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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR GRADE CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA EM UMA ESCOLA TÉCNICA Por: Antonio Eduardo Figueiredo Rangel Orientadora: Prof.ª: MS. Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

GRADE CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

EM UMA ESCOLA TÉCNICA

Por: Antonio Eduardo Figueiredo Rangel

Orientadora:

Prof.ª: MS. Mary Sue Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

GRADE CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

EM UMA ESCOLA TÉCNICA

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como

condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Docência do Ensino Superior.

Por: Antonio Eduardo Figueiredo Rangel

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AGRADECIMENTO

Ao estagiário Thiago Nunes da Silva

pela ajuda na montagem e digitação deste

trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha filha

Carolina Barreto Rangel, que muito me incentivou

neste curso.

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RESUMO

Este trabalho objetiva sintetizar as discrepâncias existentes na

grade curricular do curso técnico de mecânica, em uma escola

técnica. Na nossa visão, as mesmas dificultam a relação entre o

técnico e seu superior imediato (o engenheiro), tendo como

desdobramento maior, a diminuição da performance profissional

do técnico, aliada ao baixo desempenho de um em técnico,

durante entrevistas e/ ou, quando da participação em concursos

públicos .

A metodologia utilizada, baseou-se em pesquisas junto a colegas

de profissão, através de questionários, bem como, experiências

vividas por mim, tanto no passado, como técnico – mecânico,

bem como, hoje em dia, atuando como professor de escola

técnica e engenheiro mecânico.

No final do trabalho, são apresentadas proposições de sugestões

de uma nova grade curricular, contemplando a inclusão de novas

disciplinas de cunho técnico, aumento da carga horária de outras

( já existentes), bem como, exclusão de disciplinas consideradas

fora de época, a nível da realidade de uma indústria moderna.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada, baseou-se na elaboração e

preenchimento de dois questionários, sendo um voltado para o

alunado, e outro para o engenheiro.

As respectivas folhas de respostas foram tabuladas, e a partir daí

foi desenvolvida e apresentada, para discussão, uma proposta de

melhoria da qualidade, bem como, da modernização / atualização

do Curso Técnico de Mecânica, através da alteração da grade

curricular, ao nível da inclusão de novas disciplinas, em

detrimento a exclusão de outras, mudança do conteúdo de umas

poucas disciplinas, bem como, aumento da carga horária das

disciplinas de cunho técnico, consideradas mais importantes para

este curso.

A busca, cada vez mais proeminente, de atualização tecnológica,

aliada a obrigatoriedade de uma melhor qualificação do corpo

discente, impõe uma contínua necessidade de aprimoramento da

grade curricular de um Curso Técnico de Mecânica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...........................................................................................8

CAPÍTULO I ...............................................................................................9

CAPÍTULO II ............................................................................................ 12

CAPÍTULO III ......................................................................................... 14

CAPÍTULO IV .......................................................................................... 20

CAPÍTULO V .......................................................................................... 21

CAPÍTULO VI ......................................................................................... 25

CONCLUSÕES ...................................................................................... 28

BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 29

ÍNDICE ..................................................................................................... 30

ATIVIDADES CULTURAIS........................................................................ 31

FOLHA DE AVALIAÇÃO.......................................................................... 39

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INTRODUÇÃO

O aluno oriundo do curso técnico de mecânica, ao término do mesmo se

defronta com inúmeras dificuldades no seu dia-a-dia de trabalho. Essas

dificuldades, têm como causa raiz sua formação acadêmica, a qual, nos

últimos 08(oito) anos vem apresentando sucessivos declínios na sua

montagem.

Esta precariedade na forma do ensino, por sua vez, tem como raízes,

o abandono político que nosso país vem dando a ela.

A ineficácia da formação acadêmica do aluno, oriundo do curso

técnico de mecânica, traz como desdobramentos, a baixa performance de

qualidade do técnico, o que na maioria das vezes gera rotatividade desta

função nas indústrias, ou na pior das hipóteses, aumenta o número de

excluídos do mercado de trabalho profissional.

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CAPÍTULO I

Neste campo, identificamos alguns aspectos muito claros com relação a

performance de um técnico de mecânica, frente as dificuldades e

“armadilhas” existentes nesta função.

