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Professora Regina Jakubovicz 1 UNINORTE CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO: FONOAUDIOLOGIA NAS LESÕES NEUROLÓGICAS Professora: Regina Jakubovicz DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM - ALAJOUANINE (1968) “Linguagem: atividade nervosa complexa que permite a comunicação inter-individual de estados psico-afetivos por meio indireto da materialização de signos multimodais que simbolizam estes estados de acordo com uma convenção.” ATIVIDADE NERVOSA COMPLEXA bases da linguagem: ANATÔMICAS - locais específicos no cérebro onde a linguagem acontece FISIOLÓGICAS - funcionamento próprio do cérebro BIOLÓGICAS - trocas químicas cerebrais COMUNICAÇÃO INTER-INDIVIDUAL pólos da linguagem: RECEPTIVO - entrada de informações - sistema sensorial EXPRESSIVO - saída de informações - sistema motor DE ESTADOS PSICO-AFETIVOS confrontação das nossas experiências: EXPERIÊNCIAS ATUAIS X EXPERIÊNCIAS PASSADAS MATERIALIZAÇÃO transformações do material lingüístico: AUDITIVA/VISUAL -> do exterior ao interior SONORA/MOTORA -> do interior ao exterior POR SIGNOS MULTIMODAIS combinações da linguagem: AUDIO / GRÁFICA ditado AUDIO / FONATÓRIA repetição VISO / GRÁFICA escrita VISO / FONATÓRIA leitura em voz alta DE ACORDO COM UMA CONVENÇÃO LINGÜÍSTICA As regras combinatórias da língua; são os sistemas: fonético (articulação dos sons) fonológico (sons da língua) sintático (regras da gramática) morfológico (regras de concordância) semântico ( vocabulário ) AFASIA desordem dos mecanismos psico-sensorio-motores que intervêm na percepção e expressão da linguagem e que se elaboram em uma região limitada do hemisfério dominante. O termo afasia não engloba todas as perturbações da linguagem. Estão excluídas: 1. distúrbios da aquisição da linguagem : surdez -audio-mudez – encefalopatias - psicoses 2 distúrbios do aparelho fonador ou das vias nervosas que ligam o aparelho fonador aos centro corticais: disartrias paralíticas - disartrias de Parkinson - disartrias cerebelares 3. lesões no hemisfério direito ou não dominante para a linguagem

UNINORTE CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO: … · 2010-02-19 · Hereditariedade Enxaqueca Uso de ... necessita retenção conhecimento das regras da língua (sintática/semântica)

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Professora Regina Jakubovicz

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UNINORTE CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO: FONOAUDIOLOGIA NAS LESÕES NEUROLÓGICAS Professora: Regina Jakubovicz DEFINIÇÃO DE LINGUAGEM - ALAJOUANINE (1968) “Linguagem: atividade nervosa complexa que permite a comunicação inter-individual de estados psico-afetivos por meio indireto da materialização de signos multimodais que simbolizam estes estados de acordo com uma convenção.” ATIVIDADE NERVOSA COMPLEXA � bases da linguagem: ANATÔMICAS - locais específicos no cérebro onde a linguagem acontece FISIOLÓGICAS - funcionamento próprio do cérebro BIOLÓGICAS - trocas químicas cerebrais COMUNICAÇÃO INTER-INDIVIDUAL � pólos da linguagem: RECEPTIVO - entrada de informações - sistema sensorial EXPRESSIVO - saída de informações - sistema motor DE ESTADOS PSICO-AFETIVOS � confrontação das nossas experiências: EXPERIÊNCIAS ATUAIS X EXPERIÊNCIAS PASSADAS MATERIALIZAÇÃO � transformações do material lingüístico: AUDITIVA/VISUAL -> do exterior ao interior

SONORA/MOTORA -> do interior ao exterior POR SIGNOS MULTIMODAIS � combinações da linguagem: � AUDIO / GRÁFICA � ditado � AUDIO / FONATÓRIA � repetição � VISO / GRÁFICA � escrita � VISO / FONATÓRIA � leitura em voz alta DE ACORDO COM UMA CONVENÇÃO LINGÜÍSTICA As regras combinatórias da língua; são os sistemas: � fonético (articulação dos sons) � fonológico (sons da língua) � sintático (regras da gramática) � morfológico (regras de concordância) � semântico ( vocabulário ) AFASIA � desordem dos mecanismos psico-sensorio-motores que intervêm na percepção e expressão

da linguagem e que se elaboram em uma região limitada do hemisfério dominante. � O termo afasia não engloba todas as perturbações da linguagem. Estão excluídas: 1. distúrbios da aquisição da linguagem : surdez -audio-mudez – encefalopatias - psicoses 2 distúrbios do aparelho fonador ou das vias nervosas que ligam o aparelho fonador aos centro corticais:

disartrias paralíticas - disartrias de Parkinson - disartrias cerebelares 3. lesões no hemisfério direito ou não dominante para a linguagem

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4. distúrbios da conduta por lesões frontais BARBIZET E Duizabo ( 1985) ETIOLOGIA 1 - TROMBOSE � um trombo ou placa arterial bloqueia o fluxo sanguíneo numa área cerebral. É a

causa mais freqüente dos AVC. É ocasionado por uma arteriosclerose ou hipertensão 2 - EMBOLIA� um coagulo é liberado de uma artéria do coração e entra na corrente sanguínea. O

embolo fica preso em local de bifurcação cerebral interrompendo o fluxo. Poderá haver sua migração ou ele poderá desaparecer

3 - ANEURISMA � desenvolvimento defeituoso nos vasos ou uma inflamação nos vasos. Poderá haver ruptura ou não e a ruptura pode ocorrer por esforço físico ou por emoção

4 - TUMORES � dependem da qualidade : Podem ser do tipo infiltrante ou não - Podem ser aquosos e comprimem as estruturas cerebrais temporariamente. São responsáveis pelas afasias transitórias

5 - DOENÇAS DEGENERATIVAS � a senilidade e a arteriosclerose 6 - DOENÇAS INFECCIOSAS � abscesso cerebrais e inflamações da meninge 7 - TRAUMATISMO CRANIANO � produzem sangramentos que invadem as estruturas e forames Dados O acidente vascular cerebral é a 3ª causa de morte em pessoas acima de 30 anos, só ultrapassado pelo infarto do miocárdio: � Acontece tanto em homem como em mulher � Acontece mais depois dos 50 anos de idade � As conseqüências podem ser eliminadas pelas medidas preventivas Últimos dados para cada 1000 habitantes: � 70 a 71 � 129 � 72 a 73 � 123 � 74 a 75 � 121 � 76 a 77 � 111 � 78 a 79 � 108 � 80 a 81 � 105

FATORES DE RISCO PARA AVC � Hipertensão arterial sistêmica � Diabetes mellitus � Fibrilação atrial � Tabagismo � Hipercolesterolemia � Consumo pesado de álcool � Estenose carotídea assintomática � Ataque isquêmico transitório � Doença cardíaca � Inatividade física � Idade avançada � Sexo masculino � Raça e etnia � Hereditariedade � Enxaqueca � Uso de contraceptivos orais

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� Uso de drogas ilícitas � Obesidade � Estresse � Roncos

Transposições lingüísticas São chamadas transposições lingüísticas a entrada de um estímulo e a sua saída em outra área do cérebro sem sofrer modificação, ou seja, o estimulo é repetido da mesma maneira como entrou. � REPETIR � audição / fonação necessita: atenção, retenção (só se repete frases longas quando se fala a língua) � FALAR ���� elaboração mental / fonação necessita �:seleção � seriação dos sons � saber regras sintáticas � ter vocabulário (semântico) � poder ativar músculos � COMPREENDER���� audição / decodificação necessita � retenção �conhecimento das regras da língua (sintática/semântica) � analise do símbolo � síntese para a resposta � LEITURA � visão / fonação � necessita �conhecer o código � analisar o símbolo� sintetizar o significado

