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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O MODELO IDEAL DE LIDERANÇA PARA O SÉCULO XXI
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Por: Leila Maria da Silva André
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Orientador
Prof. Sérgio Majerowicz
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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O MODELO IDEAL DE LIDERANÇA PARA O SÉCULO XXI <>
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Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial.
Por: Leila Maria da Silva André.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente ao meu Deus, que me
cinge de forças para realizar sonhos como este.
Agradeço ao meu esposo e meus filhos, pela
compreensão da minha ausência do lar, para
realizar este curso.
Agradeço a minha mãe por ter me ajudado numa
dificuldade para iniciar este curso.
Agradeço aos meus Pastores que incansavelmente
me abençoam e apoiam o meu crescimento.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia aos meus filhos:
Roberta Silva André e Gabriel Silva André,
para que acreditem em seus sonhos e se
empenhem para realizá-los.
5
“Tomai-vos homens sábios e entendidos,
experimentados entre as vossas tribos,
para que os ponha por vossas cabeças”
(Deuteronômio 1:13)
6
RESUMO
Em meio a tanta discussão sobre os rumos que a sociedade está
tomando neste século, não se pode deixar de considerar aquele que tem um
papel primordial em qualquer segmento: o líder.
Até então, é bem compreendido que tanto se fez com uma liderança de
pulsos fortes, determinada, equilibrada e, porque não dizer, bem intencionada
quanto aos anseios e aspirações de sua época.
No entanto, acreditar que no século XXI, quando a economia mundial
toma dimensões alarmantes e a era digital segue um ritmo quase inatingível,
os líderes, e aqueles que de alguma forma pretendem sê-lo, devem refletir
suas posições, entender o cenário em que atuam e, o que se pode considerar
fundamental, ser o mais flexível para garantir êxito nos resultados.
Em suma, este trabalho pretende proporcionar uma reflexão para
entender se as práticas de liderança adotadas até o século XX são válidas
para o século XXI e o que se espera do líder daqui por diante.
7
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração desta Monografia foi a pesquisa
através de livros, revistas, filmes e artigos, daquilo que confiadamente pôde
acrescentar ao conhecimento desejável para o tema proposto.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - CONCEITO 10
CAPÍTULO II - CARACTERÍSTICAS DO LÍDER 13
CAPÍTULO III - AS OPORTUNIDADES DE LIDERANÇA 18
CAPÍTULO IV - EXEMPLOS DE LIDERANÇA 19
CAPÍTULO V - O LÍDER DO FUTURO 26
CAPÍTULO VI - TENDÊNCIAS QUE DEFINEM OS
ATRIBUTOS DA LIDERANÇA DO FUTURO 31
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 36
9
INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende abordar de forma clara e objetiva os preceitos
oriundos de estudos e análises de pensadores que, ao longo dos anos, tem
investido seu tempo e conhecimento em prol daquilo que pode ser considerado
o modelo de gestão ideal.
Ao longo dos anos, o papel da liderança tem sido exercido
considerando apenas os traços que uma pessoa pudesse ter em si mesmo,
demonstrados em suas características comportamentais, o que contribuiu
significativamente para os seus resultados. Não se pode negar que isto é um
fator primordial, mas com a modernidade o homem precisa expandir esta
característica e adequá-la a uma nova realidade, que nem sempre foi
determinada por ele.
O Século XX foi marcado principalmente por um modelo autocrata,
onde somente o líder tinha ideias e era capaz de tomar decisões sobre
quaisquer assuntos da empresa. Os subordinados não exercitavam sua
capacidade de criatividade e não podiam expor suas ideias. Quando alguém se
propunha a fazê-lo era considerado subversivo, sem respeito aos padrões
instituídos pela Organização.
No presente século, a figura do líder permanece presente, mas com
um enfoque diferente, onde ele se apresenta como um instrutor, um
preparador técnico, alguém que norteia sua equipe e conduz de forma que os
liderados se sintam capazes de produzir com criatividade.
10
CAPÍTULO I
O CONCEITO
Liderança é um assunto bastante amplo, objeto de vários estudos e
debates ao longo dos anos, mas ainda se constitui um tema que merece ser
discutido, pois, a busca de definições e modelos que mais se aproximem
daquilo que possa ser considerado ideal no campo da administração gerencial.
Em sua análise, Cury demonstra a definição de alguns estudiosos, conforme a
seguir:
“Liderança é nada mais que um modo de proceder para
com outros (= interação) e que se caracteriza não particularmente
pelas qualidades do líder, mas pela maneira de interação que faz
que, em determinadas circunstâncias, uma pessoa torne-se capaz
de exercer preponderante influência sobre o grupo.” (JENNINGS)
“Liderança é um processo dinâmico que varia de situação
para situação, com mudanças de líderes, seguidores e situações.”
(CURY)
“Liderança é a ação orientada no sentido de ser
conseguido um esforço cooperativo, no qual o indivíduo que a
exerce demonstre:
• Inteligência;
• Compreensão da situação ou realidade;
• Consciência das necessidades e aspirações do
grupo;
• Responsabilidade;
• Persistência;
• Confiança própria em si.”