Primeiramente, em uma indústria existem algumas funções, as quais, são

próprias para serem desenvolvidas por um técnico de mecânica, a saber :

- técnico de mecânica na área de produção;

- técnico de mecânica na área de manutenção industrial;

- técnico de mecânica na área de suprimentos ;

- técnico de mecânica na área de qualidade e

- técnico de mecânica na área de projetos.

Na área da produção, o técnico de mecânica, dependendo da sua

experiência, poderá atuar, por exemplo, como um OPERADOR

ESPECIALIZADO de CNC. Nesta função, fundamentalmente, ele deverá

possuir os seguintes conhecimentos: informática básica; leitura e

interpretação em desenho mecânico; ferramentas especiais para usinagem e

conhecimentos básicos de hidráulica e pneumáticos . Também, dependendo

de sua experiência, poderá atuar como um encarregado ou supervisor de

área.

Nesta função, ele deverá possuir os seguintes conhecimentos:

Na Área de Fabricação Mecânica.

- processos de fabricação em geral (deformação a quente, deformação a

frio, usinagem em geral);

- leitura e interpretação de desenho técnico mecânico;

- ensaios mecânicos de materiais;

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- medições industriais;

- controle de qualidade e

- planejamento e controle da produção; dentre outros.

Na Área de Manutenção Industrial

- hidráulica e pneumática básica;

- processos de soldagem;

- leitura e interpretação de desenho técnico mecânico;

- informática básica;

- medições industriais;

- controle de qualidade;

- refrigeração e ar condicionado;

- dentre outros.

Na Área de Suprimentos

- informática básica;

- materiais mecânicos;

- planejamento e controle da produção;

- leitura e interpretação de desenho técnico mecânico;

- dentre outros.

Na Área de Qualidade

- materiais mecânicos;

- ensaios mecânicos de materiais;

- leitura e interpretação de desenho técnico mecânico;

- medições industriais;

- controle da qualidade;

- dentre outros.

Na Área de Projetos

- informática ;

- autocad ;

- materiais mecânicos;

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- leitura e interpretação de desenho técnico mecânico;

- hidráulica e pneumática básica;

- tecnologia mecânica;

- dentre outras.

Em função das explanações acima, estamos observando que a função de

técnico de mecânica não contempla, em nenhuma das atribuições,

conhecimentos na área de desenvolvimento de projetos (a nível de cálculos

mecânicos), o que in verdade, gera uma não conformidade em relação ao

atual conteúdo programático do curso técnico de mecânica, nas escolas

técnicas. Esta prática denota acima de tudo, má utilização da carga horária

disponível.

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CAPÍTULO II

Na evolução do processo de aprendizado, devem ser considerados os

seguintes paradigmas:

a) do aluno:

- construir seu próprio conhecimento ;

- considerar-se como um cliente em formação continuada e

- responsabilizar-se pela aquisição de novos conhecimentos

B ) do professor:

- deve funcionar e atuar, acima de tudo, como um facilitador do processo

ensino / aprendizado;

- deve estar em continuada atualização;

- deve rever, freqüentemente, a seleção de conteúdos, com base na

crescente e contínua modernidade das industrias e

- imprescindível, também, deve aperfeiçoar-se nos usos de instrumentos

modernos de ensino, tais como, por exemplo: “ Data Shown

C ) da escola:

- as mudanças na escola não devem acontecer somente por fora, por

nomenclatura ou somente de comportamento, mas, principalmente, na

mentalidade de quem as dirige;

-deve - se equipar, continuamente, para as exigências da modernidade ;

seu papel, também deve ser o de adquirir e desenvolver o espírito crítico e a

auto-estima do aluno ;

-os ambientes físicos devem favorecer trabalhos de grupo, diferenciados e

simultâneos

-deverá possuir ambientes informatizados em consonância com o mercado

atual.

