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EMPREENDEDORISMO E GESTÃO E CARREIRA UIA 1 | EMPREENDEDORISMO E O MERCADO VERSÃO PARA IMPRESSÃO

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EMPREENDEDORISMO E GESTÃO E CARREIRA UIA 1 | EMPREENDEDORISMO E O MERCADO

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SUMÁRIO

Introdução da Disciplina .............................................................................................................. 4  

Aula 01 | Empreendedorismo ...................................................................................................... 5  1. Empreendedorismo ........................................................................................................................... 5  

1.1 Histórico e conceitos dos termos empreendedor, empreendedorismo, empreendimento ............... 5  1.2 Ensino de Empreendedorismo ................................................................................................................................... 6  1.3 A importância da atividade empreendedora ........................................................................................................ 6  1.4 O processo empreendedor .......................................................................................................................................... 7  1.5 Empreendimento ............................................................................................................................................................ 8  

2. Geração de oportunidades ................................................................................................................ 8  3. A escolha do negócio ......................................................................................................................... 9  

Aula 02 | O mercado .................................................................................................................. 10  4. O mercado ......................................................................................................................................... 10  

4.1 Situação do mercado .................................................................................................................................................. 11  4.2 Quantificação de mercado ........................................................................................................................................ 13  4.3 Tendências de mercado ............................................................................................................................................. 14  

Aula 03 | Desenvolvimento e lançamento de novos produtos/serviços ............................... 19  4.4 Desenvolvimento e lançamento de novos produtos/serviços .................................................................... 19  

Fase 1. Fase exploratória .................................................................................................................................................................. 19  Fase 2. Fase de análise preliminar ................................................................................................................................................. 20  Fase 3. Fase de análise de negócio ............................................................................................................................................... 23  

Aula 04 | Fase de desenvolvimento e de lançamento ............................................................ 24  Fase 4. Fase de desenvolvimento ................................................................................................................................................. 24  Fase 5. Fase de lançamento ............................................................................................................................................................ 28  

4.5 Apêndice: Consciência ambiental .......................................................................................................................... 28  

Referências ................................................................................................................................. 32  

Glossário ..................................................................................................................................... 32  

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INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA

Prezado aluno,

Você já percebeu que vivemos em um mundo cercado de grandes empreendimentos?

Atualmente, pessoas de diferentes partes do mundo e com diferentes condições culturais e econômicas tornam-se grandes empreendedores. Essas pessoas construíram grandes empresas que desenvolveram um legado, introduzindo em nosso cotidiano produtos e serviços.

Mas você deve estar se perguntando: o que é empreender? Como se tornar um empreendedor? É possível ensinar isso a alguém ou estamos lidando com um talento nato reservado a poucos? É exatamente este o desafio que esta disciplina pretende enfrentar, procurando desenvolver em você, aluno, competências e habilidades importantes para empreender em diferentes ramos.

Nesta disciplina, teremos chance de estudar o histórico e os conceitos dos termos empreendedor, empreendedorismo1 e empreendimento, bem como o Empreendedorismo como uma disciplina, com conteúdos que podem ser ensinados para desenvolver habilidades relativas a essa atividade em aprendizes. Veremos também qual a importância da atividade empreendedora na atualidade. Para isso, é preciso estudar o mercado2 e a maneira como são desenvolvidos novos produtos e serviços. Esse estudo aumenta as chances de sucesso ao se encarar a aventura de empreender.

Aqui, estudaremos os conceitos de Humanismo, contemporaneidade e o perfil do empreendedor na atualidade, além de focar na motivação e na criatividade humana, aspectos essenciais para um empreendedor concretizar um novo negócio. Logo, estaremos lidando com questões sobre: como projetar a organização de uma empresa? Quais os impactos da empresa na vida pessoal do empreendedor?

Além disso, desenvolveremos, juntos, a habilidade e o conhecimento para poder realizar bons planos de negócio, de marketing e financeiro, estruturando-os de forma coerente com o tipo de negócio, o público-alvo e o objetivo do empreendedor, que, como veremos, não é somente ganhar muito dinheiro.

Desejamos a você um ótimo estudo e esperamos despertar a semente da ideia de que todos aqueles que se dedicarem, estudarem e acreditarem nos seus sonhos podem alcançar a concretização de um bom empreendimento.

Bons estudos!

                                                                                                                         1 Pode ser conceituado como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. 2 É o conjunto de pessoas e/ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por produtos ou serviços e que dispõem de renda para adquiri-los.

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AULA 01 | EMPREENDEDORISMO

Olá, estudante, bem-vindo(a) à primeira aula desta disciplina. Aqui, veremos o histórico e os conceitos dos termos empreendedor, empreendedorismo, empreendimento; recuperaremos a história e o presente do ensino de Empreendedorismo; atentaremos para a importância da atividade empreendedora, do processo empreendedor e do empreendimento. Boa aula!

1. EMPREENDEDORISMO

1.1 HISTÓRICO E CONCEITOS DOS TERMOS EMPREENDEDOR, EMPREENDEDORISMO,

EMPREENDIMENTO

Segundo pesquisadores e autores, há aproximadamente 800 anos, na França, o verbo entreprendre era sinônimo de “fazer algo”. Mais tarde, entre os séculos XVII e XVIII, o agente do verbo entreprendre passou a ser conhecido por entrepreneur, como sendo o indivíduo ousado que estimulava o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir. No início do século seguinte, o economista francês Jean-Baptiste Say, definiu o entrepreneur ou empreendedor como aquele que transfere recursos

econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento.

Anos após, Joseph Alois Schumpeter, economista e influente cientista político austríaco, definiria empreendedor como aquele indivíduo que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga. Em outros termos, para Schumpeter, os empreendedores eram agentes de mudança da economia com suas propostas de inovações.

Alguns anos mais tarde, outro austríaco, Peter Ferdinand Drucker, ampliou a definição proposta por Jean-Baptiste Say ao descrever os empreendedores como aqueles que aproveitam as oportunidades para criar mudanças. Drucker acrescentou que os empreendedores não deveriam se limitar aos seus próprios talentos pessoais e intelectuais para levar a cabo o ato de empreender, e que sim deveriam mobilizar recursos externos, valorizando a interdisciplinaridade do conhecimento e da experiência, para alcançar seus objetivos.

O entrepreneur é o agente condutor do entrepreneurship, isto é, o empreendedor é o agente protagonista do empreendedorismo. Sendo que o empreendedorismo pode ser conceituado como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação dessas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.

Existe também o conceito de intraempreendedor. Derivado da palavra intrapreneur, que significa “empreendedor interno”, esse profissional é aquele que, já estando dentro de uma empresa, recebe a liberdade de desenvolver suas ideias com os recursos da própria empresa, sem arriscar seu capital.

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Acesse este link e saiba mais a respeito do intraempreendedor:

http://tinyurl.com/78o8mt8

1.2 ENSINO DE EMPREENDEDORISMO

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Acesse o material de estudo, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), e assista à videoaula.

n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n

No Brasil o ensino (oficial) do empreendedorismo começou em 1981, quando a Escola de Administração de São Paulo (EASP) da Fundação Getulio Vargas (FGV), criou o curso “Novos negócios”. O curso e os negócios criados pelos alunos obtiveram sucesso a ponto de o jornal O Estado de São Paulo, em 1985, fazer uma matéria sobre o curso. Ao longo dos anos 1990, em diversas escolas técnicas e universidades brasileiras, foram surgindo disciplinas que tratam do empreendedorismo e também centros de empreendedorismo que motivam e treinam alunos para empreender. Esses centros apoiam as iniciativas dos alunos normalmente por meio de incubadoras, e, em algumas situações, ajudam inclusive a obter os recursos necessários, sobretudo os financeiros.

Alguns pesquisadores e autores do assunto criticam determinados pontos do ensino do empreendedorismo no Brasil. Boa parte das escolas técnicas e universidades o fazem focando tão-somente na tecnologia e na administração do negócio, e acabam por negligenciar outras disciplinas, tais quais: sociologia, ciência ambiental, ciências comportamentais e história.

1.3 A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EMPREENDEDORA

Existem basicamente dois tipos de atividade empreendedora: a motivada pela necessidade e a motivada pela oportunidade.

Em alguns países, sobretudo aqueles menos desenvolvidos, prevalece a atividade empreendedora por necessidade. Isto é, muitos indivíduos têm dificuldade de serem absorvidos pelo mercado de trabalho, e isso os leva a empreender para ter uma renda. Em termos regionais essa atividade empreendedora é importante, pois gera emprego e renda localmente, todavia é limitada para o crescimento econômico de um país. Isso se deve ao fato de que a maioria dos negócios criados por “empreendedores por necessidade” carece de inovação e tecnologia.

Em países desenvolvidos que valorizam o investimento em inovação e tecnologia, a atividade empreendedora demonstra ter mais impacto no crescimento econômico. Os negócios com base em inovação e tecnologia têm mais potencial de crescimento sustentado, portanto mais potencial para geração de mais riqueza e empregos. Então, nesses países prevalecem os “empreendedores por oportunidade”, que usufruem da cultura e da estrutura do país, em outros termos, do investimento em educação e treinamento da população, do

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número e da qualidade dos centros de pesquisa e de tecnologia, do acesso ao crédito relativamente barato, do potencial de mercado, da existência de infraestrutura adequada e de uma legislação que facilite a atividade empreendedora.

Em termos sucintos podemos dizer, que:

A atividade empreendedora por necessidade tem importante papel na inclusão social e na diminuição da pobreza, ao passo que a atividade empreendedora por oportunidade tem importante papel para o desenvolvimento sustentável.

