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Uni- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp. THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO GOIÂNIA Junho/2013

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Uni- ANHANGUERA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA

SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.

THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO

GOIÂNIA Junho/2013

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THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO

SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação da Profª Ms. Leandra Regina Semensato, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

GOIÂNIA Junho/2013

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TERMO DE APROVAÇÃO

THIAGO CAMPOS BORBA CARVALHO

SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus ssp.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia do Centro Universitário de Goiás – Uni-ANHAGUERA, defendido e aprovado em 27 de maio de 2013 pela banca examinadora constituída por:

_________________________________________

Prof.(ª) Ms Leandra Regina Semensato

_________________________________________

Prof.(ª) Dr Sara Lane Sousa Gonçalves

________________________________________

Prof. Dr Lino Carlos Borges

3

Dedico aos meus pais e a minha irmã, pelo amor, carinho,

respeito, educação e apoio para que eu chegasse até aqui.

4

AGRADECIMENTOS

Antes de tudo, agradeço a Deus, por estar presente em todos os momentos,

gerando forças para seguir sempre em frente.

Agradeço também ao Uni-ANHANGUERA, pela oportunidade de conferir-

me de bacharel em agronomia e a todos os professores que se dedicaram ao

longo do curso.

Não podendo esquecer-se da minha imensa gratidão à Mestra professora e

orientadora Leandra Semensato, por tudo que me ensinou durante a

graduação, pela atenção, paciência e orientações prestadas nesta etapa final

de conclusão do curso.

5

O aluno é como uma pequena semente que deve ser plantada e

cuidada para germinar e dar bons frutos. O professor é como o

agricultor que vê na semente a esperança que proverá as

necessidades da sociedade.

Luis Alves

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RESUMO

Os sistemas silvipastoris são aqueles nos quais há uma associação de árvores dentro da atividade pecuária ou a criação de animais dentro de povoamentos florestais. Apresentam grande potencial de benefícios econômicos e ambientais. Existe a possibilidade de intensificar a produção evitando sua degradação e recuperar a sua capacidade produtiva, mas esses sistemas representam uma modalidade de uso da terra cuja exploração é bem mais complexa que a de pastagens cultivadas ou de florestas plantadas. Considerando estes aspectos, este trabalho teve como objetivo a necessidade de manutenção do equilíbrio entre seus componentes, aliada ao seu grande número de interações possíveis entre os fatores clima e solo, aumenta a necessidade de um planejamento rigoroso, incluindo mercado, produtos, espécies, arranjo e manejo, bem como as dificuldades gerenciais na condução da atividade. A degradação das pastagens gera uma imagem negativa da pecuária, devido às perdas do solo por erosão, redução de água no solo, assoreamento dos corpos de água e perda da biodiversidade vegetal e animal. A produção de forragem de boa qualidade e o bem-estar são questões influenciadas pelo microclima, a presença de árvores na forma adequada, favorece o tanto esse bem-estar animal quanto melhorias na produção de forragem. Maior entrave à exploração de sistemas silvipastoris sustentáveis esta na falta de informações técnicas para auxiliar, tanto no planejamento quanto no gerenciamento de tais sistemas.

Palavra chave: Degradação. Integração. Sustentabilidade.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

8

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10

2.1 Pastagens degradadas 10

2.2 Eucalipto 10

2.3 Eucalipto em sistema silvipastoril

12

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

34

35

8

1 INTRODUÇÃO

Os proprietários rurais, em função da busca por um retorno econômico de curto prazo

ou por falta de conhecimento técnico, acabam adotando um sistema de manejo que tende a

exaurir o solo. Os sistemas silvipastoris são uma excelente alternativa para que essa

degradação do solo seja minimizada e também uma maneira de intensificar o uso das terras

com maior geração de renda por área (RIBEIRO et al., 2007).

Os sistemas silvipastoris representam uma modalidade de uso da terra cuja exploração

é bem mais complexa que a de pastagens cultivadas ou de florestas plantadas. Estes sistemas

têm múltiplas funções, como a melhoria da qualidade e produtividade dos componentes

animais, solo e pastagem, produção de madeira, seqüestro de carbono e melhoria da

biodiversidade (ANDRADE et al., 2003). Este sistema diminui os impactos ambientais,

próprio dos sistemas tradicionais de criação de gado, contribui para a restauração ecológica de

pastagens degradadas, diversificando a produção das propriedades pecuárias, gerando

produtos e lucros adicionais, ajudando a reduzir a dependência externa de insumos,

permitindo e intensificando o uso do recurso solo e seu potencial produtivo em longo prazo

(FRANKE; FURTADO, 2001).

É fundamental para o sucesso desse sistema a escolha acertada das espécies. No caso

das espécies forrageiras, não basta que estas sejam tolerantes ao sombreamento, é necessário

ter uma boa capacidade produtiva, adaptadas ao manejo e ambientadas às condições

edafoclimáticas da região onde serão implantadas (MAURICIO et al., 2003).

Segundo Bernardino et al. ( 2011), o sistema silvipastoris, além de aumentar a

produção animal, cuidados devem ser tomados para não haver prejuízo ao componente

arbóreo. A estabilidade do sistema depende de práticas de manejo diversas, entre elas, a

reposição de nutrientes e a adoção de oferta de forragem compatível com a capacidade de

suporte da pastagem.

O aumento da atividade florestal reflete na rápida expansão da área plantada com

eucalipto, que abrange varias regiões do país, a preferência pelo eucalipto está associada à

possibilidade de obtenção de vários produtos, à sua elevada taxa de crescimento e facilidade

de rebrota (OLIVEIRA, 2005).

A fertilização da pastagem tem como resultado, o aumento da produção de matéria

seca e melhoria da qualidade nutricional da forragem, aumentando diretamente a capacidade

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de suporte do sistema, permitindo o uso de maiores taxas de lotação animal e melhorando o

desenvolvimento do eucalipto (SALGADO et al., 2011).

O objetivo deste trabalho foi abordar as vantagens dos sistemas silvipastoris,

considerando a combinação intencional de árvores, pastagem e gado numa mesma área ao

mesmo tempo e manejados de forma integrada, como forma de incrementar a produtividade

por unidade de área.

