UNICAMP 1ª FASE - 2013

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  • Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula estu-dada, prova, diagnstico.Este trabalho, pioneiro, mais que um gabarito: a resoluo que segue cada questo reproduzida da prova constitui uma oportuni-dade para se aprender a matria, perceber um aspecto diferente, rever um detalhe. Como uma aula. til para o estudante analisar outros modos de resolver as questes que acertou e descobrir por que em alguns casos errou por simples desateno, desconhecimento do tema, diculdade de relacionar os conhecimentos necessrios para chegar resposta. Em resumo, deve ser usado sem moderao.

    A prova da 1a fase da Unicamp constituda de duas partes:I. 48 testes de mltipla escolha (com somente 4 alternativas a, b,

    c, d) de Matemtica, Fsica, Qumica, Biologia, Histria, Geogra-a, Filosoa e Artes podendo haver questo interdisciplinar. Cada teste vale 1 ponto.

    II. Redao com duas propostas de execuo obrigatria, valendo cada texto 24 pontos. Total: 48 pontos (metade da nota da 1a fase). As duas redaes de todos os candidatos sero avaliadas.

    Durao da prova: 5 horas.Ser eliminado quem tiver nota zero em qualquer uma das partes (I ou II).As notas da Unicamp passam pelo processo de padronizao.A pontuao obtida ser utilizada duplamente: para a convocao para a 2a fase e para a avaliao nal (com peso 2).Sero chamados para a 2a fase todos os candidatos cujo rendi-mento na 1a fase for igual ou superior a 550 pontos, at o limite de 6 vezes o nmero de vagas do curso de 1a opo. Sempre que o nmero de candidatos selecionados for inferior ao limite de 3 por vaga, a seleo se completar segundo o critrio de ordem de-crescente de notas, at se atingir esse limite.Observaes1. O vestibular da Unicamp avalia tambm os candidatos aos cur-

    sos de Medicina e Enfermagem da Faculdade de Medicina de So Jos do Rio Preto (estadual).

    2. No vestibular 2014, a Unicamp utilizar a nota do ENEM 2012 ou 2013 para compor a nota nal de 1a fase.

    aprova

    da 1a faseda UNICAMP

    novembro2013

    oanglo

    resolve

    AulaEstudada

    AulaDada

    ProvaDiagns-tico

  • UNICAMP/2014 1a FASE 2 ANGLO VESTIBULARES

    Texto 1

    Voc e um grupo de colegas ganharam um concurso que vai nanciar a realizao de uma ocina cultural na sua escola. Aps o desenvolvimento do projeto, voc, como membro do grupo, cou responsvel por escrever um rela-trio sobre as atividades realizadas na ocina, informando o que foi feito. O relatrio ser avaliado por uma comisso composta por professores da escola. A aprovao do relatrio permitir que voc e seu grupo vol-tem a concorrer ao prmio no ano seguinte.O relatrio dever contemplar a apresentao do projeto (pblico-alvo, objetivos e justicativa), o relato das atividades desenvolvidas e comentrio(s) sobre os impactos das atividades na comunidade.Na abertura do concurso, os grupos concorrentes receberam o seguinte texto de orientao geral:

    As Ocinas Culturais so espaos que procuram oferecer aos interessados atividades gratuitas, especialmente as de carter prtico, com o objetivo de proporcionar oportunidades de aquisio de novos conhecimentos e novas vivncias, de experimentao e de contato com os mais diversos tipos de linguagens, tcnicas e ideias. As Ocinas Culturais atuam nas reas de artes plsticas, cinema, circo, cultura geral, dana, design, folclore, fotograa, histria em quadrinhos, literatura, meio ambiente, multimdia, msica, pera, rdio, teatro e vdeo.

    O pblico a ser atingido depende do objetivo de cada atividade, podendo variar do iniciante ao prossional. As Ocinas Culturais visam formao cultural e no educao formal do cidado. Pretendem mostrar caminhos, sugerir ideias, ampliar o campo de viso.

    (Adaptado de Ocina Cultural Regional Srgio Buarque de Holanda. Disponvel em http://www.guiasaocarlos.com.br/

    ocina_cultural/conceito.asp. Acessado em 07/10/2013.)

    Anlise da Proposta

    Para a redao do texto 1, a Banca ofereceu uma situao concreta de comunicao segundo a qual um gru-po de estudantes venceu um concurso para a realizao de uma ocina cultural na escola. O grupo deveria fazer um relatrio que seria avaliado por uma comisso de seus professores em que descrevesse as atividades realizadas na ocina, como condio para concorrer a novo nanciamento.Para orientar a elaborao do relatrio, todos os grupos receberam um texto que dene o que uma Ocina Cultural e delimita reas do saber nas quais ela poderia se realizar.

    Gnero relatrio

    Por se tratar de um gnero textual voltado para a apresentao de resultados, o relatrio deve ser dividido em trs partes fundamentais (descritas na prpria instruo da prova):

    umaparteinicialnaqualconsteminformaessobrepblico-alvo,objetivosejustificativadoprojeto; aapresentaodosdadosobservados; aanlisedessesdados.Porsertratardeumdocumento,espera-sequeoregistrolingusticosejaformal,pautadopelanormaculta,preciso,gerandoefeitodeobjetividadeoquea3a pessoa do discurso proporciona. Entretanto, nessa si-tuao especial em que se ressalta o trabalho de um grupo, o emprego da 1a pessoa do plural (ns) tambm

    OR EDA

  • UNICAMP/2014 1a FASE 3 ANGLO VESTIBULARES

    seria conveniente, como recurso argumentativo para destacar o empenho dos envolvidos no trabalho que poder render participao no concurso do ano seguinte.Outrasquestesestruturaiscomolocaledata,temadaoficinaeidentificaodosparticipantesdogrupopoderiam aumentar a verossimilhana do texto, mas a ausncia dessas marcas formais, em princpio, no descaracterizaria o relatrio.

    Situao de interlocuo estudante e seu grupo e comisso de professores da escola

    Emboraorelatriosedestineexplicitamenteaumgrupodeprofessores,afimdegarantirefeitodeobjeti-vidade, no conviria marcar a interlocuo com vocativos ou pronomes de tratamento recorrentes no texto. H a possibilidade de o enunciador do relatrio identicar-se no corpo do texto como o grupo organizador da Ocina Cultural, no em primeira pessoa do singular.

    Propsito

    Definidosgneroesituaodeinterlocuo,ocandidatodeveria,almdaapresentaoformaldoprojetoedo relato das atividades desenvolvidas, comentar os impactos dessas atividades na comunidade. Para isso, poderia, por exemplo, ressaltar a importncia desse tipo de atividade escolar para a formao cultural e no s educao formal do cidado, em consonncia com o pensamento do texto apresentado pela Banca.

    Texto 2

    Em virtude dos problemas de trnsito, uma associao de moradores de uma grande cidade se mobilizou, buscou informaes em textos e documentos variados e optou por elaborar uma carta aberta. Voc, como membro da associao, cou responsvel por redigir a carta a ser divulgada nas redes sociais. Essa carta tem o objetivo de reivindicar, junto s autoridades municipais, aes consistentes para a melhoria da mobilidade urbana na sua cidade. Para estruturar a sua argumentao, utilize tambm informaes apresentadas nos trechos abaixo, que foram lidos pelos membros da associao.

    Ateno: assine a carta usando apenas as iniciais do remetente.

    I

    A boa cidade, do ponto de vista da mobilidade, a que possui mais opes, explica o planejador urbano Jeff Risom, do escritrio dinamarqus Gehl Architects. E Londres est entre os melhores exemplos prticos dessa ideia aplicada s grandes metrpoles. A capital inglesa adotou o pedgio urbano em 2003, diminuindo o nmero de automveis em circulao e gerando uma receita anual que passou a ser reaplicada em melhorias no seu j consolidado sistema de trans-porte pblico. Com menos carros e com a reduo da velocidade mxima permitida, as ruas tornaram-se mais seguras para que fossem adotadas polticas que priorizassem a bicicleta como meio de transporte. Em 2010, Londres importou o modelo criado em 2005 em Lyon, na Frana, de bikes pblicas de aluguel. Em paralelo, comeou a construir uma rede de ciclovias e determinou que as faixas de nibus fossem compartilhadas com ciclistas, com um programa de educao massiva dos motoristas de coletivos. Percorrer as ruas usando o meio de transporte mais conveniente e no sempre o mesmo ajuda a resolver o problema do trnsito e ainda contribui com a sade e a qualidade de vida das pessoas.

    (Natlia Garcia, 8 iniciativas urbanas inspiradoras, em Red Report, fev. 2013, p. 63. Disponvel em http://cidadesparapessoas.com/2013/06/29/pedalando-por-

    cidades-inspiradorass/. Acessado em 06/09/2013.)

