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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO EFICAZ ALIADA A GESTÃO EFICIENTE NO PROCESSO DE
LIDERANÇA CORPORATIVA
Por: Patrícia Teresinha da Silveira de Alcântara
Orientador
Professor Luiz Cláudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A GESTÃO EFICAZ COMPARADA A GESTÃO EFICIENTE NO PROCESSO
DE LIDERANÇA CORPORATIVA
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Gestão Empresarial. São
os objetivos da monografia perante o
curso e não os objetivos do aluno.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a quem pertence a tudo que
sou e tenho.
A minha amada mãe pelo seu amor
incondicional e por acreditar no meu potencial e
investir para a realização desse curso.
Ao meu amado marido pela atenção e cuidado
com o meu retorno de todas as noites de 3ª
feira para casa.
Aos meus amados filhos, fonte e inspiração de
minha vida.
A minha amiga Leide, pelo carinho e incentivo.
4
DEDICATÓRIA
Ao meu amado pai, (In memoriam) que em vida
foi um grande amigo e companheiro de todos
os momentos. Meu grande exemplo de Pai
dedicado, atencioso e meu grande
incentivador, o meu amor e respeito e, mesmo
ausente, sua memória supre a minha
lembrança. Saudades.
5
“À medida que os gerentes procuram tornar-se
eficazes, estarão elevando o nível de
desempenho de toda a organização. Eles
elevam a visão das pessoas - dos outros e a
sua própria. A eficácia dos gerentes é nossa
maior esperança para tornar a sociedade
moderna economicamente produtiva e
socialmente viável.”
Peter Ferdinand Drucker
6
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar a diferença entre o processo
conduzido por gestores eficazes e o processo conduzido por gestores
eficientes, e, como ambos podem ser utlizados para otimizar os lucros de uma
empresa. Para entender melhor este tema, essa pesquisa procurou identificar
que para um líder ser eficaz, ele deve ter o conhecimento necessário sobre
liderança, que será estudada no primeiro capítulo deste trabalho. Outro fator
importante que o líder deve saber é que para alcançar processos eficazes ele
depende de uma equipe bem treinada e desenvolvida, com o comprometimento
necessário para alcançar os objetivos corporativos de uma organização e
motivada pelas ações de sua liderança. Conhecer a gestão de pessoas e suas
técnicas de treinamento e desenvolvimento de pessoas é essencial neste
processo. Por fim, uma análise de um caso em que uma decisão estratégica
muda à posição de um processo eficiente para um processo eficaz em relação
ao reposicionamento da marca Havaianas, que pertence à empresa São Paulo
Alpargatas S/A.
Palavras-Chave: Pessoas, Eficaz, Eficiente e Liderança.
7
METODOLOGIA
Na elaboração deste trabalho acadêmico foram realizadas pesquisas
bibliográficas, artigos publicados na Internet e estudos de casos que envolvam
a eficácia e eficiência do gestor.
Para termos um melhor resultado no assunto que foi estudado, foi aplicado,
como método cientifico, o que se chama de análise de conteúdo, onde se
apresentam conceitos e teorias sobre os assuntos acadêmicos que envolvem o
tema para definir e responder as questões de estudo levantadas na introdução
deste trabalho.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPITULO I - A IMPORTÃNCIA DE SER UM LÍDER 11
CAPITULO II - A GESTÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS 22
CAPITULO III - GESTÃO EFICIENTE ALIADA A GESTÃO EFICAZ: O
CASO DAS SANDÁLIAS HAVAIANAS
33
CONCLUSÃO 42
REFERÊNCIAS 44
ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
9
INTRODUÇÃO
Ao analisarmos os fatores pelos quais uma empresa não atinge o
resultado esperado em suas ações e, em muitas ocasiões não revertem no
lucro que gostariam de obter, pode-se ter um mau funcionamento na gestão
dos processos internos e o quanto de tempo é desperdiçado em tarefas que
não são essenciais.
Este trabalho mostrará que existem processos que são eficientes e
processos que utilizam a eficiência para se tornarem processos eficazes. Mas,
qual será a diferença entre eficiência e eficácia?
Na eficiência existe uma forte tendência de se concentrar as forças no
cumprimento de tarefas, através de processos pré-estabelecidos e dentro do
prazo. Na eficácia todo o processo anterior é seguido, entretanto, além de
seguir o processo eficiente, o resultado apresentado, pela eficácia, é bem
melhor e lucrativo, sendo cumprido num prazo mais curto.
Desta forma, esta pesquisa se propõe a responder a seguinte situação
problema: processos eficazes são realmente necessários para que as
organizações possam desenvolver melhor suas atividades e alcançar seus
objetivos estratégicos?
Ter um processo eficaz bem definido permite que as empresas possam
traçar suas metas e objetivos de forma eficiente atraindo mais investidores para
o seu negócio. A verdade é que eficácia e eficiência andam juntas e as
organizações precisam ter em seus quadros verdadeiros gerentes eficazes,
que não tenham medo de tomar decisões e sejam inovadores em suas ações.
Para que o gerente eficaz tenha sucesso em sua ação é necessário
que ele conheça os aspectos de liderança, características e como deve ser o
caráter de um bom líder. Conceituaremos liderança sobre o ponto de vista de
10
James C. Hunter, em seu livro “O Monge e o Executivo” e como deve ser um
líder de pessoas dentro de qualquer organização.
Neste processo de pesquisa, entender a gestão e desenvolvimento de
pessoas são essenciais para um gerente eficaz, pois todo o processo que
implementará será executado por pessoas que devem ser bem treinadas,
desenvolvidas e motivadas para esse fim.
A justificativa para este trabalho é deixar claro que para uma
organização alcançar lucratividade com qualidade ela deve ter em seu quadro
de funcionários gestores altamente eficazes para que o seu negócio aconteça e
apareça.
No último capítulo deste trabalho apresentaremos um caso bem
interessante que fala a respeito da empresa São Paulo Alpargatas S/A que
após muitos anos de construção de um processo eficiente em relação ao
lançamento e fabricação das sandálias Havaianas, se viu na responsabilidade
de tomar uma decisão que implicava na extinção ou não da marca Havaianas e
que após a decisão de manter a marca, construiu um processo eficaz de
reposicionamento de marca, alavancando as vendas e alcançando resultados
inesperados.
11
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DE SER UM LÍDER
Quando se fala em liderança, fala-se também em desenvolvimento de
pessoas e seus processos e pode-se entender que estão muito próximos à
educação e aprendizado.
Os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente
ligados à educação. Segundo Chiavenato (1999), todo e qualquer modelo de
formação, capacitação, educação, treinamento ou desenvolvimento deve
assegurar as pessoas uma oportunidade de ser aquilo que podem ser a partir
de suas próprias potencialidades, inatas ou adquiridas.
Quando se desenvolvem pessoas, podemos dizer que não é apenas
fornecer-lhes informação, para que tenham novos conhecimentos, novas
habilidades e novas destrezas, e nem para que se tornem mais eficazes no que
fazem. É sobre tudo lhes dar, principalmente, formação para que aprendam
novas atitudes, idéias, conceitos que modifiquem seus hábitos e
comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito
mais que informar, pois se trata de um enriquecimento da pessoa humana.