10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Pastagens degradadas

Degradação de pastagens é um processo evolutivo da perda de vigor, de produtividade,

de capacidade de recuperação natural das pastagens para sustentar os níveis de produção e

qualidade exigida pelos animais, assim como, o de superar os efeitos nocivos de pragas,

doenças e invasoras, culminando com a degradação avançada dos recursos naturais, em razão

do manejo incorreto (PERON; EVANGELISTA, 2003).

Figura 1: Pastagem degradada, sem sombreamento.

Fonte: EMBRAPA (2009).

Quando há excesso de alumínio ou deficiência de cálcio no solo o crescimento

radicular das plantas é reduzido, efeitos que podem acarretar a degradação de pastagens. A

partir do momento que o sistema radicular é pouco desenvolvido, limita a absorção de água,

nutrientes e, conseqüentemente, a produtividade de matéria seca das pastagens (SOUSA;

LOBATO, 2004).

11

Dentro os fatores mais importantes relacionados com esse processo destacam-se a taxa

de lotação animal acima da capacidade de suporte da pastagem e a falta de reposição de

nutrientes no solo. Esse processo pode ser comparado a uma escada onde no topo estariam as

pastagens em alta produtividade e, quando começam a descer os degraus, aumenta o processo

de degradação (MACEDO, 2009).

Em pastagens com inicio de degradação ou em pastagens que já estão degradadas a

falta da cobertura vegetal deixa o solo aos efeitos da erosão. Quando árvores são mantidas ou

introduzidas nas pastagens, forma-se uma nova cobertura vegetal, que pode exercer

importante papel na conservação do solo e no melhoramento da sua fertilidade

(CARVALHO; XAVIER, 2005).

As vantagens da recuperação de áreas degradadas são muitas. Entre as principais estão

à redução de custos e de riscos de pragas, o melhor uso da terra, o aumento da eficiência no

uso da mão de obra e dos recursos de produção e de energia, além da redução de emissões de

gases de efeito estufa por unidade de produto obtida. A utilização de gramíneas forrageiras no

controle de erosão é uma das vantagens obtidas com a implantação de sistemas silvipastoris

(PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006).

Peron & Evangelista (2004), analisaram a degradação de pastagens em regiões de

cerrado e constataram que além de diminuir o valor das terras e atrasar a idade de abate dos

animais a degradação também afeta diretamente a sustentabilidade da pecuária nacional.

Mesmo assim, poucos pecuaristas preocupam com a reforma e com a recuperação das

pastagens. Algumas medidas como a escolha da espécie que mais se adéqüe para o local, o

uso das sementes de boa procedência e na quantidade certa, o preparo correto do solo, a

manejo correto das pastagens, quantidade correta de animais e também as adubações de

manutenção são suficientes para resolver o problema.

2.2 Eucalipto

Nenhum gênero foi tão largamente plantado em todo o mundo como o Eucalyptus,

estima-se que existem em torno de seis milhões de hectares de eucalipto plantados em todo o

mundo, dos quais a metade esta plantada no Brasil (Tabela 1). Este gênero envolve mais de

600 espécies que estão adaptadas a diferentes climas e solos, podendo ser utilizadas para

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diferentes finalidades. Das mais de 100 espécies introduzidas no Brasil, o E.grandis é a mais

comum, com 55% da área total, seguindo pelo E.saligma e E.urophylla com respectivamente

17% e 9% (HIGA; MORA; HIGA, 2006).

Tabela 1. Área plantada com eucaliptos em 2005 no Brasil, por estado.

Estado Área (1.000 ha) Porcentagem (%) Amapá 60,0 1,7

Pará 106,0 2,0 Rio Grande do Sul 179,7 7,0

Santa Catarina 61,2 11,2 Paraná 115,0 15,1

São Paulo 798,5 18,1 Mato Grosso do Sul 113,4 2,9

Minas Gerais 1063,7 23,2 Espírito Santo 204,0 4,0

Bahia 527,4 11,1 Goiás 47,5 1,2

Maranhão 60,7 1,2 Mato Grosso 42,4 0,8

Outros 27,4 0,6 Total 3.407,2 100

Fonte: Anuário Estatístico da Abraf (2005).

O eucalipto começa a ser plantado em escala no Brasil no início do século XX, quando

era usado para fazer dormentos para as estradas de ferro, lenha para os trens e para quebra-

ventos. Logo em seguida começou a ser usado para postes de eletrificação, produção de

carvão para a indústria do ferro, para lenha de uso doméstico e para madeira de construção em

geral (PEREIRA et al., 2000).

Com estas utilidades, plantações de eucalipto espalharam-se por todo o Brasil, em

diversos tipos de solo e diversos ambientes. E passou a ser utilizado de maneira muito ampla

pela indústria. Das folhas, extraem-se óleos e essências para produtos de limpeza, alimentos,

perfumes e remédios. Da casca se retira o tanino usado no curtimento do couro. O tronco é

utilizado como madeira para tábuas, ripas, lambris, vigas, postes, varas, esteios, embalagens e

móveis. E sua fibra é utilizada como matéria prima para fabricação de papel e celulose

(PEREIRA et al., 2000). O eucalipto tem sido escolhido devido à rapidez de crescimento

aliado aos diversos usos de sua madeira. Essa cultura é uma opção para atender à demanda

madeira que teve uma crescente nos últimos 40 anos (PAIVA; SILVA; SILVA, 2008).

Alguns pontos têm que ser observados na implantação desta cultura, tais como, a

escolha da espécie, escolha da área de plantio, reconhecimento da área, levantamento

13

topográfico, mapeamento do solo, distribuição de reservas permanentes e legais, estradas,

cercas divisórias, limpeza da área, combate a formiga, preparo do solo, escolha do

espaçamento, coveamento ou sulcamento, fertilidade do solo, plantio, replantio, tratos

culturais e manutenção da infra-estrutura (PAIVA; SILVA; SILVA, 2008).

Os eucaliptos possuem as características de espécies florestais de crescimento rápido,

nas quais produzem biomassa florestal renovável em ciclos rotacionais relativamente curtos.

Em decorrência dessa característica, muitas espécies são utilizadas em áreas degradadas por

atividade de mau uso agrícola e pecuária (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).

