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Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular Prova 2014 Vestibular

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  • LLNNGGUUAA PPOORRTTUUGGUUEESSAA

    1 BB

    (Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.)

    Mantida a norma-padro da lngua portuguesa, a frase quepreenche corretamente o segundo balo :a) Todos os drages o tem.b) Todos os drages tm isso.c) Os drages todos lhe tem.d) Sempre se encontra drages com isso.e) Sofre disso todos os drages.ResoluoErros: a) tem por tm; c) lhe por o; d) encontra por en -contram; e) sofre por sofrem.

    UUNNIIFFEESSPP DDEEZZEEMMBBRROO//22001133

  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 02 e03.

    Casimiro de Abreu pertence gerao dos poetas quemorreram prematuramente, na casa dos vinte anos, comolvares de Azevedo e outros, acometidos do malbyroniano. Sua poesia, reflexo autobiogrfico dostranses, imaginrios e verdicos, que lhe agitaram a curtaexistncia, centra-se em dois temas fundamentais: asaudade e o lirismo amoroso. Graas a tal fundo dejuvenilidade e timidez, sua poesia saudosista guarda umno sei qu de infantil.

    (Massaud Moiss. A literatura brasileira atravs dos textos, 2004. Adaptado.)

    2 CCOs versos de Casimiro de Abreu que se aproximam daideia de saudade, tal como descrita por Massaud Moiss,encontram-se em:

    a) Se eu soubesse que no mundo / Existia um corao, /Que s por mim palpitasse / De amor em terna expan -so; / Do peito calara as mgoas, / Bem feliz eu eraento!

    b) Oh! no me chames corao de gelo! / Bem vs: tra-me no fatal segredo. / Se de ti fujo que te adoro emuito, / s bela eu moo; tens amor, eu medo!...

    c) Naqueles tempos ditosos / Ia colher as pitangas, /Trepava a tirar as mangas, / Brincava beira do mar;/ Rezava s Ave-Marias, / Achava o cu sempre lindo,/ Adormecia sorrindo / E despertava a cantar!

    d) Minhalma triste como a flor que morre / Pendida beira do riacho ingrato; / Nem beijos d-lhe a viraoque corre, / Nem doce canto o sabi do mato!

    e) Tu, ontem, / Na dana / Que cansa, / Voavas / Coasfaces / Em rosas / Formosas / De vivo, / Lascivo /Carmim; / Na valsa / To falsa, / Corrias, / Fugias, /Ardente, / Contente, / Tranquila, / Serena, / Sem pena/ De mim!

    ResoluoAs demais alternativas no exprimem saudosismo,mas temtica amorosa (a, b, e) e melancolia (d).

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  • 3 AA ((ooffiicciiaall )) mmeellhhoorr:: DDOs substantivos do texto derivados pelo mesmo processode formao de palavras so:a) juvenilidade e timidez.b) gerao e byroniano.c) reflexo e imaginrios.d) prematuramente e autobiogrfico.e) saudade e infantil.ResoluoO gabarito oficial d como resposta a alternativa a,pois as duas palavras em questo seriam formadas porsufixao (juvenil-idade, tmido-ez). Ocorre, porm,que juvenilidade no se forma em portugus, mas evoluo do timo latino iuvenilitas, iuvenilitatis. Aresposta d deveria ser considerada correta, pois asduas palavras dela se formam por sufixao(prematura-mente, autobiografia-ico).

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  • Leia o soneto de Cludio Manuel da Costa para responders questes de nmeros 04 a 07.

    Onde estou? Este stio desconheo:Quem fez to diferente aquele prado?Tudo outra natureza tem tomado;E em contempl-lo tmido esmoreo.

    Uma fonte aqui houve; eu no me esqueoDe estar a ela um dia reclinado;Ali em vale um monte est mudado:Quanto pode dos anos o progresso!rvores aqui vi to florescentes,Que faziam perptua a primavera:Nem troncos vejo agora decadentes.

    Eu me engano: a regio esta no era;Mas que venho a estranhar, se esto presentesMeus males, com que tudo degenera!

    (Obras, 1996.)

    4 EESo recursos expressivos e tema presentes no soneto,respectivamente,a) metforas e a ideia da imutabilidade das pessoas e dos

    lugares.b) sinestesias e a superao pelo eu lrico de seus maiores

    problemas.c) paradoxos e a certeza de um presente melhor para o eu

    lrico que o passado.d) hiprboles e a fora interior que faz o eu lrico superar

    seus males.e) antteses e o abalo emocional vivido pelo eu lrico.ResoluoA rigor, o poema apresenta apenas uma anttese:florescentes/decadentes. H, verdade, contrastes, queexprimem os estados de esprito opostos do eu lrico antes feliz, agora infeliz.

    5 EENo soneto, o eu lrico expressa-se de formaa) eufrica, reconhecendo a necessidade de mudana.b) contida, descortinando as impresses auspiciosas do

    cenrio.c) introspectiva, valendo-se da idealizao da natureza.d) racional, mostrando-se indiferente s mudanas.e) reflexiva, explorando ambiguidades existenciais.ResoluoO poema apresenta a conteno expressiva tpica doneoclassicismo (no h o preciosismo barroco nem aexpresso emocional intensificada dos romnticos) eexplora tematicamente os estados contrastantes daexistncia, responsveis pela ambiguidade da percep -o (o que era belo no passado para o sujeito feliz hojeparece feio para o infeliz).

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  • 6 DDNo contexto em que esto empregados, os termos stio(1. verso), tmido (4. verso) e perptua (10. verso)significam, respectivamente,a) acampamento, imaturo e permanente.b) campo, fraco e imprescindvel.c) fazenda, obscuro e frequente.d) lugar, receoso e eterna.e) imediao, inseguro e duradoura.ResoluoStio significa espao, lugar; tmido da mesma raizde temor (do latim timor, timoris, medo, receio);perptuo o que dura sempre, eterno.

    7 DDNesse soneto, so comuns as inverses, como se v noverso Quanto pode dos anos o progresso! que, emordem direta, assume a seguinte redao:a) Quanto dos anos o progresso pode!b) O progresso quanto pode dos anos!c) Pode quanto dos anos o progresso!d) Quanto o progresso dos anos pode!e) Pode quanto o progresso dos anos!ResoluoA ordem direta consiste na sequncia sujeito (com seusadjuntos: o progresso dos anos) verbo (pode). Aposio do advrbio quanto poderia ser outra: Oprogresso dos anos quanto pode!

