiores quando

utilizados em uma equipe. Na equipe, todos são responsáveis mutuamente pelo

resultado, diferente de quando se trabalha sozinho. A utilização de um trabalho em

equipe aumenta a criatividade e energia dos funcionários, tornando a comunicação

eficaz acrescentando novas perspectivas evoluindo as idéias e pontos de vista.

Existem vantagens e desvantagens do trabalho em equipe. Mas as desvantagens

devem ser sanadas para não comprometerem o bem-estar comum.

Segundo Alison Hardingham (1995), as desvantagens principais e mais comuns do

trabalho em equipe são:

ü O gasto excessivo de tempo e energia para aprimorar habilidades de comunicação e

interação, afetando os resultados do trabalho;

ü Certos indivíduos ficam constrangidos por acharem o trabalho em equipe difícil e

contrário a seu estilo natural;

ü As equipes começam a disputar entre si em detrimento da empresa como um todo.

Alison Hardingham (1995) afirma, também, que as vantagens principais que

poderão levar uma empresa a fazer sua escolha pelo trabalho m equipe estão

relacionadas abaixo e, quando praticadas, podem transformar a moral e a lucratividade:

ü O trabalho em equipe pode liberar a criatividade e a energia. As comunicações em

equipes eficazes são interativas: as pessoas desenvolvem-se por meios das sugestões de

outras acrescentando novas perspectivas que fazem com que a discussão evolua;

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ü O trabalho em equipe pode significar que as pessoas vão gostar ainda mais de

trabalhar. Todos nós gostamos de pertencer a alguma coisa e precisamos desse

sentimento. O trabalho em equipe satisfaz essa necessidade humana básica;

ü O trabalho em equipe pode levar a um aprimoramento na eficiência. Quando as

pessoas planejam e implementam várias atividades juntas por meio da cooperação

constantes tornam-se capazes de identificar muitas formas de melhorar o modo pelo

qual o trabalho se organiza, como tais informações, idéias e produção, que tornam-se

fluentes, além das diferentes atividades que influenciam os procedimentos críticos de

cada um.

Muitas vantagens podem levar a empresa à conclusão da escolha certa e

resultados excelentes com relação ao desempenho de seus colaboradores. Podemos

enumerar mais vantagens relativas ao trabalho em equipe como: as equipes têm mais

fontes de informação; a equipe é mais criativa; o trabalho em equipe incrementa a

aprendizagem; satisfação das pessoas quando participam de um processo de decisão; os

membros da equipe aprendem mais sobre si próprios.

Enfim, o trabalho em equipe possibilita dar e receber, por parte de cada um de

seus membros, afeição, aceitação, sentimento de importância. Isto faz com que o

indivíduo cresça, assim como alimenta o crescimento de seus pares. Além disso, o

trabalho em equipe é determinante, pois o objetivo a ser alcançado depende da

satisfação psicológica de cada indivíduo bem como das relações humanas.

1.4.1 OS DESAFIOS DO TRABALHO EM EQUIPE

Trabalhar em equipe é um desafio para muitas empresas, pois entram em questão

os valores, as crenças, as visões do mundo e a motivação. Quando se trabalha em

equipe, ocorre a união de esforços para atingir o objetivo tanto pessoal como

organizacional. A luta das empresas, hoje, é fazer com que os grupos se sintam como

equipes. Cada pessoa pensa e traça planos diferentes, fazendo com que o

individualismo, as crenças, os valores, se formem de acordo com o seu crescimento.

Isso impede na maioria das vezes a interação com outras pessoas.

O uso do conflito, o que é inevitável, deve ser considerado como meio

disponível para aprendizagem e desenvolvimento da confiança, como foco preciso na

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diferenciação entre os diversos comportamentos e a essência e valor de cada pessoa da

equipe.

Não existe uma equipe ideal para todas as situações. Cada empresa tem suas

peculiaridades, seu ambiente externo de negócios, sua cultura, seus pontos fortes e

fracos, suas ameaças e oportunidades, seus produtos, sua competição e suas tradições.

Todas as pessoas têm qualidades e defeitos: são boas para algumas atividades e não para

outras. É importante que as pessoas se encaixem muito bem nas posições disponíveis na

empresa e tenham condições de contribuir para os resultados previstos nos planos

estratégicos da organização.

Os conflitos acabam sempre acontecendo e, de certa forma, é saudável, desde

que se saiba tirar deles melhor proveito para o sucesso da negociação. Conflitos não

significam desavenças, mas diferentes pontos de vistas. Críticas são sempre construtivas

quando feitas com critérios. Uma idéia pode ser ampliada ou modificada através de

discussões e acordos resultando em uma ação conjunta.

1.4.2 FATORES QUE I�TERFEREM �O FU�CIO�AME�TO DAS EQUIPES

Segundo Fiorelli (2000) o funcionamento da equipe dependerá de como as

pessoas atuam e, para isso, diversos fatores contribuem. A importância de cada um

desses fatores depende das características da equipe, do serviço e de aspectos

situacionais.

Abaixo alguns fatores que interferem no funcionamento das equipes:

• Formalismo;

• Quantidade de pessoas;

• Qualificação das pessoas;

• Técnicas de funcionamento de equipe – conhecimento por parte do coordenador de

técnicas de funcionamento de equipe;

• Tipo de trabalho executado;

• Experiências anteriores dos participantes;

• Cultura organizacional para o trabalho em equipe;

• Características comportamentais das pessoas;

• Fluxo das atividades.

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O autor ainda destaca que, culto às virtudes do trabalho em equipe tem

contribuído para entronizá-las como remédio para todos os males e situações, isso

favorece o uso de técnicas inadequadas e quando mal conduzidas as equipes podem

revelar-se contraproducente.

1.5 A IMPORTÂ�CIA DA COMU�ICAÇÃO

Quando as pessoas com quem estamos nos comunicando recebem nossa

mensagem e a compreendem, nos responderão de maneira apropriada. Se a

comunicação falhar em um dos itens, a comunicação não está sendo feita de maneira

eficiente.

Comunicar-se de forma clara e objetiva é uma das habilidades exigidas no

ambiente profissional. As diferentes abordagens e perspectivas desenvolvidas mais

recentemente têm procurado demonstrar a importância que a comunicação

organizacional vem assumindo no novo cenário globalizado.

O resultado do trabalho em equipe depende da capacidade de negociação e de

argumentação das pessoas envolvidas, o que implica saber ouvir e ceder diante de

razões bem fundamentadas, dados convincentes, informações fidedignas e experiências

referendadas. (ROBBINS, 2002).

O diálogo deve estar sempre presente no trabalho em equipe. Embora as metas

da equipe sejam comuns, as idéias nem sempre são convergentes. Pontos de vistas

diferentes podem ocasionar novos planos ou discussões construtivas e, em muitas das

vezes, o diálogo acaba gerando um debate produtivo. Se os membros de sua equipe se

comunicam bem, as chances de sucesso aumentam.

