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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE QUALIDADE EM MARKETING DE SERVIÇO Por: Juliana Gonçalves Machado Orientador Professor: Mario Luiz Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

QUALIDADE EM MARKETING DE SERVIÇO

Por: Juliana Gonçalves Machado

Orientador

Professor: Mario Luiz

Rio de Janeiro

2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

QUALIDADE EM MARKETING DE SERVIÇO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Marketing

Por: Juliana Gonçalves Machado

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por me dar a oportunidade de

viver.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico à minha

família que no qual disponibilizou da sua

paciência e compreensão às muitas vezes

que cheguei tarde do curso e outros estudos.

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RESUMO

Qualquer empresa, independente do ramo de atividade, pode colocar em

prática um bom plano de qualidade em serviços. Com este plano bem executado,

a empresa terá uma vantagem competitiva muito importante em relação aos seus

concorrentes. De acordo com o trabalho aqui apresentado, podemos enumerar os

passos mais importantes para a elaboração de um plano de qualidade em

serviços: conhecer os desejos e necessidades do cliente, ajustar a produção de

bens ou serviços para atender essas necessidades, desenvolver uma estratégia

de serviços, comprometer os funcionários para o bom atendimento aos clientes,

dar responsabilidade ao pessoal de linha de frente, desenvolver sistemas voltados

para o cliente, montar um plano de relacionamento pós-venda, criar um sistema de

acompanhamento. Sendo assim, o profissional de marketing precisa estar atento

ao desenvolvimento de novas ações visando à qualidade no atendimento ao

cliente.

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METODOLOGIA

A metodologia empregada foi a de estudo bibliográfico, internet e artigos de

profissionais ligados ao tema.

Os principais autores e teóricos utilizados nesta pesquisa foram:

Philip Kotler, Christian Grönroos e Christopher Lovelock.

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SUMÁRIO

Introdução – 8

Capítulo I – Serviços 11

Capítulo II – Qualidade em serviços 16

Capítulo III – Percepção do cliente 24

Capítulo IV – CRM 31

Conclusão – 37

Bibliografia Consultada – 39

Bibliografia Citada - 40

Índice - 41

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INTRODUÇÃO

O objetivo é abordar o assunto de qualidade no atendimento ao cliente

como ferramenta do marketing para obtenção de excelência, neste caso, pode ser

visto como um serviço prestado dentro da empresa, mesmo que este não seja o

produto de venda principal.

Nos últimos anos, presenciamos muita ênfase, especialmente entre

corporações norte-americanas, no mantra do realce do valor para o acionista.

Todavia, conquanto seja certo que é possível aumentar lucros no curto prazo

mediante um vigoroso esforço de redução de despesas, não pode haver nenhuma

criação de valor para acionistas no longo prazo, a menos que, em primeiro lugar,

seja criado valor para clientes. Marketing é a única função de gerenciamento

dedicada a gerar receitas de vendas para a empresa. E nenhum negócio pode

esperar sustentar tal corrente de receitas, a menos que seja bem-sucedido na

atração e retenção de clientes dispostos a continuar comprando seus serviços a

preços que, em conjunto, cubram todos os custos e deixem uma margem

adequada para lucros e para o reinvestimento necessário. Essa é uma tarefa

desafiadora em mercados onde muitas organizações concorrentes estão tentando

atrair esses mesmos clientes, em especial se a demanda geral de mercado estiver

estagnada ou em declínio.

Reter clientes desejáveis diante da concorrência ativa requer entender

como relacionamentos são criados e sustentados. Historicamente, muitas

empresas de serviços eram mais orientadas para transações do que para

relacionamentos. Em empresas orientadas para operações, um usuário era

considerado tão bom quanto o outro, contando que pagasse. Hoje, a ênfase está

no desenvolvimento de estratégias de marketing de relacionamento que realcem a

satisfação entre clientes-alvo e aumentam sua fidelidade. Para conquistar essa

fidelidade, empresas espertas sabem que devem desenvolver um entendimento

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da qualidade de serviços centrado no cliente e garantir que todos na organização

entendam o papel que desempenham no atendimento das expectativas do cliente.

Os vencedores nos atuais mercados de serviços de alta competitividade

progridem porque estão sempre reconsiderando o modo como fazem negócios,

procurando maneiras inovadoras para atender melhor os clientes e tirando

proveito dos novos desenvolvimentos da tecnologia.

As empresas não apenas devem ser capazes de criar um alto valor

absoluto, como também um alto valor relativo, isto é, comparado com o da

concorrência – e tudo isso a um custo suficientemente baixo. Vantagem

competitiva é a capacidade da empresa de apresentar, em um ou mais itens, um

desempenho que os concorrentes não podem alcançar.

Os profissionais de marketing desempenham vários papéis ao ajudar a

empresa a definir e entregar bens e serviços de alta qualidade a clientes-alvo.

Primeiro, é deles a maior responsabilidade pela correta identificação das

necessidades e exigências dos clientes. Segundo, eles devem comunicar tais

expectativas aos projetistas de produtos de maneira apropriada. Terceiro, devem

assegurar que os pedidos sejam atendidos corretamente e dentro do prazo.

Quarto, eles devem verificar se os clientes receberam instruções, treinamento e

assistência técnica adequados à utilização do produto. Quinto, devem manter

contato com os clientes após a venda para assegurar que estejam e permaneçam

satisfeitos. Sexto, eles devem coletar idéias dos clientes no que se refere a

melhorias de produtos e serviços e transmiti-las aos departamentos

correspondentes na empresa. Quando os profissionais de marketing fazem tudo

isso, dão substanciais contribuições para a gestão da qualidade total e para a

satisfação dos clientes, assim como para a lucratividade do cliente e da empresa.

Nenhuma empresa que busque relacionamentos de longo prazo com

clientes ou funcionários pode se dar ao luxo de maltratá-los ou de proporcionar

constantemente pouco valor. Mais cedo ou mais tarde, enganar ou maltratar

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clientes e funcionários provavelmente repercutirá em desvantagem para a

empresa. Por conseguinte, as empresas necessitam de um conjunto de valores

morais e juridicamente justificáveis para guiar suas ações e modelar suas

tratativas com funcionários e com clientes.