    8 DD

    (http://educacao.uol.com.br. Adaptado.)Para que a fala do pescador seja coerente, as lacunas doprimeiro balo devem ser preenchidas, de acordo com anorma-padro da lngua portuguesa, com:a) boco homenzo rapago.b) bocona homo rapazo.c) bocarra homenzo rapazo.d) bocarra homenzarro rapago.e) boco homenzarro rapazo.ResoluoTrata-se dos aumentativos eruditos de boca, homem erapaz.

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  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 09 a14.

    O melro veio com efeito s trs horas. Lusa estava nasala, ao piano.

    Est ali o sujeito do costume foi dizer Juliana.Lusa voltou-se corada, escandalizada da expresso: Ah! meu primo Baslio? Mande entrar.E chamando-a: Oua, se vier o Sr. Sebastio, ou algum, que entre.Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de

    repente para ela todo o interesse picante. A sua malciacheia, enfunada at a, caiu, engelhou-se como uma velaa que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo!

    Subiu cozinha, devagar, lograda. Temos grande novidade, Sr. Joana! O tal peralta

    primo. Diz que o primo Baslio.E com um risinho: o Baslio! Ora o Baslio! Sai-nos primo ltima

    hora! O diabo tem graa! Ento que havia de o homem ser se no parente?

    observou Joana.Juliana no respondeu. Quis saber se estava o ferro

    pronto, que tinha uma carga de roupa para passar! Esentou-se janela, esperando. O cu baixo e pardopesava, carregado de eletricidade; s vezes uma aragemsbita e fina punha nas folhagens dos quintais um arrepiotrmulo.

    o primo! refletia ela. E s vem ento quandoo marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai;e roupa-branca e mais roupa-branca, e roupo novo, etipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bbeda!Tudo fica na famlia!

    Os olhos luziam-lhe. J se no sentia to lograda.Havia ali muito para ver e para escutar. E o ferroestava pronto?

    Mas a campainha, embaixo, tocou.(Ea de Queirs. O primo Baslio, 1993.)

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  • 9 EEQuando avisada de que Baslio estava em sua casa,Lusa escandaliza-se com a forma de expresso de suacriada Juliana. A reao de Lusa decorrea) da linguagem descuidada com que a criada se refere a

    seu primo Baslio, rapaz corts e de famlia aristo -crtica.

    b) da intimidade que a criada revela ter com o Baslio, oque deixa a patroa enciumada com o comentrio.

    c) do comentrio malicioso que a criada faz presenade Baslio, sugerindo patroa que deveria envolver-secom o rapaz.

    d) da indiscrio da criada ao referir-se ao rapaz, o qual,apesar do vnculo familiar, no era visita frequente nacasa da patroa.

    e) da ambiguidade que se pode entrever nas palavras dacriada, referindo-se com ironia s frequentes visitas deBaslio patroa.

    ResoluoLusa esposa de Jorge, que est a trabalho no interiorde Portugal. Quando a empregada Juliana anuncia achegada de Baslio, qualificando-o como o sujeito docostume, mostra-se maldosamente ambgua,deixando a entender uma ponta de crtica pelo fato deuma mulher casada ter o hbito de receber, naausncia do marido, um outro homem em sua casa. Daa reao de Lusa, que fica corada e escandalizada,fazendo questo de informar que se trata de seu primo.

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  • 10 BBObserve as passagens do texto:

    Ora, adeus! Era o primo! (7. pargrafo) E o ferro estava pronto? (penltimo pargrafo)

    Nessas passagens, correto afirmar que se expressa oponto de vistaa) da personagem Juliana, em discurso direto, indepen -

    dente da voz do narrador.b) da personagem Juliana, sendo que sua voz mescla-se

    voz do narrador.c) do narrador, em terceira pessoa, distanciado, portanto,

    do ponto de vista de Juliana.d) do narrador, em primeira pessoa, prximo, portanto,

    do ponto de vista de Juliana.e) da personagem Lusa, em discurso indireto, indepen -

    dente da voz do narrador.ResoluoAs duas passagens so discurso de Juliana, a primeiraexpressando sua decepo ao descobrir que o sujeitoera nada mais do que o primo de Lusa (a empregadaesperava alguma novidade indecente e escandalosa) ea segunda apresentando a preocupao da servialcom a tarefa domstica que precisava realizar, acarga de roupa para passar. Trata-se, portanto, doponto de vista da personagem que de maneira vvidae graciosa acaba-se misturando ao discurso do narra -dor, sem a tradicional separao por meio do verbo dedizer e da pontuao tpica (aspas ou travesso).Trata-se, portanto, de discurso indireto livre.

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  • Considere o antepenltimo pargrafo do texto pararesponder s questes de nmeros 11 e 12.

    o primo! refletia ela. E s vem ento quandoo marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai;e roupa-branca e mais roupa-branca, e roupo novo, etipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bbeda!Tudo fica na famlia!

    11 CCNas reflexes de Juliana, est sugerido o que acaba porser o tema gerador desse romance de Ea de Queirs, asaber:a) o amor impossvel, em nome do qual Lusa abandona

    o marido.b) a vingana, em que Lusa vitima seu amante Baslio.c) o tringulo amoroso, em que Baslio ocupa o lugar de

    amante.

    d) o casamento por interesse, mediante a compra do amorde Baslio.

    e) o casamento por convenincia, no qual Lusa foilograda.

    ResoluoO ltimo discurso direto do trecho expe as reflexesde Juliana sobre os fatos que observa e analisa comsagacidade: o contato de Lusa com Baslio, justamen -te quando Jorge no est presente, faz com que estatenha um novo comportamento, passando a usarroupa nova, a passear, suspirar e exibir olheiras. Essasconsideraes sugerem o tema motivador de O PrimoBaslio: o adultrio de Lusa.

    12 AAA leitura do pargrafo permite concluir que as reflexesde Juliana so pautadasa) pelo inconformismo com os encontros, que lhe repre -

    sentam mais afazeres.b) pela falta de interesse que tem de se ocupar dos

    afazeres domsticos.c) pelo ressentimento que experimenta, por no receber a

    ateno desejada.d) pela insatisfao de contemplar o bem-estar da famlia.e) pelo descaso que revela ter em relao a Lusa e aos

    seus familiares.ResoluoNo pargrafo em questo, a empregada Juliana recla -ma de que a patroa passou a passear mais, a usarroupa branca e mais roupa branca, e roupo novo,o que significava um aumento da carga de tarefadomstica mais para lavar e engomar.