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D ) do ensino:

- na medida do possível, o ensino deve ser apresentado de forma

contextualizada ;

- ele precisa ser dinâmico e formador de opinião, mais formativo do

informativo ;

- é prioritário e fundamental sua informatização;

- interativa é a palavra de ordem;

- deve possuir uma visão globalizante no mundo atual é necessário

E ) da competência técnica

-O corpo docente deverá ser possuidor de elevado grau de competência

técnica, ou seja, conhecer e dominar, em profundidade, o(s) assunto(s)

pertinentes a(s) sua(s) disciplina(s). A competência técnica, a nível de

domínio, deverá ter notória abrangência do ponto de vista teórico e / ou

prático, de tal modo que desperte a curiosidade e o entusiasmo do corpo

discente sobre o(s) assunto(s) vinculados á área em questão.

F ) da competência interpessoal

-Além das virtudes descritas na competência acima referenciada, o corpo

docente deverá ser possuidor de elevada capacidade de facilidade de

transmissão dos conhecimentos, objetos de sua área.

Este tipo de competência é muito importante, haja visto, o elevado grau de

complexidade dos assuntos, de cunho técnico, tratados neste curso. De

nada adiantaria ter-se um corpo docente com elevada competência técnica e

mínima competência interpessoal.

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CAPÍTULO III

Utilizamos como método de diagnóstico, 02 (dois) questionários

diferenciados:

Questionário n.º 01:

- questionário voltado à pesquisa com o alunado, visando descobrir as

dificuldades do mesmo, perante as suas atribuições no mercado de

trabalho.

Questionário n.º 02:

- questionário voltado a pesquisa com engenheiros, objetivando identificar,

reconhecer e quantificar as deficiências de um técnico mecânico perante as

necessidades de seu superior imediato.

Estes questionários contemplam: apresentação, dados coletados e objetivos,

estando os mesmos apresentados a seguir:

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QUESTIONÁRIO DO ALUNADO

OBJETIVO: Visa identificar as principais dificuldades encontradas, por um

estagiário – técnico - de mecânica, perante suas funções e atribuições na

indústria.

NOME DO ESTÁGIÁRIO:

LOCAL DO ESTÁGIO:

ATIVIDADE DE ESTAGIÁRIO

PERGUNTAS:

1) ESTE É O SEU PRIMEIRO ESTÁGIO?

SIM ; NÃO

2) APÓS SEU PERÍODO DE ADAPTAÇÃO AO NOVO AMBIENTE, COMO

VOCÊ SE SENTE?

UM POUCO INÍBIDO INDIFERENTE

TOTALMENTE INÍBIDO

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3) SE A RESPOSTA ANTERIOR FOR DE INIBIÇÃO, RESPONDA AS SUB-

PERGUNTAS ABAIXO:

3.1) A SUA INIBIÇÃO É PARTE INTEGRANTE DA SUA

PERSONALIDADE?

3.2) A SUA INIBIÇÃO COMEÇOU A SURGIR QUANDO VOCÊ SE VIU

COMO UM TÉCNICO DE MECÂNICA DIANTE DE VÁRIAS SITUAÇÕES

COMPLEXAS?

4) A LINGUAGEM UTILIZADA PELOS COLEGAS E/OU SUA CHEFIA

DIRETA, ERA DE SEU CONHECIMENTO ?

DESCONHECIMENTO PARCIAL

DESCONHECIMENTO TOTAL

5) NO DECORRER DE SUAS ATIVIDADES, COMO ESTAGIÁRIO, VOCÊ

DEVE TER-SE DEFRONTADO COM SITUAÇÕES DE RELEVADA

IMPORTÂNCIA TÉCNICA. NESTE CASO , COMO FORAM ESTAS

QUESTÕES POR SEUS PROFESSORES?

6 ) AO TÉRMINO DO ESTÁGIO, COMO VOCÊ CLASSIFICARIA A SUA

FORMAÇÃO ACADÊMICA? QUAIS OS ASSUNTOS QUE DEVERIAM SER

ACRESCENTADOS AO SEU CURRICULUM ESCOLAR? QUAIS OS QUE

DEVERIAM SER SUPRIMIDOS? JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS.

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FOLHA DE RESPOSTAS

QUESTIONÁRIO DO ALUNADO

NOME: Sérgio Basílio Velasques

LOCAL : Manutenção Mecânica – FAJCMC

ATIVIDADES: Auxiliar as diversas atividades desenvolvidas pela

manutenção mecânica.