    II

    Mas, anal, qual o custo da morosidade dos deslocamentos urbanos na regio metropolitana de So Paulo? No muito difcil fazer um clculo aproximado. Podemos aceitar como tempo normal, com muita boa von-tade, uma hora diria. Assim, o tempo mdio perdido com os congestionamentos em So Paulo superior a uma hora por dia. Sendo a jornada de trabalho igual a oito horas, fcil vericar que o tempo perdido de cerca de 12,5% da jornada de trabalho. O valor monetrio do tempo perdido de R$ 62,5 bilhes por ano.Esse o custo social anual da lentido do trnsito em So Paulo.

    (Adaptado de Andr Franco Montoro Filho, O custo da (falta de) mobilidade urbana, Folha de S.Paulo, Caderno Opinio, So Paulo, 04 ago. 2013. Disponvel em http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/

    2013/08/1321280-andre-franco-montoro-lho-o-custo-da-falta-de-mobilidade-urbana.shtml. Acessado em 09/09/2013.)

  • UNICAMP/2014 1a FASE 4 ANGLO VESTIBULARES

    III

    Torna-se cada vez mais evidente que no h como escapar da progressiva limitao das viagens motorizadas, seja aproximando os locais de moradia dos locais de trabalho ou de acesso aos servios essenciais, seja am-pliando o modo coletivo e os meios no motorizados de transporte. Evidentemente que no se pode recons-truir as cidades, porm so possveis e necessrias a formao e a consolidao de novas centralidades urbanas, com a descentralizao de equipamentos sociais, a informatizao e descentralizao de servios pblicos e, sobretudo, com a ocupao dos vazios urbanos, modicando-se, assim, os fatores geradores de viagens e diminuindo-se as necessidades de deslocamentos, principalmente motorizados.

    (BRASIL. Ministrio das Cidades. Caderno para a Elaborao de Plano Diretor de Transporte e da Mobilidade. Secretaria Nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana [SeMob], 2007, p. 22-23.

    Disponvel em http://www.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/ 2013/03/21/79121770-A746-45A0-BD32-850391F983B5.pdf. Acessado em 06/09/2013.)

    Anlise da PropostaA proposta do texto 2 solicitou a elaborao de uma carta aberta de responsabilidade de uma associao de moradores, para ser postada nas redes sociais. Dirigida diretamente s autoridades municipais, a carta deve-ria reivindicar aes consistentes para a melhoria da mobilidade urbana.

    Gnero carta aberta a ser publicada nas redes sociais

    O candidato no poderia ignorar as regras tpicas do gnero: uso do vocativo formal (autoridades municipais); um pargrafo introdutrio que apresentasse a associao e descrevesse brevemente os problemas de mobi-lidade urbana enfrentados; pargrafos de argumentao sustentando a reivindicao e um pargrafo nal agradecendo a ateno e reclamando pela adoo de medidas efetivas. A carta deveria ser assinada apenas com as iniciais do representante da associao responsvel por sua redao. Como normalmente, nos posts em redes sociais, a datao automtica, sem que seja necessria qualquer ao do usurio, a incluso ou no de local e data indiferente. Ainda que a carta v ser postada na internet, considerando a relevncia pblica e a gravidade da questo, alm da autoridade poltica conferida aos destinatrios, recomenda-se a utilizao da linguagem culta escrita formal.

    Situao de interlocuo Enunciador: membro de associao de moradores de uma grande cidade. Destinatrio: autoridades municipais.

    importante ressaltar que, na apresentao da carta, o redator deveria destacar a preocupao da associao com a questo da mobilidade urbana, sobre a qual os membros tm pesquisado. Outra informao relevante o fato de o redator representar um grupo poltico, o que deve ser explicitado de alguma forma.Embora seja diretamente dirigida s autoridades do poder municipal, trata-se de uma carta aberta, o que pressupe que pretende atingir um pblico-leitor amplo teoricamente todos os cidados envolvidos no mesmo problema , o que impe uma exposio clara da situao e das medidas solicitadas.A responsabilidade do destinatrio frente questo em debate tambm deve ser enfatizada na redao da carta, convocando-o ao dever de agir.

    Propsito

    Fazendo referncia obrigatria aos dados contidos nos trs fragmentos apresentados pela banca, o candidato deveria:

    Apresentarbrevementeosprejuzosdecorrentesdasdificuldadesdedeslocamentoenfrentadaspeloshabi-tantes de grandes cidades. Por exemplo, a estimativa de um prejuzo de R$ 62,5 bilhes anuais com a lenti-do do trnsito paulistano.

    Ofereceropesdesoluovivelparaoproblema,taiscomoasadotadasemoutrasmetrpoles.Porexem-plo, pedgio urbano, redes de ciclovias, bicicletas pblicas de aluguel, programas de educao dos motoris-tas, adensamento dos ncleos urbanos, consolidao de novos polos de trabalho e servios para diminuir a necessidade de deslocamentos motorizados.

    Cobrardasautoridadesmunicipaisaadoodeprovidnciasimediataseconcretas,comoascitadasacima.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 5 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 1

    O termo brbaro teve diferentes signicados ao longo da histria. Sobre os usos desse conceito, podemos armar que:

    a) Brbaro foi uma denominao comum a muitas civilizaes para qualicar os povos que no compartilha-vam dos valores destas mesmas civilizaes.

    b) Entre os gregos do perodo clssico o termo foi utilizado para qualicar povos que no falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrneo antigo.

    c) Brbaros eram os povos que os germanos classicavam como inadequados para a conquista, como os vn-dalos, por exemplo.

    c) Gregos e romanos classicavam de brbaros povos que viviam da caa e da coleta, como os persas, em opo-sio aos povos urbanos civilizados.

    Resoluo

    O termo brbaro foi utilizado desde a Antiguidade por povos que se consideravam superiores aos demais, e classicavam outras civilizaes de maneira pejorativa.Gregos e romanos consideravam brbara uma vasta gama de povos, como os persas, os germnicos, entre outros.

    Resposta: a

    Questo 2

    A histria de So Paulo no sculo XVII se confunde com a histria dos povos indgenas. Os ndios no se limita-ram ao papel de tbula rasa dos missionrios ou vtimas passivas dos colonizadores. Foram participantes ativos e conscientes de uma histria que foi pouco generosa com eles.

    (Adaptado de John M. Monteiro, Sangue Nativo, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/sangue-nativo. Acessado em 14/07/2013.)

    Sobre a atuao dos indgenas no perodo colonial, pode-se armar que:

    a) A escravido foi por eles aceita, na expectativa de sua proibio pela Coroa portuguesa, por presso dos jesutas.

    b) Sua participao nos aldeamentos fez parte da integrao entre os projetos religioso e blico de domnio portugus, executados por jesutas e bandeirantes.

    c) A existncia de alianas entre indgenas e portugueses no exclui as rivalidades entre grupos indgenas e entre os nativos e os europeus.

    d) A adoo do trabalho remunerado dos indgenas nos engenhos de So Vicente contrasta com as prticas de trabalho escravo na Bahia e Pernambuco.

    Resoluo

    Analisando a dinmica entre o colonizador e o nativo na colnia Brasil, podemos destacar relaes diferentes de integrao ou no integrao. Entre as primeiras h aquela em que o colonizador constri alianas com o ndio a m de obter vantagens; outra a conitante, em que o europeu visto como um invasor e o ndio como um escravo em potencial. Alm dessas, existem as de no integrao, como a das tribos que evitaram qualquer contato com o homem branco, interiorizando-se ainda mais pelos sertes do Brasil. Nenhuma dessas questes exclui as rivalidades entre grupos indgenas e entre os nativos e os europeus.

    Resposta: c

    EUQ SS ET

  • UNICAMP/2014 1a FASE 6 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 3

    medida que as maneiras se renam, tornam-se distintivas de uma superioridade: no por acaso que o exemplo parece vir de cima e, logo, retomado pelas camadas mdias da sociedade, desejosas de ascender socialmente. exibindo os gestos prestigiosos que os burgueses adquirem estatuto nobre. O ser de um homem se confunde com a sua aparncia. Quem age como nobre nobre.

    (Adaptado de Renato Janine Ribeiro, A Etiqueta no Antigo Regime. So Paulo: Editora Moderna, 1998, p. 12.)

    O texto faz referncia prtica da etiqueta na Frana do sculo XVIII. Sobre o tema, correto armar que:

    a) A etiqueta era um elemento de distino social na sociedade de corte e denia os lugares ocupados pelos grupos prximos ao rei.

    b) O jogo das aparncias era uma forma de disfarar os conluios polticos da aristocracia, composta por bur-gueses e nobres, e negar benefcios ao Terceiro Estado.

    c) Os sans-culottes imitavam as maneiras da nobreza, pois isso era uma forma de adquirir renamento e tornar-se parte do poder econmico no estado absolutista.

    d) Durante o sculo XIX, a etiqueta deixou de ser um elemento distintivo de grupos sociais, pois houve a abo-lio da sociedade de privilgios.