REPETIÇÃO

Tem como canal de entrada o lóbulo temporal, especificamente no Girus de Heschl para tons puros e na área de Wernicke para palavras e conceitos. A saída da repetição se dá na área motora, especialmente usando a área de Broca e a área onde fica situado o aparelho fonador no Homúnculo de Penfield. EXPRESSÃO ORAL

Tem como canal de entrada, uma elaboração lingüística que utiliza todas as áreas cerebrais. A saída se dá especificamente na área de Broca e outras áreas motoras já colocadas na transposição de repetir COMPREENSÃO

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Usa como canal de entrada o lóbulo temporal, especificamente a área de Wernicke. DENOMINAÇÃO

Usa como canal de entrada o lóbulo occipital. É feita conceituação nas áreas de elaboração da linguagem. O canal de saída será nas áreas motoras de Broca DITADO e COPIA :

Usa como canal de entrada o lóbulo temporal. O canal de saída é a área motora responsável pela

movimentação da mão. A copia tem como entrada a área visual e como saída ss áreas motoras responsáveis pelos movimentos da mão. A LEITURA EM VOZ ALTA

Tem sua entrada na área visual do lóbulo occipital. O canal de saída usa os movimentos do aparelho

fonador nas áreas motoras. Nas pessoas altamente alfabetizadas a passagem é direta ao canal de saída sem haver reauditorização

do que foi lido. Nas pessoas com poucos hábitos de leitura, e na aprendizagem, há necessidade de haver uma

auditorização no girus transversos de Heschl e adjacências

Processos cerebrais � Atenção ⇒ estado de vigília � Analise ⇒ é necessário que o cérebro se fixe numa propriedade independente das demais � Integração ⇒ permite unir todas as características do objeto a ser estocado � Ligação ⇒ depende de uma rede de neurônios

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NEUROLINGUSITICA Estereotipia - Tã tã tã tã � Só possui uma parte da linguagem, não consegue emitir a linguagem como

um todo Agramatismo ou estilo telegráfico - MAÇÃ COMIU BOA � não consegue organizar o nome do objeto

na frase, Paresia - A Ã � não consegue articular o nome do objeto, há uma imprecisão das consoantes Distonia - MATZÃ � fala o nome do objeto com força articulatória demasiada, chegando ao ponto de

distorcer a palavra PPAARRAAFFAASSIIAASS MAPÃ � erro por semelhança fonêmica – parafasia fonêmica PERA � erro por semelhança semântica – parafasia semântica NAÇÃO � erro por semelhança formal; as duas palavras se parecem no som – parafasia formal DDIIFFIICCUULLDDAADDEE EEMM EEVVOOCCAARR neologismo - MAÇÃNEIRA � cria uma palavra para nomear jargão - SAMBAGO � emite uma palavra sem sentido para nomear anomia - NÃO SEI � não consegue nomear – perífrase - É VERMELHA � usa para nomear apenas um elemento captado: a cor – PARAGRAFIA GRAFEMATICA

Grafar o fonema de maneira errada, exemplo: quintal � quintau - veloz�velos - palhaço � palhasso PARAGRAFIA LITERAL

Escrever o palavra de maneira errada com adição, substituição ou omissão de fonemas exemplo: mancha � lancha verdes � vede trovão � trovrão

ANOMIA Inabilidade para denominar objetos, ações, idéias, etc. Temos 3 variedades: 1 ) o paciente não consegue emitir o nome do objeto 2 ) o paciente não dá o nome do objeto corretamente, emite uma parafasia, um neologismo ou um jargão 3 ) o paciente emite uma perífrase, isto é, ele descreve o objeto pelas suas qualidades ou pelo uso NEOLOGISMO :

Frase ou sintagma que é empregado como se fosse um nome com sentido, é identificável, é apropriado ao contexto mas não consta do dicionário - exemplo: falo fluente o inglês � falo fluamente o inglês – olhei no calendário � -olhei no datador - fui cozinhar um ovo - fui ovar - neste plano não se mexe � este plano é imexível.

PERIFRASES � pente � é para pentear o cabelo � banana � é amarela, a gente tem de descascar, o macaco gosta muito...

JARGÃO Discurso fluente, mas sem conteúdo semântico; discurso sem sentido. Pode conter: desvios fonêmicos, verbais, semânticos. Podem haver agramatismos ou neologismos Frase jargonada: “Eu não faço sempre de condemar, mas para auger eu feria parolar. Senti que mim devia aflição tendar

audir. Isso é um esparodaso...”

Exercícios de neurolonguistica � Ele comeu....sabe o que é? .... Como chama? é vermelha. Eva comeu... Não sei � Como vai? Ti ti. Seu nome? Ti ti. Já passeou hoje? Ti ti. � Terça feira .... Hospital ....chegou.... Não estava....

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� Sabandel carmeu pencha � Maquina > laquina Sol > brilha no ceu � Banana > a na na Camisa > famisa � Releogio > datador Mala > sala � Cartola > martola Vermelha > vertelha � Pimenta > pienta Sopeira > cahaleira � Furado > grafutil Barriga > barrita

O Sistema Nervoso está organizado em micro para macro estrutura:

� Os neurônios formam circuitos locais - Que formam regiões corticais ( se em camadas)

ou núcleos ( se em grupos ) Que por sua vez formam sistemas.

� Neurônios e circuitos ====> microscópicos � Núcleos e sistemas =====> macroscópicos

Os neurônios e dendritos possuem:

�Massa cinzenta � corpos celulares dos neuronios � Massa branca � axônios ou fibras que saem dos corpos celulares

Os neurônios possuem 3 componentes:

1. Corpo celular 2. Axônio ====> fibra principal de saída 3. Dendritos ===> fibras de entrada

O neurônio e circuitos � micro estrutura - NNuucclleeooss ee ssiisstteemmaass �� mmaaccrroo eessttrruuttuurraa

Sinapses A sinapse é o ponto de encontro com dendritos de outros neurônios �neurônio ativo ===> “disparo” (corrente elétrica) � (Potencial de ação)

As sinapses podem ser: estimuladoras ou inibidoras

� Em media cada neurônio possui 1 000 sinapses �Existem 10 bilhões de neurônios e mias de 10 trilhões de sinapses

� Cada neurônio tem poucas conexões. Eles se comunicam com pequenos grupos de outros neurônios Logo: � O que um neurônio faz depende do conjunto de outros neurônios vizinhos � O que os sistemas fazem depende de como os conjuntos se influenciam numa arquitetura de conjuntos interligados � A contribuição de cada um dos conjuntos para o funcionamento do sistema depende da localização no sistema Cortex ⇔ centros especializados ou áreas funcionais Contem dois tipos de fibras:

� 1 - de projeção � 2 - de associação

� As fibras de projeção são mais finas - Recebem e enviam fibras para órgãos periféricos - comunicam-se com os centros mais baixos do SNC � As fibras de associação são mais largas - São sensoriais e motoras. Fazem conexão somente entre as partes do SNC - Integram os impulsos recebidos pelas fibras de projeção

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FUNÇÕES CORTICAIS � Lobo frontal � Planejamento - Iniciativa � Hipocampo (no lobo temporal) � Memorização � Cerebelo � Equilíbrio - Coordenação motora � Lobo parietal � Diferenciação de objetos, das cores das texturas FUNÇÕES CEREBRAIS Podem ser analisadas separadamente mas funcionam como um todo. � ORGANIZAÇÃO SIMBÓLICA � capacidade de catalogar o material concreto recebido de forma

abstrata � JULGAMENTO DAS RELAÇÕES � capacidade de usar o conhecimento adquirido para comparar

e avaliar dentro de certos critérios como: correto, completo, igual, útil, etc... � COGNIÇÃO � capacidade de fazer descobertas por meio de etapas elaboradas � raciocínio

indutivo, dedutivo, avaliativo, consciência da descoberta feita e depois ter possibilidade de reconhecê-la a partir do que se conheceu ou se descobriu.

