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RELATÓRIO ANUAL 2002

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RELATÓRIO ANUAL 2002

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Um ano de superação

Em 2002, o setor avícola brasileiro conseguiu, mais

uma vez, mostrar todo o seu vigor produtivo e a sua

capacidade de superar obstáculos. No plano nacional,

enfrentou no segundo semestre o quadro desfavorável

decorrente da alta do preço do milho, mas conseguiu

manter o mercado interno plenamente abastecido. No

plano internacional, sustentou notável esforço de ven-

das e prospecção de novos mercados, fechando o ano

com mais um recorde nas exportações.

O crescimento do setor em 2002 foi de 11,6%,

situando-se, portanto, dentro da média histórica das

três últimas décadas.

O consumo de carne de frango no país subiu de

31,8 kg para 33,8 kg per capita, configurando igualmen-

te a tradicional curva de crescimento.

Já o mercado de insumos causou preocupações. A

contínua evolução dos preços do milho, especialmente

a partir do mês de setembro, levou insegurança aos pro-

dutores avícolas e reduziu drasticamente a remunera-

ção da atividade. Ainda assim, as dificuldades foram

assimiladas.

No que se refere ao mercado externo, a situação

cambial, favorável ao dólar, permitiu o incremento das

exportações. Foram exportadas 1,624 milhão de tone-

ladas de carne de frango, com evolução de 28% sobre

2001. A receita cambial atingiu US$ 1,393 milhões,

Zoé Silveira d´Avila

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com crescimento positivo de 4,5% sobre o ano ante-

rior. O Brasil manteve-se como segundo maior exporta-

dor do produto, ocupando 30% do mercado interna-

cional, e recuperou a condição de segundo maior pro-

dutor mundial.

Também as exportações totais de produtos avícolas

(carne de frango mais industrializados, carne de peru,

ovos e outros) continuaram crescendo e alcançaram o

recorde de US$ 1,5 bilhão.

Para a UBA, foi um ano de intensas atividades.

Nossa entidade participou ativamente da discussão de

temas afetos ao setor, com destaque para os aspectos

político, de sanidade avícola, tecnologia, tributação,

abastecimento de grãos e exportação. Além disso, to-

mou parte em negociações sanitárias internacionais e

promoveu encontros com parlamentares e integrantes

do Governo Federal, especialmente do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Enfim, cumpriu

com competência o seu papel de representante nacional

do setor.

Lamentavelmente, o ano não assinalou qualquer

avanço no campo tributário. A produção de alimentos

seguiu sendo fortemente tributada, o que continuou

restringindo o acesso de muitos brasileiros até mesmo à

alimentação básica. O aspecto positivo foi que, no se-

gundo semestre, o tema tributação colocou-se no cen-

tro dos debates eleitorais, permitindo supor que estará

na pauta de discussões do próximo período legislativo.

Em termos de perspectivas, a eleição do novo Pre-

sidente da República tornou-se motivo de esperança,

especialmente pelo conteúdo de algumas das principais

propostas apresentadas. A disposição já anunciada pelo

novo Governo de promover as reformas estruturais de

que o país necessita – mais especificamente a tributária,

a previdenciária, a trabalhista e a política – gera expec-

tativa otimista para o setor. No curto prazo, tal expecta-

tiva é potencializada pelo anúncio de que será empreen-

dido um esforço nacional para combater a fome, a ser

canalizado pelo Programa Fome Zero. A avicultura brasi-

leira, sem dúvida, terá uma grande contribuição a ofere-

cer nesse sentido, seja produzindo proteínas nobres de

baixo custo e alta qualidade, seja levando aos senhores

congressistas a posição unânime do setor a favor das

reformas, notadamente a tributária.

O ano de 2003 vai assinalar, também, a realização,

em outubro, do 18º Congresso Brasileiro de Avicultu-

ra, que certamente se transformará em mais um dos

grandes marcos da vitoriosa trajetória do setor.

Zoé Silveira d´Avila

Presidente da UBA

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Índice

Principais atividades da Diretoria ........................................................................................... 4

Ações no campo técnico-científico .......................................................................................... 7

Enfrentando novos desafios .................................................................................................. 11

Produção avícola ................................................................................................................... 14

Matrizes de corte ................................................................................................................... 15

Produção de pintos de corte ................................................................................................. 17

O segmento de frango de corte ............................................................................................. 20

Desempenho das exportações .............................................................................................. 29

Produtos de peru ganham espaço ........................................................................................ 35

Produção e consumo de ovos ................................................................................................ 37

Estrutiocultura mantém crescimento .................................................................................. 40

O mercado de insumos ......................................................................................................... 42

Geração de emprego ............................................................................................................. 45