    Resoluo

    Durante o sculo XVIII, a etiqueta era praticada na corte francesa como um smbolo de distino social; atra-vs dela, a aristocracia e os reis evidenciavam sua superioridade em relao s demais camadas sociais. Com o crescimento econmico, a burguesia tambm comea a utilizar a etiqueta na busca de se afastar das camadas mais baixas e se aproximar cada vez mais da aristocracia e do rei.

    Resposta: a

    Questo 4

    Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a alternativa correta.

    a) Os sujeitos envolvidos na ao poltica representada na tela so homens do campo com seus instrumentos de ofcio nas mos.

    b) O quadro evoca temas da Revoluo Francesa, como a bandeira tricolor e a gura da Liberdade, mas retra-ta um ato poltico assentado na teoria bolchevique.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 7 ANGLO VESTIBULARES

    c) O quadro mostra tanto o iderio da Revoluo Francesa reavivado pelas lutas polticas de 1830 na Frana quanto a posio poltica do pintor.

    d) No quadro, v-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante a Revoluo Fran-cesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocrticos.

    Resoluo

    No contexto da Revoluo de 1830, os franceses lutavam contra o Absolutismo Restaurado. Assim, a obra A Liberdade guiando o Povo (1830) resgata os princpios da Revoluo Francesa de 1789, especialmente a liber-dade, que est sendo representada pela mulher segurando a bandeira da ptria no centro da imagem.

    Resposta: c

    Questo 5

    Como os abolicionistas americanos previram, os problemas da escravido no cessariam com a abolio. O racismo continuaria a acorrentar a populao negra s esferas mais baixas da sociedade dos Estados Unidos. Mas se tivessem tido a oportunidade de fazer uma viagem pelo Brasil de seus sonhos o pas imaginado por tanto tempo como o lugar sem racismo eles teriam concludo que entre o inferno e o paraso no h uma to grande distncia anal.

    (Adaptado de Clia M. M. Azevedo, Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma histria comparada (sculo XIX).So Paulo: Annablume, 2003, p. 205.)

    Sobre o tema, correto armar que:

    a) A experincia da escravido aproxima a histria dos Estados Unidos e do Brasil, mas a questo do racismo tornou-se uma pauta poltica apenas nos EUA da atualidade.

    b) Os abolicionistas norte-americanos tinham uma viso idealizada do Brasil, pois no identicavam o racismo como um problema em nosso pas.

    c) A imagem de inferno e paraso na questo racial tambm adequada s divises entre o sul e o norte dos EUA, pois a questo racial impactou apenas uma parte daquele pas.

    d) A abolio foi uma etapa da equiparao de direitos nas sociedades norte-americana e brasileira, pois os direitos civis foram assegurados, em ambos os pases, no nal do sculo XIX.

    Resoluo

    Uma leitura atenta do texto permite, facilmente, a indicao da alternativa correta. Arma-se que os aboli-cionistas norte-americanos viam o Brasil como o lugar sem racismo, o que, sem dvida, era uma viso comple-tamente equivocada.

    Resposta: b

    Questo 6

    Para Portugal, no era interessante trazer para o Brasil imigrantes de estados possuidores de colnias, tais como Frana, Inglaterra, Holanda e Espanha. Abrir as portas da colnia e, depois, do recm-criado imprio do Brasil poderia signicar um risco. Da, a preferncia por imigrantes dos estados alemes, da Sua, e da Itlia. Pedro I continuou essa poltica enfatizando que era necessrio apoiar o desenvolvimento da agricultura, pelo aliciamento de bons colonos que aumentassem o nmero de braos dos quais necessitvamos.

    (Adaptado de Joo Klug, Imigrao no Sul do Brasil, em Keila Grinberg e Ricardo Sales (org.). O Brasil Imperial. v. III. 1870-1889. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2009, p. 247.)

    Assinale a alternativa correta.

    a) A grande entrada de imigrantes no Brasil ocorreu a partir do Primeiro Reinado, em funo do m do tr-co negreiro e da macia propaganda promovida pelo governo brasileiro na Europa.

    b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao incremento da produo agrcola e tinha em conta o cenrio internacional, no qual as metrpoles europeias disputavam territrios e riquezas.

    c) Em meio corrida imperialista do sculo XIX, Portugal empenhou-se pelo m da escravido em Lisboa e do trco negreiro em suas colnias africanas.

    d) A imigrao no Brasil surgiu como questo a partir da implantao da Lei urea, que alterou os modos de pagamento do trabalho livre.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 8 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    A economia do Primeiro Reinado (1822-1831) acompanha as instabilidades caractersticas da formao inicial do Estado nacional brasileiro.Objetivando combater a crise econmica do perodo (de acentuada queda nos preos internacionais do algo-do, cacau, acar e tabaco), D. Pedro I estimula a vinda de determinados grupos imigrantes para as atividades agrcolas.

    Resposta: b

    Questo 7

    Em 1942, os estdios Disney produziram o desenho Al Amigos, que apresenta a personagem Z Carioca. Dois anos depois surgiu uma nova animao: The Three Caballeros, conhecida no Brasil como Voc j foi Bahia?. Nos desenhos citados, o Brasil e a Amrica Latina so mostrados de forma simptica, atravs de este-retipos. Para entender esses desenhos e o esforo de Walt Disney, devemos considerar o seguinte contexto:

    a) a Segunda Guerra Mundial e a poltica de boa vizinhana.b) o avano da Guerra Fria e o episdio da Crise dos Msseis de Cuba.c) a poltica do Big Stick e os resultados da diplomacia do dlar.d) o avano do populismo e a tentativa de Truman de barrar esta inuncia.

    Resoluo

    Com a iminncia da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, os Aliados buscaram aumentar o nmero de parceiros por todo o mundo como forma de fazer frente expanso do Eixo. Nesse contexto, o governo dos Estados Unidos, por meio da Poltica da Boa Vizinhana, buscou aproximar-se dos governos latino-americanos usando de auxlios econmicos e polticas culturais. Assim, Walt Disney e seus estdios tiveram papel importante por aproximar a cultura norte-americana da latino-americana, trazendo a imagem de amizade e parceria entre seus pases.

    Resposta: a

    Questo 8

    (Em http://www.mosesschwartz.com/images/che_original.jpg.)

  • UNICAMP/2014 1a FASE 9 ANGLO VESTIBULARES

    A imagem anterior, obra de Andy Warhol, pertence a uma srie que faz referncia a outros cones do sculo XX. Sobre o artista e a obra correto armar que:

    a) Che Guevara, Pel e Marilyn Monroe so referncias em suas reas de atuao e foram retratados por Warho l porque o artista queria que os jovens os imitassem.

    b) O artista denunciava as aes do regime cubano, por meio da imagem de Che Guevara, ao mesmo tempo em que criticava o predomnio cultural americano, ao fazer trabalho semelhante com Marilyn Monroe.

    c) A Pop Art, na qual se insere Andy Warhol, um movimento de valorizao da cultura miditica, da sua predileo por representantes de esquerda e de minorias, como mulheres e negros.

    d) A proliferao de imagens produzidas pela publicidade, cinema, TV e jornais estimulou uma pintura que trouxe para a tela, com a Pop Art, referncias conhecidas.

    Resoluo

    A Pop Art, movimento artstico nascido nos anos 1950, tem como uma de suas caractersticas o trabalho com imagens amplamente divulgadas pelos meios de comunicao, tais como fotos de celebridades, personagens de histrias em quadrinhos e mesmo referncias a produtos de consumo. Andy Warhol, um dos expoentes desse movimento, apropriou-se livremente de diversos cones da cultura ocidental de massas, reproduzindo imagens com diversas tonalidades de cores, como uma forma de reexo pardica bem-humorada sobre a onipresena de imagens innitamente reproduzidas pela indstria cultural.

    Resposta: d

    Questo 9

    A dvida uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento losco moderno. Neste compor-tamento, a verdade atingida atravs da supresso provisria de todo conhecimento, que passa a ser consi-derado como mera opinio. A dvida metdica agua o esprito crtico prprio da Filosoa.

    (Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introduo ao losofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)

    A partir do texto, correto armar que:

    a) A Filosoa estabelece que opinio, conhecimento e verdade so conceitos equivalentes.b) A dvida necessria para o pensamento losco, por ser espontnea e dispensar o rigor metodolgico.c) O esprito crtico uma caracterstica da Filosoa e surge quando opinies e verdades so coincidentes.d) A dvida, o questionamento rigoroso e o esprito crtico so fundamentos do pensamento losco moderno.

    Resoluo

    O texto aponta para elementos fundamentais da postura losca, sobretudo dvida e ao esprito crtico que, na alternativa correta, aparecem atrelados ao rigor enquanto fundamento do pensamento losco moderno.