� ATENÇÃO � capacidade em concentrar-se numa atividade psíquica. � CONCENTRAÇÃO � capacidade de manter a atenção por algum tempo numa determinada

atividade sem perda da atenção. � PERCEPÇÃO � capacidade de reconhecer os estímulos auditivos, visuais, táteis ou gustativos. � RACIOCÍNIO INDUTIVO � capacidade de gerar alternativas lógicas a partir de um determinado

fato. � RACIOCÍNIO DEDUTIVO � capacidade de gerar conclusões lógicas a partir dos dados recebidos � CONTROLE DOS IMPULSOS � capacidade de saber selecionar e controlar reações a

determinados estímulos de forma apropriada � MEMÓRIA � capacidade de inserir e estocar dados e operações � RETENÇÃO � capacidade de reter na memória os estímulos recebidos para futuro

reconhecimento Zonas cerebrais da linguagem Zonas corticais primárias

Motoras e sensoriais são as primeiras a receber as informações do exterior Regiões: � Frontal ascendente motora � Parietal ascendente sensitiva � Girus de Helsch auditiva � Córtex calcarino visual

Zonas corticais associativas específicas � Ficam situadas ao lado das zonas primárias Regiões : � 3a circunvolução frontal (Broca) � 1a circunvolução temporal (Wernicke)

Zonas corticais associativas não específicas � não entram em contato com as zonas primárias

Regiões : � Girus angular � Girus supra marginal

Fibras dos axonios associativos

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Fazem conexões entre as várias zonas da linguagem. Essas fibras ligam: � O córtex primário <==> ao córtex associativo específico � O frontal ascendente <==> ao parietal ascendente � O lóbulo parietal inferior <==> ao córtex associativo específico � As zonas pré Rolândicas <==> às zonas pós Rolandicas � O córtex associativo das zonas de linguagem no hemisfério esquerdo <==> às zonas de

linguagem correspondentes no Hemisfério Direito CLASSIFICAÇÃO DAS AFASIAS

A

MI

ANO

Afasia transcortical sensorial

Afasia de Wernicke

Surdez verbal Cegueira verbal

Região sensorial

Afasia de condução

Afasia transcortical motora

Afasia de Broca

Anartriapura Agrafia pura

Região motora

Areasassociativas não especificas

Areasassociativas especificas

Areasprimarias

ÁREAS MOTORAS PRIMÁRIAS

� Anartria pura � distúrbios na articulação � Apraxia buco facial (quase sempre) � O distúrbio diminui na linguagem automática � Anomalias articulatórias aparecem mais nas provas de: � Repetição � Leitura em voz alta � Conversação � Região lesada � a lesão destrói a porção motora primária (boca e laringe) no terço inferior do

girus pré central ÁREAS MOTORAS PRIMÁRIAS Agrafia pura � Dificuldade em realizar os gestos da escrita sem haver dificuldade com as letras � Quase sempre há uma apraxia dos membros superiores associados � Região lesada � a lesão destrói uma porção do córtex motor primário (homúnculo: mão) terça

parte do Girus pré central

AREAS SENSORIAIS PRIMARIAS Surdez verbal pura (agnosia auditiva) � Não compreende a linguagem falada � Não faz a prova de repetição � Não faz ditado � Vem quase sempre acompanhada de amusia e agnosia para ruídos � Região lesada � a lesão interrompe a transmissão das informações auditivas entre o cortex

primário e o córtex associativo específico (entre Hecshl e Wernicke)

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Afasia de Wernicke � discurso com logorréia contendo neologismos e desvios fonemicos � anomia severa � muita dificuldade para repetir (sobretudo palavras longas e complexas) � dificuldade para fazer o ditado � dificuldade + ou – severa na compreensão oral � � na escrita : supressão total ou jargonografias - poderá haver alexia associada ou não � região lesada � pé da 1ª circunvolução temporal AREA ASSOCIATIVA ESPECIFICA

Afasia de Broca � Supressão inicial (geralmente transitória) � Estereotipias ( poderá ser definitiva ou não) � Distúrbios articulatórios � Anomia severa � Estilo telegráfico ou agramatismo � Muitas parafasias � Ligeiro problema de compreensão

� escrita. Caso o paciente escreva com a mão esquerda: disgrafias – disortografia - escolha errada da palavra

� redução severa da linguagem escrita (estilo telegráfico) � região lesada � lesão destroi o pé da 3ª circunvolução frontal AREAS SENSORIAIS PRIMARIAS Cegueira verbal pura (alexia agnósica) Não reconhece a linguagem escrita � Não faz cópia � Não faz leitura � Não escreve espontaneamente � Se fizer o ditado não consegue ler o que escreveu � Região lesada � a lesão interrompe a transmissão das informações visuais e a zona classica da

linguagem ou seja entre as radiações visuais do córtex calcarino e a parte caudal do corpo caloso

REGIÃO MOTORA E SENSORIAL Afasia de condução

� Fluência entrecortada por muitas hesitações e tentativas de corrigir-se � Anomia mais evidente na conversação -muitas parafasias fonêmicas � Boa ou mais ou menos a compreensão oral � muitas disortografias e auto correções � região lesada � a lesão envolve o Girus supra marginal e o fascículo arcuato: feixe de fibras que

ligam Wernicke a broca REGIÃO PARIETAL

Anomia ou afasia Amnési ca � dificuldade acentuada em nomear � muitas parafasias semanticas � muitas perifrases � compreensão normal ou quase (depende da complexidade do teste aplicado) � � na escrita: disortografias - na escrita espontanea frases inacabadas - pode haver ligeira ou

severa dificuldade na compreensão da escrita � região lesada � lesão parcial do girus angular

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REGIÃO MOTORA ASSOCIATIVA NÃO ESPECÍFICA Afasia transcortical motora � afeta a espontaneidade motora e da linguagem � a repetição pode ser feita se houver insistência � quase sempre uma ecolalia � anomia persistente � não há parafasias, nem neologismo � não há problemas articulatórios � compreensão oral em nível elementar � � na escrita : disortografias – � leitura , cópia e ditado são possíveis mas lentificados � região lesada � a lesão envolve a região pré frontal ao lado de broca REGIÃO SENSORIAL ASSOCIATIVA NÃO ESPECÍFICA afasia transcortical sensorial � Afeta a intelectualidade (dificuldade em raciocinar) � distúrbios severo da compreensão oral muito jargões fluentes � anomia bastante severa � muitos desvios semânticos e ecolalia � � na escrita: leitura, cópia, ditado muito prejudicados mas as vezes possíveis � regiao lesada � a lesão envolve o lobo parietal inferior e isola este dos córtex adjacentes

� RESUMO DOS TIPOS DE AFASIAS

� Afasias motoras = afasias de expressão = afasias de Broca = afasias não fluentes � Afasias sensoriais = afasias de compreensão = afasias de Wernicke = afasias fluentes � Afasias mistas = afasias de condução � Afasias nominais = anomia = afasia amnésica � Afasias puras = anartrias - alexias - agrafias – agnosia auditiva

