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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A FUNÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR FRENTE À PEDAGOGIA INCLUSIVA Por: Ingrid Barreto de Souza Guinin Orientadora Profª Maria Esther de Araújo Oliveira Niterói 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A FUNÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR FRENTE

À PEDAGOGIA INCLUSIVA

Por: Ingrid Barreto de Souza Guinin

Orientadora

Profª Maria Esther de Araújo Oliveira

Niterói

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A FUNÇÃO DO SUPERVISOR ESCOLAR FRENTE

À PEDAGOGIA INCLUSIVA

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Administração e Supervisão Escolar

Por: Ingrid Barreto de Souza Guinin

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AGRADECIMENTOS

A todos que de maneira direta ou não

contribuíram para a realização deste

estudo.

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DEDICATÓRIA

A Minha mãe, ao Meu Anjo, dedico.

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RESUMO

A contribuição do supervisor escolar à educação inclusiva foi o objeto de

investigação que deu origem a hipótese a qual motivou a realização do estudo

em questão. Portanto, trata-se de uma análise crítica, fundamentada na

literatura da área, com argumentação pertinente a fim de responder o

problema formulado no início da pesquisa. Na distribuição dos capítulos,

pretendeu-se orientar o leitor sobre os assuntos que seriam apresentados:

educação inclusiva e supervisão escolar, tendo como norteador o referencial

teórico, para na culminância trazer a problematização do tema e a

compreensão das questões apontadas, as quais posteriormente conduziriam a

conclusão do trabalho. Enfim, de acordo com a metodologia utilizada, acredita-

se ter atingido os objetivos considerados nas etapas iniciais e espera-se

contribuir como fonte de reflexão para futuras pesquisas sobre o tema.

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METODOLOGIA

Na perspectiva de responder ao problema formulado no plano de

pesquisa (a contribuição do supervisor escolar à educação inclusiva), o

estudo foi desenvolvido através de análise e levantamento bibliográfico em

diferentes tipos de documentos que tratavam dos temas propostos: educação

inclusiva e supervisão escolar.

De acordo com o material coletado, foi possível estabelecer uma

analogia com as questões observadas na realidade brasileira e a seguir,

organizar os fundamentos teóricos que serviram de diretriz para as questões

comentadas nos capítulos; as quais posteriormente refletiram na compreensão

do assunto e na conclusão do trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Educação inclusiva: funções e objetivos 09

1.1 – Sistema educacional inclusivo 13

CAPÍTULO II - Supervisão escolar: Da origem a evolução 15

2.1 – Funções da supervisão escolar 18

2.2 – Supervisor escolar: Um mediador de idéias! 19

2.2.1 – O supervisor educacional na mediação escolar 21

CAPÍTULO III - Supervisão escolar e educação inclusiva 25

3.1 – A ação supervisora na educação inclusiva 27

3.2 – O apoio da supervisão escolar aos alunos com NEE 28

CONCLUSÃO 32

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 33

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INTRODUÇÃO

A educação inclusiva “Busca perceber e atender as necessidades

educativas especiais de todos os sujeitos alunos, em salas de aulas comuns,

em um sistema regular de ensino de forma a promover a aprendizagem e o

desenvolvimento pessoal de todos. (WIKIPÉDIA, 2006, s/n).

Tais princípios encontram fundamentação legal, filosófica e político-

educacional nos seguintes documentos:

.Declaração Universal dos Direitos Humanos;

.Convenção sobre os Direitos da Criança;

.Declaração de Jomtien (Tailândia);

.Declaração de Salamanca (Espanha);

.Constituição da República Federativa do Brasil;

.Declaração da Guatemala

.Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº9394/96).

.Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

Para os professores do ensino regular, o conhecimento dessas

diretrizes torna-se auxílio a integração de alunos com alguma dificuldade

sensorial e/ou motora e também para os que possuam distúrbios de

aprendizagem.

Entretanto, sabe-se que a prática inclusiva vai além da acomodação

desses indivíduos em sala de aula na escola comum. E que em algumas

regiões brasileiras, o professor carece de apoio especializado, principalmente

por parte da equipe técnico-administrativa.

Assim, o supervisor escolar consciente de sua função mediadora no

processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais,

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poderá ser um elemento capaz de minimizar estas dificuldades; planejando

ações educativas para tratar de questões inerentes ao ensino e aprendizagem.

E também, atividades que contemplem atitudes de respeito à diversidade.

De acordo com MENDES e SILVA, 2001, p.28 “Para um projeto

educativo baseado nos princípios de integração/inclusão, devemos pensar

numa renovação pedagógica, que considere as diferenças” e neste sentido, o

papel do supervisor será essencial.

Por esta razão, o estudo proposto objetiva avaliar a ação da

supervisão escolar no contexto da pedagogia inclusiva, a fim de verificar sua

contribuição à comunidade escolar, principalmente aos alunos com

necessidades educacionais especiais; tendo como fundamentos teóricos e

metodológicos ações voltadas para a valorização da diversidade humana e o

direito de pertencer (premissas à cidadania de fato).

Para melhor compreensão, os capítulos 1 e 2 tiveram por objetivo

situar o leitor no entendimento a cerca dos assuntos que seriam desenvolvidos,

identificando questões específicas; reportando-se a literatura sobre as áreas,

quando necessário, a fim de oferecer um referencial teórico apropriado. E

posteriormente no capítulo 3, foi apresentada a problematização do objeto de

investigação como resposta a questão formulada na hipótese (no começo da

pesquisa).