Chiavenato (1999), reforça a idéia com a afirmação abaixo:
“Os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente
relacionados com a educação. Educar (do latim, educere) significa
extrair, trazer. Arrancar. Em outros termos, representa a necessidade
do ser humano de trazer de dentro para fora suas potencialidades
interiores.”
12
Quando falamos em processos de desenvolvimento de pessoas,
entende-se que o líder tem um papel importante, pois é responsável em
transformar as informações estratégicas da organização em táticas, para que a
base tenha o entendimento necessário em operacionalizar para que os
objetivos corporativos sejam alcançados. Para que possamos entender melhor
a importância do líder no processo de gestão eficaz iremos estudá-lo sob o
ponto de vista do livro “O Monge e o Executivo” de James C. Hunter.
1.1 A Liderança
Antes de entendermos sobre liderança, deve-se conhecer, em primeiro
lugar, o líder, pois Brum (2005), explica que liderança é função do líder, “e
liderança requer uma habilidade pessoal em influenciar as pessoas e fazer com
que elas trabalhem com motivação para o bem de uma equipe.”
Uma equipe que tem um líder no comando é bem conduzida, motivada,
guiada e instruída a trabalhar, produzir e alcançar as metas propostas de
maneira entusiasmada.
Segundo Rodrigues Filho (2006):
“Há uma diferença muito grande entre chefiar e liderar e nem sempre
um chefe é um líder, bem como aquele que lidera nem sempre ocupa
um cargo de chefia. Uma diferença básica entre os dois é que o chefe
tem a missão de atingir objetivos, utilizando-se dos recursos humanos
e materiais, enquanto que o líder trabalha com as pessoas a fim de
motivá-las e encorajá-las a alcançarem os objetivos propostos.”
13
Hunter (2004), define liderança como: “a habilidade de influenciar
pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos
identificados como sendo para o bem comum”., pois a liderança de um líder é
reconhecida e seguida voluntariamente, sem imposição.
As empresas vivem nos dias de hoje a chamada “era da informação”,
onde mudanças estruturais e comportamentais são necessárias para que as
organizações tenham uma nova postura para que a informação seja o ativo
mais valorizado, por causa do rápido desenvolvimento da tecnologia.
Os gestores que lidam com seus liderados, precisam estar atentos e
compreender que o foco passado era ter um funcionário como um simples
seguidor de normas e regras internas e que agora o gestor passa a ser o
proprietário do processo e líder de pessoas.
Para reforçar essa idéia, Chiavenato (2004) diz que:
“Na era da informação – em que já estamos começando a viver – as
mudanças que ocorrem nas empresas não são somente estruturais.
São acima de tudo mudanças culturais e comportamentais
transformando o papel das pessoas que delas participam.”
Segundo Chiavenato (2004), o líder de pessoas deve levar seus
liderados para que estejam educados, motivados e treinados, com o objetivo de
ter a oportunidade de desenvolver suas habilidades e competências,
transformando-os em colaboradores efetivos do processo corporativo.
O líder deve ter o conhecimento necessário para conviver com os mais
variados tipos de pessoas, identificando e descobrindo na sua equipe os
verdadeiros talentos, mantendo-os, de alguma forma, ativos em suas funções.
Chiavenato (2004) nos diz que um talento é sempre um tipo especial de pessoa
14
e nem sempre toda pessoa com que lidamos é um talento, e identificar os
talentos e gerenciá-los requer do líder conhecimento, habilidade e
competência. Descobrir esse tesouro e saber trabalhá-lo em prol dos objetivos
organizacionais é função do líder.
1.2 As Lideranças e a Comunicação
Um líder deve ter em mente que sua gestão só é eficaz quando ele
entende as maneiras pelas quais a informação circula pela organização onde
há duas formas de se fazer à informação fluir do topo para a base, através de
dois processos: vertical e horizontal.
No sentido horizontal a informação é repassada a todos os
funcionários da empresa de maneira técnica e operacional, que segundo Brum
(2005) “são os meios técnicos para fazer operar o processo da Comunicação
Interna”.
No sentido vertical o caminho percorrido pela informação seria por
meio das líderanças. Pois ela “possui um papel complementar aos canais,
instrumentos e ações”, de acordo com Brum (2005).
Nesse conceito, podemos analisar que é de responsabilidade do líder
transmitir com clareza e transparência a cultura e os valores éticos e morais da
organização.
Segundo Brum (2005), a melhor forma de se entender esse processo
é utilizando a informação como o melhor caminho, e essa se transforma numa
excelente estratégia para aproximar a empresa de seus funcionários.
15
Para Rodrigues Filho (2006):
“O pessoal da base operacional deve se sentir incentivado, motivado
e parte integrante do processo, sabendo de sua importância para a
organização. O início para que essas lideranças possam
desempenhar um bom papel dentro do processo da informação é um
bom treinamento por parte da organização e, posteriormente, serem
chamadas como parceiras para a implementação do plano. Os líderes
devem estar cientes de como deve ser seu comportamento dentro do
processo e ter a dimensão exata de suas habilidades e competências
para um melhor desempenho.”
1.3 O Exemplo do Líder
O liderado busca no líder bons exemplos e para isso o líder deve se
autoconhecer e saber dos seus próprios limites. Quando ele tem controle sobre
a situação suas atitudes são firmes e sua palavra é verdadeira; ele sabe que
para adquirir confiança de um grupo, sua doação terá que ser sincera.
Essas atitudes são bem simples e, segundo Brum (2005), pode ser
um “exercício diário sem precisar de muito esforço, e como exemplo podemos
dizer que se ele quer alegria, ele deve doar alegria, se deseja ser amado, deve
aprender a dar amor, e assim por diante.” Outro importante fator para o
sucesso do líder é que tudo que ele fizer vai gerar, de alguma forma, uma
resposta, pois segundo Hunter (2004), comportamento, gera comportamento.
A maneira como o líder interage, demonstra a consideração que tem
com seus liderados, pois há uma preocupação em não constrangê-los diante
de outras pessoas, porque procura, na comunicação, adequar linguagem para
que seja bem entendido por todos.
16
Um líder precisa entender que, segundo Brum (2005), “não precisa
dispensar um esforço sobrenatural para fazer uma comunicação, basta utilizar
a melhor forma da sua potencialidade pura e o amor que possui dentro de si”.
Há pessoas que acreditam que o líder já nasce líder e que é só
deixá-lo à vontade que ele vai fazer fluir a sua liderança naturalmente. Outros,
porém, crêem que todos nós temos um potencial de liderança que precisa ser
desenvolvido e aperfeiçoado. Segundo Hunter (2004), as duas posições podem
ser consideradas verdadeiras, entretanto, alguns fatos devem ser observados.
Segundo Rodrigues Filho (2006),
“...o líder nato, embora esteja livre para fazer fluir a sua liderança,
precisa de acompanhamento de pessoas mais maduras que o
orientarão no exercício da sua liderança para que, por falhas de
caráter principalmente, não venha a se tornar um ditador ou alguém
em quem não se pode confiar.”
Por outro lado, há os que não podem ser considerados líderes natos
mas que possuem um potencial de liderança a ser desenvolvido, precisam
aprender técnicas de liderança que os ajudarão a desenvolverem seus
ministérios com maior eficácia. No entanto, esse último grupo precisa estar
consciente de que todas as técnicas de liderança se tornarão inúteis se o líder
não possuir uma personalidade firme, ou se possuir uma auto-estima muito
fraca. Portanto, maturidade emocional e técnicas de liderança são dois
ingredientes essenciais para o líder.