(MARGARET BENNET)
11
De acordo com McCauley (2004):
“A liderança é uma ferramenta criada para nos
assessorar em um dilema humano específico: como
fazer os indivíduos trabalharem em conjunto para
gerar resultados coletivos.”
1.1. Histórico sobre a Liderança
Inicialmente, a escola tradicional preconiza que a figura do líder estava
vinculada somente ao exercício de sua autoridade, considerando o seu cargo,
sem se preocupar com as necessidades de seus subordinados. Nesse tempo a
expressão “equipe” não era considerada, mas “subordinados”, para distanciar
as pessoas de seus líderes.
Nos últimos anos, pesquisas mostram que estilos de liderança variam
consideravelmente de líder para líder, não havendo um líder dominante, mas
várias combinações.
1.2. Estilos de Liderança
Cury (2005) observa três estilos distintos de liderança: Autoritária,
Democrática e Liberal, nos quais está refletido o comportamento dos líderes e
sua forma de perceber a natureza humana.
1.2.1. Estilo Autoritário
A conduta do líder autoritário é determinar toda a política da
Organização, pois é ele quem dita as técnicas e etapas das atividades,
tratando de forma individual cada assunto.
O líder autoritário é dominador, impessoal e às vezes hostil. Considera-
se, muitas vezes líder apenas pelo cargo que ocupa. Tem como opinião que o
homem é naturalmente pouco merecedor de confiança, tendo necessidade de
ser liderado. Este líder não é amplo em seus elogios e críticas.
12
1.2.2. Estilo Democrático
O líder democrático delega a sua equipe a decisão sobre a questão
política da Organização, ficando ao seu encargo somente o apoio e
encorajamento. Suas atividades são precedidas de uma discussão sobre
proposições por ele apresentadas para a melhor adequação ao desempenho
do grupo.
O líder democrático dá liberdade aos seus subordinados para
escolherem sobre os grupos de trabalho. Este líder é negociador, pois
reconhece o homem com um ser inteligente, dinâmico e capaz de enfrentar
desafios.
1.2.3. Estilo Liberal
O líder liberal não participa das decisões, pois as delega integralmente
à sua equipe. Ele contribui com informações e/ou materiais necessários ao
desempenho da Organização, sem interferir diretamente nas atividades. Esse
comportamento permite que sua equipe faça o que deseja, sem
acompanhamento ou interferência de seu líder.
13
CAPÍTULO II
CARACTERÍSTICAS DO LÍDER
As pesquisas sobre liderança ensejam questionamentos sobre as
características dos líderes eficazes. McCauley (2004) revela que isto
demonstra que, se não houver tais capacidades, não será possível identificar
naquele indivíduo o perfil que se espera de um líder.
“O líder comum emprega pessoas. O líder
verdadeiro desenvolve pessoas.”
(MYLLES MUNROE)
As características do líder estão dirigidas às pessoas, pois, sua maior
habilidade será conduzir a equipe ao sucesso e atingir as metas estabelecidas.
De acordo com Kiesel (2004), em uma Organização, o líder desenvolve uma
imagem mental possível e desejável ao se posicionar e gerar confiança obtida
através de saber ouvir e aprender.
O líder necessita basicamente de algumas características que irão
destacá-lo, conforme demonstrado a seguir:
2.1 Atributos Pessoais
Como prova desta característica está a habilidade, a motivação, a
integridade, que serão aplicados em quaisquer situações, além da
demonstração de maturidade necessária para lidar com o inesperado.
a) Ações ou Comportamentos
Esta característica vem demonstrar a capacidade do líder interagir com
o grupo, resultando no melhor desempenho, eficiência na realização das
atividades, promovendo o maior crescimento nos processos e sistemas da
Organização.
14
b) Competências
O líder apresenta esta característica através de suas ações, as quais
devem ser fruto de um conjunto de conhecimentos, habilidades e perspectivas,
visando o desenvolvimento de sua equipe.
c) Expertise
A expertise do líder é uma característica que o destaca, pois lhe dá
maior poder de análise baseada em informações obtidas em situações já
vividas, o que lhe capacita desempenhar papéis de cunho superior.
d) Experiência
A experiência é uma característica fundamental para o líder e que o
torna capaz de desempenhar papéis multidisciplinares, além de diferenciá-lo
dos demais líderes na Organização.
2.2 Líderes Formais e Informais
Os líderes formais, segundo McCauley (2004), tem poder conforme sua
posição na Organização dada a sua nomeação ou eleição. Sua eficácia é
percebida em todos os departamentos desde uma supervisão até o mais alto
grau executivo.
Já os líderes informais assumem seu papel na Organização sem
qualquer formalização da sua autoridade. Em níveis inferiores, estes líderes
tendem a buscar maior motivação de sua equipe, tornando-as mais eficazes.
No entanto, para estes dois tipos de líderes e de acordo com o tipo de
Organização, são exigidas práticas de liderança distintas.
15
2.3 A Liderança Exemplar
Há cinco práticas da liderança exemplar, as quais são listadas a seguir.
Essas práticas podem ser consideradas respostas aos desafios que os líderes
enfrentam e que podem, e alguns momentos, representar de forma positiva ou
negativa às circunstâncias.
As cinco práticas exemplares, de acordo com Kouzes e Posner (2004),
não se constituem características peculiares do líder, mas devem fazer parte
do comportamento de qualquer pessoa que assuma o desafio de liderar. Estas
práticas resistem ao tempo e mantém sua perspectiva de relevância.