2.3 Eucaliptos em sistemas silvipastoris

A introdução do sistema silvipastoril pode ser utilizada para a recuperação de

pastagens degradadas, quando o plantio de árvores for incorporado ao processo de

recuperação da pastagem, pois, essa alternativa poderia ser viável para aumentar a eficiência

econômica e agronômica, bem como a diversidade biológica, além de promover a

conservação dos nutrientes e da água nessas áreas improdutivas (DIAS-FILHO, 2006).

A necessidade das cadeias produtivas da pecuária de melhorar e desenvolver novas

oportunidades de mercado, assim como de desenvolver opções em sistemas de produção

integrados que melhorem e aumentem os ganhos na atividade na propriedade, pode ser

complementado pela adoção de sistema silvipastoril. Esse sistema integra dois complexos

produtivos de grande importância no agronegócio nacional, carnes e produtos florestais.

Associando-se à produção de madeiras, as áreas de pastagens incrementarão renda por

unidade de área. O que beneficiará as propriedades rurais que têm na pecuária sua atividade

produtiva (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2009).

Os sistemas silvipastoris são classificados em eventuais e verdadeiros. Nos eventuais

ocorre a associação entre árvore, pasto e animal. Mas o cultivo arbóreo e considerado o

interesse principal, sendo assim os componentes pasto e animal são o subproduto da

exploração e são manejados de modo a não prejudicar o componente arbóreo. Já nos sistemas

classificados como verdadeiros, os componentes arbóreo, pasto e animal são considerados

integrantes do mesmo sistema, sendo assim o interesse e igual para ambos. São plantios

regulares com espaçamentos em que a capacidade de supressão de um componente por outro

é deliberadamente reduzida (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2010).

14

A bovinocultura é uma das atividades de maior importância econômica no Brasil, mas

a expansão desta atividade sempre esteve associada à derrubada da vegetação nativa. Essas

ações de caráter predatório ligadas ao desmatamento da vegetação original, têm resultado nos

processos de empobrecimento dos solos, na sua capacidade produtiva e na degradação

ambiental. Diante desse fato, fortes tendências surgem para que mudanças significativas na

forma do uso da terra revertam as condições desfavoráveis em que vivem muitos produtores

(MACEDO; VALE; VENTURIN, 2010).

Figura 2: Sombra natural insuficiente.

Fonte: COSTA (2005).

A introdução de árvores em pastagem ou o pastoreio em plantações florestais já

estabelecidas constituem exemplos de sistemas silvipastoris, os benefícios ecológicos, sociais

e econômicos, obtidos com a utilização dos sistemas silvipastoris, têm despertado grande

interesse em diversas partes do mundo. No Brasil, o interesse pelo estabelecimento de tais

sistemas vem aumentando com grande rapidez. A baixa sustentabilidade dos sistemas

convencionais de uso da terra, demonstrada pela elevada ocorrência de pastagens degradadas

e pela freqüente constatação de redução da produtividade das florestas plantadas de ciclo

curto, com poucas rotações, é certamente um dos fatores que tem impulsionado o interesse

pelo uso de sistemas silvipastoris (ANDRADE, 2000).

15

O Centro-Oeste brasileiro apresenta grande potencial de aplicação de sistemas

agroflorestais, e em especial de Sistemas silvipastoris, pelas vantagens que este sistema

oferece. Há grandes áreas de criação de gado com suas pastagens degradadas, bacias leiteiras

com problemas de forragens durante o inverno, possibilidade de aplicação de cercas vivas,

banco de proteínas e árvores de sombra (MELO; ZOBY, 2004).

Figura 3. Efeitos da introdução de árvores na dinâmica do agroecossistema.

Fonte: ALTIERI (1989).

As primeiras pesquisas realizadas com eucalipto em sistemas silvipastoris tinham

como objetivo, controlar as vegetações espontâneas nas áreas de reflorestamento, pois era

considerada indesejável pelo fato de dificultar o controle de formigas, serem propagadora de

fogo e de competir por água e nutrientes com as árvores de eucalipto. Dessa forma, passaram

a utilizar pastagens para controlar a vegetação do sub-bosque e reduzir gastos (MACEDO;

VALE; VENTURIN, 2008).

Os eucaliptos são espécies arbóreas com elevada capacidade fotossintética e

diversificadas copas, adaptadas a vários objetivos agroflorestais. Apresentam sistemas

radiculares diferentes, que, associados às micorrizas, exploram diferente perfis de solo e

favorece a ciclagem de nutrientes das camadas profundas do solo para as maias superficiais.

Estas características permitem os consórcios com pastagens, principalmente nas suas

entrelinhas de plantio (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).

16

Andrade et al. (2003) estudaram o desempenho de seis gramíneas solteiras ou

consorciadas com Stylosanthes guianensis cv. Mineirão e eucalipto em sistema silvipastoril e

constataram que a existência de um sub-bosque proporciona uma boa cobertura do solo é

importante para reduzir a possibilidade de erosão e do aparecimento de plantas invasoras. Os

resultados também evidenciaram uma estreita relação entre a agressividade da gramínea

associada, demonstrada pela capacidade de cobertura do solo e a participação da leguminosa

no sub-bosque do sistema.

A criação de animais ao ar livre, em pastagem adequadamente arborizada, é capaz de

contribuir para o seqüestro de carbono, para emissão de óxido nitroso e para a mitigação da

emissão de gás metano pelos ruminantes, pois as arvores são responsáveis pelo processo de

fotossíntese que é a transformação do gás carbônico em oxigênio. Com isso é possível pensar

no boi verde e no leite verde, em decorrência do sistema em que são criados (PORFÍRIO-DA-

SILVA et al., 2010).

Bernardino et al.(2011), estudaram a produção de forragem e desempenho de novilhas

de corte em um sistema silvipastoril: efeito de doses de nitrogênio e oferta de forragem

evidenciando o potencial de utilização do sistema silvipastoril na produção de bovinos de

corte, nesse trabalho observaram que no período de avaliação, quando utilizou doses mais

elevadas de nitrogênio, houve redução de disponibilidade de matéria seca, mas após um

intervalo de 86 dias entre a fertilização da pastagem e a primeira avaliação permitiu um

elevado acúmulo de matéria seca e da altura do pasto. Os conteúdos de nitrogênio no sub-

bosque foram significativamente influenciados pela adubação nitrogenada, em ambas as

ofertas de forragens. Com isso ficou comprovado que a aplicação de fertilizante nitrogenado

aumenta a disponibilidade de matéria seca no sub-bosque, elevando o ganho de peso animal

por unidade área.

