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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PERFIL DO EMPREENDEDOR Por: José Luiz Rocha Ribeiro Orientador Prof. Antonio Medina Niterói 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não ... O objetivo do estudo é mostrar como uma

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PERFIL DO EMPREENDEDOR

Por: José Luiz Rocha Ribeiro

Orientador

Prof. Antonio Medina

Niterói

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PERFIL DO EMPREENDEDOR

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como

requisito parcial para obtenção do grau de especialista em

Gestão Empresarial.

Por: José Luiz Rocha Ribeiro.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus que me

proporciona a vida, aos professores que me

deram o conhecimento ao longo do curso, ao

orientador pela atenção e paciência e os meus

colegas de turma pelos trabalhos realizados.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a minha mãe que sempre

me ajudou e me apoiou a vida inteira. Minha família,

tias, primos. A minha noiva que me ajudou nessa

caminhada, a família da minha noiva e todos aos

meus amigos.

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RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo mostrar o perfil do empreendedor. Relatar o

como uma pessoa empreendedora pensa, quais são suas características mais

marcantes, o que as diferencia das demais, o que elas buscam para sua vida. Que

técnicas são usadas para abrir o seu negócio, os benefícios e os malefícios

encontrados ao abrir uma empresa e o que o envolve, mostrando os grandes riscos

que abrir o próprio negócio traz, risco financeiro, medo do fracasso, insegurança,

falta de preparo técnico e psicológico. Foram citados vários conceitos de diferentes

autores dos assuntos abordados descritos acima.

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METODOLOGIA

Trata-se de estudo descritivo, bibliográfico de abordagem qualitativa. Uma

abordagem qualitativa evita números, lida com interpretações das realidades sociais,

considerada pesquisa soft. O protótipo mais conhecido é provavelmente, a entrevista

em profundidade. Seus dados são informados através de textos. (BAUER;

GASKELL, 2002). Foram coletados dados em revistas, internet e livros, onde foi feito

uma leitura minuciosa e extraídos tópicos e textos para realização da monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Empreendedorismo 9

1.1 - História do Empreendedorismo 10

1.2 - Empreendedorismo no Brasil 11

1.3 - Mentalidade Empreendedora no Brasil 12

CAPÍTULO II - O Que é ser Empreendedor 13

2.1 - O Perfil do Empreendedor 14

2.2 - Características de um Empreendedor 17

2.3 - O Perfil do Jovem Empreendedor 18

CAPÍTULO III – Como Abrir uma Empresa 21

3.1 - A Oportunidade de Abrir um Negócio 22

3.2 - Erros e Acertos de Abrir um Novo Negócio 23

3.3 - Plano de Negócios 25

3.4 - A Parte Burocrática de Abrir uma Micro e Pequena Empresa 28

3.5 - Tipos de Empresa

33

3.6 – Plano Financeiro para abrir um Negócio 34

3.7 – Como Capitalizar seu Negócio 35

CAPÍTULO IV – A Importância do Marketing no Negócio 37

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 44

ANEXO 45

ÍNDICE 52

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INTRODUÇÃO

O Empreendedorismo no Brasil cada vez cresce mais, o brasileiro é

reconhecido como um dos mais empreendedores do mundo e isso se deve muito a

criatividade do povo brasileiro.

O fator do desemprego também é um grande aliado para quem começa a

empreender, muito dos profissionais que perderam o emprego resolvem, pela

própria situação juntar suas economias e abrir seu próprio negócio. Muitas vezes a

pessoa tem a idéia na cabeça, mas na hora de colocar em prática não sabem como

desenvolver todo esse processo de passagem de empregado para patrão.

Não basta ter a criatividade, capital e vontade de fazer, as pessoas que

pretendem abrir seu próprio negócio deve procurar uma consultoria, para saber

como planejar e desenvolver o seu futuro negócio. Muitos empreendedores

continuam na informalidade devido à grande burocracia que existe no Brasil

somando a isso as altas taxas de juros, excesso de impostos e etc.. O grande

desafio de um empreendedor é lidar com: risco financeiro, medo do fracasso,

insegurança, falta de preparo técnico e psicológico.

No Brasil muitas empresas fecham antes de cinco anos de funcionamento,

devido a vários fatores explicitados acima e também pela falta de preparo das

pessoas que pensam que sabem administrar um negócio. O que precisa para ser

um empreendedor? Qualificação? Capital? Vontade? Criatividade? Ou é um dom

que nasce com a pessoa?

Segundo (Dornelas. 2008 p.05). ”Os empreendedores são pessoas

diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não

se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas,

referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.”

O objetivo do estudo é mostrar como uma pessoa que tem o perfil do empreendedor

pensa e realiza os seus objetivos, o que precisa ter para ser um empreendedor, que

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benefícios o próprio negócio pode trazer para sua vida, que técnicas são usadas

para abrir o seu negócio, os benefícios e os malefícios de você ter o seu próprio

negócio e o que o envolve.

CAPÍTULO l

EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo hoje em dia não está mais relacionado à simplesmente

ao exercício de uma atividade econômica e sim associado à atividade humana, que

é descoberto em diferentes setores da sociedade. O empreendedorismo está cada

vez mais forte no pensamento das pessoas, onde cada vez mais desejam

transformar suas idéias em realidade, isso faz parte da inovação que o conceito de

empreendedorismo vem sofrendo.

São inúmeras as definições de empreendedorismo, uma das mais utilizadas é

do autor Robert Hirsch, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele,

empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando

tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e

sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação

econômica e pessoal.

Segundo Fernando Dolabela (1999, p.33) autor de grandes livros sobre o

tema empreendedorismo e criador dos maiores programas de ensino de

empreendedorismo no Brasil na educação básica e universitária, define que

"empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, é fruto dos hábitos, práticas e

valores de pessoas.”

De acordo com Timmons (citado por DOLABELA. 2006 p.29), "o

empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do

que a revolução industrial foi para o século 20", ao comparar com a revolução

industrial, a grande responsável por radicais mudanças no século 20, demonstra o

grau de importância para a sociedade do tema empreendedorismo.

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Já José Dornellas autor de vários livros de empreendedorismo, cita no seu

livro: Empreendedorismo – Transformando Idéias e Negócios, (2008), a seguinte

definição: “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em

conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita

implementação destas oportunidades leva a criação de negócios de sucesso.”

(Dornelas. 2008 p.22)

São diversas as definições de empreendedorismo, foram citados vários

conceitos e pode-se concluir que a grande maioria converge no mesmo ponto; a

criatividade, a força de vontade, a busca de grandes resultados. O

Empreendedorismo é o ato de inovar, aproveitar as oportunidades, acreditar nas

suas próprias idéias e transformar em realidade, confiar em si próprio, planejar seu

plano de negócio para obter o sucesso no seu empreendimento.

1.1- HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO

Pode ser creditado a Marco Polo o primeiro exemplo da definição de

empreendedorismo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente,

Marco Polo assinou um contrato com dinheiro para vender as suas mercadorias,

enquanto o capitalista assumia poucos riscos, Marco Polo assumia todos os todos

os riscos físicos e emocionais que um empreendedor assume (Dornelas. 2008 p.14).

Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir as pessoas que

gerenciava grandes projetos de produção e não assumia grandes riscos, apenas

gerenciava os projetos utilizando recursos do governo do país.

No Século XVll, a relação entre assumir risco e empreendedorismo começa

ocorrer nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual

com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos, qualquer lucro ou

prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e

economista do século XVll, é considerado por muitos como um dos criadores do

termo empreendedorismo diferencia que o empreendedor era aquele que assumia

riscos e o capitalista era aquele que fornecia o capital.

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No Século XVlll, o capitalista e o empreendedor foram diferenciados,

provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo, onde

investidores começaram a financiar pesquisas e experimentos.

Nos Séculos XlX e XX no final do século XlX e início do século XX, os

empreendedores eram confundidos com gerentes e administradores, como pessoas

que comandam uma empresa, planejam, pagam empregados, desenvolve ações na

empresa sempre a serviço do capitalista, ou seja, o dono da empresa. É diferente o

conceito de empreendedor e administrador. Todo empreendedor deve ser um bom

administrador para obter o sucesso, mais nem todo administrador é um

empreendedor, o empreendedor tem atitudes e características que diferem de um

administrador.

1.2 - EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O empreendedorismo no Brasil começou na década de 1990, como entidades

como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas) e

Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software).

Não se falava de empreendedorismo no Brasil antes disso e em criação de

pequenas empresas, o empreendedor não encontrava informações para auxiliá-lo.

O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos dos pequenos empresários

brasileiros, que busca todo o suporte na entidade para quem quer abrir uma nova

empresa e para resolver problemas pontuais na suas empresas.

A entidade Softex pode ser confundida com o histórico do empreendedorismo no

Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas

de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que

proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia.

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1.3 - MENTALIDADE EMPREENDEDORA NO BRASIL

A presença de uma mentalidade favorável da população á atividade

empreendedora aliada às condições oferecidas pelo País para criação e

desenvolvimento de novos negócios são elementos fundamentais para o

florescimento de empreendimentos que irão contribuir de forma significativa para o

crescimento econômico e social de um País.

Acompanhar a mentalidade de uma população com relação ao tema

empreendedorismo é reconhecidamente importante, pois a mesma revela a

disposição dos indivíduos de um país com relação ao tema empreendedorismo e

seu potencial para empreender.

Quando indivíduos são capazes de reconhecer as oportunidades de negócio

no ambiente em que atuam, e perceber que possuem capacidade para explorá-las,

toda a sociedade é beneficiada, seja com o aumento da criação de empregos, seja

com o aumento da riqueza do país.