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  • 13 DDO trecho do texto reescrito sem prejuzo para o sentidooriginal e para a correo gramatical encontra-se em:a) Oua, caso vm o Sr. Sebastio, ou algum, que

    entre. (6. pargrafo)b) E sentou-se na janela enquanto esperava. (13. par -

    grafo)c) Ah! meu primo Baslio? Mande-lhe entrar. (4.

    pargrafo)d) [...] engelhou-se tal como uma vela para a qual faltasse

    o vento. (7. pargrafo)e) Os olhos luziam para Juliana. (15. pargrafo)ResoluoErros: a) vm por venha; b) na por ; c) lhe por o; e)lhe no texto equivale a seus ou de Juliana.

    14 EEA leitura do trecho de O primo Baslio, em seu conjunto,permite concluir corretamente que essa obraa) expe a sociedade portuguesa da poca para recuperar

    a tradio e os vnculos sociais.b) traz as relaes humanas de forma idealista, ainda que

    recupere a ideologia vigente.c) retrata a sociedade portuguesa da poca de forma

    romntica e idealizada.d) faz explicitamente a defesa das instituies sociais,

    como a famlia.e) faz um retrato crtico da sociedade portuguesa da

    poca, exibindo os seus costumes.ResoluoO trecho apresenta o estilo de vida da empregada insatisfeita e rancorosa, atolada em tarefas domsticas em contraste com o da patroa entregue ao cio e fruio dos prazeres. Configura-se aqui a represen ta -o metonmica de um contexto de oposio de classes.O excerto tambm expe a iminncia de um adultrio(que por fim se realiza), que Ea de Queirs entendeucomo fruto da defeituosa educao romntica qualestaria submetida a mulher burguesa ibrica no sculoXIX. Assim, O Primo Baslio funciona como umromance que compe um retrato crtico da sociedadelusitana da poca.

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  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 15 e16.

    Pegamos os nossos 24.253 km de fronteiras e osesticamos em uma linha reta. Assim, fica possvelentender o que acontece em cada canto desse Brasilzo:______ invases de terra, ______ de drogas e cenriosde tirar o flego.

    (http://super.abril.com.br. Adaptado.)

    15 BBAs lacunas do texto so preenchidas, correta e respecti -vamente, por:a) ocorre trfego. b) h trfico.c) existe trfego. d) se v trfego.e) acontece trfico.ResoluoO verbo haver impessoal e deve ser empregado na 3.apessoa do singular. A expresso posposta ao verbo(invases de terra) funciona sintaticamente comoobjeto direto.O substantivo trfico refere-se a comrcio ilcito, nocaso, ao de drogas.

    16 AADe acordo com o texto, correto afirmar quea) problemas contrastam com belos cenrios nas fron -

    teiras do Brasil, cuja maior parte est em terra.b) problemas se sobrepem a cenrios de grande beleza

    nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte est em mar.c) belos cenrios estimulam grandes problemas nas fron -

    teiras do Brasil, cuja maior parte est em terra.d) problemas e lugares exticos se equilibram nas fron -

    teiras do Brasil, as quais tambm esto em equilbrioem extenso.

    e) belos cenrios convivem com a gravidade dos pro -blemas nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte estem mar.

    ResoluoAs fronteiras indicadas no texto delineiam o mapa doBrasil e circunscrevem os problemas enfrentados noterritrio brasileiro: invases de terra e trfico dedrogas em contraste com as belas paisagens do Pas.

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  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 17 a22.

    Poetas e tipgrafos

    Vice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poetaJoo Cabral de Melo Neto foi a um mdico por causa desua crnica dor de cabea. Ele lhe receitou exercciosfsicos, para canalizar a tenso. Joo Cabral seguiu oconselho. Comprou uma prensa manual e passou aproduzir mo, domesticamente, os prprios livros e osdos amigos. E, com tal ginstica potica, como achamava, tornou-se essa ave rara e fascinante: um editorartesanal.

    Um livro recm-lanado, Editores ArtesanaisBrasileiros, de Gisela Creni, conta a histria de JooCabral e de outros sonhadores que, desde os anos 50,enriqueceram a cultura brasileira a partir de seu quartodos fundos ou de um galpo no quintal.

    O editor artesanal dispe de uma minitipografia e faztudo: escolhe a tipologia, compe o texto, diagrama-o,produz as ilustraes, tira provas, revisa, compra o papele imprime em folhas soltas, no costuradas 100 ou200 lindos exemplares de um livrinho que, se no fossepor ele, nunca seria publicado. Da, distribui-os aossubscritores (amigos que se comprometeram a comprarum exemplar). O resto, d ao autor. Os livreiros noquerem nem saber.

    Foi assim que nasceram, em pequenos livros, poemasde acredite ou no Joo Cabral, Manuel Bandeira,Drummond, Ceclia Meireles, Joaquim Cardozo, Viniciusde Moraes, Ldo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge deLima e at o conto Com o Vaqueiro Mariano (1952),de Guimares Rosa. E de Donne, Baudelaire,Lautramont, Rimbaud, Mallarm, Keats, Rilke, Eliot,Lorca, Cummings e outros, traduzidos por amor.

    Joo Cabral no se curou da dor de cabea, mas valeu.(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.)

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  • 17 AAAs informaes do texto permitem afirmar quea) a edio artesanal, como a praticada por Joo Cabral de

    Melo Neto, permitiu que a cultura nacional fosseenriquecida com obras de expressivos escritores.

    b) as edies artesanais, como as de Joo Cabral de MeloNeto, raramente se destinam produo de obrasliterrias para pessoas dos crculos ntimos de convi -vncia dos autores.

    c) a edio artesanal uma realidade especfica do Brasil,retratando a dificuldade que autores como Vincius deMoraes e Guimares Rosa tiveram para publicar suasobras.

    d) a venda de uma edio artesanal se d com um grandevolume de livros, razo pela qual desperta grandeinteresse comercial e cultural dos editores no Brasil.

    e) os livreiros normalmente tm pouco interesse porlivros artesanais, como os de Manuel Bandeira eCeclia Meireles, por considerarem-nos uma formamenor de expresso artstica.