CAPÍTULO 1

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FUNÇÕES E OBJETIVOS

Apesar da Lei 94.142 de 1975 ter precedido o processo, pode-se

dizer que a origem da educação inclusiva foi um movimento iniciado nos

Estados Unidos a partir da década de 80 chamado: REGULAR EDUCATION

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INICIATIVE (REI) e seu objetivo era incluir no ensino comum crianças com

algum tipo de deficiência.

A literatura apresenta os autores: Stainback, Wang e Walberg como

seus principais representantes e suas idéias eram de unificar a então

educação especial à regular, formando um sistema educacional único.

Os fundamentos ao ensino inclusivo ganharam notoriedade um pouco

mais tarde, em 1994, através da CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE

NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, na Espanha, cujo teor deu

origem a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, documento norteador para as

diretrizes legais publicadas posteriormente.

Neste contexto, a declaração proclamou que:

.cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a

oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de

aprendizagem.

.cada criança tem características, interesses, capacidades e

necessidades de aprendizagem que lhe são próprias;

.os sistemas de educação devem ser planeados e os programas

educativos implementados tendo em vista a vasta diversidade destas

características e necessidades;

.as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem

ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar

através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro

destas necessidades;

.as escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem

os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias,

criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade

inclusiva e atingindo a educação para todos; além disso,

proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e

promovem a eficiência, numa óptima relação custo-qualidade, de todo

o sistema educativo.

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No Brasil, iniciativas para oferecer educação a indivíduos com

necessidades educacionais especiais foram relatadas já no século XIX.

Entretanto, a falta de subsídios teóricos, sobretudo metodológicos,

comprometeu a qualidade desses serviços até o final do século seguinte,

praticamente.

A Constituição Federal de 1988 estabelece “atendimento educacional

especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular

de ensino” e a LDB 9394/96, no capítulo que trata da educação especial:

“[...] modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente

na rede regular de ensino, para educandos portadores de

necessidades especiais... haverá, quando necessário, serviços de

apoio especializado, na escola regular, para atender às

peculiaridades da clientela de educação especial... o atendimento

educacional será feito em classes, escolas ou serviços

especializados, sempre que, em função das condições específicas

dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de

ensino regular...”

Analisando os objetivos propostos nos documentos citados e para

melhor compreensão do tema, será relevante apresentar algumas definições

sobre o que seja educação inclusiva.

De acordo com MERCH, 1998, p. 38 “Por educação inclusiva se

entende o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou

de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus

graus.”

Assim, é um processo onde se aumenta a participação de todos os

estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, sem discriminação; o que

pode ser entendido segundo as palavras de GIL, 2005, p.12:

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“A Educação Inclusiva é um sistema de educação e ensino em que

todos os alunos com necessidades educacionais especiais, incluindo

os alunos com deficiência, freqüentam as escolas comuns, da rede

pública ou privada, com colegas sem deficiências.”

Outro conceito importante neste momento é o entendimento do que seja

um indivíduo com necessidades educacionais especiais. Para tanto, será

apresentada a definição de ALMEIDA, 2003, s/n:

“É o educando que apresente, em caracter permanente ou temporário, algum tipo de deficiência física, sensorial, cognitiva, múltipla, condutas típicas ou de altas habilidades, necessitando por isso, de recursos especializados para desenvolver plenamente seu potencial e/ou superar ou minimizar suas dificuldades.”

Desta forma, a proposta inclusiva deve estar fundamentada no princípio

da igualdade, no tocante ao acesso do conteúdo para a aprendizagem, sem

ignorar as prováveis limitações que os alunos com NEE encontrarão no ensino

regular.

A equipe pedagógica, neste contexto, tem a função de estruturar novas

formas de ensinar e outras modalidades de avaliação. Conforme GUIMARÃES

apud JESUS, 2008, p.2, percebe-se a necessidade de adequação curricular e

na didática que será utilizada na escola inclusiva:

“Inclusão postula uma reestruturação do sistema de ensino, com o objetivo de fazer com que a escola se torne aberta às diferenças e competente para trabalhar com todos os educandos sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais.”

Embora não seja objeto deste estudo, há três correntes que orientam a

educação inclusiva, a saber: a dos legalistas (fundamentam-se nos princípios

legais e na obrigatoriedade do Estado); a dos adaptadores (limitam-se a

integração dos alunos) e a dos que pleiteiam por uma nova forma de

organização escolar.

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1.1 – Sistema educacional inclusivo

Os termos INTEGRAÇÃO e INCLUSÃO são frequentemente

empregados como sinônimos. Porém, no contexto educacional, sobretudo no

assunto em questão, apresentam diferenças significativas:

O ensino integrado tem por objetivo adaptar o aluno à escola. Já o

ensino inclusivo, considera a diversidade e respeita às necessidades

individuais para a aprendizagem.

Na literatura, os princípios da integração são específicos da educação

especial: “o princípio da integração apresenta como pressuposto ideológico

que todos são iguais e por isso podem estar juntos” (SILVA, 2008, s/n). E

nesta concepção, o aluno com necessidades educacionais especiais poderia

ser inserido no ensino regular com apoio de recursos específicos.

A proposta inclusiva vai além, porque pretende através da igualdade de

acesso, socializar as diferenças num mesmo ambiente educativo (utilizando

métodos auxiliares e profissionais habilitados, evidentemente).