Assista ao vídeo do comerciante David Portes e observe as oportunidades:

http://tinyurl.com/ll9w7g2

Atualmente, China e Índia são dois casos de países que estão crescendo por estimularem a cultura do empreendedorismo por oportunidade.

1.4 O PROCESSO EMPREENDEDOR

Fatores externos, ambientais e sociais, aptidões pessoais, bem como a somatória deles são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa ou de um novo produto/serviço. O processo empreendedor começa quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio ou produto/serviço

Em termos de fatores pessoais temos: Realização pessoal, propensão a assumir riscos, educação, idade, experiência, insatisfação com o trabalho, ser demitido, ser empreendedor, ser líder, ser gerente, ter visão.

Em termos de fatores sociológicos temos: Networking (rede de contatos), equipes, influência dos pais, família, modelos (pessoas) de sucesso.

Em relação a fatores organizacionais temos: Equipe, estratégia, estrutura, cultura e produto.

Em relação a fatores ambientais temos: Oportunidades e ameaças, competição, recursos incubadoras, políticas públicas, clientes, fornecedores, investidores, bancos, advogados, recursos, entre outros.

Via de regra, o processo empreendedor segue quatro fases, a saber: Identificação e avaliação da oportunidade; Desenvolvimento do plano de negócios; Determinação e captação dos recursos necessários; Gerenciamento da empresa criada.

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA OPORTUNIDADE: nesta fase os empreendedores (ainda que em potencial) procuram identificar negócios ou produtos que têm chance de dar certo, sendo levados em consideração os hábitos de consumo da população, os valores da sociedade e do próprio empreendedor, situação dos competidores, entre outros.

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DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE NEGÓCIOS: um plano de negócios serve para orientar os empreendedores, isto é, um plano bem elaborado deve indicar a viabilidade ou não de se investir em um determinado negócio ou produto/serviço. Ele costuma apresentar: o conceito do negócio; equipe de gestão; mercado e competidores; marketing e vendas; estrutura e operação, análise estratégica; plano financeiro; aspectos jurídico-legais; conclusão – indicando viabilidade ou não.

DETERMINAÇÃO E CAPTAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS: nesta fase os empreendedores, com base no orçamento que foi concebido no plano de negócios, deverão providenciar o capital necessário para operacionalizar a oportunidade em questão. Em outros termos, providenciarão os recursos (sobretudo financeiros), sendo que podem recorrer a bancos, a parentes, a amigos e ao seu próprio capital. Claro, não podem ser esquecidos Detalhes tais como: valores, taxa de juros, prazos, carência, garantias, entre outros.

GERENCIAMENTO DA EMPRESA CRIADA: uma vez que a empresa foi constituída precisará de gestão eficaz para sua perenidade. Aqui são levados em conta: estilo de gestão; fatores críticos de sucesso; identificação de problemas atuais e futuros; implementação de um sistema de controle; entrada em novos mercados; desenvolvimento de novos produtos/serviços que visem atender às novas demandas; entre outros.

1.5 EMPREENDIMENTO

Empreendimento é um termo originado do latim que significa “apanhar, prender com as mãos” acrescido de sufixo substantivador. Ou seja, é o ato, efeito ou resultado de empreender algo com fim determinado. Em termos práticos empreendimento é aplicado a qualquer atividade humana concebível, como exemplos podemos citar: empreendimento artístico, cultural, literário, político, religioso, organizacional, entre outros e específicos exemplos.

O empreendimento organizacional ou empresarial está ligado às realizações do empreendedor, como, por exemplo, a abertura de um negócio, o lançamento de um produto ou serviço. Os tamanhos e abrangências dos empreendimentos dependem de uma série de fatores, tais quais, o empreendedor, o capital necessário, o tipo de tecnologia, local, entre outros fatores.

2. GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES A procura e geração de oportunidades via de regra começa com a predisposição, que é a disposição prévia para se fazer algo. Então, o indivíduo que quer ser empreendedor aproveita ocasiões para conhecer, observar e analisar os negócios ao seu redor.

O empreendedor no seu dia a dia vê produtos, serviços, anúncios, mas além de ver, procura também entender o que está por trás de tudo isso. Isto é, quem são os clientes, os concorrentes, quais são as estratégias, como os produtos ou serviços foram desenvolvidos, quais são as tendências de mercado.

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Um caso interessante baseia-se na observação. Um empreendedor caminha por uma rua ou avenida, lá observa bares e restaurante e percebe que alguns estão cheios, outros com razoável ocupação e outros praticamente vazios. Então, em função dessa observação ele tenta entender o porquê da referida situação. Em outras palavras, o porquê do sucesso de alguns empreendimentos e o porquê do fracasso de outros.

Outro aspecto relevante é a criatividade. Uma pessoa que é capaz de criar algo tende a se destacar. A criatividade é um traço típico da conduta do empreendedor, ele precisa criar soluções e benefícios ao mercado via introdução de novos produtos e

serviços. Muitos dos produtos ou serviços que hoje existem foram criados por pessoas visionárias.

Para ter êxito é essencial saber o que se quer. Quando temos o chamado senso de direção temos indubitavelmente3 mais chances de lograr êxito quando da atividade empreendedora. Muitos empreendedores, ou candidatos a

empreendedores, fracassam por não terem um senso claro de direção.

Saber o que se quer, como dito anteriormente, é fundamental para se ter sucesso, contudo não é suficiente. O empreendedor deve saber que para cada tipo de negócio existe um estilo de vida. Uma vez que o negócio foi criado, é preciso da parte do empreendedor entrega, isto é, ele terá de abrir mão de certas coisas em sua vida pessoal em prol do negócio. Muitas vezes ele terá de acordar cedo e dormir tarde, trabalhar nos finais de semana, tirar poucos dias de folga durante o ano.

É preciso também que o empreendedor se identifique com o negócio, que tenha prazer em administrá-lo. É difícil imaginar um indivíduo que queria abrir uma agência de turismo satisfeito por ter aberto uma revenda de carros.

Mais uma observação interessante: é preciso conhecer o negócio.

Quando o empreendedor, além da identificação, tem certo conhecimento do negócio, torna-se mais fácil a tarefa de bem administrá-lo e em última instância mantê-lo competitivo.

O candidato a empreendedor costuma procurar oportunidades de negócio. Essa procura torna-se mais eficaz quando são identificadas as necessidades do mercado que ainda não foram atendidas; as necessidades que são atendidas, mas que podem ser melhoradas em algum aspecto; e o atendimento das futuras necessidades.

3. A ESCOLHA DO NEGÓCIO No tópico anterior, vimos o processo de procurar e gerar oportunidades, que tem os seus aspectos fundamentais: predisposição, criatividade, saber o que se quer, procura por oportunidades de negócio. Em função disso o candidato a empreendedor estudará as oportunidades que lhe aparecem ou que ele mesmo gerou, para então

escolher o negócio que colocará em prática. A seguir são apresentadas algumas opções:

                                                                                                                         3 adv. De maneira indubitável; sem dúvidas; com certeza.

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Alimentação agropecuária, lanchonetes, bares e restaurantes (inclusive temáticos, e especializados, como, por exemplo, vegetarianos).

Comércio farmácia, lojas de conveniência, supermercados, entre outros.

Construção construtoras de casas e apartamentos, construtoras de estradas, portos, aeroportos, entre outras.

Consultoria e prestação de serviços

nesses casos ou empreendedor pode atuar como profissional liberal ou pode constituir firmas, e prestar serviços técnicos.

Franquias uma firma já constituída (franqueadora) “permite” que terceiros (franqueados) mediante pagamento, explorem a marca, a patente, a infraestrutura, o know-how4. Parte das receitas do franqueado é destinada ao franqueador.

Saúde fabricantes de medicamentos, fabricantes de alimentos funcionais, hospitais, clínicas (inclusive de tratamentos específicos).

Indústria implantação de fábricas para processos variados de produção, como, por exemplo, fábrica de móveis, fábrica de sapatos, fábrica de componentes eletrônicos, entre outros inúmeros exemplos.

Termina aqui nossa primeira aula. Introduzimos conceitos que serão importantes ao longo da disciplina. Fique atento e até breve!

AULA 02 | O MERCADO Nesta segunda aula, veremos o conceito de mercado. Para isso, precisamos estudar a atuação, a quantificação e as tendências deste. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. Boa aula!

4. O MERCADO

Entendemos mercado como o conjunto de pessoas e/ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por produtos ou serviços e que dispõem de renda para adquiri-los.

A análise de mercado é parte essencial quando se pensa em abrir um negócio. O empreendedor e sua equipe devem avaliar e segmentar o mercado de forma a agrupar os clientes em potencial, que possuem necessidades de consumo semelhantes. Dessa forma, é possível definir estratégias adequadas a cada segmento de mercado, agregando valor para o cliente e otimizando resultados para a empresa.

Os mercados costumam se alterar frequentemente. Por exemplo, é provável que há uns cinco anos um mercado tivesse algumas características um tanto diferenciadas das características atuais. Isso porque certamente esse mercado

sofrera a influência da entrada ou saída de concorrentes, do surgimento de novas tecnologias e novos produtos, do desaparecimento de outros, entre outros eventos. Temos observado a tendência de os mercados se tornarem cada vez mais fragmentados.

                                                                                                                         4 É um termo em inglês que significa literalmente "saber como".