    ResoluoSegundo o texto, Joo Cabral de Melo Neto faziaginstica potica para curar uma dor de cabea.Como editor artesanal, publicou pequenos livrosdivulgando a obra de grandes escritores brasileiros eestrangeiros.

    18 DDCom a frase tornou-se essa ave rara e fascinante (1.pargrafo), o autor vale-se de umaa) hiprbole para sugerir que Joo Cabral melhorou aps

    a prensa.b) redundncia para afirmar que Joo Cabral poderia

    dispensar a prensa.c) ironia para questionar Joo Cabral como editor arte -

    sanal.d) metfora para externar uma avaliao positiva de Joo

    Cabral.e) metonmia para atribuir uma ideia de genialidade a

    Joo Cabral.ResoluoRuy Castro utilizou uma metfora ave rara e fas ci -nante para referir-se a Joo Cabral, atribuindo a estea qualidade de ser extraordinrio e admirvel.

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  • 19 BBVice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta

    Joo Cabral de Melo Neto foi a um mdico por causa desua crnica dor de cabea.

    O trecho pode ser reescrito, sem prejuzo de sentido aotexto, por:a) Vice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947, to logo

    sentiu sua crnica dor de cabea, o poeta Joo Cabralde Melo Neto foi a um mdico.

    b) Vice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947, comosentia dor de cabea crnica, o poeta Joo Cabral deMelo Neto foi a um mdico.

    c) Embora fosse vice-cnsul do Brasil em Barcelona em1947, o poeta Joo Cabral de Melo Neto foi a ummdico sentindo crnica dor de cabea.

    d) Por ser vice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947,o poeta Joo Cabral de Melo Neto foi a um mdicocom crnica dor de cabea.

    e) Vice-cnsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poetaJoo Cabral de Melo Neto foi a um mdico, mas eravtima de uma crnica dor de cabea.

    ResoluoA locuo prepositiva por causa de pode ser substi -tuda, sem prejuzo de sentido, pela conjuno como,que tambm indica causa.

    20 EENa orao como a chamava (1. pargrafo), o pro -nome retoma:

    a) ave rara e fascinante. b) tenso.c) ginstica potica. d) crnica dor de cabea.e) prensa manual.ResoluoO pronome oblquo a refere-se prensa manual citadano perodo anterior.

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  • 21 CCNa passagem O editor artesanal dispe de umaminitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compe otexto, diagrama-o, produz as ilustraes , se aexpresso editor artesanal for para o plural, a sequnciaem destaque assume a seguinte redao, de acordo com anorma-padro da lngua portuguesa:a) compe o texto, diagrama-no, produz as ilustraes.b) compem o texto, diagrama-lo, produz as ilustraes.c) compem o texto, diagramam-no, produzem as ilus -

    traes.d) compe o texto, diagramam-o, produzem as ilustra -

    es.e) compem o texto, diagramam ele, produz as ilustra -

    es.ResoluoCom o sujeito no plural editores artesanais, osverbos assumem a 3. pessoa do plural, como constada alternativa c.

    22 EEAssinale a alternativa em que se analisa corretamente ofato lingustico do texto.a) No trecho O resto, d ao autor. (3. pargrafo), a

    vrgula est indevidamente empregada, pois no seseparam termos imediatos, no caso, sujeito e verbo daorao.

    b) No trecho Joo Cabral no se curou da dor decabea, mas valeu. (5. pargrafo), o verbo valer estflexionado, concordando com a expresso Joo Cabral.

    c) No trecho enriqueceram a cultura brasileira a partirde seu quarto (2. pargrafo), o pronome em desta -que refere-se ao poeta Joo Cabral de Melo Neto.

    d) No trecho Comprou uma prensa manual e passou aproduzir mo (1. pargrafo), a expresso emdestaque indica circunstncia de conformidade.

    e) No trecho 100 ou 200 lindos exemplares de umlivrinho (3. pargrafo), o diminutivo do substantivoem destaque carrega-o de conotao afetiva.

    ResoluoO emprego do diminutivo livrinho conota osentimento de apreo e carinho pela publicao. Ema, a vrgula est adequadamente empregada porqueficou elptica a expresso dos exemplares; em b, osujeito est implcito: isso valeu; em c, o pronomepossessivo seu refere-se aos Editores ArtesanaisBrasileiros, em d, a locuo mo indicacircunstncia de modo.

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  • Leia o poema para responder s questes de nmeros 23a 26.

    O nada que

    Um canavial tem a extensoante a qual todo metro vo.

    Tem o escancarado do marque existe para desafiarque nmeros e seus afinspossam prend-lo nos seus sins.

    Ante um canavial a medidamtrica de todo esquecida,

    porque embora todo povoadopovoa-o o pleno anonimato

    que d esse efeito singular:de um nada prenhe como o mar.

    (Joo Cabral de Melo Neto. Museu de tudo e depois, 1988.)

    23 DDAo comparar o canavial ao mar, a imagem construda peloeu lrico formaliza-se ema) uma assimetria entre a ideia de nada e a de anonimato.b) uma descontinuidade entre a ideia de mar e a de cana vial.c) uma contradio entre a ideia de extenso e a de

    canavial.d) um paradoxo entre a ideia de nada e a de imensido.e) um eufemismo entre a ideia de metro e a de medida.ResoluoO paradoxo ou oximoro se encontra no verso umnada prenhe como o mar, ou seja, um nada que pordefinio vazio prenhe cheio como o mar.

    24 AANos versos iniciais do poema Um canavial tem aextenso / ante a qual todo metro vo. , metro concebido comoa) forma ineficaz de se medir a extenso de um canavial.b) forma de se medir corretamente um canavial.c) meio de se dizer mais de um canavial do que s sua

    extenso.d) traduo subjetiva da extenso de um canavial.e) meio de se medir a extenso de um canavial com

    preciso.ResoluoVo (vazio, oco) tem tambm o sentido de ineficaz.

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  • 25 BBO poema est organizado em versos dea) dez slabas poticas que traduzem a viso de uma

    poesia descaracterizada pela falta de emoo.b) oito slabas poticas que traduzem a viso de uma

    poesia de expresso emocional contida.c) doze slabas poticas que traduzem a viso de uma

    poesia que prima pela razo, mas sem abrir mo daemoo.

    d) cinco slabas poticas que traduzem a viso de umapoesia de expresso sentimental exagerada.

    e) sete slabas poticas que traduzem a viso de umapoesia de equilbrio entre razo e sentimentalismo.