Cabe salientar que um sistema educacional inclusivo deve estar atento

para que não aconteça a segregação dos alunos, ditos especiais, dentro das

salas de aula comum.

De acordo com MERCH (1998, p.3) o conceito de inclusão não é:

-levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do

professor especializado;

-ignorar as necessidades específicas da criança;

-fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento,

ao mesmo tempo e para todas as idades;

-extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo;

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-esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças

portadoras de necessidades especiais sem um suporte técnico.

Atualmente, algumas condições necessárias para a aplicação da

educação inclusiva vêm sendo apresentadas por estudiosos, fundamentadas

nas necessidades para atender aos alunos com NEE na escola regular e nas

limitações do corpo docente sobre vários aspectos inerentes a diversidade do

assunto:

Segundo BEYER, 2005 apud JESUS, 2008, p.4 “(...) as condições

apontadas são: a individualização do ensino, que significa a individualização

dos alvos, da didática e da avaliação; o sistema de bidocência; o conceito de

educação especial subsidiária...”

Por outro lado, questões relacionadas com a bidocência (e/ou apoio de

profissionais auxiliares) apesar de diminuírem as dificuldades no diálogo entre

o professor e o aluno, podem incorrer no questionamento sobre a autonomia

do mestre dentro de sua classe ou até em interferências negativas quanto a

sua colocação enquanto regente do coletivo. Por isso devem ser avaliadas

com bastante cautela.

Identificar se a escola está adaptada ou almeja adaptar-se ao sistema

educacional inclusivo parece ser o mais relevante no momento. Assim, validar

o seu comprometimento com a missão inclusiva pode ser medida através de

seu empenho a fim de romper as prováveis barreiras ao ensino inclusivo. Tais

como: Acessibilidade física aos locais; atitudes discriminatórias sobre

todos os gêneros e a falta de recursos pedagógicos.

Não podemos esquecer de que, ao falarmos de inclusão estamos nos

referindo não apenas a indivíduos com necessidades educacionais especiais

(sensoriais ou cognitivas), mas também aos que representam algum tipo de

minoria marginalizada; menores infratores, por exemplo, ou até os pequenos

grupos étnicos. A questão predominante na educação inclusiva é reconhecer

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que todos são capazes de aprender num mesmo ambiente, conforme

argumenta ALVES, 2009, p.16:

“Incluir quer dizer que podemos deixar pertencer, adaptando-os em

todos os aspectos, mostrando-os o que fazer, para que e com quem

utilizar o seu corpo fazendo-o aprender através de atividades não só

específicas, mas transformadas e adaptadas.”

O quadro a seguir, organizado através de informações obtidas no artigo:

fundamentos para a educação inclusiva (publicado por Julianne Fischer)

têm por objetivo melhor apresentar as vantagens no processo de socialização

dos alunos dentro de um ambiente inclusivo, apontando possíveis melhorias no

cotidiano desses indivíduos (dentro e fora da sala de aula).

BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO:

ESTUDANTES SEM DEFICIÊNCIAS

ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIAS

. Tem acesso a uma gama bem mais ampla de papéis sociais;

. Perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente;

. Desenvolvem a cooperação e a paciência;

. Adquirem grande senso de responsabilidade;

. Melhoram o rendimento escolar;

. São melhor preparados para a vida adulta, porque desde cedo

assimilam que as pessoas, as famílias e os espaços sociais

não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras

para o ser humano.

. Aprendem a gostar da diversidade; . Adquirem experiência direta com a variedade das capacidades humanas; . Demonstram crescente responsabilidade e melhor aprendizagem através do trabalho em grupo, com outros deficientes ou não. . Ficam melhor preparados para a vida adulta em sociedade diversificada: entendem que são diferentes, mas não inferiores.

Desta maneira, pode-se concluir que a função da educação inclusiva

está intimamente relacionada com o conceito de cidadania (através da

valorização da espécie humana).

Respeitar a diversidade e reconhecer a participação dos saberes

individuais como um elemento válido para a aprendizagem do coletivo é mais

do que a simples transferência do conteúdo programático por parte do corpo

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docente; é a culminância de todo um processo pedagógico que vise a

excelência em sua missão de ensinar!

ALMEIDA, 2003, p.2 diz que:

“Na escola inclusiva o processo educativo deve ser entendido como

um processo social, onde todas as crianças portadoras de

necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o

direito à escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a

ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na

comunidade.”

Uma tarefa que se pretende realizar em parceira entre o corpo docente,

discente, equipe técnico-administrativa, pais de alunos... Ninguém será menos

importante neste trabalho e todas as iniciativas serão válidas. Portanto; um

processo sujeito a reformulações e até mesmo a insucessos. Mas, sobretudo,

que deve ser visto como uma mudança de paradigmas, um passo na

transformação para a educação de qualidade a todos!

CAPÍTULO 2

SUPERVISÃO ESCOLAR: DA ORIGEM A EVOLUÇÃO

O conceito de vigilância está associado à supervisão escolar desde sua

origem na antiguidade, onde o supervisor era um agente de responsabilidade

específica: Acompanhar o funcionamento da escola; característica que

ainda persiste em associar a profissão ao controle da produtividade,

deturpando seus principais objetivos nos dias atuais.

Até a revolução francesa, não se havia preocupação com a inspeção

sobre o conteúdo ministrado pelo professor. Foi com o surgimento do inspetor

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técnico (que substituiu o encarregado em fiscalizar as rotinas meramente

administrativas) que as atividades pedagógicas passaram a ser monitoradas

com o objetivo de avaliar a ação docente.