O processo empreendedor em um país depende, ao menos em parte, de

indivíduos que sejam capazes de detectar oportunidades no ambiente em que vivem

e da capacidade de transformar tais oportunidades detectadas, bem como a crença

na capacidade de empreender podem ser influenciadas por diversas condições –

tais como o nível de desenvolvimento econômico de seu país, cultura e educação.

Sendo assim, é importante considerar que grupos demograficamente diferenciados

podem ter diferentes percepções sobre oportunidades e capacidades, dadas as

peculiaridades culturais, históricas e socioeconômicas específicas de cada país.

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CAPÍTULO ll

O QUE É SER EMPREENDEDOR

Segundo (schumpeter. 1934), economista austríaco ele associa o

empreendedor ao desenvolvimento econômico (Dolabela. 1999 p.28). Segundo ele,

o sistema capitalista tem como característica inerente, uma força que ele domina de

processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no

desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos

mercados; em síntese, trata-se de destruir o velho para criar o novo.

Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição

criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor.

Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que

inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, enfim, aquele que realiza antes, aquele

que sai da área do sonho, do desejo, e parte para a ação. De acordo com Filion

(1991) “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.”

(Dolabela. 1999 p.28).

Ser empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz

novas idéias através da congruência entre criatividade e imaginação. Seguindo este

raciocínio; a professora Maria Inês Felippedefende a idéia de que o empreendedor,

em geral, é motivado pela auto-realização e pelo desejo de assumir

responsabilidades e ser independente. Considera irresistíveis os novos

empreendimentos e propõe sempre idéias criativas, seguidas de ação. A auto-

avaliação, a autocrítica e o controle do comportamento são características do

empreendedor que busca o auto desenvolvimento. Para se tornar um empreendedor

de sucesso, é preciso reunir imaginação, determinação, habilidade de organizar,

liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e processos.

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Maria Inês define empreendedor como sendo: “aquele capaz de deixar os

integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas idéias,

produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro,

transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para guiá-

las em direção às suas idéias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe e

está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades com a

preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se nas

necessidades do mercado.”

A pessoa nasce empreendedora?

Segundo Fernando Dolabela, consultor de importantes instituições em todo o

Brasil e também reconhecido por ser um especialista em empreendedorismo, a tese

de que o empreendedor é fruto de herança genética não encontra mais seguidores

nos meios científicos.

Na verdade ninguém nasce empreendedor. O contato com família, escola,

amigos, trabalho, sociedade vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e

características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso

acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas circunstâncias

enfrentadas.

O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante

entre os talentos e características individuais e o meio em que vive.

A professora Maria Inês Felippeexplicita muito bem este enunciado quando

diz que: “a profissão empreendedor não é fruto do nascimento ou de herança

genética, mas resultado de trabalho, talento e reserva econômica. É própria de uma

sociedade capitalista liberal e de sua ideologia de sucesso individual.”

2.1- O PERFIL DO EMPREENDEDOR

A palavra empreendedora (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer

aquele que assume riscos e começa algo novo.

O pioneiro no mundo dos negócios no Brasil foi Irineu Evangelista de Souza,

conhecido depois como Visconde de Mauá: Um menino muito pobre que mudou

para o Rio de Janeiro, atual capital do país na época. Usou largamente o ditado

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“Comece pequeno, pense grande e cresça rápido”, em que começou a trabalhar

com 11 anos e aos 23 já era sócio da empresa em que trabalhava. Viajou o mundo e

de lá trouxe idéias inovadoras, as quais não foram tão bem aceitas aqui. Isso custou

seus negócios, mas ele ficou marcado na história como um grande empreendedor.

Uma das mais antigas definições sobre empreendedor é de Joseph Schumpeter

(1949): “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela

introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de

organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.” (Dornelas. 2008

p.22).

Já Kirzner (1973) “pensa diferente, para ele o empreendedor é aquele que cria

um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e

turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.” (Dornelas. 2008 p.

22).

Por isso o empreendedor deve ser um visionário, conseguir ver o que os outros

não conseguem ser um identificador de oportunidades.

Em uma pesquisa recente, foi visto que uma qualidade marcante na maioria dos

empreendedores do Brasil foi a visão ampla, uma visão mais sistêmica e altruísta.

Acredita-se que os empreendedores brasileiros que mais obtiveram sucesso tinham

uma visão além do lucro. Eles não medem o sucesso do seu negócio somente

através do faturamento e do capital líquido, mas sabem que existe muito mais por

trás disso.

A definição da palavra empreendedor varia de autor para autor, mas há uma

intercessão na definição que todos concordam. No dicionário de ciências sócias

encontramos que o termo empreendedor denota a pessoa que exercita total ou

parcialmente as funções de:

• Iniciar, coordenar, controlar e instituir maiores mudanças no negócio de empresa

e/ou,

• Assumir riscos nessa operação que decorrem da natureza dinâmica da sociedade

e do conhecimento imperfeito do futuro e que não pode ser convertido em certos

custos através de transferência, cálculo ou eliminação.

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Segundo o dicionário Webster empreendedor é a pessoa que organiza e gere

um negócio, assumindo o risco em favor do lucro. Então cabem aqui as perguntas:

Quem na verdade é um empreendedor? Quais são as suas características mais

marcantes?

Em primeiro lugar vamos descrever o que não é uma pessoa empreendedora.

A revista exame de 24 de julho de 2002 publicou um artigo intitulado as falsas

verdades sobre empreendedores. No artigo são destacados seis mitos a cerca do

empreendedorismo.

O primeiro é “Não é possível desenvolver o empreendedorismo, você deve

nascer empreendedor”. Nos Estados Unidos, os maiores responsáveis pelo

surgimento de novos negócios são os profissionais que foram demitidos de seus

empregos e precisaram encontrar uma forma de sobreviver. São gestores que

viraram empreendedores por necessidade.

O segundo mito é “Todo empreendedor inventou algo na garagem de casa,

quando jovem, e tem uma personalidade esquisita?”

O empreendedor americano médio tem entre 35 e 45 anos, dez anos de

experiência numa grande empresa e um perfil psicológico rico. Necessariamente

não inventaram nada, apenas souberam aproveitar uma oportunidade de um salto

tecnológico, por exemplo. Não há nada de esquisito neles. Apenas tiveram iniciativa.

São pessoas normais, como eu e você, não são extraterrestres, são deste mundo

mesmo.

O terceiro mito é “O objetivo de todo empreendedor é ser milionário”.

Todos os empreendedores entrevistados, mesmo os que ficaram ricos, afirmam que

isso não é verdade. O que os motivou foi a vontade de criar algo novo e não a

pergunta. Bom, o que eu posso fazer para ficar rico?

O quarto mito é “Empreendedores não são muito confiáveis”. Essa visão era

muito comum quando eu era jovem. Agora responda: onde estão acontecendo os

maiores crimes do mundo dos negócios? Nas grandes empresas. Não faz sentido

dizer que um empreendedor deve ser menos respeitado do que um CEO?

O quinto mito é “Um empreendedor precisa tomar riscos enormes”. Como

investem o próprio dinheiro, empreendedores tendem a serem muito conservadores.

Os maiores riscos são tomados pelos principais executivos das grandes empresas.

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Vários já me disseram que apostariam um milhão de dólares numa nova idéia.

Nenhum empreendedor faria isso.

E por último, “Fazer um MBA é a melhor forma de se transformar num

empreendedor”. Minha recomendação aqui é: economize seu dinheiro. O

conhecimento sobre gestão vai fazer falta depois que sua empresa atingir certo

tamanho. Nessa hora pode ser uma boa idéia contratar alguém com um MBA, se for

caro, contrate alguém experiente e com formação adequada, não necessariamente

com um MBA. Mas é bom se lembrar de pedir ajuda a um consultor no inicio do

projeto, ajuda a evitar erros rotineiros.

2.2– CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR

Os empreendedores são pessoas diferenciadas, ela tem atitudes e modo de

pensar que vão além da “caixa”, são pessoas que enxergam a frente e que tem

características próprias.

Algumas de suas características são:

Busca de oportunidades e iniciativa

- Faz as coisas antes de solicitado, ou antes, de forçado pelas circunstâncias.

- Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.

- Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio,

obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.

Corre riscos calculados

- Avaliam alternativas e calcula riscos deliberadamente.

- Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.

- Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.

Exige qualidade e eficiência

- Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas, ou mais barato.

- Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência.

- Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado

a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.

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Persistência

- Age diante de um obstáculo significativo.

- Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar

um obstáculo.

- Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir metas

e objetivos.

Comprometimento

- Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para completar

uma tarefa.

- Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para

terminar um trabalho.

- Se esmera em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa

vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo.

Conjunto de planejamento

Busca de informações

- Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores ou

concorrentes.

- Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.

- Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.

2.3 - O PERFIL DO JOVEM EMPREENDEDOR

Cada vez mais, jovens entre 18 e 30 anos estão se dedicando ao mundo dos

negócios para obter destaque no mercado de trabalho, engrossando a safra

brasileira de jovens empreendedores, país em que, nos últimos três anos,

aproximadamente quatro milhões de jovens decidiram iniciar seu negócio próprio,

posicionando o Brasil em terceiro lugar no ranking GEM (Global Entrepreneurship

Monitor) de jovens participantes no mundo dos negócios.

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Segundo o estudo, em torno de 15% dos jovens brasileiros estão envolvidos com

o empreendedorismo, ou seja, o equivalente a 3,82 milhões de pessoas. E do total

de empreendedores brasileiros (em todas as faixas etárias) 25% são jovens.