Se os membros de uma equipe não conseguem trocar informações, a equipe não

consegue funcionar com eficácia. Outro fator determinante do processo de interação dos

membros é a existência de uma estrutura de comunicação viável, sendo um infalível

combatente de distorções e conflitos sem nenhum fundamento consolidado.

Para que a comunicação seja mais eficaz a primeira coisa a fazer é lembrar que

não estamos falando para nós mesmos. Em outras palavras, devemos reconhecer os

canais preferenciais de comunicação do nosso interlocutor.

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Não pode haver colaboração ou apoio sem comunicação entre as pessoas em

uma equipe. A maneira de como as pessoas se comunicam entre si não somente refletem

ao trabalho, mas também constrói a eficácia da equipe. A boa comunicação transmite

mensagens claras, que concorrem para que as pessoas trabalhem produtivamente e de

forma harmoniosa, sem incompreensões e interpretações equivocadas.

Uma das formas mais úteis de capacitação em comunicação desenvolvida é o

treinamento. Muitas pessoas passaram por essa forma de aprendizagem, o que as ajudou

a identificarem suas necessidades e seus desejos de se comunicarem de maneira que os

outros julguem aceitáveis. A comunicação geralmente esclarece o significado das

afirmações da pessoa e evita as ciladas comuns de comunicação que geram

ressentimento.

Para estruturar e manter uma equipe, seus membros devem querer e serem

capazes de se comunicar uns com os outros de maneira que reflitam abertura, confiança

e respeito. Equipes bem sucedidas insistem que seus membros compartilhem de boa

vontade informações oportunas sobre o que ocorre por toda a organização, exceto o que

é classificado como confidencial.

Um sistema ineficiente de comunicação pode causar nos funcionários um mau

desempenho nas tarefas do dia-a-dia. A existência de boa comunicação na empresa

motiva a boa execução das tarefas, elimina incertezas, as ambigüidades e produz

confiança e segurança.

CAPÍTULO II – LIDERA�ÇA E EQUIPE

2.1 CO�CEITUAÇÃO E TIPOS DE LIDERA�ÇA

Podemos definir liderança como o processo de exercer influência sobre um

indivíduo ou uma equipe, nos esforços para a realização de um objetivo em determinada

situação.

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A liderança é a capacidade de desenvolver uma visão, compartilha-lá e facilitar a

participação de cada membro da equipe para que, usando o que cada um tem de melhor,

os resultados sejam alcançados.

A origem desta influência pode ser formal, como a conferida a um alto cargo na

organização, ou não. A liderança não sancionada é a capacidade de influenciar os outros

que emerge fora da estrutura formal da organização. (ROBBINS, 2002).

Líder e liderados atuam num cenário dinâmico de interações, permeadas por

intenções e finalidades limitadas em algum tipo de estrutura, como ó o caso da empresa.

Uma das alternativas para a análise da eficácia dos estilos de liderança considerados é

verificar como os atos de influência em termos da energia despendida pelo líder e grau

de controle que esse tem sobre o liderado atuam no grau de envolvimento desse último.

A Liderança portanto, é um termo carregado de conotações enviesadas que

evoca a idéia de comando ou controle de um indivíduo sobre os seus seguidores, tendo

como base um conjunto de traços pessoais. Se o poder é visto como algo negativo, a

liderança tende a ser considerada como uma qualidade. Essa colocação tem sido um

dos fatores que impedirá, através dos tempos, uma análise neutra e sistemática desse

fenômeno que surge toda vez que pessoas se reúnem em grupo, seja esse formal ou

informal.

2.1.1 ESTILOS DE LIDERA�ÇA

Um bom profissional busca idéias e as discute, evita questões pessoais no

trabalho e considera apenas propostas concretas. Ele procura sempre buscar um diálogo

competente onde os argumentos devem ser apresentados de maneira clara, para que

possam ser entendidos e discutidos pelas partes.

É fato que toda equipe necessita de um líder que seja capaz de orientar, mostrar

caminhos e gerar grandes resultados. Ele deverá ser dotado de características, não

somente técnicas, mas também comportamentais, como, por exemplo, ter carisma,

humildade, sinceridade, ser preocupado e compreensivo. É dele a missão de inspirar, em

seus colaboradores, a motivação para a conquista. O líder, portanto, é um modelo.

Dessa forma, consegue envolver e comprometer as pessoas, transmitindo-lhes sinergia,

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amizade, companheirismo e satisfação. É dessa forma, que nasce um time de

vencedores, mantido, certamente, pela parceria de todos.

Um bom líder deve saber lidar com os conflitos e administrá-los com firmeza e

habilidade. Fazer concessões em nome da equipe é uma atitude normal dos que

trabalham em equipe. Desse modo, conseguem aceitação e aprovação de toda a equipe.

Para certificar-se de que a produção da equipe é boa o bastante e alcança seus

objetivos com a devida rapidez, o líder deve medir a eficácia da equipe, dando a esta um

retorno.

O estilo ideal de liderança é qualquer um que melhor se adapte à equipe. Os

líderes mais eficientes de equipes já apresentam um estilo natural que é o certo para a

equipe com a qual estão trabalhando no momento.

O mais importante para um líder de equipe é conhecer seu estilo natural e que

outros estilos poderiam funcionar melhor. Definindo seus pontos fortes e fracos, ele será

capaz de modificar seu comportamento de acordo com as situações.

Alison Handingham (1995) descreve um resumo de quatro estilos de líderes mais comuns:

O estilo diretivo: é útil para equipes que estão iniciando, ou quando seus membros

ainda têm muito que aprender sobre a tarefa.

ü O líder apresenta um alto índice de interação com a equipe;

ü A maior parte da comunicação do líder é composta por informações e direções;

ü O líder preside reuniões, delega tarefas e é a fonte principal de retorno para a

equipe;

ü Os membros o respeitam e confiam nele.

O estilo delegante: é útil em equipes muito competentes e com larga experiência.

ü O líder apresenta um baixo índice de interação com a equipe;

ü A maior parte da comunicação do líder é responder às propostas e sugestões da

equipe;

ü Os membros presidem as reuniões, delegam tarefas, dão o retorno uns aos outros e

procuram por retorno diretamente fora da equipe;

ü Os membros da equipe sentem-se respeitados pelo líder.

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O estilo apoiador: é bom para equipes desanimadas, inseguras, em especial aquelas que

trabalham em uma empresa que se mostra hostil ou que as critica; é mais apropriado

quando a equipe é razoavelmente competente.