Respostas:

1. Sim, é o meu primeiro estágio.

2. Indiferente

3. ______________

4. Desconhecimento parcial, pelo fato de que alguns de meus

professores, de algumas disciplinas técnicas, não possuíam

experiência em chão-de-fábrica, isso fez com que parte do

linguajar fosse de meu desconhecimento.

5. Conforme relato acima, aqueles professores que não tinham a

experiência em chão-de-fábrica, não me poderam passar as

experiências mais específicas neste campo.

6. Minha formação acadêmica foi um tanto prejudicado, pelo fato de

que algumas cadeiras técnicas tiveram a carga horária bastante

reduzida, em detrimento de outras, de formação geral, as quais,

tinham uma carga horária duplicada em relação as primeiras. Sito

como exemplo as cadeiras de: mecânica técnica, tratamentos

térmicos e lubrificação, cuja carga horária era de 80 horas – aula

por disciplina, ao passo que cadeiras como química, relações

humanas e normas técnicas apresentaram carga de 120 horas –

aula por disciplina.

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QUESTIONÁRIO DO ENGENHEIRO

OBJETIVO: Este questionário visa apresentar as principais necessidades

dos Engenheiros, quanto a expectativa de desempenho de seus técnicos.

NOME DO ENGENHEIRO:

LOCAL DE TRABALHO:

ATIVIDADE:

PERGUNTAS:

1) Qual a importância do técnico de mecânica na sua equipe?

2) Qual o comportamento de um técnico de mecânica, recém – formado,

perante aos problemas rotineiros da sua área?

3) Face a resposta anterior, como você analisaria, hoje em dia, a formação

acadêmica de um técnico de mecânica?

4) Em vista das necessidades de sua área de trabalho, e tomando por base

a performance de um técnico de mecânica, faça uma análise crítica do

desempenho deste técnico, se possível traçando um paralelo entre sua

formação acadêmica e as necessidades práticas de sua função como

técnico?

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FOLHA DE RESPOSTAS

QUESTIONÁRIO DO ENGENHEIRO

NOME: Antonio Carlos Braz Mandarino

LOCAL: FAJCMC

ATIVIDADE: Gerência de Serviços

RESPOSTAS:

1. Sua importância está diretamente relacionada com a nossa

gerência, a qual, administra, planeja e executa todas as obras de

Engenharia em nossa fábrica.

2. Seu comportamento deve ser uma continuação do seu

aprendizado na escola, ou seja, observar, observar, perguntar,

perguntar, aprender e aprender, haja visto, o estágio ser uma

continuidade do processo de aprendizagem na escola.

3. Nos últimos 10 (dez) anos, a formação acadêmica de um técnico,

vem apresentando uma curva descendente, pelos seguintes

motivos:

- sucateamento das escolas técnicas;

- baixa remuneração dos profissionais em educação;

- vertiginosa redução da carga horária das disciplinas de

cunho técnico e

- falta de vontade política em fomentar e dinamizar o

ensino técnico no Brasil.

4. Salvo algumas exceções, o desempenho geral de um técnico é

bastante inferior as necessidades de uma indústria. Seu baixo

desempenho tem como principais raízes, os subitens acima

enumerados, aliado a desmotivação do mesmo face a estagnação

industrial que nosso país vive desde 1990.

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CAPÍTULO IV Interpretando as respostas dos dois questionários observamos que pela

ótica do alunado, os seguintes itens devem ser priorizados:

- depreciação dos laboratórios;

- reduzida carga de estágio (entendemos como ideal, 01

(um ) ano;

- melhor distribuição da grade das disciplinas técnicas,

alocando-se uma maior carga horária para as mesmas;

- inexistência de bibliotecas técnicas;

- corpo docente com experiência em chão-de fábrica;

- inclusão do inglês técnico como disciplina obrigatória;

- maior comprometimento dos setores responsáveis pelo

colocação dos alunos nas empresas.

Pelo prisma do engenheiro, percebemos que seu enfoque maior estar

na carga horária de estágio, a qual, atualmente é da ordem de 400 horas de

estágio.

