14
Um sistema de categorias de habilidades sociais educativas Zilda Aparecida Pereira Del Prette Almir Del Prette Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil Resumo: Este estudo apresenta um Sistema de Habilidades Sociais Educativas (SHSE), com classes e subclasses aplicáveis à tarefa de pais, professores e demais pessoas comprometidas com a promoção do desenvolvimento e aprendizagem do outro. A elaboração do SHSE iniciou-se com a análise da literatura, a definição funcional de habilidades sociais educativas e uma primeira proposta de classes e subclasses, sucessivamente testadas e aperfeiçoadas em estudos empíricos de observação direta. Como resultado, apresenta-se a versão atual do SHSE, com definições, exemplos e indicadores de viabilidade e confiabilidade. São discutidas algumas questões e enca- minhamentos de pesquisa para estudos futuros nessa temática. Palavras-chave: Habilidades sociais. Relações pais-criança. Relações mãe-criança. Interação professor-aluno. Desenvolvimento infantil. A classification system of educative social skills Abstract: This study presents a System of Educative Social Skills (SESS), with classes and subclasses suitable to the task of parents, teachers and any person committed with the promotion of development and learning. The elaboration of SESS initiated with a literature analysis, definition of educative social skills, and an initial proposal of its classes and subclasses, successively tested and improved through empirical studies by direct observation. As the result, the SESS current version is presented, with definitions, examples and viability and reliability indicators. Some issues and research suggestions for further research are discussed. Keywords: Social skills. Parent child relations. Mother child relations. Teacher student interaction. Childhood development. Un sistema de categorías de habilidades sociales educativas Resumen: Este estudio presenta un Sistema de Habilidades Sociales Educativas (SHSE), con clases y subclases aplicables a la tarea de los padres, maestros y cualquier persona comprometida con la promoción del desarrollo y aprendizaje del otro. La elaboración del SHSE empezó con el análisis de la literatura, la definición funcional de habilidades sociales educativas y una primera propuesta de clases y subclases, consecutivamente probada y mejorada en estudios empíricos de observación directa. Como resultado, presentase el SHSE, con definiciones, ejemplos e indicado- res de viabilidad y confiabilidad. Si discuten algunas cuestiones y direcciones de la investigación para futuros estudios. Palabras claves: Habilidades sociales. Relaciones padres-niños. Relaciones madre-niño. Interacción profesor-estudiante. Desarrollo infantil. Disponível em www.scielo.br/paideia

Um Sistema de Categorias de Habilidades Sociais Educativas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

TCC

Citation preview

  • Um sistema de categorias de habilidades sociais educativasZilda Aparecida Pereira Del Prette

    Almir Del PretteUniversidade Federal de So Carlos, So Carlos-SP, Brasil

    Resumo: Este estudo apresenta um Sistema de Habilidades Sociais Educativas (SHSE), comclasses e subclasses aplicveis tarefa de pais, professores e demais pessoas comprometidascom a promoo do desenvolvimento e aprendizagem do outro. A elaborao do SHSE iniciou-secom a anlise da literatura, a definio funcional de habilidades sociais educativas e uma primeiraproposta de classes e subclasses, sucessivamente testadas e aperfeioadas em estudos empricosde observao direta. Como resultado, apresenta-se a verso atual do SHSE, com definies,exemplos e indicadores de viabilidade e confiabilidade. So discutidas algumas questes e enca-minhamentos de pesquisa para estudos futuros nessa temtica.

    Palavras-chave: Habilidades sociais. Relaes pais-criana. Relaes me-criana. Interaoprofessor-aluno. Desenvolvimento infantil.

    A classification system of educative social skillsAbstract: This study presents a System of Educative Social Skills (SESS), with classes andsubclasses suitable to the task of parents, teachers and any person committed with the promotionof development and learning. The elaboration of SESS initiated with a literature analysis, definitionof educative social skills, and an initial proposal of its classes and subclasses, successively testedand improved through empirical studies by direct observation. As the result, the SESS currentversion is presented, with definitions, examples and viability and reliability indicators. Some issuesand research suggestions for further research are discussed.

    Keywords: Social skills. Parent child relations. Mother child relations. Teacher student interaction.Childhood development.

    Un sistema de categoras de habilidades sociales educativasResumen: Este estudio presenta un Sistema de Habilidades Sociales Educativas (SHSE), conclases y subclases aplicables a la tarea de los padres, maestros y cualquier persona comprometidacon la promocin del desarrollo y aprendizaje del otro. La elaboracin del SHSE empez con elanlisis de la literatura, la definicin funcional de habilidades sociales educativas y una primerapropuesta de clases y subclases, consecutivamente probada y mejorada en estudios empricos deobservacin directa. Como resultado, presentase el SHSE, con definiciones, ejemplos e indicado-res de viabilidad y confiabilidad. Si discuten algunas cuestiones y direcciones de la investigacinpara futuros estudios.

    Palabras claves: Habilidades sociales. Relaciones padres-nios. Relaciones madre-nio.Interaccin profesor-estudiante. Desarrollo infantil.

    Disponvel em www.scielo.br/paideia

  • 518

    Os comportamentos que ocorrem nas interaessociais podem ser agrupados, grosso modo, em duasclasses amplas: os anti-sociais e as habilidades sociais.Os anti-sociais incluem os diversos tipos de compor-tamentos agressivos, tanto verbais (que vo das ame-aas e xingamentos at as ironias) como fsicos (tapas,socos, pontaps e o uso de instrumentos para ferir) epodem, com alta probabilidade, comprometer a quali-dade das relaes interpessoais. Habilidades sociais a denominao dada s diferentes classes de com-portamentos sociais, disponveis no repertrio de umapessoa, que contribuem para a qualidade e aefetividade das interaes que ela estabelece com asdemais (Del Prette & Del Prette, 2001).

    Funcionalmente, as habilidades sociais se defi-nem pela relao entre as instncias de respostasobservveis em episdios de interao social e osantecedentes (demandas ou estmulos discriminativos)e conseqentes (observados ou inferidos como pro-vveis a curto e/ou mdio prazo) associados a essasrespostas. Alm da funo, tambm a forma da res-posta importante para caracteriz-la como habili-dade social. A diversidade de combinaes entre ascaractersticas formais e funcionais de determinadasrespostas sociais, caracteriza um amplo conjunto declasses de comportamento que podem ser classificadascomo: habilidades sociais de comunicao, deassertividade, empticas, de soluo de problemasinterpessoais, dentre outras. Cada uma dessas clas-ses geralmente composta por subclasses, como porexemplo, perguntar, responder, concordar, discordar,instruir, questionar.

    As habilidades sociais possuem especificidadesituacional-cultural (Del Prette & Del Prette, 2005a,2005b), ou seja, alguns comportamentos podem con-tribuir para a competncia social em um contextosituacional ou cultural, mas no em outro, em fun-o de valores e regras prprios de determinadacultura ou subcultura. O reconhecimento dessaespecificidade tem levado os estudiosos a vrias ten-tativas de organizar sistemas taxonmicos de classesde habilidades de maior ou menor abrangncia.

    Historicamente, Argyle (1967/1994, 1980) foi oprimeiro estudioso a propor um rol de classes esubclasses de habilidades sociais como forma de en-caminhar a investigao e anlise de comportamentos

    sociais. Posteriormente outras tentativas foram fei-tas (Caballo, 1993; Caldarella & Merrell, 1997;Gresham & Elliott, 1990), inclusive no Brasil (DelPrette & Del Prette, 2001, 2005a, 2005b; Falcone,2001). Uma anlise dos estudos que propem umataxonomia de habilidades sociais permite identificarpelo menos trs eixos sob os quais elas podem seragrupadas: (a) etapas do desenvolvimento; (b) pa-pis sociais; (c) tarefas especficas. Cada um desseseixos pressupe um foco diferente na anlise do ca-rter situacional/cultural das habilidades sociais.