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Dentro da análise de mercado existe um processo específico que é chamado de segmentação de mercado, que consiste em dividir o mercado total em partes relativamente homogêneas. Com base na definição dos segmentos, o empreendedor poderá definir a quais segmentos sua empresa servirá e como atenderá àqueles consumidores específicos.

A seguir é proposto um breve guia que poderá ajudar os novos empreendedores quando da análise do mercado:

§ A quem interessa esse produto/serviço? § Quem pode estar interessado em receber os benefícios que meu produto ou

serviço oferece? § Em termos práticos, quem é meu cliente? § Qual é o perfil do meu cliente potencial? § Que tipo de pessoa e de consumidor ele é? § Quais são seus hábitos de compra? § Qual é o seu estilo de vida? § Quem são nossos concorrentes? Quais são seus acertos e falhas?

4.1 SITUAÇÃO DO MERCADO

Existem basicamente três situações que resumem a evolução do mercado no que diz respeito ao seu tamanho. O mercado pode estar em retração, estagnado e em crescimento ou expansão.

MERCADO EM RETRATAÇÃO

Dizemos que o mercado está em retração quando os consumidores perdem gradativamente o interesse em adquirir determinados produtos ou de usufruir determinados serviços. Isso pode ocorrer devido a alguns fatores. Para tentar explicar essa situação, podemos fazer uso do ciclo de vida dos produtos.

Normalmente, os produtos e serviços obedecem a quatro ou cinco fases, segundo autores. Se for considerada a fase de desenvolvimento, aí sim serão cinco fases.

A 1ª fase é a de desenvolvimento. Nela, a equipe responsável pela concepção do novo produto (ou serviço) tem a atribuição de desenvolvê-lo de forma que o novo produto atenda às novas exigências do mercado, isto é, atenda as tendências.

A 2ª fase é a de introdução, que começa com o lançamento do produto e caracteriza-se pelo lento crescimento das vendas e baixos lucros, ou mesmo prejuízos, devido aos altos investimentos, à inexistência de economias de escala e ao desconhecimento do produto ou serviço por grande parte do público-alvo.

A 3ª fase é a de crescimento, quando a taxa de adoção do produto pelos clientes potenciais é acelerada, as vendas crescem acentuadamente e os lucros acompanham o crescimento das vendas, à medida que se ganham economias de escala. Em geral, as vendas do produto aumentam mais rapidamente do que a demanda total do mercado, possibilitando os ganhos de participação de mercado. É nesse estágio que surgem novos concorrentes, que lançam outros produtos para aproveitar as altas taxas de crescimento da demanda. O mercado fica mais competitivo, exigindo maiores investimentos em marketing para

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sustentar os ganhos de participação de mercado.

A 4ª fase do ciclo de vida é a de maturidade, quando as vendas do produto tendem a se estabilizar, acompanhando o crescimento vegetativo do mercado, que é pequeno ou, até, nulo. Nessa fase, há um grande número de concorrentes e a disputa pelo mercado fica acirrada, já que o crescimento só é possível com a perda de participação dos concorrentes.

Na fase de maturidade, a estratégia mais adotada é a manutenção da participação de mercado por meio de investimentos em promoções, ofertas e descontos de preço, de modo a gerar volume de vendas. Em contrapartida, para garantir a manutenção dos lucros, a empresa reduz investimentos em tecnologia, inovações de produto e propaganda.

Algumas empresas, visando a ganhar participação da concorrência, reposicionam o produto para atrair novos segmentos de mercado, lançando novas versões ou fazendo pequenas inovações em embalagem e no design para atrair novos consumidores e prolongar o estágio de maturidade, adiando a entrada na fase de declínio. Outras optam por realizar investimentos na estratégia de diversificação, procurando novos negócios em mercados de potencial crescimento.

A 5ª fase é a do declínio, quando o produto fica obsoleto e é gradativamente substituído por novos. Nessa fase, as vendas são decrescentes e, para minimizar prejuízos, algumas empresas reduzem ou eliminam os investimentos; outras retiram o produto do mercado; e há aquelas que reduzem a distribuição, atendendo exclusivamente aos segmentos de maior volume, ou os preços, diminuindo o número de itens ou versões de produto ou deixando de investir em propaganda, tecnologia e inovações de produto. Nessa etapa, é necessário reduzir custos para minimizar a redução dos lucros.

Conforme visto, os produtos e serviços costumam ter seus respectivos tempos de vida, então, é natural, é esperado, que um dia os produtos que servem a um mercado caiam em desuso, ou seja, se tornem obsoletos. Como consequência, o público perde o interesse nesses produtos ou serviços. É o que chamamos de mercado em retração, que se aplica a fase de declínio.

MERCADO ESTAGNADO

Dizemos que o mercado encontra-se estagnado quando as vendas de seus produtos e/ou serviços mantêm apenas pequenas alterações para mais ou para menos. Provavelmente se aplica a fase de maturidade.

MERCADO EM EXPANSÃO

Dizemos que o mercado está em expansão quando as vendas de determinados itens aumentam significativamente. Equivale a fase de crescimento. Essa fase se caracteriza pela aprovação do produto ou serviço por parte do público consumidor. Para que o produto ou serviço alcancem essa fase é fundamental que empreendedores e gerentes de marketing tenham diagnosticado corretamente as tendências de mercado.

Acesse o link e saiba mais a respeito do ciclo de vida do produto!

http://tinyurl.com/3sj5gw4

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4.2 QUANTIFICAÇÃO DE MERCADO

Uma das áreas de estudo e prática do marketing que pode ajudar os empreendedores chama-se quantificação de mercado. As definições dos objetivos de venda, de participação de mercado, das cotas de venda por regiões e/ou vendedores são cruciais para o bom desempenho do empreendimento, independentemente do seu tipo ou natureza.

Para que seja possível melhorar as decisões quanto aos aspectos que dizem respeito à quantificação, algumas providências devem ser tomadas, elas são citadas a seguir:

VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS

É importante que se saiba como está e como será a saúde da economia. Assim, se o Produto Interno Bruto (PIB)5 estiver crescendo e a perspectiva para o ano seguinte também for de crescimento, é de se supor que, de maneira geral, as empresas alcancem um resultado satisfatório. Qualquer empresa que conte com um bom banco de dados terá os dados históricos de suas vendas, bem como os relativos à evolução do PIB.

Por meio de cálculos de correlação e das previsões para o PIB do ano seguinte, será possível começar a calcular as previsões de vendas para essa empresa. O mesmo raciocínio aplica-se a outras variáveis da economia, como variáveis de renda (per capita, discricionária, etc.), de mão de obra empregada (ou taxa de desemprego), de juros, variação cambial, etc. Como sabemos, o PIB é calculado por setores. Dessa maneira, a empresa poderá realizar seus cálculos de correlação com os dados do setor do PIB no qual ela atua (setor industrial, comercial, agrícola ou de serviços).

Fatores como variação cambial, taxa de desemprego, custo do dinheiro, importações, consumo de energia elétrica, entre outros, devem ser analisados e utilizados principalmente quando se verificar forte influência, forte correlação com o desempenho do setor em que se está atuando.

Num plano mais específico, será sempre de fundamental importância o conhecimento mais detalhado possível da oferta e demanda de nosso setor e dos setores complementares.

Estudos minuciosos de demanda pressupõem a existência de um bom banco de dados nos permite não apenas fazer boas previsões como também tomar decisões estratégicas mais corretas. Assim, no plano das médias corretivas sobre demanda, temos, como exemplo:

DEMANDA

SATISFATÓRIA Quando as previsões são realizadas frequentemente. Nesse caso, para que essa situação se mantenha, será necessário avaliar constantemente o grau de satisfação dos clientes, o movimento da concorrência, que provavelmente está tentando tomar parte de nossa participação de mercado, e o nosso nível de serviços, procurando sempre melhorar nosso desempenho.

DEMANDA

DECRESCENTE Nesse caso, cabe avaliar a necessidade de realizar mudanças no produto e/ou seu processo de comunicação e vendas, sem descartar a possibilidade de eliminá-lo.

DEMANDA

SAZONAL Procurar lançar produtos cuja demanda ocorra numa sazonalidade6 ao contrário, a fim de tentar linearizar o faturamento da empresa. Devemos tentar ainda desenvolver novos usos ou hábitos de consumo do produto, bem como novos consumidores, se possível.

                                                                                                                           5 Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.). 6 adj. Que faz referência às estações ou épocas determinadas do ano; característico de uma estação; estacional.

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DEMANDA

INDIFERENTE Ocorre quando se percebe a indiferença do consumidor para com o produto (que não está posicionado na mente do cliente). Nesse caso, cabe, pela comunicação, tentar divulgar os atributos e benefícios do produto, no sentido de posicioná-lo, gerando então o interesse por parte do consumidor.

DEMANDA

EXCESSIVA Quando previsões são facilmente realizadas e a carteira de pedidos cresce rapidamente, ameaçando gerar desabastecimento (falta do produto no mercado). Uma situação assim poderá resultar na insatisfação do consumidor, que poderá levá-lo, no extremo, à rejeição da marca. Cabe, nesse caso, o uso de uma estratégia de marketing seletiva, ou seja, uma estratégia que visa reduzir o consumo. Como? Priorizando segmentos, reduzindo a comunicação sobre o mercado e os custos de venda e distribuição nos segmentos menos rentáveis ou menos importantes do ponto de vista potencial; o aumento do preço também pode ser usado, respeitada a elasticidade desse preço.