ü O líder apresenta um alto índice de interação com a equipe;

ü A maior parte da comunicação vinda do líder é um retorno positivo e apoio

emocional; o líder irá proteger a equipe contra ataques, e suportar pessoalmente o

impacto das críticas da empresa;

ü Os membros da equipe presidem as reuniões, embora o líder possa tomar para si

essa função caso os outros estejam muito ocupados ou sofrendo pressão;

ü Os membros da equipe confiam no líder.

O estilo inspirador/carismático: é útil para as equipes competentes, em situação de

alto risco.

ü O índice de interação do líder com a equipe sofre grande variação;

ü A maior parte da comunicação do líder é visionária, motivacional e genérica; o líder

representa a equipe dentro da empresa, e possui credibilidade e impactos pessoais

muito fortes;

ü O líder pode ou não presidir as reuniões; ele tende a não se envolver nos detalhes

de cada tarefa;

ü Os membros da equipe o admiram.

A grande tarefa do líder consiste em ter habilidade em conduzir as atividades

para que fluam de forma natural e estabelecer um clima favorável à participação de cada

um. Cabe ao líder perceber e diagnosticar as variáveis ambientais, para que possa

orientar as ações e o futuro da equipe.

Obter resultados em uma organização é um desafio devido às diferenças

individuais, por isso faz-se necessário que haja uma interação entre os membros da

equipe e a existência de um líder eficaz que saiba conduzi-los em busca de objetivos e

mantendo-os motivados. Uma equipe que tenha interação positiva entre os membros,

motivação e busca integrada do alcance das metas, terá uma maior probabilidade de ser

eficaz, alcançando objetivos almejados.

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Não há equipe sem liderança. O líder possui o poder de enfraquecer ou fortalecer

os vínculos emocionais que dão consistência à equipe, portanto, cabe ao líder descobrir

as habilidades de cada um, respeitar as diferenças e preparar novos líderes.

2.2 FATORES QUE DEFI�EM O ESTILO DE LIDERA�ÇA

Para se destacar como um bom líder, o indivíduo tem que possuir como uma de

suas principais ferramentas a capacidade de motivar os liderados. Dentro deste contexto,

a liderança e motivação se constituem em duas variáveis extremamente importantes

para a sobrevivência das organizações. A globalização, o acirramento da concorrência e

a flexibilização do mercado de trabalho, levam os líderes a assumirem posturas cada dia

mais complexas.

Não basta ter comando de voz, como em sistemas de gestão que perduraram em

modos de produção no passado, a liderança na contemporaneidade exige muito mais

que uma autoridade. Os grupos de liderados não possuem características homogêneas.

Cada ser humano possui necessidades específicas e estas têm que ser observadas pela

sensibilidade do líder.

De acordo com o grande professor Chiavenato (2005), existem três tipos de

liderança, que são a liderança autocrática, liberal e democrática e estas possuem

algumas características:

Cronograma

de Trabalho

Liderança

Autocrática

Liderança

Democrática

Liderança

Liberal

Tomada

de

Decisões

Apenas o líder decide

e fixa as diretrizes

sem qualquer

participação do grupo.

As diretrizes são debatidas

e decididas pelo grupo que

é estimulado e assistido

pelo líder.

Total liberdade para a

tomada de decisões

grupais ou individuais,

com participação mínima

do líder.

Programação

dos

Trabalhos

O líder determina

providências pra a

execução das tarefas,

uma por vez, na

medida em que são

O próprio grupo esboça

providências e técnicas

para atingir o alvo com o

aconselhamento técnico do

líder. As tarefas ganham

A participação do líder

no debate é limitada

apresentando apenas

alternativas ao grupo,

esclarecendo que poderia

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necessárias e de modo

imprevisível pra o

grupo.

novos contornos com os

debates.

fornecer informações

desde que solicitada.

Divisão

do

Trabalho

O líder determina qual

a tarefa que cada um

deverá executar e qual

seu companheiro de

trabalho.

A divisão das tarefas fica a

critério do grupo e cada

membro tem liberdade de

escolher seus próprios

colegas.

Tanto a divisão das

tarefas quanto a escolha

dos colegas ficam por

conta do grupo. Com

absoluta falta de

participação do líder.

Participação

do

Líder

O líder pessoal e

dominador nos

elogios e nas críticas

ao trabalho de cada

um.

O líder procura ser um

membro normal do grupo.

É objetivo e estimula com

fatos, elogios ou críticas.

O líder não faz nenhuma

tentativa de avaliar o

curso das coisas. Faz

apenas comentários

quando perguntado.

Fonte: CHIAVENATO, 2005.

As classificações postas no quadro anterior possuem algumas diferenças das que

se pôde perceber em algumas instituições administrativas verificadas durante este

estudo, nas quais, ao entender deste autor, deveriam ser classificadas em outros

parâmetros e codinomes, mas possuindo algumas características das acima citadas,

perceba a diferença entre os estilos e diferenças de liderança.

2.3 LIDERA�ÇA E EQUIPE

Atualmente, toda empresa exige que seus líderes tenham as competências

necessárias para exercer a liderança junto as suas equipes.

A liderança positiva é essencial para o trabalho em equipe e pode ser definida

como a capacidade de direcionar e influenciar as pessoas utilizando as diferentes formas

de poder. Hoje, não se trata apenas de liderar pessoas, mas produzir resultados positivos

através do desempenho acima da média. Com este tipo de liderança todos os liderados

se destacam, pois não é uma liderança de privilégios nem de privilegiados, mas de

valorização das virtudes individuais na equipe.

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O líder deve mobilizar as equipes nas organizações em direção aos objetivos

propostos, e a chave para o sucesso é delegar poder a elas, dando-lhes informações

suficientes, fazendo com que pensem de forma integrada a equipe. O líder deve

proporcionar um crescimento relevante para a equipe, onde as habilidades técnicas e

humanas trabalhem em harmonia. As organizações estão exigindo que os perfis de seus

funcionários tenham características de um líder, pois cada vez mais as pessoas terão que

dirigir, motivar e treinar, bem como delegar responsabilidades e autoridade.

O líder não deve esquecer-se de fornecer um feedback para sua equipe, ou seja,

elogiar o que estiver sendo feito corretamente e treinar o que estiver sendo feito

erroneamente.

Para exercer a liderança numa organização, com eficácia, o bom líder precisa ter

em mente que tudo começa nas pessoas, que o trabalho depende delas e que um

ambiente positivo tem a possibilidade de gerar melhores resultados do que um ambiente

negativo. Todo líder que pretende produtividade de sua equipe deve ter uma percepção

bastante clara das características emocionais da sua equipe e influenciá-las frente às

necessidades de resultado da empresa.