No Brasil somente em 1931, através do Decreto-Lei Nº 19890, que a

função foi consolidada, apesar de haver vestígios da ação supervisora desde o

século XVI pelos jesuítas (com a Ratio Studiorum).

O modelo de supervisão escolar implantado no país foi bastante

influenciado pelo dos Estados Unidos (originado no século XVIII como

inspeção escolar) sob os moldes do processo industrial e pelo Programa

Americano-Brasileiro de Apoio ao Ensino Elementar (PABAEE) que foi um

convênio com o governo americano para a qualificação dos professores da

rede primária e formação técnica de supervisores de acordo com o padrão de

educação norte-americana.

O principal objetivo do PABAEE era formar liderança educacional que

atuasse como reprodução do sistema capitalista vigente, a fim de garantir a

estabilidade política e econômica. Assim, as características autoritárias dos

supervisores ficavam cada vez mais evidentes; através da imposição de

metodologias alheias a realidade local e pela concentração no controle da

produtividade docente.

A evolução do conceito de supervisão como inspeção para a concepção

de supervisão educacional ocorreu na metade da década de 70, praticamente,

sobretudo como a fusão dos estados que deram origem ao Estado do Rio de

Janeiro (em 1975).

Na prática, as atividades de assessoramento técnico-pedagógico foram

incorporadas a inspeção administrativa; garantindo maior abrangência no

sistema educativo e a preocupação com o conteúdo curricular passou a ser o

foco de maior atenção.

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Durante o período que precedeu a nova LDB (nº9394/96) surgiram

várias críticas quanto a atuação deste profissional, sinalizando a necessidade

de redefinição de suas atribuições nas instituições e foi a partir deste momento

que um novo conceito: o de parceiro político-pedagógico do professor na

realização do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) apontou para

a sua função interacionista na escola, conforme argumenta

ALARCÃO,2005,p.12:

“Ao superpoder orientador e controlador contrapõe-se uma

concepção mais pedagógica da supervisão concebida como

uma co-construção, com os professores, do trabalho diário de

todos na escola. O supervisor passa, assim, a ser parte

integrante do coletivo dos professores, e a supervisão realiza-

se em trabalho de grupo.”

Para melhor compreender a evolução no progresso da supervisão

escolar é preciso dividi-la em três períodos distintos: Inicialmente, a fase

fiscalizadora (interessada no cumprimento das leis e na manutenção das

rotinas administrativas), inflexível e adotada de maneira única para todos os

países, ignorando desta forma as especificidades locais; a fase construtiva

(preocupada com a qualificação profissional para a melhoria do ensino)

também entendida como supervisão orientadora e a fase criativa (distingui-

se da inspeção e tem por objetivo ações para a melhoria do processo de

ensino-aprendizagem) através do trabalho coorporativo e democrático com o

corpo docente (é o perfil atual do profissional, ou pelo menos o que se espera

que seja).

Segundo NERECI, 1984, p.27 “supervisão escolar significa visão sobre

todo o processo educativo, para que a escola possa alcançar os objetivos da

educação e os objetivos específicos da própria escola.” Para tanto, é preciso

saber quais seriam as suas funções (conforme o item a seguir).

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2.1 – Funções da supervisão escolar

Devido à multiplicidade de tarefas tais como: supervisão do currículo; do

planejamento do ensino; da escolha do livro didático; dos métodos de

avaliação e recuperação e etc. As funções da supervisão escolar parecem

ilimitadas. Entretanto, podem ser classificadas em funções técnicas;

administrativas e sociais.

Enquanto assistência técnica, objetiva orientar os procedimentos

didáticos numa espécie de consultoria pedagógica, identificando as possíveis

falhas no processo de ensino-aprendizagem no intuito de auxiliar o professor

sem interferir diretamente na execução das tarefas.

CUBERLEY apud NERECI, 1984, p.44 diz que “a função do supervisor é

diagnosticar a necessidade, oferecer sugestões e ajuda, e não observar com

espírito de crítica o que o professor faz ou deixa de fazer.”

As funções administrativas, também de natureza de cooperativa,

almejam pelo êxito na execução das atividades gerenciais e para tanto

orientam para o desenvolvimento satisfatório das rotinas. Contudo, não tem a

pretensão de substituir a direção da unidade (conforme pode parecer em

algumas situações). SILVA JUNIOR (1997, p.102) diz que “supervisionar uma

escola é orientar sua administração para a realização do ensino, seu objetivo

precípuo”

Assim, o principal objetivo da ação supervisora é oferecer orientação

especializada, sobretudo ao corpo docente, a fim de atender suas

necessidades profissionais para o aperfeiçoamento das atividades que serão

realizadas no contexto da escola.

O perfil de mediador (próximo assunto a ser apresentado) está

intimamente relacionado com as funções sociais da supervisão e ao contrário

das comentadas anteriormente, possui bastante semelhança com o serviço de

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orientação educacional, uma vez que se aproxima da realidade do aluno e da

comunidade em geral, a fim de estabelecer boas relações de convivência no

ambiente escolar.

2.2 – Supervisor escolar: Um mediador de idéias!

Planejar, acompanhar o desenvolvimento das atividades e por

consequência avaliar o resultado final, é de responsabilidade do supervisor na

escola. Por esta razão, identificar algumas competências no perfil deste

profissional se faz necessário:

Segundo o American Association of School Administrators apud

NERECI, 1984, p.60, os requisitos essências para o pleno exercício da função

são:

“1-Capacidade de visão de conjunto, isto é, de situar cada problema

no contexto da situação geral

2-Capacidade de facilmente compreender as pessoas com quem

trabalhe.