POTENCIAL DE MERCADO

Na prática, o termo potencial de mercado é comumente empregado para representar quanto um setor de negócios ou uma empresa poderá vender seus produtos ou qual é a oportunidade de vendas que o mercado em análise apresenta. Na verdade, isso significa potencial de vendas, que é um número absoluto que reflete quanto determinado setor de negócios, pela tendência histórica e/ou pesquisas de mercado, poderá vender (ou quanto determinado setor de negócios/segmento poderá consumir).

Potencial de mercado, na sua conceituação tradicional, é um número relativo, estático (refere-se apenas ao momento em que os dados foram coletados) e que define o tamanho relativo dos diferentes segmentos geográficos que estão sendo medidos.

Contudo não se pode esquecer que o mercado é dinâmico, ele pode passar por retração, por estagnação e por expansão.

4.3 TENDÊNCIAS DE MERCADO

Segundo Kotler (1998), tendência é uma direção ou sequência de eventos que ocorre em algum momento e promete durabilidade.

Podemos dizer também que ocorre tendência de mercado quando pesquisas ou ainda estudos apontam que determinada atitude cai no gosto do público-alvo antes de virar moda. Dizemos tendência de mercado porque aquele produto ou bem de consumo começa a cair no gosto de um determinado público-alvo e a virar uma constante.

Para alguns autores, a tendência de mercado nada mais é do que as linhas de produtos e serviços que serão produzidos em decorrência da procura dos consumidores.

Sendo assim, é válido destacar que os empreendedores devem se esforçar, buscar perceber e constatar tendências de mercado. Fato é que os consumidores têm necessidades e desejos, além disso, eles gostam

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e muitas vezes precisam de novidades. Então, é sobremaneira7 importante que os empreendedores tentem responder às tendências na forma de novos produtos e/ou serviços.

Quando as tendências se confirmam formam-se mercados em expansão. A seguir temos exemplos de algumas tendências e alguns mercados em expansão.

VAIDADE, APARÊNCIA, CUIDADOS PESSOAS E COSMÉTICOS

O Brasil acompanha uma tendência que se verifica mundo afora, a preocupação com a aparência. Prova disso foi o sucesso da Beauty Fair, feira de cosméticos e beleza que chegou à sua segunda edição, realizada na cidade de São Paulo. Na feira foram vistas muitas novidades para aqueles que gostam de ousar.

Alongamento de unhas, perucas, equipamentos modernos. É o mercado da estética inovando cada vez mais. Mas para quem pensa que tudo isso é feito pensando só nas mulheres, engana-se: os homens brasileiros já estão quase alcançando as mulheres, prova disso é que muitos homens já usam cosméticos desde a manhã até a hora de dormir.

Quem pensa que alisar o cabelo não era uma preocupação do passado está enganado. Prova disso foi a exposição apresentada na feira, onde os visitantes puderam voltar no tempo e conhecer mais de sessenta raridades, como, por exemplo, um modelador de cachos do início do século passado, esquentado manualmente no fogo, mas nada melhor do que a tecnologia.

Queimar os dedos e danificar os cabelos pertence agora ao passado. A tecnologia na feira em 2011 apareceu na forma de compostos tirados da natureza. Como a hidratação dos cabelos com produtos feitos a base do leite e do chocolate. Para especialistas, a essência do produto, sendo tirada do cacau e da avelã, potencializa os poderes nutritivos no cabelo.

De acordo com os organizadores da feira, esse é um mercado em expansão, tanto é que o Brasil, atualmente, no segmento de beleza, é o quarto país, muito próximo do terceiro, que é a França.

DIVERSIDADE GARANTE EXPANSÃO DO MERCADO

A diversidade étnica, econômica e cultural da sociedade brasileira, somada aos diferentes padrões de clima, informação e exigência dos consumidores, abre espaço para o surgimento de milhares de empresas (de microconfecções a grandes indústrias de cosméticos) no país. O setor da beleza vem crescendo, no Brasil, para atender a um público cada vez mais segmentado, refletindo as influências da moda, da mídia e dos movimentos sociais.

No ramo de perfumaria e cosméticos, inúmeras marcas, linhas de produtos, embalagens e preços visam suprir o gosto de cada consumidor, sendo os produtos para cabelos (crespos, lisos, ondulados, secos, oleosos, danificados, entre outros) um exemplo. Além dos produtos étnicos, a indústria tem investido também em conceitos como bem-estar, relaxamento do corpo e contato com a natureza, por meio de óleos corporais, hidratantes, entre outros. O desenvolvimento de produtos para retardar o envelhecimento da pele, principalmente a do rosto, também recebe forte investimento e aporte tecnológico. É um mundo de promessas, cor, jovialidade, inovação tecnológica e autoestima.

                                                                                                                         7 adj. De uma maneira excessiva; excessivamente. Em que há excesso; além da medida ou muito; sobremodo ou extraordinariamente.

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TERCEIRA IDADE NO BRASIL, UM MERCADO EM EXPANSÃO: OPORTUNIDADES DE NOVOS NEGÓCIOS ATRAVÉS DE

UMA ANÁLISE MERCADOLÓGICA

Pesquisas apontam um crescimento da população de terceira idade no Brasil. Dessa forma, há oportunidade de novos negócios e crescimento de vendas de produtos e serviços para o público sênior. O mercado brasileiro não tem dado o devido foco a esse público, que vem crescendo ano a ano e que está passando de minoria a um grupo bastante significativo, a ponto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estar projetando a quase inversão da pirâmide populacional em 2050.

Acesse o link ou o acervo da disciplina e veja o documento que mostra a Projeção da população do Brasil por sexo e idade 1980-2050, realizado pelo IBGE:

http://tinyurl.com/op6mwwv

Para conseguir uma fatia desse mercado promissor, é necessário que as empresas adéquem, ou desenvolvam, estratégias conforme demandas e desejos desse público-alvo. É preciso o conhecimento sobre este público e sobre as possíveis oportunidades a fim de desenvolver estratégias específicas para esse mercado. Afinal, o aumento da expectativa de vida leva as pessoas a procurar produtos e serviços específicos que ofereçam maior conforto para essa fase da vida. Trata-se, efetivamente, de um mercado muito promissor cujo crescimento é tendência para o futuro.

COCO MACAÚBA É MERCADO EM EXPANSÃO NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: AS

VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO BIODIESEL SÃO DE GRANDE VALIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO NOSSO PAÍS

Devido às suas qualidades edafoclimáticas8, localizando-se em uma região de clima tropical, com altas taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais, grande disponibilidade hídrica e regularidade de chuvas, o Brasil torna-se o país com maior potencial para produção de energia renovável.

O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos, a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas.

Esse combustível substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclo diesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, entre outros) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, entre outros).

A cada ano, o preço e a demanda dos combustíveis derivados do petróleo sobem, em contrapartida, as reservas de petróleo diminuem, tornando o mercado cada vez mais complicado, já que a cada ameaça de crise internacional o barril do petróleo aumenta consideravelmente, sem falar na poluição gerada como o uso desses combustíveis, contribuindo para o aquecimento global.

As vantagens da utilização do biodiesel são de grande valia para o desenvolvimento do nosso país. Entre elas podemos destacar: os baixos índices de poluição gerados pela queima do biodiesel, não contribuindo para o aquecimento global; a geração de emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural; a produção a partir de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleaginosos no campo; a independência perante aos produtores de petróleo e a possibilidade de diminuição dos custos de produção em relação aos custos de produção dos derivados do petróleo.

                                                                                                                         8 Relativo aos solos e ao clima.

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Entre as matérias-primas utilizadas na produção do biodiesel está o coco macaúba, também conhecido como coco-baboso ou coco-de-espinho, que cada vez mais está sendo valorizado pelo mercado nacional e internacional não só para produção de biodiesel, mas também na indústria de cosméticos e alimentícia.

O coco macaúba é uma palmeira nativa brasileira, encontrada desde o Pará até São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Com altura até 15 metros, a árvore é ornamental, seus frutos são comestíveis e da sua

amêndoa se extrai um óleo fino semelhante ao da oliveira. Do miolo do tronco se faz uma fécula9 nutritiva, as folhas são forrageiras e têm fibras têxteis, usadas para fazer redes e linhas de pescar e madeira pode ser usada em construções rurais.

É essa capacidade da macaúba de produzir óleos e outros subprodutos que tem levado estudiosos e especialistas a indicarem a planta como uma cultura muito promissora em termos econômicos.

Com informações sobre o cultivo e o processamento do óleo do coco macaúba, o produtor estará apto para se inserir num mercado de excelentes perspectivas, considerando as crescentes necessidades mundiais de biodiesel e o forte apoio governamental para empresas que querem investir nesse ramo.

BRASIL, UM MERCADO EM EXPANSÃO DOS GAMES

De olho no mercado brasileiro, gigantes no meio dos games começam a lançar jogos em português. A Nintendo tem produzido aparelhos com menus e funções em português, a Sony em janeiro lançou o seu primeiro jogo para PS3 traduzido para português e a Microsoft reforça a estratégia com o jogo que será lançado Gears of War 3, todo legendado.

Tal estratégia é vista como uma oportunidade de conquistar o consumidor de classe B e C, já que no Brasil o produto ainda é considerado de luxo: 90% das casas de classe A têm um vídeo

game; nas casas de classe B, essa porcentagem baixa para 60%; e, nas casas de classe C, chega a somente 24%. Isso ocorre principalmente devido à barreira econômica, pois aqui no Brasil o produto é vendido até quatro vezes o preço dos Estados Unidos.

Além de pensar no aumento de vendas no país, os executivos pensaram também que seria uma boa oportunidade de trazer o consumidor para mais perto da empresa, formando laços.