Um modo útil de pensar em “valores” é considerá-los como crenças

subjacentes sobre como a vida deve ser vivida, como as pessoas devem ser

tratadas e como as empresas devem ser administradas. Na medida do possível,

seria sensato da parte dos gerentes, que usassem os valores de sua empresa

como ponto de referência para recrutar e motivar funcionários. Gerentes também

devem deixar claros os valores e as expectativas da empresa quando estiverem

tratando com clientes potenciais, bem como fazer um esforço para atrair e reter

clientes que compartilham e apreciam esses mesmos valores.

No primeiro capítulo serão abordados os conceitos e definições de serviços.

Os capítulos 2 e 3, mostram que a qualidade em serviços é definida de

acordo com a percepção do cliente. Para prestar um serviço de qualidade, a

empresa precisa saber o que o cliente está esperando. Quais são suas

expectativas com relação ao serviço que será executado.

O CRM será abordado no quarto capítulo.

As ferramentas e estratégias de marketing que serão mostrados nos

capítulos subseqüentes enfatizam o foco sobre o cliente e uma orientação para a

dinâmica competitiva. A integração efetiva de atividades de marketing com

atividades de operações e recursos humanos, requer que profissionais de

marketing trabalhem em franca colaboração com seus colegas para garantir que o

projeto e a entrega do serviço atinjam o equilíbrio – ou melhor, ainda, a sinergia –

entre qualidade e produtividade.

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CAPÍTULO I

SERVIÇOS

“A nossa economia é de serviços e

tem sido assim há algum tempo”.

- Karl Albrecht e Ron Zemke

1.1 Conceitos e definições de serviços

Quando o cliente precisa de determinado serviço, o mesmo cria certas

expectativas a respeito do serviço. E o nível de qualidade do serviço vai depender

dessas expectativas. Portanto, a organização deve sempre saber quais são as

expectativas de seus clientes para poder atendê-las e ficar na mente do cliente

como prestadora de um serviço de qualidade.

“Um serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente

intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não

resulta na propriedade de nada. A execução de um serviço

pode estar ou não ligada a um produto concreto.” (KOTLER,

2007, p.397).

Como podemos ver pela definição apresentada acima, toda empresa, de

alguma forma, oferece serviços. Mesmo que seja uma empresa

predominantemente industrial, na hora em que estiver vendendo seus produtos ao

consumidor ou ao revendedor, ele estará prestando um serviço, portanto, essa

interação na hora de concretizar a venda, será percebida pelo cliente ou

revendedor, como um serviço de boa ou má qualidade. Um serviço normalmente é

percebido de forma subjetiva. Existem formas abstratas para dizer o que é um

serviço.

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Em Marketing de serviços, Christopher Lovelock define serviços:

“Um serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma

parte à outra. Embora o processo possa estar vinculado a um

produto físico, o desempenho é transitório, freqüentemente

de natureza intangível e não resulta normalmente em

propriedade de quaisquer dos fatores de produção.”

(LOVELOCK, 2007, p.8).

Podemos concluir que existe muita coisa em comum nestes conceitos,

sendo a mais importante, a observação no que diz respeito ao atendimento ao

cliente, dando origem a um dos tipos de estratégia básica utilizada em marketing.

O serviço é uma atividade econômica que cria valor e proporciona benefícios a

clientes.

O setor de serviços ficava atrás do setor industrial no que diz respeito à

adoção e à utilização das concepções e ferramentas de marketing. Entretanto,

essa situação mudou. A estratégia do marketing de serviços compõe-se não

apenas do marketing externo, mas também do marketing interno – que tem como

objetivo motivar funcionários – e do marketing interativo – que tem como objetivo

enfatizar a importância tanto da alta tecnologia como do alto envolvimento

pessoal.

Os profissionais de marketing de serviços precisam ser capazes de

transformar serviços intangíveis em benefícios concretos. As empresas devem

desenvolver primeiro uma imagem clara de como querem que seja a percepção do

cliente quanto a determinada experiência; depois, devem planejar um conjunto

consistente de sinais de contexto e desempenho para sustentar essa experiência.

A empresa reúne os sinais em um modelo de experiência, uma representação

gráfica dos vários sinais.

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Geralmente, para descrever os serviços, os cliente utilizam expressões

como experiência, confiança, tato e segurança. Portanto, pode-se dizer que os

serviços são classificados como produtos intangíveis. Entretanto, muitos serviços

incluem elementos bem tangíveis, como por exemplo,os serviços de alimentação e

instalação de peças avulsas durante a entrega de serviços de conserto.

A prestação da maioria dos serviços torna obrigatória a presença do

cliente, que é quem fornece a motivação para que ela ocorra. Vale registrar aqui

que serviços, em geral, requer a participação do cliente para ser desenvolvido,

sobre a qual é necessário que ele seja “educado“, não no sentido de que se

adapte as exigências do prestador de serviço, mas com a intenção de levá-lo a

compreender que sua contribuição é fundamental para sua própria satisfação. Em

uma visão geral, cliente satisfeito irá diagnosticar em uma boa prestação de

serviço.

1.2 Serviços x Bens físicos

Estabelecer diferenças entre produtos e serviços está cada vez mais

difícil. Em geral, entende-se por serviço tudo que um restaurante deve fazer para

agradar um cliente – incluindo a comida -, o atendimento, etc. Por outro lado, a

literatura especializada refere-se a “bens e serviços” como constituintes do

chamado “produto”. Nesse caso, o “bem” seria a refeição, o “serviço”

corresponderia ao atendimento, e o “produto”, a somatória desses dois fatores,

associados a outros que levam ao cliente a “se sentir bem” a ponto de desejar

retornar.

Assim, tanto Bens quanto Serviços serão considerados Produtos. Bens

são produtos tangíveis, isto é, geralmente podem ser testados antes de serem

adquiridos. É possível vê-los, tocá-los, sentir o odor que emitem, degustá-los.

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Já serviços são produtos intangíveis. Muito raramente podem ser

experimentados ou testados adiantadamente (transporte, despacho de carga,

seguros, consultoria, atividade bancária, programas de computador, assistência à

saúde, posto de combustíveis, etc).

Os Bens podem ter a sua produção padronizada. Serviços, ao contrário,

também são caracterizados pela heterogeneidade, a não ser que sejam

executados por máquinas. Quando baseados em pessoas, variam de acordo com

diversos fatores como: o estado de espírito do executante, suas habilidades, a

participação e o tipo do cliente, etc.

Contudo, há exceções nas distinções entre produtos tangíveis e

intangíveis: não é possível provar adiantadamente, nem sequer ver o atum dentro

da lata ou o sabão em pó na caixa (LEVITT, 1990).