    ResoluoOs versos medem oito slabas, com diversas elises esinreses, e apresentam a conteno caracterstica dapoesia do autor.

    26 EENo ttulo do poema O nada que , ocorre a substan -tivao do pronome nada. Esse processo de formao depalavras tambm se verifica em:a) A arquitetura do poema em Joo Cabral define-lhe o

    processo de criao.b) A potica de Joo Cabral assume traos do Barroco

    gongrico.c) Poema algum de Joo Cabral escapa de seu processo

    rigoroso de composio.d) Em Morte e Vida Severina, Joo Cabral expressa o

    homem como coisa.e) A poesia de Joo Cabral tem um qu de despoetizao.ResoluoO processo de formao de palavras que altera aclasse gramatical das palavras recebe o nome dederivao imprpria. No enunciado, o pronomeindefinido nada est articulado e foi empregado comosubstantivo, o mesmo ocorre com o pronome que,quando antecedido de artigo (um). Quandosubstantivado, o monosslabo que fica tnico e por issorecebe acento circunflexo.

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  • 27 CCLeia os textos enviados a uma revista por dois de seusleitores.

    Leitor 1: O alto nmero de bitos entre as mulheres fezcom que os cuidados com a sade feminina se tornassemmais necessrios. Hoje sabemos que estamos expostas amuitos fatores; por isso, conhecer os sintomas do infarto fundamental.

    Leitor 2: Os mdicos devem se aprofundar nos estudosrelacionados sade da mulher. A paciente, por sua vez,no pode deixar de se prevenir. Nesse processo, ainformao, os recursos adequados e profissionaiscapacitados so determinantes para diminuir os infartos.

    (Cartas. Isto, 04.09.2013. Adaptado.)A comparao dos textos enviados pelos leitores permiteafirmar corretamente quea) dois leitores escrevem revista para informar a falta

    de conhecimentos sobre o infarto feminino.b) duas mulheres escrevem revista para falar da pre -

    veno dos infartos, mais incidentes no sexo feminino.c) duas pessoas escrevem revista para ressaltar a im -

    portncia dos cuidados com a sade da mulher.d) duas pessoas escrevem revista para expressar sua

    indignao com a falta de recursos destinados sadeda mulher.

    e) dois profissionais da sade escrevem revista parareforar a necessidade da medicina preventiva.

    ResoluoAs cartas enviadas revista Isto comentam a neces -sidade de alertar as mulheres sobre os sintomas doinfarto e inform-las sobre a preveno.

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  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 28 a30.

    A sensvel

    Foi ento que ela atravessou uma crise que nadaparecia ter a ver com sua vida: uma crise de profundapiedade. A cabea to limitada, to bem penteada, malpodia suportar perdoar tanto. No podia olhar o rosto deum tenor enquanto este cantava alegre virava para olado o rosto magoado, insuportvel, por piedade, nosuportando a glria do cantor. Na rua de repentecomprimia o peito com as mos enluvadas assaltada deperdo. Sofria sem recompensa, sem mesmo a simpatiapor si prpria.

    Essa mesma senhora, que sofreu de sensibilidadecomo de doena, escolheu um domingo em que o maridoviajava para procurar a bordadeira. Era mais um passeioque uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear.Como se ainda fosse a menina que passeia na calada.Sobretudo passeava muito quando sentia que o maridoa enganava. Assim foi procurar a bordadeira, nodomingo de manh. Desceu uma rua cheia de lama, degalinhas e de crianas nuas aonde fora se meter! Abordadeira, na casa cheia de filhos com cara de fome, omarido tuberculoso a bordadeira recusou-se a bordara toalha porque no gostava de fazer ponto de cruz! Saiuafrontada e perplexa. Sentia-se to suja pelo calor damanh, e um de seus prazeres era pensar que sempre,desde pequena, fora muito limpa. Em casa almoousozinha, deitou-se no quarto meio escurecido, cheia desentimentos maduros e sem amargura. Oh pelo menosuma vez no sentia nada. Seno talvez a perplexidadediante da liberdade da bordadeira pobre. Seno talvezum sentimento de espera. A liberdade.

    (Clarice Lispector. Os melhores contos de Clarice Lispector, 1996.)

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  • 28 CCA narrativa delineia entre as personagens da senhora e dabordadeira uma relao dea) cumplicidade, entendida como ajuda entre duas

    mulheres cujas vidas mostram-se to distintas.b) animosidade, marcada pela recusa afrontosa da segun -

    da em atender ao pedido emergencial da primeira.c) oposio, determinada pela superioridade social e

    econmica da primeira e a liberdade da segunda.d) sujeio, fortalecida naturalmente pelas condies

    econmicas da primeira, superiores s da segunda.e) incompreenso, decorrente do desejo da primeira de

    que a segunda trabalhasse num dia de domingo.ResoluoA senhora sente-se em posio superior borda -deira, porque esta tem um marido tuberculoso e filhosfamintos. Por isso h entre ambas uma situao sociale econmica contrastante.Apesar disso, a bordadeira recusa o trabalho, o queprovoca a perplexidade da senhora.

    29 BBO emprego do adjetivo sensvel como substantivo, nottulo do texto, revela a inteno dea) ironizar a ideia de sentimento, ento destitudo de

    subjetividades e ambiguidades na expresso dasenhora.

    b) priorizar os aspectos relacionados aos sentimentos,como contedo temtico do conto e expresso do quevive a senhora.

    c) explorar a ideia de liberdade em uma narrativa em queo efeito de objetividade limita a expresso dos senti -mentos da senhora.

    d) traduzir a expresso comedida da senhora ante a vidae os sentimentos mais intensos, como na relao coma bordadeira.

    e) dar relevncia aos aspectos subjetivos das relaeshumanas, pondo em sintonia os pontos de vista dasenhora e da bordadeira.

    ResoluoO ttulo, criado por derivao imprpria, substantivaum adjetivo que traduz o perfil psicolgico da per so -nagem que sofreu de sensibilidade como de doena.