17
1.4 O Líder Como Um Servidor
No mundo corporativo moderno, não há mais lugar para o chefe, ou
seja, aquela figura que manda, executa, gerencia processos e sempre fala em
primeira pessoa e para fazer valer sua autoridade utiliza como meio a coerção.
Quando as empresas possuem e mantêm em seus quadros, perfis
profissionais como os descritos acima, põem em risco seu planejamento e seus
objetivos estratégicos.
A função do gerente, segundo Cusins (1994) é: “o esforço de
planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar a fim de assegurar resultados
por meio de outro”, ou seja, um líder gerencia pessoas e não objetos ou coisas,
e para gerir pessoas ele deve entender que a autenticidade de sua liderança
deve ser confirmada pela autoridade que possui e não pelo poder que tem. A
diferença básica entre ambos está nas definições de Hunter (2004):
“Poder: é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade,
por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse
não fazer. Autoridade: a habilidade de levar as pessoas a fazerem de
boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.”
Verifica-se que o líder influencia com sua autoridade a conquistar
resultados e atingir as metas, pois inspira seus liderados a observar seus atos
e ações, bem como seguir os seus princípios, que definem a conduta e a
maneira de desenvolver tarefas e conseguir alcançar objetivos pré-
estabelecidos.
Hunter (2004), ensina que uma organização deve pensar e ter como
objetivo principal servir ao seu cliente externo. Os seus funcionários de linha de
18
frente devem estar servindo e garantindo que as reais necessidades desses
clientes estarão sendo satisfeitas.
Segundo Hunter (2004):
“Isso iria requerer que cada gestor adotasse uma nova postura, um
novo paradigma, reconhecendo que o papel do líder não é impor
regras e dar ordens à camada seguinte. Em vez disso, o papel do
líder é servir.”
1.5 A Interação do Líder
Um relacionamento de qualidade é essencial para que o líder tenha
sucesso na interação com sua equipe. Ele saber que por estar numa camada
intermediária de ação, onde terá o desafio de desdobrar os objetivos
estratégicos da organização e planos de ação eficazes, sua comunicação
deverá ser baseados em confiança e respeito.
No processo de comunicação, onde a informação flui de cima para
baixo, o líder se torna o receptor dessas informações que são geradas,
segundo Brum (2005), na parte de cima, ou seja, da alta administração, do topo
da pirâmide organizacional.
E quando o líder toma conhecimento da mensagem que a alta
administração deseja compartilhar com toda a organização, é necessário que
desenvolva sua capacidade de compreensão para que a mensagem não seja
deturpada, pois a informação deve chegar aos seus liderados de forma clara e
transparente.
19
No momento de transmitir essas informações para sua equipe, o líder
deve adequar a linguagem, principalmente com pessoas que na maioria dos
casos têm um nível de cultura mais baixo.
Segundo Brum (2005), há algumas técnicas que podem ser
utilizadas:
“A comunicação eficaz ocorre quando o líder envia mensagens
nítidas e diretas (sem rodeios), específicas (com detalhes suficientes
para que a outra pessoa saiba do que está falando) e não-punitivas
(evitando a raiva ou o sarcasmo ao falar com a outra pessoa)”.
E essas técnicas, segundo Brum (2005), são:
• Usar o feedback, para ter a certeza que a mensagem foi
compreendida.
• Uso de canais múltiplos, utilizando métodos diferentes e
simultâneos para transmitir a informação.
• Usar os padrões de comunicação das pessoas que compõem
a equipe pode ajudar o líder a determinar se elas são
receptivas ou não às informações que estão sendo
repassadas.
• Prestar atenção nos significados simbólicos, pois às vezes o
líder imagina estar enviando um tipo de mensagem, e esta
ser recebida de uma maneira totalmente diferente por parte
das pessoas.
• Usar uma linguagem simples, ou seja, não usar de palavras
difíceis de entendimento.
• Repetir: é uma forma de reforçar a mensagem e dar chances
às pessoas de entendê-la.
20
Saber ouvir é fundamental para o líder, e nesse aspecto ele deve se
aprofundar e entender que a base de uma relação está no grau de
relacionamento que terá com seu grupo. Se for sincero, terá sucesso.
Hunter (2004), ainda nos explica que as qualidades do caráter que
um líder deve ter são:
• Paciência: saber se controlar e ser um exemplo para seus seguidores.
• Bondade: ser atencioso e saber incentivar os seus liderados.
• Humildade: ser ele próprio, sem ser pretensioso, orgulhoso ou arrogante.
• Respeito: tratar os membros de sua equipe com a devida importância que
merece.
• Abnegação: satisfazer as necessidades de seus liderados em detrimento de
suas necessidades.
• Perdão: desistir do ressentimento quando enganado.
• Honestidade: esclarecer as expectativas de sua equipe, nunca enganá-los.
• Compromisso: se não houver comprometimento do líder, a autoridade dará
lugar ao poder e a coerção.
1.6 O Líder Eficaz
Um líder que tem a capacidade de influenciar pessoas é altamente
eficaz, pois ele fará com que sua equipe se sinta parte colaboradora, e não
funcional, fazendo-a se sentir orgulhosa em fazer parte da organização a qual
pertence.
Podemos dizer que a harmonia dessa relação está ligada
diretamente à maneira como o líder tornará esta gestão mais eficaz, para que
ele se torne um líder realmente eficaz.
21
O que fazem os líderes eficazes na visão de Peter Drucker1? Nos
seus 65 anos de experiência em consultoria, Drucker descobriu que os líderes
eficazes possuem práticas que são comuns e similares que estão concentradas
em três grandes áreas.
A primeira fornece aos líderes todo o conhecimento necessário de
que eles precisam. A segunda área fornece ajuda para transformar o
conhecimento em ação. Na terceira área, estão as práticas que asseguram que
toda a organização sinta-se responsável e comprometida.
Segundo Drucker, esses líderes freqüentemente se perguntam: "O
que precisa ser feito?” e "O que é o melhor para nossos clientes e para nossa
organização?" Os líderes eficazes desenvolvem planos de ação. Eles
assumem a responsabilidade por suas decisões. Eles estão focados em
oportunidades ao invés de problemas. Eles gerenciam reuniões produtivas. O
autor ainda diz que eles pensam e dizem "nós" ao invés de dizer "eu".
No próximo capítulo iremos estudar como a gestão de pessoas
influencia no desenvolvimento de um gestor eficaz.
1 Peter Ferdinand Drucker nasceu em 19 de novembro de 1909 em Viena, Áustria, e faleceu em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia, EUA. Era filósofo e administrador. Peter Drucker é o “pai da administração moderna” e o mais renomado dos pensadores de administração. Fonte: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Peter_Drucker_o_pai_do_marketing_moderno.htm
22
CAPÍTULO II
A GESTÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Não se deve desprezar dentro das organizações a idéia de que a
informação é importante para o bom desenvolvimento profissional do indivíduo,
fazendo com que ele adquira um maior conhecimento e desperte o talento que
há em si. As organizações de todo o mundo devem atentar e entender que o
capital humano é o seu maior ativo e investir neste ativo é dever dos executivos
que lideram as empresas modernas, ou seja, tornar o funcionário mais
competente.