Segundo Reis:

“A intangibilidade dos serviços pode provocar relações

indeterminadas entre o comprador e o vendedor, tornando

problemático o controle efetivo do desempenho dos serviços

com base neles mesmos.” (REIS, 1998).

GRÖNROOS (1995), identifica algumas características importantes na

maioria dos serviços:

1. Os serviços são mais ou menos intangíveis. Uma

amostra do serviço não pode ser enviada com antecedência ao

cliente, para aprovação, nem o seu valor é necessariamente

proporcional aos “custos de produção”. Até mesmo porque a

“Qualidade do serviço” é uma questão altamente subjetiva;

2. Os serviços são atividades ou uma série de atividades

em vez de coisas;

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3. Os serviços são, pelo menos até certo ponto,

produzidos e consumidos simultaneamente;

4. O cliente participa do processo de produção, pelo

menos até certo ponto. Um serviço, na sua versão final, é

“produzido” no mesmo instante em que é fornecido ao cliente.

Salvo em caso de automatização total, os serviços possuem um

componente social determinante. E quanto maior o número de

fornecedores do serviço com que o cliente interagir

pessoalmente, maior o risco deste não ficar satisfeito;

5. Não há como pedir a terceiros para repassarem um

serviço já prestado, ou mesmo chamá-los de volta, para

reparos.

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CAPÍTULO II

QUALIDADE EM SERVIÇOS

“Nem tudo que conta pode ser contado,

e nem tudo que pode ser contado conta”.

- Albert Einstein

2.1 Conceitos e definições de qualidade e produtividade de serviços

Se perguntado, nenhum cliente conceituaria, com clareza, o que é

Qualidade em Serviços. Mesmo as próprias Organizações de Serviços têm

dificuldades em dimensionar exatamente o que seria.

“Qualidade é a totalidade dos atributos e características de

um produto ou serviço que afetam sua capacidade de

satisfazer necessidades declaradas ou implícitas.” (KOTLER,

2007, p.145).

O que o cliente detém em relação ao serviço são expectativas, que não

podem ser sociologicamente previsíveis. Essas expectativas são influenciadas por

variáveis as mais diversas: mídia, amigos, experiências anteriores, entre outras.

Historicamente, qualidade e produtividade sempre foram consideradas

questões importantes para os gerentes operacionais. Quando melhorias nessas

áreas exigiam melhor seleção, treinamento e supervisão de funcionários – ou

renegociação de acordos trabalhistas relativos a obrigações de cargos e à

regulamentação do trabalho -, os gerentes de recursos humanos também

entravam em ação. E somente quando a qualidade de serviço foi ligada

explicitamente à satisfação do cliente que os profissionais de marketing também

começaram a ser vistos como elementos importantes.

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“Produtividade – Trabalhar mais rápido e de maneira mais

eficiente a fim de reduzir custos.” (LOVELOCK, 2007, P.345).

Qualidade e produtividade caminham lado a lado na criação de valor para

clientes e empresas. Em termos gerais, qualidade focaliza os benefícios criados

para o lado do cliente da equação, e produtividade são os custos financeiros

incorridos pela empresa, que depois podem ser repassados para os clientes

primordialmente sob a forma de preço. A cuidadosa integração de programas de

melhoria de qualidade e produtividade provocará melhoria na lucratividade da

empresa a longo prazo.

2.2 Perspectivas da qualidade de serviço

A palavra qualidade tem significados diferentes para as pessoas conforme

o contexto. É preciso que o pessoal da empresa tenha um entendimento comum

para poder atacar questões como a mediação da qualidade de serviço, a

identificação de causas de carências na qualidade de serviço e a elaboração e

implementação de ações corretivas.

GARVIN (1988), identifica cinco perspectivas da qualidade:

1. A visão transcendente da qualidade é sinônimo de excelência

inata: uma marca de padrões firmes e alta realização. Este

ponto de vista é freqüentemente aplicado às artes dramáticas e

visuais e afirma que as pessoas aprendem a reconhecer

qualidade somente pela experiência adquirida por exposição

repetida. Contudo, do ponto de vista prático, não ajuda muito

sugerir que gerentes ou clientes reconhecerão a qualidade

quando a virem.

2. A abordagem baseada em produto considera a qualidade uma

variável precisa e mensurável e afirma que diferenças nela

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refletem diferenças na qualidade de um componente ou atributo

que o produto apresenta. Como essa visão é totalmente

objetiva, não leva em conta as diferenças em gostos,

necessidades e preferências de clientes individuais (ou até

mesmo de segmentos inteiros).

3. Definições baseadas no usuário partem da premissa de que a

qualidade está nos olhos de quem vê. Essas definições

equiparam qualidade com máxima satisfação. Essa perspectiva

subjetiva, voltada para a demanda, leva em conta que clientes

diferentes têm desejos e necessidades diferentes.

4. A abordagem voltada para a manufatura tem como base a

oferta e preocupa-se primordialmente com práticas de

engenharia e manufatura. (No caso de serviços, diríamos que a

qualidade é voltada para operações.) Ela focaliza a obediência

a especificações desenvolvidas internamente, que muitas

vezes são orientadas por metas de produtividade e contenção

de custos.

5. Definições baseadas em valor estabelecem qualidade em

termos de valor e preço. Considerando o trade-off entre

desempenho (ou conformidade) e preço, qualidade passa a ser

definida como ‘’a excelência possível com os recursos

disponíveis.’’

Essas visões alternativas da qualidade ajudam a explicar os conflitos que

às vezes surgem entre gerentes de diferentes departamentos funcionais.

2.3 Componentes da qualidade em serviços

Pesquisadores argumentam que a natureza distintiva de serviços requer

uma abordagem distintiva para definir e medir qualidade de serviço. Por causa da

natureza intangível e multifacetada de muitos serviços, pode ser mais difícil avaliar

a qualidade de um serviço do que a de um bem. Como os clientes freqüentemente

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estão envolvidos na produção do serviço – em particular em serviços de

processamento de pessoas -, é preciso fazer uma distinção entre o processo de

entrega de serviço e o resultado (ou produto) propriamente dito do serviço.

Grönroos sugere que a qualidade percebida de um serviço é o resultado de um

processo de avaliação no qual clientes comparam suas percepções de entrega do

serviço e seu resultado com aquilo que esperavam.

A pesquisa mais extensa realizada sobre qualidade de serviço apresenta

forte orientação para o usuário. Por meio de pesquisa de grupo de discussão,

Valarie Zeithaml, A. Parasuraman e Leonard Berry (1990) constataram um alto

grau de correlação entre diversas dessas variáveis e, portanto, as consolidaram

em cinco dimensões gerais:

1- Tangíveis (aparência de elementos físicos).