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  • 30 DDA alternativa em que o enunciado est de acordo com anorma-padro da lngua portuguesa e coerente com osentido do texto :a) A senhora, pensando na recusa da bordadeira, no

    sabia se a perdoaria, mas achava melhor esquecerdaquilo.

    b) Ao descer pela rua cheia de lama, a senhora se per gun -ta va aonde que estava, confusa no lugar que cami -nhava.

    c) Era comum de que a senhora, distrada com suasensibilidade, fosse roubada, o que lhe fazia levar asmos ao peito em sinal de inquietao.

    d) A senhora, quando se disps a ir bordadeira, esperavaque esta no lhe recusasse o trabalho solicitado.

    e) A senhora gostava muito de passear, embora tivesseainda a impresso que era menina passeando pelacalada.

    ResoluoA alternativa apontada condiz com o contedo dotexto. Quanto norma padro, os verbos dispor e irregem a preposio a e a crase ocorre porque bor -dadeira substantivo feminino que admite artigo a. Overbo recusar transitivo direto e o pronome lhe queo precede tem valor de possessivo e est procltico emfuno do advrbio no.

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  • IINNGGLLSSLeia o texto para responder s questes de nmeros 31 a41.

    Will we ever understand why music makes us feelgood?19 April 2013Philip Ball

    No one knows why music has such a potent effect onour emotions. But thanks to some recent studies we havea few intriguing clues. Why do we like music? Like mostgood questions, this one works on many levels. We haveanswers on some levels, but not all.

    We like music because it makes us feel good. Why doesit make us feel good? In 2001, neuroscientists Anne Bloodand Robert Zatorre at McGill University in Montrealprovided an answer. Using magnetic resonance imagingthey showed that people listening to pleasurable musichad activated brain regions called the limbic andparalimbic areas, which are connected to euphoricreward responses, like those we experience from sex,good food and addictive drugs. Those rewards come froma gush of a neurotransmitter called dopamine. As DJ LeeHaslam told us, music is the drug.

    But why? Its easy enough to understand why sex andfood are rewarded with a dopamine rush: this makes uswant more, and so contributes to our survival andpropagation. (Some drugs subvert that survival instinctby stimulating dopamine release on false pretences.) Butwhy would a sequence of sounds with no obvious survivalvalue do the same thing?

    The truth is no one knows. However, we now havemany clues to why music provokes intense emotions. Thecurrent favourite theory among scientists who study thecognition of music how we process it mentally datesback to 1956, when the philosopher and composerLeonard Meyer suggested that emotion in music is allabout what we expect, and whether or not we get it.Meyer drew on earlier psychological theories of emotion,which proposed that it arises when were unable to satisfysome desire. That, as you might imagine, createsfrustration or anger but if we then find what werelooking for, be it love or a cigarette, the payoff is all thesweeter.

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  • This, Meyer argued, is what music does too. It sets upsonic patterns and regularities that tempt us to makeunconscious predictions about whats coming next. Ifwere right, the brain gives itself a little reward as wednow see it, a surge of dopamine. The constant dancebetween expectation and outcome thus enlivens the brainwith a pleasurable play of emotions.

    (www.bbc.com. Adaptado.)

    31 EESegundo o texto, a pergunta apresentada no primeiropargrafoa) intrigante e merece uma reflexo por parte de

    msicos e psiclogos.b) mostra que a msica est relacionada sobrevivncia

    do ser humano.c) introduz uma questo cientfica ainda no abordada.d) indica que a msica pode auxiliar em tratamentos para

    depresso.e) pode ser abordada a partir de diversas perspectivas.ResoluoSegundo o texto, a pergunta apresentada no primeiropargrafo pode ser abordada a partir de diversasperspectivas.L-se no texto:Like most good questions, this one works on manylevels.

    32 AAAccording to McGill University neuroscientists, musicone enjoys makes the person feel good becausea) two brain regions related to pleasure are stimulated.b) they used magnetic resonance imaging to enhance

    dopamine.c) most people feel euphoric and start to move their

    bodies or dance.d) it recalls memories related to sex and other good

    experiences.e) it is often played in social gatherings where food, sex

    and drugs may be present.ResoluoDe acordo com neurocientistas da Mc Gill University,a msica que apreciamos nos faz sentir bem porqueduas regies do crebro relacionadas ao prazer soestimuladas.L-se no texto: they showed that people listening the limbicand paralimbic areas,

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  • 33 DDO texto relaciona a msica s drogas porque ambasa) liberam os instintos sexuais.b) dependem das preferncias pessoais.c) incitam a euforia e criam dependncia.d) promovem a descarga de dopamina.e) ocorrem em contextos semelhantes.ResoluoO texto relaciona a msica s drogas porque ambaspromovem a descarga de dopamina, como pode serverificado no texto em ... like those we experiencefrom (...) addictive drugs. Those rewards come from agush of a neurotransmitter called dopamine.

    34 CCNo trecho do segundo pargrafo which are connected toeuphoric reward responses , a palavra which refere-se aa) pleasurable music.b) sex, good food and addictive drugs.c) limbic and paralimbic areas.d) magnetic resonance imaging.e) euphoric reward responses.ResoluoNo trecho do segundo pargrafo which areconnected to euphoric reward responses , a palavrawhich refere-se a limbic and paralimbic areas, quea antecedem.

    35 AANo trecho final do segundo pargrafo As DJ LeeHaslamtold us, music is the drug. , possvel substituir a palavraas, sem alterao de sentido, pora) like. b) then. c) since.d) so. e) for.ResoluoNo trecho final do segundo pargrafo as DJ LeeHaslam told us, music is the drug , possvelsubstituir a palavra as, sem alterao de sentido, porlike, pois as duas palavras apresentam o sentido deexemplificao.*as, like = como

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  • 36 BBSegundo as informaes apresentadas no terceiro e quartopargrafos, possvel concluir quea) a dopamina contida nos alimentos faz com que

    tenhamos prazer em comer certos pratos.b) a sobrevivncia do ser humano est vinculada

    sensao de recompensa provocada pela dopamina.c) a msica, ao contrrio das drogas, no mimetiza o

    instinto de sobrevivncia.d) ningum sabe por que a preferncia por determinados

    tipos de drogas e de msica ocorre em certos grupos.e) mesmo uma msica agradvel pode provocar emoes

    contraditrias, como ansiedade e relaxamento.ResoluoSegundo as informaes apresentadas no terceiro equarto pargrafos, possvel concluir que a sobre -vivncia do ser humano est vinculada sensao derecompensa provocada pela dopamina.L-se no texto:...and so contributes to our survival andpropagation.... but if we then find what were looking for, be itlove or a cigarette, the payoff is all the sweeter.