2.3.1. Prática nº 1: É preciso definir o caminho
O líder deve ser um modelo exemplar do comportamento que espera de
sua equipe. Os valores devem ser claros compondo um acordo em torno de
princípios comuns e ideais comuns.
“Liderar significa que você tem de ser um bom
exemplo e viver o que diz.” (TOM BRACK)
2.3.2. Prática nº2: A Inspiração deve surgir de uma visão compartilhada
A inspiração surge através de um sonho que é a mola propulsora para
inventar o futuro. Os líderes estão sempre observando o tempo, imaginando
as possibilidades à sua espera quando eles e sua equipe chegarem a um
destino longínquo.
“O que fez a diferença foi a visão de como a coisas
poderiam ser e pintar a imagem com clareza para
que todos possam tê-la e compreendê-la.”
(MARK D´ARCANGELO)
2.3.3. Prática nº 3: O processo precisa ser desafiado
Pioneirismo é a marca do desafio que o líder precisa encarar para atingir
seus objetivos.
16
“Correr riscos e acreditar que vale a pena fazer isso
são as únicas maneiras de as empresas darem
‘saltos’, em vez de subirem degraus na escada da
melhoria.” (MIKE PEPE)
2.3.4. Prática nº 4: As pessoas precisam ser capacitadas a agir
As coisas extraordinárias nas Organizações somente serão realizadas,
se os líderes derem condições das pessoas agirem. A parceria da equipe é
fundamental e deve ser estabelecida, principalmente, pelo uso do pronome
‘nós’, em vez de apenas ‘eu’.
2.3.5. Prática nº 5: O coração deve estar engajado
Atitudes de proximidade com as pessoas podem contribuir para o bom
resultado da Organização. O Reconhecimento das contribuições pode ser feito
de modo individual ou em grupo, por meio de news letter, programas de
reconhecimento através de premiações e/ou menção de que foi feito um
excelente trabalho, dentre outros. Isto faz com que, além da motivação, as
pessoas se sintam realmente importantes naquele negócio.
2.4 A Liderança Formadora de Equipe
Poucos líderes fazem do trabalho em equipe uma realidade, pois, a
maioria dos executivos, principalmente, não consegue tornar as equipes
coesas por subestimar a capacidade que um grupo pode ter quanto achar que
é um processo doloroso tornar o trabalho em equipe uma realidade.
No entanto, de acordo com Lencioni (2004), o trabalho em equipe é uma
escolha estratégica de um líder, a qual pode ser considerada semelhante a um
modelo de vendas ou finanças. Com isso, torna-se uma ferramenta poderosa e
benéfica para a Organização.
17
2.5 Os Dez Compromissos da Liderança
As práticas da liderança exemplar requerem do líder pelo menos dez
compromissos que provém de comportamentos que podem ser considerados
fundamentais para o aprendizado da liderança, conforme descrição a seguir:
1) Esclarecer os valores que vão de encontro a afirmar ideais
compartilhados.
2) Ser exemplo, a partir do alinhamento de ações e valores
compartilhados.
3) Ter visão de futuro, com previsão de possibilidades empolgantes e
enobrecedoras.
4) Atrair a equipe para uma só visão, priorizando as aspirações
compartilhadas.
5) Manter constante busca de oportunidades, priorizando as iniciativas
e, no âmbito externo, conhecer formas inovadoras de melhorias.
6) Ser ousado no experimento de riscos que o levem às conquistas,
baseadas em experiências.
7) Incentivar a colaboração dos liderados com base na confiança em
seus relacionamentos.
8) Buscar o fortalecimento da equipe para o aumento da
autodeterminação e o desenvolvimento de suas habilidades.
9) Ser um reconhecedor de resultados, destacando individualmente os
méritos de sua equipe.
10) Honrar os valores e conquistas alcançadas por sua equipe,
garantindo, assim, um espírito de comunidade.
18
CAPÍTULO III
AS OPORTUNIDADES DE LIDERANÇA
As oportunidades de liderança estão em toda a parte e podem ser
percebidas a qualquer momento, no setor público, privado ou terceiro setor, em
casa, na escola ou na comunidade. Segundo Kouzes e Posner, as
oportunidades surgem inesperadamente, independentemente de horário ou
ocasião, para um novo desafio ou uma necessidade.
Os líderes residem em qualquer cidade de qualquer país, são ocupantes
de qualquer cargo em qualquer Organização. Eles podem ser empregados,
voluntários, jovens ou idosos, homens ou mulheres. A liderança não conhece
fronteiras raciais ou religiosas, étnicas ou culturais. Enfim, a liderança pode ser
exercida por toda a parte.
O Líder pode se destacar com comportamentos diferenciados, sua
posição é sempre estratégica à medida que sua equipe cresce e seus
resultados sejam alcançados ao longo do tempo.
Kiesel (2004) afirma que a real constituição de uma equipe se dá
somente quanto há a presença de um líder, o qual deverá “gostar de e saber
trabalhar com pessoas”. Com este comportamento o líder dá o suporte
necessário para a continuidade das atividades e os resultados são fruto de
decisões em grupo, considerado, assim, objetivo alcançado pela equipe, não
pelo indivíduo, apenas.