2- Confiabilidade (desempenho preciso, digno de confiança).

3- Responsividade (rapidez e prestimosidade).

4- Segurança (competência, cortesia, credibilidade e proteção).

5- Empatia (acesso fácil, boa comunicação e entendimento do

cliente).

2.4 A importância da qualidade

São fáceis os produtores, clientes e consumidores perceberem porque é

que a qualidade é importante, basta apenas que nos lembremos de todas as

nossas experiências de insatisfação causadas pela falta de qualidade de muitos

produtos e serviços, ou até mesmo das atitudes que tomamos em relação a esses

produtos ou serviços e das pessoas com quem falamos e que passaram por

experiências semelhantes.

Por conseguinte, apresenta-se um conjunto de fatores que as pessoas

consideram importantes quando compram um produto ou serviço:

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• Performance;

• Durabilidade;

• Fácil de reparar, garantia, fácil de usar;

• Preço (as pessoas não se importam de pagar mais quando

percebem que o produto tem mais qualidade);

• Aspectos;

• Marca.

Portanto, as quatro principais razões porque a qualidade é importante são:

• É o primeiro argumento de compra para o cliente final;

• É um dos principais meios de redução de custos;

• É um dos principais meios de implementação da flexibilidade

ou capacidade de resposta;

• É um dos principais meios de redução do tempo em todos os

aspectos.

2.5 Medições de qualidade de serviço rigorosas e brandas

Padrões e medições de qualidade de serviço orientados para o cliente

podem ser agrupados em duas categorias gerais: brandas e rigorosas. Medições

brandas são as que não podem ser observadas com facilidade e devem ser

coletadas conversando com clientes, funcionários ou outros. Como observaram

Valarie Zeithaml e Mary Jo Bitner :

“Padrões brandos proporcionam aos funcionários diretrizes,

orientação e retorno sobre modos de conseguir satisfação do

cliente e podem ser quantificados medindo percepções e

crenças de clientes”. (ZEITHAML e BITNER, 2003, p.261).

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Ao contrário, padrões e medições rigorosas são relacionados com as

características e as atividades que podem ser contadas, cronometradas ou

medidas por meio de auditorias. Exemplos dessas medições podem ser quantas

ligações telefônicas foram interrompidas enquanto os clientes esperavam na linha,

quantos minutos os clientes tiveram de esperar na linha em determinado estágio

de entrega de serviço, o tempo necessário para concluir um tarefa específica, a

temperatura de determinado item alimentício , quantas bagagens foram

extraviadas e quantos pedidos foram preenchidos corretamente. A determinação

de padrões costuma se referir à porcentagem de ocasiões em que determinada

medição for alcançada. O desafio para profissionais de marketing de serviço é

garantir que medições operacionais de qualidade de serviço reflitam insumos do

cliente.

Organizações conhecidas por seu excelente serviço utilizam tanto

medições rigorosas como medições brandas. Essas organizações sabem ouvir

bem seus clientes, assim como seus funcionários de contato com clientes. Quanto

maior a organização, mais importante é criar programas de retorno formalizados

usando uma variedade de procedimentos de pesquisa elaborados e

implementados profissionalmente.

2.6 Garantia da Qualidade

Na busca da qualidade dos serviços, além de se estabelecer um controle

de qualidade, tem que se confirmar se todas as atividades de qualidade estão

sendo realizadas como foi proposto, ou seja, confirmar se todas as ações

necessárias ao atendimento das expectativas do cliente estão sendo bem

conduzidas. Para isso, é necessário estabelecer a garantia da qualidade. Estágio

esse, onde só as empresas que conseguiram praticar um eficiente controle de

qualidade conseguem alcançar.

Para se estabelecer a garantia da qualidade utiliza-se do programa de

controle de todas as atividades de qualidade em cada processo, buscando o que

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tanto se procura: a eficácia e eficiência dos serviços. Para isso, é necessária a

participação da alta administração da empresa, sendo informadas as atividades e

resultados das inspeções de qualidade. Atingindo o estágio avançado de

qualidade total, ocorrerá uma segurança da utilização dos serviços pelos clientes

e, ao longo do tempo, e com ela, a conquista da satisfação.

2.7 Gestão da Qualidade Total

Com o intuito de maximizar a satisfação do cliente, algumas empresas

adotaram os princípios da gestão da qualidade total. Gestão da qualidade total

(total quality management – TQM) é uma abordagem que busca a melhoria

contínua de todos os processos, produtos e serviços da organização.

Segundo o ex-presidente da GE, John F. Welch Jr. :

“A qualidade é nossa maior certeza de fidelidade dos

clientes, nossa mais forte defesa contra a concorrência

estrangeira e o único caminho para o crescimento e o lucro

duradouro”. (WALL STREET JOURNAL, 1992, p. B1).

Há uma estreita ligação entre qualidade de produtos e serviços, satisfação

de clientes e lucratividade da empresa. Níveis mais elevados de qualidade

resultam em níveis mais elevados de satisfação de clientes, ao mesmo tempo que

justificam preços mais altos e (freqüentemente) permitem custos menores.

Estudos mostram uma alta correlação entre a qualidade de produtos e a

lucratividade da empresa.

Contudo, ao pôr em prática a TQM, algumas empresas se deparam com

problemas de implementação na medida em que se tornam excessivamente

focadas – talvez obcecadas – nos processos e em como estão fazendo negócios.

Elas perdem de vista as necessidades e os desejos dos clientes e o porquê de

seus negócios. Algumas conseguem alcançar padrões superiores de qualidade,

mas somente mediante aumentos proibitivos nos custos.

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Como resposta a esse comportamento um tanto míope, algumas

empresas agora concentram seus esforços no ‘retorno sobre qualidade’ ou ROQ.

Adeptos do ROQ defendem a melhoria da qualidade apenas naquelas dimensões

que produzem benefícios tangíveis para o cliente, custos menores ou aumento

nas vendas. Essa orientação de retorno força as empresas a certificar-se de que a

qualidade dos produtos ou serviços oferecidos é de fato a qualidade que os

consumidores desejam.

Rust, Moorman e Dickson (2002) conduziram um estudo com gerentes

que buscam um aumento no retorno financeiro a partir da melhoria da qualidade.