    37 DDSegundo Leonard Meyer,a) a ansiedade e comportamentos violentos decorrem da

    busca por recompensas.b) um desejo no atendido gera sensao de perigo e

    insegurana.c) a msica vai de encontro aos padres do inconsciente.d) uma expectativa confirmada gera bem-estar e emoes

    agradveis.e) emoes dbias como prazer e culpa resultam do

    consumo de drogas, como o tabaco.ResoluoSegundo Leonard Meyer, uma expectativaconfirmada gera bem-estar e emoes agradveis,como constata mos no texto em The constant dancebetween expectation and outcome thus enlivens thebrain with a pleasurable play of emotions.

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  • 38 EENo trecho do quarto pargrafo However, we now havemany clues to why music provokes intense emotions. , apalavra however indica uma ideia dea) avaliao. b) explicao. c) consequncia.d) finalidade. e) contraste.ResoluoNo trecho do quarto pargrafo However, we nowhave many clues to why music provokes intenseemotions, , a palavra however indica uma ideia decontraste.*However = todavia, contudo.

    39 AAO trecho final do quarto pargrafo the payoff is all thesweeter pode ser corretamente entendido como:a) a retribuio d muito prazer.b) a moderao vale a pena.c) a compensao foi menor que a esperada.d) a sensao de alvio relaxante.e) a frustrao substituda pelo amor.ResoluoO trecho final do quarto pargrafo the payoff is allthe sweeter pode ser corretamente entendido como aretribuio d muito prazer.No texto: but if we then find what were looking for the payoff is all the sweeter.

    40 CCNo trecho do ltimo pargrafo as wed now see it , dpode ser reescrito, mantendo-se a correo e o sentido,como

    a) did. b) had. c) would.d) need to. e) used to.ResoluoNo trecho do ltimo pargrafo, as wed now see it dpode ser reescrito, mantendo-se a correo e o sentido,como would. Would seguido por infinitivo sem to.Se d fosse had, seria seguido por particpio passado.

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  • 41 AANo trecho do ltimo pargrafo The constant dancebetween expectation and outcome thus enlivens the brainwith a pleasurable play of emotions. , a palavra thus podeser corretamente substituda, mantendo-se o sentido, pora) thereby. b) moreover. c) whereas.d) although. e) notwithstanding.ResoluoNo trecho do ltimo pargrafo The constant dancebetween expectation and outcome thus enlivens thebrain with a pleasurable play of emotions, , a palavrathus pode ser corretamente substituda, mantendo-seo sentido, por thereby. thereby = assim, dessa forma

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  • Leia o texto para responder s questes de nmeros 42 a45.

    Climate change: warm words and cool watersThere is a serious debate about why observed temperatureshave not kept pace with computer-modelled predictionsSeptember 1, 2013Editorial The Guardian

    Last weeks report that the current pause in globalwarming could be linked to cyclic cooling in the Pacificwill be interpreted by climate sceptics as evidence thatglobal warming isnt happening, and by politicians as areason to forget about climate change and carry on withbusiness as usual. Both responses would be dangerouslywrong.

    There is no serious argument within climate scienceabout the link between carbon dioxide levels andtemperature. Between 1970 and 1998 the planet warmedat an average of 0.17C per decade, and from 1998 to2012 at 0.04C per decade. Carbon dioxide levels in theatmosphere, however, continued to rise and are nowhigher than at any time in the last 800,000 years. Twelveof the 14 warmest years on record have occurred since2000; the last two years have been marked bycatastrophic floods in Australia and recordbreakingtemperatures in the US; and the loss of north polar icehas accelerated at such a rate that climate modellersexpect the Arctic Ocean to be routinely ice-free inSeptember after 2040.

    There is, however, a serious debate about why theobserved temperatures have not kept pace withcomputermodelled predictions and where the heat thatshould have registered on the global thermometer hashidden itself. One guess supported by some sustainedbut still incomplete research is that the deep oceans arewarming: that is, the extra heat that should bemeasurable in the atmosphere has been absorbed by thesea. This is hardly good news: atmosphere and oceanplay on each other, and any stored heat is ____44 to bereturned to the atmosphere sooner or later, inunpredictable ways. The real lesson from the latestfinding is that there is a lot yet to be understood abouthow the planet works, and precisely how ocean andatmosphere distribute ___45 from the equator to the poles.

    (www.theguardian.com. Adaptado.)

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  • 42 CCAs informaes apresentadas no segundo pargrafoapoiam a ideia, presente no texto, de quea) os polticos j podem relaxar as medidas que visam

    evitar o aquecimento global.b) a pausa no aquecimento global tambm pode

    desencadear mudanas climticas.c) o aquecimento global no est em desacelerao,

    apesar do esfriamento do oceano Pacfico.d) o ciclo de resfriamento do clima j comeou,

    exemplificado pelas enchentes na Austrlia.e) o derretimento das calotas polares esfriou os oceanos,

    que, por sua vez, interromperam o aquecimento global.ResoluoAs informaes apresentadas no segundo pargrafoapoiam a ideia, presente no texto, de que oaquecimento global no est em desacelerao, apesardo esfriamento do oceano Pacfico, como podemosobservar no texto mais especificamente em Twelve ofthe 14 warmest years on record have occurred since2000

    43 DDNo trecho do terceiro pargrafo the deep oceans arewarming: that is, the extra heat that should bemeasurable in the atmosphere has been absorbed by thesea. , a expresso that is introduz umaa) discordncia.b) exemplificao.c) causa.d) explicao.e) generalizao.ResoluoNo trecho do terceiro paragrafo The deep oceans arewarming: that is, the extra heat that should bemeasurable in the atmosphere has been absorbed bythe sea , a expresso that is introduz uma explicao,pois a informao anterior (que os oceanos estoaquecendo) explicada em seguida (o excesso de calorque deveria ser medido na atmosfera tem sidoabsorvido pelo oceano)*That is = isto

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  • Assinale as alternativas que completam, correta erespectivamente, as lacunas numeradas no texto.