3-Capacidade de analisar, isentamente, as situações de trabalho que

causem tensões.

4-Experiência como administrador de escola do grau em que irá

trabalhar.

5-Experiência como professor no grau de escola que irá trabalhar.

6-Capacidade de lidar com os diversos aspectos técnicos da sua

profissão.

7-Elevado nível de inteligência.

8-Experiência geral de administração.”

Igualmente, para a supervisão escolar funcionar de maneira satisfatória,

deverá possuir características como: cooperação com a equipe e demais

participantes da comunidade; integração com a proposta pedagógica da

escola; postura científica coerente com o projeto político pedagógico;

flexibilidade sob os aspectos inerentes a relações interpessoais e afins e

principalmente: permanência ideológica em oposição às constantes

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mudanças nas políticas educacionais (em virtude da transição dos

governantes).

Sob este aspecto, também pode ser identificado o estilo de intervenção

que será adotado por este profissional. Sendo autocrático, o

comprometimento na execução das tarefas passa a ser visto como impositivo

sobre a equipe, uma vez que a tomada de decisão e o desenvolvimento da

ação são direcionados pelo mesmo; o que provoca bastante resistência nos

professores, os quais questionam a sua autonomia de ação sob a prática

pedagógica em sala de aula.

Em contra partida, a supervisão democrática, fundamentada nos

princípios de respeito às diferenças de opinião e agente motivador para o

planejamento participativo (quando houver), demonstra maior empatia,

evidentemente, e a ação supervisora se torna menos hotilizada pelo grupo. A

partir desta visão, surge sua característica mais intrínseca: a mediação de

idéias!

Ser um articulador dinâmico entre a gestão, corpo docente e

comunidade escolar; capaz de incentivar a equipe na direção de objetivos

voltados para a construção de propostas à melhoria do ensino em geral, este é

o perfil da mediação pedagógica exercida pelo supervisor educacional.

Nesta perspectiva, desempenha ações menos burocráticas e mais

didáticas, dando ênfase às necessidades reais da instituição ou sistema onde

atue. Se no passado, era uma função controladora da qualidade de ensino, na

atualidade, visa articular em parceria com a equipe técnico-administrativa a

construção, o desenvolvimento e a avaliação do projeto político pedagógico.

Desta forma, suas atitudes estão voltadas para todo o processo sócio-

educativo dentro da escola e envolvem desde a relação professor-aluno ao

clima institucional e as relações de poder no contexto educacional.

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2.2.1 – O supervisor educacional na mediação escolar

Identificar situações de divergência nas relações interpessoais no

ambiente escolar pode ser uma oportunidade de colaborar como mediação de

conflitos e a intervenção do supervisor educacional pode ser eficiente.

O Instituto de Mediação da Universidade Lusófona do Porto, 2009, s/n,

define mediação escolar como:

“A mediação escolar é um meio de diálogo e de reencontro

interpessoal, de resolução dos conflitos, em que um terceiro, neutro e

imparcial, auxilia os indivíduos a comunicar, a negociar e a alcançar

compromissos mutuamente satisfatórios.”

Na maioria das vezes, é verificado que os principais geradores de

conflitos nas relações interpessoais na escola são oriundos da competição

entre os professores; o que é comumente denominado de competição sadia

(mascarada por questões pessoais ou mesmo pelo medo de perder algum tipo

de vantagem sobre o coletivo).

Estudos apontam que esta técnica de “fomentar a produtividade” na

verdade não produz nenhum tipo de relevância, principalmente dentro de um

ambiente para o desenvolvimento intelectual. Ao contrário, acaba induzindo a

um comportamento individualista e egocêntrico numa personalidade ainda em

formação no aluno, conforme é observado por MATARUNA apud

HENRIQUES, 2007, p.7:

“A competição sadia não existe. A competição é um fenômeno cultural

e humano, e não constituído do biológico. Como fenômeno humano, a

competição se constitui na negação do outro. (...) O mais grave é que,

sob o discurso que valoriza a competição como um bem social, não se

vê a emoção que constitui a práxis de competir, que é a que constitui as

ações que negam o outro.”

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Nesta situação, o supervisor deve estar atento ao nível da

competitividade e, sobretudo as causas que a motivam, ciente de que o

estabelecimento de prestígio (neste caso se refere a destaque intelectual)

fatalmente gera conflitos, os quais devem ser mediados se evidenciando os

verdadeiros motivos a fim de minimizar os efeitos negativos da rivalidade no

grupo.

A psicóloga Julieta Arsênio, 2009, s/n, em estudos sobre a necessidade

de mediação escolar recomenda este recurso nos seguintes casos:

“1-tem relação, que se perpetua no tempo,se quer terminar com o

problema, mas não com a relação;

2-as partes querem conservar o controle sobre o resultado;

3-quando as partes compartilham algum grau de responsabilidade

pelo estado do conflito;

4-quando existe uma variedade de soluções; 5-quando a disputa não convém a ninguém e nenhuma delas deseja

estabelecer um juízo;

6-quando não existe grande desequilíbrio de poder;

“7-quando se quer resolver o conflito rapidamente”

A mediação não é aconselhada quando a situação ultrapassar as

esferas da conciliação, partindo para ações de natureza jurídica; onde há

comprometimento da ordem e principalmente da segurança, no caso do uso de

drogas ou furtos na instituição, por exemplo.

De acordo com NERECI, 1984, p.61, o perfil do supervisor nos dias

atuais pode ser entendido como:

“(...) o supervisor moderno deve ser uma pessoa capaz, bem

preparada desde o ponto de vista educacional e psicológico,

agradável e especialista no processo democrático de grupo.

Reconhece seu papel como líder e consegue a cooperação de seus

companheiros da administração e dos professores em todas as

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decisões importantes que afetem a eles mesmos e à situação de

ensino-aprendizagem.”

Essas atitudes facilitarão suas relações com a equipe na medida em

que o trabalho coletivo será conduzido de maneira mais coorporativa; um

grupo que não trabalhe em união, com objetivos em comum, dificilmente irá

obter motivação para o planejamento e a execução das atividades.

Dentro deste contexto, SPINELLI, 2007, s/n, acrescenta que:

“Para realizar sua prática o supervisor não deve esquecer que a

relação humana desenvolve-se individualmente e em grupo, no

processo de comunicação. Portanto, reafirmará condições para

neutralizar os fatores que afetam a comunicação: natureza do processo

de comunicação (símbolos); posição relativa do emissor e receptor;

influência dos membros do grupo acima de ambos (...) canalizar para o

consenso do grupo as opiniões extremadas; dar significado da

mensagem para o grupo; considerar o tamanho do grupo; discutir em

grupo de forma produtiva; eliminar boatos e ruídos; considerar as

diferenças individuais (experiência, percepção, motivação, Inteligência,

habilidades lingüísticas, personalidade, defeitos sensoriais,

neurológicos ou de fala).”

Um elemento norteador para a aplicação de metodologias direcionadas

ao relacionamento da equipe no ambiente de trabalho pode ser encontrado

nas teorias desenvolvidas dentro do campo da psicologia institucional como: O poder e a luta pelo poder na escola; as lideranças e seus estilos; os

conflitos, competições, rivalidade entre os profissionais; o processo de

comunicação na equipe (ruídos, bloqueios e filtragens); os vínculos de

tarefas afetadas por vínculos interpessoais e consequentemente o

isolamento e a ritualização das atividades.

A supervisão escolar poderá desempenhar uma função mediadora

evitando o desvio do projeto pedagógico e auxiliando o corpo docente e ao

alunado em seu desenvolvimento tanto cognitivo, quanto afetivo e social,

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estimulando questões relacionadas à auto-estima e ao comprometimento com

a prática pedagógica, direcionadas para o respeito e o bem estar do coletivo.

CAPÍTULO 3

SUPERVISÃO ESCOLAR E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Até o momento, procurou-se estabelecer os fundamentos teóricos e

metodológicos para a legitimação da filosofia inclusiva e da ação supervisora

dentro da escola. Com base na literatura estudada, verificou-se que tanto o

processo de inclusão quanto a prática da supervisão escolar dependem de

uma relação de interdependência mútua para o êxito. Ou seja, de uma prática

pedagógica compartilhada entre o planejamento programado pela

coordenação e a didática a ser adotada pelo corpo docente, considerando a

realidade a ser trabalhada.

Na Declaração de Salamanca, 2004, o artigo 37 diz que “Toda a

escola deve ser uma comunidade coletivamente responsável pelo êxito ou

fracasso de cada aluno. O corpo docente, e não cada professor, deverá

partilhar a responsabilidade do ensino ministrado a crianças com necessidades

especiais”. Então, o conhecimento das diferentes necessidades educacionais

especiais e de suas diretrizes legais será o norteador para a supervisão poder

traçar linhas de ação em educação inclusiva.

De acordo com as Diretrizes Nacionais de Educação Especial para a

Educação Básica, 2001, s/d estas necessidades estão divididas em:

a) alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou

limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o

acompanhamento das atividades curriculares: aquelas não

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vinculadas a uma causa orgânica específica ou aquelas

relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;

b) alunos com dificuldades de comunicação e sinalização

diferenciadas dos demais alunos;

c) alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que

apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a

algum tema ou grande criatividade ou talento específico.”

Neste propósito, novos conceitos são fundamentais para entender as

possibilidades de inclusão destes alunos, conforme apresenta RHODEN e

SILVA, 2001, apud SILVA et. ali, 2007, p.23:

‘Itinerância- serviço de orientação e supervisão pedagógica

desenvolvida por professores especializados que fazem visitas

periódicas às escolas para trabalhar com os alunos que apresentem

necessidades educacionais especiais e com seus respectivos

professores da classe comum da rede regular de ensino.

Professores intérpretes- são profissionais especializados para

apoiar alunos surdos, surdo-cegos e outros que apresentem sérios

comprometimentos de comunicação e sinalização

Tecnologias Assistivas (TA)- expressão usada para identificar todo

o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar

ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e,

conseqüentemente promover vida independente e inclusão”

A utilização da sala de recursos multifuncionais vem

complementando o processo de ensino e aprendizagem dos alunos com NEE

através de tecnologias assistivas em ambientes adaptados às diversas

demandas. Há também o recurso denominado de sala de aceleração cujo

objetivo é dinamizar as questões inerentes a suplementações curriculares (no

caso dos superdotados) ou de complementação para as demais necessidades.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº9394/96) permite

a criação de salas de aula específicas para a educação especial dentro da

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unidade escolar caso seja evidenciado a impossibilidade de se incluir esses

alunos em classes regulares e a principal função da supervisão educacional

neste contexto será organizar e planejar as adaptações curriculares, sem

perder os objetivos e finalidades da educação em geral.

Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais- adaptações

curriculares, 1999, s/n, essas adaptações são entendidas como o suporte para

a ação pedagógica do professor e estão voltadas para as capacidades, o

potencial e a zona de desenvolvimento proximal e não nas deficiências e

limitações do aluno:

“as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e as

ações docentes fundamentadas em critérios que definem: o que o

aluno deve aprender; como e quando aprender; que formas de

organização são mais eficientes para o processo de aprendizagem;

como e quando avaliar o aluno”

É pertinente acrescentar a existência do termo de certificação de

terminalidade específica para alunos onde seja evidenciada a inviabilidade

de sua permanência no sistema regular de ensino. Esta habilitação será

conferida para efeitos de comprovação da escolaridade atingida, levando-se

em consideração todo o processo avaliativo despedido e pareceres técnicos

individualizados.

Com referência aos últimos dados estatísticos do MEC, atualmente

cerca de 50% dos alunos com alguma deficiência estão matriculados nas

escolas públicas e estudos comprovaram que mais de 80% são capazes de

frequentar classes comuns. Desta forma, o supervisor ou coordenador

pedagógico (CP) no sistema educacional inclusivo, tem a função de articular o

projeto pedagógico em parceria com a equipe da escola a fim de proporcionar

ao alunado a garantia de acesso igualitário aos recursos didáticos

indispensáveis para a aprendizagem, e viabilizar ao corpo docente a

continuidade do aprimoramento profissional para dar assistência às demandas

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pertinentes às necessidades educacionais especiais. Conforme complementa

BACKES e PEREIRA, 2007, p.28-29:

“Para a efetivação da proposta inclusiva, além da reestruturação

curricular, deverá a escola contar com apoio especializado,

qualificação de pessoal docente, o que se supõe investimentos na

formação inicial e continuada. Neste processo, está implícito o

envolvimento e o comprometimento do supervisor escolar”

3.1 – A ação supervisora na educação inclusiva

A finalidade da supervisão em uma unidade escolar pode ser

entendida como a fusão de todas as atividades envolvidas no processo de

ensino e aprendizagem, onde a coordenação da proposta pedagógica

complementará a ação docente, conforme argumenta RANGEL, 1999, p.75:

“‘o objeto específico da função supervisora em nível escolar é o processo de ensino aprendizagem. E a abrangência do processo de ensino aprendizagem inclui: a supervisão do currículo, a supervisão dos programas, a supervisão da escolha de livros didáticos, a supervisão do planejamento de ensino, a supervisão dos métodos de ensino, a supervisão da avaliação, supervisão da recuperação, supervisão e projeto da escola, supervisão e pesquisa.”

No contexto da filosofia inclusiva, a ação supervisora deve estar

pautada numa política educativa comprometida com o exercício da cidadania;

a qual deve disponibilizar aos alunos recursos que venham a contribuir para

novas oportunidades de aprendizagem; ampliação cultural e participação em

atividades que visem à melhoria da qualidade do ensino, bem como o

fortalecimento da auto-estima.

Deve também ter o compromisso de dinamizar ações educativas

suplementadas por recursos pedagógicos capazes de despertar

potencialidades; contribuir para o desenvolvimento do senso crítico e a

compreensão da realidade, proporcionando um cotidiano escolar agradável e

favorável aos desafios das relações interpessoais e da educação para a vida

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em sociedade; iniciativas possíveis através da colaboração do gestor, corpo

docente, funcionários e pais dos alunos.

Neste contexto, GÉGLIO, 2001, p.116, diz que:

“Em determinadas situações, é possível verificar que a atuação do CP no cotidiano escolar ultrapassa, em muito, suas atribuições profissionais, em razão da burocracia e do ordenamento do sistema escolar (...) focamos nosso olhar nesses momentos do CP, em que ele assume responsabilidades de caráter pedagógico e burocrático, com atividades programadas e assertivas, mas também com ações urgentes e incertas da escola, que estão além dos limites profissionais. Sobretudo diante do desafio de acolher e atender a todos, com suas particularidades e necessidades, ele se revela um autêntico agente da inclusão”

3.2 – O apoio da supervisão escolar aos alunos com NEE

A atualização permanente, quanto aos direitos dos indivíduos com

necessidades educacionais especiais será uma possibilidade de auxílio do

supervisor educacional neste processo. Alunos com dislexia, por exemplo,

podem realizar uma avaliação individualizada em ocasiões de provas. No

Brasil a associação que os representa emite laudos que lhes conferem pleitear

pela diversidade no processo avaliativo (em São Paulo e Brasília já existem

vestibulares específicos para disléxicos). Na capital paulista há também

legislação e ações para a identificação e o tratamento adequado nas escolas

estaduais.