Afasia infantil � Confusão na semiologia:designar da mesma maneira

� AFASIA CONGÊNITA � E

� AFASIA ADQUIRIDA Diferenças entre a afasia infantil e a do adulto No adulto observa-se uma retomada no caminho da recuperação daquilo que foi perdido Na criança a afasia toma um caminho regressivo, haverá como que uma interrupção nas aquisições a serem feitas

No adulto podemos colocar hipóteses sobre como era a linguagem pré lesional. Na criança isto não é possível, já que cada criança tem um ritmo de desenvolvimento diferente e individual. Classificação proposta da afasia na criança

Período pré lingüístico � de 0/18 meses � afasia congenita

Período de aquisição da linguagem � de 18/12 anos � afasia do desenvolvimento

Período de uso da linguagem

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� De 12 anos em diante � igual a afasia no adulto SINTOMAS NA AFASIA INFANTIL � Comunicação: Dificuldade em grau variável; a criança pode olhar nos lábios do interlocutor ou não. � Conduta: a criança tende a se isolar, ser hiperativo ou ter hipo-atividade � Audição: há grande variabilidade; a mãe, geralmente tem dúvidas a respeito das possibilidades de

seu filho escutar bem ou não. � Esquema corporal: não reconhece a imagem corporal, a lateralidade não é bem estabelecida, o

desenho do corpo humano costuma ser mal integrado para a idade cronológica � Percepção: a forma e a cor geralmente são mais primitivas que a idade real. O espaço, tempo e

figura/fundo podem apresentar dificuldades mais ou menos sérias. � Atenção e memória: costuma ser distraído e ter falhas amnésicas que será de um grau mais

severo quanto maior for a abstração requerida. � Inteligência: conservada em maior ou menor grau e isso irá depender da severidade da lesão. Nos

casos mais leves estará próxima ao nível normal. � O aparecimento dos sintomas lingüísticos podem variar SINTOMAS ENTRE 2 A 5 ANOS : � gritos e gestos para chamar atenção � redução severa da expressão verbal � problemas articulatórios � problemas de compreensão � ecolalia � uso de jargão e de neologismos � dificuldade com os gestos simbólicos

SINTOMAS DEPOIS DOS 5 ANOS

� sintaxe simplificada (estilo telegráfico) � ausência do jogo funcional � Hiper-atividade (muita dificuldade em focalizar a atenção) � dificuldade para repetir � dificuldade para nomear TRATAMENTO NA AFASIA NA CRIANÇA Primeira etapa trabalhar a compreensão: � Parear objeto com objeto � Parear iguais mas não idênticos � Parear pela categoria � Parear pela função � Parear figura geométricas � Organizar seqüências lógicas

Segunda etapa a linguagem oral � Começar pelas onomatopéias � Discriminar sons � Parear o som com a figura SEVERIDADE NA AFASIA INFANTIL � Nos casos graves é muito difícil a comunicação com a criança, ainda que se usando os gestos. � Nos casos leves, pode-se chegar a estabelecer uma excelente comunicação oral.

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Avaliação � O temo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim “valêre”, e refere-se a ter valor, ser

válido. Conseqüentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo ou estado.

� É um processo sistematizado de forma a propiciar adequado grau de confiança de um estado ou serviço.

Avaliação da afasia � exame do afásico tem como finalidade investigar um dos 3 objetivos abaixo : � Obter o diagnóstico e a classificação da síndrome afásica no que diz respeito à sua localização

cerebral. � Fazer uma avaliação do nível de desempenho do paciente para determinação do início, controle e

evolução cronológica da afasia. � Fazer uma exploração funcional das possibilidades e déficit do paciente em todas as áreas da

linguagem, a fim de utilizá-las como guia terapêutica VANTAGENS EM TESTAR AS AFASIAS � determinar o tipo de afasia � determinar a localização da lesão � determinar as possibilidades de reabilitação � elaborar um relatório � definir o déficit lingüístico � definir o que ficou preservado e o que ficou perdido � determinar o prognóstico do caso

DESVANTAGENS DOS TESTES DE AFASIA � as respostas afásicas são inconstantes � é um momento traumático para o paciente � gasta-se muito tempo

A GRANDE VANTAGEM � Encontrar entre os sensórios qual o melhor caminho para a reabilitação: � áudio / fonatórios repetição � áudio / visual leitura labial � viso / fonatórios leitura � viso / manual copia � áudio / manual ditado

Pontuação do teste de reabilitação Rio de Janeiro � item certo = C � 3 pontos � item com facilitação = FAC � 2 pontos � item que houve autocorreção = AUT � 1,5 � item com resposta errada = E � 0,5 � item sem resposta = SR � 0 ITENS DO TESTE DE REABILITAÇÃO DAS AFASIAS Compreensão da linguagem � linguagem coloquial : � linguagem automática: os números de 1 a 10 os dias da semana - os meses do ano � linguagem associativa: completar frases... � compreensão de frases: escute a palavra e aponte a figura

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� compreensão de frases: escute a frase e aponte a figura... � compreensão de história: escute a história e depois responda... � compreensão de absurdo: � compreensão de ordens

expressão da linguagem oral � produção de antônimos : diga o contrario � denominação de imagens : diga o nome da figura � denominação de ações : diga o que cada um está fazendo � nomeação de partes do corpo: que parte é essa .... � nomeação de números: que numero é esse... � evocação de classes e categorias : diga 3 nomes de .....

organização da linguagem oral � definição de palavras: o que quer dizer a palavra... � organização da sintaxe: o que cada um está dizendo... � criação de frases com estímulo: faça uma frase usando a palavra.... � descrição de imagem: conte o que está acontecendo na figura... transposições lingüísticas � repetição de palavras simples: � repetição de palavras complexas: � repetição de frases simples: � repetição de frases longas e complexas: � leitura de letras e de silabas: � leitura de rótulos e de palavras: � leitura de frases e de texto: � copia de letras de palavras e frases: � copia de memória � copia de números � soletração áudio-visual e áudio-gráfica: � soletração áudio/viso/gráfica � capacidade de organização metafórica : � ditado de letras e de palavras: � ditado de frases/texto automatismos da escrita � assinatura � escrever os números de a 1 a 10 � escrever as letras do alfabeto � linguagem escrita associativa: � ler e completar as frases:

compreensão da linguagem escrita � identificação de letras: escute e aponte a letra.... � identificação de palavras e de frases: leia a palavra e a frase e coloque em cima da palavra ou

frase que corresponde... � compreensão de frases com conceitos � Compreensão de números: � compreensão de texto lido: leia o texto em silencio e responda... � compreensão de ordens escritas: escute a ordem e depois faça o que se pede:

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Capacidade de organização metafórica � compreensão de questionário escrito:

expressão da linguagem escrita � nomeação escrita: escreva o nome de cada figura... � evocação escrita: escreva uma lista de 3 coisas que você compra: � organização da linguagem escrita � organização da sintaxe: escreva o que cada um está dizendo... � criação de frases escritas: escreva uma frase usando a palavra... � síntese escrita: escreva 2 frases sobre a figura....

No final do bloco fica a síntese dos resultados, o que facilita: � analisar a pontuação do teste � traçar o programa de reabilitação � dar o diagnostico de que tipo de afasia é � dar o prognostico do caso � elaborar o relatório do caso

Relatório do caso OS ITENS DO RELATORIO

� Linguagem automática e coloquial � com pequenas dificuldades � Compreensão da linguagem oral � bons resultados � Expressão da linguagem oral � grande dificuldade sobretudo na nomeação e evocação � Organização da linguagem oral � enorme dificuldade para organizar frases Transposições lingüísticas � Repetição � consegue repetir palavras simples, mas grande dificuldade para repetir estímulos

complexos � Leitura � bons resultados na leitura de letras, mas impossibilidade com palavra, frases e texto � Copia � sem problemas � Soletração � muita dificuldade � Ditado � só realiza o ditado de letras Expressão da escrita � consegue escrever seu nome, mas não consegue escrever o alfabeto e completar frases Compreensão da escrita � ótimos resultados Expressão da escrita � dificuldade na nomeação escrita e na evocação de nomes

EXEMPLO DE RELATORIO AO MEDICO � De acordo com os resultados do teste pode-se concluir que estamos diante das características de uma

afasia de expressão, possivelmente em evolução. � A compreensão oral e escrita está relativamente preservada. A expressão tanto oral como escrita

mostra-se bastante prejudicada, com a presença de uma anomia relativamente acentuada. Há muita dificuldade na organização das frases. Nas transposições lingüísticas nota-se uma quase impossibilidade para a: repetição, leitura, soletração e o ditado.