    Com relao s etapas do desenvolvimento,podem ser citados os estudos sobre habilidades sociaisna infncia e adolescncia (Caldarella & Merrell,1997; Cox & Schopler, 1995; Del Prette & Del Prette,2005b; Gresham & Elliott, 1990; Merrell & Gimpel,1998), na vida adulta (Caballo, 1993; Hargie, Saunders,& Dickson, 1994) e na terceira idade (Carneiro &Falcone, 2004; Carneiro, Falcone, Clark, Del Prette,& Del Prette, 2006; Segal, 2005).

    No eixo de papis sociais, podem ser identifi-cados os estudos sobre habilidades sociais conjugais(Flora & Segrin, 1999; Gottman & Rushe, 1995; Villa,2005), profissionais (Argyle, 1980; Cournoyer, 2008;Del Prette & Del Prette, 2001; Vila, 2005), educativas(Argyle, 1980, 1994; Del Prette & Del Prette, 2001,2005b, no prelo), parentais, que incluem as educativas(Bolsoni-Silva, Brando, Versuti-Stoque, & Rosin-Pinola, 2008; Pinheiro, Haase, Del Prette, Amarante,& Del Prette, 2006; Silva, Del Prette, & Oishi, 2003),entre outros.

    O terceiro eixo tem como foco as diferentestarefas interativas, como proposto por McFall (1982),podendo-se ilustrar com estudos voltados para a iden-tificao das habilidades sociais acadmicas (Agostin& Bain, 1997; Caprara, Barbaranelli, Pastorelli,Bandura, & Zimbardo, 2000; Crews, Bender,Gresham, Kern, Vanderwood, & Cook, 2007; DelPrette & Del Prette, 2005a, 2005b; DiPerna & Elliott,2002; Gresham, 1992; Malecki & Elliott, 2002), denegociao, resoluo de problemas, fazer amizades,dentre outras (Bedell & Lennox, 1997; Borges, 2007;Caballo, 1993; Del Prette & Del Prette, 2001, 2005a,2005b; Hagar, Goldstein, & Brooks, 2006).

    Ainda que algumas classes possam ser relevan-tes em todos esses eixos, outras podem ser crticas

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

  • 519

    para alguns deles. Por exemplo, a classe expressarsentimentos positivos pode ser relevante para os trseixos, porm, certamente crtica em determinadasetapas do desenvolvimento, por exemplo, na adoles-cncia, e no exerccio de determinados papis, comoos de pai e me, ou tarefas como a de fazer amiza-des. Portanto, estudos de caracterizao das habili-dades sociais relevantes para diferentes contextossituacionais e culturais podem oferecer subsdios pesquisa e atuao nessa rea, enquanto refern-cia para a identificao dos dficits e recursoscomportamentais associados a determinadas tarefasinterativas, a certos segmentos populacionais e aoexerccio de determinados papis.

    O presente estudo se orienta por essa pers-pectiva, focalizando especificamente o que tem sidochamado de habilidades sociais educativas (HSE).Tem como objetivo apresentar um sistema de classese subclasses com definies e exemplos aplicveiss interaes prprias da tarefa educativa de pais,professores e demais pessoas comprometidas comprocessos de promoo do desenvolvimento e daaprendizagem. Inicialmente so explicitadas algumasquestes educacionais que permeiam as discussesatuais sobre o papel da escola e da famlia no de-senvolvimento socioemocional das crianas, segui-da por uma seo de definio do conceito de HSE.Na seo Mtodo, apresenta-se uma breve descri-o do processo de formulao conceitual e dos su-cessivos refinamentos do Sistema de HabilidadesSociais Educativas (SHSE) baseado em estudosempricos. Na seo Resultados, apresenta-se a ver-so atual do sistema, entendido como um aberto anovos ajustes e refinamentos. Ao final, discute-se suaaplicabilidade e algumas questes de encaminhamentopara pesquisas futuras.

    Contextos e desafios da tarefa educativaA tarefa educativa pode ocorrer em contextos

    diversificados e sob a responsabilidade de diferentespessoas, cuja principal caracterstica seria, portanto,o exerccio de um papel socialmente atribudo (pais,professores, mdicos, assistentes sociais, gerentes emorganizaes, dentre outros) ou auto-atribudo de pro-mover a aprendizagem e o desenvolvimento de ou-tras pessoas (educadores de rua, lderes religiosos,

    sindicais, comunitrios, dentre outros). Aqueles querealizam essas tarefas esto sendo aqui designadoscomo agentes educativos, termo aplicado a qual-quer pessoa que promove, de maneira regular ouocasional, o processo de aprendizagem e/ou desen-volvimento de outras (Del Prette & Del Prette,2000b, 2008).

    No caso dos pais, pode-se observar que emfuno de diferentes contingncias de vida, alguns setornam melhor preparados, contribuindo diferentementepara a sade, o desenvolvimento e o ajustamento deseus filhos, tanto no ambiente domstico como emoutros ambientes (Cia, Pamplin, & Del Prette, 2006).Uma parcela, no entanto, apresenta visvel falta depreparo para essa tarefa (Haase, Kppler, &Schaefer, 2000), inclusive em relao aos filhos queno apresentam caractersticas problemticas.

    A falta de preparo dos pais, que se expressageralmente em dficits de habilidades sociaisrequeridas no processo de educao dos filhos, podeestar associada a algumas dificuldades bastante co-muns dos dias atuais, como:

    (1) prticas educativas inefetivas, inconsistentesou ritualizadas, sem monitoramento ou commonitoria descontnua e/ou autoritria (Gomide,2003), quase sempre justificadas pela restrio detempo, questionamento da autoridade parentalpelos filhos ou influncia negativa da mdia (TV,cinema, jogos, revistas, internet, dentre outros.);(2) tendncia dos cnjuges a reproduzirem o pa-dro de relacionamento e de educao dos pr-prios pais (Biasoli-Alves, 1997), mesmo quandoapresentam crticas a ele;(3) falta de planejamento da tarefa educativa, queacaba ficando sob controle incidental de contin-gncias momentneas da relao com os filhosou o cumprimento de normas por apenas um doscnjuges.

    No contexto escolar, tambm se pode observarprofessores bem e mal preparados para promover aaprendizagem dos alunos e, portanto, respectivamentecontribuindo para ou restringindo a consecuo dafuno social da escola, em seu compromisso com odesenvolvimento da criana e do adolescente (DelPrette & Del Prette, 2005b; Dessen & Apolnia, 2007).

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

  • 520

    Sem ignorar a diversidade de fatores que podem estarenvolvidos no sucesso ou insucesso desses agenteseducativos, um que vem sendo considerado comorelevante o repertrio de habilidades sociaiseducativas. Alm disso, conforme referido em outrostrabalhos (Del Prette & Del Prette, 2005b, 2008, noprelo), a atual poltica de incluso de crianas comnecessidades educativas especiais no ensino regularamplia os desafios da tarefa educativa, requerendonovas habilidades sociais do professor, entre as quaisa de lidar com uma diversidade maior de repertriodas crianas e a de facilitar ou promover processo deincluso.

    Habilidades sociais educativas e agenteseducativos

    Considerando-se especificamente a tarefaeducativa, Argyle (1980) foi o primeiro a referir-se ahabilidades sociais prprias do processo formal de en-sino nas relaes professor-aluno. Tomando as tare-fas interativas do professor em sala de aula em termosde habilidades sociais, ele destacou trs classes queseriam especficas atividade de ensinar: suscitar amotivao, manter a disciplina e transmitir infor-maes, conhecimentos ou habilidades. Em outraspalavras, a competncia tcnica do professor inclui,alm de outros requisitos (Del Prette & Del Prette,2003b), um conjunto de habilidades interpessoaisrequeridas nas interaes educativas com os alunos.

    Tendo como base a proposta de Argyle, pro-ps-se o conceito de habilidades sociais educativas(Del Prette & Del Prette, 2001), aplicvel no so-mente s relaes professor-aluno, mas tambm aoutros contextos formais (por exemplo, os programasde treinamento em servio nas organizaes) e infor-mais (relaes pais-filhos e grupos comunitrios).Dada essa amplitude, as habilidades sociais educativas(HSE) foram genericamente definidas como: aque-las intencionalmente voltadas para a promoo do de-senvolvimento e da aprendizagem do outro, emsituao formal ou informal (Del Prette & Del Prette,2001, p. 94).

    Essa definio basicamente funcional: as ha-bilidades sociais so chamadas de educativas em fun-o dos efeitos que produzem ou da probabilidade degerarem mudanas no repertrio comportamental dos

    educandos, caracterizando um processo que deve serrealimentado por esses efeitos. Portanto, importanteressaltar que no basta a atribuio social do papelde educador e a emisso de determinados comporta-mentos, ainda que alguns possam ter maior probabi-lidade de serem efetivos: a ao educativa implica emavaliao e monitoramento dos efeitos desses com-portamentos sobre o educando. Por exemplo, paracaracterizar uma ao, uma instruo como educativa, necessrio verificar se o educando aprendeu.

    Ainda que no contemplada explicitamente nadefinio, a efetividade de desempenhos sociais ca-racterizadas como HSE supe o uso apropriado decomponentes no-verbais (gestos, expresses faciaise corporais) e paralingsticos (volume e forma dafala, clareza, fluncia, nfase, dentre outros), confor-me definidos em Del Prette e Del Prette (2005a).Parece consensual, no campo das habilidades sociais,a noo de que pequenas alteraes na topografia deum desempenho podem alterar sua efetividade nainterao social. Esse o caso de entonaes dife-renciadas do comportamento de fazer uma crtica ouum pedido, que podem gerar diferentes formas deaceitao e atendimento (por exemplo, entusiasmo,adeso, hesitao).

    Mtodo

    O processo de elaborao do sistema de HSE

    O atual sistema de classes e subclasses de HSEfoi produzido ao longo de vrias etapas de pesquisaemprica e elaborao conceitual. A etapa inicial in-cluiu: (a) a anlise da produo cientfica da rea nessatemtica; (b) a seleo de uma proposta, a de Argyle(1994), que pareceu mais representativa e pertinen-te; (c) a elaborao da definio de HSE e de quatroclasses de HSE (Del Prette & Del Prette, 2001): apre-sentao de atividades, transmisso de contedos, me-diao de interaes educativas e avaliao deatividade.

    A aplicabilidade dessas classes foi investigadaem alguns estudos empricos sobre prticaseducativas de pais (Freitas, Del Prette, & Del Prette,2007; Pinheiro e cols., 2006) e professores (Martini,2004). A anlise integrada do uso do sistema nessasinvestigaes possibilitou: (a) cotejar as definies e

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

  • 521

    constatar a necessidade de um sistema mais amploque contemplasse a diversidade envolvida na tarefade pais, cuidadores e demais profissionais de sade,trabalho e educao; (b) incluir novas classes; (c)refinar as definies utilizadas nesses estudos.

    Concomitantemente, realizou-se uma anlisesobre o que os estudos apontavam como importantepara o desenvolvimento da criana. Desse levanta-mento, elegeu-se a metanlise de Barclay e Houts(1995) que identificou 18 habilidades que pais oucuidadores devem apresentar na interao com a cri-ana do nascimento at a idade escolar. Seguem al-guns exemplos: prestar ateno e responder aocomportamento da criana, prover afeto fsico, pro-ver conseqncias imediatas para determinados com-portamentos, estabelecer regras, justificando-as,envolver-se em jogos e atividades com a criana, ofe-recer modelo de interao pr-social, ignorar com-portamentos, fornecer instrues claras e precisas,compreender e aceitar os sentimentos das crianas,ouvir empaticamente, esclarecer valores, mediar o de-sempenho de resoluo de problemas.

    Considerando de um lado os dados da literaturapesquisada e de outro os resultados da anlise dosprimeiros estudos empricos conduzidos, organizou-seum sistema de classes mais amplas que buscou con-templar aspectos comuns e especificidades do de-sempenho de diferentes agentes educativos. Almdisso, verificou-se a necessidade de: (a) produzir re-gistros de observao direta de HSE, em situaonatural e/ou estruturada; (b) aferir sua confiabilidadena caracterizao desse repertrio e na avaliao deprogramas de interveno nessa rea.

    Nessa etapa, o sistema (Del Prette & DelPrette, no prelo) passou a ser composto por oitoclasses gerais (Criar e discriminar contextoseducativos; Mediar interaes; Promover a moti-vao; Transmitir ou expor contedos; Monitorarpositivamente; Estabelecer limites e disciplina;Promover o autoconhecimento e Gerar reciproci-dade positiva) e dez subclasses (escutar atentamen-te; observar acuradamente; fazer perguntas; responderperguntas; resumir/parafrasear; demonstrar empatia;pedir feedback; aprovar comportamento; reprovarcomportamento; apresentar modelo). Esse sistema,ainda intermedirio, foi testado em estudo piloto de

    dois projetos de doutorado, um com mes (Rocha, 2006)e outro com professores (Rosin-Pinola, 2006), resul-tando em ajustes finais na definio e exemplificaodas classes e subclasses de HSE.

    Na observao direta de situaes naturais ouestruturadas, um desafio para o registro de compor-tamentos a definio da unidade de anlise. No pre-sente sistema, reconhecendo que o foco daobservao incide diretamente sobre cada uma dassubclasses, e apenas indiretamente sobre as classesamplas, a unidade de anlise deveria garantir mini-mamente o princpio da no sobreposio destas e apossibilidade de quantificao em registro de freqn-cia. Assim, definiu-se como unidade de anlise dasHSE: um comportamento ou conjunto de comporta-mentos de uma mesma classe que caracteriza umturno de fala, ou mais de um turno, se interrompidopelo(s) interlocutor(es) e imediatamente continuadono novo turno. Dependendo dos objetivos da pesquisa,o registro poderia incluir, alm da ocorrncia de cadasubclasse, uma descrio dos tpicos e tempo da falado educador.

    O esforo de operacionalizao do presentesistema para a observao direta das HSE incluiutambm a confeco de fichas de registro de even-to e de interaes entre educador e educando emsituaes naturais, como a sala de aula, e estruturadas,como em contexto de brincadeira ou jogo pais-fi-lhos. A anlise de dados de Manolio (2007), Rocha(2006), Rosin-Pinola (2006) realizada posteriormente,produziu ndices satisfatrios de confiabilidade en-tre juzes (acima de 70%) para o registro de fre-qncia das subclasses observadas em vdeogravao, fornecendo evidncias da utilidade do sis-tema para estudos empricos.

    Resultados

    O sistema de classes e subclasses de habili-dades sociais educativas

    Apresenta-se a seguir a verso atual das clas-ses e subclasses do Sistema de Habilidades SociaisEducativas (SHSE) resultante do processo de suces-sivas reformulaes associadas a estudos empricos.Na Tabela 1 apresentado o sistema completo comos ttulos das classes e subclasses de habilidades so-ciais educativas.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

  • 522

    Tabela 1Classes e subclasses de Habilidades Sociais Educativas

    Como se pode verificar na Tabela 1, o SHSE composto por quatro classes de HSE amplas, mola-res (Del Prette & Del Prette, 2005a), que podem ca-racterizar episdios ou seqncias interativas menosacessveis observao direta. No entanto, seus com-ponentes moleculares, as 32 subclasses de HSE, soidentificveis por observao e passveis de reconhe-

    cimento pelo prprio agente educativo. A definio decada uma das quatro classes gerais fundamental paraa identificao das suas subclasses, mesmo quandouma mesma subclasse pode estar presente em maisde uma classe. A definio de cada uma das classes ede suas respectivas subclasses apresentada na Ta-bela 2, Tabela 3, Tabela 4 e Tabela 5.

    Tabela 2Definio da classe (A) Estabelecer contextos interativos potencialmente educativos e de suas subclasses

    etnemlaicnetopsovitaretnisotxetnocrecelebatsE.1sovitacude anilpicsidesetimilrecelebatsE.3

    ocisfetneibmarajnarrA.1 sievjesedsotnematropmocrasilana/revercseD.61siairetamrazinagrO.2 sievjesednisotnematropmocrasilana/revercseD.71

    edadimixorp/aicntsidraretlA.3 sargerraicogeN.81searetniraideM.4 sadicelebatse-rpsamronaraponetaramahC.91

    sedadilibaherbossodetnocropxeuoritimsnarT.2siaicos otnematropmocedanadumrideP.02

    oifaseduomegadnosedsatnugreprezaF.5 otnematropmocrepmorretnI.12raesarfaraP.6 etnemavitisoprarotinoM.4

    sovitejboratneserpA.7 otaleraonetaratsefinaM.22,otnematropmocertnesealerrecelebatsE.8

    aicnqesnoceetnedecetnaseamrofniraticiloS.32

    aicndrocnocrasserpxE.42oamrofniratneserpA.9 ovitisopkcabdeefratneserpA.52

    oledomratneserpA.01 raigolE.62soditimesotnematropmocrimuseR.11 ravitnecnI.72ovitacude-ocidlosrucerrarolpxE.21 aitapmerartsnomeD.82

    seurtsniratneserpA.31 ovisrevaotneverevomeR.92sacidratneserpA.41 )kcamerP(edadivitaedaicnqesecelebatsE.03

    araposrucmeoazilabrevuoedadivitarazilitU.51ametmurizudortni

    oavorper/aicndrocsidrasserpxE.13oailava-otuaarevomorP.23

    :sovitacudeetnemlaicnetopsovitaretnisotxetnocrecelebatsE.A (labrevotnematropmoC ocilti labrev-onuo).avitacudeoaretniarecerovafaraplaicosuoocisfotxetnoc,lairetamazinagroeuqrodacudeod)sesetnrapertne(

    :ocisfetneibmarajnarrA.1 arapsodnacudesoaveluosariedac/sarietracsadlaicapseoisopsidaaretlarodacudeO:olpmexE.etneibmaortuo rasuarogasomaV;siammerecehnocesscovarapsamixrpsariedacsaudsaieuqoloC

    ;...alasartuoa .)latneibmaojnarraeredserotomsotnematropmoC(:siairetamrazinagrO.2 ,acismomocsiatsosrevidsiairetam,sodnacudesomocoaretnian,zudortnirodacudeO

    :olpmexE.sortuoertned,ociggadeplairetam,sogoj,siausivoidua,sotxet somedop,soibrvorpatsilamuexuortuE;eledatsogmugnineuqahcaeuqairtsihadogimaossonoarapoulosamunrasnep soarapsetraciubirtsiD(

    .)ratnemelpmocotracomeracifitnedisonula...aunitnoC

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

  • 523

    Tabela 2Continuao

    A classe Estabelecer contextos potencial-mente educativos composta por um conjunto deoutras habilidades que, conforme a definio, sorequeridas para identificar e organizar o contextoeducativo e utiliz-lo construtivamente na interaocom o educando. Por exemplo, em visita a uma

    lanchonete, o pai chama sutilmente a ateno do fi-lho para o comportamento do menino de uma mesavizinha, que cede a cadeira a uma senhora idosa.Quando conduzida com naturalidade, a criana per-cebe nisso uma ajuda do pai para mostrar-lhe o que valorizado em situaes sociais.

    Tabela 3Definio da classe (B) Transmitir ou expor contedos sobre habilidades sociais e de suas subclasses

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

    :sovitacudeetnemlaicnetopsovitaretnisotxetnocrecelebatsE.A (labrevotnematropmoC ocilti labrev-onuo).avitacudeoaretniarecerovafaraplaicosuoocisfotxetnoc,lairetamazinagroeuqrodacudeod)sesetnrapertne(

    :edadimixorp/aicntsidraretlA.3 rodacudeoertneuosodnacudesoertneedadimixorp/aicntsidaaretlarodacudeO,sopurgsoneuqepuosoirt,salpudmesodnacudesoiubirtsiD(olpmexE.ocifcepseohnepmesedarapodnacudeoe

    )avitaretniedadivitaamurizudnocedamrofomoc ;alpudalifamurezafsomaV oisopaodnacidnioarboadnetsE(;)racifevedagelocoeuq etneS;iussopoeuqagelocorarucorpeuqmetratnemelpmocotracoiussoponmeuQ

    .edadivitaarezafarapagelocuesoaotnuj:searetniraideM.4 oaretniarapsetnedecetnaecelebatseeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC

    .etneibmaodsovitacifingissortuouoserapmocodnacudeodlabrev-onuolabrev:olpmexE.levjesedoaeredetnedecetnaotnauqneagelocodotnematropmocoaraponetaaamahC.1.4 elE

    ?elearapairidcoveuqo,otnE?zefeleeuqoduotsogcoV;...covarapatnugrepamuodnezaftse,aicndrocsid/aicndrocnocrasserpxe,raigole(agelocoaoalermeoditimeresaotnematropmocoacidnI.2.4

    :olpmexE.)ohniracrasserpxe,oamrofnirad,ratnugrep aarapalaF;odnitnestsecoveuqoagelocausaagiD;ol-tnemirpmucv,ogimaueslahlO;tenretnianasiuqsepauserbosairaM.D mualucitsegeagelocoatnopA(

    .)oarba

    C:siaicossedadilibaherbossodetnocropxeuoritimsnarT.B ,rodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoCsiaicossedadilibaherbossotnemicehnocedsodetnocmatneserpaeuq,siausivoiduasosrucerrop)onuo(sodaidem

    .)sortuoertned,sodad,sairtsih,sotiecnoc,seamrofni(

    :oifaseduomegadnosedsatnugreprezaF.5 oaifaseduoailava,anoitseuqeuqrodacudeodoazilabreV:olpmexE.osrucmeotnussaoasetnenitreplaossepretniotnemanoicaleredsodetnocuosametmeodnacude euqO

    meuQ?oautisatsenrezafsomevedeuqmahcascoveuqO?airtsihassedlaniforadumaraprezafsomedop?arosseforpalepadaigoleiofenilAauqropoerbocsedmeuqrevsomaV?etnerefidairaf

    :raesarfaraP.6 .odnacudeodoazilabrevadodetnocoodotuoetrapacilpxeeuqrodacudeodoazilabreV:olpmexE siapsoeuqessidcoveuqodetraP;emonolepsadamahcresmevedsaossepsaeuquiulcnoccoV

    od;odilepaolepamahcoodnauqodaetahcacifeuqrezidodnereuqtsecoV;sohlifsoredneerpmocmasicerp...rigaeralraCedarienamasseuozirolavcoveuq

    :sovitejboratneserpA.7 ohnepmesedodsomretmeedadivitaadovitejbooaicnunaeuqrodacudeodoazilabreV:olpmexE.odnacudeododarepselaicos ;ortuooodnadujamuadac,sotnujsodotedadivitaasserezafsomavejoH

    .oirlubacovossonorarohlemarapetnatropmiotiumogojessE

    :aicnqesnoceetnedecetna,otnematropmocertnesealerrecelebatsE.8 euqrodacudeodoazilabreVmatneserpereuqsomretodnasu(socifcepsesotnematropmocertnererrocoedsievvorpuosadirrocosealeraticilpxe

    :olpmexE.setneqesnocesetnedecetnasues,)sea onsiopedeetsirtracifiavele,ogimauesmocragirbcoveSoinipoararednoperivuosonemoaasicerpmuadac,sagelocmocossucsidaN;etnemavonracnirbrereuqiav

    ...rivuorebuosesodivuosetnegA;ortuood...aunitnoC

  • 524

    Tabela 3Continuao

    A classe Transmitir ou expor contedo so-bre habilidades sociais no deve ser compreendi-da como um discurso informativo, mas comoexposio dialogada sobre as habilidades sociaisnecessrias para interaes harmoniosas e produti-vas. O interesse maior o de enfatizar alguns de-sempenhos (desejveis ou indesejveis) mostrando

    suas conseqncias provveis ou imediatamenteverificadas. Por exemplo, aps assistir a um filme, oeducador faz perguntas sobre a histria, onde elaocorreu e principalmente sobre os comportamentossociais dos personagens. Pode, tambm, apresentarresumidamente informaes sobre os acontecimen-tos do filme, auxiliando a identificao das habilida-

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

    C:siaicossedadilibaherbossodetnocropxeuoritimsnarT.B ,rodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoCsiaicossedadilibaherbossotnemicehnocedsodetnocmatneserpaeuq,siausivoiduasosrucerrop)onuo(sodaidem

    .)sortuoertned,sodad,sairtsih,sotiecnoc,seamrofni(

    :oamrofniratneserpA.9 epxerodacudeolauqaleplausivoidualairetamedoazilibinopsiduooazilabreV:olpmexE.odnacudeolepsadatneserpasadivdanoiculosuo/esiaicossotnematropmocerbossodetnoc Vo oaodnatl

    mumerartneoA;otnussaesseeceralcseeuqmegatroperamumetlanrojonejoh,metnosomasrevnoceuq;ltsemeuqratnemirpmucetnatropmi,etneibma .)merelsonulasoarapsotehlofsoagertnE(

    :oledomratneserpA.01 odonetaamamahcuomartsulieuqrodacudeodsiabrev-onuosiabrevsotnematropmoC:olpmexE.rodacudeoirprpolepuoagelocortuoropsoditime,sievjesedsiaicossotnematropmocarapodnacude As

    uohloale,zefatraMaomocajeV;oimrpomarahnaganacniganodnarepoocedadivitaamarezifeuqsanairclaugizafcovsioped,rezafuovueomocmebehlO;oluaPoarap aeahcarrobaatnopa,onulamuedes-amixorpA(

    .)odatserpmeaticilos

    :soditimesotnematropmocrimuseR.11 ,anedro,anoicaler,emuser(azinagroeuqrodacudeodoazilabreVmeuoanrodacudeolepuoodnacudeolepsoditimeetnemaiverp)siabrev-onuosiabrev(sotnematropmoc)aziuqrareih

    :olpmexE.setnedecerpseautis rahlo,ortuoodesseretniodsotnussarasrevnoc,sotsegrezaferbosmaralafscoV.saossepsaarapodnahloralafetnatropmieuqrezidsiuque,omusermE;aossepaarap

    :ovitacude-ocidlosrucerrarolpxE.21 ,secnamor,sairtseedodetnocorazilituoarodacudeodseazilabreV::olpmexE.sotxetnocsortuomesosrucersessedosuoracidniuosavitacudesedadivitamesemlif,saiseop ohcertmuL

    oA;siopedritucsidsomavesievsivnIsanairCritsissasomavarogA;atiFedoaLodatinoBanineMorvilod.rettoPyrraHodahniugimaadotiejononetametserp,airtseassemerel

    eurtsniratneserpA.31 s: aotnematropmocoevercsed/acidnieuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE:otnematropmocodossimeansodiugesmeresasossapsoatneserpauooditimeres recedargarofodnauQ

    amocsatsivreseuqmtsasiocsamuglA;...olepadagirboagideemonolepemahc,amixorpaesoriemirp,mugla(;ratiejeruoratiecaiavesrevlosersiopederitelfer,rivuoevedcov,acitrcamuzafmuglaodnauQ;aroteriD

    I C;)zovadmotoraveleevedanaircaeuqsomsamocacidn metneses,matsogsale,emonolepsaossepsaemah.sadatiepser

    :sacidratneserpA.41 amuedoulosaerbossatsipdeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE.odauqedasiamotnematropmocedavitanretlaamuuo/eodnacudeodotseuq rP asice musrarohlem

    (;oemoconogolessideleeuqasiocamu,onetametserP;...ralafedotiejonmeb...ocuop amuarapatnopA.)ordauqonarugif

    :ametmurizudortniaraposrucmealaf/edadivitarazilitU.51 rodacudeodsiabrev-onesiabrevsotnematropmoCaicnrrocoaspa)b(;edadivitaamuedaicnrrocoaodnepmorretni)a(:ametmuerbossexelferesessucsidodnoporp

    :olpmexE.sodnacudesoonuoodnevlovne,otnevemued rasnepsomaV?uotneserpaosiveletaeuqomarivscoVossierbosocuopmurasnepsomav,sargersaodniugesotsescoV;...ocuopmu saedno,ordauqoarapatnopA(

    ;)sadartsigerotsesarger ?ogojessenodnecetnocatseeuqO :atoN airogetacsetnerefersodetnocsootecxE.anilpicsidesetimilrecelebatsE

  • 525

    des sociais dos personagens e fazendo analogia aocotidiano das pessoas. Alm disso, se pertinente, podeconcordar com a criana que afirmou ter aprendido

    coisas novas ao assistir o filme, parafraseando-a:Voc disse que (nome do personagem) deveriase sentir triste... est correto.

    Tabela 4Definio da classe (C) Estabelecer limites e disciplina e de suas subclasses

    Uma das classes de HSE mais valorizada porpais e professores a de Estabelecer limites e dis-ciplina. Seja no contexto formal (por exemplo, salade aula) ou no informal (por exemplo, uma festa deaniversrio) o agente educativo pode e deve estabe-lecer com a criana ou com o grupo as normas defuncionamento das atividades. Por exemplo, podeexplicitar que normas ou regras algumas vezes vmapresentadas no sentido positivo (o que desejvelou permitido fazer, por exemplo, atravessar a ruaquando o smbolo para pedestre est verde) ou no

    sentido negativo (o que s pessoas no desejvelou permitido fazer, por exemplo, no atravessar a ruaquando o smbolo para pedestre est vermelho). Otermo limite no se refere exclusivamente aos com-portamentos da criana ou do jovem; ele indica com-portamentos governados por regras estabelecidasentre duas ou mais pessoas em interao. Assim, asregras no podem ser entendidas como um estatutoao qual a criana deve se submeter, mas como umrecurso discriminativo para comportamentos, tantodelas, como de seus pais e demais agentes educativos.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

    :anilpicsidesetimilrecelebatsE.C ,acifitsuj(ecelebatseeuqrodacudeodsiabrev-onuo/esiabrevsotnematropmoC.serolavuosamronuosarger)eregus,acidni,aticilos,aticilpxe

    :sievjesedsotnematropmocracifitsuj/revercseD.61 sotnematropmocsoevercsedeuqrodacudeodoazilabreV:olpmexE.odnacudeodsodarepse ;oiniporadededadinutropooretsodoteomaetnavel,ralafresiuqmeuQ

    revitsemuglaodnauQ;siodsodsaidisaodnatievorpa,sotnujatsopserariurtsnocmevedscovaferatasseNoeS;ol-dujasomav,sedadlucifidmocrevitseagelocoodnauQ;zevararepsemevedsiamedso,odnalaf

    ...odaredisnocreson,siodsolepotiefrofonohnesed:sievjesednisotnematropmocracifitsuj/revercseD.71 sotnematropmocsoevercsedeuqrodacudeodoazilabreV

    :olpmexE.odnacudeodsievvorper meralafsodoteS;mugninaierednetaon,opmetomsemoameralafscoveS.ortuooracotetnemosargera,agelocorarrupmearapoN;mugninrivuoiavmugnin,opmetomsemoa

    :sargerraicogeN.81 saarapsargererbosossucsidamuarapoisacoecelebatseeuqrodacudeodoazilabreV:olpmexE)sartuoertned,anadum,aicndrocsid/aicndrocnoc,edadissecen(searetni lauqrezidovscov,alpudmE

    asiocamuglaeS;sodotedaicndrocnocadasicerpeporpcoveuqanadumassE;adaretlaresevedeuqargerarativearapiuqaranoicnufsomavsneuqomoC.al-retlalevssop,sodotarapaobodnestseonargerad

    .aditnamresairevedargerasseeuqohcauE;?missaranibmocsomedopeuqmahcascoV;?samelborp:sadicelebatse-rpsamronaraponetaramahC.91 euqrodacudeodsiabrev-onuo/esiabrevsotnematropmoC

    oatnopA(:olpmexE.sadicelebatseetnemaiverpsargeredelortnocbosotseoneuqodnacudeodseasamacidni;)oicnlisodnaticilosohnesedmumocederapanzatrac araP;odanibmociofeuqodortnedtseossiesem-adnopseR

    ?rigaedsomanibmocomoc,emlifoaritsissa:otnematropmocedanadumrideP.02 odnacudeoeuqotnematropmocoevercsedeuqrodacudeodoazilabreV

    :olpmexE.soditimeresmevedeuqsotnematropmocsiamuomuacificepseeracifidomeved agideoxiabelaF.uidepaleeuqoaafesaplucsedehl-aep,adagnaztseemauS;aafeleeuqreuqcovetnemataxe

    :otnematropmocrepmorretnI.12 omepmorretnieuqrodacudeodsiabrev-onuosiabrevsotnematropmoCC:olpmexE.odnacudeodosrucmeotnematropmoc (;repmorretnisomav,arepsE;adansiamagidon,ageh muzaF

    .)odnacudeoarapsomsamocerapedlanis

  • 526

    Tabela 5Definio da classe (D) Monitorar positivamente e de suas subclasses

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

    :etnemavitisoprarotinoM.D edoartsinimdaanodatneserparodacudeodlabrev-onuo/elabrevotnematropmoCaN.odnacudeolepodatalerotnematropmocerbosuolevvresboetnemateridotnematropmocoerbossaicngnitnoc

    etnemataidemisievjesedsiaicossotnematropmocarapsarodarofersaicnqesnocratneserpaevlovneoidnocariemirpuosodassap(odnacudeodsotnematropmocaossecaroiamarapseidnocrecelebatseevlovneadnugesaN.sievvresbo

    .sotalerodnaicneqesnocuo/eseamrofniodninuer)sorutuf

    :otaleraonetaratsefinaM.22 odnacudeoaartsnomedeuqrodacudeodlabrev-onuo/elabrevotnematropmoC:olpmexE.otaleruesropesseretni ;t,ies,hA;?uecetnocasiameuQ ;)ovitamrifalanismeaebacaanalab,irroS(

    ...ealobamaragepscoV

    :seamrofniretbO.32 esedadivitaerbosseamrofniodnacudeoaaticiloseuqrodacudeodoazilabreVsotnematropmoc :olpmexE.sotsiverpuosodassapsiaicos -csubiavmeuQ;?ovscovednO;?iavcovmeuqmoC

    ?zefcoveuqo,uidergaeteleodnauqE;?sol

    :aicndrocnocrasserpxE.42 omocaicndrocnocasserpxeeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE.odnacudeolepodatalerodetnoc mocodrocnoC;olinaDodsotnematropmocsoerbosozarmetcoV

    ;otsegusaus .)ovitamrifalanismeaebacaanalaB(

    ratneserpA.52 kcabdeef :ovitisop soetnematnicusevercsedeuqrodacudeodlabrevotnematropmoC:olpmexE.odnacudeolepsoditimesievvresbosiaicossotnematropmoc coV;satnugrepzefeaiDmoBessidcoV

    .rezidaireuqcoveuqorartsuliarapsomsauosuealearapodnahlouolaf

    :ravorpa/raigolE.62 .otnematropmocodoavorpaasserpxeeuqrodacudeodlabrevonuolabrevotnematropmoC;)aebacaatnemivom,irroS(:olpmexE auodujaemcoveuqmobeuQ;!omit,!ietsoG,!mebotiuM,!muH,muH

    .!zefcoveuqossilageL;!amgineorirbocsed

    :ravitnecnI.72 od)laicrapuolatot(ohnepmesedaraponetaamahceuqrodacudeodlabrevotnematropmoC:olpmexE.sarutufsedadilibissopesosrucersuesedaicndiveomocodnacude muridepuiugesnoccovomocuiV

    .riugesnociaveuqedazetrecohnet,lsomaV;licfsiamresiavaroga,rovaf

    :aitapmerartsnomeD.82 oatieca/osneerpmocartsnomedeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE.odnacudeodsianoicomeseidnocsadeoautisad onogimamuglaesadaetahcairacifmbmatuE

    alepotiefoirtnemocomoczileftsecovomoconigamI;odnitnesestsecovomoconigamI;essadivnocem;emaus .)orbmooehl-acoteanaircades-amixorpA(

    :ovisrevaotneverevomeR.92 otneveedadariteraaicnunaeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE.levjesedohnepmesedaetnegnitnocovisreva ;agelocuesouodujacovomocamrofadotiumietsoG

    ;amenicoariedoparoga,agelocouodujacovomoC .)racnirbriarapanaircaodnarebilotsegmuzaF(

    (edadivitaedaicnqesecelebatsE.03 kcamerP :) edmedroaacidnieuqrodacudeodlabrevotnematropmoC.otsucroiamuoedadivitartaronemedsadaicnqesanotsucronemuoedadivitartaroiamedsaodnacoloc,sedadivita

    :olpmexE eauolaravalovscoV;rahnesedsomavsioped,acitmetamedsoiccrexesozafcovoriemirP.sodotsnarapsetevrosrarpmocovscovsioped

    :oavorper/aicndrocsidrasserpxE.13 asserpxeeuqrodacudeodlabrev-onuolabrevotnematropmoC:olpmexE.oditimeeleropotnematropmoceduoodnacudeolepodatalerodetnocodaicndrocsid amuedosnepuE

    uobacambmateleeuqajev)odrocsidue(sam,lageluohcacoV;oromanedotnussaesseerbosarienamartuo(;ortuooodnarolpxe ;)anaircalepotiefotaleroerbosovitagenlanismeaebacaanalaB on,odnatirguolafcoV

    .odidepuesrednetauov

    :oailava-otuaarevomorP.23 erbosodnacudeodoailavaaaticiloseuqrodacudeodlabrevotnematropmoC:olpmexE.seroiretnasohnepmesedsoirprpsues reteduohcacoveuqO?atsopserausasseailavacovomoC

    ?oaerausasseuivahniugelocoeuqahcaomoC?missaodiga

  • 527

    A classe Monitorar positivamente vai almda busca de informaes sobre o que o educandoest fazendo, onde e com quem. A monitoria positivarefere-se manuteno de um canal de comunicaodireta, por meio da observao e do dilogo, e indireta,por meio de informantes ou outros recursos, que per-mitem ao agente educativo zelar pela segurana econdies favorveis ao desenvolvimento e apren-dizagem da criana no cotidiano. o caso, por exem-plo, quando um pai permite que o filho permanea nacasa de um amigo, mas dispondo de informaes so-bre o que as crianas esto fazendo e sobre a possi-bilidade de contar com o concurso de outras pessoaspara supervision-las. A monitoria pode se tornar maisocasional medida que a criana demonstra autono-mia e responsabilidade.

    Ao se explicitar as subclasses presentes nasclasses gerais, pode parecer surpreendente identificarque elas so comportamentos passveis de seremaprendidos. Em outras palavras, a desconstruo daclasse, em subclasses mais diretamente observveis,retira parte de sua aparente complexidade, tornando-amais vivel enquanto objetivo de ensino na assesso-ria a agentes educativos. Quando essas dificuldadesso explicitadas e discutidas, elas podem ser superadas.

    Consideraes finaisO conceito de HSE est vinculado a compor-

    tamentos do educador que so requeridos principal-mente no mbito de interaes sociais, no obstantese reconhea que as condies educativas dependamtambm de aes no presenciais. Essas ltimas ocor-rem, por exemplo, quando pais esto pesquisando umlivro para indicar aos filhos, quando um gerente estexaminando relatrios feitos por seu funcionrio, quan-do um professor estuda o tema que ir discutir na suaaula do dia seguinte. Portanto, de acordo com a defi-nio, esses exemplos no seriam considerados HSE.

    A atual verso do HSE resultou de um processocombinado de anlise da literatura, elaboraesconceituais e testes empricos de definies, exem-plos e arranjos de classes e subclasses de comporta-mentos que agentes educativos apresentam oudeveriam apresentar em contextos de interao comeducandos. O sistema mostrou-se vivel e confivelpara o registro de HSE em situao natural e

    estruturada, em estudos empricos de pesquisa-inter-veno focalizando relaes mes-filhos e professor-aluno.

    Entendido como sistema aberto, estudos futu-ros podem indicar a necessidade de ajustes adicio-nais, seja em termos de incluso de novas classes deHSE e definies mais acuradas, seja na reorganiza-o de suas subclasses. Assim, como a construodo sistema considerou pesquisas com pais e profes-sores, uma direo para novos investimentos de pes-quisa poderia ser a investigao de sua pertinncia econfiabilidade na tarefa educativa de outros agentes,como gerentes, lderes comunitrios, dentre outros.

    A anlise funcional das subclasses do SHSE(Rocha, 2006; Rosin-Pinola, 2006), constitui uma ver-tente que pode gerar dados adicionais, de interessepara o educador e o profissional, no planejamento econduo de intervenes em modelo tridico de aten-dimento. Adicionalmente, o SHSE poderia nortear aelaborao de roteiros de entrevista e questionriosque gerem informaes complementares observaodireta, adotando-se a perspectiva recomendada nes-sa rea (Del Prette & Del Prette, 2003a; Del Prette,Monjas, & Caballo, 2006).

    O SHSE pode ser aplicado sob diferentes con-textos e por diferentes agentes educativos. Assim,espera-se que a sua disponibilizao instigue novosestudos, ampliando tambm as possibilidades de con-cepo e refinamento de programas de promoo dodesenvolvimento e da aprendizagem de crianas e deadolescentes que propiciem a insero de novos agen-tes educativos nessa tarefa.

    RefernciasAgostin, T. M., & Bain, S. K. (1997). Predicting early

    school success with developmental and social skillsscreeners. Psychology in the Schools, 34, 219-228.

    Biasoli-Alves, Z. M. M. (1997). Famlias brasileirasdo sculo XX: Os valores e as prticas de educa-o. Temas em Psicologia, 5(3), 33-49.

    Argyle, M. (1980). The development of applied soci-al psychology. In G. Gilmour & S. Duck (Orgs.),The development of Social Psychology (pp. 81-106). London: Academic Press.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

  • 528

    Argyle, M. (1994). Psicologa del comportamientointerpersonal. Madri: Alianza Editorial. (Originalpublicado em 1967)

    Barclay, D. R., & Houts, A. C. (1995). Parenting skills:A review and developmental analysis of trainingcontent. In W. ODonohue & L. Krasner (Eds.),Handbook of psychological skills training:Clinical techniques and applications (pp. 195-228). New York: Allyn & Bacon.

    Bedell, J. R., & Lennox, S. S. (1997). Handbookfor communication and problem-solving skillstraining: A cognitive behavioral approach.New York: John Wiley & Sons, Inc.

    Bolsoni-Silva, A. T., Brando, A. S., Versuti-Stoque,F. M., & Rosin-Pinola, A. R. (2008). Avaliaode um programa de interveno de habilidadessociais educativas parentais: Um estudo piloto.Psicologia Cincia e Profisso, 28, 18 - 33.

    Borges, D. S. C. (2007). A convivncia em sala deaula: Uma proposta de interveno na primeirasrie do ensino fundamental. Tese de doutora-do no-publicada, Universidade de So Paulo,Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ri-beiro Preto, Ribeiro Preto, SP.

    Caballo, V. E. (1993). Manual de evaluacin yentrenamiento en habilidades sociales. Madrid:Siglo Veintiuno.

    Caldarella, P., & Merrell, K. (1997). Commondimensions of social skills of children andadolescents: A taxonomy of positive behaviors.School Psychology Review, 26, 264-278.

    Caprara, G. V., Barbaranelli, C., Pastorelli, C., Bandura,A., & Zimbardo, P. G. (2000). Prosocial foundationsof childrens academic achievement.Psychological Science, 11(4), 302-306.

    Carneiro, R. S., & Falcone, E. O. (2004). Um estudodas capacidades e deficincias em habilidadessociais na terceira idade. Psicologia em Estudo,9(1), 119-126.

    Carneiro, R. S., Falcone, E. O., Clark, C., Del Prette,Z. A. P., & Del Prette, A. (2006). Qualidade devida, apoio social e depresso em idosos: Relaocom habilidades sociais. Psicologia: Reflexo eCrtica, 20, 227-235.

    Cia, F., Pamplin, R. C. O., & Del Prette, Z. A. P.(2006). Comunicao e participao pais-filhos:Correlao com habilidades sociais e problemasde comportamento dos filhos. Paidia (Ribei-ro Preto), 16, 395-406.

    Cournoyer, B. R. (2008). The social work skills.Belmont, CA: Thomson Higher Education.

    Cox, R. D., & Schopler, E. (1995). Treinamento dehabilidades sociais para crianas. In M. Lewis(Org.), Tratado de psiquiatria da infncia eadolescncia (pp. 916-922). Porto Alegre: Ar-tes Mdicas.

    Crews, S. D., Bender, H., Gresham, F. M., Kern,L., Vanderwood, M., & Cook, C. R. (2007). Riskand protective factors of emotional and/orbehavioral disorders in children and adolescents:A mega-analytic synthesis. BehavioralDisorders, 32, 64-77.

    Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2001). Psico-logia das relaes interpessoais: Vivnciaspara o trabalho em grupo. Petrpolis, RJ:Vozes.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2003a). Ha-bilidades sociais e dificuldades de aprendizagem:Teoria e pesquisa sob um enfoque multimodal.In A. Del Prette & Z. A. P. Del Prette (Orgs.),Habilidades sociais, desenvolvimento eaprendizagem: Questes conceituais, avali-ao e interveno (pp. 167-206). Campinas,SP: Alnea.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2003b). De-senvolvimento interpessoal: Uma questo pen-dente no ensino universitrio. In E. Mercuri & S.Polydoro (Orgs.), Estudante universitrio: Ca-ractersticas e experincias de formao (pp.105-128). Taubat, SP: Cabral.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2005a). Psi-cologia das habilidades sociais: Terapia, Edu-cao e Trabalho. Petrpolis, RJ: Vozes.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2005b). Ha-bilidades sociais na infncia: Teoria e pr-tica. Petrpolis, RJ: Vozes.

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530

  • 529

    Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2008). Pais eprofessores contribuindo para o processo de in-cluso: Que habilidades sociais educativas de-vem apresentar? In E. G. Mendes, M. A. Almeida,& M. C. P. I. Hayashi. (Orgs.), Temas em Educa-o Especial: Tendncias e perspectivas (pp.239-254). Araraquara, SP: Junqueira & Marin.

    Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (no prelo). Ado-lescncia e fatores de risco: A importncia dashabilidades sociais educativas. In F. J. Penna &V. G. Haase (Orgs.), Aspectos biopsicossociaisda sade na infncia e adolescncia (pp. 503-522). Belo Horizonte: Coopmed.

    Del Prette, Z. A. P., Monjas, I., & Caballo, V. E.(2006). Evaluacin de las habilidades sociales ennios. In V. E. Caballo (Org.), Manual para laevaluacin clnica de los transtornos psicol-gicos (pp. 373-399). Madrid: Pirmide.

    Dessen, M. A., & Polnia, A. C. (2007). A famlia ea escola como contextos de desenvolvimento hu-mano. Paidia (Ribeiro Preto), 17, 21-32.

    DiPerna, J., & Elliott, S. N. (2002). Promotingacademic enablers to improve studentachievement: An introduction to the mini-series.School Psychology Review, 31, 293-297.

    Falcone, E. O. (2001). Uma proposta de um sistemade classificao das habilidades sociais. In H. J.Guilhaardi, M. B. B. P. Padi, P. P. Queiroz, & M.C. Scoz (Orgs.), Sobre comportamento ecognio: Expondo a variabilidade (pp. 195-209). Santo Andr, SP: ESETec.

    Flora, J., & Segrin, C. (1999). Social skills areassociated with satisfaction in close relationships.Psychological Reports, 84, 803-804.

    Freitas, M. G., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A.(2007). Melhorando habilidades sociais de crian-as com deficincia visual: Um programa de in-terveno para mes. Revista BenjaminConstant, 13(37), 17-27.

    Gomide, P. I. C. (2003). Estilos parentais e comporta-mento anti-social. In A. Del Prette & Z. Del Prette(Orgs.), Habilidades sociais, desenvolvimento eaprendizagem: Questes conceituais, avaliaoe interveno (pp. 21-60). Campinas, SP: Alnea.

    Gottman, J., & Rushe, R. (1995). Communicationand social skills approaches to treating ailingmarriages: A recommendation for a new maritaltherapy called Minimal Marital Therapy. In W.ODonohue & L. Krasner (Eds.), Handbook ofpsychological skills training: Clinicaltechniques and applications (pp. 287-304).Boston, MA: Allyn and Bacon.

    Gresham, F. M., & Elliott, S. N. (1990). Social SkillsRating System. Circle Pines, MN: AmericanGuidance Service.

    Gresham, F. M. (1992). Social skills and learningdisabilities: Causal, concomitant or correlational?School Psychological Review, 21, 348-60.

    Haase, V. G., Kpler, C., & Schaefer, S. A. (2000).Um modelo de interveno psicoeducacionalpara preveno da violncia no ambiente famili-ar e escolar. In V. G. Haase, R. R. Neves, C.Kpler, M. L. M. Teodoro, & G. M. O. Wood(Orgs.), Psicologia do desenvolvimento: Con-tribuies interdisciplinares (pp. 265-282 ).Belo Horizonte: Health.

    Hagar, K., Goldstein, S., & Brooks, R. (2006). Sevensteps to improve your childs social skills: Afamily guide. Plantation, FL: Specialty Press, Inc.

    Hargie, O., Saunders, C., & Dickson, D. (1994). Socialskills in interpersonal communication (3th ed.).London: Routledge. (Original publicado em 1981)

    Malecki, C. M., & Elliott, S. N. (2002). Childrenssocial behaviors as predictors of academicachievement: A longitudinal analysis. SchoolPsychology Quarterly, 17, 1-23.

    Manolio, C. L. (2007). Anlise das habilidades so-ciais educativas na interao professor-aluno.Manuscrito no-publicado, Centro de Educao eCincias Humanas, Universidade de So Carlos,So Carlos, SP.

    Martini, M. L. (2004). Variveis psicolgicas deprofessores e alunos, aes interativas e de-sempenho acadmico: Investigando possveisrelaes. Tese de Doutorado no-publicada, Fa-culdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ri-beiro Preto, Universidade de So Paulo,Ribeiro Preto, SP.

    Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2008). Habilidades sociais educativas

  • 530

    McFall, R. M. (1982). A review and reformulation ofthe concept of social skills. Behavioral Assessment,4, 1-33.

    Merrell, K. W., & Gimpel, G. A. (1998). Social skillsof children and adolescents: Conceptualization,assessment, and treatment. London: LawrenceEarlbaum.

    Merrell, K. W. (1999). Behavioral, social, andemotional assessment of children. Mahwah, NJ:Lawrence Earlbaum.

    Pinheiro, M. I., Haase, V., Del Prette, Z. A. P.,Amarante, C. L. D., & Del Prette, A. (2006). Trei-namento de habilidades sociais educativas parapais de crianas com problemas de comportamen-to. Psicologia: Reflexo e Crtica, 19, 407-414.

    Rocha, M. M. (2006). Programa de HabilidadesSociais com pais: Efeitos sobre desempenhosocial e acadmico de filhos com TDAH. Ma-nuscrito no-publicado, Centro de Educao eCincias Humanas, Universidade de So Carlos,So Carlos, SP.

    Rosin-Pinola, A. R. (2006). Efeitos de um progra-ma de treinamento de habilidades sociaiseducativas junto a professores de alunos comdeficincia mental includos. Manuscrito no-publicado, Faculdade de Filosofia, Cincias e Le-tras de Ribeiro Preto, Universidade de So Paulo,Ribeiro Preto, SP.

    Segal, D. L. (2005). Relationships of assertiveness,depression and social support among older nursinghome residents. Behavior Modification, 29,p.689-695.

    Silva, A. T. B., Del Prette, A., & Oishi, J. (2003).Habilidades sociais de pais e problemas de com-portamento de filhos. Psicologia Argumento, 9,11-81.

    Vila, E. M. (2005). Treinamento de habilidades so-ciais em grupo com professores de crianas comdificuldades de aprendizagem: Uma anlisesobre procedimentos e efeitos da interveno.Dissertao de Mestrado no-publicada, Centrode Educao e Cincias Humanas, UniversidadeFederal de So Carlos, So Carlos, SP.

    Villa, M. B. (2005). Habilidades sociais no casa-mento: Avaliao e contribuio para a satis-fao conjugal. Tese de Doutorado no-publicada,Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ri-beiro Preto, Universidade de So Paulo, Ri-beiro Preto, SP.

    Artigo recebido em 03/08/2008.Aceito para publicao em 23/12/2008.

    O presente artigo parte das atividades doprograma de trabalho da primeira autora durante vi-gncia de sua Bolsa de Produtividade em Pesquisado CNPq 1A. Os autores agradecem a relevanteparticipao de Margarette Matesco Rocha e AndreaRosin Pinola no processo inicial de definio dascategorias do Sistema de Habilidades SociaisEducativas.

    Endereo para correspondncia:Profa. Dra. Zilda Aparecida Pereira Del

    Prette. Universidade Federal de So Carlos. Centrode Cincias Humanas. Departamento de Psicolo-gia. Via Washington Luiz, km 235. Caixa Postal 676.CEP 13565-905. So Carlos-SP, Brasil. E-mail:[email protected]

    Zilda Aparecida Pereira Del Prette Pro-fessora Titular do Departamento de Psicologia daUniversidade Federal de So Carlos.

    Almir Del Prette Professor Titular do De-partamento de Psicologia da Universidade Federal deSo Carlos.

    Paidia, 2008, 18(41), 517-530