    Resposta: d

    Questo 10

    Apesar de ter comeado no inverno de 2010, a chamada Primavera rabe uma aluso Primavera de Praga de 1968 resultou de protestos por mudanas sociais e polticas no Oriente Mdio e sobretudo no norte da frica.Assinale a alternativa que indica corretamente o perodo da estao de inverno no norte da frica e um pas dessa regio convulsionado pela Primavera rabe.

    a) De 21 de dezembro a 20 de maro; Sria.b) De 21 de junho a 20 de setembro; Lbia.

    c) De 21 de dezembro a 20 de maro; Egito.d) De 21 de junho a 20 de setembro; Ir.

    Resoluo

    Dos quatro pases apresentados, apenas Lbia e Egito cam no norte da frica.Lembrando que no Hemisfrio Norte, o inverno corresponde ao perodo entre 21 de dezembro e 20 de maro. Assim, a alternativa correta a letra c.

    Resposta: c

  • UNICAMP/2014 1a FASE 10 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 11

    Desde o perodo neoltico os povos de distintas partes do mundo desenvolveram sistemas agrrios prprios aproveitando as condies naturais de seus habitats e do conhecimento adquirido e transmitido entre os membros da comunidade.Assinale a alternativa que estabelece corretamente a relao entre o povo habitante de uma determi-nada rea, o sistema produtivo por ele desenvolvido, as condies naturais aproveitadas e os produtos cultivados.

    a) Egpcios; uso da irrigao e drenagem; plancies midas e frteis dos rios Tigres e Eufrates; arroz e caf.b) Incas; uso de terraos com tcnicas de curvas de nvel e irrigao de vales; aproveitamento dos altiplanos

    andinos; batata e milho.c) Chineses; uso intensivo dos terraos das altas montanhas; planalto de Anatlia no extremo leste da sia;

    caf e cacau.d) Mesopotmicos; uso de cultivos de inundao e de regadio; vales frteis dos rios Ganges e Amarelo; cana-

    -de-acar e feijo.

    Resoluo

    O desenvolvimento agrcola est associado, entre outros fatores, ao avano de tcnicas agrcolas inuenciadas pelas condies naturais locais. Exemplo disso so os incas, que habitavam as regies andinas da Amrica do Sul, pois desenvolveram tcnicas de plantio em encostas mais ngremes (terraos) e irrigao, domesticando vegetais nativos como a batata e o milho.

    Resposta: b

    Questo 12

    O clima urbano decorre do contraste entre o espao urbano e o campo circundante, evidenciando o carter fundamental da cidade como espao localizado de contnua, cumulativa e acentuada derivao antrpica do ambiente.

    (Adaptado de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, Por um suporte terico e prtico para estimular estudos geogrcos do clima urbano no Brasil.

    Geosul, Florianpolis, ano V, n. 9, 1 sem., 1990.)

    Sobre o clima urbano correto armar que:

    a) ele resulta da interao da paisagem natural com o espao construdo pela ao humana; a paisagem natural no substituda pelo meio ambiente construdo; nas grandes cidades as temperaturas so mais elevadas nas zonas de contato entre os espaos urbano e rural.

    b) ele resulta da interdependncia entre as condies naturais e as aes humanas; a paisagem natural intera-ge com o meio ambiente construdo sem grandes alteraes; nas grandes cidades as temperaturas declinam da periferia em direo ao centro.

    c) ele resulta da permanncia da paisagem natural pela interferncia da ao humana; a paisagem natural substituda pelas atividades agrcolas; nas grandes cidades as temperaturas so mais elevadas nas reas circundantes que nas reas centrais.

    d) ele resulta da alterao da paisagem natural pela interferncia da ao humana; a paisagem natural substituda pelo meio ambiente construdo; nas grandes cidades as temperaturas das reas centrais so mais elevadas que nos campos circundantes.

    Resoluo

    A substituio da paisagem natural pelo meio ambiente construdo, em especial nas cidades, tem como uma das consequncias a alterao das caractersticas climticas das regies modicadas. Assim, uma das alteraes est associada temperatura local. Nas partes centrais, as temperaturas apresentam-se mais elevadas do que nas partes perifricas, fenmeno conhecido como ilhas de calor.

    Resposta: d

  • UNICAMP/2014 1a FASE 11 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 13

    A tabela abaixo apresenta a populao total, urbana e rural (em milhes de habitantes), das macrorregies brasileiras, segundo os trs ltimos censos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica). Assinale a alternativa que indica corretamente as regies identicadas pelos nmeros 1, 2 e 3.

    Brasil / Regies Urbano / Rural Ano 1991 Ano 2000 Ano 2010

    BrasilUrbano 110,9 137,7 160,9Rural 36,0 31,8 29,8

    Regio 1Urbano 5,9 9,0 11,6Rural 4,3 3,8 4,1

    Regio 2Urbano 25,7 32,9 38,8Rural 16,7 14,7 14,2

    Regio 3Urbano 16,3 20,3 23,2Rural 5,7 4,7 4,1

    Regio SudesteUrbano 55,1 65,4 74,6Rural 7,5 6,8 5,6

    Regio Centro--Oeste

    Urbano 7,6 10,0 12,4Rural 1,7 1,5 1,5

    Fonte: Sinopse do Censo do IBGE de 2010.

    a) Sul; Norte; Nordeste.b) Norte; Nordeste; Sul.c) Nordeste; Sul; Norte.d) Norte; Sul; Nordeste.

    Resoluo

    A tabela apresentada mostra, segundo o IBGE, a distribuio e a evoluo das populaes urbana e rural do Brasil, e das macrorregies brasileiras. Sabendo-se que das trs regies solicitadas a mais populosa o Nor-deste e a menos delas o Norte, assim a ordem ser:Regio 1 Norte; Regio 2 Nordeste; e Regio 3 Sul.

    Resposta: b

    Questo 14

    Assinale a alternativa que indica corretamente a localizao e uma caracterstica predominante dos domnios morfoclimticos do Cerrado, da Caatinga e dos Mares de Morros.

    11

    22

    33

    Araucrias

    Campos

    AmazniaAmaznia

  • UNICAMP/2014 1a FASE 12 ANGLO VESTIBULARES

    a) 1, Cerrado, com clima subtropical; 2, Caatinga, com rios perenes; 3, Mares de Morros, com vegetao do tipo savana estpica.

    b) 1, Caatinga, com clima semirido; 2, Mares de Morros, com mata atlntica; 3, Cerrado, com vegetao do tipo savana.

    c) 1, Caatinga, com clima tropical de altitude; 2, Mares de Morros, com rios intermitentes; 3, Cerrado, com mata de araucria.

    d) 1, Cerrado, com vegetao do tipo savana; 2, Caatinga, com clima semirido; 3, Mares de Morros, com mata atlntica.

    Resoluo

    Os domnios morfoclimticos representados no mapa so:

    Nmero 1: CerradoCaracteriza-se pela presena de clima tropical, alternadamente mido e seco. Sua composio botnica con-siderada complexa, haja vista a presena de rvores, arbustos e vegetao herbcea. considerada uma das principais ramicaes do bioma savana. O relevo local predominantemente planltico, contendo em sua extenso uma forma particular denominada chapada.

    Nmero 2: CaatingaPredomina o clima semirido, com elevadas temperaturas e chuvas escassas. Tais condies inuenciam a hidrograa local, com a presena de poucos rios perenes (contnuos) e muitos cursos intermitentes (tempor-rios).Prevalece vegetao xerla, como mandacarus e palmas, ao longo de seu espao.

    Nmero 3: Mares de MorrosH a presena de relevo arredondado sob a inuncia de clima tropical. Sua vegetao, a mata atlntica, latifoliada, contendo, em seu interior, centenas de espcies endmicas.

    Resposta: d

    Questo 15

    Em termos genricos, a rede urbana constitui-se no conjunto de centros urbanos funcionalmente articula-dos entre si. , portanto, um tipo particular de rede na qual os vrtices ou ns representam os diferentes ncleos de povoamento dotados de funes urbanas, e as linhas representam os diversos uxos entre esses centros.

    (Adaptado de Roberto Lobato Corra, Trajetrias Geogrcas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.)

    Sobre a rede urbana Brasileira correto armar que:

    a) formou-se a partir do interior do continente, com o nascimento das cidades boca de serto, funcionais para o povoamento e a explorao do ouro.

    b) j no incio do sculo XIX, ela deixou de seguir o modelo dendrtico implantado desde o incio da coloniza-o para atender economia agroexportadora.

    c) a partir da segunda metade do sculo XX, a industrializao implicou forte articulao inter-regional, ge-rando uma rede urbana de porte nacional.

    d) na atualidade, destaca-se a monofuncionalidade dos principais centros que a formam, dada a especializa-o das funes urbanas requerida na globalizao.

    Resoluo

    Com o avano da industrializao brasileira aps a segunda metade do sculo XX, intensicou-se o desenvol-vimento e a integrao do mercado interno nacional, favorecendo a articulao inter-regional e a expanso da rede urbana no pas. Ressalta-se, nesse processo, a importncia das polticas nacionais desenvolvimentistas de implantao de infraestruturas de transportes, energia e telecomunicaes, que aceleraram a disperso territorial das atividades econmicas.

    Resposta: c

  • UNICAMP/2014 1a FASE 13 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 16

    As ocupaes de telemarketing expressam uma importante transformao do mundo do trabalho nesse co-meo de sculo. Surgem nos EUA e na Europa nos anos 1980 e na dcada de 1990 atingem o Brasil, onde os call centers (locais de trabalho dos atendentes de telemarketing) mais concentram trabalhadores: 1.103 em cada empresa.

    (Adaptado de Jess Souza, Os batalhadores brasileiros. Nova classe mdia ou a nova classe trabalhadora?

    Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.)

    Assinale a alternativa em que todas as caractersticas associadas a esse tipo de trabalho estejam corretas.

    a) Privatizao das empresas de telecomunicaes; generalizao da posse de linhas telefnicas; expanso de servios de suporte tcnico e televendas; insegurana no mercado de trabalho.

    b) Estatizao das empresas de telecomunicaes; generalizao das linhas de telefones xos; maior concen-trao populacional no meio rural; estabilidade no mercado de trabalho.

    c) Privatizao das empresas de telecomunicaes; generalizao da posse de telefones celulares; retrao dos servios de atendimento ao cliente; segurana no mercado de trabalho.

    d) Estatizao das antigas empresas de televendas; generalizao do uso de telefones xos; retrao dos ser-vios de atendimento ao cliente; retrao do mercado de trabalho nos servios.

    Resoluo

    As empresas de telemarketing surgem na dcada de 1980, mesmo perodo em que se inicia a difuso da pol-tica econmica neoliberal.Nesse contexto, o setor de telecomunicaes e essas empresas esto inseridas no modelo econmico neoli-beral caracterizado, entre outros aspectos, pelas privatizaes e pela exibilizao de algumas leis trabalhis-tas, resultando em maior insegurana no mercado de trabalho. As empresas desse setor promoveram uma generalizao da posse de linhas telefnicas, como tambm a expanso dos servios de suporte tcnico e televendas.

    Resposta: a

    Questo 17

    Sobre a Revoluo Informacional e suas implicaes para a reorganizao do mundo contemporneo, pode-mos armar que:

    a) Alguns Estados e um conjunto diminuto de grandes empresas controlam o essencial da revoluo tecnol-gica em curso, atualizando o desenvolvimento geogracamente desigual.

    b) Dado o alcance planetrio do sistema tcnico informacional, a populao tem amplo acesso a uma infor-mao verdadeira que unica os lugares, tornando o mundo uma democrtica aldeia global.

    c) H um acentuado enfraquecimento das funes de gesto das metrpoles, processo determinado pela descentralizao da produo, apoiada no uso intensivo das tecnologias da informao e comu-nicao.

    d) Os mais diversos uxos de informaes perpassam as fronteiras nacionais, anulando o papel do Estado--Nao como ente regulador e denidor de estratgias no jogo poltico mundial.

    Resoluo

    A Revoluo Informacional tem acentuado, e no reduzido, as desigualdades socioeconmicas ao redor do mundo.Suas principais tecnologias, como os satlites e os computadores, so controladas por alguns pases (como os Estados Unidos) e por um pequeno grupo de empresas (como Microsoft e Google) que armazenam, proces-sam e analisam quantidades imensas de informaes por segundo, denindo seu controle sobre o processo econmico global.Alm disso, o acesso a redes como a internet, que essencial para a incluso do processo, ainda restrito, pois menos de um tero da populao mundial faz parte desse moderno sistema de comunicao.

    Resposta: a

  • UNICAMP/2014 1a FASE 14 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 18

    No mapa abaixo esto indicados por nmeros trs pases do Continente Africano. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a localizao e caractersticas desses pases.

    12

    3

    a) Angola (1) e Moambique (2) foram colonizados por franceses, enquanto a frica do Sul (3) integra atual-mente o NAFTA.

    b) Angola (3) e Moambique (1) foram colonizados por ingleses, enquanto a frica do Sul (2) integra atual-mente o G7.

    c) Angola (1) e Moambique (2) foram colonizados por portugueses, enquanto a frica do Sul (3) integra atualmente os BRICS.

    d) Angola (2) e Moambique (3) foram colonizados por portugueses, enquanto a frica do Sul (1) integra atualmente os BRICS.

    Resoluo

    Os pases indicados pelos nmeros 1, 2 e 3 so, respectivamente, Angola, Moambique e frica do Sul. Os dois primeiros so ex-colnias portuguesas, conquistando a independncia em meados dos anos 1970. A frica do Sul possui a economia mais dinmica do continente, integrando atualmente os BRICS, acrnimo que designa as principais economias emergentes (Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul).

    Resposta: c

    Questo 19

    O tecido muscular cardaco apresenta bras

    a) lisas, de contrao voluntria e aerbia.b) lisas, de contrao involuntria e anaerbia.c) estriadas, de contrao voluntria e anaerbia.d) estriadas, de contrao involuntria e aerbia.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 15 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    As bras da musculatura cardaca so estriadas, controladas pelo sistema nervoso autnomo (de aes invo-luntrias) e de metabolismo aerbico.

    Resposta: d

    Questo 20

    Os diagramas abaixo ilustram a frequncia percentual de indivduos com diferentes tamanhos de bico, para duas espcies de tentilhes (gnero Geospiza) encontradas em trs ilhas do arquiplago de Galpagos, no oceano Pacco. As frequncias de indivduos com bicos de diferentes profundidades (indicadas pelas setas) so mostradas para cada espcie, em cada ilha. Sabendo-se que ambas as espcies se alimentam de sementes, indique a interpretao correta para os resultados apresentados.

    Santa Maria

    Los Hermanos

    Daphne

    0

    20

    40

    0

    20

    40

    0

    20

    40

    Profundidade dos bicos (mm)

    Ind

    ivd

    uo

    s em

    cad

    a cl

    asse

    de

    tam

    anh

    o (

    %)

    8 10 12 14 16

    Geospizafuliginosa

    Geospizafortis

    Adaptado de Pianka, E. R. Evolutionary Ecology. Harper & Row, Publishers, New York, 397 pp. 1978.Em: http://goose.ycp.edu/~kk leiner/ecology/lectureimages/15nches.jpg.

    a) Trata-se de um exemplo de cooperao entre as duas espcies, que procuram por alimento juntas, quando esto em simpatria.

    b) Trata-se de um exemplo de deslocamento de caracteres resultante de competio entre as duas espcies na situao de simpatria.

    c) Trata-se de um exemplo de predao mtua entre as espcies, levando excluso de G. fuliginosa na ilha Daphne, e de G. fortis na ilha Los Hermanos.

    d) Trata-se de um caso de repulsa mtua entre as duas espcies, sendo mais perceptvel nas ilhas Daphne e Los Hermanos.

    Resoluo

    Na ilha de Santa Maria, em que as duas espcies convivem no mesmo espao (situao de simpatria), verica-se que ocorreu a adaptao de cada espcie a um nicho ecolgico diferente, que est relacionado a diferentes profundidades dos bicos. Isso favorece a menor competio alimentar entre elas, pois, presumivelmente, as duas espcies se alimentam, nessa ilha, de sementes de diferentes tamanhos.

    Resposta: b

    Questo 21

    Os insetos, especialmente aqueles com modo de vida social, esto entre os animais mais abundantes na Terra. So insetos sociais, que vivem em colnias:

    a) formigas, borboletas, besouros.b) abelhas melferas, formigas, cupins.c) besouros, abelhas melferas, moscas.d) cupins, liblulas, cigarras.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 16 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    Os insetos sociais so aqueles que apresentam diviso de trabalho. Vivem em grupos (colnias). So exemplos as vrias espcies de formigas, de cupins e de abelhas melferas.

    Resposta: b

    Questo 22

    A preservao da biodiversidade ocupa hoje um lugar importante na agenda ambiental de diversos pases. Qual das armaes abaixo correta?

    a) A diversidade de espcies diminui com o aumento da produtividade do ecossistema.b) A diversidade de espcies diminui com o aumento da heterogeneidade espacial do ecossistema.c) A diversidade de espcies diminui com o aumento da latitude.d) A diversidade de espcies em recifes de coral a menor entre os ecossistemas marinhos.

    Resoluo

    medida que aumenta a latitude (do Equador aos polos), as condies ambientais para a sobrevivncia (como a temperatura, por exemplo) tornam-se mais adversas, e, por essa razo, a diversidade de espcies diminui.

    Resposta: c

    Questo 23

    Considere os seguintes componentes celulares:

    I. parede celularII. membrana nuclearIII. membrana plasmtica IV. DNA

    correto armar que as clulas de

    a) fungos e protozorios possuem II e IV.b) bactrias e animais possuem I e II.c) bactrias e protozorios possuem II e IV.d) animais e fungos possuem I e III.

    Resoluo

    Fungos e protozorios, sendo organismos eucariontes, apresentam em suas clulas um ncleo organizado, ou seja, DNA envolto por uma membrana nuclear (carioteca). J as bactrias, seres procariontes, no possuem membrana nuclear. As clulas animais, por m, no possuem parede celular.

    Resposta: a

    Questo 24

    Cladogramas so diagramas que indicam uma histria comum entre espcies ou grupos de seres vivos. Os n-meros 3 e 4 no cladograma apresentado abaixo correspondem, respectivamente, aos seguintes grupos vegetais:

    1 2 3 4

    Vasos condutores de seiva

    Sementes

    FloresFrutos

  • UNICAMP/2014 1a FASE 17 ANGLO VESTIBULARES

    a) angiospermas e gimnospermas.b) pteridtas e gimnospermas.c) pteridtas e britas.d) gimnospermas e angiospermas.

    Resoluo

    Gimnospermas (3) e angiospermas (4) so plantas com sementes. Flores e frutos so exclusivos das angiospermas.

    Resposta: d

    Questo 25

    Na readequao de alguns estdios de futebol, por conta de uma atitude ecolgica coerente, milhares de assentos sero produzidos a partir de garrafas PET. Para cada assento sero necessrias cerca de 100 garrafas PET de capacidade de 600 mL e massa de 18 g cada uma. Pode-se armar que a reduo de volume do material reaproveitado para a fabricao dos assentos ser, aproximadamente, igual a

    a) 2,3%b) 33,3%c) 66,6%d) 97,7%

    Dados: Densidade do PET = 1,3 g cm3. Considere que no reaproveitamento do PET no ocorre perda de mas-sa, e que o volume externo da garrafa de 600 mL.

    Resoluo

    Cada garrafa de 18 g ocupa um volume de 600 mL. Considerando que, aps o reaproveitamento na fabricao dos assentos, o material apresente densidade igual a 1,3 g/cm3, teremos:

    123

    1,3 g 1 cm3 18 g v

    v = 18 g (1 cm)3

    1,3 g = 13,84 cm3 ou 13,84 mL

    Portanto, o volume do material sofrer diminuio de (600 13,84) mL = 586,16 mL

    123

    600 mL 100% 586,16 mL x

    x = 586,16 mL 100%

    600 mL 97,7%

    Resposta: d

    TEXTO PARA AS QUESTES 26 E 27

    O uso mais popular do cloreto de sdio na cozinha, onde utilizado para acrescentar sabor a uma innidade de alimentos e tambm como conservante e material de limpeza. na indstria qumica, no entanto, que ele mais consumido. So inmeros os processos que fazem uso de produtos do processamento desse sal.

    Questo 26

    O uso industrial do cloreto de sdio se d principalmente no processo de obteno de alguns importantes pro-dutos de sua eletrlise em meio aquoso. Simplicadamente, esse processo feito pela passagem de uma cor-rente eltrica em uma soluo aquosa desse sal. Pode-se armar que, a partir desse processo, seriam obtidos:

    a) gs hidrognio, gs oxignio e cido clordrico.b) gs hidrognio, gs cloro e cido clordrico.c) gs hidrognio, gs cloro e hidrxido de sdio em soluo.d) gs hidrognio, gs oxignio e hidrxido de sdio em soluo.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 18 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    Eletrlise do NaC em meio aquoso:

    2 NaC(s) H2O 2 Na+(aq) + 2 C(aq)

    polo ()

    123 2 H2O + 2 e 1 H2(g) + 2 OH(aq)

    123

    ReduoCtodo

    polo (+)

    123 2 C(aq) 1 C2(aq) + 2 e

    123

    Oxidaonodo

    2 NaC(s) + 2 H2O() 1 H2(g) + 1 C2(g) + 2 Na+(aq) + 2 OH(aq)

    Resposta: c

    Questo 27

    Obtm-se um sal de cozinha do tipo light substituindo-se uma parte do sal comum por cloreto de potssio. Esse produto indicado para pessoas com problemas de presso arterial alta. Sabendo-se que a massa molar do sdio menor que a do potssio, pode-se armar que, para uma mesma massa dos dois tipos de sal, no tipo light h

    a) menos ons cloreto e mais ons sdio do que no sal comum.b) mais ons cloreto e menos ons sdio do que no sal comum.c) mais ons cloreto e mais ons sdio do que no sal comum.d) menos ons cloreto e menos ons sdio do que no sal comum.

    Resoluo

    O sal do tipo light obtido substituindo-se uma parte do NaC(s) por KC(s), o que leva diminuio da quan-tidade de ons sdio.Como o cloreto de potssio apresenta maior massa molar, para uma mesma massa dos dois tipos de sal, obte-remos um menor nmero de mols (quantidade de matria) dessa substncia, o que leva a uma menor quan-tidade de ons cloreto.

    Resposta: d

    Questo 28

    Recentemente encontrou-se um verdadeiro fatberg, um iceberg de gordura com cerca de 15 toneladas, nas tubulaes de esgoto de uma regio de Londres. Esse fatberg, resultado do descarte inadequado de gordu-ras e leo usados em frituras, poderia ser reaproveitado na produo de

    a) sabo, por hidrlise em meio salino.b) biodiesel, por transestericao em meio bsico.c) sabo, por transestericao em meio salino.d) biodiesel, por hidrlise em meio bsico.

    Resoluo

    Resposta: b

    leo ougordura

    de origemanimal ou

    vegetal

    transesterificao

    em meio bsico

    + metanol ou etanol biodiesel + glicerol

    saponificaoem meio bsico

    + NaOH(aq) ou KOH(aq) sabo + glicerol

  • UNICAMP/2014 1a FASE 19 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 29

    A matriz energtica brasileira tem se diversicado bastante nos ltimos anos, em razo do aumento da de-manda de energia, da grande extenso do territrio brasileiro e das exigncias ambientais. Considerando-se as diferentes fontes para obteno de energia, pode-se armar que vantajoso utilizar

    a) resduos orgnicos, pois o processo aproveita matria disponvel e sem destino apropriado.b) carvo mineral, pois um recurso natural e renovvel.c) energia hidreltrica, pois uma energia limpa e sua gerao no causa dano ambiental.d) energia nuclear, pois ela usa uma fonte renovvel e no gera resduo qumico.

    Resoluo

    O uso do carvo mineral tem o inconveniente da poluio atmosfrica. A combusto pode produzir, alm de gs carbnico, outras substncias, como monxido de carbono, fuligem e gases formadores de chuvas cidas.J a energia hidreltrica pode causar danos ambientais. A inundao de grandes reas afeta ecossistemas, alm de produzir metano, derivado da fermentao anaerbica de vegetais submersos.A energia nuclear, alm de depender de fontes no renovveis, gera resduos radioativos de difcil eliminao.A melhor resposta a que recomenda a utilizao de resduos orgnicos. Alm de contribuir para a reduo do volume armazenado, a utilizao de materiais como lixo orgnico, bagao de cana, etc., produz menor dano ambiental, alm de ser fonte renovvel.

    Resposta: a

    Questo 30

    Em setembro de 2011, no Rio Grande do Sul, pessoas alegaram ter sofrido queimaduras depois de beberem um achocolatado. Em maro de 2013, um caso semelhante voltou a ocorrer, agora com um suco de ma. Em funo de problemas semelhantes durante o processo de higienizao, o achocolatado foi contaminado por gua sanitria e o suco de ma substitudo por soda custica 2,5%. Pode-se armar que, comparados aos produtos no contaminados, os lquidos que causaram problemas aos consumidores apresentavam-se

    a) mais cidos e, portanto, com maiores valores de pH.b) mais cidos e, portanto, com menores valores de pH.c) mais bsicos e, portanto, com maiores valores de pH.d) mais bsicos e, portanto, com menores valores de pH.

    Resoluo

    Tanto a gua sanitria (soluo aquosa de hipoclorito de sdio), como a soda custica (hidrxido de sdio) apresentam carter bsico, portanto suas solues aquosas possuem pH > 7 a 25 C.Hidrlisedoonhipoclorito:

    CO(aq) + HOH() HCO(aq) + OH(aq)

    Dissociaodohidrxidodesdio:

    NaOH(s) H2O Na+(aq) + OH(aq)

    Resposta: c

    TEXTO PARA AS QUESTES 31 E 32

    Andar de bondinho no complexo do Po de Acar no Rio de Janeiro um dos passeios areos urbanos mais famosos do mundo. Marca registrada da cidade, o Morro do Po de Acar constitudo de um nico bloco de granito, despido de vegetao em sua quase totalidade e tem mais de 600 milhes de anos.

    Questo 31

    O passeio completo no complexo do Po de Acar inclui um trecho de bondinho de aproximadamente 540 m, da Praia Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada at a segunda estao no Morro da Urca, e um segundo trecho de bondinho de cerca de 720 m, do Morro da Urca ao Po de Acar. A velocidade escalar mdia do

  • UNICAMP/2014 1a FASE 20 ANGLO VESTIBULARES

    bondinho no primeiro trecho v1 = 10,8 km/h e, no segundo, v2 = 14,4 km/h. Supondo que, em certo dia, o tempo gasto na caminhada no Morro da Urca somado ao tempo de espera nas estaes de 30 minutos, o tempo total do passeio completo da Praia Vermelha at o Po de Acar ser igual a

    a) 33 min.b) 36 min.c) 42 min.d) 50 min.

    Resoluo

    Os trs trechos do passeio completo no complexo do Po de Acar so tais que: TrechoI:BondinhodaPraiaVermelhaaoMorrodaUrca

    sI = 540 m; vI = 10,8 km/h 3 m/s

    Logo, tI = sIvI

    tI = 5403

    tI = 180 s 3 min

    TrechoII:CaminhadanoMorrodaUrcatII = 30 min

    TrechoIII:BondinhodoMorrodaUrcaaoPodeAcarsIII = 720 m; vIII = 14,4 km/h 4 m/s

    Logo, tIII = sIIIvIII

    tIII = 7204

    tIII = 180 s 3 min

    Assim, o tempo total do passeio ser de:

    t = tI + tII + tIIIt = 3 + 30 + 3 tTotal = 36 min

    Resposta: b

    Questo 32

    A altura do Morro da Urca de 220 m e a altura do Po de Acar de cerca de 400 m, ambas em relao ao solo. A variao da energia potencial gravitacional do bondinho com passageiros de massa total M = 5000 kg, no segundo trecho do passeio,

    (Use g = 10 m/s2.)

    a) 11 106 J.b) 20 106 J.c) 31 106 J.d) 9 106 J.

    Resoluo

    A variao da energia potencial gravitacional p do bondinho (M = 5000 kg), no segundo trecho do passeio, ou seja, do Morro da Urca (hi = 220 m) ao Po de Acar (hf = 400 m), igual a:

    p = pf pi

    p = Mghf Mghi = Mg(hf hi)p = 5000 10 (400 220)

    p = 9 106 JResposta: d

  • UNICAMP/2014 1a FASE 21 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 33

    As mquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-acar podem substituir dezenas de trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma signicativa a relao de trabalho nas lavouras de cana-de-acar. A p cortadei-ra da mquina ilustrada na gura abaixo gira em movimento circular uniforme a uma frequncia de 300 rpm.A velocidade de um ponto extremo P da p vale(Considere pi 3.)

    a) 9 m/s.b) 15 m/s.c) 18 m/s.d) 60 m/s.

    Resoluo

    A velocidade escalar do ponto P pode ser calculada por meio da expresso:

    v= w r, em que w = 2pif.Do enunciado,

    1442443

    pi 3r = 60cm = 0,6m

    f = 300 rpm = 300 rotaes60s

    = 5Hz

    Logo:

    v = 2pif rv = 2 3 5 0,6

    v = 18 m/s

    Resposta: c

    R = 60 cmP

  • UNICAMP/2014 1a FASE 22 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 34

    Uma boia de sinalizao martima muito simples pode ser construda unindo-se dois cilindros de mesmas dimenses e de densidades diferentes, sendo um de densidade menor e outro de densidade maior que a da gua, tal como esquematizado na gura abaixo. Submergindo-se totalmente esta boia de sinalizao na gua, quais sero os pontos efetivos mais provveis de aplicao das foras Peso e Empuxo?

    Densidademenor

    Densidademaior

    A B C

    a) Peso em C e Empuxo em B.b) Peso em B e Empuxo em B.c) Peso em C e Empuxo em A.d) Peso em B e Empuxo em C.

    Resoluo

    Para cada cilindro, o centro de massa (cm) pode ser marcado como o esquema:

    A B C

    cm1 cm2

    Sabendo que o centro de massa da boia de sinalizao obtido por meio da mdia ponderada da posio do cm de cada cilindro e ponderado pelas massas de cada corpo, podemos concluir que a fora peso est aplicada prximo ao ponto C, uma vez que o corpo da direita possui uma massa maior do que o cilindro da esquerda.Com relao Fora de Empuxo, a sua aplicao est no centro de massa do volume de gua deslocado, o que corresponde ao centro geomtrico do corpo (ponto B).

    CG

    Resposta: a

    Questo 35

    A tecnologia de telefonia celular 4G passou a ser utilizada no Brasil em 2013, como parte da iniciativa de melhoria geral dos servios no Brasil, em preparao para a Copa do Mundo de 2014. Algumas operadoras inauguraram servios com ondas eletromagnticas na frequncia de 40 MHz. Sendo a velocidade da luz no vcuo c = 3,0 108 m/s , o comprimento de onda dessas ondas eletromagnticas a) 1,2 m.b) 7,5 m.c) 5,0 m.d) 12,0 m.

    Resoluo

    De acordo com a equao fundamental da ondulatria, temos:

    v = f

    123

    v = 3 108 m/sf = 40 Mhz = 40 106 Hz

    3 108 = 40 106

    = 7,5 m

    Resposta: b

  • UNICAMP/2014 1a FASE 23 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 36

    A atrao e a repulso entre partculas carregadas tm inmeras aplicaes industriais, tal como a pintura eletrosttica. As guras a seguir mostram um mesmo conjunto de partculas carregadas, nos vrtices de um quadrado de lado a, que exercem foras eletrostticas sobre a carga A no centro desse quadrado. Na situao apresentada, o vetor que melhor representa a fora resultante agindo sobre a carga A se encontra na gura

    a) +q 2qa

    a

    a+q 2q

    a

    q

    A

    F

    b) +q 2qa

    a

    a+q 2q

    a

    q

    AF

    c) +q 2qa

    a

    a+q 2q

    a

    q

    A

    F

    d) +q 2qa

    a

    a+q 2q

    a

    q

    A

    F

    Resoluo

    A gura a seguir ilustra a situao proposta:

    Q1 = +q Q2 = 2q

    Q4 = +q Q3 = 2q

    q

    F3/A

    A

    F1/A

    F4/AF2/A

  • UNICAMP/2014 1a FASE 24 ANGLO VESTIBULARES

    Em que

    14243

    F

    1/A a fora com que Q1 atrai A.F

    2/A a fora com que Q2 repele A.F

    3/A a fora com que Q3 repele A.F

    4/A a fora com que Q4 atrai A.

    De acordo com a lei de Coulomb, F1/A = F4/A e F3/A = F2/A.Aplicando-se o mtodo da poligonal:

    R

    F1/AF2/A

    F4/AF3/A

    Portanto, a resultante R

    possui direo horizontal e seu sentido para a esquerda.

    Resposta: d

    Questo 37

    A gura abaixo exibe, em porcentagem, a previso da oferta de energia no Brasil em 2030, segundo o Plano Nacional de Energia.

    15,5

    28

    36,95,5

    18,5

    13,5

    9,1

    Gsnatural

    Petrleo ederivados

    UrnioCarvo mineral

    Lenha ecarvo vegetal

    Produtosde cana

    Hidrulica

    Outras fontesrenovveis

    Segundo o plano, em 2030, a oferta total de energia do pas ir atingir 557 milhes de tep (toneladas equi-valentes de petrleo). Nesse caso, podemos prever que a parcela oriunda de fontes renovveis, indicada em cinza na gura, equivaler a

    a) 178,240 milhes de tep.b) 297,995 milhes de tep.c) 353,138 milhes de tep.d) 259,562 milhes de tep.

    Resoluo

    Do grco temos que as fontes renovveis somam um total de:

    9,1 + 13,5 + 18,5 + 5,5 = 46,6%

    Como a oferta total de energia ser de 557 milhes de tep, a parte referente s fontes renovveis ser:

    46,6100

    557 = 259,562 milhes de tep

    Resposta: d

  • UNICAMP/2014 1a FASE 25 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 38

    Um investidor dispe de R$ 200,00 por ms para adquirir o maior nmero possvel de aes de certa empresa. No primeiro ms, o preo de cada ao era R$ 9,00. No segundo ms houve uma desvalorizao e esse preo caiu para R$ 7,00. No terceiro ms, com o preo unitrio das aes a R$ 8,00, o investidor resolveu vender o to-tal de aes que possua. Sabendo que s permitida a negociao de um nmero inteiro de aes, podemos concluir que com a compra e venda de aes o investidor teve

    a) lucro de R$ 6,00.b) nem lucro nem prejuzo.c) prejuzo de R$ 6,00.d) lucro de R$ 6,50.

    Resoluo

    No 1o ms, com R$ 200,00 e o valor de cada ao a R$ 9,00, temos:

    200 920 22

    2

    Logo, o investidor comprou 22 aes, ao valor total de R$ 198,00.No 2o ms, com R$ 200,00 e o valor de cada ao a R$ 7,00, temos:

    200 760 28

    4

    Logo, o investidor comprou 28 aes, ao valor total de R$ 196,00.No 3o ms, ao vender as (22 + 28) = 50 aes a R$ 8,00 cada, obteve 50 R$ 8,00 = R$ 400,00.Como o capital investido foi (R$ 198,00 + R$ 196,00) = R$ 394,00 e o valor recebido aps a venda foi R$ 400,00, o investidor obteve lucro de R$ 6,00.

    Resposta: a

    Questo 39

    O permetro de um tringulo retngulo igual a 6,0 m e as medidas dos lados esto em progresso aritmtica (PA). A rea desse tringulo igual a

    a) 3,0 m2.b) 2,0 m2.c) 1,5 m2.d) 3,5 m2.

    Resoluo

    Seja a PA (x r, x, x + r), temos:

    x r + x + x + r = 6 3x = 6 x = 2PA (2 r, 2, 2 + r). O tringulo retngulo pode ser:

    2 r2 + r

    2

  • UNICAMP/2014 1a FASE 26 ANGLO VESTIBULARES

    Aplicando o teorema de Pitgoras:(2 + r)2 = 22 + (2 r)2

    4 + 4r + r2 = 4 + 4 4r + r2 8r = 4 r = 12

    A rea :

    A = 2 (2 r)2

    = 2 12

    = 32

    = 1,5 m2

    Resposta: c

    Questo 40

    Um caixa eletrnico de certo banco dispe apenas de cdulas de 20 e 50 reais. No caso de um saque de 400 reais, a probabilidade do nmero de cdulas entregues ser mpar igual a

    a) 14

    .

    b) 25

    .

    c) 23

    .

    d) 35

    .

    Resoluo

    As possibilidades so:

    nmero de

    cdulas de

    R$ 50,00

    nmero de

    cdulas de

    R$ 20,00

    Total de

    cdulas

    8 0 8

    6 5 11

    4 10 14

    2 15 17

    0 20 20

    Assim, a probabilidade de o nmero de cdulas ser mpar 25

    .

    Resposta: b

    Questo 41

    Considere as funes f e g, cujos grcos esto representados na gura abaixo.

    x

    yy = f(x)

    y = g(x)

    1

    1

    2

    00 1 212

  • UNICAMP/2014 1a FASE 27 ANGLO VESTIBULARES

    O valor de f(g(1)) g(f(1)) igual a

    a) 0.b) 1.c) 2.d) 1.

    Resoluo

    Do grco temos:g(1)= 0Assim,

    f(g(1)) = f(0) = 1

    f(1)= 1Assim,

    g(f(1)) = g(1) = 0

    Desse modo:f(g(1)) g(f(1)) = 1 0 = 1

    Resposta: d

    Questo 42

    Seja x real tal que cosx = tanx. O valor de senx

    a) (3 1)2

    .

    b) (1 3)2

    .

    c) (5 1)2

    .

    d) (1 5)2

    .

    Resoluo

    cosx = tgx cosx = senxcosx

    cos2x = senx

    1 sen2x senx = 0 sen2x + senx 1 = 0 = 12 4 1 (1) = 5

    senx = 1 + 52

    = 5 1

    2 ou

    senx = 1 52

    (No convm)

    Resposta: c

    Questo 43

    A razo entre a idade de Pedro e a de seu pai igual a 29

    . Se a soma das duas idades igual a 55 anos, ento Pedro tem

    a) 12 anos.b) 13 anos.c) 10 anos.d) 15 anos.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 28 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    Como a razo entre as idades 29, e sendo k um nmero natural, temos:

    idadedePedro:2kidadedopaidePedro:9kAssim,

    2k + 9k = 55

    k = 55

    Logo, Pedro tem 2 5 = 10 anos.

    Resposta: c

    Questo 44

    No plano cartesiano, a reta de equao 2x 3y = 12 intercepta os eixos coordenados nos pontos A e B. O pon-to mdio do segmento AB tem coordenadas

    a) (4, 43).b) (3, 2).

    c) (4, 43).d) (3, 2).

    Resoluo

    Para obter as interseces da reta com os eixos coordenados, basta fazer:com o eixo x: y = 0 2x 3 0 = 12 x = 6 A (6, 0)com o eixo y: x = 0 2 0 3y = 12 y = 4 B (0, 4)

    y

    xA

    6

    M(3, 2)

    4B

    0

    xm = 6 + 0

    2 = 3

    ym = 0 4

    2 = 2

    Logo, M (3, 2)

    Resposta: d

  • UNICAMP/2014 1a FASE 29 ANGLO VESTIBULARES

    Questo 45

    Considere um cilindro circular reto. Se o raio da base for reduzido pela metade e a altura for duplicada, o volume do cilindro

    a) reduzido em 50%.b) aumenta em 50%.c) permanece o mesmo.d) reduzido em 25%.

    Resoluo

    Seja R o raio e h a alturaV1 = pi r2 hDuplicando a altura e reduzindo o raio metade, temos:

    V2 = pi (r2)2 (2h) = 12 pi r2 h = 12 V1O volume ser reduzido em 50%

    Resposta: a

    Questo 46

    O grco abaixo exibe a curva de potencial bitico q(t) para uma populao de microorganismos, ao longo do tempo t.

    0 1 2 3 4 5 t

    q(t)

    7000

    6000

    5000

    4000

    3000

    2000

    1000

    Sendo a e b constantes reais, a funo que pode representar esse potencial

    a) q(t) = at + b.b) q(t) = abt.

    c) q(t) = at2 + bt.d) q(t) = a + logbt.

    Resoluo

    Dentre as alternativas, a mais adequada b, uma funo exponencial.Nota-se que a alternativa c, que exibe uma funo quadrtica, no adequada, pois teramos q(0) = 0. Assim, contraria os dados do grco.

    Resposta: b

    Questo 47

    O mdulo do nmero complexo z = i2014 i1987 igual a

    a) 2 .b) 0.

    c) 3.d) 1.

  • UNICAMP/2014 1a FASE 30 ANGLO VESTIBULARES

    Resoluo

    z = i2014 i1987Dividindo os expoentes por 4 e usando os restos das divises, temos:z = i2 i3 = 1 + i

    Assim: |z| = (1)2 + 12 = 2

    Resposta: a

    Questo 48

    Considere a matriz M = ( 1 a 1b 1 a1 b 1 ), onde a e b so nmeros reais distintos. Podemos armar quea) a matriz M no invertvel.b) o determinante de M positivo.c) o determinante de M igual a a2 b2.d) a matriz M igual sua transposta.

    Resoluo

    det M = a2 + b2 + 1 ab ab 1det M = a2 2ab + b2det M = (a b)2Como a e b so reais distintas, det M positivo.

    Resposta: b

  • UNICAMP/2014 1a FASE 31 ANGLO VESTIBULARES

    Biologia

    Prova com questes claras, bem elaboradas, adequada ao que se prope, ou seja, selecionar candidatos de todas as reas por seu conhecimento geral da Biologia.

    Fsica

    As seis questes de Fsica apresentaram enunciados claros e imediatos, abordando tpicos centrais de con-tedos relevantes do programa do Ensino Mdio.

    Nesse sentido, a prova foi adequada para se aferirem os conhecimentos gerais dos candidatos.Se bem preparados, o aluno no enfrentar di culdades para um bom desempenho nessa prova.

    Geogra a

    A prova de Geogra a da Unicamp 1a fase 2014 contou com questes, em sua maioria, bem elaboradas e diversi cadas. Enfatizou temas clssicos do ensino geogr co (por exemplo, domnios morfoclimticos) e contemporneos (telemarketing e as redes)

    Ressalva feita para a questo referente populao urbana e rural das macrorregies brasileiras, uma vez que a indagao feita no enunciado meramente exigia do candidato um conhecimento quantitativo.

    Histria

    Os testes de Histria apresentaram uma clareza e rigor notveis, exigindo do candidato um repertrio bsico de conhecimentos e capacidade de leitura e entendimento de texto. A aparente facilidade dos testes torna a prova adequada a um exame de primeira fase.

    Matemtica

    Uma prova que examinou conhecimentos gerais com questes bem elaboradas e uma abrangncia muito boa dos assuntos do Ensino Mdio.

    Parabns Banca Examinadora.

    Qumica

    Boa prova de Qumica, que abordou assuntos relevantes do Ensino Mdio em um nvel de di culdade adequado para uma primeira fase.

    TNEM OSOC IR