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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS PARA
OBTENÇÃO DA EXCELÊNCIA E COMPETITIVIDADE
ORGANIZACIONAL
Por: Kelly de Souza Campos
Orientador
Professor: Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS PARA
OBTENÇÃO DA EXCELÊNCIA E COMPETITIVIDADE
ORGANIZACIONAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Logística Empresarial.
Por: Kelly de Souza Campos
3
AGRADECIMENTOS
Aos meus colegas de curso que com ajuda e
dedicação conseguimos chegar ao fim de
mais uma jornada em nossas vidas.
4
DEDICATÓRIA
Primeiramente à Deus, posteriormente, à
minha mãe com seu simples gesto de
carinho e amor me mostrou que tudo na
vida é viável desde que nós lutamos e
esforçamos para alcançar nossos
objetivos.
5
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância dos processos
logísticos para obtenção da excelência e competitividade organizacional. As
novas exigências para a atividade logística passam pelo maior controle e
identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de
entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade
constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos
pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com
incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas
ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios, entre
outros. Por fim, um processo logístico eficiente ajuda na satisfação do cliente,
pois cria mecanismos para entregar os produtos ao destino final num tempo
mais curto possível pelo menor custo total possível.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste projeto é de
pesquisa bibliográfica através de estudos em livros, revistas, jornais e sites de
internet relacionados à logística, experiência do meu dia-a-dia de trabalho e
observações em aulas ministradas por professores com experiência na área
que visa descrever a importância dos processos logísticos para obtenção da
excelência e competitividade organizacional.
.
7
SUMÁRIO
RESUMO
05
INTRODUÇÃO
08
CAPÍTULO I - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
09
CAPÍTULO II - CADEIA DE SUPRIMENTO
CAPÍTULO III - EMPRESA NUTRIENTE
CONCLUSÃO
20
28
41
BIBLIOGRAFIA
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
8
INTRODUÇÃO
No conteúdo deste trabalho é abordada a importância dos processos logísticos
para obtenção da excelência e competitividade organizacional. Passando por diversas
etapas mostrando a logística como vantagem competitiva ilustrando seu objetivo para
obtenção de resultados.
O propósito deste estudo é uma analise nas áreas dos processos logísticos
visando a melhoria continua nos processos logísticos visando a redução nos prazos de
ente esclarecendo como as empresas poderão obter excelência e competitividade
organizacional através deste processo eficaz, proporcionando qualidade e agilidade
nos serviços, contribuindo na otimização de custos e consequentemente na satisfação
dos clientes.
Inicialmente o trabalho ressalta a origem, conceito e importância da logística e
toda sua transformação até nos dias de hoje. Concluindo o primeiro capítulo
abordando os serviços e os custos totais nos processos logísticos. O capítulo seguinte
inicia-se na cadeia de suprimento mostrando o fluxo de produtos da fonte de matéria-
prima até os pontos de consumo, abordando também a vantagem competitiva
terminando nas atividades da cadeia de suprimento. O capítulo segue mostrando a
empresa do Grupo Facility proporcionando agilidade nos processos logísticos levando
os produtos de alimentos enterais com o menor prazo até o cliente final. Por fim,
encerramos com a conclusão do projeto destacando o objetivo e a importância de ter
excelência e competitividade organizacional através do processo logístico.
9
CAPITULO I - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA
Para Bowersox (2001, p. 26) “Antes da década de 50, as empresas
executavam atividade logística de maneira funcional, não existia nenhum
conceito ou teoria formal de logística integrada”.
A falta de atenção dada à logística durante a evolução do conceito de
marketing pode ser atribuída a três importantes fatores. Primeiro, antes de
grande difusão dos computadores e de técnicas quantitativas, não havia
nenhum motivo para se acreditar que funções logísticas pudessem ser
integradas ou que essa integração de funções pudesse aprimorar o
desempenho total. Nas décadas seguintes, começaram a ocorrer mudanças
nas práticas de gerenciamento logístico. Não era possível ignorar a presença
da emergente tecnologia de informação no terreno fértil logística. Os primeiros
aplicativas de computador e as primeiras técnicas quantitativas concentravam-
se no aperfeiçoamento do desempenho de funções logísticas especificas,
como o processamento de pedidos, previsões, controle de estoque, transporte,
etc. O que despertou o interesse pela integração entre funções foi o
significativo potencial de melhorias.