VIDRAÇARIAS, UM MERCADO EM EXPANSÃO

O aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades de crédito têm permitido a expansão do mercado de vidraçarias. O principal segmento explorado por esse negócio é o de pequenas obras e reformas, uma vez que em construções de maior porte, as compras tendem a ser realizadas diretamente nas grandes fábricas. Ou seja, para uma pequena vidraçaria, predomina a maior quantidade e variedade de pedidos com menores valores. Nesse sentido, o maior número dos serviços prestados gira em torno dos cortes de vidro comum para janelas e preparação de espelhos.

                                                                                                                         9 substância pulverulenta, farinácea extraída de tubérculos e raízes e usada como alimento

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No setor, muitos negócios são fechados por meio do contato direto com arquitetos, fabricantes de móveis, engenheiros, decoradores e profissionais do ramo da construção civil e vidreiro. Por essa razão, é fundamental que o proprietário da vidraçaria mantenha um contato muito próximo com esses profissionais.

Para iniciar um negócio de vidraçaria, o empreendedor precisa fazer um levantamento de todos os valores que serão gastos. É preciso que informações referentes aos custos de comercialização dos produtos e as despesas de operacionalização do negócio sejam levantadas detalhadamente. Esse levantamento é importante para que sejam minimizados os riscos decorrentes de problemas financeiros futuros. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o investimento necessário para abrir uma vidraçaria é de pequeno porte, incluindo o investimento em materiais e o aluguel.

Acesse o link ou o acervo da disciplina, confira o estudo feito pelo Sebrae e conheça o negócio de Vidraçaria:

http://tinyurl.com/oem7lrp

Quanto à localização, é importante considerar a logística de como a matéria-prima chegará até na empresa e como o produto acabado será entregue ao público. No início das atividades, como forma de contenção de custos, sugere-se que a localização seja próxima do mercado consumidor e também dos distribuidores, o que possibilita a economia de custos com transporte. É aconselhável também que o local escolhido esteja nas regiões onde há previsão de novas construções de residências, loteamentos, áreas comerciais ou ainda nas proximidades de empresas de construção e arquitetura.

Por fim, o mercado consumidor das vidraçarias está cada vez mais exigente em termos de concorrência, qualidade e garantia dos produtos oferecidos. Por isso, os empreendedores precisam se planejar e buscar a melhoria contínua dos materiais utilizados, bem como dos métodos de instalação e montagem de vidraçarias.

OPORTUNIDADE VERDE

Uma pesquisa recente da consultoria McKinsey&Company, com 7.751 pessoas no Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, revelou que 87% dos consumidores preocupam-se com o ambiente e o impacto social dos produtos que compram.

Mas quando questionados sobre a compra efetiva de produtos “verdes”, social e ambientalmente corretos, apenas 33% dos respondentes disseram que já tinham comprado ou estavam preparados para comprar tais produtos. Será que a onda verde não pegou?

Na verdade, uma possível leitura da pesquisa é de que a oportunidade verde ainda não foi totalmente aproveitada pelas empresas e que há muito espaço para crescimento. É claro que muitos produtos

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“verdes” ainda são mais caros que os seus similares ou competidores atuais, mas a tendência é que essa equação se equilibre em pouco tempo.

Os empreendedores que se anteciparem e adotarem abordagens social e ambientalmente corretas estarão mais preparados para surfar na nova onda verde. Os que ficarem esperando talvez nem consigam mais pegar a onda…

Acesse o link e saiba mais a respeito de tendências de mercado!

http://tinyurl.com/o2gc6xg

E, em momentos de crise, qual o melhor caminho a seguir? Ficar na defensiva ou ousar e criar novos espaços no mercado? A escolha é sua!

 E aí, muito conteúdo? Estamos ficando cada vez mais especialistas no assunto. Nas aulas seguintes, veremos qual o passo a passo para constatar novas tendências, desenvolver e lançar novos produtos e/ou serviços. Até lá.

 

AULA 03 | DESENVOLVIMENTO E LANÇAMENTO DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS

 Olá, estudantes, chegamos à terceira aula. Veremos aqui sobre o desenvolvimento e o lançamento de novos produtos/serviços. Essas noções são essenciais para o dia a dia profissional e para o estudioso(a) da área. Boa aula!

 4.4 DESENVOLVIMENTO E LANÇAMENTO DE NOVOS PRODUTOS/SERVIÇOS

Em termos gerais existem cinco fases para o desenvolvimento e o lançamento de novos produtos e/ou serviços, a saber: exploratória, de análise preliminar, de análise de negócio, de desenvolvimento e de lançamento. As fases são descritas a seguir.

FASE 1. FASE EXPLORATÓRIA

O primeiro passo costuma ser “ouvir” o mercado, isto é, pesquisá-lo na tentativa de identificar tendências, que podem ser convertidas em oportunidades.

Nessa etapa, o empreendedor e sua equipe devem coletar o maior número de ideias possíveis, tendo em vista o problema proposto que é a categoria de produto na qual a empresa pretende trabalhar e investir os seus esforços.

Eis algumas perguntas que podem ser utilizadas para “ouvir” o mercado:

• Quais são seus hábitos de consumo? • Até que ponto o(a) senhor(a) está satisfeito(a) com os produtos que usa? • O que o(a) senhor(a) mudaria nesses produtos? • Que tipo de produto ou serviço o(a) senhor(a) gostaria de ver a venda? • Até quanto o(a) senhor(a) estaria disposto(a) a pagar por determinado produto/serviço? • Na sua opinião como deveria ser o design, o peso, a cor, o cheiro do novo produto? • Como o(a) senhor(a) usaria o novo produto?

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Mas nessa fase devemos ainda observar os concorrentes, seus produtos e a existência de produtos semelhantes (ainda que importados, a qualidade desses produtos, seus preços, canais de distribuição, relações com possíveis fornecedores).

Depois de coletar informações do mercado, é preciso organizá-las. De forma resumida, podemos listar as informações por número de ocorrências, isto é, as mais relevantes conforme as pessoas ouvidas.

Em seguida, é preciso desenvolver ideias levando em conta as informações obtidas. Aqui o empreendedor e sua equipe podem realizar um brainstorming, que, traduzindo para o português, significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É um procedimento no qual algumas pessoas trocam ideias, opiniões sobre um tema, como, por exemplo, como deve ser um novo prato a ser servido em um restaurante ou como deve ser um novo carro compacto, entre outros casos.

FASE 2. FASE DE ANÁLISE PRELIMINAR

Uma vez escolhidas as ideias que preencham os requisitos estabelecidos pelo mercado, devemos iniciar uma avaliação prévia para mensurar a viabilidade econômico-financeira-jurídico-técnica e de operacionalização/produção de cada uma delas, além, é claro, da viabilidade de mercado. Para tanto, podemos usar dois instrumentos de análise: checklist de avaliação ou perfil de projeto.

CHECKLIST

O checklist10 de avaliação é constituído por um questionário que deve ser respondido por cada um dos integrantes do Time de Projeto individualmente.

O Time de Projeto forma-se a partir da definição dos sub-processos que interagem no desenvolvimento de um produto/serviço. Um exemplo de questionário pode conter as seguintes questões:

1. Que objetivos o produto permitirá atingir? 2. Ele melhorará a qualidade do conjunto? 3. Haverá diminuição dos custos? 4. O produto se integrará na atual linha de fabricação da empresa? 5. Qual poderia ser a demanda aparente pelo produto? 6. Os seus usos seriam numerosos ou restritos? 7. Podemos esperar que o produto se torne um líder de mercado? 8. Seria possível vender esse produto através dos canais de distribuição utilizados atualmente pela empresa? 9. Seria necessária a contratação de novos vendedores? 10. Qual o custo aproximado da nova força de distribuição? 11. O produto seria vendido ao mesmo mercado dos produtos existentes? 12. O produto poderia ser fabricado de modo competitivo? 13. Quanto tempo seria necessário para a concorrência copiar ou imitar o produto? 14. O produto seria tecnicamente viável? 15. Quanto tempo seria necessário para finalização do produto e a preparação da comercialização? 16. O produto poderia ser fabricado nas instalações atuais? 17. Caso contrário, quais instalações seriam necessárias? 18. O produto seria patenteável? 19. As matérias-primas necessárias à fabricação estariam facilmente disponíveis?

                                                                                                                         10 Lista de verificação de tarefas de uma rotina ou de itens necessários.

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20. Seriam as matérias-primas as mesmas utilizadas atualmente pela empresa? 21. Que tamanhos e tipos diferentes deveriam ser fabricados? 22. O produto poderia ser embalado com os mesmos materiais que os atuais? 23. Que repercussões o lançamento do produto teria sobre os programas de fabricação/sistemas operacionais? 24. A empresa dispõe da mão de obra necessária? 25. Em caso negativo é fácil contratar mão de obra para o novo produto? 26. Quanto custaria a fabricação do novo produto? 27. Quanto custaria o lançamento do novo produto? 28. Em quanto tempo o investimento poderia ser amortizado? 29. Em quanto pode ser estimada a rentabilidade do produto? 30. O ciclo de vida é de longa ou curta duração? 31. A partir de quando o produto se tornaria rentável? 32. A empresa possui capacidade financeira para assegurar o lançamento?

As respostas a essas perguntas permitirão ao empreendedor e sua equipe escolher as ideias mais viáveis para passarem a uma análise mais profunda na etapa seguinte.

PERFIL DE PROJETO

O outro instrumento de análise que pode ser usado alternativamente é o chamado perfil de projeto que será entregue a cada participante da equipe para preenchimento. O perfil de projeto é um conjunto de oito fatores, contendo em cada um variáveis descritivas às quais serão atribuídas pesos, estabelecendo-se, dessa maneira, um gabarito que será usado sempre que se estiver avaliando uma ideia para desenvolvimento.