Então vejamos, como é possível ao um estagiário com apenas esta

carga horária de estágio tão reduzida, assumir responsabilidades inerentes a

uma função tão importante dentro da indústria.

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CAPÍTULO V

Observando-se as grades curriculares (atual e proposta), abaixo

apresentadas, poderemos entender as discrepâncias citadas anteriormente.

GRADE CURRICULAR ATUAL

HABILITAÇÃO : TÉCNICO EM MECÂNICA

COMPONENTE CURRICULAR CARGA HORÁRIA ( horas )

MÓDULO BÁSICO

ORGANIZAÇÃO E NORMAS 80

SEGURANÇA NO TRABALHO 80

INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA 80

LABORÁTÓRIO DE PROD. MECÂNICA I 120

DESENHO BÁSICO 80

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS I 80

FUNDAM. ELETRICIDADE / ELETRÔNICA 80

SUBTOTAL I 600

MÓDULO ESPECÍFICO

LABORATÓRIO DE PROD. MECÂNICA II 120

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 80

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 80

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MÉTODOS E PROCESSOS DE

FABRICAÇÃO

80

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS II 80

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA

PRODUÇÃO

80

DESENHO TÉCNICO 120

LABORÁTORIO DE PROD. MECÂNICA III 120

ELEMENTOS DE MÁQUINA 120

TÉCNICA DE MANUTENÇÃO 80

MÁQUINAS TÉRMICAS E

REFRIGERAÇÃO

80

DESENHO DE PROJETOS / AUTO CAD 120

PSICOLOGIAS DAS RELAÇÕES

HUMANAS

80

MÁQUINAS HIDRÁULICAS E

PNEUMÁTICAS

80

SUBTOTAL II 1320

CARGA HORÁRIA TOTAL 1920

ESTÁGIO SUPERVISIONADO 400

TOTAL GERAL 2320

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GRADE CURRICULAR PROPOSTA

HABILITAÇÃO: Técnico em Mecânica

COMPONENTE CURRICULAR CARGA HORÁRIA ( horas )

MÓDULO BÁSICO

INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA 80

FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE 160

INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA 80

ORGANIZAÇÃO E NORMAS 160

SEGURANÇA NO TRABALHO 160

SUBTOTAL I 640

MÓDULO ESPECÍFICO

DESENHO TÉCNICO I 80

DESENHO TÉCNICO II 80

DESENHO TÉCNICO III 120

DESENHO DE AUTO CAD 120

PRODUÇÃO MECÂNICA I 120

PRODUÇÃO MECÂNICA II 120

PRODUÇÃO MECÂNICA III 120

TECNOLOGIA DE SOLDAGEM 120

TECNOLOGIA DA MÁQUINAS TÉRMICAS 160

TECNOLOGIA DO CNC´S 120

TECNOLOGIA DE HIDRÁULICA 160

TECNOLOGIA DE ÓLEO – DINÂMICA 160

TECNOLOGIA DE PMEUMÁTICA 120

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS I 120

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS II 160

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA 160

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LABORATÓRIO DE PNEUMÁTICA 160

LABORATÓRIO DE AR COND. / REFRIGE.

.

160

LABORATÓRIO DE MÁQUINAS

TÉRMICAS

LABORÁTÓRIO DE SOLDAGEM

120

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I 80

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II 80

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE

MÁQUINAS

160

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I 120

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II 120

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III 120

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO POR CNC 120

AR CONDICIONADO / REFRIGERAÇÃO 160

TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO 120

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA

PRODUÇÃO

80

SUBTOTAL II 3640

TOTALIZADOR 4280

ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2112

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CAPÍTULO VI

Determinadas disciplinas do curso técnicas, são consideradas verdadeiros

pilares na área de mecânica, para tanto, sugerimos os seguintes tópicos a

serem abordados com profundidade.