Um segundo importante fator que contribuiu para as abrangentes
mudanças foi o ambiente econômico volátil. A contínua pressão no sentido de
elevar os lucros, que teve no inicia em meados de década de 50, em conjunto
com condições de mercado instáveis, continuou durante a década de 90.
Atualmente, essa pressão por lucro tem-se refletido numa preocupação
gerencial com a contenção e a redução de custos. A logística continua sendo
uma área relativamente inexplorada em termos de aumento de produtividade.
Assim, a combinação entre tecnologia e pressão econômica, na década
de 50, resultou numa transformação na prática logística que continua até hoje.
No entanto, as tentativas no sentido de desenvolver um gerenciamento
integrado da logística enfrentaram oposição significativa em diversas
empresas. Os executivos responsáveis por funções específicas, como
10
transporte ou compras, normalmente desconfiavam de mudanças
organizacionais consideradas essenciais para a implementação dos processos
mais amplos da logística. Não era fácil defender a idéia básica de que o custo
total poderia ser reduzido por meio de um maior dispêndio em alguma área
funcional específica, em face das práticas tradicionais de contabilidade e de
avaliação de desempenho. Os gerentes de transportes, por exemplo, eram
avaliados pelos gastos de transporte na forma de um percentual das vendas.
De acordo com a contabilidade tradicional, um gasto mais elevado com
transporte para obter um melhor nível de serviço ao cliente ou para reduzir o
custo total podia ser visto como uma deterioração da gerencia de transporte. É
compreensível o motivo de todos os executivos não terem adotado a logística
integrada como o mesmo entusiasmo.
Um terceiro obstáculo à ampla adoção da logística integrada foi a
dificuldade de quantificar o retorno sobre o investimento que poderia ser obtido.
Os problemas de quantificação resultaram, em parte, da dificuldade de a
administração entender o real custo de estoque. Em face dos procedimentos
formais da contabilidade, era difícil estimar o retorno financeiro obtido a partir
da redução do investimento em estoque ou quantificar o valor de um melhor
serviço ao cliente. Com isso, vários profissionais enfrentaram sérias
dificuldades para conquistar adeptos para a idéia de uma integração logística.
Esses fatores básicos, somados à resistência natural a mudanças, foram
a causa para que nem todos os esforços iniciais no sentido de implementar
princípios logísticos tivessem sucesso. Várias tentativas de implementar
conceitos novos fracassaram. O pretenso profissional de logística era
normalmente visto como instrutor de império em proveito próprio. Essa
desconfiança natural, somada à mentalidade “Não mexa no que está dando
certo”, representou um obstáculo em diversas tentativas iniciais de introduzir o
gerenciamento integrado de processos logísticos. No entanto, alguns relatos de
notável sucesso, o conceito fundamental da logística integrada sobreviveu.
11
Durante a década de 80 e no inicio dos anos 90, a pratica passou por
um renascimento que envolveu mais mudanças do que aquelas ocorridas em
todas as décadas juntas desde a revolução industrial.
Todas estas evoluções aliadas ao processo logístico trouxeram novos
desafios para as organizações, que é a competitividade no mercado
globalizado surgindo assim a necessidade de se produzir e distribuir a custos
mais adequados sem a perda da eficiência e qualidades de produtos
A logística é ainda a principal iniciativa de redução de cistos de uma
organização. Não se pode pensar em otimização dos recursos (produtividade),
redução de custos, sem que não se pense em logística.
1.1 – Definição de logística e sua importância no mercado atual.
A logística é um ramo de gestão cujas atividades sãs voltadas para o
planejamento da armazenagem, circulação e distribuição de produtos. Poucas
áreas de operações envolvem a complexidade ou abrangem o escopo
geográfico característico da logística. O objetivo da logística é tornar
disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento
em que são desejados. A maioria dos consumidores em nações industriais
altamente desenvolvidas já esta acostumada com o alto nível de competência
logística, quando vão as lojas, esperam encontrar produtos disponíveis e
recém-fabricados. Nesse sentido é difícil imaginar a realização de qualquer
atividade de produção sem apoio logístico.
O conceito de logística já definido como processo de planejar,
implementar e controlar eficientemente ao custo correto, o fluxo
e armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção
e produtos acabados, desde o ponto de original até o
consumidor final, visando atender os requisitos do cliente
(ASLOG, 2011, P. 5).