� Levando-se em conta a idade do paciente, o suporte da família e a aceitação e motivação exibida pelo paciente, o prognostico será a médio prazo, mas com resultados de bom a moderado.

� No tratamento irá ser trabalhado: a nomeação de objetos e figuras, a evocação de nomes e categorias, a organização de frases, a repetição, a leitura, o ditado e a numeração.

CRFa Avaliação das apraxias e agnosias

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As imagens não são armazenadas como copias fotográficas o cérebro não armazena como microfilmes �imagens em seqüência. Ele não usa dicas sobre eventos - este tipo de armazenamento traria problemas na capacidade de guardar ou reter as informações – esgotaria as prateleiras - traria problemas no acesso à informação. Tudo indica que : A versão reconstituída da imagem recebida seja feita no córtice onde a imagem foi inicialmente organizada. Armazenamento visual � reconstituição visual Armazenamento sonoro � reconstituição sonora Armazenamento gustativo � reconstituição gustativa Como sabemos disso? Nas agnosias a percepção só é afetada no centro que armazenou a imagem. Quando há agnosia para cores a reconstituição da borboleta será feita da seguinte maneira: VISUAL - SONORA - ESPACIAL Mas .......... SEM COR

Apraxias: Transtorno da atividade gestual onde o aparato de execução da ação está intacto e o indivíduo possui conhecimento do ato que deve executar. Formas de apraxias: � Construtiva > impossibilidade de desenhar espontaneamente ou de copiar um desenho � Ideomotora > impossibilidade de fazer o gesto sem o modelo dificuldade em idealizar o gesto � ideatória > dificuldade em realizar a seqüência dos gestos � De vestir-se > dificuldade em realizar os atos de vestir-se � Buco-facial > dificuldade com as mímicas da língua � Cinética > dificuldades com os movimentos no ar Ordens dadas na avaliação das praxias da face : � - colocar a língua para fora � - soprar � - mostrar os dentes � - tocar o nariz com a ponta da língua � - morder os lábios os lábios de baixo � - assobiar � - limpar a garganta � - bater com os dentes um no outro

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� - rir � - estalar a língua � - tossir � - inflar as bochechas � - tocar as bochechas com a ponta da língua � - lamber os lábios � - mostrar como se dá um beijo � - ficar triste e depois rir Agnosias Ausência de reconhecimento de sinais ou símbolos recebidos pela audição ou pela visão. Formas de agnosias : � Visual > falhas em identificar, descrever ou copiar, letras, desenhos ou objetos � Viso/ espacial > (apractognosia) dificuldade em colocar em duas dimensões figuras de uma

dimensão, (transpor no espaço) � anosognosia > não reconhecimento da doença � Das cores > não percepção das cores � autopagnosia > inabilidade em identificar partes do corpo � Auditiva > (surdez verbal) inabilidade em reconhecer sons da língua � amusia > inabilidade em reconhecer as musicas Avaliação das agnosias � Identificar: letras – números – desenhos – objetos � copiar desenhos em 4 dimensões para o papel � Reconhecer cores � Identificar as partes do corpo (cabeça, braços, pernas, partes da face, etc.) � Repetir sons (vogais, sons do ambiente, onomatopéias) � Identificar musicas conhecidas TOKEN TEST - Para testar a recepção da linguagem - De Renzi E. e Vignolo L.A. – Milão , Italia. - Revista Brain, 85, p.665-678. Tradução de Regina Jakubovicz

� O teste não leva muito tempo � Não precisa de nenhum aparato especial, só cartolina em varias formas e cores. � As ordens são facilmente memorizadas � Não exige um nível intelectual muito elevado � Contem itens de um nível lingüístico crescente, começando com ordens simples e indo para

ordens mais complexas. � Aplica-se o teste e ele é interrompido quando não houver resposta em 3 itens consecutivos � Certificar-se antes que a pessoa (adulto ou criança) conhece as cores e as formas. � A ordem da apresentação é ao azar

Material do Token test. � Cartolina vermelha, verde, azul, amarela e branca: � 5 quadrados grandes : na cor vermelha, verde, azul, amarela e branco � 5 círculos grandes : na cor vermelha, verde, azul, amarela e branco � 5 quadrados pequenos: na cor vermelha, verde, azul, amarela e branco � 5 círculos pequenos: na cor vermelha, verde, azul, amarela e branco.

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PARTE I - colocar na frente da pessoa apenas os quadrados e círculos grandes e dar as ordens: CERTO ERRADO

� mostre o círculo vermelho � mostre o quadrado verde � mostre o quadrado vermelho � mostre o circulo azul � mostre o circulo amarelo � mostre o circulo verde � mostre o quadrado amarelo � mostre o quadrado azul � mostre o circulo branco � mostre o quadrado branco PARTE II - colocar na frente da pessoa todas as peças, grandes e pequenas

CERTO ERRADO � mostre o circulo amarelo pequeno � mostre o circulo verde grande � mostre o circulo amarelo grande � mostre o quadrado azul grande � mostre o circulo verde pequeno � mostre o circulo vermelho grande � mostre o quadrado branco grande � mostre o circulo azul pequeno � mostre o quadrado verde pequeno � mostre circulo azul grande PARTE III - colocar na frente da pessoa apenas quadrados e círculos grandes

CERTO ERRADO � mostre o circulo amarelo e o quadrado vermelho � mostre o quadrado verde e o circulo azul � mostre o quadrado azul e o quadrado amarelo � mostre o quadrado branco e o quadrado vermelho � mostre o circulo branco e o circulo azul � mostre o quadrado azul e o quadrado branco � mostre o quadrado azul e o circulo branco � mostre o quadrado verde e o circulo azul � mostre o circulo vermelho e o quadrado amarelo � mostre o quadrado vermelho e o circulo branco PARTE IV - colocar todas as peças na frente da pessoa

CERTO ERRADO � mostre o circulo amarelo pequeno e o quadrado verde grande � mostre o quadrado azul pequeno e o circulo verde pequeno � mostre o quadrado branco grande e o circulo vermelho grande � mostre o quadrado azul grande e o quadrado vermelho grande � mostre o quadrado azul pequeno e o circulo amarelo pequeno � mostre o circulo azul pequeno e o circulo vermelho pequeno � mostre o quadrado azul grande e o quadrado verde pequeno � mostre o circulo azul grande e o circulo amarelo pequeno � mostre o quadrado vermelho pequeno e o circulo amarelo pequeno � mostre o quadrado branco pequeno e o quadrado vermelho grande

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PARTE V - colocar apenas quadrados e círculos grandes