Com os avanços observados nas últimas décadas tem levado as
organizações a buscarem novas formas de gestão com o intuito de melhorar,
alcançar resultados e atingir a missão institucional para o pleno atendimento
das necessidades dos clientes. Nota-se também que o sucesso das
organizações modernas, depende muito do investimento nas pessoas, com a
identificação, aproveitamento e desenvolvimento do capital intelectual.
Segundo Koch (2009),
“a real vantagem competitiva no mercado não está somente
representada no financeiro ou nos altos investimentos em tecnologia,
mas sim nas pessoas que compõem a organização, que movimentam
tudo isto no cotidiano. Se pararmos para pensar, percebemos que
hoje o papel do colaborador é mais participativo, ele tem maior
autonomia em suas atividades, cooperação nas decisões com seus
gestores, facilidade na interação, aprendizagem, conhecem mais a
empresa e participa dos negócios. Ressaltando que, a gestão de
pessoas tem que efetivamente acontecer na prática, sendo que
algumas questões cruciais permanecem pendentes e precisam ser
enfrentadas.”
23
A área de Recursos Humanos dentro das organizações cuidava apenas
de tarefas mecânicas de controle de ponto, folha de pagamento, recrutamento
e seleção, e não havia a preocupação em dar condições de treinamento de
desenvolvimento profissional aos funcionários.
A gestão de pessoas surge como aquela que vai fazer com que os
funcionários participem mais, sejam mais capacitados, e, conseqüentemente
tenham um envolvimento maior nos processos corporativos, desenvolvendo
sua habilidades e competências.
Apesar de serem distintas, as áreas de RH e gestão de pessoas
caminham lado a lado. Isto porque, se uma está ligada às atividades inerentes
a seleção, avaliação de desempenho, orientação, conflitos comportamentais,
etc, enquanto a gestão de pessoas, segundo Koch (2009) está focada:
“na formação do profissional que a instituição deseja, objetivando o
desenvolvimento e crescimento da instituição como o do próprio
profissional, tido como colaborador para adquirir os resultados
esperados. Para isso a gestão de pessoas procura conscientizarem
os colaboradores de que suas ações devem ser respaldadas nos
seguintes princípios: desenvolvimento responsável e ético de suas
atividades; capacidade de atuação baseada nos princípios da gestão
empreendedora; capacidade de realização de tarefas que incorporem
inovações tecnológicas; capacidade de trabalhar em rede;
capacidade de atuar de forma flexível; conhecimento da missão e dos
objetivos das organizações em que atuam; domínio do conteúdo da
área de negocio da organização; capacidade de atuar como consultor
interno das organizações em que trabalham, entre outros. Para
desenvolver essas ações o gestor também deve ter: visão
sistemática; trabalho em equipe; bom relacionamento interpessoal;
planejamento; capacidade empreendedora; capacidade de adaptação
e flexibilidade; criatividade e comunicação; liderança; iniciativa e
dinamismo.”
24
Nos dias atuais as empresas devem sempre se preocupar em ter um
ambiente permanente motivado, onde o clima é positivo e haja a preocupação,
também, com a qualidade de vida de seus funcionários. Desta forma,
colaborará para que o grau de satisfação e motivação estejam sempre am alta.
2.1 O Desenvolvimento de Pessoas
Para se ter um bom ambiente de trabalho é necessário que a gestão de
pessoas tenha como fatores essenciais, segundo Koch (2009):
“Reconhecer o potencial humano como o recurso estratégico mais
importante para o desenvolvimento e sucesso institucional; envolver e
comprometer todos os colaboradores no trabalho em que está
desenvolvendo; reconhecer que é necessário capacitar e
profissionalizar o servidor para que desenvolva e utilize seu pleno
potencial de modo coerente e convergente com os objetivos
estratégicos da organização.”
Gestão de pessoas não está ligada ao recrutamento e seleção apenas,
pois há muitas atividades ligadas ao treinamento e desenvolvimento, objeto
desta pesquisa para entender como é necessário ter esse conhecimento para
uma gestão eficaz.
No processo de desenvolvimento de pessoas são envolvidos três
extratos que se superpõem, que são eles:
• o treinamento;
• o desenvolvimento de pessoas e
• o desenvolvimento organizacional.
25
Chiavenato (1999) explica que os extratos menores, com o treinamento
e desenvolvimento de pessoas, estão ligados ao aprendizado a nível individual,
ou seja, é referente à maneira como as pessoas se desenvolvem e aprendem.
Já no desenvolvimento organizacional, há uma amplitude bem maior
porque faz referência ao aprendizado e desenvolvimento delas através da
inovação e mudança.
2.2 O Treinamento de Pessoas
A expressão treinamento refere-se à aquisição de conhecimentos,
habilidades e competências como resultado de formação profissional ou do
ensino de habilidades práticas relacionadas a competências úteis específicas.
Segundo Chiavenato (1999), treinamento tem sido entendido como o
processo em que a pessoa passa a desempenhar tarefas específicas e
inerentes ao cargo que ocupa, de maneira excelente.
Para os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), o treinamento
tem como objetivo a preparação das pessoas para a execução imediata das
diversas tarefas peculiares à organização; dando oportunidades para o
contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas no cargo atualmente ocupado,
mas também em outros que o indivíduo possa vir a exercer; mudança nas
atitudes das pessoas, a fim de criar entre elas um clima mais satisfatório,
aumentando-lhes a motivação e tornando-as mais receptivas às técnicas de
supervisão e gestão.
Ainda segundo os mesmo autores, a execução de um determinado
treinamento deve levar em consideração os seguintes fatores: adequação do
programa às necessidades da organização; qualidade do material didático;
26
cooperação do pessoal de chefia; qualidade e preparo dos instrutores e a
qualidade do pessoal a ser treinado.
De acordo com Chiavenato (1996), na maioria dos casos, os
programas de treinamento são voltados para:
• Transmitir informações aos seus colaboradores sobre a organização,
como sua história, sua missão e valores, suas políticas e diretrizes.
• Desenvolver habilidades como o objetivo de capacitar as pessoas e
melhorar o seu trabalho.
• Desenvolver novos hábitos e atitudes para lidar com os diversos
públicos das organizações.
• Desenvolver conceitos e elevar o nível de abstração das pessoas para
que elas possam pensar, agir, raciocinar, julgar e decidir em termos
mais amplos.
Entende-se que através do treinamento e do desenvolvimento os
colaboradores de uma empresa possam assimilar conhecimentos e
informações, adquirir experiências novas, desenvolver habilidades específicas,
atitudes e comportamentos, dessa forma, o treinamento é considerado a
melhor forma de desenvolver as competências nas pessoas para que estas se
tornem mais criadoras, produtivas e inovadoras.
O foco do treinamento é desenvolver algumas competências que são
desejadas pela organização. Todas as competências no nível organizacional,
divisional e individual são delineadas para que todos entendam e apliquem
esse aprendizado no cotidiano. Nesse âmbito, o treinamento constitui o núcleo
de um esforço contínuo para melhorar essas competências.
27
2.3 O Processo de Treinamento
O processo de treinamento é dividido, segundo Chiavenato (1999), em
quatro partes:
1. Diagnóstico: quando são levantadas as necessidades e carências de
treinamento que serão atendidos ou satisfeitos, que podem ser
passadas, presentes ou futuras.