Incentivar para a criação de uma equipe multifuncional responsável

pelo diagnóstico de determinada deficiência ou indicação terapêutica para

transtornos emocionais em decorrência das mesmas; atuar junto à

comunidade escolar no estabelecimento de práticas educacionais inclusivas;

planejar com a instituição mantenedora um programa de capacitação para o

corpo docente na linguagem de sinais (LIBRAS) são ações propostas ao

parceiro político pedagógico do professor, conforme foi mencionado

anteriormente, e estão de acordo com a principal finalidade da supervisão que

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é dinamizar o processo de ensino e aprendizagem. O que pode ser ratificado

através do pensamento de BACKES e PEREIRA, 2007, p.27:

“Quando falamos na aprendizagem como objeto de trabalho do

supervisor escolar, estamos nos referindo a todos os envolvidos no

processo educativo: pais, alunos, professores, funcionários, ou seja, a

relação que ocorre entre quem ensina e aprende, ambos imbricados

em processos simultâneos que gera a aprendizagem. Neste sentido, a

função do Supervisor Escolar é problematizar, ponderar, discutir e

acompanhar, com o professor, a aprendizagem de seus alunos,

assumindo junto com ele esse compromisso.”

A resistência de membros da equipe em trabalhar com alunos com

NEE em virtude da insegurança quanto às práticas pedagógicas que serão

adotadas, sobretudo, o receio fundamentado nas prováveis dificuldades de

interação com os demais dentro da classe comum, são barreiras ao ensino

inclusivo que o supervisor escolar deverá estar atento para que o processo de

inclusão não esbarre em questões inerentes da falta de orientação sobre a

educação para a diversidade.

Segundo GUSSON-AGUIAR, 2006, p.41 algumas iniciativas poderão

ser direcionadas na intenção de conscientizar a equipe, e neste propósito

caberá ao supervisor a função de mediação:

‘Como uma das atribuições do coordenador pedagógico caberá

identificar entre o grupo de funcionários e, em especial, o de

professores, os que dificultam o processo de inclusão, não por falta de

competência técnica, mas por sua dificuldade em elaborar suas

limitações emocionais frente à presença do aluno com deficiência.

Mesmo com estas possíveis dificuldades, o coordenador pedagógico

deverá criar estratégias para articular a reflexão e as ações que abram

caminhos para o acesso e a permanência deste aluno.”

Entretanto, há de se ter cautela a fim de não parecer tendencioso e de

certa maneira precipitado, associar a imagem do supervisor escolar a de

agente responsável por apontar soluções para questões relativas à inclusão de

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alunos com NEE, quando sabemos que elas dependem principalmente da

colaboração e do trabalho coletivo. Sua proposta para efetivação da educação

inclusiva deve ser entendida como uma iniciativa cujo êxito depende da ação

de várias partes envolvidas no processo; afinal, incluir vai além da idéia de

deixar pertencer, como poderia ser definido.

Nesta situação, a função do supervisor e/ou coordenador pedagógico

(CP), será a de prestar assessoria especializada a fim de programar,

acompanhar e posteriormente validar o êxito das atividades necessárias para a

implantação da pedagogia inclusiva, conforme é justificado por GUSSON-

AGUIAR, 2006, p.36:

“Precisamos relembrar que a função do coordenador pedagógico

esbarra no querer e no fazer de outros trabalhadores, portanto seu

trabalho não despende exclusivamente de sua atenção, mas sempre

da parceria com outros seguimentos da escola e da comunidade. Desta

forma a tarefa de inclusão não é exclusiva deste profissional, mas a ele

cabe o papel de mediador e articulador para uma inclusão real.”

CONCLUSÃO

A literatura analisada permitiu além do aprofundamento teórico sobre

os dois assuntos tratados neste estudo, uma visão crítica e reflexiva a cerca da

finalidade da ação supervisora no contexto da educação inclusiva.

A princípio, devido às dificuldades implícitas no processo de

integração dos alunos com necessidades educacionais especiais, acreditava

que a função da supervisão escolar era pouco expressiva e sua participação

no sistema educacional inclusivo, meramente técnico-burocrática.

Contudo, de acordo com as questões apresentadas no capítulo 3,

pude verificar que muitas vezes o querer fazer do supervisor é limitado por

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situações alheias as suas condições de trabalho. Um exemplo que poderia ser

citado nesta oportunidade são os entraves a homologação da resolução nº13

do Conselho Nacional de Educação (atualmente em trâmite no Congresso

Nacional), a qual garante o direito a todas as crianças com deficiência de

frequentarem as classes da escola comum.

A oposição ao movimento da educação para todos em classe comum,

está fundamentada na ação dos que argumentam pela inviabilidade ideológica

contida na proposta da pedagogia inclusiva. O que vem a ser contraditório as

iniciativas governamentais que anunciaram a instalação de espaços

multifuncionais, com estruturas adaptadas para atender as diferentes

necessidades educacionais dos alunos com NEE, até o final deste ano.

Perfazendo um total de 10 mil unidades que serão integradas as redes

públicas.

Assim, conclui-se que incluir é deixar pertencer, investir para a

melhoria das relações humanas através do respeito às diferenças; acreditar

nas potencialidades individuais e dar espaço a utilização dos novos conceitos e

métodos para a aprendizagem e com isso, transpor paradigmas sócio-

educativos.

Para tanto, são modificações gradativas que necessitam de tempo

para sua validação. E como sabemos a proposta inclusiva é relativamente

recente (com pouco mais de uma década de sua efetivação).

O papel da supervisão escolar, neste contexto, será o de viabilizar

ações que favoreçam o diálogo e a compreensão entre os extremos: o que

ensina e o que educa. E em sua função de mediador, o supervisor deverá

articular a proposta pedagógica da escola, dando ênfase ao planejamento

participativo com o corpo docente; utilizando metodologias que permitam aos

alunos com NEE exercerem os seus direitos de cidadãos e erradicando, desta

forma, toda discriminação e qualquer iniciativa que se caracterize como

segregação dentro da sala de aula.

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