CERTO ERRADO � coloque o circulo vermelho em cima do quadrado verde � coloque o quadrado branco em baixo do círculo amarelo � toque o circulo azul com o quadrado vermelho � toque com o circulo azul o quadrado vermelho � mostre o circulo azul e o quadrado branco � pegue o circulo ou o quadrado vermelho � coloque o quadrado branco longe do quadrado amarelo � coloque o circulo branco na frente do quadrado azul � se houver um circulo preto então pegue o quadrado vermelho � pegue todos os quadrados menos o amarelo � toque o circulo branco sem utilizar as mãos � quando eu pegar no circulo verde você vai pegar o quadrado branco � coloque o quadrado branco ao lado do circulo vermelho � toque lentamente nos quadrados e rapidamente nos círculos � coloque o circulo vermelho entre o quadrado amarelo e o quadrado verde � toque em todos os círculos menos no verde � pega o circulo o circulo vermelho... não ... pega o quadrado branco � em lugar do quadrado branco pegue o circulo amarelo � depois de pegar o quadrado verde toque no circulo branco � pegue ao mesmo tempo o circulo azul e o circulo amarelo � coloque o circulo azul em baixo do quadrado branco � antes de tocar o circulo amarelo pegue o quadrado vermelho

DISARTRIA Lesão específica nas áreas motoras que ocasiona dificuldade no controle dos movimentos. Características motoras: � Atetóides ( movimentos balísticos ) � Espásticos ( resistência aumentada ) � Rigidez ( tonus aumentado) � Distonia ( tonus irregular) � Hipotonia ( resistência reduzida ) Os casos sem muitos movimentos

� problemas só com emissão das nasais ou nenhum efeito grave. Os casos com muitos movimentos

� alterações na intensidade e na qualidade da voz � imprecisão das consoantes e modificações da prosódia � alteração nas vogais � estrangulamento súbito � muitas pausas � esforço plosivo � salivação � expiração audível

Força muscular � responsável pela contração e relaxação do músculo Velocidade do movimento muscular � responsável pela delicadeza, acuidade e presteza muscular Percurso muscular � responsável pela prosódia, acentuação silábica e melodia da voz Precisão do movimento � responsável pela força, velocidade percurso e direção do movimento

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Tônus muscular � responsável pela resistência e a elasticidade do músculo AVALIAÇÃO DOS MECANISMOS ORO-FACIAIS NAS DISARTRIAS: Musculatura facial em repouso

� - assimetria no angulo da boca (indica fraqueza) � - posição dos lábios ( indica problema com o tônus muscular)............. � - posição das sobrancelhas (indica se há ou não coordenação)........... � - o piscar dos olhos (se não consegue indica fraqueza)..................... � - observar o riso (extensão por igual ? pode significar paresia de um lado

Musculatura facial em movimento

- inflar as bochechas (forçar a saída do ar para ver sinais de tonicidade) � pressionar os lábios (se não conseguir indica fraqueza).

Musculatura mandibular em repouso � mandíbula cai mais que o normal (fraqueza da musculatura que eleva a Mandíbula)

Musculatura mandibular em repouso � mandíbula cai mais que o normal (fraqueza da musculatura que eleva a mandíbula)

Musculatura mandibular em movimento � - abrir e fechar a boca (se desviar para um lado indica fraqueza).................................... � - mover a mandíbula de um lado ao outro (se não consegue indica fraqueza bilateral) � - resistência a abrir de dentes cerrados (se grande dificuldade indica fraqueza).................

Musculatura da língua em repouso � língua dentro da boca (observar tamanho, forma e fasciculação)........................................ � - impossibilidade de repouso (problemas com a elevação e a protrusão)............................

Musculatura da língua em movimento � - esticar a língua o mais que puder (observar a força e a direção se houver fraqueza haverá

dificuldade............ � - elevar a língua (se não conseguir é sinal de fraqueza muscular)........................................ � - colocar a língua no queixo (forçar para dentro para saber se há força)............................. � colocar a língua nos cantos da boca (ver se vai de um lado ao outro,e verificar a velocidade e a

aceleração)................................. Musculatura do palato em repouso

� - observar usando um depressor de língua (pode haver assimetria sem haver patologia) � - procurar por fissuras ou úvula bífida ........

Musculatura do palato em movimento � - pedir para dizer um /a/ prolongado ( se houver ausência de movimentos irá indicar fraqueza)

Musculatura do palato nos reflexos � Observar o reflexo de GAG, (se houver fraqueza muscular de um lado haverá mais atividade desse

lado. Se for bilateral haverá uma diminuição da atividade) Fonação � a) tonalidade - procurar a tonalidade "ótima" - variar a inflexão: ca-réé-ca. � b) intensidade - sustentar a vogal na mesma intensidade � c) qualidade vocal - trabalhar o ataque vocal mais prolongado nas vogais- (carééééca), trabalhar

o ataque vocal suave - tentar evitar escapes de ar obtendo fonação. Ressonância: � Conseguir o fechamento da válvula do palato; em geral os exercícios oro-faciais não ajudam

muito. Haverá a necessidade de usar compensações; como: � abrir mais a boca � treinar a percepção dos escapes nasais � colocar prótese nos casos mais severos

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� Prosódia: � Treinar a ênfase diferente em cada sílaba variando a intensidade, a tonalidade e a duração na

vogal mais acentuada; prolongar, na vogal menos acentuada tentar falar mais rápido. Respiração: � Não adianta muito aumentar a capacidade vital de respiração do paciente, pois serão os

movimentos articulatórios que irão determinar o melhor uso da coluna de ar. Compensações necessárias: � falar com o pulmão cheio � não falar usando ar residual � falar em frases curtas � treinar as variações do sopro expiratório � treinar encher e esvaziar o pulmão

Acessórios à terapia: � - levantador de palato � - injeção de teflon � - inibir os movimentos involuntários: � - morder um cachimbo para imobilizar a mandíbula � - colocar uma prótese dentaria em acrílico entre os molares e morder � - amplificação auditiva para levar o paciente a se ouvir melhor A TERAPIA DAS AFASIA � Ao longo de todo o processo de reabilitação da afasia haverá uma interação continua entre o

terapeuta e a pessoa com afasia. � Será através desta interação que as modificações no distúrbio de comunicação serão introduzidas. � A interação irá compreender cinco protagonistas:

1. A pessoa com afasia 2. O terapeuta 3. O déficit de linguagem 4. As estratégias utilizadas na terapia 5. Tarefas e materiais de trabalho

Alterações comportamentais nas afasias � Fragilidade emocional � choro ou riso inapropriado sem haver uma causa emocional que

justifique. Reacão acima da expectativa por um baixo limiar emocional OBS: costuma diminuir com as melhoras dos sintomas lingüisticos. � Reação catastrófica � reação inadequada que geralmente aparece quando o paciente enfrenta

situações com as quais não consegue lidar. Exemplo: quebrar coisas, agitar-se, gritar, etc. � Dependência � O paciente sente-se inseguro, não sabe mais tomar atitudes. Acha que não pode

mais fazer nada sozinho. � Mecanismos de defesa � atitudes que são tomadas para se defender, como: isolar-se ou

envolver-se em atividades inapropriadas; abrir um livro que não pode ler, copiar qualquer coisa, lavar os tapetes.

� Condições psicóticas � Exaltação em excesso ou depressão, falar sozinho, violência sem motivo aparente, etc. Essa atitudes costumas aparecer quando já existiam tendências anteriores de temperamento depressivo ou psicoses ou neuroses pré mórbidas.

� Perda da memória � Inabilidade para evocar nomes ou lugares familiares. O afásico lembra-se dos fatos e dos compromissos que tem mas não consegue nomeá-los.

� Egocentrismo � só lida ou se envolve em situações que tenham importância para o paciente. Volta-se para si mesmo.

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� Dificuldade com o abstrato � só consegue lidar com as coisas ou assuntos bem concretos (o que pode ver e sentir). Não consegue imaginar ou simbolizar.

� Inconsistência das respostas � consegue dar a resposta certa ou executar bem uma tarefa num dia ou numa hora e a seguir não consegue mais. Não há retenção do aprendizado.

ALTERAÇÕES VERBAIS � Perseveração � continuar com ato ou palavra que era apropriado a uma situação anterior mas

não é mais à próxima. Dificuldade em mudar de atitude. � Estereotipias � repetir sempre a mesma palavra ou gesto, seja apropriado ou não. Fica sendo

a única forma de comunicação. � Tema de predileção � falar sempre do mesmo assunto ou ficar repetindo a mesma palavra

misturada a outras. Ligada à dificuldade em mudar de assunto. � Ecolalia � repetir a ultima palavra ou frase escutada. Características da aprendizagem na afasia � fadigam-se com muita freqüência � lentidão na aprendizagem (esperar que o paciente se ligue”) � muitas vezes acontecem perseverações � dificuldade em reter o aprendizado � dificuldade em compreender conjuntos � presença dos déficit associados (hemiplegia, hemianopsia, agnosia apraxia) � comportamentos variados de uma hora para outra de um dia para outro � problemas com a memória a curto e a longo prazo � precisam ser estimulados a acreditar na recuperação � geralmente deprimidos e ansiosos � tendência a reações catastróficas � condicionam-se com facilidade � dificuldades em organizar o pensamento

Dados para o prognostico � considerações sobre a etiologia � a importância da zona lesada � o tempo decorrido depois da lesão � o grau de severidade da afasia � a idade do paciente � a personalidade do paciente � os hábitos lingüísticos anteriores � os interesses � a capacidade do paciente a adaptar-se ao distúrbio � a motivação para falar � a possibilidade de contar com a família � o nível de inteligência PRINCÍPIOS BÁSICOS DA REABILITAÇÃO 1 - O tempo de atenção do paciente é limitado 2 - A afasia não e um processo progressivo 3 - Muito poucos se recuperam totalmente 4 - É necessário ocupar-se da família mas deve haver objetividade 5 - É preciso não esquecer que o paciente afásico é um adulto, é assim que ele deve ser tratado. 6 - A prontidão psicológica e a maturidade clínica contribuem para que o paciente comece a motivar-se 7 - A recuperação na afasia é um processo muito lento

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8 - Todo o afásico tem um problema de compreensão 9 - Todo o afásico tem uma “falta do nome” PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA REEDUCAÇÃO � Devem haver pausas durante a sessão para evitar o cansaço e as perseverações � Deve-se usar estímulos simples antes dos mais complexos � Utilizar sempre o reforço social logo após uma boa resposta � A auto-correção indica o inicio da recuperação � As vezes pode-se aceitar respostas erradas mas muito próximas das corretas para motivar � Deve-se trabalhar bem a compreensão da linguagem antes de exigir-se a produção oral � Para se obter boa comunicação com o afásico é necessário informações sobre a natureza da

afasia e a história do afásico CONTEÚDO O CONTEÚDO da linguagem pode ser trabalhado levando o paciente a falar sobre o que ele sabe dos objetos e/ou eventos. As afasias de compreensão

FORMA � Para estimular a FORMA da linguagem temos de levar o paciente a usar o código e as regras

utilizadas pelo falante da língua nos níveis: 1. fonético 2. fonológico 3. semântico 4. morfo-sintáxico As afasias de expressão e anomias

Disturbios semânticos

Trabalhar o vocabulário e as relações conceituais Exercícios: � Com antônimos: grande / pequeno , etc � Com classes: roupas } casaco - calça - meia � Com paradigmas: casa} grande - velha - bonita � Com análise/síntese: serve para beber água � copo - puxa a carroça � cavalo � Com associações: o inverno faz pensar em � lareira – casaco , etc. - ventilador faz pensar em � vento - calor – etc. � Com verbos: quebrar o ..... lavar ........ ler o ..... � Com adjetivos: o clima é ...... o dia está ..... DISTURBIOS DA MORFO/SINTAXE � Verbos � usar ou combinar verbos no tempo presente - passado – futuro � Adjetivos � pedir as qualidades de pessoas e objetos (grande - vazio - útil) � Advérbios � exercícios com os lugares: em cima / em baixo; de tempo: antes / depois; de modo:

depressa / devagar, etc � Preposições � exercícios para preencher as lacunas: casa de campo - ir para o interior � Conjunções � exercícios para preencher as lacunas: entrar ou sair - Maria e João, etc � Artigos � usar ou combinar o masculino ou feminino: o livro - a casa - os amigos – � Pronomes � usar um ou outro : ele/ ela - nós / eles – nossos / deles, etc

USO

� Para trabalhar o USO da linguagem seriam feitos exercícios da pragmática:

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� Relações entre a linguagem e o contexto em que a linguagem é usada Para todos os tipos de afasias

Uso da linguagem

Exercícios: � Usa-se objetos ou situações do dia a dia e pede-se ao paciente para: � Dar ou pedir uma informação � Recusar coisas ou situações � Comprar e vender coisas � Trocar objetos com o terapeuta � Falar sobre uma necessidade � Pedir opinião sobre algo � Perguntar sobre ações já passadas � Falar sobre ações a serem feitas Trabalhar as funções pragmaticas : � Comentários � está bem - não serve - Não gosto - � Pedidos � passe o sal - sai da frente - diga onde está � Informações � quem pegou ? - quanto custa? � Solução de problemas � se chover .... se fizer calor.... Se você estiver com fome ... Trabalhar no contexto: � Perguntar � você quer sair ? - você gosta assim ? � Informar � eu quero sair - fica muito longe � Declarar � é difícil - é caro - é gostoso � Propor � vamos ao shopping ? - que tal jogar ? � Descrever � o dia está nublado - está chovendo � Protestar � não concordo - não fica legal assim � Trabalhar com abstrações Trabalhar o dialogo � tp � Preciso de pregos e martelo, voce tem? � Pc � tenho � Tp � quantos pregos voce tem? � Pc � tenho um � Tp � o que vai fazer com eles?

� Tp � Quero dar um presente, o que vai ser? Uma carteira de moedas ou uma gravata? � Pc � prefiro uma carteira � Tp � O que vai comprar? um sorvete ou um suco? � Pc � um sorvete � Tp � porque? � Pc � está muito calor

O trabalho behaviorista em nível lingüístico E = ESTIMULO RF = REFORÇO R = RESPOSTA E ⇒ Controle das bases lingüisticas em níveis: fonético - fonologico - morfo-sintáxico - semântico e de compreensão Rf ⇒ para aumentar a freqüência das respostas reforçar com: � agrados verbais do tipo“muito bem !” ou “ótimo !” � dar sempre um sorriso... � A própria melhora da afasia reforça

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R ⇒ a melhor que o paciente puder dar na; Comunicação oral - comunicação escrita - Compreensão oral - compreensão escrita No nível fonético tem uma a progressão que faci lita :

� Usar as vogais antes das consoantes � Usar antes os fonemas anteriores (p-b-m) que são mais visíveis que os posteriores (q-g-rr) � Seguir as etapas seqüências, fazendo: � Diagramas � gestos � fazer o som � pedir a repetição � pedir a produção � usar o mínimo de deslocamento muscular: � Si ===> se ===> sa � Em vez de su ===> sa ===> si Fazer mapas articulatórios:

No nível fonológico trabalhar com exercícios de rep etição :

� Começar por monossilábicos ===> pé - pa - lá - sol - etc � Usar palavras com a mesma zona articulatória � mapa - pata – bata � Tentar com palavras similares ==> mato - gato - pato - rato � Trabalhar em grupos consonantais ===> prato - flor � Usar sintagmas curtos ===> vem cá - sai daí - como vai � Usar frases longas ====> eu vou beber água agora O que facilita neste nível:

� dar um suporte visual (gestos, desenhos) � Combinar a leitura com a repetição: auditivo + visual � Esconder as seqüências silábicas: Per nan bu co

� mover os cartões com sílabas: copa » cabana No nível semântico trabalhar o vocabulário, Para facilitar respeitar a freqüência de uso na língua

No nível morfo-sintático trabalhar a gramática Trabalhar a construção gramatical para aumentar o enunciado nos casos telegráficos. �Para facilitar: começar com frases menores e ir aumentando a complexidade gramática Exercícios de: substituições no paradigma � ===> Verbo O homem lava o carro

• O homem puxa o carro • O homem dirige o carro

� ===> Predicado • O homem lava a mão

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o O homem lava a janela o O homem lava o carro

� ===> sujeito a moça espera o ônibus • o rapaz espera o ônibus • Pedro espera o ônibus

� ===> pronome � o homem lê o livro sentado � ele lê o livro sentado na cadeira � ela lê o livro sentada na cadeira

� ===> concordância • eu gosto de banana • nos gostamos de banana ouro • nos vamos sair de noite • eu vou sair com você de noite

A COMPREENSÃO AUDITIVA � Processamento primário � psico-fisiológico � aspectos da intensidade, freqüência e duração do som � Processamento secundário � aspectos da cognição

� associações � categorização � reconhecimento � retenção � memória � estado de alerta e de vigília

A compreensão do discurso no ouvinte afásico e na demência � Lembra as idéias principais mais que os detalhes � Lembra as idéias principais apesar dos resultados das testagens � Compreende informações abertas mais que as indiretas � O contexto facilita a compreensão mais que palavras isoladas � A compreensão de frases nos testes subestima o discurso de compreensão FACILITANDO A COMPREENSÃO

� Repetir várias vezes - usar a redundância � Controlar o barulho de fundo � Dosar o tempo de atenção � Procurar falar sempre de frente para a pessoa � Usar de vez em quanto sinais de alerta (“olha para mim”ou “atenção agora” ) � Falar com o paciente em ritmo de fala mais lento � Fazer muitas pausas (para dar tempo ao paciente de processar a informação) � Usar gestos significativos

� Dar sempre um feedback para que o paciente possa saber se está acertando ou não

� Tentar não mudar a rotina � Usar desenhos ou escrever como apoio � Ensinar ao paciente a fazer perguntas para quando ele não estiver compreendendo

Para trabalhar a compreensão � exercícios de:

� responder que sim ou que não

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� discriminar sons fonêmicos: fa / va - fim / sim - mulher / colher � combinar o que escuta com o que está escrito : o coração bate forte

� designar : objetos – imagens, imagens # e imagens = � apontar na imagem � o carro - o sinal - o guarda o pedestre - o hidrante � separar os que tem o mesmo conceito: mesa - laranja - cama - limão - cadeira - banana � apontar o que serve para : beber - dormir - comer - vestir - lavar � escutar e realizar as ordens dadas: “coloca o lápis na caixa” - “abre a gaveta e coloca o

lápis na caixa” - - “abre a gaveta, coloca o lápis na caixa e a borracha em cima da mesa” � compreensão de texto lido � ler e perguntar

� exercícios de múltipla escolha � casa de: tijolo - palha - madeira Alexia pré angular � não consegue ler mas consegue escrever � consegue soletrar apesar de não ler � as vezes não lê números � as vezes pode fazer leitura proprioceptiva Alexia angular � alexia total (não consegue soletrar, nem ler palavras por outros canais) � perda da leitura de números � escrita impossível (nem ditado nem copia ) � desorientação direita/esquerda Alexia pós angular � dificuldade para ler palavras de importância sintática (preposições, advérbios, adjuntos ) � consegue ler nomes e verbos � compreende mais leitura silenciosa � dificuldade na sequênciação das palavras � lê melhor palavras com significado concreto do que palavras isoladas Então podemos concluir que o cérebro tem áreas especificas para: � Ler a letra ou a palavra � Ler os números � Escrever a letra ou a palavra � Ler em silencio ou em voz alta � Soletrar � Compreender a leitura � Copiar letras, palavras ou frases Para facilitar a leitura : � Escolher material de leitura de acordo com: � Comprimento da palavra � Apresentação visual da letra (maiúscula ou minúscula, cursiva ou de forma) � A classe da palavra � A freqüência do uso na linguagem � Se a palavra é concreta ou abstrata � Se é palavra familiar ou não

Leitura

� Apontar as letras e as sílabas escutadas � Escutar letras em seqüência e apontar a seqüência correta

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� Parear letras escritas � Identificar letras que não pertencem � Parear palavras escritas com as figuras � Parear palavras escutadas com as figuras � Ler frases � Ler um parágrafo curto e depois responder a perguntas � Ler em voz alta e em silencio e depois responder a perguntas

Exercícios para a leitura

Construa palavras usando as sílabas: � so - la - ca - ga - pa - le - bo - la - fa - ci - po - va - ra lo - da - ma - - bi - - go - ta - na - ba -

co - Reposta � sola – lapa – ralo – etc.

Leia as palavras abaixo e escolha o lugar devido: � Cavalo - proa -roda - remos - leme - velas - âncora - mar - popa – arreio- onda – cavalgar –

esterco – velejar – vento – motor � Resposta � Charrete ou Barco? Mar ou terra ?

Escreva: � Uma palavra com lh: folha � Uma palavra com ma: � Uma palavra com na: � Uma palavra com sa:

Forme palavras com: � tam________ lâm________ cam_______ � bom________ tem________ sam ............

Leia e complete com sílabas: � BAL - PAL - NAL - SAL - BO – ZOL - BOL � Eu leio o jor_____. � A cozinheira põe o _____na comida. � Ele gosta muito de jogar fute_____. � Para pescar eu jogo o an_____.

Complete copiando a palavra certa: � O caminhão tem _______________ . velas � A casa tem _______________ . asas � O barco tem _______________ . rodas � O cavalo tem _______________ . janelas � O avião tem _______________ . patas

Exercicios para a escrita � Copiar figuras geométricas � Desenhar uma casa, ou uma arvore � Copiar letras, palavras e frases � Copia de memória (exposição de 10 seg) � Escrever o nome das figuras � Escrever as palavras ditadas � Soletrar as palavras lidas � Escrever a palavra soletrada

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� Escrever uma frase ditada � Escrever um parágrafo ditado

CONCEITO DE RECUPERAÇÃO � Expectativas diferentes em vários segmentos da sociedade � Sociedade � só aceita indivíduos pluriaptos � Família � deseja o paciente como era antes � Fonoaudiologo � quer o melhor que o paciente puder dar MECANISMOS DE RECUPERAÇÃO CEREBRAL � Redundância do SNC �(mecanismos de ativação e inibição) haveria uma restituição funcional � Reorganização do SNC � haveria uma substituição de funções (Luria) � Aumento da diasquisis (choque sistêmico) � Diasquisis � como a lesão diminui as aferencias de certos centros conexos, isso acaba

resultando num estado geral de “choque” nas sinapses � Plasticidade cerebral � transferência de um hemisfério para o outro O SUCESSO DA TERAPIA DEPENDERÁ: � Dos problemas lingüísticos X não lingüísticos � Da compreensão do terapeuta sobre a personalidade anterior do paciente � Da paciência de toda a equipe e do paciente � Da continuidade do esforço � Da empatia mútua � Da cooperação familiar e social

Quadro de comunicação alternativa para afásicos globais

Comer Usar / ir Beber

Comida Vaso sanitário Água

Sentir Dormir/AcordarVer / ligar

Dor Cama Televisão

Pentear Vestir Sair /entrar

Pente Roupa Porta