2. Desenho: é a construção do projeto de treinamento para atender às
necessidades diagnosticadas.
3. Implementação: execução do projeto.
4. Avaliação: aferição dos resultados do treinamento.
O autor explica que essas quatro etapas representam a melhor opção
para se conseguir o resultado esperado e um processo de treinamento bem
executado garante a organização atingir o nível de desempenho desejado,
desenvolvendo as pessoas que trabalham na organização, e, para isso, é
necessário criar uma cultura interna e desenvolvê-la para que ela seja
comprometida com as mudanças da organização.
2.3.1 Diagnóstico das Necessidades de Treinamento
A primeira etapa de um processo de treinamento é levantar as reais
necessidades para elaborar o que realmente deve ser trabalhado no
treinamento que será sugerido. Deve-se ter o cuidado de diagnosticar de forma
clara e objetiva essas necessidades.
28
Chiavenato (1999), explica que:
“Necessidades de carência de treinamento são as carências de
preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o que
uma pessoa deveria saber e fazer e aquilo que ela realmente sabe e
faz. Significam um descompasso entre o que deveria ser e o que
realmente é. Uma necessidade de treinamento é uma área de
informação de habilidades que um indivíduo ou grupo precisa
desenvolver.”
Quando o treinamento consegue focalizar essas carências e as
elimina, ele se torna benéfico. O levantamento das necessidades de
treinamento pode ser feito em quatro níveis: análise organizacional, análise dos
recursos humanos, análise da estrutura de cargos e análise de treinamento.
2.3.2 Mapeamento das Competências
Segundo Lima (2005), “o mapeamento de competências é uma das
etapas mais complexas do sistema de treinamento”. Com os desafios que as
organizações vêm passando, uma boa gestão, tornou-se essencial para
conseguir vencer desafios.
No mapeamento de competências surge uma visão mais estratégica,
onde os questionamentos começam a ter um novo aspecto: Quantas pessoas,
na organização, têm o perfil necessário para desenvolver suas tarefas?
Quantas estão efetivamente lotadas nos setores corretos? Quantas precisam
ser remanejadas para outras funções? Para ajudar a responder todas essas
questões, as organizações podem contar com uma ferramenta chamada
mapeamento de competências.
Lima (2005) também destaca que o uso do mapeamento das
competências está relacionado principalmente com a possibilidade de
aproximar os iguais, em alguns momentos, e os complementares, em outros;
29
de identificar redundâncias ou ausências de habilidades ou competências. Com
isso, a espiral do conhecimento avança a níveis exponenciais. Pode parecer
complicado, mas é apenas uma forma mais complexa de dizer que "duas
cabeças juntas pensam melhor do que uma".
Parte-se da constatação de que pessoas com interesses semelhantes
têm uma motivação natural em compartilhar, o que significa um estímulo à
inovação. O ideal é aproximar os complementares, visando à solução dos
problemas atuais.
O mapeamento de competências presta-se também à criação de um
filtro, criado a partir do perfil do funcionário, pois, na verdade, as competências
humanas formam o alicerce de sustentação das competências organizacionais
e do próprio desempenho de uma empresa como um todo.
Chiavenato (1999), explica que:
“Quando o treinamento é focado em competências ele se baseia na
lacuna existente entre as competências disponíveis e existentes e as
competências necessárias à organização, à unidade organizacional
ou ao trabalho da pessoa. Há uma certa similaridade como
levantamento de necessidades de treinamento que acabamos de
mencionar. Neste caso, o treinamento significa a maneia pela qual se
tenta preencher as lacunas e equiparar as competências existentes
com as competências necessárias à organização.”
Portanto, a organização deve, continuamente, identificar as
competências fundamentais, isto é, fazer o mapeamento de competências,
para garantir a eficiência e eficácia dos seus processos e verificar se existe
carência em seus recursos humanos, de modo a supri-la, no menor espaço de
tempo, sem prejudicar a sua atividade principal.
30
2.3.3 Tipos e Técnicas de Treinamento
Existem vários tipos e técnicas para transmitir as informações
necessárias e desenvolver as habilidades que um programa de treinamento
requer. Esses treinamentos podem ser efetuados de diversas formas e
entregues através de várias maneiras como no trabalho, na classe, pelo
telefone, através de computador ou via satélite.
Quanto ao local onde ocorre, o treinamento pode ser através de
treinamento no cargo, ou seja a técnica que ministra informação, conhecimento
e experiência relacionados ao cargo e técnicas de classe, ou seja, utilizam a
sala de aula e instrutor para desenvolver habilidades, conhecimento e
experiências relacionados ao cargo.
Vejamos algumas técnicas de treinamento, segundo Chiavenato
(1999):
• Leituras: técnica utilizada para transmitir informação em programas de
treinamento, pois é um meio de comunicação que envolve uma situação
de mão única na qual o instrutor apresenta de forma verbal as
informações para um grupo de ouvintes.
• Instrução programada: utilizada para transmitir informação em
programas de treinamento.
• Treinamento de classe: treinamento fora do local do trabalho, isto é, em
sala de aula. Os aprendizes são reunidos em um local e assistidos por
um instrutor, professor ou gerente que transmite o conteúdo do
treinamento.
• Computer-based training (CBT): é o treinamento com a ajuda da
tecnologia da informação, ou seja, pode ser feito através de CDs, DVDs,
disquetes ou pen drivers com a ajuda de multimídias (gráficos,
animação, filmes, áudio e vídeo).
31
• E-learning: refere-se ao uso de tecnologia de Internet para entregar uma
ampla variedade de soluções que aumentam o desempenho e o
conhecimento das pessoas.
2.3.4 Avaliação do Treinamento
Como saber se o treinamento surtiu o efeito desejado? Nada melhor do
que termos uma avaliação do que foi ensinado no programa e verificar sua
eficácia.
Observamos que o treinamento é um investimento que gera um custo
para a organização, espera-se um retorno razoável desse investimento.
As principais medidas para avaliar o treinamento, segundo Chiavenato
(1999), são:
• Custo: quanto foi o valor investido no programa de treinamento?
• Qualidade: o programa atendeu as expectativas?
• Serviço: o programa atendeu as necessidades dos participantes?
• Rapidez: o programa se ajustou aos novos desafios oferecidos?
• Resultados: quais os resultados que o programa ofereceu?
Se conseguirmos responder as questões de forma positiva, podemos
dizer que valeu a pena o investimento no programa de treinamento.
Segundo Chiavenato (1999), há cinco níveis de resultados na
avaliação do treinamento:
• Reação: mede a satisfação dos participantes.
• Aprendizado: se o participante adquiriu novas habilidades e
conhecimentos.
• Desempenho: avalia o impacto no trabalho através das novas
habilidades e conhecimentos adquiridos.
32
• Resultado: mede o impacto do treinamento no resultado dos negócios.
• Retorno de Investimento: mensura se o valor de investimento no
treinamento agregou à organização em termos de retorno sobre o
investimento feito.
Deve estar claro que o importante é especificar transparentemente os
objetivos propostos para o treinamento e, em função disso, avaliar os
resultados. Todos os indicadores acima são úteis para mensurar se o
treinamento atingiu seus objetivos e se valeu a pena.
Para que um gerente eficaz possa fazer a diferença, verificamos neste
capítulo o quanto é importante o treinamento e o desenvolvimento de pessoas,
pois é por elas que a organização irá alcançar os seus objetivos.