12
A Logística é a parte do gerenciamento da cadeia de
abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas,
materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o
ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências
dos clientes (CARVALHO, 2002, p. 31).
A logística envolve a integração de informações, transporte,
estoque, armazenamento, manuseio de materiais e
embalagem. Todas as áreas que envolvem trabalho logístico
oferecem ampla variedade de tarefas estimulantes.
Combinadas, essas tarefas tornam o gerenciamento integrado
da logística uma profissão desafiante e compensadora. Devido
à importância estratégica do desempenho logístico, crescente
número de executivos bem-sucedidos na área de logística está
sendo promovido para posições de alta gerência
(BOWERSOX, 2001, p. 20).
Tanto interesse quanto as novidades relacionados a logística têm origem
na combinação de áreas tradicionais em uma iniciativa estratégica integrada.
Vários executivos bem sucedidos da área de logística atuam como
orquestradores interfuncionais das operações dentro e fora das empresas.
Dentro da empresa, o desafio é coordenar o conhecimento especifico de
tarefas individuais numa competência integrada concentrada no atendimento
ao cliente. Na maior parte das situações, o âmbito desejado dessa
coordenação transcende a própria empresa e amplia-se para incluir clientes,
assim como fornecedores de materiais e de serviço. Em sentido estratégico, o
executivo principal de estratégica assume a iniciativa de expandir as fronteiras
empresariais para facilitar o efetivo relacionamento na cadeia de suprimento.
13
A responsabilidade operacional da logística está diretamente relacionada
com a disponibilidade de materiais-primas, produtos semi-acabados e estoques
de produtos acabados, no local, onde são requisitados, ao menor custo
possível. É por meio do processo logístico que os materiais fluem pelos
sistemas de produção de uma nação industrial e os produtos são distribuídos
para os consumidores pelos canais de marketing.
A logística agrega valor quando o estoque é corretamente posicionado
para facilitar as vendas. A criação de valor logístico envolve alto custo. Embora
seja difícil uma avaliação, a maioria dos especialistas concorda que o custo
anual para executar as operações logísticas, nos Estados Unidos, foi
ligeiramente inferior a 10% do produto nacional bruto (PNB) de 1994. Por
outras palavras, para cada trilhão de dólares do PNB, o custo logístico
associado foi superior a 100 bilhões de dólares. Os gastos com transporte, em
1994, foram de ordem de $425 bilhões, que representaram 6,3% do PNB.
No caso das empresas, os gastos com logística variam normalmente de
5 a 35% do valor das vendas dependendo do tipo de atividade, da área
geográfica de operação e da relação peso/valor dos produtos e materiais. A
logística é, em geral, responsável por uma das maiores parcelas do custo final
do produto, sendo superada apenas pelos materiais consumidos produção ou
pelo custo dos produtos vendidos no atacado ou no varejo. Naturalmente, a
logística, atividade vital para o sucesso dos negócios, tem alto custo.
Apesar dessas impressionantes comparações de custos, o real interesse
que a logística desperta não está relacionada com a contenção ou com a
redução dos custos. O interesse está em compreender como certas empresas
utilizam sua competência logística para obterem vantagem competitiva. As
empresas que desfrutam de competência logística de classe mundial
conseguem ganhar vantagem competitiva proporcionando aos clientes um
serviço superior. Embora seja muito difícil atender aos pedidos de maneira
prefeita, empresas logisticamente sofisticada buscam esse desempenho ideal
por meio do aperfeiçoamento contínuo. Empresas líderes possuem,
normalmente, sistemas de informação capazes de monitorar seu desempenho
logístico em tempo real, o que lhes possibilita identificar possíveis falhas
14
operacionais e adotar providências corretivas antes da ocorrência de falhas no
serviço aos clientes. Mesmo sem situações em que não seja possível uma
providencia corretiva em tempo hábil, os clientes podem ser informados
antecipadamente com soluções alternativas, para que não sejam tomados de
surpresa por falhas no serviço que esteja em andamento. Apresentando o
desempenho acima da média em termos de disponibilidade de estoque e
velocidade e consistência de entrega, as empresas logisticamente sofisticadas
passam a ser vistas como fornecedores preferenciais e parceiros idéias.