Mas o que esses jovens têm em comum? Especialistas dizem que, mais do

que vontade, o jovem precisa ter duas qualidades: espírito empreendedor, ou seja, a

habilidade de identificar um problema e ter a sabedoria para solucioná-lo. E, talvez,

a mais importante delas: apetite pelos riscos. “O jovem empreendedor sabe que os

riscos existem, mas ele não tem medo de enfrentá-los”, esclarece o professor e

doutor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), Davi Nakano.

A equação que resulta em um número cada vez maior de jovens

empreendedores está intimamente ligada à educação atual, pois na maioria dos

casos são pessoas criadas com liberdade, o que os torna menos ligados à

hierarquia, fazendo com que resistam à idéia de dar satisfação ao chefe sobre o que

fazem e tendo cada vez mais vontade de serem donos do próprio nariz. Outro fator

importante é o meio em que se vive, pois quando se tem uma idéia e o ambiente lhe

proporciona a oportunidade de executá-la, seja por facilidade de crédito ou infra-

estrutura, tudo fica mais fácil de alcançar seu objetivo.

Antes de começar um negócio, porém, estes jovens empreendedores avaliam

diversos fatores, não se aventuram em uma idéia. Um grande exemplo é a liberdade

que terão para determinar os rumos do trabalho, gerenciar seu próprio tempo, e a

capacidade de poderem inovar o quanto quiserem. “Em geral, são pessoas que

admiram grandes soluções para grandes problemas, gostam de idéias inovadoras

que contribuam para a sociedade e são mais abertos a captar e a distribuir

informações para todos”, descreve Nakano.

O dinamismo com que correm atrás de seus objetivos e a flexibilidade com

que tomam decisões são características inerentes ao jovem empreendedor.

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Ao decidirem montar uma empresa, os jovens pesam diversos fatores, por

exemplo, a liberdade que terão para ditar os rumos do negócio e cuidar do próprio

tempo, além da capacidade de inovar. Em geral, apresentam o seguinte perfil:

São motivados pelos desafios: admiram grandes soluções para grandes

problemas;

Visam impactar a vida das pessoas: gostam de idéias inovadoras que contribuem

com a sociedade;

Compartilham informações: são mais abertos a captarem e distribuírem

informações para todo mundo.

Dominam tecnologias: são pioneiros em negócios tecnológicos, principalmente os

que envolvem a internet;

São dinâmicos: tornam-se mais aptos para o mercado devido a flexibilidade de

suas decisões e objetivos;

São precoces: começam seus negócios na adolescência fazendo o que mais

gostam.

Esse perfil deve-se muito à educação atual. Criados com liberdade, os jovens

de hoje estão menos ligados à noção de hierarquia e por isso, muitas vezes,

resistem à idéia de responder a chefes e dar satisfação sobre o que fazem.

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CAPÍTULO lll

COMO ABRIR UMA EMPRESA

Abrir uma empresa é o sonho de muitas pessoas que sonham em ter sua

independência financeira e deseja ser o seu próprio chefe, ainda mais com a

criatividade do povo brasileiro e a vontade de empreender.

Vontade, sonho, coragem e outros aspectos não bastam para começar um

negócio, o novo empresário precisa conhecer os aspectos e fases que envolvem a

abertura de um negócio, as características e o tamanho do mercado no qual

pretende atuar, a legislação pertinente, os padrões de qualidade e, não menos

importante, como obter o capital necessário para a instalação e a operação do

empreendimento. Estes fatores, aliados à afinidade com a atividade a ser

desenvolvida e à competência gerencial, são essenciais para o sucesso do negócio.

Abrir uma empresa em 2012 significa atuar em um cenário especial:

crescimento no Brasil e crise lá fora. Não é uma conjunção tão rara — afinal, desde

2009 o país resiste à desaceleração observada nos Estados Unidos e na Europa. A

diferença agora é que grandes investidores, locais e internacionais, estão

determinados a explorar o mercado interno. Isso amplia o volume de recursos

disponível e pode resultar em aportes para empresas brasileiras, em oportunidades

para fornecer produtos e serviços para redes estrangeiras e também em maior

concorrência.

O principal indicador de crescimento, o Produto Interno Bruto (PIB), seguirá

na casa dos 3%, de acordo com as projeções de mercado reunidas no relatório

Focus, do Banco Central. A renda das famílias tende a crescer acima disso — no

ano passado, já aumentou 5,7%. Com mais dinheiro, o brasileiro quer melhorar de

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vida: cuidar de seu bem-estar, se alimentar bem, estudar e ter acesso aos últimos

lançamentos tecnológicos. E, muitas vezes, adquirir isso sem sair de casa, como

indica o faturamento do comércio eletrônico: um salto de 26% em 2011 em relação

ao ano anterior, segundo a consultoria e-bit. As transformações não se limitam ao

comportamento. O perfil demográfico do país está mudando. São mais adultos e

idosos, e não só nos grandes centros há muito potencial a explorar no interior,

especialmente nas cidades enriquecidas pela agricultura e pela mineração.

3.1 – A OPORTUNIDADE DE ABRIR UM NEGÓCIO

Uma questão muito importante para abrir um negócio é a identificação de uma

oportunidade e algumas perguntas têm que ser feitas para ter certeza que essa seja

uma oportunidade de negócio.

Esse realmente é um bom negócio? O primeiro ponto sobre o qual você

precisa ter certeza é quanto à oportunidade de negócio que identificou. Você

realmente tem uma oportunidade de negócio nas mãos ou apenas uma idéia na

cabeça? Qual a diferença?

-Perfil:

Há quanto tempo você acumula informações sobre o negócio que pretende iniciar?

Acredita que já sabe o suficiente para não cair nas armadilhas mais comuns?

-A escolha do negócio

Você possui experiência no segmento do futuro empreendimento?

- O investimento

Qual o montante de recursos financeiros necessário para o investimento fixo inicial

do futuro negócio? Você sabe como fazer uma estimativa?

- A legislação

Quais são os impostos que minha empresa deve recolher quando estiver operando?

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De maneira bem simples e direta, podemos dizer que, se tem alguém

querendo comprar o que sua futura empresa propõe vender, existe uma

oportunidade de negócio.

Afinal de contas, podemos resumir a atividade empresarial numa ação de

vender e lucrar. Se for comprovada a possibilidade de vender e de lucrar, então você

encontrou uma oportunidade de negócio.

Note bem, vender e lucrar. Não basta somente vender. O que realmente é

determinante de uma boa oportunidade é a quantidade de lucro. Não serve qualquer

lucro. Mas somente um montante de lucro que compense toda a empreitada. Isto é,

supere em ganhos o que poderia ser obtido em outros negócios e investimentos.

Assim, uma questão puxa a outra.

- Para começar, é preciso confirmar a existência de interessados em comprar o

que você pretende vender, seja produto, seja serviço.

- Por um preço que compense todos os seus custos e dê lucro.

- Em quantidade que acumule, no final de um período de tempo, um montante de

lucro que compense a empreitada.

- E que essas condições durem por tempo que compense a montagem do

negócio, para que ele dê o retorno que você deseja.

- E, ainda, que você realmente se disponha a enfrentar e comandar o dia-a-dia

dessa operação, o que significa que você e sua família adaptarão o estilo de vida às

condições de que o negócio necessitar, caso você esteja no comando da operação.

Identificar estas questões. Refletir sobre elas. Obter resposta para cada uma

delas. Conseguir as condições necessárias para realizá-las é o que chamamos

de planejamento prévio.

3.2 – ERROS E ACERTOS DE ABRIR UM NOVO NEGÓCIO

Uma atividade empresarial é a ação de vender e lucrar. Se for comprovada a

possibilidade de vender os serviços e produtos idealizados e de lucrar, então foi

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encontrada uma oportunidade de negócio. Mas não basta somente vender. O que

realmente é determinante de uma boa oportunidade é a quantidade de lucro que

pode resultar da operação não serve qualquer lucro. Mas somente um montante que

compense que supere em ganhos o que poderia ser obtido em outros negócios e

investimentos.

Ter sucesso como empresário depende também de consciência anterior de

que o lucro não vem por acaso. E que precisa ser conseguido todos os dias, e em

cada venda. Para isto precisa ser desejado, precisa ser perseguido. Qual o volume

de lucro que se deseja alcançar? O que precisa ser feito para conseguir?

TABELA 1: QUEM ACERTA E QUEM FRACASSA NO NEGÓCIO

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Fonte: Internet - mundosebrae.com.br/2009/08/erros-e-acertos-na-abertura-de-um-

novo-negocio

3.3 – PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é muito importante para abrir um novo negócio ainda

mais quando se fala em empreendedorismo. Os empreendedores precisam saber

planejar suas ações e estratégias da empresa que vai ser criada. Trata-se ainda de

um guia para a gestão estratégica de um negócio ou unidade empresarial.

O seu desenvolvimento fica mais claro quando se analisa o processo

empreendedor. Como o plano de negócios é muito utilizado por empreendedores

que estão estruturando a criação de novos negócios, pode ser entendido como um

guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para o planejamento de novas

unidades empresariais, no caso de empresas já estabelecidas.

Mas, por que planejar? Ao responder a esta pergunta o empreendedor

deveria pensar no plano de negócios como uma ferramenta de auxílio no processo

de planejamento e não como uma obrigação. Só há razão de se planejar algo caso

esteja claro para o empreendedor aonde se quer chegar, ou seja, qual é o seu

objetivo.

Negócios criados sem planejamento são empresas conhecidas como “estilo

de vida” nas quais os empreendedores não têm visão clara de crescimento e de

como será a empresa daqui a 5, 10, 20 anos. Por isso, ao se estabelecer um

objetivo de crescimento para um negócio, seja em relação à receita, lucro, número

de clientes, participação de mercado etc., fica mais evidente a necessidade de se

planejar cada passo que será dado para que o objetivo seja atingido.

O processo empreendedor resume essas etapas de maneira a facilitar o

trabalho do empreendedor. Inicia-se com a idéia de negócio, que geralmente é o

ponto de partida para qualquer empreendimento. Em seguida, analisa-se a

oportunidade, ou seja, procura-se entender se a idéia que você teve tem potencial

de viabilidade econômica, tem clientes em potencial no mercado para consumir um

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produto ou serviço decorrente dessa idéia. Com a oportunidade identificada parte-se

para o desenvolvimento do plano de negócios. O plano de negócios concluído

permitirá ao empreendedor identificar a quantidade necessária de recursos e as

fontes existentes para financiar o empreendimento. Após estas etapas iniciais parte-

se para a gestão da empresa. Note que o processo pode ser extremamente

dinâmico e as etapas podem ser revistas a qualquer momento, de forma interativa.

O importante é o empreendedor planejar o processo de estruturação do seu negócio

desde a análise das idéias iniciais para saber se são oportunidades, para então

selecionar a melhor oportunidade, desenvolver o plano de negócios e, assim, puder

se dedicar à gestão da empresa.

Percebe-se, pela análise do processo empreendedor, que o plano de

negócios pode e deve também ser utilizado após a constituição do negócio. Desta

forma, caberá ao empreendedor revisar e atualizar seu plano de negócios

periodicamente para garantir que a execução da estratégia de negócios ocorra de

maneira adequada.

O prazo para essa revisão pode variar dependendo do tipo de negócio e do

mercado no qual a empresa atua. O empreendedor deve ter em mente que o plano

de negócios deve ser revisto assim que uma premissa importante utilizada nas

projeções de seu plano mudar. Premissas importantes podem ser: variação na taxa

de crescimento do mercado, entrada de novos concorrentes no mercado, mudança

na legislação que afeta diretamente o seu negócio, revisão de uma parceria

estratégica, conquista ou perda de clientes importantes (que representam percentual

considerável do faturamento da empresa: 10, 20, 30%) etc.

Não há regra rígida ou metodologia única para se desenvolver um plano de

negócios, mas um bom ponto de partida é você planejar as atividades que deverão

ser desenvolvidas, incluindo tarefas, responsáveis, prazos e resultados almejados.

Isso facilitará na obtenção do seu plano de negócios dentro de um prazo razoável de

forma que você possa controlar as atividades. Dificilmente o plano de negócios será

desenvolvido em uma única sequência de passos. É provável que muitas interações

ocorram e que após algumas seções serem concluídas você julgue necessário

revisá-las novamente quando algum tópico que se aplica a mais de uma seção

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tenha sido alterado. É importante que se tenha clareza do nível de detalhe que se

busca para o plano e que se estabeleça um prazo para concluí-lo, caso contrário

você nunca obterá uma versão final para o seu plano de negócios.

Uma possível sequência para o desenvolvimento de um plano de negócios é

iniciada pela análise da oportunidade (seguindo o processo empreendedor) e em

seguida passa-se para uma rigorosa análise do mercado, do público-alvo e dos

concorrentes. A partir daí você poderá se dedicar a definir: a) o seu modelo de

negócio (o que vender o que é o negócio, como vender, para quem, a que preço, o

plano de marketing]) e projeções iniciais de receita, b) investimentos iniciais

necessários, c) necessidade de recursos humanos, d) projetar custos, despesas e

receitas ao longo do tempo, e) fechar o modelo de negócio cruzando necessidade

de recursos com resultados, f) criar os demonstrativos financeiros, g) fazer análises

de viabilidade através de índices de retorno sobre investimento, rentabilidade, etc.,

h) revisão completa de todos os passos, i) concluir a redação do plano e fechamento

do modelo.

Causas de fracasso das pequenas empresas. (Fonte: sba, 1998)

- Incompetência Gerencial – 45%

- Inexperiência no Ramo – 9%

-Inexperiência em gerenciamento – 18%

- Expertise desbalanceada – 20%

- Negligência nos negócios – 3%

- Fraudes – 2%

- Desastres – 1%

(Dornelas. 2008 p.80)

Maiores armadilhas no gerenciamento de pequenas empresas (Fonte: bangs, 1998).

- Falta de experiência

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- Atitudes erradas

- Falta de dinheiro

- Localização errada

- Expansão inexplicada

- Gerenciamento de inventário impróprio

- Excesso de capital em ativos fixos

- Difícil Obtenção de crédito

- Uso de grande parte dos recursos do dono

(Dornelas. 2008 p.81)

3.4 – A PARTE BUROCRÁTICA DE ABRIR UMA MICRO E PEQUENA

EMPRESA

Antes de abrir uma micro ou pequena empresa é preciso que se cumpram

algumas exigências da Lei nº 9317 de 05.12.96, quanto à atividade a ser

estabelecida e ao limite de faturamento estabelecido.

• Microempresa – A Receita Bruta Anual não pode ultrapassar R$ 120.000 (cento e

vinte mil) reais.

• Empresa de Pequeno Porte – A Receita Bruta anual não pode ultrapassar 720.000

(setecentos e vinte mil) reais.

• No ano de abertura da empresa deve-se considerar a Receita Bruta proporcional

aos meses de faturamento. A Microempresa não poderá exercer as seguintes

atividades:

• constituída sob a forma de sociedade por ações;

• cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de

desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito imobiliário, sociedade

corretora de títulos e valores imobiliários, empresa de seguros privados e de

capitalização e entidade de previdência privada aberta;

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• que se dedique à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à

construção de imóveis;

• que tenha sócio estrangeiro residente no exterior;

• constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administração

pública, direta ou indireta, federal, estadual e municipal;

• que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com

sede no exterior;

• cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra

empresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite tratado no item acima;

• de cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica;

• cuja receita decorrente da venda de bens importados seja superior a 50%

(cinquenta por cento) de sua receita bruta total;

• que realize operações relativas à: importação de produtos estrangeiros; locação ou

administração de imóveis; armazenamento e depósito de produtos de terceiros;

propaganda e publicidade, excluídos os veículos de comunicação; factoring;

prestação de serviços de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão de

obra;

• que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial,

despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico,

dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico,

químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador,

programador, analista de sistemas, advogado, psicólogo, professor, jornalista,

publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício

dependa de habilitação profissional legalmente exigida;

• que participe do capital de outra pessoa jurídica, ressalvados os investimentos

provenientes de incentivos fiscais efetuados até 27.11.84, quando se tratar de

microempresa, ou até 05.11.96, quando se tratar de empresa de pequeno porte;

• que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do

Seguro Social (INSS), cuja exigibilidade não esteja suspensa;

• cujo titular, ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por

cento), esteja inscrito em Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro

Social (INSS), cuja exigibilidade não esteja suspensa;

• que seja resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento da

pessoa jurídica, salvo em relação aos eventos ocorridos antes de 06.01.96;

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• cujo titular, ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por

cento), adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com os rendimentos

por ele declarados.

Tributação federal

Antes da formalização da empresa, assunto que será discutido nos próximos

capítulos, o empreendedor deve preparar o seu Plano de Negócios, contendo a

maior quantidade possível de dados, tais como: natureza do negócio, objetivo,

habilidades necessárias, localização, mercado, previsão de vendas e projeção das

necessidades de capital de giro.

Dentro deste enfoque, um dos itens a ser considerado são os tributos que

incidem sobre as empresas de modo geral, e que poderão variar de acordo com

enquadramento como Microempresa ou Pequena Empresa. Apresentamos, a seguir,

a relação destes tributos.

Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ)

O recolhimento é obrigatório, através de uma das formas apresentadas abaixo:

Lucro Presumido: Alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo. O

recolhimento é trimestral. Lucro Real: Alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o

lucro líquido apurado com um adicional de 10% para o que exceder o valor de R$

20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período. A apuração é trimestral

ou anual.

PIS

0,65% da receita bruta (recolhimento mensal) através de DARF, código 3885.

COFINS

3% do faturamento bruto (recolhimento mensal) através de DARF, código 2172.

Contribuição Social

0,96% da receita bruta (recolhimento mensal), através de DARF código 2372, no

caso de ser Microempresa, e código 2484 para Pequena Empresa optante do

regime de Lucro Presumido, ou 8% (oito por cento) do lucro apurado (recolhimento

mensal), através de DARF, código 2372, no caso de Lucro Real.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Verificar na Receita Federal a alíquota correspondente ao produto (recolhimento

decendial), através de DARF, código 1097 (exceto: fumo, bebidas e automóveis). No

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caso de Microempresa e Empresas de Pequeno Porte (EPP) o recolhimento é

mensal.

Imposto sobre Importação (II)

Verificar na Receita Federal a alíquota correspondente à mercadoria classificada

conforme a NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias).

INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)

Empregador (os sócios ou titular): Obrigatoriedade de recolhimento mensal através

de carnê (Guia de Recolhimento do Contribuinte Individual – GRCI), conforme tabela

do INSS, normalmente publicada em jornais.

Empresa: Recolhe a contribuição através da GRPS (Guia de Recolhimento da

Previdência Social), alíquota de 20% sobre salários, pró-labore dos sócios e

pagamento a autônomos.

a) 20% sobre a remuneração bruta paga a empregados;

b) 15% sobre a remuneração paga a empresários (Pró-Labore) e autônomos;

c) Taxa correspondente ao Seguro de Acidentes de Trabalho, variável (1% a 3%)

conforme a atividade da empresa e grau de risco do trabalho definido pela Ordem de

Serviço INSS/DAF nº 57/92-SAT, sobre a remuneração bruta paga aos empregados;

d) Terceiros: Taxa variável conforme o código FPAS (Fundo de Previdência e

Assistência Social) relativo à atividade da empresa, incidente sobre a remuneração

paga aos empregados.

Contribuições a terceiros para as empresas que possuem empregados: a alíquota

varia de acordo com a atividade da empresa.

Outros tributos:

Contribuição Sindical

Empregados e Trabalhadores Avulsos: O recolhimento será efetuado no mês

de abril de cada ano (CLT, art. 583).

Trabalhadores Autônomos e Profissionais Liberais: O recolhimento será efetuado no

mês de fevereiro de cada ano (CLT, art. 583).

Patronal: Normalmente deve ser recolhida até o último dia útil do mês de janeiro de

cada ano. Recomendamos, porém, a consulta ao respectivo sindicato porque pode

haver variações (CF, art. 8º, inc. IV e CLT art. 578 e 579). Obs.: As Contribuições

Confederativa e Assistencial são obrigatórias apenas para os filiados ao sindicato

(CF, art. 8º, inc. IV).

IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)

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As Microempresas e as Pequenas Empresas estão obrigadas a reter e

recolher o IRRF nos casos de pagamentos efetuados a pessoas físicas tais como

empregados, autônomos ou remuneração dos sócios; a pessoas jurídicas pela

prestação de serviços, comissões e corretagens. O recolhimento deve ser feito

semanalmente através de DARF. Consultar o código correspondente a cada caso.

No caso de Pessoa Física deverá ser aplicada a tabela progressiva vigente no mês

de pagamento, normalmente publicada nos jornais. Para pagamentos a Pessoa

Jurídica considerar as seguintes alíquotas:

a) 1% no caso de prestação de serviços de limpeza e conservação de imóveis,

exceto reformas; segurança e vigilância; locação de mão-de-obra:

b) 1,5% no caso de serviços profissionais; comissões; corretagens; serviços de

propaganda e publicidade e remuneração decorrente de contratos de franquia.

Excepcionalmente, nos casos de empresas que prestem serviços de vendas de

passagem, excursões ou viagens, e também agências de propaganda e publicidade,

o recolhimento, a alíquota de 1,5%, deve ser realizada pela própria pessoa jurídica

beneficiária dos rendimentos.

FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)

As Pequenas e Microempresas estão obrigadas ao recolhimento dos depósitos para

o FGTS. Para tanto, deverá ser utilizada a Guia de Recolhimento do FGTS (GRE),

criada para substituir a Relação de Empregados (RE), a Relação de Trabalhadores

Avulsos (RTA) e a Guia de Recolhimento (GR). A GRE poderá pré-emitida pela CEF

ou apresentada sob a forma de disquete para computador ou, ainda, adquirida no

comércio. Deverá ser Utilizado para cadastramento de novas empresas,

recolhimento de depósito em atraso e para os recolhimentos normais do FGTS.

Lucros Distribuídos São isentos os valores efetivamente pagos aos sócios ou

titulares, exceto os decorrentes de pró-labore, aluguéis ou serviços prestados.

Tributação estadual

Para os Estados que não aderiram ao Simples. ICMS (Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual,

Intermunicipal e de Comunicação) Alíquotas de 7% a 25% conforme artigo 54 do

RICMS (Regulamento do ICMS); Recolhimento mensal. Em caso de dúvida,

consultar o posto fiscal da Secretaria da Fazenda.

Tributação municipal

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Tributos em municípios que não aderiram ao Simples: ISS (Imposto Sobre

Serviços) A empresa prestadora de serviços, deve informar-se na Prefeitura do

Município onde estiver localizada sua sede sobre a alíquota do ISS correspondente

à sua atividade. A alíquota do ISS pode variar de 1% a 12% e o recolhimento é

anual.

3.5 – TIPOS DE EMPRESA

As empresas são organizações econômicas particulares, públicas ou mistas

que oferecem bens e ou serviços tendo, em geral, o lucro como objetivo (em uma

visão mais moderna, o lucro é uma consequência, ou retorno esperado pelos

investidores, do processo produtivo e, para as empresas públicas ou “entidades sem

fins lucrativos” é representado pela “rentabilidade social”). Existem diversos tipos de

empresas.

Podemos classificar as empresas de acordo com o setor econômico, a

quantidade de sócios, tamanho, fins ou objetivos, organização ou natureza:

Setor primário: setor agrícola;

Setor secundário: indústrias;

Setor terciário: serviços;

Empresa individual: quando o proprietário da empresa é apenas uma pessoa;

geralmente, neste tipo de organização o capital particular do proprietário se

confunde com o da empresa;

Empresa de Responsabilidade Limitada (ou sociedade por quotas): é o tipo

mais comum, onde os sócios são responsáveis pela empresa de acordo com a

quantidade de quotas.

Sociedade Simples: é aquela formada por pessoas que exercem profissão de

natureza intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem contar com

colaboradores;

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Sociedade Empresária: é aquela onde a atividade econômica organizada é

exercida de forma profissional constituindo elemento de empresa;

Sociedade Anônima: tem seu capital distribuído em ações e a

responsabilidade de cada sócio, ou acionista, é correspondente a quantidade e valor

das ações que ele possui.

Sociedade em Comandita Simples: tipo de sociedade onde, ao lado dos

sócios de responsabilidade ilimitada e solidária, existem aqueles que entram apenas

com o capital, não participando da gestão do negócio, tendo, portanto, sua

responsabilidade restringida ao capital subscrito;

Sociedade em Comandita por ações: são regidas pelas normas das

sociedades anônimas porque tem seu capital dividido em ações;

Sociedade em nome Coletivo: constituída apenas por pessoas físicas que

respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações da sociedade;

Sem fins lucrativos: organizações onde toda a receita é revertida para as

atividades que mantém;

Microempresa: aquela que tem receita bruta anual igual ou inferior a

R$244.000,00;

Empresa de Pequeno Porte: aquela que tem receita bruta anual superior a

R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. (Lei n.º 9.841 de 05/10/99).

3.6 – PLANO FINANCEIRO PARA ABRIR UM NEGÓCIO

Todos os valores que for depender para a montagem da empresa, até que

ela esteja em condições de funcionar, devem ser tratados como gastos

de investimento inicial.

Tudo o que for necessário, daí para a frente, são custos de operação, para

que a empresa possa produzir ou adquirir, ou despesas comerciais, para que possa

comercializar. Custos de operação e despesas comerciais se repetem diariamente,

mensalmente e permanentemente.

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Para abrir um negócio é muito importante um plano financeiro, pois a

pergunta que vários empreendedores fazem é: quanto será necessário gastar para

montar a empresa e iniciar as atividades. Esse plano se divide em três partes, sendo

eles:

- Despesas pré-operacionais: gastos que o empreendedor efetua antes de sua

empresa começar a funcionar, ou seja, antes de entrar em operação.

- Investimentos fixos: são os gastos com aquisição e instalação de máquinas e

equipamentos, obras e reformas, móveis e utensílios, veículos, centrais telefônicas,

aparelhos eletrônicos, de informática, imóveis, salas, casas, lotes, galpões.

Constituem também o patrimônio da empresa e podem ser vendidos e convertidos

em dinheiro.

- Capital de giro inicial: são os gastos operacionais necessários para iniciar as

atividades da empresa, colocá-la em funcionamento. Serão posteriormente cobertos

pelas receitas, mas, no início, têm que ser bancados pelo empreendedor. Referem-

se ao aluguel do imóvel, pró-labore, salários e encargos, aluguel de telefone,

depreciações, honorários do contador, matérias de limpeza, etc.

3.7 - COMO CAPITALIZAR SEU NEGÓCIO

Em tempos de recessão mundial, as entidades de suporte, governos e demais

agentes envolvidos com o empreendedorismo precisam ser criativos, inovar e criar

condições mais adequadas ao desenvolvimento sustentável de novas empresas. E

os empreendedores precisam estar atentos a estas iniciativas e capitalizar

rapidamente sobre elas em prol do crescimento de seus negócios.

Dornelas (2001 p.168) afirma que muitos empreendedores têm grandes

dificuldades para capitalizar suas empresas, tanto no início como no seu

desenvolvimento, devido à falta de conhecimento das alternativas mais

customizadas de capacitação. Sendo assim, recorrem aos bancos que,

normalmente, têm taxas muito elevadas de financiamento.

A Fundação Kauffman nos EUA tem desenvolvido pequenos trechos de video

com animações sobre o processo de empreender. Um video recente trata das fontes

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de recursos que os empreendedores têm disponíveis para capitalizar seus negócios

nas fases iniciais. Tanto lá, como cá, estas fontes são parecidas, com pequenas

peculiaridades]

As principais fontes de recursos nos EUA são:

• as próprias economias do empreendedor e o fluxo de caixa que a empresa começa

a gerar

• cartões de crédito

• dinheiro da família (parentes próximos) e amigos

• bancos

•fundos de capital de risco

No Brasil, o segundo item não se aplica, pois os juros do cartão de crédito são

tão altos que matariam qualquer empresa iniciante se esta utilizar apenas desta

fonte de recurso para se capitalizar. Porém, os demais itens são praticamente os

mesmos.

Um dado interessante tanto nos EUA como no Brasil é a crescente

participação dos investidores anjo (pessoa física, sócio capitalista) em negócios em

fase inicial de desenvolvimento. E isto deve se intensificar nos próximos anos, com

comunidades focadas em investir em negócios, redes sociais voltadas para startups,

novas modalidades de microfinanciamento, entre outras iniciativas. No Brasil, há

ainda a presença cada vez mais crescente dos bancos estatais, como o BNDES,

com o cartão BNDES, através do qual o empreendedor consegue recursos com

custos bastante competitivos e juros abaixo da média de mercado.

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CAPÍTULO IV

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NO NEGÓCIO

Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que

envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como

a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização

e seu público interessado. (AMA - American Marketing Association - Nova definição

de 2005).

Segundo Dolabela (2008 p.147) Marketing é o processo de planejamento de

um a organização que busca realizar trocas com o cliente, cada um com interesses

específicos: o cliente quer satisfazer suas necessidades; uma empresa quer gerar

receita.

Para que as corporações possam então atuar de forma eficaz, precisam

utilizar-se das mais avançadas técnicas e ferramentas para fomentar suas ações

estratégicas. Neste cenário, o Marketing assertivo vai ajudar diretamente as

empresas em processos como: aquisição dos novos clientes, lançamentos de

produtos, venda de produtos de prateleira e ainda no reforço do estabelecimento do

Marketing de relacionamento, ou seja, contemplando a relação duradoura de vida do

cliente.

E mesmo que através de diferentes ações, sejam elas de Marketing direto,

mídias, propaganda, eventos, patrocínios, parcerias, promoções, campanhas, etc.,

quanto maior o conhecimento das informações existentes, mais fundamentadas

serão as decisões sobre quais grupos de pessoas serão abordados, através de

quais canais, com quais produtos e ofertas, e de que forma, de acordo com os

feedbacks que os mesmos tenham trazido.

Cada contexto requer um tratamento específico, que vá de encontro com a

maximização da ação planejada. Diante de um programa de Marketing focado no

êxito, os possíveis palpites ou opiniões menos fundamentadas perderão sua força.

Combinações vencedoras, bem como seu histórico, fomentarão novas ações, e para

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isto não resta dúvida que uma consciência e atuação estratégica de seu Marketing

ocuparão papel fundamental.

É muito importante a estratégia de marketing para uma empresa. O sucesso e

os objetivos pretendidos por uma empresa estão diretamente ligados a uma

estratégia de marketing estabelecida. O composto de marketing conhecido como 4

Ps que são eles: produto, preço, praça (canais de distribuição),

propaganda/comunicação.

Gráfico 1: Aplicação dos 4 Ps do Mix de Marketing

Fonte: Teclas Cursos

Outra ferramenta de marketing muito utilizada de grande importância é a

análise Swot, onde mostra todas as forças e fraquezas internas em uma

organização e os fatores externos sobre o qual não consegue agir diretamente. O

principal objetivo da matriz SWOT é permitir um olhar objetivo das forças que

compõem o seu negócio, isto possibilita que você possa desenvolver e firmar bem

sua estratégia empresarial.

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Tabela 2: Principais forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

Fonte: (dos Santos, 1990)

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4.1 – PLANO DE MARKETING

“O Plano de Marketing é basicamente um planejamento do marketing mix

(composto mercadológico) de uma organização. É seu papel oferecer um

mecanismo de orientação ao processo decisório de marketing. Esse plano é como

um mapa mostra a empresa aonde ela esta indo e como vai chegar lá.” (Dolabela,

1999 p.150)

“O Plano de Marketing deve identificar as oportunidades de negócios mais

promissoras para empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados,

como conquistá-los e manter condições.” (Dolabela, 1999 p.150)

Alguns passos são essenciais para plano de Marketing de uma empresa:

- Preparar informações básicas;

- Fazer uma lista de problemas e oportunidades;

- Fixar objetivos específicos;

- Desenvolver estratégias;

- Estabelecer orçamento;

- Projetar vendas, lucros e resultados da atividade de marketing.

Quando se cita apenas estes seis passos para um plano de marketing, parece

fácil sua elaboração, e é realmente, claro, se partirmos do pressuposto que o cliente

conheça a empresa, sua missão, visão e valores, mesmo que estas não estejam

registradas ou explícitas formalmente. A informação é à base de tudo, sem ela não

há como realizar qualquer tipo de planejamento. E para que fiquem mais

transparentes as idéias do plano de marketing é imprescindíveis os questionamentos

sobre a empresa, a fim de obter as informações básicas para um planejamento em

marketing eficiente, eficaz e efetivo. As indagações sobre a organização são as

seguintes:

Como está a minha empresa?

Aonde eu quero que ela chegue?

De que forma eu posso alcançar este objetivo?

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Se a empresa possui claramente as respostas para estes questionamentos,

facilmente o Plano de Marketing estará pronto para o inicio dos trabalhos e para o

alcance dos resultados. KOTLER (1998) retrata que o plano de marketing “é um dos

produtos mais importantes do processo de marketing” e tal processo “consiste na

análise das oportunidades, do desenvolvimento de estratégias, planejamento de

programas e administração de esforço de marketing”. Para a empresa que ao longo

do tempo busca a melhoria dos seus resultados através de ações de análises do

mercado e do seu desempenho organizacional, obtidas por controle de qualidade,

pesquisas ou outras fontes de informação, como banco de dados, por exemplo,

provavelmente terá uma resposta mais rápida sobre a aplicação real do plano de

marketing na organização.

A prática do plano de marketing no que tange a Preparar informações

básicas, é a resposta para a pergunta: Como está a minha empresa, então é preciso

apresentar a empresa, o que ela faz, onde está situadas, quais suas principais

características de atendimento.

Em relação a Fazer uma lista de problemas e oportunidades, esta fase se resume na

listagem de deficiências da empresa e de pontos em seus processos que precisam

de melhorias para que tudo se torne mais dinâmico, também se refere aos desafios

que a empresa quer enfrentar do ponto que está para frente.

Para Fixar objetivos específicos, se busca o que quer aonde se quer chegar, daí é

relevante quantificar ou atribuir qualidade aos futuros ganhos. Conforme CROCCO

et al (2006), os objetivos podem ser quantitativos ou qualitativos, ou seja,

respectivamente expressos por números ou por aspectos subjetivos. Por exemplo, a

empresa pode desejar um crescimento de 10% em suas receitas (objetivo

quantitativo) ou diversificar suas atividades (objetivo qualitativo).

Com o intuito de Desenvolver estratégias, se quer saber: De que forma eu posso

alcançar este objetivo, e como exemplo para retrucar este questionamento, nada

melhor do que explicar como o cliente será atendido, qual o preço a ser ofertado,

como será apresentada a marca, como será avaliada a reação do mercado às novas

ações, como será o ritmo e a organização da produção e como os funcionários

serão envolvidos.

Para Estabelecer orçamento, nada mais concreto do que indicar todos os

custos que estarão presentes nas ações de marketing, como custos de mudanças

na produção, instalação e equipamentos, promoção, contratação, treinamento, entre

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outros que possam ser controlados para a avaliação do retorno sobre o

investimento.

Por fim com o objetivo de Projetar vendas, lucros e resultados da atividade de

marketing, ter-se-á que estudar as metas para os próximos períodos, tanto em

aspectos quantitativos, como também em aspectos qualitativos. Para exemplificar, a

empresa poderá projetar uma receita bruta de R$ 50.000,00 no primeiro ano, com

custos fixos + variáveis de R$ 35.000,00, resultando em um lucro antes do IR de R$

15.000,00, com meta para fortalecimento da marca e para uma maior participação

no mercado.

Como se pode perceber na simplicidade da elaboração do plano de marketing,

há empresas que o realizam até de forma empírica. Enfim, como Hércules, matou de

forma inteligente a Hidra, nós precisamos usar a inteligência para desmistificar, o

Plano de Marketing, como ele necessitamos de força de vontade e conhecimento

para alcançar os objetivos, seja na forma de estudos ou no know-how, que

adquirimos com as experiências vividas no mercado.

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CONCLUSÃO

Podemos concluir que o perfil de um empreendedor é de pessoas com

características bem próprias e por isso mostram nas suas atitudes diferentes formas

de pensar sobre a vida e a carreira. São pessoas bem dinâmicas, que não tem medo

de arriscar, que não nasceram para serem subordinadas, que tem metas para

cumprir em sua atividade e que pensam além das outras, ou seja, um passo a

frente.

Para abrir um próprio negócio não adianta ter somente boas idéias,

coragem, dinheiro e vontade. Um novo empreendimento tem que ser muito bem

planejado, estudado em todos seus aspectos, como seus benefícios e malefícios

que podem trazer.

Consegui observar que as pessoas estão cada vez com mais vontade de

serem donos e não mais empregados, que a criatividade principalmente dos

brasileiros é um ponto muito positivo e já um primeiro passo para o sonho se tornar

realidade, basta ter o conhecimento necessário de todo o processo que exige um

novo empreendimento ou o primeiro.

Uma coisa é certa, ter perfil para ser um empreendedor é muito importante

mais sem muita preparação da parte intelectual, psicológica, pois os desafios

encontrados são enormes ainda mais no Brasil pela parte burocrática e impostos

cada vez maiores.

Correr atrás de seu sonho e realizar, sendo otimista, apaixonado pelo o que

faz e alcançando suas metas que você determinou para sua vida são traços

marcantes de um empreendedor.

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BIBLIOGRAFIA

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo – Transformando Idéias em Negócios,Rio de Janeiro, Editora Elsevier,3º Edição revista e atualizada, 2008.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa, 10º ed. São Paulo. Editora de Cultura, 1999.

GEM (Global Entreprenewship Monitor) Nível de empreendedorismo – 2010 / 2011

www.serae.com..br – SEBRAE.

www.webartigos.com.br

www.comicro.org.br

www.ibpq.org.br

www.agenciasebrae.com.br – pesquisa GEM 2010

www.josedornelas.com.br - Empreendedorismo

www.iopen.com.br

www.universia.com.br

www.bte.com.br - Biblioteca Temática do Empreendedor – SEBRAE

movimento empreenda. revistapegn.globo.com – Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios

www.mundosebrae.com.br

www.iopen.com.br/operfildojovemempreendedor

www.universia.com.br- o perfil do jovem empreendedor

www.sucessoempresarial.com.br

www.administradores.com.br/informe-se/artigos/importancia-do-plano-de-marketing-para-novos-negocios

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ANEXO I

Revista Exame - Edição 1012 – 21/03/2012 – O novo empresário Brasileiro

Brasil, um país de empreendedores Apesar de todos os obstáculos à livre iniciativa, o Brasil é hoje palco de um dos mais impressionantes fenômenos de emergência de empresas em todo o mundo.

São Paulo - Aos 23 anos de idade, o gaúcho Nei Brasil, formado em ciências aeronáuticas, viu-se diante de uma das decisões mais importantes de sua vida. O ano era 2005 e Nei, morando em São José dos Campos, no interior de São Paulo, havia terminado um mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica.

De um lado, ele tinha uma oportunidade de emprego na Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo — o “sonho de consumo” de milhares de jovens brasileiros e caminho natural para quem se forma no prestigiado ITA. De outro, a vontade antiga de abrir o próprio negócio.

Como fez em outros momentos críticos, Nei telefonou para o pai, morador de Bagé, a poucos quilômetros da fronteira com o Uruguai. Treze anos antes, Rodrigo Brasil, então diretor de uma cooperativa local de carnes às voltas com uma crise terminal, viu-se obrigado a entrar no mundo dos negócios.

“Se não empreendesse, não comia”, lembra ele. Empreender no Brasil, a experiência havia lhe ensinado, era um processo exaustivo e arriscado. Diante da pergunta de Nei, Rodrigo deu seu veredito: “A Embraer é uma bela empresa, meu filho”.

Nei entendia o pai. Lembrava que o poder aquisitivo da família caíra bastante nos primeiros anos da década de 90, quando Rodrigo tentava colocar de pé uma trading de couro. De uma hora para outra, as férias de verão nas praias de Santa Catarina foram substituídas por viagens a balneários localizados a poucos quilômetros de Bagé.

Nas outras vezes em que tinha pedido um conselho ao pai — na escolha do vestibular e, mais tarde, na opção de fazer o mestrado —, Nei havia seguido a opinião paterna. Naquele momento, no entanto, decidiu quebrar a regra. “Fui movido pela vontade de fazer algo completamente novo”, diz Nei.

Hoje, a Flight Technologies, apesar de novata, já é referência no país em desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados. Os pequenos aviões fazem reconhecimento em operações militares e, mais recentemente, estão sendo usados para monitorar florestas plantadas. Em 2012, o empreendimento de Nei deve faturar 6 milhões de reais.

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ANEXO 2

Revista Época – 29/05/2011

ENTREVISTA - EIKE BATISTA

QUEM É Empresário radicado no Rio, dono do grupo EBX. Tem a oitava maior fortuna do mundo (US$ 30 bilhões em patrimônio, segundo a revistaForbes)

O QUE FEZ Construiu um conglomerado cujas empresas de capital aberto valem hoje US$ 43,6 bilhões e que se estendem de exploração de óleo e gás a minas de carvão. Foi casado com a ex-modelo Luma de Oliveira, com quem tem dois filhos

ÉPOCA –Por que o senhor virou empresário? Eike Batista – Pela vontade de todo ser humano de criar sua independência financeira. Ganhar dinheiro, independentemente da vontade dos pais. Acho que todo mundo começa assim. No meu caso, quando meus pais voltaram da Europa, eu tinha 18 anos. Eu e meu irmão mais velho ficamos na Alemanha, e a mesada não dava para pagar todas as contas até o final do mês. Então, fui buscar uma forma de ganhar dinheiro, um extra para pagar as contas. Esse foi o primeiro estresse importante na minha vida. Eu recomendo a todo mundo: é preciso ter algum tipo de estresse. Aí fui vender seguros de porta em porta. Foi um aprendizado muito bacana, porque portas abriam, portas não abriam. Aprendi a conversar, a falar. Me vender, né? Qualquer empreendedor tem de saber vender uma ideia. ÉPOCA –Quem lhe serviu de inspiração? Eike – Ninguém. Talvez uma coisa muito importante da minha mãe, o carinho, a maneira que ela me motivava. Ela curiosamente me chamava de “bundinha de ouro”. É esse negócio de injetar autoestima na criança, e não fazer o contrário, porque muitas vezes os filhos trazem notas ruins. Seu filho, eventualmente, não vai ser um bom matemático, mas não precisa ser um engenheiro. Se ele tiver vocação para outra coisa, puxe pela vocação dele, sempre elogiando. Acho que o elogio que eu recebi da minha mãe, esse negócio da autoestima, me formou um cara, assim, “eu sei voar”. E nós, quando somos jovens, achamos que sabemos voar. Ninguém melhor que pai e mãe para embutir essa sementinha da autoestima. Minha mãe embutiu em mim de uma maneira extraordinária. Até porque, até meus 20 anos, eu praticamente não convivi com meu pai. E, dos 20 aos 30, nunca pude misturar nada dos meus negócios com os da Vale, porque ele foi muito rígido com isso. (O pai de Eike, Eliezer Batista, foi presidente da Vale.) ÉPOCA –Alguém lhe deu algum conselho ou disse algo marcante? Eike – Não, nada. Essencialmente, o que me marcou foi a vontade ferrenha de ganhar dinheiro, pagar minha conta. Quando você precisa pagar, você olha as coisas mais imediatas que pode fazer e corre atrás. É um processo imediatista, não é visionário. ÉPOCA –Como o senhor começou? Eike – Comecei a comercializar diamantes e tentava vender carne enlatada. Eu era um intermediador, ganhava uma comissão. Tinha um amigo no Brasil que fazia a parte daqui, e eu buscava os compradores fora. Tinha uns

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19 ou 20 anos. E, aí, quando eu voltei para o Brasil, com 21 ou 22 anos, li numa manchete que estava acontecendo uma corrida do ouro na Amazônia. Não foi Serra Pelada, foi antes. Aí decidi fazer uma visita a Itaituba, no Pará, que era um centro nervoso das operações de logística do ouro da Amazônia. Enxerguei ali uma oportunidade e virei comprador de ouro, vendendo depois em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi aí que comecei a me estruturar. Montei uma empresa de compra e venda de ouro, chamada Autram, e já tinha meu sol inca como símbolo, que está em todos os meus negócios. Cheguei a ter 60 compradores de ouro. Em um ano e meio, cheguei a comprar US$ 60 milhões em ouro e fiquei com 10% desse dinheiro. Ganhei US$ 6 milhões. Aí veio um lado curioso: eu não tinha sido roubado, não tive acidentes, mas a margem, que era de 10% líquida, começou a cair, porque começou a entrar concorrência. ÉPOCA –Foi aí que o senhor decidiu comprar garimpos? Eike – Sim. E então veio um lado muito engenheiro da minha vida. Eu sabia que tinha ouro. Comprei as terras, tomei posse, e junto com as terras vieram as concessões minerais. Contratei uma empresa canadense para furar. Se colocasse a máquina para funcionar, teria margens líquidas de 80%. Como sempre chamei, “uma mina à prova de idiota”. Uma mina rica que aguentava pagar todos os meus desaforos. De fato, a mina estava 100 quilômetros fora da estrada, não tinha água, não tinha acampamento, nada. Eu fiz uma ponte aérea. Desmontava um trator aqui e remontava dentro da mina. Combustível, mantimentos, você cria uma cidade. É um negócio logístico brutal. Como você é meio autossuficiente, tem de tomar conta de tudo sozinho, daí vem a cultura de a gente pensar sempre de forma holística. E a mina era tão rica que pagou a conta toda. Quando começou a funcionar, passou a gerar US$ 1 milhão por mês. O que eu aprendi? A funcionar de forma diferente. Eu podia ter quebrado nessa empreitada. ÉPOCA –Como o senhor explica o fato de ter alcançado o sucesso tão jovem? Eike – Eu diria que sou muito persistente. É como uma corrida de maratona, você tem de tentar de novo, não desistir na primeira. Tem de insistir, o que implica disciplina. Minha mãe me educou assim. Eu tive asma com 10 anos. Ela me botava numa piscina para nadar, e eu literalmente curei minha asma. A disciplina me trouxe a solução. Uma coisa muito boa para os jovens é o autodesafio. Por exemplo, esporte. Que seja uma caminhada de 2 quilômetros. Não precisa ser uma maratona, mas pelo menos coloca uma meta. Ter meta com disciplina é uma coisa muito bacana para a formação. ÉPOCA –Qual é o papel dos jovens no futuro do Brasil? Eike – No nosso roadshow (a captação de recursos no exterior feita pela OGX, empresa da área de petróleo e gás) , metade das quatro equipes tinha menos de 27 anos. Nossa tropa de elite mais velha são veteranos da Petrobras. E essa tropa de elite só vai buscar uma nova tropa de elite (mais jovem) . Competência traz competência. Fiquei fascinado com a garotada nesse roadshow. O futuro é da geração nova. E eles estão preparados. “Ela (sua mãe) me motivava. Me chamava de ‘bundinha de ouro’. Ninguém melhor que

pai e mãe para embutir essa sementinha de autoestima” ÉPOCA –As novas gerações vão suplantar essa tropa de elite mais velha? Eike – Vão suplantar. Tem uma garotada extraordinária aí. E nós fomentamos isso. Temos muitos estagiários aqui, e a vontade da turma sênior é passar isso para a garotada. ÉPOCA –A qualidade do ensino no Brasil é suficiente para formar empresários? Eike – Há escolas extraordinárias e ensino mais que suficiente para atender às necessidades brasileiras sem precisar treinar lá fora. Os executivos brasileiros foram treinados na guerra nos últimos 20 anos. Os americanos ficaram preguiçosos. ÉPOCA –Fracassos do passado serviram para corrigir a rota que lhe permitiu chegar até aqui? Eike – Sim. Primeiro porque um choque de humildade é sempre bom. Segundo, se você passar pelo processo de fechar uma empresa, mas pagar aos bancos direitinho, remunerar direito seus funcionários, você será benquisto para voltar para o mercado. Isso é muito importante. Fracasso não é uma coisa feia. Você pode tentar cinco vezes. Vários bilionários americanos fracassaram muito antes de acertar. Não é vergonha, partindo do princípio de que você encerrou sua operação da maneira correta. ÉPOCA –Fracassar com honestidade. Eike – Isso. No Brasil, tinha muito aquele negócio de “a empresa quebrou, mas na pessoa física o cara ficou

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bem”. Aí não. Se você quebrou, honre tudo com seus bens e eventualmente o sistema vai te dar uma segunda chance. Essa é uma lição muito importante para os empresários brasileiros: fechem seus negócios com decência. ÉPOCA –Que lição passaria aos jovens? Eike – Qualifiquem-se para ganhar mais. Por isso eu falo inglês. Se você fala inglês, ganha 40% a mais. Fazer estágio em empresas do mundo real muitas vezes é mais importante que fazer um MBA lá fora. Deixa o MBA para mais tarde. Uma das grandes razões para o meu sucesso é que parti para o mundo real muito cedo. O mundo real é que paga a conta. Ali é que você sente se acontece ou não. ÉPOCA –Por que o senhor quer ser o homem mais rico do mundo? Eike – Isso é uma bobagem. Eu sempre fui muito competitivo. Corri de lancha. Aí os paulistas me desafiaram lá em Angra dos Reis a correr de lancha. Entrei no circuito e ganhei o campeonato brasileiro. Aí disseram que correr aqui era muito fácil. Corri lá fora, ganhei o mundial e o campeonato americano. Parei porque não queria morrer. Sou muito competitivo. Esse negócio de ser o primeiro vai ser consequência das coisas que já construí. Eu estou aqui fazendo uma previsão do que vai acontecer em 2015 por coisas que eu já construí. ÉPOCA –Ser o homem mais rico, então, seria consequência do que existe hoje? Eike – Consequência do que já está montado hoje. Os US$ 2,5 bilhões que entraram hoje só representam mais um pilar dessa história. Nós temos o melhor jogador de futebol do mundo, a melhor mulher do mundo, por que não o maior empreendedor do mundo?

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ANEXO 3

REPORTAGEM DE CAPA / EDIÇÃO 282 - JULHO/2012

Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios - revistapegn.globo.com

Negócios na medida certa Existem boas opções para todas as faixas de investimento inicial. Saiba como multiplicar o capital que você tem

Por Bruna Martins Fontes, Márcio Ferrari e Thomaz Gomes*

Steve Jobs era budista e largou a universidade. Muitos acreditam que sua

capacidade de concentração e sua simplicidade, refletida no desenho dos produtos

da marca, foram decorrência direta do budismo. A experiência da escassez o fez

aprender a ligar os pontos — e deve ter vindo daí sua capacidade de administrar a

Apple com ideias geniais e o prosaico hábito de fazer contas para seguir em frente.

Acabou criando uma empresa que vale hoje US$ 580 bilhões.

Combinar a criatividade e a habilidade para os números não é algo trivial para a

maioria dos empreendedores. Eis uma área que costuma exigir um esforço adicional

para os donos de startups. Mesmo tendo um especialista em finanças por perto, não

dá para terceirizar a aritmética. “Todo empresário tem de saber pelo menos um

pouco de finanças, nem que seja para os procedimentos de primeiros socorros”, diz

Marta Pelucio, professora de contabilidade da Fundação Instituto de Pesquisas

Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). É obrigatório dominar os conceitos

essenciais (do capital de giro ao Ebitda) e da estrutura contábil geral de uma

empresa pelo menos em grau suficiente para poder conversar e pedir explicações a

um especialista — confira o glossário que preparamos a partir da página 80.

O conhecimento da dinâmica do dinheiro numa empresa evita excessos de

entusiasmo e passos em falso. “Lançar-se num negócio sem conhecer bem seus

mecanismos é como gastar todas as economias na compra de um carro e esquecer-

se dos custos de licenciamento, seguro e IPVA”, afirma Alexandre Chaia, professor

de finanças da escola de negócios Insper. Uma boa maneira de se preparar é

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procurar um curso de finanças para empreendedores, em instituições como o

Sebrae. Com os conhecimentos adquiridos, o empreendedor se habituará a

acompanhar os demonstrativos e balanços do negócio, além de fazer simulações

frequentes para conhecer bem em que situação a empresa se encontra naquele

momento preciso. Dá para ser autodidata nessa área? É possível aprender sozinho

com os livros, mas, segundo a professora Marta Pelucio, os melhores resultados

costumam aparecer quando se combina um curso com a realidade enfrentada pela

empresa.

Entre os empreendedores iniciantes, costuma haver uma confusão básica: o uso das

palavras contabilidade e finanças como sinônimos. A contabilidade traduz a empresa

em números, enquanto as finanças se referem às análises. O que realmente

importa, principalmente para as empresas novatas e de porte menor, é a

contabilidade pura e simples. Em resumo, saber ler as contas. O conhecimento do

fluxo de caixa — basicamente o que entra e o que sai, e principalmente quando isso

acontece — é essencial para qualquer planejamento.

“Os fornecedores só vendem à vista para quem está começando”, diz a professora.

“Por outro lado, nessa mesma fase costuma-se vender a prazo para ganhar

clientes.” Como equacionar esse desequilíbrio? Com um cálculo cuidadoso do

capital de giro necessário para que a empresa opere normalmente entre a entrada e

a saída de recursos. Isso afastará perigos como recorrer a empréstimos bancários

em caráter de urgência ou cair no cartão de crédito — e pagar juros altos (conheça

outros pecados do capital nas páginas 94 a 98). Pode parecer paradoxal, mas a

contabilidade é uma área da empresa que não deve ser alvo de contenção de

gastos.

Deficiências de gestão relacionadas a cálculos malfeitos são uma das causas

principais do fechamento de empresas, segundo as estatísticas do Sebrae. Outra

causa é a ausência de planejamento prévio, o que também influi na contabilidade.

“Um erro clássico é não pesquisar em profundidade o público-alvo e a concorrência”,

diz Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

Pesquisas cuidadosas levam a opções corretas em termos de localização da

empresa, política de preços, criação de diferenciais e otimização de custos. “Na área

industrial, quem me tem-nos informação tende a comprar máquinas e dar conta do

processo todo, gastando demais”, diz Na-kagawa. “Já os que têm mais

conhecimento sabem escolher apenas uma parte do processo e trabalhar em

sinergia com outras fábricas.”

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Um bom estudo prévio do mercado também ajuda o futuro empreendedor a pôr os

pés no chão. “Ele poderá definir quanto quer tirar e em que prazo, e assim alinhar

suas expectativas com o mercado”, diz Filomena Garcia, da consultoria Franchise

Store. Além disso, ter uma visão do quadro geral evita ilusões. “É preciso cuidado

com contos de fadas. Hoje há uma inflação de iniciativas em tecnologia motivada

pelo sucesso isolado de alguns grandes nomes”, diz Carlos Miranda, presidente do

fundo de private equity BR Opportunities.

Uma vez nos trilhos, a empresa poderá crescer de forma sustentada. As contas

precisarão ser mantidas sob controle estrito, até porque tendem a ficar mais

complexas, principalmente quando chegar a hora de considerar a abertura do

capital. “O risco da empresa que vai bem é se acomodar e deixar de ser relevante

no mercado”, diz o consultor Marcelo Cherto. O antídoto é a inovação permanente

— e isso também precisa ser planejado e previsto.

Com o domínio dos termos e dos números, é possível ter sucesso com negócios

iniciados a partir de praticamente qualquer montante de dinheiro. Baseando-se nas

indicações de consultores, mostramos nas próximas páginas casos e oportunidades

de negócios em seis faixas de investimento inicial (de R$ 30 mil a R$ 1 milhão). Tem

uma inovação na cabeça, mas nenhum capital para começar? Vá à página 92 para

saber como empreender do zero.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Empreendedorismo 9

1.1 - História do Empreendedorismo 10

1.2 - Empreendedorismo no Brasil 11

1.3 - Mentalidade Empreendedora no Brasil 12

CAPÍTULO II - O Que é ser Empreendedor 13

2.1 - O Perfil do Empreendedor 14

2.2 - Características de um Empreendedor 17

2.3 - O Perfil do Jovem Empreendedor 18

CAPÍTULO III – Como Abrir uma Empresa 21

3.1 - A Oportunidade de Abrir um Negócio 22

3.2 - Erros e Acertos de Abrir um Novo Negócio 23

3.3 - Plano de Negócios 25

3.4 - A Parte Burocrática de Abrir uma Micro e Pequena Empresa 28

3.5 - Tipos de Empresa 33

3.6 – Plano Financeiro para abrir um Negócio 34

3.7 – Como Capitalizar seu Negócio 35

CAPÍTULO IV – A Importância do Marketing no Negócio 37

CONCLUSÃO 43

BIBLIOGRAFIA 44

ANEXO 45

ÍNDICE 52