Nos próximos capítulos mostraremos, através de casos estudados, a
prática administrativa de gestores eficazes e gestores eficientes, demonstrando
suas diferenças.
33
CAPÍTULO III
GESTÃO EFICIENTE ALIADA A GESTÃO EFICAZ: O CASO DAS
SANDÁLIAS HAVAIANAS
Um profissional que está à frente de um grupo, sendo ele o líder, deve
saber que a organização para qual trabalha lhe remunera para que apresente
resultados.
Esses resultados estão ligados diretamente ao cumprimento de prazos e
metas, com um percentual de erros pequeno.
Segundo Barbosa (2008),
“Nesse processo estão envolvidos dois critérios para o cumprimento
dos objetivos: eficiência e eficácia. Eficiência é fazer certo um
processo qualquer. Complementando essa idéia, podemos dizer:
eficiência é o meio de fazer certo um processo correto de boa
qualidade, em curto prazo, com o menor numero de erros. Já a
eficácia seria ligada ao objetivo em si, seria a relação entre os
resultados almejados e os previstos, e também o processo de
atingimento das metas propostas, aproveitando as oportunidades
oferecidas. Unir os dois conceitos é essencial para o cumprimento
desejado, porém nem todo administrador possui as duas qualidades.”
Segundo o mesmo autor, “a eficácia é a mais importante, é
indispensável ao administrador apresentar resultados, pois atualmente são o
que as empresas exigem em primeiro lugar”. Já a eficácia conciliada, é mais
difícil de se encontrar nos profissionais atuais, pois, alguém eficaz e eficiente,
apresenta os resultados em curto prazo, com qualidade e sem cometer muitos
erros, seria o administrador ideal.
34
Barbosa (2008), apresenta um exemplo bem interessante sobre
eficiência e eficácia que colabora para um bom entendimento desta questão:
“Imagine que a missão de dois profissionais seja ir de Juiz de Fora a
Belo Horizonte. Ambos saem no mesmo horário, porém o primeiro vai
pela BR 040 e chega ao destino em 3 horas, perfazendo 280 km do
trajeto e consumindo cerca de 28 litros de gasolina. O segundo
motorista resolve seguir o caminho passando por Manhumirim e de lá
para BH. Resultado: gasta 16 horas de viagem num trajeto superior a
1000 Km tendo um consumo de mais de 100 litros de gasolina. Como
não estipulamos um prazo máximo para o cumprimento da missão,
ambos foram eficientes, pois cumpriram o que deviam, ou seja,
chegaram ao destino. Porém, o primeiro, além de eficiente, foi eficaz.”
3.1 Um Caso de Uma Gestão Eficiente
O estudo de caso que veremos nas próximas seções deste capítulo,
mostra dois processos distintos que envolvem uma empresa chamada São
Paulo Alpargatas S/A, detentora das Sandálias Havainas e como transformou a
eficiência de um projeto inicial que quase resultou na extinção da marca
Havaianas, na eficácia de criar um novo processo eficiente que alcance os
objetivo e metas corporativas.
35
Segundo Drucker & Maciariello (2007),
“Eficácia significa fazer as coisas certas acontecerem. Trata-se de um
hábito que consiste em cinco práticas complexas. Você pode adquirir
o hábito de eficácia pela prática, da mesma forma que adquiri
qualquer outro hábito. São elas, essas práticas: Gerenciar seu tempo;
esforçar-se para dar contribuições; Tornar os seus pontos fortes
produtivos; concentrar-se seus esforços nas tarefas mais importantes
para atingir resultados e tomar decisões eficazes.”
Ao estudarmos o caso das Sandálias Havaianas, verifica-se que foi
criada, na década de 60, mais exatamente no ano de 1962, com o objetivo
principal de ter um produto que fosse produzido em larga escala com um preço
bem acessível visando às classes menos favorecidas da população, apostando
no slogan “não deformam, não soltam as tiras e não tem cheiro”.
Apesar de ser um produto para a camada mais baixa, ele não era de
baixa qualidade, pois era inovador para a época, produzido a partir de borracha
sintética e com um custo de produção muito baixo.
Foi montado um processo eficiente, pois atingiu, em único ano, a marca
de 100 milhões de pares produzidos e vendidos. Isso atraiu outras empresas
que passaram a copiar o produto na década de 90.
Segundo Drucker (1990), o “gerente eficiente” seria aquele que procura
realizar ações de forma bem feita, independentes de serem essenciais ou não,
pois na condução do processo da produção das sandálias Havaianas a
imagem criada junto às camadas de poder aquisitivo mais alto era altamente
negativa e, mesmo com uma venda muito alta, a margem de lucro era muito
baixa.
36
O mais curioso é que havia um domínio de 90% das sandálias de
borracha que garantia uma rentabilidade adequada para esse produto,
entretanto não houve nenhuma modificação no calçado e o conceito que os
consumidores tinham das Sandálias Havaianas, era que o produto era voltado
para pessoas que não eram exigentes, sendo considerado de um prestígio
muito pequeno, mesmo na camada de pessoa com baixa renda, ou seja, um
processo eficiente, que não atingia o objetivo esperado: a alta lucratividade.
Vejamos o que Drucker & Maciariello (2007) falam a respeito do texto
acima:
“A causa mais comum do fracasso do gerente é a incapacidade ou a
falta de vontade de mudar diante das exigências de uma nova
posição. O trabalhador do conhecimento que continua fazendo aquilo
que sempre fez com sucesso antes de assumir a nova posição está,
quase certamente, destinado a fracassar.”
3.2 A Virada das Sandálias Havaianas
Uma transformação política marcou o início da virada das Sandálias
Havaianas. O cenário era 1994 e o grande acontecimento da época foi o
advento do Plano Real, que elevou o padrão de vida e o poder aquisitivo do
povo brasileiro.
A Grendene, uma empresa concorrente da São Paulo Alpargatas, logo
percebeu uma oportunidade para investir e inovar, com o lançamento do
chinelo Rider, que era produzido a partir do PVC, com um preço mais elevado
que as Havaianas e com uma linha de produtos mais confortáveis e coloridos e
com um slogan bem interessante e agressivo: “Dê férias para os seus pés”.
Com todo esse aparato e sem concorrentes diretos, a Grendene conquistou o
mercado e a preferência da população brasileira.
37
Nessa mesma época, a São Paulo Alpargatas observando todo esse
movimento, precisou tomar uma decisão: criar um novo valor para a marca
Havaiana ou deixá-la desaparecer, pois a marca estava em sua fase de
declínio.
Segundo Drucker & Maciariello (2007):
“A coragem e não a análise, é o que determina as regras realmente
importantes para identificar as prioridades: escolha o futuro em vez
do presente; concentre-se na oportunidade, não nos problemas;
escolha sua própria decisão, em vez de acompanhar a multidão e
almeje alto, almeje algo que faça a diferença , em vez de escolher
algo que seja “seguro” e fácil de fazer. (...) Gerentes eficazes se
concentram em oportunidades , e não em problemas . A solução de
problemas , apesar de necessária, não gera resultados. Ela evita
danos. Explorar oportunidades é o que gera resultados ....”
A São Paulo Apargatas, através de uma ousada e corajosa decisão dos
seus gestores de marketing decidem trabalhar em mudar o conceito da marca
e reposicioná-la no mercado.