Uma vez montado o gabarito, todas as ideias a serem avaliadas receberão notas de acordo com a probabilidade de elas perfazerem ou não o requisito expresso na variável.

A ponderação obtida pelo produto entre os pesos das variáveis e as notas que a ideia obteve são um indicativo do grau de viabilidade de se desenvolver o novo produto/serviço.

Fica claro que se deve analisar essa ponderação relativamente à ponderação máxima que um projeto obteria caso fosse idealmente viável.

São os seguintes os fatores e as respectivas variáveis que os compõem:

1. Fatores de performance: rotação, lucro, vendas, utilização de capital, reputação. 2. Fatores de estabilidade: durabilidade de mercado, potencial de mercado, possibilidade de capturar esse

mercado, estabilidade em depressão econômica, dificuldade de copiar, posição favorável de suprimentos, volume de compras.

3. Fatores de crescimento: exclusividade, mercado em expansão, possibilidade de exportação, grau de aperfeiçoamento técnico, vendas auxiliares.

4. Fatores de assimilação: relação com a política de produto, tempo para ser estabelecido, afiliação com a empresa, adaptação e desenvolvimento, tecnologia a ser usada, provisão de assistência, contabilidade de custos, margem operacional, disponibilidade interna de material, tipos de componentes, manuseio de estoques, produtos complementares, fatores de transporte, disponibilidade de know-how.

5. Fatores de comercialização: características das vendas, relação com mercados existentes, reputação em compras semelhantes, proximidade de mercado, volume para clientes individuais, canais de vendas, organização de vendas, disponibilidade de serviço técnico, cronograma de entregas, promoção, relação com produtos de clientes, concorrência antecipada, livre de flutuações, mercado potencial.

6. Fatores de desenvolvimento: relação com o programa geral, custos de desenvolvimento, utilização de conhecimento existente, facilidade de teste, disponibilidade de pessoal, necessidade de reformulações, variação nas formulações.

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7. Fatores de produção: custo de capital, utilização de fábrica ociosa, uso equilibrado na fábrica, uso da fábrica padrão, uso de materiais familiares, uso de técnicas familiares, disponibilidade de mão de obra adequada, realocação da fábrica, quantidade produzida por turma, livre de perigos, uso das sobras e perdas.

8. Fatores legais e outros: proteção de patente, durabilidade da patente, facilidade de exportação, licença de produção, similaridade de linguagem, similaridade de aspectos legais.

Critério para atribuição de pesos: se a variável for essencial recebe peso 3, se a variável for desejável recebe peso 2, se a variável for contribuinte recebe peso 1 e se a variável for irrelevante recebe peso 0.

Critério para atribuição de notas: quando a probabilidade de a ideia perfazer plenamente a variável, significa que ela é muito boa e, portanto, recebe nota 2 positivo (+2). Quando a probabilidade for apenas razoável, portanto, boa, recebe nota 1 positivo (+1). Quando a probabilidade for fraca, recebe nota 1 negativo (-1) e quando a probabilidade for muito ruim, isto é, muito fraca, recebe nota 2 negativo (-2).

Dessa forma podemos observar que a ponderação feita por meio da soma algébrica de todos os produtos (pesos X notas) terá valores positivos e negativos que se compensarão dando uma avaliação real às ideias analisadas.

Uma vez selecionada a que obteve melhor resultado, o empreendedor continuará o processo iniciando a próxima etapa.

Veja a seguir um exemplo de análise preliminar levando em consideração lançamento, pesos e notas.

ANÁLISE PRELIMINAR: LANÇAMENTO X PESOS X NOTAS

Uma empresa automobilística está analisando a possibilidade de lançar um modelo econômico (1.0) no mercado brasileiro no ano de 2016. Um modelo está prestes a ser fabricado; contudo, alguns aspectos sobre sua viabilidade ainda estão sendo mensurados. Para tanto, a empresa decidiu utilizar a matriz lançamento x pesos x notas.

Carro X Variáveis observadas Peso Probabilidade Nota 1. Preço 3 2 6 2. Design 2 2 4 3. Consumo 3 2 6 4. Potência 2 1 2 5. Conforto 2 1 2 6. Custo de manutenção 3 2 6 7. Facilidade de assistência 2 2 4 8. Valor de revenda 2 1 2 9. Custos das novas instalações 3 1 3 10. Treinamento dos funcionários 2 2 4 11. Campanha publicitária 3 2 6 12. Dificuldade de ser copiado 2 1 2

Nota final: 47

Acesse o link ou o acervo da disciplina e saiba mais a respeito de empreendedorismo e análise preliminar!

http://tinyurl.com/ldagqtp

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FASE 3. FASE DE ANÁLISE DE NEGÓCIO

Nessa etapa, há necessidade de se projetar o volume de vendas, os possíveis lucros e de se calcular a taxa de retorno para compatibilizá-la com os alvos da empresa. Para tanto, a equipe responsável pelo desenvolvimento de novos produtos deve:

1. Solicitar da área de Pesquisa de Mercado um estudo sobre Dados Populacionais por Zonas Rural e Urbana, por faixa etária, por classe de renda, por sexo e por área geográfica e sua projeção para os próximos dez anos a partir do ano em curso.

2. Determinar o público-alvo utilizando as informações obtidas da área de pesquisa e projetá-lo para os próximos 2 ou 3 anos (pelo menos).

3. Determinar o número máximo de unidades do produto/serviço que serão consumidos/utilizados, per capita, por ano e projetá-lo para os próximos 2 ou 3 anos (se possível).

4. Determinar o mercado potencial que é obtido através do produto dos resultados dos dois itens anteriores.

5. Determinar o mercado total através dos dados de vendas de concorrentes, caso existam, e de estimativas de vendas da empresa, caso não existam, projetando-os para os próximos 2 ou 3 anos.

6. Calcular a penetração de mercado: o que é feito dividindo-se o item 5 pelo item 6 e multiplicando por 100 para se obter a informação em porcentagem.

7. Elaborar uma previsão de vendas da empresa para o novo produto para os próximos 2 ou 3 anos (se possível), levando em consideração as características de facilidade ou não de assimilação, pelo público-alvo, a partir de seu lançamento.

8. Determinar a participação de mercado da empresa dividindo-se a previsão de vendas pelo mercado total e multiplicando-se por 100 para se obter o resultado em porcentagem.

Nesse momento, vale a pena fazer uma observação:

Devemos elaborar a estimativa de vendas da empresa levando em conta o comportamento anterior de produtos semelhantes e/ou comparáveis.

As quantidades necessárias ao abastecimento dos canais de vendas devem ser acrescidas à previsão.

Devemos levar ainda em consideração a taxa de penetração no mercado potencial e as prováveis futuras entradas de concorrentes. Uma vez elaborados esses cálculos, é necessário que o empreendedor reúna-os com uma ficha técnica de especificação prévia do projeto elaborada pelo Setor de Pesquisa e Desenvolvimento (se não houver esse setor, deverá haver pelo menos um profissional responsável por essa tarefa) com a indicação de fornecedores potenciais para cada uma das matérias-primas e envie o conjunto para que sejam calculados os prováveis custos de produção, tendo por base o volume de comercialização.

Só então poderemos preparar simulações de preços e de verbas de Marketing Operacional para se ter uma ideia da viabilidade financeira do projeto, do retorno do investimento e do tempo em que se

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recuperará esse investimento. Não pode deixar de ser considerada a necessidade de máquinas e equipamentos específicos para a produção/operacionalização do projeto e seu respectivo custo.

Tendo chegado a uma avaliação positiva sobre o comportamento da lucratividade do projeto, é necessário efetuarmos um resumo das principais conclusões para se iniciar o investimento de forma concreta.

Entramos, assim, na nova etapa, que é a de desenvolvimento, que veremos na próxima aula.

Acesse o link e saiba mais a respeito da análise de negócios!

http://tinyurl.com/l7kromj

E aí, entendendo mais sobre o desenvolvimento e lançamento de novos produtos/serviços? Vimos aqui as fases exploratória, de análise preliminar e de análise de negócio. Continue estudando para desenvolver as competências e habilidades necessárias a essa área de atuação e do conhecimento. Até a próxima!

AULA 04 | FASE DE DESENVOLVIMENTO E DE LANÇAMENTO

Chegamos à última aula desta primeira Unidade de Interação e Aprendizagem (UIA). Dando seguimento ao conteúdo, agora trataremoso efetivamente das fases de desenvolvimento e de lançamento de novos produtos e serviços. Boa aula!

FASE 4. FASE DE DESENVOLVIMENTO

É a passagem de um projeto na forma de ideia para um projeto enquanto concretização de uma ideia.

De posse de todas as informações da etapa anterior o empreendedor elabora um sumário que contém:

• descrição das características do produto/serviço e benefícios para o consumidor/cliente/usuário; • dados de mercado com estimativa de mercado potencial, mercado total, taxa de penetração e

taxa de participação de mercado; • descrição do perfil do público-alvo; • resultados financeiros com especificação de investimentos em ativos fixos, em Marketing

Operacional e em Pessoal; • descrição de produtos similares já existentes no mercado; • recomendação para início do desenvolvimento.

Então, a partir de agora, o empreendedor deve se preocupar como será cuidada a imagem do produto, desde embalagem até comunicação via mídia. Em muitos casos, uma agência é contratada para executar esse serviço. Inicia-se então o Teste do Conceito.