Pela desoneração dos alimentos ........................................................................................... 46

Metas e objetivos para 2002 ................................................................................................ 48

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União Brasileira de Avicultura UBA

DIRETORIA – BIÊNIO 2002/2004

Presidente: Zoé Silveira d’avila

Vice-Presidente Administrativo e Financeiro Geraldo Silva Amorim

Vice-Presidente Técnico Científico Ariel Antônio Mendes

Vice-Presidente para a Região Sul Paulo D’arrigo Vellinho

Vice-Presidente para a Região Sudeste Tarcísio Franco do Amaral

Vice-Presidente para a Região Centro Oeste Uacir Bernardes

Vice-Presidente para a Região Norte/Nordeste José Alberto Costa Bessa Júnior

Conselho Consultivo Antônio Venturini

Conselho Consultivo Domingos Martins

Conselho Consultivo Heitor José Müller

Conselho Consultivo José Augusto Lima de Sá

Conselho Consultivo Edilson Araújo Santos Júnior

Conselho Consultivo Nildemar Secches

Conselho Consultivo Otávio de Carvalho

Conselho Consultivo Pedro Benur Bohrer

Conselho Consultivo Walter Fontana Filho

Diretor do Setor de Pintos de Corte José Flavio Mohalem

Diretor do Setor de Ovos Alfredo Hiroshi Onoe

Diretor do Setor de Abatedouros e Mercado Interno Oscar José Ghizzi

Diretor do Setor de Exportação e de Assuntos do Mercosul Cláudio Martins

Diretor do Setor de Avós e Matrizes João Aidar Filho

Diretor do Setor de Equipamentos Industriais Alexandre Santin

Diretor do Setor de Avestruz Celso da Costa Carrer

Conselheiro Fiscal Luís Carlos Mendes Costa

Conselheiro Fiscal Umar Said Buchalla

Conselheiro Fiscal Valter Pitol

Suplentes Adroaldo Dartora

Suplentes Gilberto Koppe

Suplentes Ivan Pupo Lauandos

Diretor Executivo Clóvis Puperi

Secretário Executivo João Tomelin

Brasília

SBN Quadra 01 – Bloco F – sobreloja, Ed. Palácio da Agricultura – CEP 70040-000 – Brasília-DF

Tels.: (61) 326-2002 – 326-6322 – Fax.: (61) 326-0951 – E-mail: [email protected] - Home Page: www.uba.org.br

São Paulo

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1912 - 12º Andar – Conj. 12-A, Jardim Paulistano - CEP 01452-922 – São Paulo-SP

Tel.: (11) 3812-7666 – Fax.: (11) 3815-5964 – E-mail: [email protected] - Home Page: www.uba.org.br

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1.REUNIÕES PLENÁRIAS,

REGIONAIS E SETORIAIS

• Em 2002, foram realizadas reuniões plenárias

bimestrais para discussão de problemas e fatos rele-

vantes de interesse da avicultura brasileira, como por

exemplo as questões relacionadas à produção, ex-

portação, qualidade da carne de aves, alojamento,

tributação, política setorial, abastecimento de mi-

lho, racionamento de energia elétrica, além de temas

associativos, mercados internos e externos.

• Para identificação e exame de problemas regionais e

nacionais, foram realizadas quatro reuniões plená-

rias regionais: no Centro-Oeste (Goiânia-GO), no

Nordeste (Recife-PE), duas no Sudeste (Belo Hori-

zonte-MG) e no Sul (Florianópolis-SC).

• A Diretoria de Avós e Matrizes reuniu-se mensalmen-

Principais atividades da Diretoria

te com as empresas produtoras de matrizes de corte e

postura, para análises de mercado de alojamento.

Além disso, participou do controle do material ge-

nético importado.

• A Diretoria de Abatedouro e Mercado Interno pro-

moveu reuniões mensais para análise e acompanha-

mento dos mercados interno e externo.

• Foi instituído o Grupo de Acompanhamento das

Tendências da Cadeia Produtiva do Frango (CIA –

Central de Informações Avícolas), coordenada pelo

Vice-Presidente da UBA, Dr. Paulo Vellinho e com

a participação das empresas avozeiras, da APINCO

e das associadas estaduais.

2. LEGISLAÇÃO

A Diretoria procedeu ao acompanhamento siste-

Reunião plenáriaregional da UBA no

Nordeste, realizada emRecife: da esquerda

para a direita,Vilmondes Olegário, daCONAB, Benedito Rosa

do Espírito Santo,Secretário de Política

Agrícola do MAPA, ZoéSilveira d´Avila,

Presidente da UBA,Edilson Araújo SantosJúnior, Presidente daAVIPE e José Nunes

de Oliveira Filho,Presidente da ANA.