Em sua oportunidade de liderar, diferentemente de um gerente, o líder
toma atitudes que o destacam dos demais. Seguem algumas delas:
1) “O líder define os limites e pede que a equipe tome a decisão”.
2) “O líder sinaliza o problema, recebe sugestões e toma a decisão”.
3) “O líder apresenta uma sugestão de decisão, sujeita a mudanças”.
4) “O líder apresenta ideias e convida os membros a discutir, fazer
perguntas.”
19
CAPÍTULO IV
EXEMPLOS DE LIDERANÇA
4.1 O Exemplo de Jesus Cristo
Não se pode negar que Jesus Cristo é considerado um visionário global.
Em seu Artigo: Líder Insuperável, Dr. Myles Munroe descreve Jesus como o
homem que há dois mil anos falou a onze homens sem formação e os
responsabilizou a “irem por todo o mundo”. Ele começou a treinar pessoas que
a sociedade pensava que não tinha nenhuma liderança dentro de si. Ele deu
aos seus seguidores uma ideia e começou a trabalhar em sua autoestima,
treinou-os por dois anos e meio e deixou a companhia aos seus cuidados.
Dois mil anos depois esta companhia está com quase dois bilhões de
“clientes”. É a maior e mais antiga companhia do mundo. O Império Romano
não pôde sobreviver a esta companhia. É impossível falar em liderança sem
considerar o modelo de Jesus. Em seu Artigo: Inspirado a Liderar, Dr. Munroe
diz que indivíduos que não sabem para onde estão indo provavelmente
terminarão em qualquer lugar.
“Se você quiser liderar, você deve primeiro
servir.” (JESUS CRISTO)
20
4.2 O Exemplo de Abílio Diniz
Nos dias de hoje, é possível encontrar pessoas que marcaram sua
época com uma liderança que tem servido de modelo aos jovens líderes. O
empresário Abílio Diniz, 75 anos, é considerado um dos líderes mais
admirados do país e conta alguns de seus segredos de liderança:
1) “Olhar para a equipe e tentar entendê-la, participar da vida de seus
colaboradores, saber se eles estão confortáveis em suas atribuições.”
2) “Quando um profissional sabe o que realmente quer, é possível
trabalhar com mais empenho e conseguir melhores resultados da equipe.”
3) “Um bom líder não improvisa. Ele é cauteloso e está sempre
prevenido contra eventualidades. Quando surge um problema, ele deve seguir
três passos: fazer o diagnóstico com a maior quantidade de informações
possível, depois planejar qual caminho seguir e só então é que ele deve agir.”
4) “Muita coisa que fiz foi copiando o que deu certo, procurando as
referências no mercado. No mundo atual, há poucos negócios que dependem
de inovação. Por isso, não tente criar coisas inusitadas o tempo todo, se
concentre em fazer bem o que já existe e, com isso, garantir bons resultados
para o negócio.”
5) “Quando um líder tem prioridades na gestão de pessoas ou no
negócio ele acaba pensando só no futuro e esquece o presente. O Líder tem
de ter um foco e engajar a equipe para perseguir a meta. Ele deve olhar para
a frente, abrir os braços e levar toda a equipe com ele para atingir seu
objetivo.”
6) “Os cursos de liderança podem diminuir algumas defasagens, mas
não são capazes de solucionar os problemas de gestão de quem não ouve a
equipe, não reconhece a diferença entre os profissionais e não trabalha em um
verdadeiro time. Seus subordinados vão saber se você está com eles ou não.”
21
7) “O papel do gestor é estimular a equipe e extrair o melhor resultado e
cada funcionário. Eu sempre pergunto para meus funcionários: ‘O que você
está fazendo para ser o melhor do mundo em sua área?’. Eles precisam
constantemente querer ser os melhores no que fazem. E não há motivos para
não ser assim.”
8) “Só quem consegue equilibrar vida pessoal e profissional e
desempenha bem seus papéis na sociedade é feliz. Profissionais felizes
produzem mais e melhor. Para mim, quem diz que está trabalhando muito não
ganha pontos. Ganha pontos quem consegue ter uma vida equilibrada.”
9) “O papel do líder não é ser um especialista em todas as áreas da
empresa. Ele precisa ter uma visão geral do negócio e saber quais são as
principais tendências do setor em que trabalha. Mas ele não deve parar de
estudar nunca. O bom líder precisa ler muito e ficar atento ao que acontece ao
seu redor o tempo todo.”
10) “Quem chefia uma organização precisa antecipar problemas. Nunca
ser pego de surpresa por eventos inesperados. O líder eficiente é aquele que
olha para o futuro e traça um plano B, C, e D. Ele tem sempre que pensar em
como resolver problemas ou em como evitar situações que possam causar
prejuízos ao negócio.”
11) “Antes de contratar um profissional, você deve esmiuçar muito bem
quais serão as atividade dele e o que espera do colaborador. Gaste muito
tempo com essa atividade, chame advogados, detalhe o contrato – você não
vai se arrepender. Todos os problemas que tive nos negócios se deram porque
fiz más contratações.”