Eles constataram que empresas que adotavam uma orientação de expansão de

receita (focando externamente o crescimento da demanda por meio da oferta e do

aumento das preferências dos consumidores pela qualidade) apresentavam um

desempenho melhor do que as que adotavam uma orientação de redução de

custos (focando internamente a melhoria de processos internos) ou do que

aquelas que tentavam adotar as duas orientações simultaneamente.

2.8 Vantagens da Qualidade Total

• Maior qualidade significa maior produtividade com menor custo;

• Maior produtividade = maior satisfação do cliente;

• Maior autonomia, porém com mais responsabilidade;

• Gerentes livres para planejar.

Mesmo que difícil ser medida, não se podem desmerecer nem desprezar

as virtudes da tentativa envolvida na chamada Qualidade Total, de enfatizar a

necessidade de se melhorar a qualidade de tudo o que se realiza, não apenas em

matéria de produtos e serviços, mas também de atitudes, de comportamento, de

interesse em aperfeiçoar, aprimorar, otimizar e maximizar a qualidade do que se

cria ou produz.

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CAPÍTULO III

PERCEPÇÃO DO CLIENTE

“Educação custa dinheiro, mas

a ignorância também”.

- Sir Claus Moser

3.1 Conceitos e definições de percepção

Uma pessoa motivada está pronta para agir. A maneira como uma pessoa

motivada realmente age é influenciada pela percepção que ela tem da situação.

“Percepção é o processo por meio do qual alguém seleciona,

organiza e interpreta as informações recebidas para criar

uma imagem significativa do mundo”. (KOTLER, 2007, p.

184).

A percepção depende não apenas de estímulos físicos, mas também da

relação desses estímulos com o ambiente e das condições internas da pessoa. O

ponto-chave é que as percepções podem variar consideravelmente entre

indivíduos expostos à mesma realidade. Uma pessoa pode perceber um vendedor

que fale depressa demais como agressivo e falso; outra pode vê-lo como

inteligente e prestativo. Cada uma reagirá de forma diferente ao vendedor.

No marketing, as percepções são mais importantes do que a realidade,

visto que é a percepção que de fato influencia o comportamento de compra do

consumidor. As pessoas podem ter diferentes percepções do mesmo objeto

devido a três processos: atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva.

Atenção Seletiva – Estima-se que as pessoas são expostas em média a

mais de 1500 anúncios ou comunicações de marca por dia. Como não é possível

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prestar atenção em todos, a maioria dos estímulos é filtrada – um processo

chamado atenção seletiva. Isso significa que os profissionais de marketing

devem se esforçar ao máximo para atrair a atenção dos consumidores. O

verdadeiro desafio é saber que estímulos serão percebidos.

Distorção Seletiva – Mesmo os estímulos que chamam a atenção nem

sempre atuam da forma como os emissores da mensagem esperam. A distorção

seletiva é a tendência que temos de transformar a informação em significados

pessoais e interpretá-la de modo que se adapte a nossos prejulgamentos.

Infelizmente, não há muito que os profissionais de marketing possam fazer em

relação a esse processo perceptivo.

A distorção seletiva beneficia empresas com marcas fortes quando os

consumidores distorcem informações neutras ou ambíguas sobre a marca para

torná-las mais positivas. Em outras palavras, dependendo das marcas envolvidas,

uma cerveja pode parecer ter melhor paladar, um carro pode parecer ter uma

direção mais suave, e assim por diante.

Retenção Seletiva – As pessoas esquecem muito do que vêem, mas

tendem a reter informações que confirmam suas crenças e atitudes. Por causa da

retenção seletiva, somos propensos a lembrar os pontos positivos mencionados

a respeito de um produto de que gostamos e a esquecer os pontos positivos

expostos a respeito de produtos concorrentes. A retenção seletiva também

beneficia marcas fortes. É por causa que os profissionais de marketing usam a

dramatização e a repetição ao enviar mensagens a seu mercado-alvo – assim,

asseguram que a mensagem não ser ignorada.

3.2 Aprendizagem

Quando as pessoas agem, elas aprendem. A aprendizagem consiste em

mudanças no comportamento de uma pessoa decorrentes da experiência. A maior

parte do comportamento humano é aprendida. Os teóricos da aprendizagem

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acreditam que ela nasce da interação entre impulsos, estímulos, sinais, respostas

e reforços.

Um impulso é um forte estímulo interno que impele à ação. Os sinais são

estímulos menores que determinam quando, onde e como a pessoa reage.

A teoria da aprendizagem ensina os profissionais de marketing que eles

podem criar demanda para um produto associando-o a fortes impulsos, usando

sinais motivadores e fornecendo reforço positivo. Uma nova empresa pode entrar

no mercado apelando para os mesmos impulsos usados pelos concorrentes e

fornecendo configurações de sinais semelhantes, pois os compradores têm a

maior possibilidade de transferir fidelidade a marcas semelhantes (generalização).

Ou então a empresa pode projetar sua marca de maneira que invoque uma série

de impulsos diferentes e ofereça fortes sinais para a mudança (discriminação).

3.3 Memória

Todas as informações e experiências acumuladas pelas pessoas ao longo

da vida podem acabar armazenadas em sua memória de longo prazo. Psicólogos

cognitivos classificam a memória como memória de curto prazo – um repositório

temporário de informações – e memória de longo prazo – um repositório mais

permanente.

A estrutura de memória de longo prazo de maior aceitação geral baseia-se

em um modelo do tipo associativo. Segundo o modelo de rede associativa, a

memória de longo prazo consiste em uma série de nós e ligações. Nós são

informações armazenadas e conectadas, ou associadas, por meio de ligações

que variam em intensidade. Qualquer tipo de informação pode ser armazenada na

rede associativa da memória, incluindo informações verbais, visuais, abstratas ou

contextuais.

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Associações de marca consistem em todos os pensamentos,

sentimentos, percepções, imagens, experiências, crenças, atitudes, e assim por

diante, ligados ao nó de marca.

O marketing pode ser vistos como um processo que garante aos

consumidores ter a experiência de produto e serviço apropriada, para que as

estruturas de marca certas sejam criadas e mantidas em sua memória.

3.4 O processo de decisão de compra

Esses processos psicológicos básicos são de grande ajuda para

entendermos como os consumidores de fato tomam suas decisões de compra. Os

profissionais de marketing devem compreender cada faceta do comportamento do

consumidor. As empresas inteligentes tentam compreender plenamente o

processo de decisão de compra dos clientes - todas as suas experiências de

aprendizagem, escolha, uso e inclusive descarte de um produto.