Mas o que é isso? Teste do Conceito?

Teste do Conceito é uma pesquisa qualitativa e quantitativa junto ao público-alvo que tem por objetivo avaliar a aceitação da ideia do produto caso este venha a se tornar realidade.

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Quando o conceito for inédito, isto é, quando não há categoria de produto similar no país, levantamos informações sobre os hábitos e atitudes dos consumidores/clientes/usuários diretamente relacionados com as finalidades do produto/serviço por meio de um questionário fechado elaborado com orientação do empreendedor ou alguém responsável por essa tarefa.

Quando o conceito não for inédito, isto é, quando já existe produto similar ou de mesma categoria sendo comercializado no país, levantamos os hábitos e atitudes dos consumidores/clientes/usuários em relação aos itens similares de seu conhecimento por intermédio de um questionário também estruturado. Fornecemos a cada entrevistado, após o levantamento de hábitos e atitudes, um cartão contendo a descrição do conceito do produto/serviço da forma mais completa e objetiva possível, além das indicações de uso, tamanho de embalagem e provável preço.

É o chamado Teste de Conceito Frio, uma vez que não se prepara nenhuma peça atraente de comunicação para ser usada como instrumento de pesquisa.

TESTE DE CONCEITO FRIO

No Teste de Conceito Frio as seguintes informações são obtidas: níveis de conhecimento de produtos/serviços semelhantes e respectivas marcas; hábitos e atitudes quanto ao uso, isto é, frequência, ocasiões, pessoas que usam, finalidades de uso, quantidade usada, marcas usadas, maneira como usam, etc.

Informações quanto à compra também são levantadas, isto é, quem compra, onde compra, quanto compra, frequência de compra e quanto paga.

Levantam-se ainda hábitos e atitudes quanto às finalidades de uso do novo produto, opiniões sobre o conceito, vantagens e desvantagens e escala de intenção de compra.

TESTE DE CONCEITO ENVELOPE

O empreendedor e sua equipe podem ainda realizar um outro tipo de teste de conceito, chamado Teste de Conceito Envolvente, que é elaborado tendo por base uma peça de comunicação atraente feita pela agência de forma a salientar os benefícios do produto como se fosse um anúncio para ser publicado na mídia impressa.

O Teste de Conceito Envolvente deve incluir uma sugestão de marca ou mesmo várias sugestões para o novo produto, que também serão testadas em diferentes extratos da amostra.

A desvantagem do Teste de Conceito Envolvente, quando realizado sem anteriormente ter sido aplicado o Teste de Conceito Frio, é o fato de o produto poder vir a ser aceito pelo pesquisado não pelos seus benefícios, mas pela atratividade da peça de comunicação.

Recomendamos, assim, que ele deva ser feito somente na sequência, após a obtenção dos resultados do Teste de Conceito Frio ou, então, que não seja realizado.

O resultado do Teste de Conceito indica três cursos alternativos de ação:

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§ passar imediatamente à fase posterior; § reestruturar o conceito de acordo com as respostas e repetir o teste; § abandonar o conceito para futuras observações.

Podemos também levantar as seguintes informações adicionais: tempo de espera para efetuar a primeira compra, disposição para recomendar o produto a outras pessoas, mídia julgada mais efetiva para comunicação do produto, marca julgada mais adequada.

A escolha do curso de ação a ser seguido ao final dos dois tipos de teste de conceito será dada pelo percentual do diferencial das respostas obtidas no que diz respeito à intenção positiva de compra.

Desde que o curso de ação seja a continuidade do projeto, o empreendedor deve atualizar os dados financeiros e recomendar pela realização do teste de produto/protótipo com seu respectivo custo.

TESTE CLÍNICO

O Teste Clínico, dependendo do tipo de produto, deverá ser solicitado pela equipe responsável antes do Teste de Produto. E este último só iniciará após os resultados favoráveis do laboratório.

Caso estes resultados indiquem modificações a serem feitas os protótipos deverão ser retestados clinicamente até a obtenção de uma aprovação completa. Só então será realizado o Teste de Produto.

Em se tratando de um produto industrial, será construído um protótipo da máquina ou do equipamento em questão no próprio parque do fabricante. Depois, serão convidados engenheiros das potenciais empresas clientes para virem assistir a uma demonstração, eventualmente operarem o

equipamento e responderem a um questionário estruturado, de avaliação, sobre o desempenho desse novo produto industrial.

No caso de matérias-primas, serão enviados lotes experimentais para empresas clientes em potencial e solicitadas avaliações quanto ao desempenho em uso. No setor de Serviços, o teste se dá ao colocarmos em operação, para um grupo fechado de pessoas, o serviço ainda em desenvolvimento, de forma a realizarmos todos os ajustes necessários à sua plena execução.

TESTE DE PRODUTO

O Teste de Produto deverá ser feito sem investimento em equipamentos, isto é, com adaptações precárias a equipamentos existentes ou com similares importados, caso existam, já que não se vai investir previamente em um projeto antes de se ter comprovada a sua viabilidade.

O Teste de Produto propriamente dito aplica-se a produtos de consumo e é uma forma de avaliar o seu desempenho em condições reais de uso. O Instituto de Pesquisa (se for o caso) encarregado da execução do teste seleciona uma amostra do público-alvo, à qual serão entregues embalagens do produto a ser testado junto com um folheto explicativo das suas finalidades e ocasiões de uso.

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A cada integrante da amostra será dado o tempo suficiente para que ele possa experimentar e realmente avaliar o desempenho do produto.

São ainda levantadas, nessa primeira visita para entrega da amostra, informações e opiniões sobre o conceito do novo produto a ser testado. Não é costume haver a identificação do fabricante do produto em teste, uma vez que ela pode deturpar os resultados da análise.

Após o tempo necessário à avaliação, por parte do integrante da amostra, é feita uma nova visita, na qual são obtidas as seguintes informações: grau de satisfação com o produto; sugestões para melhorar o produto; vantagens e desvantagens; escala de intenção de compra; valorização do produto; finalidade para que foi usado o produto.

O empreendedor deve determinar, de acordo com a situação que se apresenta, o tipo de teste de produto a ser aplicado:

MONÓDICO Usado para teste de produto inédito. É testado um único produto e o entrevistado não tem opções de escolha.

DUPLA COMPARAÇÃO Utilizado quando temos duas ou mais opções do mesmo produto no que se refere à formulação, ao formato, sabor, perfume, entre outros. O entrevistado recebe duas amostras diferentes para usar e depois informar a sua experiência com cada uma delas e, ao final, responder uma bateria de perguntas onde as duas amostras são comparadas.

PROTOMONÓDICO OU

SEQUENCIAL Difere do anterior apenas na entrega das amostras que é feita em sequência. Na primeira visita, entrega-se a amostra A. Na segunda visita, levantam-se as informações correspondentes a essa amostra e entrega-se a amostra B. Na terceira e última visita, levantam-se as informações sobre o uso da amostra B e fazem-se as perguntas de comparação. Esse teste dá mais segurança aos resultados, desde que o intervalo entre a primeira e a última visita não seja muito grande. Seu custo é entre 30% e 50% superior ao de dupla comparação.

TRIANGULAR Indicado para quando se quer saber se os consumidores conseguem distinguir pequenas diferenças de formulação, sabor, perfume, cor, formato, entre outros. Nesse teste, a cada entrevistado são dadas três amostras, sendo que apenas uma é efetivamente diferente. Depois que o entrevistado usar as três amostras, pede-se que ele identifique a amostra diferente.

De posse dos resultados do Teste de Produto, o empreendedor tem, novamente, três cursos alternativos de ação:

§ recomendar o lançamento em mercado teste ou nacional; § reciclar o produto de acordo com os resultados e retestá-lo; § abandonar o produto para fazer futuras pesquisas.

TESTE DE MERCADO

O Teste de Mercado só deve ser abandonado quando o produto puder ser facilmente copiado pela concorrência ou quando não tivermos nenhuma dúvida após o Teste do Produto.

Nesse caso, a recomendação poderá ser de lançamentos por áreas geográficas, regionalmente, ou de um lançamento nacional.

Teste de Mercado é a comercialização do novo produto em uma área fechada, restrita e representativa do mercado nacional com todo o apoio de distribuição e comunicação que ele deverá ter quando for efetivamente comercializado no país.

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O empreendedor e sua equipe de desenvolvimento cadastram o novo item, finalizam a embalagem e a campanha de comunicação, escolhem a cidade (às vezes o bairro) a ser utilizada(o) como teste e preparam o treinamento da força de vendas que atende a área onde o produto será testado.

Antes de colocar o produto em uma área-teste, o empreendedor estabelece os objetivos de previsão de vendas, abastecimento de canal, primeira compra, recompra e taxa de conversão para cada tipo de composto de comunicação, quando mais de um for pré-testado.

Uma vez alcançados os objetivos estabelecidos para o teste de mercado podemos passar à última etapa de desenvolvimento de um produto novo, que é a fase de lançamento propriamente dito.

Os objetivos do Teste de Mercado podem ser avaliados da seguinte forma:

Experimentação Recompra Decisão

1ª compra 2ª e mais compras

Alta Alta Lançar nacionalmente

Alta Baixa Reprojetar ou abandonar

Baixa Alta Revisar estratégia

Baixa Baixa Abandonar

Acesse o link e saiba mais a respeito de empreendedorismo e desenvolvimento de produto!

http://tinyurl.com/kcm99ka

FASE 5. FASE DE LANÇAMENTO

O empreendedor deverá colocar o produto/serviço no mercado com todas as adaptações/aperfeiçoamentos que foram indicados no Teste de Mercado.