Todavia, a liderança positiva é um processo que deve começar na consciência do

próprio líder. Portanto, aquele que deseja liderar deve primeiro ser líder de si mesmo,

para depois ser líder de outros. Para tanto, as primeiras providências a tomar são:

A) Rever as próprias posturas pessoais frente a equipe, sempre em consonância com

os objetivos e metas da empresa e do mercado;

B) Trabalhar de maneira harmônica e integrada com sua equipe na busca dos

resultados;

C) Não se descuidar de três desejos humanos: manutenção da fortuna (sucesso e

êxito), busca constante da evolução (crescimento pessoal e grupal, profissional e

familiar) e conquista da felicidade (realização dos sonhos e busca do bem-estar).

O incentivo da liderança fará uma enorme diferença no sucesso do

desenvolvimento. Para que o resultado seja positivo, a liderança precisa estar

comprometida com os resultados que se pretende alcançar.

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2.3.1 TREI�AME�TO

Considerando que a empresa precisa se manter competitiva no mercado

globalizado é muito importante que a organização disponha de pessoas competentes e

treinadas para que o trabalho seja executado de maneira eficiente. A capacitação e a

motivação da equipe são indispensáveis para um resultado positivo do trabalho. É por

isso que a área de recursos humanos é fundamental em qualquer empresa.

O treinamento é a atividade responsável que se dedica à transmissão de

conhecimentos objetivando suprir deficiências, estimular e desenvolver habilidades,

visando um crescimento tanto no aspecto profissional / cultural do indivíduo como da

empresa, no que tange à obtenção e manutenção de uma mão-de-obra mais qualificada e

preparada para assimilar e superar desafios. Este conceito necessariamente implica uma

mudança de atitudes e de comportamentos.

Chiavenato afirma (2005):

“Treinar é "o ato intencional de fornecer os meios para proporcionar a

aprendizagem" é educar, ensinar, é mudar o comportamento, é fazer com que

as pessoas adquiram novos conhecimentos, novas habilidades, é ensiná-las a

mudar de atitudes. Treinar no sentido mais profundo é ensinar a pensar, a

criar e a aprender a aprender.”

O treinamento deve incentivar o funcionário a se auto-desenvolver, a buscar o

seu próprio meio de reciclagem. O profissional de treinamento por sua vez, deverá

conscientizar os funcionários da importância do auto-desenvolvimento e da busca

constante do aprendizado contínuo.

A principal razão pela qual as empresas treinam é para proporcionar ao

empregado novas habilidades ou melhorar as que ele já possui. Ele deve produzir mais e

melhor para a empresa, proporcionando um retorno ao investimento que a empresa fez

em treinamento.

O trabalho em equipe já é uma exigência do mercado. Sendo assim, o estímulo à

utilização de técnicas de treinamento devem ser implementadas como parte formadora

da pessoa. No entanto, a proposição mais evidente nesse contexto, é que precisamos

aprender a trabalhar em conjunto, de forma que desempenhemos intensamente o nosso

papel de colaborador ao desenvolvimento organizacional.

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2.3.2 ETAPAS DO TREI�AME�TO

O treinamento pode ser classificado quanto a forma de execução e quanto ao

publico alvo. Quanto à forma de execução, o treinamento pode ser no trabalho, formal

interno, formal externo ou à distância. Quanto ao público-alvo, o treinamento pode ser

dividido em integração com novos empregados, formação de trainees, capacitação

técnica, estágios, etc.

Um programa de treinamento deve se seguir determinados pontos cruciais para o

seu sucesso:

Identificar o cliente: este é o ponto de partida para a elaboração do programa. Se a

identificação do cliente estiver errada, todo o programa perderá o seu sentido. Para a

identificação, pergunte: Qual é o problema a ser solucionado? Quais são as suas

necessidades? E que resultados deverão ser alcançados? Somente o cliente terá as

respostas para estas perguntas.

Levantamento de necessidades : Para que um programa de treinamento tenha o

resultado esperado, temos que ajustar as ações da área de treinamento com as

necessidades da instituição. O LN trará à tona a carência observada no indivíduo ou no

grupo, diante do padrão de qualificação necessário para a boa execução das tarefas de

uma função. Os resultados aqui traçados definirão as ações a serem tomadas

posteriormente.

Diagnosticar o problema: nesta etapa o profissional de treinamento, irá analisar o

desvio encontrado e assim verificar se o problema é solucionável através de um

programa de treinamento.

Elaborando um Programa de Treinamento: A elaboração de um programa de

treinamento sempre será realizada com base em uma perfeita identificação e

interpretação das necessidades reais de treinamento.

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Público-alvo: a correta identificação e análise da população que será atingida pelo

programa, garantirão um percentual do sucesso do treinamento. Isto porque, um

treinamento voltado para os técnicos, não poderá ser o mesmo utilizado para os gerentes

e vice-versa.

Objetivos: É o que se pretende alcançar com um programa de treinamento. Hoje

quando as empresas passam por dificuldades financeiras o primeiro corte de verbas é

realizado na área de treinamento. Isto se dá porque os resultados concretos obtidos em

um programa de treinamento, não são fáceis de se alcançar e de demonstrar, por isso

temos que definir os objetivos com algumas características essenciais: ter desempenho

final a ser alcançado (elaborar folha de pagamento); ter um período determinado

(mensal); ter um padrão de satisfação (sem erros). Desta forma os objetivos serão

facilmente atingidos com a realização do treinamento.

Definição dos temas: ao se estabelecer os objetivos a serem alcançados, podemos

definir quais temas serão abordados e quais assuntos serão levantados dentro deste

tema, para melhor atingir os resultados.

Metodologia: é a forma utilizada para o desenvolvimento do programa de treinamento.

Levando em consideração as necessidades estabelecidas pelo cliente, será possível

escolher a metodologia a ser utilizada. Vejamos os métodos mais utilizados: sala de

aula; treinamento à distância; internet; no local de trabalho.

Processos e técnicas: Vários fatores do treinamento podem influir na escolha da

técnica, tais como nível do treinado, forma do treinamento, tipo de necessidades,

duração dos cursos, recursos humanos e materiais, condições físicas e ambientais. Para

que a técnica utilizada seja de grande proveito, deverá ser criativamente adaptada para a

realidade local.

Plano de aula: Com todas as etapas anteriores preenchidas deve-se elaborar um plano

de aula. Este é um instrumento que irá auxiliar o instrutor na realização do treinamento.

No plano devem conter as seguintes informações: tema central do treinamento, assuntos

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a serem abordados, horários, técnicas e recursos didáticos.

Tempo e custo: Devemos levar em consideração estes dois fatores antes de

terminarmos a elaboração de um programa de treinamento. O tempo deve ser

determinado a partir das necessidades e características do cliente e do público-alvo,

assim como a importância do tema a ser abordado. O mau planejamento do tempo pode

causar a perda de informações essências no termino do programa.

O custo deve ser levado em consideração, e este deve ser confrontado com os benefícios

que o treinamento irá proporcionar ao cliente.

Executando um programa de treinamento: Terminada a fase de elaboração do

programa de treinamento, entramos na fase de execução, que envolve a convocação dos

treinados e a execução do treinamento propriamente dito.