12) “O líder precisa saber ouvir, se comunicar de um jeito que os
subordinados compreendam. Pergunte, escute, participe. Não adianta apenas
falar e não ser entendido. Muita gente acredita que, porque fala muito, fala
bem. Não é assim,. É preciso garantir que sua equipe entenda exatamente
quais são as metas da empresa.”
22
13) “No mundo de hoje, com o rápido desenvolvimento da tecnologia, os
profissionais lentos estão ultrapassados. O líder tem de ser ágil, objetivo e
incansável. Para tomar decisões rápidas e eficientes é preciso estar muito bem
preparado, considerar todas as conseqüências para o negócio, e agir.”
14) “Em todos os tipos se negócio, os problemas só existem em duas
áreas. Ou estão nos processos desempenhados pela companhia ou nas
pessoas que executam esses processos. Os líderes erram ao ignorar essa
equação e não ouvir as pessoas, ou ao ignorar o jeito certo de executar os
processos.”
15) “Quanto mais você conhece seu concorrente, mais fácil fica prever
as estratégias agressivas que podem ser adotadas por ele contra você, Eu
sempre visito meus concorrentes porque preciso saber se eles estão tendo
ideias melhores do que as minhas. Assim, consigo reduzir danos para o
negócio.”
16) “É preciso encarar os problemas, porque só assim o líder vai
conseguir pensar em soluções. Quanto mais tempo você demora para buscar
alternativas,s mais difícil será convencer a equipe de que está no comando.
Os problemas devem sempre ficar em cima da mesa, e nunca embaixo do
tapete.”
17) “O líder diz que não quer ter prestígio e ser reconhecido está
mentindo. O cargo faz com que as pessoas se deslumbrem com o poder.
Agradeça por todas as pessoas que admiram o que você faz. Mas tenha
sempre em mente que o que vai garantir seu sucesso como líder e como
gestor eficiente de uma equipe é a humildade.”
23
4.3 O Exemplo de Jack Welch
Reconhecido mundialmente pelo seu brilhantismo à frente da General
Eletric - GE, Jack Welch não poderia deixar de ser considerado no âmbito
deste trabalho.
Antes do ingresso de Welch, os gestores da GE entendiam que os
empregados eram um custo qualquer, podendo, em caso de mau desempenho
dos negócios, serem reduzidos como forma de incrementar as margens de
lucros. Após seu ingresso, mudanças radicais aconteceram. Embora não
estivesse plenamente engajado nos anseios e pretensões daquela empresa,
devido ao radicalismo e impaciência para lidar com pessoas cuja mente
poderia ser considerada retrógrada, sua atitude era vista como rebeldia e seu
modo franco de falar incomodava a alguns, mas isso não comprometeu o seu
brilhante desempenho na organização.
Jack Welch teve sua ascensão de forma meteórica, iniciando como
Engenheiro e chegando a tornar-se CEO da GE, embora tal posição, tão
elevada, tivesse causado estranheza àqueles que o consideravam sedento
demais para conseguir seus objetivos. Nesta posição, a qual pode ter sido
considerada estratégica, não havia quem o pudesse impedir de tomar as
decisões e realizar mudanças revolucionárias que pretendia.
Ao assumir o mais alto cargo executivo na Ge, Welch percebeu que
aquilo que para ele era visto como uma rígida hierarquia que precisava de
mudanças radicais, por outros era apenas a continuidade dos lucros. Assim,
começou a eliminar camadas de hierarquia, vendeu as subsidiárias que não
apresentavam bom desempenho, exigia o crescimento dos lucros a cada
trimestre. Com isso, aqueles que o impressionavam eram generosamente
premiados. Os 20% (vinte por cento) melhores recebiam gratificações e opções
de ações, enquanto os 10% (dez por cento) piores eram demitidos a cada ano.
As demissões promovidas por Welch deram a ele o título de alguém
sem compaixão ou humanidade, além de sua política de demissões ser
considerada tacanha e cruel. No entanto, ele próprio argumentava sobre isso:
24
“Alguns acham cruel e brutal demitir 10% de nosso
pessoal, mas não é. É exatamente o contrário. O que eu acho cruel e ‘falsa
bondade’ é manter pessoas que não vão crescer nem prosperar.”
O modelo criado por Jack Welch passou a ser imitado nos Estados
Unidos e, em seu setor, a GE tornou-se a empresa mais admirada do mundo.
A saída de Jack da GE foi motivada por sua aposentadoria, da qual
resultou em uma alta soma de dinheiro para alguém que não exerceu, por
exemplo, o cargo de Presidente do país. Escreveu diversos livros, atuou como
colunista em um jornal e ministra aulas em curso sobre de liderança.
“Se há alguma coisa pela qual eu gostaria de ser
lembrado é de ter ajudado as pessoas a
compreender que liderança é ajudar outras pessoas
a crescer a alcançar o sucesso. Ainda tenho muito a
fazer.” (JACK WELCH)
4.4 Líderes Extraídos da Ficção
Na ficção, a figura do líder tem sido retratada das mais diversas formas.
Cada abordagem pode levar os gestores de hoje a uma reflexão sobre sua
conduta junto aos seus liderados.
4.4.1 Filme: Desafiando Gigantes
Em Desafiando Gigantes, o time do técnico de Futebol Grant Taylor
nunca havia conseguido chegar à vitoria, a não ser quando usou sua fé para
modificar totalmente a história de sua equipe.
25
4.4.2 Filme: O Diabo Veste Prada
No filme O Diabo veste Prada, Miranda Priestly é uma executiva bem-
sucedida, reconhecida internacionalmente no mundo da moda, mas mantém
sua equipe em pânico diariamente. Ao vê-la chegar à empresa, inicia um
alvoroço pois, seu modo ríspido de tratar as pessoas faz com que suas
assistentes sintam medo. Sua vida é integralmente dedicada aos negócios e
exige o mesmo de sua equipe.
4.4.3 Filme: A Última Fortaleza
O General Irwin é um militar do exército americano condenado à prisão
de segurança máxima, onde conhece o Coronel Winter, que dirige a prisão de
forma extremamente rigorosa ao ponto de Irwin ser motivado a liderar uma
rebelião que tiraria o Coronel Winter do poder. Com suas metas, Irwin atrai os
demais prisioneiros fazendo com que se tornem seus aliados para o
cumprimento de suas metas.
4.4.4 Livro: O Monge e o Executivo
Um alto executivo de uma empresa desiste de sua brilhante carreira
para tornar-se participar de um monastério. Para sua surpresa, o monge que o
recebe é um ex-presidente de uma multinacional que o conduz à grandes
reflexões principalmente sobre respeito e humildade.
26
CAPÍTULO V
O LÍDER DO FUTURO
5.1 A Comunicação Única e Simples
A comunicação pode ser considerada o ponto primordial para o líder do
futuro. O homem vive uma época em que os meios de comunicação em massa
são aprimorados a cada dia. Em 1994, Booher declarou sobre a comunicação
como: “análise e decisões sólidas traduzidas em mensagens claras que
influenciam as pessoas a agir e se sentir bem quanto ao seu desempenho” e,
no entanto, após quinze anos de sua publicação, percebeu ser algo mais
verdadeiro do que na época de sua afirmação ao perceber que governos não
podem liderar, tecnologia não pode liderar, a estratégia não pode liderar.
Somente o homem pode liderar através de sua comunicação, sua mensagem
clara, com objetivo, persuasão, e relevância.
“O líder do passado era uma pessoa que sabia
como dizer. O líder do futuro será uma pessoa que
sabe como perguntar.” (PETER DRUCKER)
É certo que a tecnologia nunca perderá sua importância na
comunicação. O líder que souber utilizá-la de forma adequada terá os
melhores resultados seja qual o for o segmento em que atue. Não haverá mais
tempo para a resistência às inovações. Toda criação nos meios de
comunicação deverá ser muito bem recebida e utilizada nas tomadas de
decisão quanto à compra, venda, consumo, sem contar na oportunidade de
interagir com os clientes e identificar grandes oportunidades de mercado.
27
5.2 O Líder Servidor
No âmbito da liderança, não se pode falar em ética sem falar em
serviço. Os lideres que pensam somente em si trazem influência destrutiva
para as organizações.
A liderança servidora é bem entendida por dois tipos de liderança:
estratégica e operacional.
5.2.1 Liderança Estratégia
A liderança estratégica age com visão e direção, tratando do “quê” da
organização. Com uma visão clara o líder sabe seu propósito, para onde está
indo e quais os valores que irão guiar o seu caminho. Assim, as metas
estabelecidas podem ser atingidas.
No entanto, embora a alta gestão tenha que desenvolver as pessoas
para definir o rumo da organização, a responsabilidade final pela liderança
estratégica permanece com os superiores, os quais não a delegam a outros.
5.2.2 Liderança Operacional
A liderança operacional tatá do “como” da organização e pode ser
compreendida como a parte servidora da liderança servidora. Neste contexto,
os lideres necessariamente devem qualificar as pessoas em toda a
organização, para que assumam um papel proativo na realização da visão.
Não se pode negar que é no âmbito operacional que as organizações
apresentam problemas éticos, em que os líderes permanecem no topo e os
subordinados e clientes são negligenciados na parte inferior da pirâmide, por
exemplo. Com isso, as pessoas ficam desencorajadas, levando a organização
ao risco de fracasso moral e financeiro.
28
5.3 Ética e Integridade para o Século XXI
O líder ético deve ter sempre em mente três perguntas em sua atuação:
É legal? É equilibrado? Como vou me sentir comigo mesmo?
5.3.1 É Legal?
O termo legal neste contexto não está vinculado à lei civil, mas
corresponde, principalmente, à ética ou normas da organização.
5.3.2 É equilibrado?
A pergunta demonstra a necessidade de o líder ser justo, tomar
decisões assimétricas e não beneficiar uma pessoa em detrimento de outra.
5.3.3 Como vou me sentir comigo mesmo?
A pergunta leva o líder a uma reflexão pessoal, na qual ele avalia as
consequências de suas ações que podem refletir nos meios de comunicação,
em sua família e suas emoções.
As decisões podem levar o líder a um posicionamento ilegal, mesmo
que no momento não se tenha considerado a amplitude daquela decisão.
Assim, questionar sempre sobre a legalidade, o equilíbrio e o bem estar
emocional contribui para que o líder seja considerado ético em suas ações.
5.4 Valores Corretos
Embora as pessoas sejam livres para decidirem seus valores, elas
devem considerar que nem todos os valores são éticos. A exemplo, se uma
organização busca incondicionalmente o cumprimento de suas metas, sem
levar em conta práticas comerciais desonestas, ainda que bem vista quanto
aos seus resultados, não poderá ser considerada uma empresa ética.
29
Os líderes devem dar total atenção aos valores quando estabelecem a
visão para sua organização.
A Johnson & Johnson foi fundada com o objetivo de aliviar a dor e a
doença. Em 1982, durante um incidente de adulteração de um de seus
produtos, a empresa Johnson & Johnson decidiu priorizar os pacientes, em
seguida os funcionários, depois a comunidade e, por último os acionistas. Com
isso, para sanar uma s ituação, recolheu do mercado todos os produtos
adulterados, a fim de manter a fidelidade aos seus valores éticos, recuperar
suas perdas e ganho do respeito em]m seus segmento de negócio.
5.5 A Avaliação de Ética
Embora as pessoas tenham valores, nem sempre conseguem viver
segundo eles. Isso é demonstrado quando há pressões externas para que não
seja feito o que é certo em situações difíceis. Blanchard e Peale (1988)
desenvolveram cinco princípios que podem servir de inspiração a agir de forma
ética:
Princípio 1: Propósito
O propósito é a imagem que a pessoa tem de si mesmo, o que quer ser
ou o tipo de vida que quer levar. Isto é o que dá sentido e definição às
pessoas.
Princípio 2: Orgulho
O orgulho (autoestima) é importante para manter o propósito. A pessoa
acredita em si mesmo e tem fé em suas habilidades. As pessoas que se
sentem bem consigo tem o que é necessário para suportar a pressão externa.
30
Princípio 3: Paciência
A paciência é necessária para o comportamento verdadeiramente ético.
Blanchard e Peale (1988) afirmam que uma razão para as pessoas às vezes
saírem do caminho é porque lhes falta a fé. Sem fé, elas tornam-se
impacientes. As pessoas têm fé quando acreditam em alguma coisa e baseiam
suas ações nessa crença.
Princípio 4: Persistência
Sem a persistência as tentativas de ser ético podem falhar. Ser ético é
agir com ética em tempo integral e não apenas quanto é conveniente. O ético
não tenta fazê-lo, ele realmente o faz.
Princípio 5: Perspectiva
Este quinto e último princípio reflete sobre aqueles que o cultivam os
objetivos antes tomar decisões. É mais fácil enxergar o caminho e viver de
acordo com o propósito, valores e crenças éticas quanto se tem perspectiva.
5.6 Servir ao Próximo
O trabalho do líder é importante quanto se transporta para o modo
servidor, ou seja, os líderes que agem desta forma fomentam a colaboração e
a confiança. O resultado é um ambiente saudável, em que as pessoas não
precisam trapacear para vencer.
Na verdade, todas as pessoas são líderes em alguns aspectos de suas
vidas, pois sempre que de alguma influenciam o comportamento dos outros,
estão liderando.
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CAPÍTULO VI
TENDÊNCIAS QUE DEFINEM OS ATRIBUTOS DA
LIDERANÇA DO FUTURO
O futuro da liderança requer a compreensão das condições de negócios
que os líderes enfrentarão e que tipo de pessoas fará parte da força de
trabalho do futuro.
6.1 O Que se Espera dos Líderes do Futuro
A próxima geração irá requerer dos líderes um conjunto de
competências que pode ser considerado muito diferente do atual. O Gestor
deverá ser alguém que apoie o desenvolvimento de suas carreiras, patrocine o
seu desenvolvimento, dê feedback direto e os oriente. Esta última ainda pode
ser considerada ineficaz por uma ampla variedade de organizações. Será
necessário ao líder repensar sua posição nesta era onde as pessoas se
comunicam em qualquer lugar e a qualquer momento.
6.2 Atributos Essenciais de Liderança
Neste novo milênio, a necessidade de hierarquias burocráticas foi
eliminada. Os funcionários se autogovernam, se engajam e detém informações
e poder para atuarem no processo de governança organizacional e, de acordo
com Varian (2009), economista-chefe da Google: “Na organização antiga, era
preciso fazer um exército de pessoas digerirem as informações para fornecê-
las a quem tomava a decisão no topo. Mas isso não é assim que funciona hoje:
a informação está disponível em todos os níveis hierárquicos, a todos na
organização(...)
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6.2.1 Foco em Colaboração
O líder focado em colaboração demonstra atitudes que possibilitarão
conforto em um ambiente em que concorrentes, trabalho em condições
diversas irão exigir mais de sua atuação em mercados complexos.
O líder do futuro deverá manter a mente aberta para compreender
contribuições vindas tanto de funcionários quanto clientes. O líder que tiver
esta sede de colaboração será bem atendido no futuro.
6.2.2 Desenvolvimento de Pessoas
O líder terá como uma de suas principais metas o desenvolvimento das
pessoas. Para isso ele será honesto em suas avaliações, procurando orientar
na carreira e oferecendo oportunidades de crescimento.
Em uma competição permanente por talentos escassos, o líder terá que
adotar uma estratégia organizacional para o desenvolvimento das
competências e habilidades dentro da própria organização.
6.2.3 Confiança e Competência no Mundo Digital
O líder do futuro terá que confiar em suas habilidades no mundo digital e
para ter condições de falar a linguagem da nova geração de profissionais.
Novas formas de comunicação deverão ser consideradas na conexão com a
força de trabalho virtual espalhada ao redor do mundo por meio de: blogs,
wikis, reuniões virtuais, redes sociais, dentre outras tantas ferramentas de
comunicação.
6.2.4 Mentalidade Global
O líder deverá ser capaz de trabalhar nas mais diversas culturas,
governos e Organizações Não Governamentais – ONGs. A nova geração de
trabalhadores oferecerá seu tempo de forma voluntária num ambiente que se
concentre em pessoas, planeta e lucros.
33
6.2.5 Visão de Futuro
O líder do futuro deverá ser capaz de prever o futuro e, para isso, terá
que vasculhar o mercado, pesquisar tendências e construir uma empresa que
lhe garanta o sucesso em curto prazo. Este líder não contará com demissões
e recontratação para obter as habilidades necessárias, pois, a demanda por
talentos será difícil, exceto para as organizações mais competitivas.
6.3. Líderes Globalmente Experientes
O líder terá de usar a cabeça e o coração e ter coragem de enfrentar
desafios para ser considerado globalmente experiente. Em 1997, Steve Jobs
retornou à Apple em sua posição de CEO. Quando anunciou em seu primeiro
discurso de que aquela empresa teria de ir além para buscar outros parceiros
para contribuir com sua inovação, Jobs chocou sua equipe.
6.4. O que é Preciso para ser um Líder global eficaz no atual ambiente de
negócios rápidos e complexos?
Para se tornarem mais experientes em termos globais os líderes podem
seguir nove etapas:
1) Desenvolver uma mentalidade global: o líder irá desenvolver produtos e
serviços que sejam aceitos em vários mercados em todo o mundo.
2) Conduzir ao quadro mais amplo: para desenvolver esta perspectiva o
líder irá fazer perguntas ou admitir que é preciso reunir mais informações.
3) Equilibrar paradoxos: o líder deverá saber quem é, o que está tentando
conseguir e pelo que ele terá a coragem de ser conhecido.
4) Desenvolver a autoconsciência cultural: o líder deverá ter consciência
de sua origem, entender suas características, valores e comportamentos.
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5) Desenvolver a empatia cultural: o líder deverá ter a capacidade de se
colocar no lugar de outra pessoa.
6) Liderar e desenvolver talentos globalmente diversificados: o líder
deverá usar sua habilidade de compreender e administrar a diversidade de
talentos em uma organização considerada cada vez mais global.
7) Esclarecer valores importantes: o líder deverá ser capaz de discutir a
situação do mundo e como as pessoas podem trabalhar em cooperação
para enfrentar os desafios de um mundo em mudança.
8) Equilibrar dinheiro e significado: o líder deverá crer que para o mundo
recuperar seu equilíbrio econômico, será necessário recuperar seu
equilíbrio moral.
9) Tornar-se um líder globalmente responsável: o líder deverá agir em
busca do exercício global da liderança baseada em valores éticos para o
progresso econômico e social e o desenvolvimento sustentável.
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CONCLUSÃO
Através deste trabalho é possível concluir que o século XX abriu
oportunidades para que as pessoas identificassem de alguma forma o seu
potencial de liderança. Muitas empresas atualmente consideradas gigantes em
seu segmento surgiram de modo simples, muitas vezes conduzida pelo próprio
fundador apenas e tendo como auxiliares os seus familiares. No entanto, as
lideranças empresariais eram rígidas, agiam de modo independente e seus
subordinados não passavam de meros executores de tarefas, sem ter sequer a
oportunidade de expressar suas opiniões.
No decorrer dos tempos, as empresas foram se modernizando, novos
padrões de comportamento tem sido assumidos no intuito de acompanhar o
crescimento dos negócios e da globalização. Desenvolver pessoas e torná-las
profissionais competentes tem sido uma importante missão nas organizações.
Com isso, os líderes de hoje são pessoas mais esclarecidas, em sua maioria
confiantes em suas equipes e empenhados nos melhores resultados de seu
trabalho. Em vez de tolher o potencial de seus subordinados o líder privilegia
aqueles que mais contribuem criativamente para os bons resultados.
O século XXI é uma era de desafios. O líder deste novo século terá que
ser inovador, competente e visionário. O gestor deverá observar até mesmo
aqueles que, no passado empreenderam e terá de adaptar suas ideias ao
modelo atual e considerar que seus subordinados não são meros executores,
mas pessoas com habilidade para até mesmo aprimorar seus projetos. A
competência deverá ser uma das principais características do líder pois, as
chances de erros deverão ser cada vez menores. A visão deverá ser
permanentemente focada em ocupar as melhores posições numa competição
cada vez mais acirrada por resultados. Neste sentido, o gestor deverá contar
com as mais variadas tecnologias possíveis e o mais alto nível de
conhecimento.
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• Filme: O Diabo Veste Prada
Título Original: The Devil Wears Prada
Ano de Produção: 2006
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Gênero: Comédia romântica
• Filme: Desafiando Gigantes
Título Original: Facing the Giants
Ano de Produção: 2006
Nacionalidade: EUA
Gênero: Drama