Estudiosos do marketing desenvolveram um ‘modelo de etapas’ para o

processo de decisão de compra. O consumidor passa por cinco etapas:

reconhecimento do problema, busca de informações, avaliação de alternativas,

decisão de compra e comportamento pós-compra (BETTMAN e PAYNE, 2001).

Mas nem sempre os consumidores passam por todas as cinco etapas ao

comprar um produto. Eles podem pular ou inverter algumas delas. Uma mulher, ao

comprar sua marca habitual de creme dental, vai direto da necessidade de creme

dental à decisão de compra, pulando a busca de informações e a avaliação de

alternativas. Contudo, esse modelo proporciona uma boa referência, uma vez que

ele capta a gama total de considerações que surgem quando um consumidor se

depara com uma nova compra altamente envolvente.

3.5 As expectativas do cliente

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As expectativas de clientes sobre o que constitui um bom serviço variam

de uma empresa para outra. Expectativas também tendem a variar em relação a

provedores de serviços cujos posicionamentos são diferentes em um mesmo

setor. Assim, é muito importante que os profissionais de marketing entendam as

expectativas dos clientes em relação às ofertas de serviço de suas próprias

empresas, em especial no que se refere ao desempenho em elementos

específicos de produto.

“Quando clientes individuais ou profissionais de

departamentos de compra de empresas avaliam a qualidade

de um serviço, é possível que tal julgamento esteja sendo

feito em comparação com um padrão interno que existia

antes da experiência de serviço”. (PARASURAMAN e

ZEITHAML, 1993).

A qualidade de serviço resulta da comparação dos clientes entre o serviço

que percebem ter recebido e o serviço que esperavam receber. As expectativas

das pessoas em relação a serviços tendem a sofrer forte influência das

experiências anteriores que elas mesmas tiveram, como clientes, com

determinado provedor de serviços, com serviços concorrentes no mesmo setor ou

com serviços relacionados em setores diferentes. Se não tiverem nenhuma

experiência anterior relevante, eles podem basear suas expectativas pré- compra

em comentários boca a boca, notícias ou nos esforços de marketing da empresa.

Expectativas mudam ao longo do tempo, influenciadas por fatores

controlados pelo fornecedor, como propaganda, determinação de preços, novas

tecnologias e inovações em serviços, bem como por tendências sociais,

organizações de defesa do consumidor e mais acesso a informações pela mídia e

pela Internet. Por exemplo, consumidores de serviços de saúde agora estão mais

bem informados e freqüentemente procuram desempenhar um papel mais

participativo em decisões relativas a tratamento médico.

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3.6 Os critérios da boa qualidade percebida

Como a percepção da qualidade tem relação direta com as expectativas

do cliente, as empresas devem sempre pesquisar o que seus clientes querem e

quais são as suas expectativas com relação ao produto. Abaixo serão citados os

aspectos importantes da boa qualidade que devem ser levados em consideração:

• Profissionalismo e Habilidades;

• Atitudes e Comportamento;

• Facilidade de Acesso e Flexibilidade;

• Confiabilidade e Honestidade;

• Recuperação;

• Reputação e Credibilidade.

Richard Normann tomou emprestada das touradas a metáfora ‘hora da

verdade’ para mostrar a importância de pontos de contato com clientes. Ele

descreve:

“Poderíamos dizer que a qualidade percebida é realizada na

hora da verdade, quando o provedor do serviço e o cliente do

serviço se confrontam na arena. Naquele instante, eles estão

inteiramente por sua própria conta (...) São a habilidade, a

motivação e as ferramentas empregadas pelo representante

da empresa e as expectativas e comportamento do cliente

que, juntos, criarão o processo de entrega do serviço.”

(NORMANN, 1991).

Clientes avaliam a qualidade de serviço comparando o que esperavam

com o que percebem que receberam de determinado fornecedor. Se suas

expectativas forem atendidas ou excedidas, eles acreditarão que receberam um

serviço de qualidade e, contanto que a relação preço/qualidade seja aceitável e

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que outros fatores situacionais e pessoais sejam positivos, provavelmente ficarão

satisfeitos e, por conseguinte, será mais provável que comprem novamente e

permaneçam fiéis àquele fornecedor. Contudo, se a experiência de serviço não

atender às suas expectativas, eles podem se queixar da má qualidade do serviço,

sofrer em silêncio ou trocar de fornecedor no futuro.

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CAPÍTULO IV

CRM

“A primeira etapa no gerenciamento de um sistema

de negócios baseado em fidelidade é procurar

e conquistar os clientes certos”.

- Frederick F. Reichheld

4.1 Definição

CRM é um sistema integrado de gestão com foco no cliente, constituído

por um conjunto de procedimentos/ processos organizados e integrados a um

modelo de gestão de negócios, do inglês “Business Process Management” (BPM).

Profissionais de marketing de serviços há muito entenderam o poder de

gerenciamento do relacionamento, e certos setores já o aplicam há décadas.

Alguns exemplos são a mercearia da esquina, a oficina mecânica da vizinhança e

provedores de serviços bancários a clientes de grande valor líquido.

Basta mencionar gerenciamento do relacionamento com clientes (CRM)

que imediatamente nos lembramos de dispendiosos e complexos sistemas e infra-

estruturas de tecnologia da informação (TI) e fabricantes de CRM como SAP,

Siebel Systems, PeopleSoft e Oracle. Contudo, na realidade, CRM significa todo o

processo pelo qual são desenvolvidos e mantidos relacionamentos com os

clientes.

Uma das atividades da Gestão do Relacionamento com o cliente implica

em registrar os contatos realizados pelos clientes, de forma centralizada. Os

registros não dependem do canal de comunicação que o cliente utilizou, e servem

para que se tenham informações úteis e catalogáveis sobre os clientes. Qualquer

informação relevante para as tomadas de decisões podem ser registradas,

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analisadas periodicamente, de forma a produzir relatórios gerenciais dos mais

diversos interesses.

4.2 Objetivos de sistemas de CRM

Muitas empresas têm grandes números de clientes (muitas vezes,

milhões), muitos pontos de contato (por exemplo, guichês, pessoal de centrais de

atendimento, máquinas de auto-serviço e sites Web) em várias localizações

geográficas. Quando se trata de uma grande empresa, é improvável que um

cliente seja atendido pelo mesmo pessoal da linha de frente em duas visitas

consecutivas. Nessas situações, o normal, no passado, era os gerentes não

disporem de ferramentas para praticar marketing de relacionamento. Porém, hoje,

sistemas de CRM agem como um fator de capacitação, registrando informações

de clientes e entregando-as aos vários pontos de contato.

Da perspectiva de um cliente, sistemas de CRM bem implementados

podem lhe oferecer uma ‘interface unificada’, o que significa que, em cada

transação, os detalhes relevantes de uma conta, o conhecimento das preferências

do cliente e de suas transações anteriores, ou o histórico de um problema de

serviço estão ao alcance dos dedos da pessoa que o está atendendo. Isso pode

resultar em grande melhoria no serviço.

“Da perspectiva de uma empresa, sistemas de CRM

permitem que ela entenda, segmente e classifique melhor

sua base de clientes, realize promoções e vendas cruzadas

com alvos mais bem definidos, e até mesmo implemente

sistemas de alerta de churn que avisam quando há perigo de

deserção de cliente.”(QUIRING e MULLEN, 2002).

4.3 Elaborando uma estratégia de CRM

Infelizmente, a maioria das implementações de CRM fracassa. A taxa de

fracasso de implementação varia de 55 a 60 por cento. Uma razão fundamental

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para essa alta taxa de fracasso é que as empresas costumam achar que instalar

sistemas de CRM é o mesmo que ter uma estratégia de relacionamento com

clientes. Elas se esquecem de que o sistema é uma mera ferramenta para

aprimorar a capacidade de prestar serviços ao cliente da empresa, e não uma

estratégia em si. Consultores experientes da McKinsey acreditam que até mesmo

sistemas de CRM que já foram implementados mas que ainda não mostraram

resultados têm boas oportunidades de sucesso futuro. Eles recomendam que a

empresa dê um passo atrás e pense em como desenvolver fidelidade de cliente

em vez de focalizar a tecnologia em si. Darrel Rigby, Frederick Reichheld e Phil

Schefter também recomendam focalizar a estratégia de cliente e não a tecnologia,

fazendo a seguinte pergunta:

Se seus melhores clientes soubessem que você planeja investir 130

milhões de dólares para aumentar sua fidelidade (...), como eles o aconselhariam

a gastar esse dinheiro? Será que eles prefeririam criar um cartão de fidelidade ou

pediriam à empresa que abrisse mais caixas registradoras e mantivesse estoque

suficiente de leite? A resposta depende do tipo de sua empresa e dos tipos de

relacionamentos que você e seus clientes querem ter um com o outro.

4.4 Cultivo de relacionamentos com o cliente

Maximizar o valor do cliente significa cultivar um relacionamento de longo

prazo com ele. Durante séculos, os fabricantes individualizaram seus produtos: o

alfaiate confeccionava ternos sob medida e o sapateiro desenhava modelos de

sapatos para cada cliente. A Revolução Industrial iniciou uma era de produção em

massa. Para maximizar economias de escala, as empresas passaram a fabricar

bens padronizados antecipadamente aos pedidos e deixaram para as pessoas a

tarefa de se adequar ao que havia disponível. Os fabricantes mudaram de um

processo built-to-order (feito sob encomenda) para um processo built-to-stock

(feito para estoque).

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“Hoje, porém, as empresas estão abandonando o perdulário

marketing de massa e optando por um marketing mais

preciso, desenvolvido para criar um relacionamento sólido

com o cliente.”(JOURNAL OF MARKETING, 2002).

Os negócios de informação são o pilar da economia atual. A informação

tem a vantagem de ser fácil de diferenciar, customizar, personalizar e despachar

por meio de redes a velocidades surpreendentes.

Quanto mais aprendem a coletar informações sobre clientes e parceiros

de negócios (fornecedores, distribuidores, varejistas) e a projetar fábricas mais

flexíveis, mas as empresas aumentam sua capacidade de individualizar produtos,

serviços, mensagens e mídia.

4.5 Construção de fidelidade

Quanto uma empresa deve investir na construção de relacionamentos

para que os custos não excedam o ganho? Precisamos distinguir cinco níveis

diferentes de investimento:

1. Marketing básico – O vendedor simplesmente vende o produto.

2. Marketing reativo – O vendedor vende o produto e incentiva o

cliente a telefonar se tiver dúvidas, comentários ou queixas.

3. Marketing responsável – O vendedor telefona para o cliente logo

após a venda para verificar se o produto está à altura de suas

expectativas. Na mesma ocasião, pede sugestões para a melhoria

do produto ou serviço; além disso, pergunta se houve qualquer tipo

de decepção.

4. Marketing proativo – O vendedor entra em contato com o cliente

de tempos em tempos para falar sobre modos mais eficientes de

usar o produto ou novos produtos.

5. Marketing de parceria – A empresa trabalha continuamente em conjunto com o cliente para descobrir meios de alcançar melhor desempenho.

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Um ingrediente essencial hoje para um melhor marketing de

relacionamento é o uso da tecnologia correta. As empresas estão utilizando e-

mails, sites, centrais de atendimento telefônico, bancos de dados e softwares de

banco de dados para nutrir o contato contínuo entre empresa e cliente. Eis como

uma empresa usou a tecnologia para construir valor para o cliente.

4.6 – Redução da perda de clientes

Há cinco passos para tentar reduzir os níveis percentuais de perda de

clientes.

1. A empresa deve definir e calcular seu índice de retenção;

2. A empresa deve identificar as causas dos problemas com clientes e

ver as que podem ser mais bem gerenciadas;

3. A empresa deve estimar quanto lucro ela deixa de ter ao perder

clientes;

4. A empresa deve calcular quanto custaria reduzir os níveis

percentuais da perda de clientes. Se o custo for menor que o lucro

perdido, ela deverá investir esse valor para reduzir tais níveis;

5. A empresa deve ouvir os clientes.

4.7 Aplicações comuns do CRM

• Coleta de dados – o sistema registra dados de clientes, como

detalhes de contato, dados demográficos, histórico de compras, preferências de

serviço e assemelhados.

• Análise de dados – Os dados registrados são analisados e

categorizados pelo sistema de acordo com os critérios estabelecidos pela

empresa. Essas informações são utilizadas para dividir a base de clientes em

classes e personalizar a entrega de serviço de acordo com essa divisão.

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• Automação da força de vendas – Indicações de vendas cruzadas e

oportunidades de vendas de valores mais elevados podem ser identificadas e

processadas, e todo o ciclo de vendas – desde a geração de indicações até o

fechamento de vendas e serviços pós-vendas – pode ser acompanhado e

facilitado por meio do sistema de CRM.

• Automação do marketing – O data minig habilita a empresa a visar

ao seu mercado. Um bom sistema de CRM permite que a empresa realize

marketing one-to-one e economize em custo, o que resulta no aumento do

retorno sobre o investimento (RSI) de sua verba de marketing. Sistemas de

CRM também permitem a avaliação da eficácia de campanhas de marketing por

meio da análise de respostas.

• Automação da central de atendimento – Os profissionais da central

de atendimento têm as informações dos clientes ao alcance de seus dedos e

podem melhorar os níveis de serviço para todos eles. Além do mais, sistemas

de identificação de clientes (ID) e de números de contas permitem que as

centrais de atendimento identifiquem a classe a que pertencem os clientes e

personalizem o serviço de acordo com ela.

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CONCLUSÃO

Se pesquisássemos o que representa um bom atendimento e o que

significa ao consumidor, possivelmente a resposta fosse bem direta: excelente.

Isso mesmo. Excelente, quando saímos às compras e encontramos

qualidade no atendimento, pessoas treinadas para nos atender, de forma precisa

e interessante.

Habilidades naturais em comunicação, somadas às ferramentas do

Marketing certamente rotularão, de forma relevante, alguns segmentos na área da

comunicação, algumas características fazem a diferença, como por exemplo,

cordialidade no primeiro contato, interesse pelo cliente, após esse expor, as suas

necessidades, organização para agilizar o atendimento de forma satisfatória,

empatia ao analisar melhor o que faria diante de um caso não resolvido,

conhecimento profundo de suas atividades, disponibilizando assim, um melhor

desempenho em suas funções, motivação para trazer resultados tanto à empresa

quanto aos clientes, selecionar assuntos a serem tratados no local de trabalho e

finalmente, reconhecer que a excelência na qualidade em serviço vem do uso

adequado, das ferramentas do marketing em sincronia, aos treinamentos obtidos

durante o período de aprendizagem, nas escolas formais e informais da vida.

Essas são as grandes aliadas para um candidato que deseja buscar novos

objetivos e resultados.

O marketing aliou estratégias mercadológicas a ações que não se destinam

diretamente a vendas, mas podem ser traduzidas como esforços no sentido de

fortalecer o conceito da organização. Tudo isto num esforço de se aproximar cada

vez mais dos clientes a ponto de antecipar às suas necessidades.

Antecipa-se às necessidades dos clientes, à evolução dos métodos de

gestão empresarial e às novas tecnologias.

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“Ser pego” de surpresa pelos avanços – sejam eles tecnológicos ou

administrativos – é descobrir que seu negócio ficou para trás.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 12ª Ed. – São Paulo: Pearson,

Prentice Hall, 2007.

LOVELOCK, Christopher. Marketing de Serviços: Pessoas, Tecnologia e

Resultados. 5ª Ed. – São Paulo: Pearson, Prentice Hall, 2007.

GRÖNROOS, Christian. Marketing: Gerenciamento e Serviços. Campus - Rio de

Janeiro, 1995.

GARVIN D. A. Gerenciando a Qualidade: A visão estratégica e competitiva. 3ª Ed.

– Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

LEVITT, Theodore. A imagem de Marketing. 2ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1990.

LOBOS, Júlio. Encantando o Cliente Externo e interno. 9ª Ed. Revisada – São

Paulo: J. Lobos, 1993.

REIS, Luís Felipe Sousa Dias. Gestão da Excelência na Atividade Bancária. Rio

de Janeiro: Qualitymark, 1998.

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40

BIBLIOGRAFIA CITADA

1 – ZEITHAML, Valarie; PARASURAMAN, A. e BERRY, Leonard. Delivering

quality service. Nova York: The Free Press, 1990.

2 – ZEITHAML, Valarie e BITNER, Mary. Services Marketing 3/E. Nova York:

MacGraw-Hill, 2003, p. 261.

3 – ‘Quality programs show shoddy results’, Wall Street Journal, 14 de maio 1992,

p. B1.

4 – RUST, Roland; MOORMAN, Christine e DICKSON, Peter. ‘Getting return on

quality: revenue expansion, cost reduction, or both’, Journal of Marketing, 65,

out.2002, p. 7-24.

5 – BETTMAN, James e PAYNE, John. Emotional decisions: tradeoff difficult and

coping in consumer choice. Chicago: University of Chicago Press, 2001.

6 – ZEITHAML,Valerie; PARASURAMAN, A. e BERRY, Leonard. ‘The nature and

determinants of customer expectations of services’,Journal of the Academy of

Marketing Science, 21, 1993, p. 1-12.

7 – NORMANN, Richard. Service management: strategy and leadership in service

businesses. 2ª Ed. Chichester: John Wiley, 1991, p. 16-17.

8 – QUIRING, Kevin e MULLEN, Nancy. ‘More than data warehousing: na

integrated view of the customer’. Nova York: McGraw-Hill, 2002, p. 102-108.

9 – COVIELLO, Nicole; BRODIE, Roderick e JOHNSTON, Wesley. ‘How firms

relate to their markets: an empirical examinationof contemporary marketing

practices’, Journal of Marketing, 66, jul. 2002, p. 33-46.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

SERVIÇOS 11

1.1 – Conceitos e definições de serviços 11

1.2 – Serviços X Bens físicos 13

CAPÍTULO II

Qualidade em Serviços 16

2.1 Conceitos e definições de qualidade e 16

produtividade de serviços

2.2 Perspectivas da qualidade de serviço 17

2.3 Componentes da qualidade em serviços 18

2.4 A importância da qualidade 19

2.5 Medições da qualidade de serviço 20

rigorosas e brandas

2.6 Garantia da Qualidade 21

2.7 Gestão da Qualidade Total 22

2.8 Vantagens da Qualidade Total 23

CAPÍTULO III

Percepção do Cliente 24

3.1 Conceitos e definições de percepção 24

3.2 Aprendizagem 25

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3.3 Memória 26

3.4 O processo de decisão de compra 27

3.5 As expectativas do cliente 27

3.6 Os critérios da boa qualidade percebida 29

CAPÍTULO IV

CRM 31

4.1 Definição 31

4.2 Objetivos de sistemas de CRM 32

4.3 Elaborando uma estratégia de CRM 32

4.4 Cultivo de relacionamento com o cliente 33

4.5 Construção de fidelidade 34

4.6 Redução da perda de clientes 35

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 41

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