A sua primeira preocupação deve ser treinar a equipe de vendas e efetuar um lançamento em uma convenção festiva, sinalizando que se trata de mais uma oportunidade para a equipe alcançar melhores resultados.

O empreendedor pode também convidar os veículos de comunicação tendo elaborado previamente um kit e um press-release11 a ser entregue aos jornalistas/editores de forma a virar “notícia” junto à imprensa.

4.5 APÊNDICE: CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Com o crescimento da chamada consciência ambiental e o consequente reconhecimento da importância do desenvolvimento sustentável, abriu-se espaço para um novo tipo de empreendedor, o empreendedor do verde.

                                                                                                                         11 É o lançamento/liberação de alguma informação/produto para a imprensa.

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Este apêndice apresenta alguns casos de empreendimentos verdes de sucesso.

CONSULTORIA SOBRE REMOÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Em 1984, um jovem especialista em promoção e marketing chamado Frank Stefano viu que a coisa estava ficando preta; os aterros sanitários estavam cheios, o lixo sólido se amontoando e as pessoas estavam fartas dos depósitos de lixo perigosos. Stefano entrou em ação e criou a Environmental Waste Technology (EWT) em Newton Upper Falls, Massachussets. Desde então, ele vem aconselhando empresas e instituições comerciais, privadas e municipais.

Agora, a EWT cria centenas de projetos anualmente em toda a Nova Inglaterra. O trabalho da EWT é encontrar a melhor solução para os resíduos industriais e produtos perigosos. Ao que tudo indica, tão cedo a empresa não corre o risco da falta de projetos, problemas ou clientes. Esse é outro exemplo de como as necessidades ambientais e o espírito empreendedor podem comer na mesma lucrativa mesa.

O QUE SOBRA PARA O CERVEJEIRO DÁ LUCRO AO FAZENDEIRO

Quase tudo pode ser reciclado com pouco trabalho se um dos ingredientes for a engenhosidade humana. A empresa Anheuser-Busch possui grandes cervejarias em Jacksonville, Flórida, e em Fort Collins, Colorado. As sobras do processo de produção da cerveja, sedimentos de grãos, lúpulo, malte e outros subprodutos geralmente são considerados lixo. Entretanto, a companhia descobriu que esses restos podem ser processados e transformados em nutriente líquido e vendidos como fertilizantes.

Os resíduos da produção da cerveja são misturados com água e pó de serragem e contêm ingredientes inteiramente orgânicos, ricos em carbono, nitrogênio e nutrientes. Todos os dias são produzidas 50 toneladas de resíduos e, em vez de entulhar os aterros como antes, essa mistura agora é vendida como adubo nutriente para fazendeiros e empresas de paisagismo.

Empresas imaginativas e ambiciosas como essa sabem combinar a preocupação com o meio ambiente com inteligência empresarial. Há aproximadamente de 100 grandes cervejarias nos Estados Unidos e muitas centenas de outras pequenas e regionais. Não seria necessário muita pesquisa para saber se esse negócio ecologicamente vantajoso também tem outras vantagens econômicas.

CONQUISTANDO A BELEZA NATURAL

Há uma simpática empresa familiar em Kennebunk, no Maine, que produz cosméticos. Ali, a palavra-chave é natural. A empresa é a Tom’s of Maine, criada na década de 1960 por Tom e Kate Chappell.

Os produtos naturais que eles produzem e vendem para todos os Estados Unidos são pasta de dente (o número um em vendas), escova de dente com cerdas naturais, fio dental,

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desinfetante oral sem álcool, desodorante, xampu e creme de barbear em tubo. No processo, a Tom’s of Maine desenvolveu uma “cadeia” de lojas de venda por reembolso postal que comercializa seus produtos naturais.

A Colgate, a Crest e a Pepsodent não precisam se preocupar muito; ainda assim, a Tom’s está acumulando US$ 6,6 milhões por ano em vendas, com base no princípio de que “o natural é melhor”. O principal consumidor dos produtos Tom’s na Nova Inglaterra, Nova York, Washington (DC), Los Angeles e São Francisco (e mais virão) tem menos de 50 anos, é consciente em relação à sua saúde e tem bom nível de instrução. Em algumas partes das áreas de distribuição, a Tom’s conquistou 3,5% de mercado.

A Tom’s of Maine chegou aos 20 anos no ramo, e seus 35 ou mais funcionários e os dois felizes proprietários provaram que o pequeno empresário pode crescer e lucrar de forma favorável ao meio ambiente. E não apenas nos Estados Unidos.

FRALDAS BIODEGRADÁVEIS SÃO UM SAUDÁVEL PONTO DE PARTIDA

Os artigos de conveniência economizam tempo para as pessoas ocupadas, mas nem sempre são favoráveis ao meio ambiente. O dia em que as fraldas descartáveis foram inventadas e começaram a ser vendidas aos bilhões foi negro para os aterros. Embora muitos pais achem que as fraldas descartáveis são o máximo para os fundilhos de seus bebês, os ecologistas descobriram que, quando jogadas fora, elas são um flagelo para os depósitos de lixo.

Embora o produto possa ser usado somente por algumas horas, em um aterro escuro e profundo ele não se degrada por muitos séculos. A celulose, material atualmente usado nas fraldas, precisa ficar exposta à luz solar e ao ar para que seus componentes químicos se decomponham. Mas há uma luz no fim do túnel ambiental – o Ultrasponge. Esse produto, desenvolvido por uma companhia chamada IGI Inc., é totalmente biodegradável, pois contém uma enzima que é ativada pela umidade e, em 48 horas, começa o processo de decomposição.

Em vez de fabricar suas próprias fraldas, a IGI está oferecendo a tecnologia aos principais fabricantes, que produzem mais de US$ 3,5 bilhões em fraldas por ano. Este é um produto que merece nossa atenção. O estoque mantido pela empresa de Vineland, Nova Jersey, de tamanho modesto e com 175 empregados, já reflete essa inovação. No próximo ano, o lucro líquido da IGI sem dúvida vai subir aos céus.

DE NÁUFRAGO A MILIONÁRIO

Quando o vietnamita Thái Quang Nghiã chegou ao Brasil, em fevereiro de 1979, não entendia nem falava uma única palavra em português. Meses antes, ele fora resgatado em alto-mar no Sudeste Asiático por um navio da Petrobras. Thái decidiu fugir de sua terra natal para escapar da perseguição do governo comunista. “Falei mal do regime e fui parar no campo de concentração”, diz. Com o exílio concedido pelo Brasil, o vietnamita abrigou-se em uma favela no Rio de Janeiro. Ele partiu logo depois para São Paulo, onde viveu de pequenos bicos em várias empresas. Sua vida mudou quando recebeu algumas máquinas de costura como garantia de um

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empréstimo que não fora pago por uma colega de trabalho. Thái passou a fabricar bolsas. O negócio cresceu de tal forma que ele teve a ideia de produzir calçados a partir de pneus, semelhantes aos que eram usados pelos combatentes na Guerra do Vietnã. Thái fundou a Goóc, que produz 300 milhões de pares de sandália por ano usando 800 mil quilos de pneus velhos, principalmente de caminhões. Em 2009, o faturamento da companhia foi de 30 milhões de reais.

Acesse o link e saiba mais a respeito de lançamento de produto!

http://tinyurl.com/ke5p453

Caro(a), estudante. Finalizamos aqui a unidade. Falamos aqui dos conceitos básicos de Empreendedorismo e de mercado. Ficou com alguma dúvida? Retorne ao conteúdo ou busque esclarecimentos no Fórum de Dúvidas. Senão, passe para nossa aula seguinte. Até lá.

Você terminou o estudo desta unidade. Chegou o momento de verificar sua aprendizagem. Ficou com alguma dúvida? Retome a leitura.

Quando se sentir preparado, acesse a Verificação de Aprendizagem da unidade no menu lateral das aulas ou na sala de aula da disciplina. Fique atento, essas questões valem nota! Você terá uma única tentativa antes de receber o feedback das suas respostas, com comentários das questões que você acertou e errou.

Vamos lá?!

 

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REFERÊNCIAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Projeção da população do Brasil por sexo e idade 1980-2050. Revisão 2008. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2008. Disponível em: <http://goo.gl/7YmaiJ>. Acesso em: 18 dez. 2013.

KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

SEBRAE. Ideias de negócios: vidraçaria. Disponível em: <http://goo.gl/3X0MWe>. Acesso em: 18 dez. 2013.

GLOSSÁRIO

Checklist: lista de verificação de tarefas de uma rotina ou de itens necessários.

Edafoclimáticas: relativo aos solos e ao clima.

Empreendedorismo: pode ser conceituado como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades.

Fécula: substância pulverulenta, farinácea extraída de tubérculos e raízes e usada como alimento.

Indubitavelmente: adv. De maneira indubitável; sem dúvidas; com certeza.

Know-how: é um termo em inglês que significa literalmente "saber como".

Mercado: é o conjunto de pessoas e/ou organizações cujas necessidades podem ser satisfeitas por produtos ou serviços e que dispõem de renda para adquiri-los.

Press-release: é o lançamento/liberação de alguma informação/produto para a imprensa.

Produto Interno Bruto (PIB): representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.).

Sazonal: adj. Que faz referência às estações ou épocas determinadas do ano; característico de uma estação; estacional.

Sobremaneira: adj. De uma maneira excessiva; excessivamente. Em que há excesso; além da medida ou muito; sobremodo ou extraordinariamente.