    44 EEa) unlikableb) likingc) likelihoodd) unlikelieste) likelyResoluoA alternativa que completa corretamente a lacuna likely to be likely to = ser provvela) unlikable = desagradvelb) liking = gostoc) likelihood = probabilidaded) unlikeliest = o mais improvvel

    45 BBa) warmedb) warmthc) warmd) warmfule) warmeResoluoA alternativa que completa corretamente a lacuna warmth warmth = calora) warmed = aquecidoc) warm = quented) warmful = caloroso

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  • RREEDDAAOO

    Texto 1

    (www.chargeonline.com.br)

    Texto 2O secretrio de Estado americano, John Kerry,

    defendeu o programa de espionagem da Agncia de Se -gurana Nacional (NSA) na segunda-feira [12.08.2013]e minimizou o seu impacto sobre os esforos dos EstadosUnidos em aprofundar as relaes com o Brasil e aColmbia, os dois principais aliados na Amrica Latina.

    Kerry tentou minimizar a informao de que cidadosda Colmbia, Mxico, Brasil e outros pases esto entreos alvos da grande operao da NSA para monitorarligaes telefnicas e de internet em todo o mundo. O fatofoi divulgado pelo ex-tcnico da CIA Edward Snowden.

    Tudo o que aconteceu respeitou a Constituio e asleis. O presidente Obama deu grandes passos nos ltimosdias para tranquilizar as pessoas sobre as suas intenesna Amrica Latina, explicou Kerry.

    (www.estadao.com.br)

    Texto 3Uma ilegalidade inadmissvel, que provocou indig na -

    o e repdio.Essas foram algumas das fortes expresses que a

    presidente Dilma Rousseff usou ontem [24.09.2013] aoabrir a Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, paradefinir a sua reao s denncias de que ela e a Petro -bras foram alvos prioritrios da espionagem dos EUA.

    Dilma, que h uma semana cancelou a visita que fariaao colega americano, Barack Obama, disse que o es -quema da NSA afronta a comunidade internacional.

    Estamos diante de um caso grave de violao dosdireitos humanos e das liberdades civis, disse.

    Para ela, imiscuir-se dessa forma na vida de outrospases fere o direito internacional e afronta os princpiosque devem reger as relaes entre eles, sobretudo entrenaes amigas.

    (www.folha.uol.com.br. Adaptado.)UUNNIIFFEESSPP DDEEZZEEMMBBRROO//22001133

  • Texto 4

    Aps as novas revelaes de que o celular da chan ce -ler alem, Angela Merkel, teria sido espionado pelosEUA, o diretor da inteligncia nacional americana, JamesClapper, defendeu a espionagem de lderes estran geiros.

    Conhecer as intenes dos lderes uma espcie deprincpio bsico do que ns coletamos e analisamos,declarou Clapper, que chefia as agncias responsveispor esse tipo de ao nos EUA.

    O diretor, que deps nesta tera-feira [29.10.2013] noComit de Inteligncia da Cmara americana, afirmou,porm, que a ao da NSA no indiscriminada.

    Segundo Clapper, pases aliados, incluindo integrantesda Unio Europeia, tambm espionaram os EUA.

    (www.folha.uol.com.br)

    Texto 5

    Estadistas so adeptos da Realpolitik e, portanto,sabem diferenciar o real da iluso. No entanto, vendem,nos jornais, que possvel viver num mundo altamentecompetitivo sem espionagem de pases contra pases.Fica-se com a impresso de que, sob presso, os EstadosUnidos vo parar de monitorar estadistas dos pases maisimportantes tanto do ponto de vista da economia quantoda geopoltica. No vo. Podem at sofisticar aespionagem, quem sabe tornando-a mais acadmica com amplos estudos em vrios campos, inclusive, comoj fizeram outras vezes, da antropologia , mas deix-lade lado uma impossibilidade lgica. Pases poderosos,mas no s os imperiais, habilitam algumas de suastticas e estratgias a partir de informaes obtidas,pblica ou secretamente, de outras naes.

    Enganam-se, portanto, aqueles que, induzidos poraquilo que se l na imprensa, acreditam que, um dia, osEstados Unidos vo deixar de espionar. Um realistaabsoluto como Barack Obama que s iludiu aquelesque queriam ser iludidos, porque, em poltica, no seilude ningum que consegue refletir ao menos por algunsmomentos sabe que, para manter seu pas no topo,precisa ter informaes privilegiadas. Por isso, vai fazero impossvel para colh-las onde julgar necessrio.

    (www.jornalopcao.com.br)Levando em considerao os diferentes pontos de vistaapresentados pelos textos e seus prprios conhecimentos,escreva uma dissertao, de acordo com a norma-padroda lngua portuguesa, sobre o tema:

    Programa de espionagem norte-americano:autoproteo ou violao dos direitos

    das outras naes?

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  • Comentrio proposta de redao

    Uma coletnea de cinco textos foi oferecida aocandidato: no primeiro, uma charge, dois supostoslderes estariam espionando um ao outro, acusando-se mutuamente; o segundo trazia uma reportagemrelatando a tentativa do secretrio de Estado ameri ca -no de minimizar o impacto da descoberta deespionagem por parte dos Estados Unidos. O terceirotexto revelava a indignao da presidente DilmaRousseff ao se referir espionagem norte-americana.O quarto texto relatava a defesa feita pelo diretor dainteligncia nacional americana, atribuindo aosEstados Unidos o direito de espionar como um prin -cpio bsico do pas. Por ltimo, um artigo de opinioreconhecia a impossibilidade lgica de os EstadosUnidos deixarem de monitorar estadistas dos pasesmais importantes do ponto de vista geopoltico eeconmico. Caso o candidato optasse por defender a espionagem,seria apropriado observar que as tticas e estra -tgias adotadas pelos pases poderosos so traadas apartir de informaes sobre outros pases obtidassecretamente. Caberia, ainda, destacar que, em setratando de poltica, as informaes privile giadasso imprescindveis a um pas que pretende manter-se no topo. Seria, pois, justificvel a atitude dosEstados Unidos de buscar informaes onde julgassemconveniente.J o candidato que optasse por condenar o programaamericano de espionagem como violao dos direitosdas outras naes poderia mencionar a importnciade se respeitarem as os direitos humanos e as liber da -des civis, o que impediria que um pas supostamenteonipotente, alegando autoproteo, viesse a ferirdireitos garantidos internacionalmente, desconside -ran do os princpios que deveriam nortear as relaesentre naes que mantm parceria entre si. Issojustificaria a atitude de repdio demonstrada tantopelo Brasil quanto pela Alemanha diante da desco -berta de que estariam sendo vigiados pelos EstadosUnidos.

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