Convocação dos treinados: É muito comum o instrutor se defrontar com treinados

desmotivados e desinteressados, onde o instrutor terá que desfazer toda esta resistência.

Isto acontece porque os treinados não estão cientes da real importância do aprendizado

contínuo. Quando iniciarmos um programa de treinamento diga coisas agradáveis sobre

o grupo. Esta atitude fortifica os treinados. No início do programa deixe bem claro quais

são os ganhos que os treinados terão com a realização deste treinamento.

Avaliando os resultados: O que mais importará para a organização é estar ciente do

tipo de retorno que o programa de treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao

terminar um treinamento devemos avaliá-lo junto com os treinados e checar

posteriormente se ele trouxe realmente benefícios para a empresa. Ao se investir em

treinamento espera-se que haja aumento de produtividade, mudanças de

comportamento, melhoria do clima humano na organização, redução de custos e de

acidentes, rotação de pessoal, além de outros resultados.

2.3.3 RESPO�SABILIDADE PELO DESE�VOLVIME�TO DAS PESSOAS

A responsabilidade pelo desenvolvimento de cada pessoa é dela própria. Cada

um é o principal responsável pelo seu próprio desenvolvimento. As empresas devem

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agir como facilitadoras e apoiadoras do desenvolvimento de cada um, mas isto não

significa que as empresas possam ser responsabilizadas por não desenvolverem seu

pessoal. Cabe, ao próprio empregado zelar pelo seu próprio autodesenvolvimento, da

mesma forma que cabe ao estudante a responsabilidade do que lhe é transmitido.

O treinamento é a chave para abrir o potencial das pessoas, motivá-las e detectar

problemas para resolvê-los. É fundamental manter a equipe treinada. Quando o líder

estiver treinando seu pessoal, não deve pular os aspectos básicos, pois as revisões

mantêm os funcionários “nos trilhos”, diminui os problemas da falta de comunicação e

reforça as metas a serem alcançadas. O líder deve procurar oferecer treinamentos

práticos, específicos, breves, com diferentes técnicas e abordagens, avaliando o

aprendizado de cada um. Devem ser enfatizados os benefícios pessoais que os

treinamentos trarão.

Quando um novo integrante vier a fazer parte da equipe, o líder deve avaliar seu

conhecimento e experiência anterior e adequar os treinamentos necessários para que

sejam niveladas as informações, de acordo com todos os membros do grupo. Os

treinamentos devem ser feitos tão freqüentemente quanto possível, afim de que a equipe

sinta-se motivada e comprometida.

É necessário ainda que o líder trabalhe e divulgue o significado do

profissionalismo, pois todos os membros da equipe devem agir com responsabilidade na

medida em que as decisões vão sendo tomadas. Portanto, o grupo deve procurar crescer

e desenvolver suas habilidades técnicas e o relacionamento interpessoal.

2.4 MOTIVAÇÃO �A EQUIPE

Existem muitas formas de uma empresa implementar projetos de motivação de

seus funcionários, porém o mais importante é manter atenção constante às necessidades

de cada pessoa dento da empresa e compreender que elas são seu maior patrimônio.

A motivação é um fator determinante para a realização pessoal e é igualmente

fundamental na determinação da realização de uma equipe, ou seja, os membros devem

estar suficientemente motivados para alcançar o mais alto nível de produtividade

permitido por seus talentos. O que motiva a grande maioria das pessoas são os desafios,

estamos querendo sempre nos superar. Aí está a importância da motivação.

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Bergamini (1997) aponta que:

“Cada pessoa tem suas próprias orientações motivacionais. O sentido que

cada um atribui àquilo que faz e lhe dá satisfação é próprio apenas daquela

pessoa, isto fornece sentido a maneira pela qual cada um se sente motivado.

Deve-se levar em consideração a existência das diferenças individuais e

culturais quando se fala em motivação. Estes fatores podem afetar o

entendimento de uma necessidade assim como a maneira particular que as

pessoas agem na busca de seus objetivos.”

A ação, para a equipe, é a expressão espontânea do seu potencial. Os objetivos,

por definição, são motivadores, e embora as motivações possam ter para cada um, uma

qualidade e uma natureza diferente, a comunidade de objetivos garante o engajamento

pessoal e a completa liberdade das comunicações.

Conhecendo algumas maneiras de motivar a equipe para desenvolver o que cada

um tem de melhor, quem ganha é a empresa. Saber ouvir, por mais simples que seja o

seu funcionário, escutar e entender o que ele tem a lhe dizer. Pedir sugestões, novas

idéias e mostrar o respeito pelas pessoas que trabalham em conjunto podem servir como

fatores motivacionais.

Não há nada mais gratificante do que o reconhecimento de um trabalho bem

feito. Reconheça o trabalho de seus funcionários. Trate seus funcionários com respeito,

tenha consideração com as pessoas que trabalham com você, se tiver que fazer críticas

que sejam construtivas e jamais críticas pessoais, desenvolva um ambiente de

motivação, pois o treinamento, o desenvolvimento e o aconselhamento dão sustentação

e direção à equipe. Estar motivado não deve ser confundido com situações que as

pessoas têm momentos de alegria, bem-estar ou entusiasmo. Estes estados podem ter

sido provocados durante o processo motivacional, mas não explicam como se chegou

até eles nem como eles apareceram. A motivação é muito mais ampla do que os

comportamentos, tudo deve ser considerado sob o ponto de vista do indivíduo que a

vivencia e não somente por quem observa.

Na ilustração 2 pode-se observar a estrutura motivacional do indivíduo, que

conforme Tamayo e Paschoal (2003) é composta por conjuntos motivacionais, que

parecem estar presentes em indivíduos das mais diversas culturas.

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MOTIVAÇÃO METAS MOTIVACIONAIS

Autodeterminação

Ter autonomia, decidir por si mesmo e/ou participar nas decisões,

controlar a organização e execução do seu trabalho.

Estimulação

Ter desafios na vida e no trabalho, explorar, inovar, ter emoções

fortes na vida e no trabalho, adquirir conhecimentos novos

Hedonismo

Procurar prazer e evitar a dor e o sofrimento, ter satisfação e bem-

estar no trabalho.

Realização

Ter sucesso pessoal, mostrar a sua competência, ser influente, se

realizar como pessoa e como profissional.

Poder

Ter prestígio, procurar status social, ter controle e domínio sobre

pessoas e informações.

Segurança

Integridade pessoal e das pessoas íntimas, segurança no trabalho,

harmonia e estabilidade da sociedade e organização em que

trabalha.

Conformidade

Controlar impulsos, tendências e comportamentos nocivos para os

outros e que transgridem normas e expectativas da sociedade e da

organização.

Tradição

Respeitar e aceitar ideias e costumes tradicionais da sociedade e da

empresa.

Benevolência

Procurar o bem-estar da família e das pessoas do grupo de

referência.

Universalismo

Compreensão, tolerância, procura do bem-estar de todos na

sociedade e na organização onde trabalha, proteção da natureza.

Ilustração 2: Motivações do empregado e metas motivacionais.

Fonte: Tamayo e Paschoal (2003, p. 42).

O conhecimento do perfil motivacional do trabalhador possibilita o

desenvolvimento de programas diferenciados de motivação dentro da organização,

visando atender metas de diversos grupos de trabalhadores. Isso não quer dizer que para

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cada funcionário seria necessário desenvolver um programa específico, mas que os

programas motivacionais passariam a considerar as especificidades de diferentes

equipes e/ou setores organizacionais. Desta forma, ao invés de um único programa para

toda uma organização, estratégias mais específicas e diretivas seriam desenvolvidas,

visando atingir os interesses dos grupos alvo. Ainda que a organização como um todo

não esteja interessada em desenvolver diferentes estratégias motivacionais para seus

vários setores, esta perspectiva permite que cada líder implante seu próprio programa

para seus trabalhadores. Isto é, o líder que desejar, pode desenvolver um programa de

motivação que atinja diretamente as metas e valores dos trabalhadores pelos quais é

responsável, sem depender de programas que estejam sendo desenvolvidos por outros

departamentos e unidades da organização.

CAPÍTULO III – ESTRUTURAÇÃO DE UMA EQUIPE

3.1 COMO FORMAR UMA EQUIPE EFICIE�TE

A primeira coisa a se fazer na formação de uma equipe é procurar as pessoas

certas. Para encontrá-las, é preciso ter uma idéia das tarefas e objetivos que a equipe irá

realizar e um perfil de competências desejadas dos integrantes.

Numa época de mudanças organizacionais onde se verifica uma intensa busca

por produtividade, rapidez, flexibilidade e comprometimento com os resultados, faz-se

necessária cada vez mais, a potencialização do trabalho em equipe.

Equipes vencedoras são formadas por pessoas que não pensam somente em sua

vitória pessoal, mas sim, no todo. Vibram pelas conquistas dos colegas e entendem que

o sucesso deles é também seu. São pessoas capazes de perceber que aquilo que se

obtém, não vem por acaso, mas sim pelo resultado do trabalho de todos. Assim, se

desencadeia o autodesenvolvimento de uma organização. Procuram sempre evoluir, em

busca das novidades e da participação com idéias criativas para serem implantadas,

esforçam-se ao máximo para que toda a equipe cresça. Sabem que cada tarefa realizada

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é para o crescimento do todo, por isso, comprometem-se em todos os aspectos do

trabalho.

A compreensão do funcionamento e das manifestações das equipes dentro das

organizações passa a ser uma tarefa decisiva pois, através das equipes é possível atender

à satisfação de necessidades sociais, permitir que cada um estabeleça seu autoconceito,

conseguir apoio para à consecução dos objetivos e reconhecer a capacidade de

modificar comportamentos.

Segundo Fiorelli (2000) o funcionamento da equipe dependerá de como as

pessoas atuam e, para isso, diversos fatores contribuem. A importância de cada um

desses fatores depende das características da equipe, do serviço e de aspectos

situacionais.

Os resultados deste trabalho, estarão se refletindo na qualidade das relações com

clientes e colegas de trabalho. Estaremos também proporcionando as pessoas a

possibilidade de manifestar a sua criatividade e através dela novas melhorias. O ser

humano é ilimitado, porém, devemos aprender o que e como fazer para que ele possa

aflorar todo o seu potencial.

3.2 COMO SE DEFI�EM OS MEMBROS DA EQUIPE

O trabalho em equipe começa com o indivíduo. À medida que muitas empresas

se organizam em equipes interfuncionais, apresenta-se a oportunidade para que seja

selecionada a melhor combinação de integrantes de equipe. As características

especialmente relevantes para equipes interfuncionais são mencionadas a seguir.

Sem dúvida haverá muitos talentos e personalidades em uma equipe. Ao decidir

o papel de cada um dos membros da equipe, é importante combinar suas habilidades,

interesses e metas com seu papel. Quando os membros da equipe têm responsabilidades

que combinam com suas capacidades, é muito mais provável que gostem do que estão

fazendo e façam bem. Por exemplo, um membro da equipe que é calado e artístico pode

ser excelente para criar panfletos e outros materiais promocionais, mas pode não estar

muito interessado em falar em público.

Os papéis da equipe que tendem a desenvolver-se ao longo do tempo,

frequentemente mudam na medida em que a equipe ganha experiência. Na equipe

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existem papéis que são complementares, paralelos e conflitantes e ao mesmo tempo

independentes entre si. Papéis esses que podem estar diretamente ligados ao nível de

tarefa e outros ligados mais aos níveis sócio-emocionais. Para se atingir o máximo de

eficiência na equipe, há diversas características e funções que devem ser preenchidas.

Dentre as mais importantes e fundamentais estão os seguintes papéis:

ALGU�S PAPÉIS QUE ASSUMIMOS

Conciliador Busca um denominador comum; quando em conflito, aceita rever sua posição e acompanhar o grupo para não chegar a impasses.

Mediador Resolve as divergências entre outros membros, alivia as tensões nos momentos mais difíceis através de brincadeiras oportunas

Animador Demonstram compreensão e aceitação de outros pontos de vista, idéias e sugestões, concordando, recomendando e elogiando as contribuições dos outros.

Ouvinte Interessado Acompanha atentamente a atividade do grupo e aceita as idéias dos outros, servindo de auditório e apoio nas discussões e decisões do grupo.

Superprotetor Procura fazer de conta que os problemas no grupo não existem.

Dominador Procura afirmar sua autoridade ou superioridade dando ordens incisivas, interrompendo os demais.

Manipulador Manipula o grupo ou alguns membros, sob forma de adulação, afirmação de status superior, etc

Dependente Busca ajuda, sob forma de simpatia dos outros membros do grupo, mostrando insegurança, autodepreciação, carência de apoio etc.

Criador de Obstáculos Discorda e opõe-se sem razões, mantendo-se teimosamente negativo até a radicalização, obstruindo o progresso do grupo após uma decisão ou solução já atingida.

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Agressivo Ataca o grupo ou assunto tratado, fazendo ironia ou brincadeiras agressivas, mostra desaprovação dos valores, atos e sentimentos dos outros.

Vaidoso Procura chamar a atenção sobre sua pessoa de várias maneiras, contando realizações pessoais e agindo de forma diferente, para reafirmar sua superioridade e vantagens em relação aos outros.

Crítico A partir da sua experiência, sempre acredita que a sua é superior a de qualquer outra pessoa, tenderá a achar que tudo poderia ter sido feito de uma forma melhor.

Reivindicador Manifesta-se como porta-voz de outros, de subgrupos, ou classes, revelando seus verdadeiros interesses pessoais, preconceitos ou dificuldades.

Confessante Usa o grupo como platéia ou assistência para extravasar seus sentimentos, suas preocupações pessoais ou sua filosofia, que nada têm a ver com a disposição ou orientação do grupo na situação-momento.

Gozador Aparentemente agradável, evidencia, entretanto, seu completo afastamento do grupo, podendo exibir atitudes cínicas, desagradáveis, indiferentes à preocupação e ao trabalho do grupo através de poses estudadas de espectador, que se diverte com as dificuldades e os esforços dos outros.

3.3 ETAPAS

A criação e manutenção de uma equipe de trabalho requer que a líder da equipe

avalie a etapa na que se encontram com respeito ao cumprimento de objetivos e

especialmente a dinâmica emocional (atmosfera de equipe) na que se desenvolve o

trabalho. Para cada fase tem uma atuação recomendada a seguir.

3.3.1 ESTÁGIO 1: EXPLORAÇÃO PRELIMI�AR

A fase inicial da formação de uma nova equipe é fequentemente caracterizada

por confusão em relação aos papéis que cada desempenhará, a tarefa a ser cumprida, o

tipo de liderança e de quem ela virá.

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Esta fase é o período de exploração inicial: “Para que estamos aqui?” “Que papel

deverei cumprir?” “O que farei?”. Nesse estágio de confusão e dúvidas, as expectativas

são de que se possa encontrar a ansiedade. Quando os papéis e as tarefas não são

objetivos, as pessoas experimentam sentimentos de ansiedade. Podem se sentir

apreensivas por terem sido lançadas em um ambiente com o qual não estão

familiarizadas e sem orientações sobre como lidar com isso. A interação entre as

pessoas nesse estágio, reflete relacionamentos, inclinações, percepções e antagonismos

trazidos de fora. Os papéis com que as pessoas inicialmente se defrontam na nova

situação geralmente assemelham-se aos que desempenham fora da equipe. Elas estão

apenas em busca de sua nova identidade: seu papel na equipe.

3.3.2 ESTÁGIO 2: DEFI�IÇÃO

O segundo estágio envolve uma definição da tarefa a ser executada ou do

objetivo a ser atingido pela equipe. As pessoas começam a perceber que tipos de papéis

desejam desempenhar para alcançar o objetivo. Tendem a formar uma idéia de si

mesmos como indivíduos trabalhando com outros indivíduos para executar uma tarefa.

Não constituem ainda uma verdadeira equipe, mas sim um conjunto de pessoas que

foram reunidas para um fim em comum.

Podem ocorrer conflitos entre aqueles que querem o trabalho realizado

rapidamente e os que desejam avançar com cautela. Podem surgir também choques

entre aqueles que já decidiram como o trabalho deve ser realizado e os que possuem

uma tendência a serem mais experimentais. Algumas pessoas insistem em aplicar

soluções que trouxeram para o projeto, enquanto outras se preocupam com o fato de o

problema ou questão ter sido definido corretamente. Em geral, existem membros que

desejam uma direção forte e autocrática a partir de fora, e outros que preferem trabalhar

em uma atmosfera mais democrática e aberta.

Há com freqüência muitas agendas pessoais. Alguns membros querem obter

influência na equipe, porque se consideram líderes naturais ou porque desejam ver a

equipe adotar suas próprias prioridades e metodologias. Outros querem usar as a equipe

para aumentar sua própria notoriedade e seu poder. Membros muito orientados para

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tarefas podem ficar impacientes com os que desejam dedicar sua atenção à dinâmica da

equipe.

3.3.3 ESTÁGIO 3: IDE�TIFICAÇÃO

Os membros percebem que não mais constituem um aglomerado de indivíduo,

cada um com seus próprios objetivos e agendas, mas efetivamente membros de uma

equipe, trabalhando juntos em busca de um objetivo comum. Enquanto anteriormente se

viam em papéis voltados para si, agora os definem como a serviço da equipe como um

todo. Seus antigos papéis içaram subordinados aos novos, que são destinados a ajudar a

equipe a alcanças o seu objetivo. Pessoas que eram orientadas para tarefas

compreendem agora que é necessário dedicar atenção ao processo da equipe porque isso

exige um equilíbrio de interesses entre a tarefa e as pessoas que a executam para ser

inteiramente eficaz.

Até esse ponto de aglutinação, os membros conservam sua individualidade ou

formaram subgrupos para exercerem mais influência. A fragmentação se dilui a medida

que as pessoas se identificam com a equipe. Este assume uma personalidade única,

própria, da mesma forma que seus membros são personalidades únicas.

3.3.4 ESTÁGIO 4: PROCESSAME�TO

Não somente os membros trabalham juntos na tarefa ou no objetivo, mas

também avaliam sua eficácia em fazê-lo. Eles se defrontam com novos papéis que

ajudarão a equipe a ser bem sucedida, tais como liderança. A liderança formal pode

torna-se menos pronunciada quando os membros adotam um sistema rotativo. Os

membros da equipe observam a maneira como operam na expectativa de desenvolver

formas cada vez mais eficazes para atingir as metas da equipe.

3.3.5 ESTÁGIO 5: ASSIMILAÇÃO/ REFORMAÇÃO

Equipes constituídas para executar uma tarefa ou um projeto em geral se

dissolvem quando o trabalho é concluído. Algumas pessoas saem e outras entram. Para

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a equipe, o quinto estágio é descrito de forma mais precisa como assimilação/

reformação. Eles absorvem os novos membros e intensificam seus vínculos quando

outros saem. Uma nova dinâmica emerge. De vez em quando a equipe muda sua

personalidade na medida em que seus quadros e tarefa se modificam.

3.4 EQUIPES VITORIOSAS.

A receita para a equipe de sucesso é a presença de uma liderança participativa e

afetiva, movida por muito esforço e dedicação. Uma equipe torna-se uma equipe de fato

quando tiver saído da fase de (apenas) buscar resultados financeiros, passando a ter uma

preocupação real com o bem-estar das pessoas, dentro e fora dela. Quando um indivíduo

apóia o outro e cada um cumpre o seu papel, as relações de respeito e amizade imperam

e, invariavelmente, conduzem ao sucesso.

As características de compartilhar, conhecer, comunicar, cooperar, aprimorar,

representam um conjunto de lições significativas a apreender e aplicar com o objetivo

de satisfazer clientes e, ao mesmo tempo, criar uma equipe vencedora. Não basta juntar

talentos individuais, treiná-los e dotá-los de recursos modernos. É preciso construir e

reconstruir continuamente a eficácia da equipe.

Para atingir objetivos de alto rendimento, as empresas vinculam pessoas que se

integram aos grupos, desenvolvendo uma sinergia própria para transformá-los em

equipes de alto desempenho, cumprindo esses objetivos. Enquanto os grupos de

trabalho baseiam seus resultados na somatória dos melhores colaboradores para o seu

desempenho, as equipes de alto desempenho buscam produtos de trabalho coletivo que

requerem um esforço conjunto.

Para obter acordos poderosos na equipe é preciso construir um nível de diálogo

aberto, franco e saudável tornando coerente a conversação entre o eu-privado e o eu-

equipe. Isso gera uma relação de transparência entre todos, permitindo estabelecer

acordos pautados na ética e honestidade, já que esta transparência constrói a confiança

necessária para emitir opiniões e juízos mediante o que e como proceder, ao invés de

juízos em relação à determinada pessoa. Uma equipe de sucesso deve possuir

maturidade para aceitar desafios e capacidade para atingir o alto desempenho,

quantitativo e qualitativo

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Portanto, uma equipe de alto desempenho mantém o enfoque nos resultados, nos

objetivos comuns, tanto do indivíduo como da organização, a administração por

princípios para a tomada de decisões e soluções de problemas, o trabalho em equipe, a

integração das habilidades, o reforço do compromisso total, o uso produtivo das

diferenças de pensamento e o desenvolvimento do indivíduo através do fazer, saber

fazer e saber estar.

É como disse o lendário Henry Ford “juntar-se é um início; manter-se unidos é

progresso, trabalhar juntos é sucesso”.

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CO�CLUSÃO

A compreensão do funcionamento e das manifestações das equipes dentro das

organizações passa a ser uma tarefa decisiva pois, através das equipes é possível atender

à satisfação de necessidades sociais, permitir que cada um estabeleça seu auto-conceito,

conseguir apoio para a consecução dos objetivos e reconhecer a capacidade de

modificar comportamentos.

O ambiente de trabalho não é necessariamente um ambiente onde as pessoas têm

que se amar, mas devem se respeitar e cooperar produtivamente. Para tanto é

fundamental compreender o quanto seus comportamentos afetam as outras pessoas e o

resultado de seus trabalhos, e sensibilizar os demais para que tenham a mesma postura.

A troca de feedback é muito mais produtiva quando existir um alto nível de confiança

entre as partes, mas mesmo assim é preciso ter em mente que trocar feedback é

fundamental para o crescimento das pessoas.

A motivação tem sido uma preocupação permanente das organizações, pois dela

depende o desempenho dos profissionais e, conseqüentemente, a obtenção de resultados

e a superação de metas. Para que isso aconteça de forma organizada, é preciso a

existência de um líder. O líder deve procurar oferecer treinamentos práticos, específicos,

breves, com diferentes técnicas e abordagens, avaliando o aprendizado de cada um. O

treinamento é a chave para abrir o potencial das pessoas, motivá-las e detectar

problemas para resolvê-los. É fundamental manter a equipe treinada.

Vimos que um programa de treinamento envolve algumas etapas que devem ser

seguidas para garantir o sucesso do treinamento, são elas: identificação do cliente,

levantamento de necessidades, diagnósticos, elaboração ou planejamento, execução e

avaliação dos resultados obtidos com o treinamento. Elas não funcionam isoladas mais

sim em conjunto umas com as outras.

É fato que toda equipe necessita de um líder que seja capaz de orientar, mostrar

caminhos e gerar grandes resultados. Ele deverá ser dotado de características, não

somente técnicas, mas também comportamentais, como, por exemplo, ter carisma,

humildade, sinceridade, ser preocupado e compreensivo. É dele a missão de inspirar, em

seus colaboradores, a motivação para a conquista.

A liderança, portanto, deve estar atenta ao momento, à forma como se

apresentam os muitos fatores que afetam o comportamento das pessoas,

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individualmente e em equipe. A liderança deve ter a habilidade em compreender o

modo de operar do grupo, ajudando-o a alcançar altos níveis de desempenho de tarefas e

satisfação.

As equipes bem sucedidas alcançam seus melhores resultados utilizando a

contribuição de todos os seus membros. Quando uma equipe se torna mais forte do que

a soma dos membros individuais, atinge o que se pode chamar de “sinergia”. Isso pode

ser o elemento mais importante na criação de equipes de sucesso.

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A�EXO A

PERGU�TAS SOBRE TRABALHO EM EQUIPE

Mônica Retondaro Ferreira Vasconcelos.

Diretora da Divisão de Administração de Pessoal da Superintendência de

Recursos Humanos da UFF.

Ø Como funciona o trabalho em equipe no setor público?

Infelizmente é muito difícil, pois com a divisão dos setores, as

especificidades de cada área, a carência de pessoal e outros problemas, muitas

vezes não conseguiram realizar um trabalho.

Ø Até que ponto há participação e dedicação espontânea nos processos da

equipe?

Devido a inúmeras dificuldades, muitas vezes não há a participação

espontânea. Mas, como o trabalho tem que sair, às vezes temos que impor ao

servidos executar determinada tarefa.

Ø Todos falam livremente ou há bloqueios e receio de falar?

Algumas pessoas têm bloqueio, mas sempre é dada oportunidade para

que os servidores coloquem suas opiniões e façam sugestões.

Ø Quais os estilos de liderança mais usuais?

Na atual gestão, temos procurado ouvir o servidor. Existe flexibilidade

para administrar os conflitos.

Ø Quais as relações entre líderes e liderados?

São boas as relações, pois estamos sempre trocando idéias, para que

possamos melhorar o desenvolvimento dos trabalhos.

Ø Como são recebidas as novas idéias, sugestões de mudanças?

Sempre com dificuldades: primeiro ressaltam os problemas, dizem que

não será possível fazer aquilo e após muitas conversas e ponderações, é que se

consegue concretiza a mudança. Mas temos que convir que normalmente

mudanças sempre causam receios.

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REFERE�CIAL TEÓRICO

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. São Paulo: Ed. Atlas,

1997.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo

em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier - Ed. Campus, 2005.

FIORELLI, J.O. Psicología para Administradores. São Paulo: Atlas, 2000.

HARDINGHAM, Alison. Trabalho em equipe. São Paulo: Ed. Nobel, 2002.

MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. Rio de

Janeiro: Ed. José Olympio, 1994.

KATZENBACH, John R. A força e o poder das equipes. Rio de Janeiro: Ed. Makon

Books,1994.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall,

2002.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

TAMAYO, Alvaro e PASCHOAL, Tatiane . RAC, v. 7, n. 4, Out./Dez. 2003. (tabela de

motivação)

PORTAL DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. Disponível em

http://www.administradores.com.br. Acessado em 28 de JANEIRO DE 2010.

PORTAL DOS PROFISSIONAIS DE RECURSOS HUMANOS. Disponível em

http://www.rh.com.br. Acessado em 28 de JANEIRO DE 2010.