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mático da tramitação de projetos no Congresso Nacio-

nal e desenvolveu ações diversas junto aos poderes

Legislativo e Executivo, a saber:

• PL-4378/1998, que “regula os relações jurídicas

entre a agroindústria e o produtor rural integra-

do”. Aprovado pela CCJ – Comissão de Constitui-

ção e Justiça da Câmara – em 10-11-2002. Será

submetido, a seguir, às comissões CAS e CAE do

Senado.

• MP-66/2002. Por intermédio do Rural Brasil (Conse-

lho Superior de Agricultura e Pecuária, do qual a UBA

faz parte), pediu-se a revogação do artigo 12 da Medi-

da Provisória, que previa “a retenção do IR do produ-

tor rural pessoa física no ato da entrega da matéria-

prima a agroindústria”. Foi conseguida a revogação.

• PL-6329/2002, que “proíbe a utilização de subs-

tâncias anabolizantes hormonais ou assemelhadas,

naturais ou sintéticas, na produção de ave e ovos

destinados ao consumo humano”. Fornecemos sub-

sídios com relação ao assunto e o projeto está

suspenso.

• PL-6665/2002 “torna não-cumulativa, nos casos

que específica, a cobrança da contribuição para os

Programas de Integração Social (PIS) e de forma-

ção do Patrimônio do Servidor Público (Pasep),

instituídos pelas Leis Complementares nº 7, de 7

de setembro de 1970, e nº 8, de 3 de dezembro de

1970, e dá outras providências”. Em conjunto com

os nossos associados e entidades do agronegócio, foi

harmonizada uma proposta única.

• Leis nº 10.637 de 30/12/02 e 9.317 de 05/12/96.

Acompanhada por outras entidades do

agronegócio, a UBA atuou junto às autoridades do

Executivo para que fosse permitido crédito presu-

mido às pessoas jurídicas que produzam mercado-

rias de origem animal ou vegetal destinada à ali-

mentação humana ou animal adquiridas por pes-

soas físicas, assim como a exclusão da incidência

da tributação do Imposto de Renda sobre o valor

da produção rural.

Na abertura da Avesui 2002, Deputado Hugo Bihel,Zoé Silveira d´Avila, Presidente da UBA, Ângela Amin,Prefeita de Florianópolis-SC, Andréa Gessullli,José Adão Braun, presidente da ABCF e OswaldoGessulli Neto.

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3. SANIDADE, QUALIDADE E

SEGURANÇA ALIMENTAR

Múltiplas ações foram implementas nessa área,

entre elas as relativas a:

1. Controle de salmonelas em plantéis de reprodu-

ção;

2. Programa de redução de patógenos;

3. Programa de vigilância ativa de newcastle e influenza

aviária;

4. Programa de controle da infuenza aviária de alta

patogenicidade;

5. Programa de boas práticas de fabricação de rações;

6. Acompanhamento de portarias e instruções

normativas para o setor de avestruz;

7. Controle da hidratação em aves congeladas e tem-

peradas;

8. Participação em eventos, representando a UBA:

8.1. I Seminário Internacional de Qualidade da Car-

ne de Aves;

8.2. Reunião do Codex Alimentarius;

8.3. Forum Latino-Americano de Segurança Sanitária

para a Avicultura;

8.4. Seminário Latino-Americano sobre Influenza

Aviária;

8.5. Encontro Módulo Sápia de Legislação e Diretivas

Internacionais no Setor Exportador de Carnes e

Derivados;

8.6. Workshop sobre influenza aviária;

8.7. 3º Congresso Brasileiro de Estrutiocultura;

8.8. VI Encontro técnico sobre avicultura de corte da

região de Descalvado.

Essas atividades se encontram detalhadas em

“Ações no Campo Técnico-Científico”.

4. AÇÕES EM OUTRAS ÁREAS

• Contatos institucionais diversos com os Ministros da

Agricultura e do Abastecimento, da Indústria, De-

senvolvimento e Comércio Exterior, Saúde e da Pre-

vidência Social e suas secretarias;

• Acompanhamento nacional das questões relaciona-

das ao abastecimento e logística do milho, com par-

ticipação em diversas reuniões com representantes

do Governo, em Brasília e em São Paulo, para dis-

cussão de soluções;

Principais atividades da Diretoria

Em evento do agronegócio, o presidente da UBA, ZoéSilveira d´Avila, e o Secretário de Agricultura do Estadode São Paulo, João Carlos Meirelles.