Na disciplina de TECNOLOGIA DE ÓLEO DINÂMICA

- fundamentos da hidráulica;

- unidades de pressão;

- conceituação de pressão, força e área;

- simbologia;

- óleos (tipos e propriedades );

- escoamento;

- cálculo de vazão e velocidade em tubulações;

- centrais óleo-dinãmicas e seus acessórios;

- bombas de deslocamento-positivo;

- cilindros e motores de deslocamento-positivo;

- acumuladores;

- componentes eletro-eletrônicos para monitoramento de

sistemas óleo-dinãmicos;

- componentes de controle de pressão;

- componentes de controle de vazão;

- componentes de controle de direção e

- interpretação de circuitos e diagramas de máquinas e

equipamentos;

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Na disciplina de TECNOLOGIA DA HIDRÁULICA, os seguintes

componentes seriam abordados:

- fundamentos da hidráulica ;

- unidades de pressão;

- tipos de escoamento;

- conceituação de pressão;

- conceituação de força;

- conceituação de área;

- cálculo de vazão e velocidade;

- cálculo de perda de carga;

- bombas de deslocamento - não – positivo e

- cálculo da potência de um motor - elétrico

Na disciplina de LABORATÓRIO DE ÓLEO – DINÂMICA, os seguintes

componentes curriculares seriam abordados:

- prática de montagem de circuitos e

- prática de manutenção de componentes

Na disciplina de LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA, os seguintes

componentes seriam abordados:

- prática de montagem de circuitos e

- prática de montagem de componentes.

Na disciplina de ar condicionado e refrigeração:

- condensadores

- evaporadores

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- Compressores

- Ciclo de compressão a vapor

- Cargas térmicas

- Dutos e ventiladores

- Dispositivos de expansão

- Refrigerantes

- Refrigeração por absorção

- Torres de resfriamentos

- Condensadores evaporativos e

- Sistema de multipressão.

Finalizando este capítulo, é importante ressaltarmos que em todas as

disciplinas de cunho técnico não devem ser priorizados somente os aspectos

de projetos, e sim, os aspectos teóricos e práticos de funcionamento

(principalmente estes).

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CONCLUSÕES

Tomando por base a interpretação / tabulação dos dados coletados,

relacionamos algumas proposições, nas quais, as diversas discussões

poderão ser aprofundadas:

1ª) A grade curricular atual esta defasada, em pelo menos 08 (oito anos),

em relação a atualidade industrial.

2º) O conteúdo das disciplinas, também, esta defasada tecnologicamente.

3º) A defasagem tecnológica existente entre a necessidade da industria e a

formação acadêmica de nossos alunados, apresenta duas origens básicas:

- falta ou desvio de investimentos voltados a educação

tecnológica e

- falta de projetos de intercâmbio, tecnológico, entre a

indústria e a escola .

4º) A transferência de novos conhecimentos entre o alunado e o professor,

no caso de disciplinas estritamente técnicas, aconteceria, eficazmente, se os

professores, de cunho técnico, fossem, também, especialistas técnicos em

industrias.

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BIBLIOGRAFIA

ABNT. Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro: 2001.

ABNT. Referências Bibliográficas. Rio de Janeiro: 2001.

ABNT. Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: 2001.

BASTOS. Lília da Rocha e ou. Manual para Elaboração de Projetos e

Relatórios de Teses, Dissertações e Monografias. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogam: 1995

LAROSA. Marco Antonio. Como produzir uma monografia passo a

passo...siga o mapa da mina. Rio de Janeiro: WARK: 2002

GRADE CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA – FAETEC –

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL VISCONDE DE MAUÁ.

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ÍNDICE PÁGINA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO. 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I 9 CAPÍTULO II 12 CAPÍTULO III 14

Questionário do alunado (perguntas) 15 Questionário do alunado (folha de resposta) 17

Questionário do engenheiro (folha de perguntas ). 18

Questionário do engenheiro ( folha de respostas ) 19

CAPÍTULO IV 20

CAPÍTULO V . 21

Grade curricular atual 21

Grade curricular proposta 23

CAPÍTULO VI 25

CONCLUSÕES 28

BIBLIOGRAFIA 29

ÍNDICE 30

ATIVIDADES CULTURAIS 31

FOLHA DE AVALIAÇÃO 39

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ATIVIDADES CULTURAIS

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “Lato Sensu

Título: GRADE CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA EM

UMA ESCOLA TÉCNICA

Por: Antonio Eduardo Figueiredo Rangel

Orientadora: Prof. Mary Sue

Data de entrega:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito: Avaliado por: Conceito:

Conceito Final: