50
UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SESU” ISTITUTO A VEZ DO MESTRE CURSO ADMIISTRAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR O Supervisor Trabalhando a Questão da Inclusão Escolar Por Judite Ribeiro Henriques ORIETADORA Professora Maria Esther de Araújo Oliveira RIO DE JAEIRO 2010

UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

  • Upload
    lemien

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

CURSO

ADMIISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

Por

Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA

Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

RIO DE JAEIRO

2010

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

Trabalho realizado em cumprimento agraves exigecircncias da disciplina Monografia ndash Instituto ldquoA vez do Mestrerdquo como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Grau no Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo e Supervisatildeo Escolar pela aluna Judite Ribeiro Henriques

Professora Orientadora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

RIO DE JAEIRO

2010

AGRADECIMETOS

Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa

A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria

DEDICATOacuteRIA

Dedico esse trabalho aos autores que com sua

colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e

realizaccedilatildeo do mesmo

E principalmente aos alunos com necessidades

educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em

conquistar o seu espaccedilo

EPIacuteGRAFE

A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar

Eugecircnio Cunha

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 2: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

Trabalho realizado em cumprimento agraves exigecircncias da disciplina Monografia ndash Instituto ldquoA vez do Mestrerdquo como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Grau no Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo e Supervisatildeo Escolar pela aluna Judite Ribeiro Henriques

Professora Orientadora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

RIO DE JAEIRO

2010

AGRADECIMETOS

Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa

A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria

DEDICATOacuteRIA

Dedico esse trabalho aos autores que com sua

colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e

realizaccedilatildeo do mesmo

E principalmente aos alunos com necessidades

educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em

conquistar o seu espaccedilo

EPIacuteGRAFE

A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar

Eugecircnio Cunha

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 3: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

AGRADECIMETOS

Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa

A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria

DEDICATOacuteRIA

Dedico esse trabalho aos autores que com sua

colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e

realizaccedilatildeo do mesmo

E principalmente aos alunos com necessidades

educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em

conquistar o seu espaccedilo

EPIacuteGRAFE

A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar

Eugecircnio Cunha

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 4: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

DEDICATOacuteRIA

Dedico esse trabalho aos autores que com sua

colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e

realizaccedilatildeo do mesmo

E principalmente aos alunos com necessidades

educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em

conquistar o seu espaccedilo

EPIacuteGRAFE

A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar

Eugecircnio Cunha

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 5: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

EPIacuteGRAFE

A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar

Eugecircnio Cunha

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 6: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

RESUMO

Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto

geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees

de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de

maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido

da inclusatildeo

Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as

mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos

educacionais exigidos pela sociedade atual

E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os

desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve

constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus

professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 7: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

METODOLOGIA

A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores

atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as

colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as

duacutevidas e aumentando os conhecimentos

Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo

especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)

STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a

inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a

participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 8: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

SUMAacuteRIO

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17

CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 9: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

ITRODUCcedilAtildeO

As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo

presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso

sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade

pois somos todos seres humanos e como tais iguais

Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se

expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou

feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com

nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por

diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada

um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz

diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades

Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila

pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a

sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e

direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )

Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os

acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a

obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos

A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com

certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode

contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o

principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe

multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 10: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda

a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da

Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto

da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional

educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no

quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo

educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por

inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 11: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO

Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)

A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus

familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade

Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e

significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade

para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia

O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir

algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo

com a luta das minorias na defesa dos seus direitos

A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido

propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e

assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de

paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se

adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de

pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e

do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo

opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos

aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou

negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem

ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 12: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que

existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo

Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem

anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural

como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando

compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de

acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os

sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a

exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um

ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de

informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos

culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais

Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se

aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja

aquela que ele jaacute conhece

A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional

oferece

bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos

principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e

que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a

exigir para que possam vir a ser participar e intervir

bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem

ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos

alunos que as utilizam

bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da

educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e

autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem

possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma

equipe docente atuante e responsaacutevel

bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma

formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 13: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo

discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre

como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita

bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave

necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do

uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma

consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou

da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo

bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a

partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo

sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo

facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o

processo em que o conhecimento se constroacutei

bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional

competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a

escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna

formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola

verdadeiramente democraacutetica

E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma

naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro

estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato

de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute

fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve

haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas

cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os

professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as

escolas em todas as turmas a todos os alunos

Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da

escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 14: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela

ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo

Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de

ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias

que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de

cada grupo de alunos

Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees

educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do

processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos

Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa

resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o

processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento

em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no

tempo e no espaccedilo

ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo

(FREIRE 1996 p 26)

Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar

precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de

inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas

claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo

educacional

Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de

inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a

reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a

realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela

estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do

processo de inclusatildeo

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 15: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas

carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo

sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo

entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com

deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de

assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas

habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de

pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com

eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores

despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los

qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno

necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as

aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno

especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam

o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades

especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo

despreparados para atender melhor o aluno especial

Segundo Figueira (1995)

palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)

Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com

igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais

A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de

vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus

profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica

pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 16: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da

realidade da escola

Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de

realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida

exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem

Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar

garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema

de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de

serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima

qualidade (Bueno 1998)

Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de

um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se

fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e

comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as

diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se

muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma

adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes

Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundo

Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade

escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da

aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e

participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional

especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a

elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do

aluno com a realidade soacutecio-cultural atual

Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo

depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 17: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o

aluno com deficiecircncia

A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem

para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a

forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre

dificultado pelos mais variados motivos

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que

podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e

professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que

desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos

com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim

eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a

modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar

somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs

professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute

necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na

praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso

ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)

Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os

deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois

sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo

Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar

e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 18: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

II- SOCIEDADE ICLUSIVA

Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de

profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no

ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o

princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma

escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem

Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que

tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo

atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia

pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo

Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em

consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute

necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que

tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute

inclusatildeo e sim exclusatildeo

ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)

Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e

apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa

necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis

Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades

Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda

Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 19: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando

basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o

foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica

Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam

devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)

dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos

(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos

(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)

Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a

inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e

solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo

reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem

preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de

discriminaccedilatildeo

A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo

regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da

educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo

se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais

especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade

de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais

elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)

Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo

ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)

De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed

Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais

agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do

contexto de uma instituiccedilatildeo

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 20: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa

Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem

do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em

equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a

Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e

habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse

processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais

Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo

educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase

a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo

eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista

O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute

inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente

comprometidos com a educaccedilatildeo

Como diz Onofre(2008)

ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)

Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos

Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as

necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e

habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de

aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes

da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando

necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas

buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais

Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema

de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 21: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem

preconceitos ou discriminaccedilatildeo

Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos

indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades

Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo

Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item

Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de

melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos

alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo

de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda

esse processo

Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de

professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras

escolas)

Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo

Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam

o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem

promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial

importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de

apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam

do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos

O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as

circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito

destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para

atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de

inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar

Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as

necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator

principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto

ao crescimento acadecircmico como pessoal

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 22: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva

ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)

Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula

O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno

no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a

questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades

Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para

a Inclusatildeo

ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)

Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve

reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e

natildeo em problemas inerentes ao aluno

Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional

advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula

Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se

necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf

Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)

ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 23: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)

E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma

importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom

seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma

constante entre os participantes desse processo inclusivo

Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente

inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos

simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade

de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 24: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute

No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo

de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que

juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na

avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como

objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como

podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se

imprescindiacutevel

Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer

pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com

base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir

alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees

verdadeiramente democraacuteticas

Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento

com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do

processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano

acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento

da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de

tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando

para enfrentar todos os obstaacuteculos

Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo

contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a

resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)

Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante

aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre

como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo

educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 25: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos

os elementos no processo educacional

Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do

baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as

determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande

tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com

certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele

supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com

muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso

Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo

supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito

- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no

sistema capitalista

- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino

- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos

agentes educacionais

- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo

- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de

observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo

E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na

formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA

(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a

compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no

campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo

Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias

que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando

sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades

diferentes sabendo assim lidar com a diversidade

De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)

ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 26: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar

seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo

Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e

trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de

vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo

da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para

obter bons resultados

Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees

pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o

ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da

formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em

supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute

necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica

Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce

autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo

O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de

sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de

projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que

aproximem famiacutelia e escola

Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de

servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os

componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os

seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente

globalizada

Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional

da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz

ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 27: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)

E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo

supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do

outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo

Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu

papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu

maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser

construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando

pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar

Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando

um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e

melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro

do ambiente escolar

Segundo Ferreira (2003 p 74)

rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo

Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais

precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos

alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito

anteriormente

Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo

que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em

pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que

seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 28: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola

comunidade)

Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de

entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar

ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)

Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como

educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)

ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)

Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido

Assim descreve Gandin (1983)

ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque

bull Exige compromisso pessoal de todos

bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo

bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas

capacidades

bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos

isolados mas eacute constante)

bull Distribuiccedilatildeo de autoridade

bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees

bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 29: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as

mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus

alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que

deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar

Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma

nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo

tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo

Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da

educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do

mundo

Medina (1997) aduz que

ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)

O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o

planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o

envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no

entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o

compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores

assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola

Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas

principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da

educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos

na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo

escolhida e abraccedilada

ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 30: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)

Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande

prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica

evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior

onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e

profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de

assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico

do processo ensino- aprendizagem

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 31: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL

Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do

paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os

alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais

Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o

conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas

ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)

Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade

de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as

turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo

sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para

poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila

Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)

ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)

O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o

compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 32: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky

(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se

atualiza com a passagem do tempo

VIGOTSKY (1987) nos diz que

ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)

A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como

parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a

inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a

famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos

Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os

ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com

deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de

forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO

De acordo com Sassaki (1997)

ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)

O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a

serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas

individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em

ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional

social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma

no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-

participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 33: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse

trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o

desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na

medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante

vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em

direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter

suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular

Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em

1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias

fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com

deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem

poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia

Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo

incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a

inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com

deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente

De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo

deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes

pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e

diversidadesrdquo

Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que

os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e

diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a

competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com

magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a

diversidade

Sassaki (2005) ensina que

ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 34: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)

Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o

processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por

toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes

educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme

jaacute citados nos capiacutetulos anteriores

Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve

existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de

informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional

coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir

marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para

enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes

Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda

sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento

Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a

adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma

dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional

A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende

prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de

criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO

(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola

que temosrdquo

A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a

viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades

humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante

o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a

compreensatildeo muacutetua e a paz

Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem

o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 35: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de

projetos de trabalho em comum

Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas

permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando

a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e

de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda

detectando as matriculas realizadas ou natildeo

O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que

a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas

Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas

pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico

Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias

intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a

comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de

pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em

plenitude

Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)

ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)

Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se

desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits

intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar

Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute

a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular

O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam

encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas

para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia

e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 36: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e

sociais

Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na

construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo

capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo

do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar

aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas

escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo

dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)

O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as

geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a

dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio

dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o

reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com

dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude

extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos

que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e

de atitudes morais

Conforme MANTOAN (2005)

ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)

A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se

desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar

essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a

vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e

questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 37: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute

um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as

diferenccedilas

Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas

tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser

orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e

flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e

dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo

Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental

utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua

plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda

pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por

esses profissionais da educaccedilatildeo

Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades

de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros

introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o

diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na

convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos

chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de

experiecircncias

A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE

desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e

construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo

satildeo desprovidas de afetividade

Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-

pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute

mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O

professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar

estiacutemulo aos seus alunos

A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em

que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 38: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou

sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real

inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de

que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo

Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo

como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de

crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo

As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e

teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e

nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento

pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com

liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na

medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do

que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de

valorizar todo o seu esforccedilo para aprender

A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas

decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa

sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais

pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E

quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la

para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a

uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos

planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua

clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os

conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL

(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para

lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa

preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias

muitas vezes eacute mais valiosordquo

Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade

Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 39: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)

Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e

uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho

de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento

formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual

em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de

forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes

proporcionam

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 40: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

COCLUSAtildeO

Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na

inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial

necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica

de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como

deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade

do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees

Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e

colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do

supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola

contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu

desenvolvimento e potencialidade

Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como

realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de

aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a

colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade

escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na

comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais

Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo

inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo

inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se

tornar normais para contribuir para o mundordquo

Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem

constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as

discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na

capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem

utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada

aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 41: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que

possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe

educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos

em toda a sociedade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 42: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

A E X O 1

(Celso Antunes)

Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil

ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute

extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura

e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de

estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se

procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um

momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos

que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos

sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos

Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai

desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando

alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando

que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar

dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto

eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome

Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito

que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel

buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade

estaacute concluiacuteda

Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando

quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e

quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 43: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem

responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de

quantos atribuiacuteram

Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute

assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da

oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que

o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas

inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que

tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece

natildeo compreender

A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica

que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que

medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade

buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo

ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees

de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que

saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o

diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles

A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu

questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do

estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente

removida

(Celso Antunes)

Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 44: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

A N E X O 2

O Avesso da Inclusatildeo

O tema inclusatildeo estaacute em moda

Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta

determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que

por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam

de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi

assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as

inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a

hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas

pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados

para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos

prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a

inclusatildeo

A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia

em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais

severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre

e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e

responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de

uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos

protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo

O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a

diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos

essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a

anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 45: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos

padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista

O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que

todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais

De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de

agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute

extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente

Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para

defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante

ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos

redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos

atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos

para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos

nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos

heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou

de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de

aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos

viaacuteveis para conquistas sempre maiores

O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila

preguiccedila ou omissatildeo

(Celso Antunes)

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 46: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

BIBLIOGRAFIA

ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182

ARAUacuteJO RML et al Inclusatildeo Compartilhando Saberes 3ordf ed Petroacutepolis Vozes 2008

BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29

BUENO Belmira CATANI Denice SOUSA Cynthia (Orgs) A vida e o ofiacutecio dos

professores Satildeo Paulo Escrituras 1998

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996

CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006

FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995

FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005

FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia saberes necessaacuterios agrave praacutetica educativa Satildeo Paulo Paz e Terra 1996 165 paacuteginas

GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983

HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95

KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39

LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 47: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988

__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006

__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15

MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997

Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997

PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre

PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003

PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996

REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008

REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000

SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004

SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997

__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais

SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997

STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24

UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994

VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002

VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987

VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 48: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

WEBGRAFIA

ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45

________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em

httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61

FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702

FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html

ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm

PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm

SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx

SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml

Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009

WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 49: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

IacuteDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMETOS 02

DEDICATOacuteRIA 03

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMAacuteRIO 07

ITRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10

CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17

CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23

CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30

COCLUSAtildeO 39

AEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 45

WEBGRAFIA 47

IacuteDICE 48

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________
Page 50: UIVERSIDADE CADIDO MEDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · "Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e ... O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade

F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O

UIVERSIDADE CADIDO MEDES

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo

ISTITUTO A VEZ DO MESTRE

O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar

ALUA Judite Ribeiro Henriques

ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira

Em 26022010

Avaliado por ________________________________________

Conceito _______________________

  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
    • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
      • CURSO
        • ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
          • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
          • Por
            • Judite Ribeiro Henriques
                • ORIENTADORA
                  • RIO DE JANEIRO
                  • 2010
                  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                  • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                  • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                    • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                    • AGRADECIMENTOS
                    • DEDICATOacuteRIA
                      • EPIacuteGRAFE
                        • RESUMO
                        • METODOLOGIA
                          • CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
                          • CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
                          • CONCLUSAtildeO 39
                              • A N E X O 2
                              • O Avesso da Inclusatildeo
                                  • WEBGRAFIA
                                    • IacuteNDICE
                                      • CONCLUSAtildeO39
                                          • F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
                                            • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
                                            • POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
                                            • INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
                                              • O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
                                                • ALUNA Judite Ribeiro Henriques
                                                    • Em 26022010
                                                      • Avaliado por________________________________________