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• Participação em reuniões preparatórias sobre a

ALCA – Área de livre Comércio das Américas;

• Participação, como órgão integrado, do Rural Bra-

sil, que reúne as entidades do setor primário da

agropecuária nacional. O Conselho Superior de Agri-

cultura e Pecuária do Brasil, denominado Rural Bra-

sil, tem por objetivo constituir um fórum coordena-

dor de todas as entidades representativas do setor

primário, harmonizando as posições de interesse co-

mum e reforçando as de caráter específico dos seus

sub-setores. Presidido pela Confederação da Agri-

cultura e Pecuária do Brasil (CNA), é integrado pela

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),

Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Bra-

sileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), União Brasi-

leira de Avicultura (UBA) e Conselho Nacional do

Café (CNC). A congregação dessas entidades no

Rural Brasil visa fortalecer o setor rural com um

todo e dos sub-setores em particular.

• Participação em entrevista com os candidatos à Pre-

sidência da República, realizada em agosto na CNA,

dentro da proposta do Rural Brasil. Os presidenci-

áveis foram sabatinados quanto aos seus programas

de governo.

• Participação, ao lado de várias entidades do

agronegócio, da elaboração do documento “Pro-

postas e sugestões para o crescimento da produ-

ção, exportação e geração de renda e emprego no

setor agropecuário brasileiro”, com 32 páginas. O

documento foi entregue ao Presidente eleito, Luiz

Inácio Lula da Silva.

• Audiência com o Ministro da Agricultura, Pecuária e

do Abastecimento, em outubro, para pleitear a ma-

nutenção e incremento dos leilões de milho para o

RS, ES, Nordeste e outras áreas desabastecidas. Foi

também solicitada a importação pelo governo de um

milhão de toneladas de milho da China para descar-

ga e armanezamento no RS, ES e Nordeste, visando

evitar a escalada de preços desse produto e equacionar

as enormes dificuldades da avicultura dessas regiões.

• Participação, junto com a ABEF (a convite da Con-

federação Nacional da Agricultura, da Organiza-

ção das Cooperativas do Brasil e da Associação Bra-

sileira de Agribusiness, com a participação de enti-

O Presidente Zoé Silveira d´Avila discursa peranteautoridades do Executivo e do Legislativo, durante jantaroferecido pelo Rural Brasil. Á sua frente, o ex-Ministro daAgricultura, Francisco Turra, e o então futuro Ministro,Roberto Rodrigues.

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Principais atividades da Diretoria

dades nacionais ligadas ao setor), da criação de um

fórum permanente com o objetivo de articular os

esforços desenvolvidos nas diversas áreas da iniciati-

va privada para levar à OMC – Organização Mun-

dial do Comércio – as posições do setor agropecuário

e do agronegócio brasileiro;

• Participação na AEB – Associação do Comércio

Exterior do Brasil –, no Rio de Janeiro, da ENAEX,

encontro nacional dos exportadores com a partici-

pação de vários Ministros e autoridades do Gover-

no, objetivando a alavancagem, incentivo e financia-

mento das exportações brasileiras;

• Acompanhamento, junto ao Governo e a setores

interessados privados, das discussões sobre a produ-

ção e importação de grãos transgênicos;

• Atualização contínua das informações disponíveis

para os associados na homepage da UBA; produção

de respostas a questionamentos de órgãos públicos

e privados sobre a avicultura brasileira; manuten-

ção e atualização do banco de dados da avicultura

brasileira para consulta permanente;

• Edição de Relatório Anual 2001 e de folder

institucional da avicultura brasileira, para distribui-

ção aos governos federal, estadual e municipal e a

instituições não-governamentais, mostrando a im-

portância da avicultura brasileira nos aspectos eco-

nômico e social;

• Produção e divulgação de folder para o 18º Congres-

so Brasileiro de Avicultura, a realizar-se em Brasília

de 21 a 23 de outubro de 2003.

Participação da UBA,Abef e Abipecs naAvesui 2002, emFlorianópolis-SC.

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Ações no campo técnico-científico

CONTROLE DE SALMONELLAS EM

PLANTÉIS DE REPRODUÇÃO

A UBA, por intermédio do Vice-Presidente Técni-

co-científico e de seus representantes junto ao CC/PNSA

– Comitê Consultivo do Plano Nacional de Sanidade

Avícola –, desenvolveu intenso trabalho junto ao Minis-

tério da Agricultura visando a alterar a legislação no

tocante ao controle de Salmonella em plantéis de bisa-

vós, avós e matrizes, principalmente no que se relaciona

à Salmonella Enteritidis em matrizes. Nesse sentido, o

MAPA atendeu parcialmente a solicitação da UBA, per-

mitindo o tratamento de lotes de matrizes positivos para

essa enfermidade, ao invés do sacrifício. Essa e outras

alterações estão contidas na INSTRUÇÃO NOR-

MATIVA SDA nº 3, de 09-01-2002, que trata das

“Normas Técnicas para Controle e Certificação de

Núcleos e Estabelecimentos Avícolas, como Livres de

Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e livres

ou controlados para Salmonella Enteritidis e para

Salmonella Typhimurium”.

No final de 2002, foi feita nova gestão ao MAPA,

solicitando a permissão do uso de vacina inativada para

Salmonella Enteritidis, tendo em vista que o setor necessi-

ta dessa ferramenta de controle para diminuir os riscos

para o consumidor final de carne de frango e produtos

derivados. Essa prática já é adotada em vários países,

com bastante sucesso.

PROGRAMA DE REDUÇÃO

DE PATÓGENOS

No decorrer de 2002, foram realizadas várias reu-

niões da comissão criada pela UBA para a elaboração

de um programa para redução de patógenos em produ-

tos avícolas. O trabalho culminou com a definição de

um programa que foi submetido a consulta pública pelo

DIPOA/MAPA. O objetivo principal desse programa é o

de reduzir a contaminação por Salmonella em produtos

avícolas e será implementado, inicialmente, apenas no

âmbito de abatedouro. Entretanto, a UBA continuará

insistindo para que, numa segunda fase, ele seja estendido

para toda a cadeia de frangos de corte e perus.

Abertura do 1º Seminário Internacional de Qualidade deCarnes de Aves, em Florianópolis-SC. Da esquerda paraa direita, Deputado Odacir Zonta, Zoé Silveira d´Avila,Presidente da UBA, Otto Luiz Kiehn, Secretário deAgricultura do Estado de Santa Catarina e CláudioMartins, da Abef/UBA.

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PROGRAMA DE VIGILÂNCIA ATIVA DE

NEWCASTLE E INFLUENZA AVIÁRIA

A UBA participou ativamente da elaboração da

Instrução Normativa nº 32, de 13-05-02, que trata das

Normas Técnicas de Vigilância para Doença de

Newcastle e Influenza Viária, e de Controle e

Erradicação da Doença de Necastle. Tem participado,

também, do programa de monitoramento que vem sen-

do executado pelo Ministério da Agricultura visando a

declarar o país livre de Influenza Aviária e livre de Doença

de Newcastle em zonas de criação industrial de frangos

de corte. No momento, o MAPA está concluindo a pri-

meira etapa do programa, sendo que a segunda deverá

ser iniciada nos próximos meses.

PROGRAMA DE CONTROLE DA

INFLUENZA AVIÁRIA DE ALTA

PATOGENICIDADE

Com o aparecimento de surtos de Influenza Aviária

nos Estados Unidos e no Chile, em 2002, foram reali-

zados vários contatos, pessoais e por ofícios, com o

Ministério da Agricultura, a fim de solicitar medidas

para prevenir a entrada dessa enfermidade no país. Em

reunião do Comitê Consultivo do Plano Nacional de

Sanidade Avícola, realizada no Ministério da Agricultu-

ra, em Brasília, as solicitações e sugestões da UBA foram

analisadas, culminando com a adoção de medidas

Ações no campo técnico-científico

emergenciais de prevenção e com a realização de um

workshop sobre Influenza Aviária, patrocinado pelo

MAPA, UBA e ABEF, e realizado em Campinas, nos

dias 16 e 17 de outubro de 2002. O evento contou com

a participação de cerca de 180 técnicos do Ministério da

Agricultura, das Secretarias de Agricultura dos Esta-

dos, do Ministério da Saúde e da iniciativa privada.

PROGRAMA DE BOAS PRÁTICAS DE

FABRICAÇÃO DE RAÇÕES

O Vice-Presidente Técnico-Científico da UBA par-

ticipou de várias reuniões realizadas no Sindirações, com

o objetivo de elaborar um manual de Boas Práticas de

Fabricação de Rações. O trabalho foi encaminhado ao

setor competente do Ministério da Agricultura, que não

o aceitou na totalidade mas colocou em consulta públi-

ca uma versão elaborada pelo próprio Ministério, con-

forme consta da Portaria SARC nº 05, de 03-04-02,

que trata do Regulamento Técnico sobre as Condições

Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabrica-

ção para Estabelecimentos Produtores/Industriali-

zadores de Alimentos para Animais.

ACOMPANHAMENTO DE PORTARIAS E

INSTRUÇÕES NORMATIVAS PARA O

SETOR DE AVESTRUZ

No decorrer de 2002, foram enviadas várias cor-

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respondências ao Ministério da Agricultura solicitando

maior rigor nos critérios para importação e quarentena

de avestruzes, bem como com sugestões sobre Instruções

Normativas colocadas em consulta pública como, por

exemplo, a Instrução Normativa nº 44, de 24-7-02,

que trata da importação de avestruzes de um dia e do

registro de quarentenários. Também a Portaria conjun-

ta nº 2, de 19-11-02, que encontra-se em consulta públi-

ca e que trata do Regulamento Técnico para Registro,

Fiscalização e Controle Sanitário de Estabelecimentos

de Incubação, de Criação e de Alojamento de Ratitas,

teve o acompanhamento da Vice-Presidência Técnico-

Científica e dos membros do CC/PNSA.. O regulamen-

to, quando aprovado, atenderá uma reivindicação an-

tiga do setor no sentido de normatizar a criação de aves-

truzes no país, evitando eventuais riscos para a avicultu-

ra industrial.

CONTROLE DE HIDRATAÇÃO EM AVES

CONGELADAS E TEMPERADAS

A Presidência da UBA, com acompanhamento da

Vice-Presidência Técnico-Científica, empreendeu várias

iniciativas junto ao Ministério da Agricultura e ao pró-

prio setor produtivo, tendo em vista coibir o excesso de

hidratação em aves congeladas e comercializadas como

“levemente temperadas”. Mais recentemente, o MAPA

colocou em consulta pública a Portaria SDA nº 25, de

09-07-02, que trata do Regulamento Técnico de Identi-

dade e Qualidade de Ave Temperada, sendo que o as-

sunto ainda em tramitação no âmbito do Ministério.

ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

A UBA, juntamente com a ABEF e a empresa

Gessulli Agribusiness, organizou, no período de 8 a 9-

05-02, o 1º Seminário Internacional de Qualidade da Car-

ne de Aves, em Florianópolis-SC, que contou com a par-

ticipação de cerca de 200 pessoas.

Em 25 e 26-09-02, foi realizado pela FACTA, em

Campinas o 1º Simpósio de Postura, que contou com o

apoio formal da UBA e da APA – Associação Paulista

de Avicultura.

CRIAÇÃO DE COMITÊS ASSESSORES

Com o objetivo de agilizar a tomada de decisões

técnicas e assessorar o Conselho Técnico da UBA e a

Vice-Presidência Técnico-Científica, foi dado início à

criação de Comitês Assessores. Em dezembro, foi criado

Abertura de semináriosobre InfluenzaAviária, em Campinas-SP. Da esquerda paraa direita, CláudioMartins, da Abef/UBA,Zoé Silveira d´Avila,Presidente da UBA,Márcio Fortes deAlmeida, SecretárioExecutivo do MAPA,Rui Vargas, do DIPOAe Ariel Mendes,Diretor Técnico-Científico da UBA.

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o Comitê de Avós e Matrizes, estando prevista para o

início de 2003 a formalização de mais quatro Comitês:

1) Abate e Processamento; 2) Sanidade; 3) Nutrição e

4) Postura Comercial.

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

O Vice-Presidente Técnico-Científico participou de

vários eventos no decorrer do ano, sendo que, em al-

guns deles, o fez como em representação formal da UBA

ou da ALA, como nos abaixo relacionados:

Seminário Internacional de Qualidade da Carne

de Aves

Nos dias 8 e 9-05-02, coordenou os trabalhos desse

Seminário, realizado em Florianópolis-SC e organizado

pela UBA, juntamente com a ABEF e a Gessulli

Agribusiness;.

Reunião do Codex Alimentarius

No período de 17 a 20-06-02, participou, como

delegado da Associação Latino-Americana de Avicultu-

ra – ALA, da 3ª Reunião do Grupo de Ação Intergover-

namental Especial do Codex Alimentarius sobre alimen-

tação animal, realizada em Copenhagen, Dinamarca.

Fórum Latino-Americano de Segurança Sanitá-

ria para a Avicultura

Em 9-08-02, participou como debatedor nesse

Fórum, realizado na cidade de Santa Cruz de la Sierra,

Bolívia, e promovido pela Associação dos Médicos Vete-

rinários Especialistas em Aves – AMEVEA. O evento

teve como foco a discussão de programas sanitários dos

países do continente, Brasil inclusive, e sobre medidas de

prevenção das doenças de Newcastle e Influenza Aviária.

Além de debatedor, fez o encerramento formal do even-

to, na qualidade de Coordenador do Comitê de Sani-

dade Avícola, da ALA.

Seminário Latino-Americano sobre Influenza

Aviária

Em 2-10-02, coordenou os trabalhos desse Semi-

nário, realizado em Havana, Cuba, organizado pelo Co-

mitê de Sanidade Avícola da ALA.

Encontro Módulo Sapia de Legislação e Diretivas

Internacionais no Setor de Exportador de Carnes e

Derivados

Em 10-10-02, apresentou palestra intitulada “Atu-

ação da Indústria” no evento, promovido pelo Sistema

de Aperfeiçomento da Indústria de Alimentos, SAPIA,

em São Paulo.

Workshop sobre Influenza Aviária

Em 16 e 17-10-02, coordenou os trabalhos do

Ações no campo técnico-científico

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workshop sobre Influenza Aviária, apresentando palestra

intitulada “Distribuição Geográfica e Vulnerabilidades

Estruturais e Sanitárias da Avicultura Brasileira”. O even-

to foi realizado em Campinas – SP, em promoção con-

junta do Ministério da Agricultura, UBA e ABEF.

3º Congresso Brasileiro de Estrutiocultura

No período de 22 a 24-11-02, participou do 3º

Congresso Brasileiro de Estrutiocultura, realizado em

Brasília-DF, e promovido pela ACAB – Associação dos

Criadores de Avestruz do Brasil, tendo representado a

UBA na solenidade de abertura e participado também,

como debatedor, do painel intitulado “Regulamenta-

ção do Setor no Brasil”.

VI Encontro Técnico sobre Avicultura de Corte

da Região de Descalvado

Representou a UBA na cerimônia de abertura do

encontro, realizado em Descalvado-SP, em 27-11-02,

promovido pelo Centro Avançado de Pesquisa

Tecnológica do Agronegócio Avícola, da Secretaria da

Agricultura do Estado de São Paulo.

PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DO

COMITÊ DE SANIDADE AVÍCOLA DA ALA

No decorrer do ano de 2002, o Vice-Presidente

Técnico-Científico da UBA participou de quatro reu-

niões do Comitê, criado em 2001 e, desde então, coor-

denado pela UBA, por meio do Professor Ariel Anto-

nio Mendes. As reuniões realizadas em 2002 foram:

17-01-02, em Atlanta, Estados Unidos;

09-05-02, em Florianópolis-SC, Brasil;

09-08-02, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia;

03-10-02, em Havana, Cuba.

PARTICIPAÇÃO DA UBA NO CODEX

ALIMENTARIUS

O Codex Alimentarius é um órgão da FAO – Orga-

nização das Nações Unidas para a Agricultura e Ali-

mentação e da OMS – Organização Mundial da Saúde.

Foi criado em 1963 com o objetivo de elaborar normas

sobre a inocuidade e qualidade dos alimentos, a fim de

proteger os consumidores e disciplinar o comércio inter-

nacional de alimentos. O Codex está constituído por uma

Comissão central e por vários Comitês, que podem ser

Comitês de Assuntos Gerais e Comitês por Produto.

Os Comitês sobre Assuntos Gerais, também cha-

mados de Comitês Horizontais, são nove e cada um

deles é coordenado por um país, a saber:

• Comitê sobre Princípios Gerais (França);

• Comitê sobre Rotulagem (Canadá);

• Comitê sobre Métodos de Análises e Coleta de Amos-

tras (Hungria);

• Comitê sobre Higiene dos Alimentos (Estados Uni-

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Ações no campo técnico-científico

dos);

• Comitê sobre Resíduos de Praguicidas (Holanda);

• Comitê sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes

(Holanda);

• Comitê sobre Sistemas de Inspeção e Certificação

das Importações e Exportações (Austrália);

• Comitê sobre Nutrição e Alimentos para Regimes

Especiais (Alemanha);

• Comitê de Resíduos de Medicamentos Veterinários

nos Alimentos (Estados Unidos).

Os Comitês de Produtos estão encarregados de ela-

borar normas para determinados alimentos ou grupos

de alimentos. São em número de 13, sendo que os de

interesse do setor avícola são o Comitê sobre Gorduras

e Azeites (Reino Unido), Comitê sobre Produtos

Cárneos Elaborados (Dinamarca) e Comitê de Higiene

da Carne (Nova Zelândia).

A UBA tem participado de alguns Grupos de Tra-

balho e das reuniões preparatórias realizadas pelo

INMETRO em Brasília, sendo representada geralmente

pelo Vice-Presidente Técnico Científico, pelo Diretor

Executivo e por técnicos das empresas associadas, espe-

cialmente convidados.

A UBA também participou da 3ª Reunião do Gru-

po de Ação Intergovernamental Especial sobre Alimen-

tação Animal, realizada em junho de 2002 na Dina-

marca, da 35ª Reunião do Comitê sobre Higiene dos

Alimentos realizada em Orlando, Estados Unidos. Par-

ticipará também da 14ª Reunião do Comitê sobre Resí-

duos de Medicamentos Veterinários nos Alimentos, que

se realizará no período de 4 a 7 de março de 2003, em

Washington, Estados Unidos e da 4ª Reunião do Gru-

po de Ação Intergovernamental Especial sobre Alimen-

tação Animal que será realizada em Copenhagen, Dina-

marca, no período de 25 a 28 de março de 2003.

Como o Brasil é grande exportador de carnes e de

outros produtos agropecuários, a UBA considera fun-

damental que os setores produtivos brasileiros estejam

atentos às decisões tomadas pelo Codex, uma vez que,

após aprovadas, elas afetam diretamente o comércio

internacional desses produtos. Embora o Brasil venha

participando efetivamente das reuniões dos diferentes

Comitês, é imprescindível que o setor privado também

dê sua colaboração nesse processo.

No caso da avicultura, especificamente, o caminho

aberto pela UBA, através da ALA, deve receber uma

atenção especial do setor avícola e dos setores correlatos,

como por exemplo, setor de produção de rações e setor

de produção de medicamentos veterinários. Do contrá-

rio, poderão surgir surpresas com decisões que poderão

ser usadas como barreiras para os produtos brasileiros

no mercado internacional.

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Participação no Rural Brasil

Em agosto, a UBA participou de um momento

importante da vida do setor agropecuário brasileiro, o

da criação do Conselho Superior de Agricultura e Pecu-

ária do Brasil, logo conhecido como Rural Brasil. Na

qualidade de representante do setor avícola, a UBA tor-

nou-se uma de suas fundadoras, ao lado da Sociedade

Rural Brasileira (SRB), Organização das Cooperativas

do Brasil (OCB), Associação Brasileira dos Criadores de

Zebu (ABCZ) e Conselho Nacional do Café, além da

Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do

Brasil (CNA), que exerce sua presidência e coordenação.

O Rural Brasil foi criado com a finalidade de har-

monizar posições e buscar consenso nas áreas de maior

interesse do setor, como por exemplo comércio interna-

cional, legislação ambiental, trabalhista, previdenciária,

tributária e fundiária etc.. Com o Conselho, as diversas

entidades representativas dos segmentos que compõem

o setor agropecuário brasileiro passaram a harmonizar

suas ações e posições face a essas grandes questões que

afetam o setor primário da economia. Na definição do

presidente do Conselho e da CNA, Antônio de Salvo,

autor do convite para que a UBA participasse do Rural

Brasil, a proposta é “unificar as ações e o discurso entre

os setores civil, sindical e cooperativo” da agropecuária.

Segundo ele, é fundamental que os países que navegam

no comércio mundial, cada dia mais complexo, tenham

posições firmes, coerentes e harmonizadas em todos os

setores. Segue-se que, por este motivo, é preciso que o

Brasil tenha, também, a sua organização centralizada,

para emitir opiniões de forma consistente. Daí a impor-

tância do Rural Brasil e da presença do setor avícola no

Conselho.

“A avicultura é um dos nossos setores mais impor-

tantes. Geramos montanhas de dólares de exportação e

o horizonte é infinito. Podemos e devemos continuar a

crescer. Dentro do Rural Brasil – Conselho Superior

da Agricultura e Pecuária do Brasil – que é esta cabeça da

agricultura brasileira, o lugar onde todos se encontram, a

UBA se constitui numa peça fundamental, pela sua

capilaridade, pela sua importância econômica e pelo seu

potencial de crescimento”, afirma Antônio de Salvo.

Uma das primeiras iniciativas tomadas pelo Rural

Brasil foi convidar os então candidatos à Presidência da

Reunião do Rural Brasil, dirigida por Antônio Ernesto deSalvo, Presidente da CNA, com a presença de líderesdo agronegócio.

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República para debater os problemas da agropecuária.

Em encontros na CNA, em Brasília, aos quais a UBA

esteve presente, os candidatos desenvolveram análises e

apresentaram suas propostas para o setor. Os debates

certamente contribuíram para aclarar as posições de

lado a lado, e para proporcionar aos candidatos uma

visão mais nítida dos diversos segmentos que compõem

o setor mais competitivo da economia brasileira, aliás o

único a manter, ano após ano, superávit na relação de

comércio internacional.

O Conselho também cuidou de definir, harmoni-

zar e divulgar as posições do setor agropecuário brasilei-

ro face ao atual momento político e econômico, tendo

em conta principalmente a instalação do novo governo

e a formulação dos principais projetos que poderão vir

a ser apresentados ao Congresso Nacional, entre eles os

relativos às reformas estruturais e, dentre estas, as refor-

mas tributária e previdenciária.

Participação no Rural Brasil