Para Monteiro et all (2004), a questão do reposicionamento da marca
era a pauta principal da área de Marketing da empresa, a partir de então,
começaram a definir e desenhar uma estratégia de marketing bem interessante
que foi baseada em três premissas: ampliação da linha de produtos (Havaianas
Top); suporte de mídia eletrônica e impressa com forte campanha publicitária e
foco na distribuição da nova linha no canal de varejo de calçados.
38
Drucker & Maciarello (2007), explicam que:
“gerentes eficazes sabem que a responsabilidade final é sua, que ela
não pode ser compartilhada nem delegada. Mas eles só têm
autoridade porque a empresa confia neles. Isso significa que eles
pensam nas necessidades e nas oportunidades da empresa antes de
pensarem em suas próprias necessidades e oportunidades.”
Essa nova linha, chamada de Havaiana Top, trazia várias versões das
tradicionais Havaianas. Quando houve a revitalização, estratégia usada pela
São Paulo Alpargatas em 1994, tornou o produto mais glamuroso, pois até
aquele momento só existiam as Havaianas tradicionais somente em cinco
cores. Essa estratégia de reposicionamento de marca, incluiu o lançamento de
cores da tendência da moda, embalagens, novos expositores e propaganda
direcionada para um público consumidor de classe média. A empresa passou a
utilizar como garotos propaganda atores famosos em sua campanha
publicitária, sempre mostrando que o produto era utilizado em seu lazer ou até
mesmo em casa.
Com essa estratégia a São Paulo Alpargatas identificou que 90% das
pessoas que compravam o produto, o faziam por impulso, fazendo com que o
ponto de venda fosse primordial para conquistar os consumidores das classes
A e B.
Daí em diante, a empresa cada vez mais investiu para fortalecer a marca
Havaiana. Vários projetos foram criados, especialmente para atender aos
canais de atacados, varejo de calçados e auto-serviço. Com essas ações, a
empresa passou a construir um novo segmento de consumidores para seus
calçados, como surfistas, crianças, mulheres e aventureiros, e, com todo esse
sucesso, foi necessária a construção de uma nova unidade para as Sandálias
39
Havaianas, com equipe exclusiva para pensar nas estratégias e na operação
do negócio.
Veja o Drucker (1990) explica após as considerações acima:
“Modernamente, trabalha-se com o conceito de excelência, que seria
unir a competência do ”gerente eficaz” com as habilidades do
“gerente eficiente”, criando a figura do “gerente excelente”. Aquele
que une a orientação para o essencial, com a eficiência de realizar
bem feita a tarefa. É preciso que as organizações, as gerências e os
profissionais em geral desenvolvam um sistema de classificar os
assuntos e as tarefas conforme sua ordem de importância, separando
os assuntos essenciais, dos importantes e dos secundários, e
programando a realização de cada um conforme sua prioridade.”
Foi um grande sucesso a estratégia de reposicionamento das Sandálias
Havaianas, pois verifica-se que em muitos casos as empresas fazem uma
análise do mercado e decidem se mantém ou não o produto que não está
revertendo em vendas o esperado.
A estratégia que a São Paulo Alpargatas utilizou foi, segundo Kotler e
Keller (2006), “aumentar o investimento para dominar o mercado ou fortalecer
seu posicionamento competitivo”.
Para isso a empresa buscou novos mercados e o fortalecimento de suas
marcas, pois havia a crença de que marcas globais iriam prevalecer e se tornar
desejadas por consumidores de todo o mundo. Foi um investimento ousado e,
mesmo correndo riscos, os líderes da São Paulo Alpargatas sabiam dos riscos
e investiram pesado em treinamento e desenvolvimento de seus
colaboradores, pois acreditavam que todo o sucesso esperado só seria
alcançado se todos estivessem comprometidos com o projeto.
40
3.3 Análise do Caso Sandálias Havaianas
O sucesso do reposicionamento do produto no Brasil e sua
transformação em um item de moda destinado às classes de maior poder
aquisitivo estimularam a direção da empresa a efetuar a mesma estratégia para
entrar nos mercados europeu e americano.
Houve a preocupação de selecionar uma equipe de profissionais,
trabalhando diretamente com os distribuidores exclusivos nomeados para cada
região ou país, visando promover as vendas e a correta exposição dos
produtos nos pontos de vendas.
Segundo Queiroz et all (2005), esta equipe tinha por missão fazer com
que o distribuidor de cada país percebesse que a marca possuía alto valor
agregado. Uma estratégia ousada foi estabelecida para os principais mercados
internacionais.
Segundo Angela Hirata2, o projeto começou em 2001 pelos dois países
formadores de opinião (Itália e França). Neste ano as Sandálias Havaianas
participaram de uma mostra sobre a América Latina na Galerie Lafayette, em
Paris.
Segundo Queiroz et all (2005),
“O sucesso desse evento facilitou a exportação de Havaianas para
outros países, entre eles Inglaterra, Bélgica, Suíça, Grécia e Mônaco.
Nos EUA, por exemplo, foram realizadas várias ações como a
participação na New York Fashion Week, a distribuição do produto
em megaeventos, como a entrega do Grammy e do Oscar em 2003 e
o MTV Awards.”
2 Diretora de comércio exterior da São Paulo Alpargatas em 2008. Dados retirados da SÃO PAULO ALPARGATAS. Disponível em: < http://www.alpargatas.com.br/>. Acesso em: 16 Mar 2011.
41
Segundo o mesmo autor, este trabalho foi realizado em conjunto com o
distribuidor dos EUA, visando divulgar a marca graças à associação com
eventos de grande prestígio e ao uso do produto por formadores de opinião. O
posicionamento estratégico de vender a marca, e não o produto, caracteriza a
atuação da Alpargatas no mercado internacional.
O conjunto de esforços que a diretoria da São Paulo Alpargatas fez a
partir do ano de 1994 construiu um processo eficiente e eficaz.
Na hora da tomada de decisão ficou claro que o líder que estava à frente
e no comando na época reunia as competências necessárias para tomar uma
atitude que abalasse o mercado de sandálias da época.
Segundo Peche Filho (2007):
“Uma decisão é um julgamento. É uma escolha entre alternativas. É,
raramente, uma escolha entre o certo e o errado. No máximo, é uma
escolha entre o “quase certo” e o “provavelmente errado” - mas, muito
mais frequentemente, é uma escolha entre duas linhas de ação,
provavelmente com nenhuma delas mais perto do certo do que a
outra. Mas os gerentes que tomam decisões eficazes sabem que não
se começa pelos fatos. Inicia-se com opiniões. São, naturalmente,
apenas hipóteses não-comprovadas e, como tais sem valor até serem
testadas pela realidade.”
Neste momento aparecem os verdadeiros gerentes eficazes que
segundo Drucker (1990), sabem que “a responsabilidade final é sua, que ela
não pode ser compartilhada nem delegada” e “cuidam para que tanto seus
planos de ação como suas informações sejam compreendidos...” e
principalmente “se concentram em oportunidades , e não em problemas . A
solução de problemas, apesar de necessária, não gera resultados. Ela evita
danos. Explorar oportunidades é o que gera resultados ....”
42
CONCLUSÃO
Quando um líder tem na sua concepção de liderança que a melhor forma
de se compreender que suas decisões sempre devem ser fundamentadas e
previamente analisadas, ele se torna um gestor eficaz.
O gestor eficaz tem discernimento, que é a capaciadde de saber tomar a
decisão certa, no momento certo, quando se está diante de uma situação onde
a sobrevivência e o sucesso de uma organização está na tomada de sua
decisão.
A inteligência por si só, não é suficiente para ser um gestor eficaz, é
necessário que ele tenha o conhecimento necessário de eficácia, para alcançar
as metas propostas de forma otimizada no tempo e no processo empregado.
A eficácia é uma prática constante de ações que o líder precisa efetuar
onde envolvem: os processos eficientes, a sua liderança e sua gestão e
desenvolvimento das pessoas de sua equipe.
No decorrer desta pesquisa, houve a preocupação de demonstrar que
processos eficientes podem ser execelentes aliados ao processo eficaz quando
executados de forma ousada e corajosa por uma liderança eficaz.
A equação deste problema, segundo esta pesquisa, é de que é de vital
importância que o líder entenda que seu servir está acima do poder que o
cargo lhe proporciona e que a base para sua liderança está na autoridade que
possui. Entender os aspectos de liderança, mostrados no primeiro capítulo
deste trabalho, foi uma das linhas de raciocínio para que um líder possa
construir um processo eficaz na organização que atua.
Outro aspecto importante que não deve ser esquecido pelo líder eficaz,
é que nenhum processo, desde os mais simples até os mais complexos, são
executados por pessoas. No segundo capítulo, se fez necessário explicar a
importância da gestão e desenvolvimento de pessoas, através do treinamento.
O gestor eficaz é líder de pessoas e não de processos.
43
E, dentro do raciocínio do trabalho, foi apresentado no capítulo três um
estudo de caso de uma empresa chamada São Paulo Alpargatas S/A, que no
ano de 1994 se viu diante de uma situação: extinguir a marca Havaianas ou
revitalizá-la e reposicioná-la no mercado.
Presa num processo eficiente de venda em massa onde seus lucros
eram baixos e visivelmente preocupada com a ameaça de um concorrente que
inovava em comunicação e produto, a São Paulo Alpargatas S/A tratou de
tomar a decisão de revitalizar a marca e reposicioná-la no mercado com uma
proposta ousada e uma estratégia inovadora.
Possuindo um processo altamente eficiente, seus líderes construíram
um processo eficaz de comunicação, aplicando um novo conceito ao seu
produto, fazendo com que ele viesse a ser reconhecido mundialmente no seu
segmento.
Portanto, esta pesquisa responde a questão proposta na situação-
problema da introdução e conclui que quando se tem uma liderança e um
processo eficaz dentro de uma organização os obejtivios estratégicos são
alcançados na sua totalidade, pois o estudo de caso das sandálias Havaianas
colaborou de forma incisiva nesta conlusão.
44
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco Alexandre Portela. Eficiência e eficácia. Artigo publicado em 2008, Disponível em; < http://vencer.sossoon.net/blog.aspx?bid=3158>. Acesso em 06 Mar 2011. BRUM, Analisa de Medeiros. Face a face com o Endomarketing: o papel estratégico das lideranças no processo da informação. Porto Alegre: L&PM, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ______________. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CUSINS, Peter. Gerente de sucesso: liderança e eficácia. São Paulo: Clio, 1994. DRUCKER, Peter. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: LTC, 1990. DRUCKER, Peter e MACIARIELLO, Joseph A. O gerente eficaz em ação. Rio de Janeiro: LTC, 2007. KOCH, Adilson. Gestão de pessoas. Artigo publicado em 2009, no Portal Artigonal. Disponóvel em: <http://www.artigonal.com/gestao-artigos/gestao-de-pessoas-946405.html>. Acesso em 11 Mar 2011. KOTLER, Philip e KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing: a bíblia do marketing. São Paulo, Prentice Hall, 2006. LIMA, Mauricio. Mapeamento de competências. Artigo publicado em 2005, no Portal dos Administradores. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/mapeamento-de-competencias/11257/>. Acesso em 09 Mar 2011.
45
MENSHHEIN, Rafael Mauricio. Peter Drucker - o pai do marketing moderno. Artigo publicado em 2006, no Portal do Marketing. Disponível em: < http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos1/Peter_Drucker_o_pai_do_marketing_moderno.htm>. Acesso em 10 Mar 2011. MONTEIRO, D.; NUCCI, E.; LIMA, F. P. Havaianas: o mundo aos pés de uma sandália brasileira. Publicação Interna. Fundação Instituto de Administração, MBA Executivo Internacional. São Paulo, 2004. PECHE FILHO, A. A tomada de decisão na escolha de sistemas de preparo do solo. 2007. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2007_1/decisao/Index.htm>. Acesso em: 13 Mar 2011. QUEIROZ, Mauricio Jucá de; NAKAGAWA, Sandra; SAYURI Yamashita; HEMZO Miguel Ângelo. Sandálias Havaianas: estratégia de internacionalização. Área temática: Marketing e Comunicação. Universidade de São Paulo - USP, 2005. RODRIGUES FILHO, Geraldo da Silva. A importância das lideranças intermediárias no processo de implantação de um plano de marketing interno. Monografia, 2006. 55p. Universidade Augusto Motta - Curso de Marketing - Graduação em Marketing. Disponível em: < http://www.slideshare.net/guest047eaf/geraldo-rodrigues-lideranas-e-marketing-interno-1723504>. Acesso em: 01 Abr 2011. SÃO PAULO ALPARGATAS. Institucional: histórico. Disponível em: < http://www.alpargatas.com.br/>. Acesso em: 16 Mar 2011. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com Pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. São Paulo: FGV, 2001.
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
EPÍGRAFE 05
RESUMO 06
METODOLOGIA 07
SUMÁRIO 08
INTRODUÇÃO 09
CAPITULO I
A IMPORTÃNCIA DE SER UM LÍDER
11
1.1 A Liderança 12
1.2 As Lideranças e a Comunicação 14
1.3 O Exemplo do Líder 15
1.4 O Líder Como Um Servidor 17
1.5 A Interação do Líder 18
1.6 O Líder Eficaz 20
CAPITULO II
A GESTÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
22
2.1 O Desenvolvimento de Pessoas 24
2.2 O Treinamento de Pessoas 25
2.3 O Processo de Treinamento 27
2.3.1 Diagnóstico das Necessidades de Treinamento 27
2.3.2 Mapeamento das Competências 28
2.3.3 Tipos e Técnicas de Treinamento 30
2.3.4 Avaliação do Treinamento 31
47
CAPITULO III
GESTÃO EFICIENTE ALIADA A GESTÃO EFICAZ: O CASO DAS
SANDÁLIAS HAVAIANAS
33
3.1 Um Caso de Uma Gestão Eficiente 34
3.2 A Virada das Sandálias Havaianas 36
3.3 Análise do Caso Sandálias Havaianas 40
CONCLUSÃO 42
REFERÊNCIAS 44
ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 48
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes
Título da Monografia: A Gestão Eficaz Aliada a Gestão Eficiente
no Processo de Liderança Corporativa.
Autor: Patrícia Teresinha da Silveira de Alcântara.
Data da entrega: 17/04/2011
Avaliado por: Luiz Cláudio Lopes Alves Conceito: