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Uni- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA
SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.
THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO
GOIÂNIA Junho/2013
1
THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO
SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Profª Ms. Leandra Regina Semensato, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.
GOIÂNIA Junho/2013
2
TERMO DE APROVAÇÃO
THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO
SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHAGUERA, defendido e aprovado em 27 de maio de 2013 pela banca examinadora constituída por:
_________________________________________
Prof.(ª) Ms Leandra Regina Semensato
_________________________________________
Prof.(ª) Dr Sara Lane Sousa Gonçalves
________________________________________
Prof. Dr Lino Carlos Borges
3
Dedico aos meus pais e a minha irmã, pelo amor, carinho,
respeito, educação e apoio para que eu chegasse até aqui.
4
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo, agradeço a Deus, por estar presente em todos os momentos,
gerando forças para seguir sempre em frente.
Agradeço também ao Uni-ANHANGUERA, pela oportunidade de conferir-
me de bacharel em agronomia e a todos os professores que se dedicaram ao
longo do curso.
Não podendo esquecer-se da minha imensa gratidão à Mestra professora e
orientadora Leandra Semensato, por tudo que me ensinou durante a
graduação, pela atenção, paciência e orientações prestadas nesta etapa final
de conclusão do curso.
5
O aluno é como uma pequena semente que deve ser plantada e
cuidada para germinar e dar bons frutos. O professor é como o
agricultor que vê na semente a esperança que proverá as
necessidades da sociedade.
Luis Alves
6
RESUMO
Os sistemas silvipastoris são aqueles nos quais há uma associação de árvores dentro da atividade pecuária ou a criação de animais dentro de povoamentos florestais. Apresentam grande potencial de benefícios econômicos e ambientais. Existe a possibilidade de intensificar a produção evitando sua degradação e recuperar a sua capacidade produtiva, mas esses sistemas representam uma modalidade de uso da terra cuja exploração é bem mais complexa que a de pastagens cultivadas ou de florestas plantadas. Considerando estes aspectos, este trabalho teve como objetivo a necessidade de manutenção do equilíbrio entre seus componentes, aliada ao seu grande número de interações possíveis entre os fatores clima e solo, aumenta a necessidade de um planejamento rigoroso, incluindo mercado, produtos, espécies, arranjo e manejo, bem como as dificuldades gerenciais na condução da atividade. A degradação das pastagens gera uma imagem negativa da pecuária, devido às perdas do solo por erosão, redução de água no solo, assoreamento dos corpos de água e perda da biodiversidade vegetal e animal. A produção de forragem de boa qualidade e o bem-estar são questões influenciadas pelo microclima, a presença de árvores na forma adequada, favorece o tanto esse bem-estar animal quanto melhorias na produção de forragem. Maior entrave à exploração de sistemas silvipastoris sustentáveis esta na falta de informações técnicas para auxiliar, tanto no planejamento quanto no gerenciamento de tais sistemas.
Palavra chave: Degradação. Integração. Sustentabilidade.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
8
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10
2.1 Pastagens degradadas 10
2.2 Eucalipto 10
2.3 Eucalipto em sistema silvipastoril
12
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
34
35
8
1 INTRODUÇÃO
Os proprietários rurais, em função da busca por um retorno econômico de curto prazo
ou por falta de conhecimento técnico, acabam adotando um sistema de manejo que tende a
exaurir o solo. Os sistemas silvipastoris são uma excelente alternativa para que essa
degradação do solo seja minimizada e também uma maneira de intensificar o uso das terras
com maior geração de renda por área (RIBEIRO et al., 2007).
Os sistemas silvipastoris representam uma modalidade de uso da terra cuja exploração
é bem mais complexa que a de pastagens cultivadas ou de florestas plantadas. Estes sistemas
têm múltiplas funções, como a melhoria da qualidade e produtividade dos componentes
animais, solo e pastagem, produção de madeira, seqüestro de carbono e melhoria da
biodiversidade (ANDRADE et al., 2003). Este sistema diminui os impactos ambientais,
próprio dos sistemas tradicionais de criação de gado, contribui para a restauração ecológica de
pastagens degradadas, diversificando a produção das propriedades pecuárias, gerando
produtos e lucros adicionais, ajudando a reduzir a dependência externa de insumos,
permitindo e intensificando o uso do recurso solo e seu potencial produtivo em longo prazo
(FRANKE; FURTADO, 2001).
É fundamental para o sucesso desse sistema a escolha acertada das espécies. No caso
das espécies forrageiras, não basta que estas sejam tolerantes ao sombreamento, é necessário
ter uma boa capacidade produtiva, adaptadas ao manejo e ambientadas às condições
edafoclimáticas da região onde serão implantadas (MAURICIO et al., 2003).
Segundo Bernardino et al. ( 2011), o sistema silvipastoris, além de aumentar a
produção animal, cuidados devem ser tomados para não haver prejuízo ao componente
arbóreo. A estabilidade do sistema depende de práticas de manejo diversas, entre elas, a
reposição de nutrientes e a adoção de oferta de forragem compatível com a capacidade de
suporte da pastagem.
O aumento da atividade florestal reflete na rápida expansão da área plantada com
eucalipto, que abrange varias regiões do país, a preferência pelo eucalipto está associada à
possibilidade de obtenção de vários produtos, à sua elevada taxa de crescimento e facilidade
de rebrota (OLIVEIRA, 2005).
A fertilização da pastagem tem como resultado, o aumento da produção de matéria
seca e melhoria da qualidade nutricional da forragem, aumentando diretamente a capacidade
9
de suporte do sistema, permitindo o uso de maiores taxas de lotação animal e melhorando o
desenvolvimento do eucalipto (SALGADO et al., 2011).
O objetivo deste trabalho foi abordar as vantagens dos sistemas silvipastoris,
considerando a combinação intencional de árvores, pastagem e gado numa mesma área ao
mesmo tempo e manejados de forma integrada, como forma de incrementar a produtividade
por unidade de área.
10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Pastagens degradadas
Degradação de pastagens é um processo evolutivo da perda de vigor, de produtividade,
de capacidade de recuperação natural das pastagens para sustentar os níveis de produção e
qualidade exigida pelos animais, assim como, o de superar os efeitos nocivos de pragas,
doenças e invasoras, culminando com a degradação avançada dos recursos naturais, em razão
do manejo incorreto (PERON; EVANGELISTA, 2003).
Figura 1: Pastagem degradada, sem sombreamento.
Fonte: EMBRAPA (2009).
Quando há excesso de alumínio ou deficiência de cálcio no solo o crescimento
radicular das plantas é reduzido, efeitos que podem acarretar a degradação de pastagens. A
partir do momento que o sistema radicular é pouco desenvolvido, limita a absorção de água,
nutrientes e, conseqüentemente, a produtividade de matéria seca das pastagens (SOUSA;
LOBATO, 2004).
11
Dentro os fatores mais importantes relacionados com esse processo destacam-se a taxa
de lotação animal acima da capacidade de suporte da pastagem e a falta de reposição de
nutrientes no solo. Esse processo pode ser comparado a uma escada onde no topo estariam as
pastagens em alta produtividade e, quando começam a descer os degraus, aumenta o processo
de degradação (MACEDO, 2009).
Em pastagens com inicio de degradação ou em pastagens que já estão degradadas a
falta da cobertura vegetal deixa o solo aos efeitos da erosão. Quando árvores são mantidas ou
introduzidas nas pastagens, forma-se uma nova cobertura vegetal, que pode exercer
importante papel na conservação do solo e no melhoramento da sua fertilidade
(CARVALHO; XAVIER, 2005).
As vantagens da recuperação de áreas degradadas são muitas. Entre as principais estão
à redução de custos e de riscos de pragas, o melhor uso da terra, o aumento da eficiência no
uso da mão de obra e dos recursos de produção e de energia, além da redução de emissões de
gases de efeito estufa por unidade de produto obtida. A utilização de gramíneas forrageiras no
controle de erosão é uma das vantagens obtidas com a implantação de sistemas silvipastoris
(PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006).
Peron & Evangelista (2004), analisaram a degradação de pastagens em regiões de
cerrado e constataram que além de diminuir o valor das terras e atrasar a idade de abate dos
animais a degradação também afeta diretamente a sustentabilidade da pecuária nacional.
Mesmo assim, poucos pecuaristas preocupam com a reforma e com a recuperação das
pastagens. Algumas medidas como a escolha da espécie que mais se adéqüe para o local, o
uso das sementes de boa procedência e na quantidade certa, o preparo correto do solo, a
manejo correto das pastagens, quantidade correta de animais e também as adubações de
manutenção são suficientes para resolver o problema.
2.2 Eucalipto
Nenhum gênero foi tão largamente plantado em todo o mundo como o Eucalyptus,
estima-se que existem em torno de seis milhões de hectares de eucalipto plantados em todo o
mundo, dos quais a metade esta plantada no Brasil (Tabela 1). Este gênero envolve mais de
600 espécies que estão adaptadas a diferentes climas e solos, podendo ser utilizadas para
12
diferentes finalidades. Das mais de 100 espécies introduzidas no Brasil, o E.grandis é a mais
comum, com 55% da área total, seguindo pelo E.saligma e E.urophylla com respectivamente
17% e 9% (HIGA; MORA; HIGA, 2006).
Tabela 1. Área plantada com eucaliptos em 2005 no Brasil, por estado.
Estado Área (1.000 ha) Porcentagem (%) Amapá 60,0 1,7
Pará 106,0 2,0 Rio Grande do Sul 179,7 7,0
Santa Catarina 61,2 11,2 Paraná 115,0 15,1
São Paulo 798,5 18,1 Mato Grosso do Sul 113,4 2,9
Minas Gerais 1063,7 23,2 Espírito Santo 204,0 4,0
Bahia 527,4 11,1 Goiás 47,5 1,2
Maranhão 60,7 1,2 Mato Grosso 42,4 0,8
Outros 27,4 0,6 Total 3.407,2 100
Fonte: Anuário Estatístico da Abraf (2005).
O eucalipto começa a ser plantado em escala no Brasil no início do século XX, quando
era usado para fazer dormentos para as estradas de ferro, lenha para os trens e para quebra-
ventos. Logo em seguida começou a ser usado para postes de eletrificação, produção de
carvão para a indústria do ferro, para lenha de uso doméstico e para madeira de construção em
geral (PEREIRA et al., 2000).
Com estas utilidades, plantações de eucalipto espalharam-se por todo o Brasil, em
diversos tipos de solo e diversos ambientes. E passou a ser utilizado de maneira muito ampla
pela indústria. Das folhas, extraem-se óleos e essências para produtos de limpeza, alimentos,
perfumes e remédios. Da casca se retira o tanino usado no curtimento do couro. O tronco é
utilizado como madeira para tábuas, ripas, lambris, vigas, postes, varas, esteios, embalagens e
móveis. E sua fibra é utilizada como matéria prima para fabricação de papel e celulose
(PEREIRA et al., 2000). O eucalipto tem sido escolhido devido à rapidez de crescimento
aliado aos diversos usos de sua madeira. Essa cultura é uma opção para atender à demanda
madeira que teve uma crescente nos últimos 40 anos (PAIVA; SILVA; SILVA, 2008).
Alguns pontos têm que ser observados na implantação desta cultura, tais como, a
escolha da espécie, escolha da área de plantio, reconhecimento da área, levantamento
13
topográfico, mapeamento do solo, distribuição de reservas permanentes e legais, estradas,
cercas divisórias, limpeza da área, combate a formiga, preparo do solo, escolha do
espaçamento, coveamento ou sulcamento, fertilidade do solo, plantio, replantio, tratos
culturais e manutenção da infra-estrutura (PAIVA; SILVA; SILVA, 2008).
Os eucaliptos possuem as características de espécies florestais de crescimento rápido,
nas quais produzem biomassa florestal renovável em ciclos rotacionais relativamente curtos.
Em decorrência dessa característica, muitas espécies são utilizadas em áreas degradadas por
atividade de mau uso agrícola e pecuária (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).
2.3 Eucaliptos em sistemas silvipastoris
A introdução do sistema silvipastoril pode ser utilizada para a recuperação de
pastagens degradadas, quando o plantio de árvores for incorporado ao processo de
recuperação da pastagem, pois, essa alternativa poderia ser viável para aumentar a eficiência
econômica e agronômica, bem como a diversidade biológica, além de promover a
conservação dos nutrientes e da água nessas áreas improdutivas (DIAS-FILHO, 2006).
A necessidade das cadeias produtivas da pecuária de melhorar e desenvolver novas
oportunidades de mercado, assim como de desenvolver opções em sistemas de produção
integrados que melhorem e aumentem os ganhos na atividade na propriedade, pode ser
complementado pela adoção de sistema silvipastoril. Esse sistema integra dois complexos
produtivos de grande importância no agronegócio nacional, carnes e produtos florestais.
Associando-se à produção de madeiras, as áreas de pastagens incrementarão renda por
unidade de área. O que beneficiará as propriedades rurais que têm na pecuária sua atividade
produtiva (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2009).
Os sistemas silvipastoris são classificados em eventuais e verdadeiros. Nos eventuais
ocorre a associação entre árvore, pasto e animal. Mas o cultivo arbóreo e considerado o
interesse principal, sendo assim os componentes pasto e animal são o subproduto da
exploração e são manejados de modo a não prejudicar o componente arbóreo. Já nos sistemas
classificados como verdadeiros, os componentes arbóreo, pasto e animal são considerados
integrantes do mesmo sistema, sendo assim o interesse e igual para ambos. São plantios
regulares com espaçamentos em que a capacidade de supressão de um componente por outro
é deliberadamente reduzida (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2010).
14
A bovinocultura é uma das atividades de maior importância econômica no Brasil, mas
a expansão desta atividade sempre esteve associada à derrubada da vegetação nativa. Essas
ações de caráter predatório ligadas ao desmatamento da vegetação original, têm resultado nos
processos de empobrecimento dos solos, na sua capacidade produtiva e na degradação
ambiental. Diante desse fato, fortes tendências surgem para que mudanças significativas na
forma do uso da terra revertam as condições desfavoráveis em que vivem muitos produtores
(MACEDO; VALE; VENTURIN, 2010).
Figura 2: Sombra natural insuficiente.
Fonte: COSTA (2005).
A introdução de árvores em pastagem ou o pastoreio em plantações florestais já
estabelecidas constituem exemplos de sistemas silvipastoris, os benefícios ecológicos, sociais
e econômicos, obtidos com a utilização dos sistemas silvipastoris, têm despertado grande
interesse em diversas partes do mundo. No Brasil, o interesse pelo estabelecimento de tais
sistemas vem aumentando com grande rapidez. A baixa sustentabilidade dos sistemas
convencionais de uso da terra, demonstrada pela elevada ocorrência de pastagens degradadas
e pela freqüente constatação de redução da produtividade das florestas plantadas de ciclo
curto, com poucas rotações, é certamente um dos fatores que tem impulsionado o interesse
pelo uso de sistemas silvipastoris (ANDRADE, 2000).
15
O Centro-Oeste brasileiro apresenta grande potencial de aplicação de sistemas
agroflorestais, e em especial de Sistemas silvipastoris, pelas vantagens que este sistema
oferece. Há grandes áreas de criação de gado com suas pastagens degradadas, bacias leiteiras
com problemas de forragens durante o inverno, possibilidade de aplicação de cercas vivas,
banco de proteínas e árvores de sombra (MELO; ZOBY, 2004).
Figura 3. Efeitos da introdução de árvores na dinâmica do agroecossistema.
Fonte: ALTIERI (1989).
As primeiras pesquisas realizadas com eucalipto em sistemas silvipastoris tinham
como objetivo, controlar as vegetações espontâneas nas áreas de reflorestamento, pois era
considerada indesejável pelo fato de dificultar o controle de formigas, serem propagadora de
fogo e de competir por água e nutrientes com as árvores de eucalipto. Dessa forma, passaram
a utilizar pastagens para controlar a vegetação do sub-bosque e reduzir gastos (MACEDO;
VALE; VENTURIN, 2008).
Os eucaliptos são espécies arbóreas com elevada capacidade fotossintética e
diversificadas copas, adaptadas a vários objetivos agroflorestais. Apresentam sistemas
radiculares diferentes, que, associados às micorrizas, exploram diferente perfis de solo e
favorece a ciclagem de nutrientes das camadas profundas do solo para as maias superficiais.
Estas características permitem os consórcios com pastagens, principalmente nas suas
entrelinhas de plantio (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).
16
Andrade et al. (2003) estudaram o desempenho de seis gramíneas solteiras ou
consorciadas com Stylosanthes guianensis cv. Mineirão e eucalipto em sistema silvipastoril e
constataram que a existência de um sub-bosque proporciona uma boa cobertura do solo é
importante para reduzir a possibilidade de erosão e do aparecimento de plantas invasoras. Os
resultados também evidenciaram uma estreita relação entre a agressividade da gramínea
associada, demonstrada pela capacidade de cobertura do solo e a participação da leguminosa
no sub-bosque do sistema.
A criação de animais ao ar livre, em pastagem adequadamente arborizada, é capaz de
contribuir para o seqüestro de carbono, para emissão de óxido nitroso e para a mitigação da
emissão de gás metano pelos ruminantes, pois as arvores são responsáveis pelo processo de
fotossíntese que é a transformação do gás carbônico em oxigênio. Com isso é possível pensar
no boi verde e no leite verde, em decorrência do sistema em que são criados (PORFÍRIO-DA-
SILVA et al., 2010).
Bernardino et al.(2011), estudaram a produção de forragem e desempenho de novilhas
de corte em um sistema silvipastoril: efeito de doses de nitrogênio e oferta de forragem
evidenciando o potencial de utilização do sistema silvipastoril na produção de bovinos de
corte, nesse trabalho observaram que no período de avaliação, quando utilizou doses mais
elevadas de nitrogênio, houve redução de disponibilidade de matéria seca, mas após um
intervalo de 86 dias entre a fertilização da pastagem e a primeira avaliação permitiu um
elevado acúmulo de matéria seca e da altura do pasto. Os conteúdos de nitrogênio no sub-
bosque foram significativamente influenciados pela adubação nitrogenada, em ambas as
ofertas de forragens. Com isso ficou comprovado que a aplicação de fertilizante nitrogenado
aumenta a disponibilidade de matéria seca no sub-bosque, elevando o ganho de peso animal
por unidade área.
Souza et al. (2010), analisaram o comportamento de bovinos de corte em sistema
silvipastoril com eucalipto e constataram que neste sistema não ha sombra por toda a área da
pastagem, e na parte da manhã os animais passaram mais tempo em atividades de ruminação
em áreas sombreadas. Com isso fica confirmado que à hora do dia influencia o
comportamento e freqüência de consumo do pastoreio do gado de corte em ambientes
silvipastoril, mas não altera o tempo e a freqüência de ruminação dos animais.
Os benefícios, tais como a incorporação de nutrientes, o sombreamento e o incremento
da atividade microbiana do solo, associadas às melhores condições de conforto térmico dos
animais, sinalizam a possibilidade de aumento no consumo de forragem e no ganho de peso
de animais em pastejo. A biomassa das árvores contribui para melhorar a fertilidade do solo,
17
aumentar a disponibilidade de nitrogênio para as forrageiras, além de poder gerar renda extra
pela comercialização de lascas, madeira, mourões e ate mesmo as folhas para indústria
farmacêutica (SÁVIO et al., 2009).
Figura 4: Bovinos em pastagens sombreadas.
O comportamento animal no sistema silvipastoril pode sofrer alterações em relação ao
sistema de pastagens tradicional. A sombra das árvores pode influenciar os hábitos de pastejo,
por causa da diminuição da radiação solar e temperatura. Através da implantação do sistema,
os produtores perceberam que o fornecimento de sombra aos animais na pastagem poderia
reduzir o tempo de pastejo e, conseqüentemente, o consumo diária de forragem e a produção
animal. Porém, estudos científicos desenvolvidos sobre esse tema parecem não suportar essa
hipótese, inclusive sugerindo tendência contrária a essa (DIAS-FILHO, 2006). As integrações
de espécies arbóreas com pastagens são praticas que possibilitam a manutenção ou até mesmo
o aumento da matéria orgânica nos solos (SOUSA; LOBATO, 2004).
Sistema silvipastoril demonstra a importância no aumento da biodiversidade,
reposição florestal de forma parcial e ordenada em áreas de pastagens, produção de sombra e
redução da intensidade de calor ou frio, renovação e incremento do ciclo orgânico e de
18
nutrientes, oferecimento de suplementação alimentar para os animais por meio de árvores
forrageiras, diversificação de produtos florestais e pecuários na unidade produtiva, melhoria
do solo, obtenção de uma renda adicional, valorização da propriedade, controle de erosão,
aumento da água no solo, melhores condições para fauna e flora, maior oferta com melhor
qualidade de pastagens, aumento na retenção de carbono, melhor aproveitamento na mão de
obra na propriedade e diminuição de uso de inseticidas (GARCIA et al., 2005).
De todos os benefícios causados pela introdução de árvores em pastagens e, portanto,
sobre os animais que nela vivem o mais importante para os mesmos é o seu bem-estar.
Pastagens adequadamente arborizadas propiciam proteção aos animais contra intempéries
climáticas influindo positivamente na saúde e desempenho produtivo animal (PORFÍRIO-
DA-SILVA, 2009).
A mudança de pastagens convencionais para pastagens arborizadas pode ser iniciada
por pequenas áreas onde a pastagem esteja menos produtiva ou em áreas com problemas de
erosão, compactação, espécie forrageira inadequada ou de outro aspecto negativo para a
produção forrageira (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006). Um dos principais empecilhos para a
implantação do sistema silvipastoril seria a dificuldade de estabelecimento das árvores em
áreas onde já exista a pastagem formada. A interferência do gado, a competição exercida pela
pastagem, além de estresses ambientais, como o excesso de radiação solar e a baixa umidade
do ar e do solo, prejudicam o desenvolvimento inicial e a sobrevivência das mudas arbóreas
(DIAS-FILHO, 2006).
Figura 5: Representação diagramática dos componentes de um sistema silvipastoril.
Fonte: GARCIA; COUTO (1997).
19
Os impactos ambientais causados pelos sistemas tradicionais de criação de gado são
minimizados através do sistema silvipastoris, por meio do favorecimento à restauração
ecológica de pastagens degradadas, diversificando a produção das propriedades pecuárias,
gerando produtos, ajudando a reduzir a dependência externa de insumos e intensificando o
uso do solo e seu potencial produtivo em longo prazo (FRANKE; FURTADO, 2001).
Nicodemo et al. (2004), observaram a introdução de árvores na pecuária do centro-
oeste brasileiro e perceberam que a sombra criada pela árvore modifica o microclima e afeta a
quantidade e qualidade da forragem produzida. Esse microclima reduz a velocidade dos
ventos, a radiação solar, baixa a relação de radiação infravermelha, cria um regime de
temperatura amena, baixa as taxas de evapotranspiração e melhora os níveis de umidade no
solo.
A distribuição adequada das árvores na pastagem é relacionada com a sua finalidade e
tem grande importância para o sucesso do sistema. Se o interesse for produzir madeira grossa
para serraria, o espaçamento entre árvores será maior. Mas se tiver a finalidade de produzir
madeira para lenha, carvão ou palanques de cerca, o correto e utilizar espaçamentos menores
entre árvores, para conseguir um maior numero de árvores e, com isso obtendo uma
quantidade maior de madeira em um menor tempo (KRUSCHEWSKY et al., 2007).
Sistemas silvipastoris oferecem algumas vantagens econômicas que facilitem sua
adoção pelos produtores, tais como, os novos ganhos pela extração de madeira, maior oferta
de forragem durante ciclo com melhor qualidade para o animal e redução no uso de insumos,
como fertilizantes e concentrados (CARVALHO; XAVIER, 2005).
A preocupação com o plantio das árvores deve ser com a conservação do solo e da
água e não com o sombreamento da pastagem. Com isso, a faixa de plantio deverá ser em
curvas de nível, que é uma forma de impedir a erosão do solo e a perca de água por
escorrimento superficial. Por isso que a escolha das espécies forrageiras é de fundamental
importância, não basta que sejam tolerantes ao sombreamento, é necessário selecionar
espécies com boa capacidade produtiva, adaptadas ao sistema e ambientadas às condições
edafoclimáticas da região onde serão implantadas, ainda mais quando se trata do ecossistema
do cerrado, com suas características de solos pobres e ácidos que tem ainda uma estação de
seca prolongada (SANTOS, 2012; PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).
Tabela 2. Tolerância comparativa de algumas forrageiras tropicais ao sombreamento.
20
Tolerância Gramíneas Leguminosas
Alta Andropogon compressus Calopogonium caeruleum
Alta Brachiaria milliformis Centrosema macrocarpum
Alta Paspalum dilatatum Desmodium heterophyllum
Alta Paspalum conjugatum Desmodium ovalifolium
Média Brachiaria brizantha Colopogonium mucunoides
Média Brachiaria decumbens Centrosema pubescebs
Média Brachiaria humidicola Pueraria phaseoloides
Média Hemarthria altissima Desmodium intortum
Média Panicum maximum Neonotonia wightii
Média Paspalum plicatulum ----------------
Média Paspalum notalum ----------------
Média Setaria sphacelata ----------------
Baixa Brachiaria mutica Stylosanthes hamata
Baixa Digitaria decumbens Stylosanthes guianensis
Baixa Cynodonplectostachus Macroptilium atropurpureum
Adaptada de Shelton et al. (1987).
Segundo Porfírio-da-Silva et al. (2010), a pastagem pode ser mantida com
sombreamento de até 30 % da luz solar incidente na área, por isso as árvores utilizadas no
sistema devem apresentar copas que permitem a passagem de luz para que as forrageiras
apresentem um melhor desenvolvimento. Essa redução do calor em razão do sombreamento
aumenta a estação de pastejo, maior ganho por animal na produção de carne e leite, maiores
chances de sobrevivência dos bezerros em virtude da melhoria da qualidade de vida das
matrizes e aumento na taxa de reprodução, resultante da ocorrência precoce da puberdade.
A tolerância ao sombreamento e um aspecto importante que deve ser observado na
introdução da forrageira para formação de pastagens no sistema silvipastoril, ela e baseada na
adequação da espécie as condições locais e ao nível tecnológico, o potencial de produção e o
valor nutritivo da forragem. Esse efeito pode variar em relação das espécies arbóreas e
forrageiras que serão utilizadas no sistema (SANTOS, 2012).
Paciullo et al. (2007) analisaram a morfologia e valor nutritivo do capim-braquiária
sob sombreamento natural e a sol pleno, através dessa análise concluíram que o
sombreamento intenso reduz a densidade dos perfilhos, os valores de massa de forragem e
índice de área foliar da Brachiaria decumbens, mas quando o sombreamento e moderado não
21
modifica essas variáveis. O sombreamento também possibilita o aumento dos teores de
proteína bruta e redução dos teores de fibra na Brachiaria decumbens.
A escolha das árvores que será implantada no sistema silvipastoril deve seguir
algumas características, como a adaptação ao clima e solo onde serão plantadas, o mercado e
a demanda dos possíveis produtos e os serviços ambientais proporcionados pelas árvores. A
árvore teoricamente ideal para o sistema deve ter crescimento inicial rápido, de forma a
facilitar o estabelecimento, a copa reduzida e o fuste longo para diminuir o sombreamento na
pastagem, bem como a capacidade de regeneração rápida, quando parcialmente danificada
(PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).
O crescimento das árvores quase não é afetado pelo modo de distribuição no plantio,
desde que cada árvore tenha pelo menos um lado de sua copa que receba luz solar direta. Mas
depois do plantio as mudas não devem sofrer concorrência da pastagem, pois isso afeta
diretamente na sua sobrevivência e crescimento (VEIGA et al., 2000).
A quantidade de luz necessária para a forrageira depende da espécie. As árvores a
serem utilizadas no sistema silvipastoril devem apresentar, de preferência, copas que
permitem a passagem de luz para o crescimento do pasto. O eucalipto se adapta bem neste
sistema, pois apresenta copas estreitas que permitem a entrada de luz até o nível do solo.
Espécies mais tolerantes ao sombreamento nem sempre são as mais produtivas, por causa das
diferenças no potencial de produção, portanto, o critério de sombreamento não pode ser
considerado isoladamente para a escolha da espécie forrageira a ser utilizada (MACEDO;
VALE; VENTURIN, 2008). A parte área das árvores pode servir com proteção física para a
pastagem, reduzindo a velocidade dos ventos e o impacto da chuva sobre o solo. Com a
redução na velocidade dos ventos, as perdas diretas do solo e a evaporação da umidade do
solo também diminuem (FRANKE; FURTADO, 2001).
O crescimento de árvores em áreas de pastagem promove modificações que
necessitam ser levadas em consideração desde o planejamento da conversão da pastagem
convencional em pastagem arborizada. Desse modo alguns aspectos devem ser levados em
consideração, como as espécies de árvores e pastagens que estejam adaptadas ao clima e solo
da região, a definição do arranjo espacial das árvores na área, as práticas de manejo adequadas
e considerar os impactos econômicos, ambientais e sociais (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006).
O clima e solo são os principais fatores que afetam a adaptação da espécie no local de
plantio, mas é importante pensar na ocorrência de pragas e doenças. Os eucaliptos necessitam
de solos com profundidades maiores que um metro e não se desenvolvem em solos
encharcados, outros fatores, como fertilidade, a acidez e compactação do solo, podem ser
22
corrigidos através do manejo adequado do solo. Sob o ponto de vista climático, a geada é o
fator de adaptação mais importante, a extensão dos danos provocados pelas geadas depende
da sua intensidade e duração. Quando as geadas são precoces ou tardias, elas acabam
atingindo as plantas não adaptadas ao frio, mas se elas ocorrem no inverno, às plantas podem
se preparar para suportá-las (HIGA; MORA; HIGA, 2006).
Os plantios do eucalipto normalmente são feitos em solos já degradados, com isso é
necessário que eles sejam adubados, a quantidade de adubo vai depender do tipo e nível de
fertilidade do solo. De um modo geral, aplicam-se: De 25 a 50 gramas de nitrogênio por
planta, menores dosagens para maiores teores de matéria orgânica no solo, de 50 a 100
gramas de fósforo por planta, maiores teores para solos mais argilosos, de 20 a 40 gramas de
potássio por planta, recomenda-se que o nitrogênio e o potássio sejam aplicados em duas
etapas, metade no plantio e o restante no final do período chuvoso. A calagem é utilizada para
repor o cálcio, sendo aplicados 1.500 a 2500 kg de calcário dolomítico (HIGA; MORA;
HIGA, 2006).
As formigas, principalmente a saúva e a quenquém, são as principais pragas das
plantações do eucalipto. O combate deve começar logo no preparo solo para o
estabelecimento da cultura. O produto e a quantidade a ser utilizada dependem da espécie de
formiga e do tamanho do formigueiro, normalmente são usados 10 gramas de iscas formicidas
por m² de terra solta ao redor do formigueiro (HIGA; MORA; HIGA, 2006).
A recomendação do espaçamento não pode ser generalizada, devendo-se levar em
consideração as características da espécie, os objetivos do plantio e condições de mercado.
Então a implantação poderá ser feita em espaçamentos maiores, tais como 3m x 9m, 3m x
10m, 4m x 9m, 4m x 10m, 5m x 9m, 5m x 10m, 5m x 15m, 5m x 20m, estes espaçamentos
facilitam a permanência das pastagens e dispensa o desbaste que favorece a obtenção de
árvores maiores. Os eucaliptos também podem ser plantados em pastagens já estabelecidas,
utilizando maiores espaçamentos. Neste caso, as maiores dificuldades serão proteger as
árvores dos danos causados pelos animais. Em áreas declivosas, a disposição das linhas de
plantio das árvores deve obedecer à orientação de curvas de nível. Em áreas planas, as linhas
devem ficar preferencialmente, dispostas no sentido leste-oeste, visando diminuir o
sombreamento no pasto (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).
O plantio aleatório também é uma alternativa para estabelecimento do sistema, nesse
tipo de arranjo, a localização das árvores não seguira espaçamento fixo, sendo as árvores
distribuídas aleatoriamente na pastagem. Este e um sistema mais próximo de uma situação
natural, mas o sombreamento não fica em locais contínuos específicos da pastagem. Outra
23
alternativa para estabelecimento do sistema silvipastoril seria a implantação do plantio de
bosques, neste arranjo, as árvores ficam em grupos compactados na pastagem. Dependendo da
espécie, dentro de cada bosque as árvores poderiam ser plantadas em espaçamentos de 3m x
2m, 3m x 3m, 3m x 5m. No interior desses bosques haverá excesso de sombra e freqüente
congregação do gado, o crescimento do pasto nessa área será provavelmente pequeno, abrindo
espaço para o aparecimento de plantas daninhas ou áreas de solo descoberto. Com isso, é
possível que o solo no interior dos bosques fique mais compactado em decorrência da
exposição do solo e do pisoteio animal. Alem disso, nessas áreas haverá maior chance do
pisoteio do gado danificar as raízes superficiais das árvores (DIAS-FILHO, 2006).
Figura 6: Sistema silvipastoril com espaçamento 3m x 10m e fileiras triplas de eucaliptos.
Outra forma de estabelecimento do sistema silvipastoril é o plantio das árvores em
linhas duplas em espaçamento reduzido, como 3m x 2m ou 3m x 3m entre linhas mais
próximas. Entre as linhas duplas, o espaçamento mínimo tem que ser de 10 m. Um problema
deste plantio é o desenvolvimento de plantas daninhas ou áreas de solo descoberto entre as
árvores, em decorrência do excesso de sombra que prejudicaria o desenvolvimento do pasto.
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Uma alternativa de minimizar esse problema seria o plantio de leguminosas tolerantes ao
sombreamento (DIAS-FILHO, 2006).
Oliveira et al.(2009), estudaram o desempenho silvicultural e produtivo de eucalipto
sob diferentes arranjos espaciais em sistema agrossilvipastoril e concluíram que em
espaçamentos mais reduzidos, a taxa de crescimento diminui nos arranjos. Em ate quatro anos
para o corte do eucalipto os espaçamentos de 10m x 3m e 10m x4m são mais indicados para
produção de madeira com maiores dimensões. Mas para produção de madeira em termos
quantitativos os espaçamentos mais indicados são de 3,33m x 2m, 3,33m x 3m e 5m x 2m.
O inicio do pastejo pelos animais no sistema silvipastoril interfere em diferentes
intensidades, conforme o tipo e idade dos animais e das árvores e o manejo da forragem. Com
isso o pastejo só é recomendado quando as árvores atingirem uma altura em que a folhagem
fique fora do alcance dos animais. Os animais também podem afetar as características
químicas e físicas do solo, principalmente pelo pisoteio e ciclagem de nutrientes. Os danos
estão relacionados ao consumo das folhas, da casca dos troncos e quebra de galho e caules.
(FRANKE; FURTADO, 2001).
O bom preparo do solo favorece o desenvolvimento inicial das árvores. Pode-se optar
pelo tradicional, composto por aração, gradagem e sulcamento a uma profundidade de 40
centímetros. Mas pelo auto custo e a necessidade de conservação do solo, a preferência passa
para o cultivo mínimo, que se resume apenas no preparo da linha de plantio. Este preparo
economiza recursos e tempo para a implantação das árvores, mas se não for bem preparado,
favorece a concorrência de outras plantas (PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).
Para realizar as linhas de plantio de árvores em pastagem estabelecida deverá ser feito
a retirada do pasto na faixa em 1metro de cada lado da linha. Pode ser feito com capina
mecânica ou com herbicidas dessecantes. Essa retirada se justifica para evitar uma competição
da forrageira com as mudas das árvores, o que retarda seu desenvolvimento (PORFÍRIO-DA-
SILVA et al., 2010).
A compactação do solo e uma das preocupações, pois o pisoteio dos animais atinge
primeiro as forrageiras e logo depois o solo, mas quando este apresenta uma boa cobertura
vegetal e uma boa quantidade de matéria seca residual o efeito e menor. Este aumento da
compactação realizado pelos animais causa diminuição na quantidade dos macroporos, que
resultam em menores taxas de infiltração de água no solo, dificulta o crescimento radicular da
planta no solo e diminui a disponibilidade de nitrogênio (MACEDO; VALE; VENTURIN,
2008).
25
A energia solar e aproveitada de diversas formas pelas espécies vegetais que compõe o
sub-bosque, havendo adaptações às mudanças microclimáticas que ocorrem no sistema. A
radiação atinge o estrato herbáceo ao longo da formação do sistema silvipastoril. Em sistemas
bem manejados, nos quais a luminosidade na pastagem é garantida pelo maior espaçamento, a
competição por luz é critica somente na interface árvore-pastagem ( FRANKE; FURTADO,
2001).
Figura 7: Incidência da radiação solar ao longo do sistema silvipastoril.
O eucalipto produz liteira com baixos teores de nutrientes, principalmente daqueles
móveis, como o nitrogênio e o potássio. A baixa disponibilidade de nitrogênio no solo e
causada principalmente pela baixa qualidade da liteira produzida pelo eucalipto. Este que
possui uma eficiência na aquisição de nutrientes. Como isso a competição da gramínea
forrageira com o eucalipto é um fator que diminui ainda mais a disponibilidade de nitrogênio
para o crescimento da gramínea. Do ponto de vista ecológico o eucalipto não seria a melhor
espécie arbórea para compor o sistema silvipastoril, já que não contribui para a melhoria da
fertilidade do solo. Mas do ponto de vista econômico, o eucalipto constitui em umas das
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opções existentes, pela sua elevada capacidade de produção de madeira, mesmo em solos
pobres (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).
Santos (2012), avaliou forrageiras em sistema silvipastoril com eucalipto e observou
que a temperatura mais alta foi na área a pleno sol em comparação à área sob sombreamento.
A redução na temperatura sob sombreamento foi de 8,6% e a redução da intensidade luminosa
sob sombreamento, médio dos valores ao longo do dia, foi de 39% em relação a área a pleno
sol. Em relação a massa seca, a taxa de acúmulo e a densidade de forragem ficou contatado
que são maiores a pleno sol, sendo que a taxa de acúmulo na área sob sombreamento aumenta
a medida que as plantas estão localizadas mais distantes dos renques arbóreos.
Leme et al.(2005), estudaram o comportamento de vacas mestiças holandês versos
zebu, em pastagens de brachiaria decumbens em sistema silvipastoril, os resultados obtidos no
experimento mostram que houve uma tendência dos animais passarem maior tempo comendo
durante o verão do que no inverno. Embora, que no verão, a pastagem estivesse de melhor
qualidade, esperasse uma redução no tempo de alimentação, então o sistema silvipastoril pode
ter fornecido um conforto térmico para os animais, com isso eles permanecem mais tempo se
alimentando.
Bernardino et al. (2011), estudaram a produção de forragem e desempenho de novilhas
de corte em um sistema silvipastoril: efeito de doses de nitrogênio e oferta de forragem
evidenciando o potencial de utilização do sistema silvipastoril na produção de bovinos de
corte, nesses trabalhos realizados os ganhos de peso variaram em torno de 0,600
kg/animal/dia. Estes valores de ganho de ganho médio individual não prejudicaram o ganho
por unidade de área e foram observados ganhos crescentes à medida que foram adicionadas
doses de fertilizante nitrogenado. O ganho de peso médio diário dos animais-testes foi obtido
pela diferença entre as pesagens realizadas no início e ao final de cada período de pastejo,
dividido pelo numero de dias em que os animais permaneceram pastejando.
Paciullo et al. (2009), analisaram as características do pasto e desempenho de novilhas
em sistema silvipastoril e pastagem de braquiária em monocultivo e concluíram que o
sombreamento não interfere na capacidade de suporte do pasto, no valor nutritivo, no
consumo de matéria seca e no desempenho de novilhas leiteiras. Tanto na integração do
eucalipto com a pastagem quanto no sistema tradicional de pastagem, a braquiária possibilita
o acelerado crescimento de novilhas mestiças leiteras durante a época chuvosa, mas, na seca,
o consumo de pasto e ganho de peso são reduzidos em ambos os sistemas.
Guimarães (2013), estudou a produtividade e composição químico-bromatológica do
capim braquiária sob arranjos e clones de eucalipto na integração lavoura-pecuária-floresta, e
27
constatou que o teor de proteína bruta obtido para o capim-braquiária sob diferentes arranjos
de eucalipto e locais de amostragem foi superior a quantidade mínima que o ruminante
necessita para a manutenção da microbiota ruminal. Também observou que em relação aos
locais de amostragem, o maior teor de proteína bruta na pastagem se da ao local que fica sob a
copa do eucalipto, o que pode ser atribuído ao efeito de concentração e também ao local onde
ocorre maior sombreamento, com isso, maior umidade no solo e mineralização do nitrogênio,
tornando-o disponível para a planta.
Rodrigues et al.(2012), avaliaram o comportamento da água no solo sob cobertura
vegetal de eucalipto e pastagem dentro de um ciclo, através desse estudo eles concluíram que
no período seco as camadas superficiais ficam mais secas e no período chuvoso ficam mais
úmidas, devido ao deslocamento de água no sentido vertical do perfil do solo. Mas quando se
comporá com as áreas que tem a implantação de eucalipto com a pastagem, o solo
permaneceu por um maior período de tempo mais úmido após a precipitação, isso devido à
demanda maior de água pelo eucalipto.
Silva et al.(2011), estudaram o conforto térmico de búfalas em sistema silvipastoril na
Amazônia oriental e constataram que durante o período menos chuvoso do ano os animais
estão sujeitos ao desconforto térmico. Na parte da tarde do dia as búfalas apresentaram
maiores valores de temperatura superficial da pele e maiores valores de freqüência
respiratória e cardíaca. Através disso ficou claro que as sombras das árvores proporcionam
um microclima com menores valores de temperatura, promovendo conforto térmico, o que
mostra a eficiência do sistema silvipastoril para a criação de búfalas.
Garcia et al.(2011), observaram as variáveis fisiológicas de búfalas leiteiras criadas
sob sombreamento em sistemas silvipastoris e comprovaram que a radiação solar age de
forma danosa, principalmente em animais de pele escura, pois absorvem maior quantidade de
energia térmica e apresentam proteção satisfatória contra radiação ultravioleta. Além disso,
animais de pele escura não estão isentos dos efeitos deletérios crônicos ou agudos da radiação
ultravioleta sobre os componentes oculares produtivos e reprodutivos, o que torna o
sombreamento elemento importante na manutenção da saúde bubalina.
Castro (2005) avaliou o sistema silvipastoril através do desempenho produtivo de
búfalos manejados nas condições climáticas de Belém e observou que o desempenho
produtivo animal foi superior à média da bubalinocultura, nos sistemas tradicionais.
Melhorando tanto a parte climática nos ambientes como também um melhor valor nutritivo da
forragem.
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Silva (2012), estudou os atributos do solo em função da distribuição das excretas
bovinas em sistema silvipastoril e concluiu que o consorcio do componente animal, pasto e
arvore e mais vantajoso quando comparado a pastagem em monocultivo. Pois num sistema de
pastagem arborizada ocorrem boas melhorias na fertilidade do solo, eleva os valores do pH,
reduz os níveis de alumínio, melhora os teores de matéria orgânica e aumenta a quantidade de
macronutrientes no solo. Mas, no sistema de pastagem em pleno sol os níveis de
micronutrientes foram superiores aos da pastagem arborizada. Em relação ao comportamento
animal, observou que em pastagem arborizada, há uma maior concentração na distribuição
dos bolos fecais, principalmente sob os renques do componente arbóreo, mas quando a essa
maior concentração dos bolos fecais, há uma tendência de maior compactação do solo na
camada subsuperficial e maior índice de fertilidade do solo.
Oliveira et al. (2008), estudaram a área foliar e biomassa de plantas intactas e de
brotações de plantas jovem de clone de eucalipto em sistema agrossilvipastoril e concluíram
que o resultado da biomassa reforça a possibilidade de uso da decepa de plantas jovem , em
sistema de integração do eucalipto com a pastagem, mantendo ou aumentando a produtividade
do componente arbóreo e sem prejuízos para a pastagem em consórcio.
Castro et al. (2012), analisaram a produtividade de matéria seca e seqüestro de
carbono em um sistema silvipastoril e num sistema tradicional em cinco fazendas e
concluíram que em relação a captura de carbono, no sistema tradicional foi entre 1,7 e 2,9
t/ha e no sistema silvipastoril foi entre 2,7 e 6,4 t/ha na primeira analise feita, enquanto na
segunda analise o sistema tradicional foi de 1,4 e 2,1t/ha e no sistema silvipastoril foi de 4,1 e
4,5 t/ha. Mas em relação ao aumento de matéria seca na primeira analise do sistema
tradicional foi de 4 e 5 t/ha e no sistema silvipastoril foi entre 6,3 e 14,9 t/ha e na segunda
analise, o sistema tradicional foi entre 4,4 e 5,5 t/ha e no sistema silvipastoril ficou entre 12 e
13,7. Esse experimento mostra as vantagens da implantação do componente arbóreo em
pastagens.
Andrade et al.(2001), observaram os fatores limitantes ao crescimento do capim
tanzânia em um sistema agrossilvipastoril com eucalipto, na região dos cerrados de minas
gerais e constataram que as substancias alelopáticas produzidas pelo eucalipto não
interferiram no desenvolvimento da pastagem, mas o sombreamento e a baixa disponibilidade
de nitrogênio constituíram as principais limitações para o crescimento da gramínea. Ficando
de forma bem clara que em solos do cerrado tem que ser aplicada uma fonte externa de
nitrogênio no solo.
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Apesar dos benefícios diretos e indiretos causados pela implantação do sistema
silvipastoril, é importante que se ressalte que esses sistemas podem causar alguns problemas
as pastagens. Pois, a presença de árvores e arbustos na pastagem pode prejudicar o
desenvolvimento do pasto. Isso ocorreria, principalmente, em virtude do sombreamento
excessivo e, em alguns casos, por causa da competição por água e nutrientes que as espécies
arbóreas exerceriam sobre as forrageiras. No caso de espécies arbóreas que apresentam
abundante queda de folhas, cuja decomposição seja lenta, o acúmulo dessas poderá prejudicar
o rebrote ou a germinação e crescimento da pastagem. A competição exercida pelo pasto e a
interferência dos animais também podem prejudicar o desenvolvimento e a sobrevivência das
árvores. A presença de árvores na pastagem poderia, em algumas situações, dificultar a sua
mecanização. Isso aconteceria quando a distribuição das árvores na pastagem fosse planejada
de maneira inadequada (DIAS-FILHO, 2006).
Depois da implantação do sistema silvipastoril, algumas das práticas de manejo que
podem ser comuns nas pastagens tradicionais, tais como o uso do fogo e a aplicação de
herbicidas, tem que ser evitadas ou utilizadas sob maior controle, por causa de possíveis
danos causados às árvores. Assim, seria essencial uma faixa de segurança, de 3 m a 5m de
largura, margeando o sistema silvipastoril, para evitar a entrada de fogo acidental,
provenientes de áreas vizinhas (DIAS-FILHO, 2006).
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A integração de pastagens com espécies arbóreas pode ser realizada como alternativa
para intensificar o uso da terra com um baixo índice de degradação.
Dessa forma, acredita-se que os sistemas silvipastoris com eucalipto apresentam um
modelo alternativo de sustentabilidade, pois estão dentro dos princípios econômicos de
utilização racional, com a exploração ecologicamente sustentável.
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DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO
Eu, Thiago Campos Borba Carvalho, portador da Carteira de Identidade n° 4882762, residente e domiciliada na Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, telefone (62) 30862860 e (62) 84438794, endereço eletrônico [email protected], declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de curso: SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus sp., é de minha exclusiva autoria.
Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA a disponibilização do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela Internet, estando vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento dos direitos autorais e penas cominadas na lei).
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