Souza et al. (2010), analisaram o comportamento de bovinos de corte em sistema

silvipastoril com eucalipto e constataram que neste sistema não ha sombra por toda a área da

pastagem, e na parte da manhã os animais passaram mais tempo em atividades de ruminação

em áreas sombreadas. Com isso fica confirmado que à hora do dia influencia o

comportamento e freqüência de consumo do pastoreio do gado de corte em ambientes

silvipastoril, mas não altera o tempo e a freqüência de ruminação dos animais.

Os benefícios, tais como a incorporação de nutrientes, o sombreamento e o incremento

da atividade microbiana do solo, associadas às melhores condições de conforto térmico dos

animais, sinalizam a possibilidade de aumento no consumo de forragem e no ganho de peso

de animais em pastejo. A biomassa das árvores contribui para melhorar a fertilidade do solo,

17

aumentar a disponibilidade de nitrogênio para as forrageiras, além de poder gerar renda extra

pela comercialização de lascas, madeira, mourões e ate mesmo as folhas para indústria

farmacêutica (SÁVIO et al., 2009).

Figura 4: Bovinos em pastagens sombreadas.

O comportamento animal no sistema silvipastoril pode sofrer alterações em relação ao

sistema de pastagens tradicional. A sombra das árvores pode influenciar os hábitos de pastejo,

por causa da diminuição da radiação solar e temperatura. Através da implantação do sistema,

os produtores perceberam que o fornecimento de sombra aos animais na pastagem poderia

reduzir o tempo de pastejo e, conseqüentemente, o consumo diária de forragem e a produção

animal. Porém, estudos científicos desenvolvidos sobre esse tema parecem não suportar essa

hipótese, inclusive sugerindo tendência contrária a essa (DIAS-FILHO, 2006). As integrações

de espécies arbóreas com pastagens são praticas que possibilitam a manutenção ou até mesmo

o aumento da matéria orgânica nos solos (SOUSA; LOBATO, 2004).

Sistema silvipastoril demonstra a importância no aumento da biodiversidade,

reposição florestal de forma parcial e ordenada em áreas de pastagens, produção de sombra e

redução da intensidade de calor ou frio, renovação e incremento do ciclo orgânico e de

18

nutrientes, oferecimento de suplementação alimentar para os animais por meio de árvores

forrageiras, diversificação de produtos florestais e pecuários na unidade produtiva, melhoria

do solo, obtenção de uma renda adicional, valorização da propriedade, controle de erosão,

aumento da água no solo, melhores condições para fauna e flora, maior oferta com melhor

qualidade de pastagens, aumento na retenção de carbono, melhor aproveitamento na mão de

obra na propriedade e diminuição de uso de inseticidas (GARCIA et al., 2005).

De todos os benefícios causados pela introdução de árvores em pastagens e, portanto,

sobre os animais que nela vivem o mais importante para os mesmos é o seu bem-estar.

Pastagens adequadamente arborizadas propiciam proteção aos animais contra intempéries

climáticas influindo positivamente na saúde e desempenho produtivo animal (PORFÍRIO-

DA-SILVA, 2009).

A mudança de pastagens convencionais para pastagens arborizadas pode ser iniciada

por pequenas áreas onde a pastagem esteja menos produtiva ou em áreas com problemas de

erosão, compactação, espécie forrageira inadequada ou de outro aspecto negativo para a

produção forrageira (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006). Um dos principais empecilhos para a

implantação do sistema silvipastoril seria a dificuldade de estabelecimento das árvores em

áreas onde já exista a pastagem formada. A interferência do gado, a competição exercida pela

pastagem, além de estresses ambientais, como o excesso de radiação solar e a baixa umidade

do ar e do solo, prejudicam o desenvolvimento inicial e a sobrevivência das mudas arbóreas

(DIAS-FILHO, 2006).

Figura 5: Representação diagramática dos componentes de um sistema silvipastoril.

Fonte: GARCIA; COUTO (1997).

19

Os impactos ambientais causados pelos sistemas tradicionais de criação de gado são

minimizados através do sistema silvipastoris, por meio do favorecimento à restauração

ecológica de pastagens degradadas, diversificando a produção das propriedades pecuárias,

gerando produtos, ajudando a reduzir a dependência externa de insumos e intensificando o

uso do solo e seu potencial produtivo em longo prazo (FRANKE; FURTADO, 2001).

Nicodemo et al. (2004), observaram a introdução de árvores na pecuária do centro-

oeste brasileiro e perceberam que a sombra criada pela árvore modifica o microclima e afeta a

quantidade e qualidade da forragem produzida. Esse microclima reduz a velocidade dos

ventos, a radiação solar, baixa a relação de radiação infravermelha, cria um regime de

temperatura amena, baixa as taxas de evapotranspiração e melhora os níveis de umidade no

solo.

A distribuição adequada das árvores na pastagem é relacionada com a sua finalidade e

tem grande importância para o sucesso do sistema. Se o interesse for produzir madeira grossa

para serraria, o espaçamento entre árvores será maior. Mas se tiver a finalidade de produzir

madeira para lenha, carvão ou palanques de cerca, o correto e utilizar espaçamentos menores

entre árvores, para conseguir um maior numero de árvores e, com isso obtendo uma

quantidade maior de madeira em um menor tempo (KRUSCHEWSKY et al., 2007).

Sistemas silvipastoris oferecem algumas vantagens econômicas que facilitem sua

adoção pelos produtores, tais como, os novos ganhos pela extração de madeira, maior oferta

de forragem durante ciclo com melhor qualidade para o animal e redução no uso de insumos,

como fertilizantes e concentrados (CARVALHO; XAVIER, 2005).

A preocupação com o plantio das árvores deve ser com a conservação do solo e da

água e não com o sombreamento da pastagem. Com isso, a faixa de plantio deverá ser em

curvas de nível, que é uma forma de impedir a erosão do solo e a perca de água por

escorrimento superficial. Por isso que a escolha das espécies forrageiras é de fundamental

importância, não basta que sejam tolerantes ao sombreamento, é necessário selecionar

espécies com boa capacidade produtiva, adaptadas ao sistema e ambientadas às condições

edafoclimáticas da região onde serão implantadas, ainda mais quando se trata do ecossistema

do cerrado, com suas características de solos pobres e ácidos que tem ainda uma estação de

seca prolongada (SANTOS, 2012; PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).

Tabela 2. Tolerância comparativa de algumas forrageiras tropicais ao sombreamento.

20

Tolerância Gramíneas Leguminosas

Alta Andropogon compressus Calopogonium caeruleum

Alta Brachiaria milliformis Centrosema macrocarpum

Alta Paspalum dilatatum Desmodium heterophyllum

Alta Paspalum conjugatum Desmodium ovalifolium

Média Brachiaria brizantha Colopogonium mucunoides

Média Brachiaria decumbens Centrosema pubescebs

Média Brachiaria humidicola Pueraria phaseoloides

Média Hemarthria altissima Desmodium intortum

Média Panicum maximum Neonotonia wightii

Média Paspalum plicatulum ----------------

Média Paspalum notalum ----------------

Média Setaria sphacelata ----------------

Baixa Brachiaria mutica Stylosanthes hamata

Baixa Digitaria decumbens Stylosanthes guianensis

Baixa Cynodonplectostachus Macroptilium atropurpureum

Adaptada de Shelton et al. (1987).

Segundo Porfírio-da-Silva et al. (2010), a pastagem pode ser mantida com

sombreamento de até 30 % da luz solar incidente na área, por isso as árvores utilizadas no

sistema devem apresentar copas que permitem a passagem de luz para que as forrageiras

apresentem um melhor desenvolvimento. Essa redução do calor em razão do sombreamento

aumenta a estação de pastejo, maior ganho por animal na produção de carne e leite, maiores

chances de sobrevivência dos bezerros em virtude da melhoria da qualidade de vida das

matrizes e aumento na taxa de reprodução, resultante da ocorrência precoce da puberdade.

A tolerância ao sombreamento e um aspecto importante que deve ser observado na

introdução da forrageira para formação de pastagens no sistema silvipastoril, ela e baseada na

adequação da espécie as condições locais e ao nível tecnológico, o potencial de produção e o

valor nutritivo da forragem. Esse efeito pode variar em relação das espécies arbóreas e

forrageiras que serão utilizadas no sistema (SANTOS, 2012).

Paciullo et al. (2007) analisaram a morfologia e valor nutritivo do capim-braquiária

sob sombreamento natural e a sol pleno, através dessa análise concluíram que o

sombreamento intenso reduz a densidade dos perfilhos, os valores de massa de forragem e

índice de área foliar da Brachiaria decumbens, mas quando o sombreamento e moderado não

21

modifica essas variáveis. O sombreamento também possibilita o aumento dos teores de

proteína bruta e redução dos teores de fibra na Brachiaria decumbens.

A escolha das árvores que será implantada no sistema silvipastoril deve seguir

algumas características, como a adaptação ao clima e solo onde serão plantadas, o mercado e

a demanda dos possíveis produtos e os serviços ambientais proporcionados pelas árvores. A

árvore teoricamente ideal para o sistema deve ter crescimento inicial rápido, de forma a

facilitar o estabelecimento, a copa reduzida e o fuste longo para diminuir o sombreamento na

pastagem, bem como a capacidade de regeneração rápida, quando parcialmente danificada

(PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).

O crescimento das árvores quase não é afetado pelo modo de distribuição no plantio,

desde que cada árvore tenha pelo menos um lado de sua copa que receba luz solar direta. Mas

depois do plantio as mudas não devem sofrer concorrência da pastagem, pois isso afeta

diretamente na sua sobrevivência e crescimento (VEIGA et al., 2000).

A quantidade de luz necessária para a forrageira depende da espécie. As árvores a

serem utilizadas no sistema silvipastoril devem apresentar, de preferência, copas que

permitem a passagem de luz para o crescimento do pasto. O eucalipto se adapta bem neste

sistema, pois apresenta copas estreitas que permitem a entrada de luz até o nível do solo.

Espécies mais tolerantes ao sombreamento nem sempre são as mais produtivas, por causa das

diferenças no potencial de produção, portanto, o critério de sombreamento não pode ser

considerado isoladamente para a escolha da espécie forrageira a ser utilizada (MACEDO;

VALE; VENTURIN, 2008). A parte área das árvores pode servir com proteção física para a

pastagem, reduzindo a velocidade dos ventos e o impacto da chuva sobre o solo. Com a

redução na velocidade dos ventos, as perdas diretas do solo e a evaporação da umidade do

solo também diminuem (FRANKE; FURTADO, 2001).

O crescimento de árvores em áreas de pastagem promove modificações que

necessitam ser levadas em consideração desde o planejamento da conversão da pastagem

convencional em pastagem arborizada. Desse modo alguns aspectos devem ser levados em

consideração, como as espécies de árvores e pastagens que estejam adaptadas ao clima e solo

da região, a definição do arranjo espacial das árvores na área, as práticas de manejo adequadas

e considerar os impactos econômicos, ambientais e sociais (PORFÍRIO-DA-SILVA, 2006).

O clima e solo são os principais fatores que afetam a adaptação da espécie no local de

plantio, mas é importante pensar na ocorrência de pragas e doenças. Os eucaliptos necessitam

de solos com profundidades maiores que um metro e não se desenvolvem em solos

encharcados, outros fatores, como fertilidade, a acidez e compactação do solo, podem ser

22

corrigidos através do manejo adequado do solo. Sob o ponto de vista climático, a geada é o

fator de adaptação mais importante, a extensão dos danos provocados pelas geadas depende

da sua intensidade e duração. Quando as geadas são precoces ou tardias, elas acabam

atingindo as plantas não adaptadas ao frio, mas se elas ocorrem no inverno, às plantas podem

se preparar para suportá-las (HIGA; MORA; HIGA, 2006).

Os plantios do eucalipto normalmente são feitos em solos já degradados, com isso é

necessário que eles sejam adubados, a quantidade de adubo vai depender do tipo e nível de

fertilidade do solo. De um modo geral, aplicam-se: De 25 a 50 gramas de nitrogênio por

planta, menores dosagens para maiores teores de matéria orgânica no solo, de 50 a 100

gramas de fósforo por planta, maiores teores para solos mais argilosos, de 20 a 40 gramas de

potássio por planta, recomenda-se que o nitrogênio e o potássio sejam aplicados em duas

etapas, metade no plantio e o restante no final do período chuvoso. A calagem é utilizada para

repor o cálcio, sendo aplicados 1.500 a 2500 kg de calcário dolomítico (HIGA; MORA;

HIGA, 2006).

As formigas, principalmente a saúva e a quenquém, são as principais pragas das

plantações do eucalipto. O combate deve começar logo no preparo solo para o

estabelecimento da cultura. O produto e a quantidade a ser utilizada dependem da espécie de

formiga e do tamanho do formigueiro, normalmente são usados 10 gramas de iscas formicidas

por m² de terra solta ao redor do formigueiro (HIGA; MORA; HIGA, 2006).

A recomendação do espaçamento não pode ser generalizada, devendo-se levar em

consideração as características da espécie, os objetivos do plantio e condições de mercado.

Então a implantação poderá ser feita em espaçamentos maiores, tais como 3m x 9m, 3m x

10m, 4m x 9m, 4m x 10m, 5m x 9m, 5m x 10m, 5m x 15m, 5m x 20m, estes espaçamentos

facilitam a permanência das pastagens e dispensa o desbaste que favorece a obtenção de

árvores maiores. Os eucaliptos também podem ser plantados em pastagens já estabelecidas,

utilizando maiores espaçamentos. Neste caso, as maiores dificuldades serão proteger as

árvores dos danos causados pelos animais. Em áreas declivosas, a disposição das linhas de

plantio das árvores deve obedecer à orientação de curvas de nível. Em áreas planas, as linhas

devem ficar preferencialmente, dispostas no sentido leste-oeste, visando diminuir o

sombreamento no pasto (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).

O plantio aleatório também é uma alternativa para estabelecimento do sistema, nesse

tipo de arranjo, a localização das árvores não seguira espaçamento fixo, sendo as árvores

distribuídas aleatoriamente na pastagem. Este e um sistema mais próximo de uma situação

natural, mas o sombreamento não fica em locais contínuos específicos da pastagem. Outra

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alternativa para estabelecimento do sistema silvipastoril seria a implantação do plantio de

bosques, neste arranjo, as árvores ficam em grupos compactados na pastagem. Dependendo da

espécie, dentro de cada bosque as árvores poderiam ser plantadas em espaçamentos de 3m x

2m, 3m x 3m, 3m x 5m. No interior desses bosques haverá excesso de sombra e freqüente

congregação do gado, o crescimento do pasto nessa área será provavelmente pequeno, abrindo

espaço para o aparecimento de plantas daninhas ou áreas de solo descoberto. Com isso, é

possível que o solo no interior dos bosques fique mais compactado em decorrência da

exposição do solo e do pisoteio animal. Alem disso, nessas áreas haverá maior chance do

pisoteio do gado danificar as raízes superficiais das árvores (DIAS-FILHO, 2006).

Figura 6: Sistema silvipastoril com espaçamento 3m x 10m e fileiras triplas de eucaliptos.

Outra forma de estabelecimento do sistema silvipastoril é o plantio das árvores em

linhas duplas em espaçamento reduzido, como 3m x 2m ou 3m x 3m entre linhas mais

próximas. Entre as linhas duplas, o espaçamento mínimo tem que ser de 10 m. Um problema

deste plantio é o desenvolvimento de plantas daninhas ou áreas de solo descoberto entre as

árvores, em decorrência do excesso de sombra que prejudicaria o desenvolvimento do pasto.

24

Uma alternativa de minimizar esse problema seria o plantio de leguminosas tolerantes ao

sombreamento (DIAS-FILHO, 2006).

Oliveira et al.(2009), estudaram o desempenho silvicultural e produtivo de eucalipto

sob diferentes arranjos espaciais em sistema agrossilvipastoril e concluíram que em

espaçamentos mais reduzidos, a taxa de crescimento diminui nos arranjos. Em ate quatro anos

para o corte do eucalipto os espaçamentos de 10m x 3m e 10m x4m são mais indicados para

produção de madeira com maiores dimensões. Mas para produção de madeira em termos

quantitativos os espaçamentos mais indicados são de 3,33m x 2m, 3,33m x 3m e 5m x 2m.

O inicio do pastejo pelos animais no sistema silvipastoril interfere em diferentes

intensidades, conforme o tipo e idade dos animais e das árvores e o manejo da forragem. Com

isso o pastejo só é recomendado quando as árvores atingirem uma altura em que a folhagem

fique fora do alcance dos animais. Os animais também podem afetar as características

químicas e físicas do solo, principalmente pelo pisoteio e ciclagem de nutrientes. Os danos

estão relacionados ao consumo das folhas, da casca dos troncos e quebra de galho e caules.

(FRANKE; FURTADO, 2001).

O bom preparo do solo favorece o desenvolvimento inicial das árvores. Pode-se optar

pelo tradicional, composto por aração, gradagem e sulcamento a uma profundidade de 40

centímetros. Mas pelo auto custo e a necessidade de conservação do solo, a preferência passa

para o cultivo mínimo, que se resume apenas no preparo da linha de plantio. Este preparo

economiza recursos e tempo para a implantação das árvores, mas se não for bem preparado,

favorece a concorrência de outras plantas (PORFÍRIO-DA-SILVA et al., 2010).

Para realizar as linhas de plantio de árvores em pastagem estabelecida deverá ser feito

a retirada do pasto na faixa em 1metro de cada lado da linha. Pode ser feito com capina

mecânica ou com herbicidas dessecantes. Essa retirada se justifica para evitar uma competição

da forrageira com as mudas das árvores, o que retarda seu desenvolvimento (PORFÍRIO-DA-

SILVA et al., 2010).

A compactação do solo e uma das preocupações, pois o pisoteio dos animais atinge

primeiro as forrageiras e logo depois o solo, mas quando este apresenta uma boa cobertura

vegetal e uma boa quantidade de matéria seca residual o efeito e menor. Este aumento da

compactação realizado pelos animais causa diminuição na quantidade dos macroporos, que

resultam em menores taxas de infiltração de água no solo, dificulta o crescimento radicular da

planta no solo e diminui a disponibilidade de nitrogênio (MACEDO; VALE; VENTURIN,

2008).

25

A energia solar e aproveitada de diversas formas pelas espécies vegetais que compõe o

sub-bosque, havendo adaptações às mudanças microclimáticas que ocorrem no sistema. A

radiação atinge o estrato herbáceo ao longo da formação do sistema silvipastoril. Em sistemas

bem manejados, nos quais a luminosidade na pastagem é garantida pelo maior espaçamento, a

competição por luz é critica somente na interface árvore-pastagem ( FRANKE; FURTADO,

2001).

Figura 7: Incidência da radiação solar ao longo do sistema silvipastoril.

O eucalipto produz liteira com baixos teores de nutrientes, principalmente daqueles

móveis, como o nitrogênio e o potássio. A baixa disponibilidade de nitrogênio no solo e

causada principalmente pela baixa qualidade da liteira produzida pelo eucalipto. Este que

possui uma eficiência na aquisição de nutrientes. Como isso a competição da gramínea

forrageira com o eucalipto é um fator que diminui ainda mais a disponibilidade de nitrogênio

para o crescimento da gramínea. Do ponto de vista ecológico o eucalipto não seria a melhor

espécie arbórea para compor o sistema silvipastoril, já que não contribui para a melhoria da

fertilidade do solo. Mas do ponto de vista econômico, o eucalipto constitui em umas das

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opções existentes, pela sua elevada capacidade de produção de madeira, mesmo em solos

pobres (MACEDO; VALE; VENTURIN, 2008).

Santos (2012), avaliou forrageiras em sistema silvipastoril com eucalipto e observou

que a temperatura mais alta foi na área a pleno sol em comparação à área sob sombreamento.

A redução na temperatura sob sombreamento foi de 8,6% e a redução da intensidade luminosa

sob sombreamento, médio dos valores ao longo do dia, foi de 39% em relação a área a pleno

sol. Em relação a massa seca, a taxa de acúmulo e a densidade de forragem ficou contatado

que são maiores a pleno sol, sendo que a taxa de acúmulo na área sob sombreamento aumenta

a medida que as plantas estão localizadas mais distantes dos renques arbóreos.

Leme et al.(2005), estudaram o comportamento de vacas mestiças holandês versos

zebu, em pastagens de brachiaria decumbens em sistema silvipastoril, os resultados obtidos no

experimento mostram que houve uma tendência dos animais passarem maior tempo comendo

durante o verão do que no inverno. Embora, que no verão, a pastagem estivesse de melhor

qualidade, esperasse uma redução no tempo de alimentação, então o sistema silvipastoril pode

ter fornecido um conforto térmico para os animais, com isso eles permanecem mais tempo se

alimentando.

Bernardino et al. (2011), estudaram a produção de forragem e desempenho de novilhas

de corte em um sistema silvipastoril: efeito de doses de nitrogênio e oferta de forragem

evidenciando o potencial de utilização do sistema silvipastoril na produção de bovinos de

corte, nesses trabalhos realizados os ganhos de peso variaram em torno de 0,600

kg/animal/dia. Estes valores de ganho de ganho médio individual não prejudicaram o ganho

por unidade de área e foram observados ganhos crescentes à medida que foram adicionadas

doses de fertilizante nitrogenado. O ganho de peso médio diário dos animais-testes foi obtido

pela diferença entre as pesagens realizadas no início e ao final de cada período de pastejo,

dividido pelo numero de dias em que os animais permaneceram pastejando.

Paciullo et al. (2009), analisaram as características do pasto e desempenho de novilhas

em sistema silvipastoril e pastagem de braquiária em monocultivo e concluíram que o

sombreamento não interfere na capacidade de suporte do pasto, no valor nutritivo, no

consumo de matéria seca e no desempenho de novilhas leiteiras. Tanto na integração do

eucalipto com a pastagem quanto no sistema tradicional de pastagem, a braquiária possibilita

o acelerado crescimento de novilhas mestiças leiteras durante a época chuvosa, mas, na seca,

o consumo de pasto e ganho de peso são reduzidos em ambos os sistemas.

Guimarães (2013), estudou a produtividade e composição químico-bromatológica do

capim braquiária sob arranjos e clones de eucalipto na integração lavoura-pecuária-floresta, e

27

constatou que o teor de proteína bruta obtido para o capim-braquiária sob diferentes arranjos

de eucalipto e locais de amostragem foi superior a quantidade mínima que o ruminante

necessita para a manutenção da microbiota ruminal. Também observou que em relação aos

locais de amostragem, o maior teor de proteína bruta na pastagem se da ao local que fica sob a

copa do eucalipto, o que pode ser atribuído ao efeito de concentração e também ao local onde

ocorre maior sombreamento, com isso, maior umidade no solo e mineralização do nitrogênio,

tornando-o disponível para a planta.

Rodrigues et al.(2012), avaliaram o comportamento da água no solo sob cobertura

vegetal de eucalipto e pastagem dentro de um ciclo, através desse estudo eles concluíram que

no período seco as camadas superficiais ficam mais secas e no período chuvoso ficam mais

úmidas, devido ao deslocamento de água no sentido vertical do perfil do solo. Mas quando se

comporá com as áreas que tem a implantação de eucalipto com a pastagem, o solo

permaneceu por um maior período de tempo mais úmido após a precipitação, isso devido à

demanda maior de água pelo eucalipto.

Silva et al.(2011), estudaram o conforto térmico de búfalas em sistema silvipastoril na

Amazônia oriental e constataram que durante o período menos chuvoso do ano os animais

estão sujeitos ao desconforto térmico. Na parte da tarde do dia as búfalas apresentaram

maiores valores de temperatura superficial da pele e maiores valores de freqüência

respiratória e cardíaca. Através disso ficou claro que as sombras das árvores proporcionam

um microclima com menores valores de temperatura, promovendo conforto térmico, o que

mostra a eficiência do sistema silvipastoril para a criação de búfalas.

Garcia et al.(2011), observaram as variáveis fisiológicas de búfalas leiteiras criadas

sob sombreamento em sistemas silvipastoris e comprovaram que a radiação solar age de

forma danosa, principalmente em animais de pele escura, pois absorvem maior quantidade de

energia térmica e apresentam proteção satisfatória contra radiação ultravioleta. Além disso,

animais de pele escura não estão isentos dos efeitos deletérios crônicos ou agudos da radiação

ultravioleta sobre os componentes oculares produtivos e reprodutivos, o que torna o

sombreamento elemento importante na manutenção da saúde bubalina.

Castro (2005) avaliou o sistema silvipastoril através do desempenho produtivo de

búfalos manejados nas condições climáticas de Belém e observou que o desempenho

produtivo animal foi superior à média da bubalinocultura, nos sistemas tradicionais.

Melhorando tanto a parte climática nos ambientes como também um melhor valor nutritivo da

forragem.

28

Silva (2012), estudou os atributos do solo em função da distribuição das excretas

bovinas em sistema silvipastoril e concluiu que o consorcio do componente animal, pasto e

arvore e mais vantajoso quando comparado a pastagem em monocultivo. Pois num sistema de

pastagem arborizada ocorrem boas melhorias na fertilidade do solo, eleva os valores do pH,

reduz os níveis de alumínio, melhora os teores de matéria orgânica e aumenta a quantidade de

macronutrientes no solo. Mas, no sistema de pastagem em pleno sol os níveis de

micronutrientes foram superiores aos da pastagem arborizada. Em relação ao comportamento

animal, observou que em pastagem arborizada, há uma maior concentração na distribuição

dos bolos fecais, principalmente sob os renques do componente arbóreo, mas quando a essa

maior concentração dos bolos fecais, há uma tendência de maior compactação do solo na

camada subsuperficial e maior índice de fertilidade do solo.

Oliveira et al. (2008), estudaram a área foliar e biomassa de plantas intactas e de

brotações de plantas jovem de clone de eucalipto em sistema agrossilvipastoril e concluíram

que o resultado da biomassa reforça a possibilidade de uso da decepa de plantas jovem , em

sistema de integração do eucalipto com a pastagem, mantendo ou aumentando a produtividade

do componente arbóreo e sem prejuízos para a pastagem em consórcio.

Castro et al. (2012), analisaram a produtividade de matéria seca e seqüestro de

carbono em um sistema silvipastoril e num sistema tradicional em cinco fazendas e

concluíram que em relação a captura de carbono, no sistema tradicional foi entre 1,7 e 2,9

t/ha e no sistema silvipastoril foi entre 2,7 e 6,4 t/ha na primeira analise feita, enquanto na

segunda analise o sistema tradicional foi de 1,4 e 2,1t/ha e no sistema silvipastoril foi de 4,1 e

4,5 t/ha. Mas em relação ao aumento de matéria seca na primeira analise do sistema

tradicional foi de 4 e 5 t/ha e no sistema silvipastoril foi entre 6,3 e 14,9 t/ha e na segunda

analise, o sistema tradicional foi entre 4,4 e 5,5 t/ha e no sistema silvipastoril ficou entre 12 e

13,7. Esse experimento mostra as vantagens da implantação do componente arbóreo em

pastagens.

Andrade et al.(2001), observaram os fatores limitantes ao crescimento do capim

tanzânia em um sistema agrossilvipastoril com eucalipto, na região dos cerrados de minas

gerais e constataram que as substancias alelopáticas produzidas pelo eucalipto não

interferiram no desenvolvimento da pastagem, mas o sombreamento e a baixa disponibilidade

de nitrogênio constituíram as principais limitações para o crescimento da gramínea. Ficando

de forma bem clara que em solos do cerrado tem que ser aplicada uma fonte externa de

nitrogênio no solo.

29

Apesar dos benefícios diretos e indiretos causados pela implantação do sistema

silvipastoril, é importante que se ressalte que esses sistemas podem causar alguns problemas

as pastagens. Pois, a presença de árvores e arbustos na pastagem pode prejudicar o

desenvolvimento do pasto. Isso ocorreria, principalmente, em virtude do sombreamento

excessivo e, em alguns casos, por causa da competição por água e nutrientes que as espécies

arbóreas exerceriam sobre as forrageiras. No caso de espécies arbóreas que apresentam

abundante queda de folhas, cuja decomposição seja lenta, o acúmulo dessas poderá prejudicar

o rebrote ou a germinação e crescimento da pastagem. A competição exercida pelo pasto e a

interferência dos animais também podem prejudicar o desenvolvimento e a sobrevivência das

árvores. A presença de árvores na pastagem poderia, em algumas situações, dificultar a sua

mecanização. Isso aconteceria quando a distribuição das árvores na pastagem fosse planejada

de maneira inadequada (DIAS-FILHO, 2006).

Depois da implantação do sistema silvipastoril, algumas das práticas de manejo que

podem ser comuns nas pastagens tradicionais, tais como o uso do fogo e a aplicação de

herbicidas, tem que ser evitadas ou utilizadas sob maior controle, por causa de possíveis

danos causados às árvores. Assim, seria essencial uma faixa de segurança, de 3 m a 5m de

largura, margeando o sistema silvipastoril, para evitar a entrada de fogo acidental,

provenientes de áreas vizinhas (DIAS-FILHO, 2006).

30

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A integração de pastagens com espécies arbóreas pode ser realizada como alternativa

para intensificar o uso da terra com um baixo índice de degradação.

Dessa forma, acredita-se que os sistemas silvipastoris com eucalipto apresentam um

modelo alternativo de sustentabilidade, pois estão dentro dos princípios econômicos de

utilização racional, com a exploração ecologicamente sustentável.

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DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO

Eu, Thiago Campos Borba Carvalho, portador da Carteira de Identidade n° 4882762, residente e domiciliada na Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, telefone (62) 30862860 e (62) 84438794, endereço eletrônico [email protected], declaro, para os devidos fins e sob pena da lei, que o Trabalho de Conclusão de curso: SISTEMA SILVIPASTORIL COM Eucalyptus sp., é de minha exclusiva autoria.

Autorizo o Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA a disponibilização do texto integral deste trabalho na biblioteca (consulta e divulgação pela Internet, estando vedadas apenas a reprodução parcial ou total, sob pena de ressarcimento dos direitos autorais e penas cominadas na lei).

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Goiânia (GO), 08 de abril de 2013