1.2 Os Serviços Logísticos.
Em princípio, é possível alcançar qualquer nível de serviço logístico se a
empresa estiver disposta a alocar os recursos necessários. No ambiente
operacional atual, o fator restritivo é econômico e não tecnológico. Por
exemplo, é possível manter um estoque dedicado geograficamente próximo a
um cliente importante. É possível disponibilizar uma frota de caminhões em
estado permanente prontidão para pronta entrega a clientes. Para facilitar o
recebimento de pedidos, é possível manter comunicações exclusivas em tempo
real entre a empresa cliente a operação logística do fornecedor. Com essa
prontidão logística, um produto ou componente pode ser entregue até em
questão de minutos após a colocação do pedido por parte do cliente. A
disponibilidade de estoque pode ser ainda mais rápida se o fornecedor
concordar em consignar estoque no endereço do cliente.
A consignação elimina a necessidade do cliente. Esse
compromisso extremo com o serviço talvez seja o sonho do
gerente de vendas, mas é oneroso e, geralmente, não é
necessário para dar apoio à maioria das operações de
produção e marketing (BOWERSOX, 2001, p. 24).
15
O serviço logístico representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e
custo.um material que não seja disponível no momento necessário para a
produção pode forçar uma paralisação da fábrica, causando transtornos
significativos em termos de custos e possível perda de vendas, e levar até
mesmo à perda de um bom cliente. O impacto sobre os lucros com esse tipo de
falha pode ser substancial. Por outro lado, o impacto sobre os lucros, causado
por um atraso inesperado de dois dias na entrega de produtos para
reabastecer um armazém pode ser mínimo ou mesmo insignificante ao
consideramos o desempenho operacional.
Na maioria das situações, o impacto de uma falha logística
sobre custo-benefício está diretamente relacionado com a
importância da execução do serviço para o cliente envolvido.
Quanto mais significativo for o impacto da falha do serviço
sobre o cliente, maior será prioridade dada ao desempenho
logístico (BOWERSOX, 2001, p. 26).
O serviço logístico básico é medido em termos de Disponibilidade;
Desempenho Operacional e Confiabilidade de Serviço.
ü Disponibilidade significa ter estoque para atender de maneira
consistente às necessidades de materiais ou produtos do cliente.
No entanto, maior disponibilidade de estoque exige maior
investimento no próprio estoque. A tecnologia está
proporcionando atualmente novos meios de obter alta
disponibilidade de estoque sem investimentos elevados. Qualquer
progresso em termos de disponibilidade de estoque é crítico
devido a sua importância fundamental.
ü Desempenho Operacional está ligado ao tempo decorrido desde o
recebimento de um pedido até a entrega da respectiva
mercadoria. Envolve velocidade e consistência de entrega. A
maioria dos clientes deseja, naturalmente, uma entrega rápida.
16
No entanto, a entrega rápido tem valor limitado se for irregular. O
cliente obtém pouco benefício quando um fornecedor promete
uma entrega em 24 horas, mas quase sempre atrasa. Para obter
operações regulares, a empresa procura normalmente: primeiro,
alcançar consistência de serviço e, em seguida, aprimorar a
velocidade de entrega. Outros aspectos relacionados com o
desempenho operacional das empresas pode ser apreciado em
termos da flexibilidade com que conseguem atender as
solicitações inesperadas dos clientes. Outros aspectos do
desempenho operacional são as falhas e a recuperação. Poucas
empresas conseguem prometer e sempre apresentar um
desempenho perfeito em todas as situações. Portanto, é
importante avaliar a probabilidade de alguma coisa sair errada. A
falha refere-se à probabilidade de o desempenho logístico
apresentar problemas, como, por exemplo, produtos avariados,
sortimentos incorretos ou documentação imprecisa. Em caso de
falha, o desempenho da empresa pode ser avaliado em termos do
tempo necessário para a recuperação. O desempenho
operacional está relacionado com o modo como as empresas
lidam com todos os aspectos das necessidades do cliente,
incluindo falha de serviço, diariamente ou não.
ü A Confiabilidade de serviço envolve os atributos de qualidade da
logística. A chave para qualidade é a mensuração precisa da
disponibilidade e do desempenho operacional. Apenas pela
mensuração abrangente do desempenho é possível determinar se
todas as operações logísticas estão alcançando as metas de
serviço desejadas. Para obter confiabilidade no serviço é
essencial adotar medidas para avaliar a disponibilidade de
estoque e o desempenho operacional. Para que o desempenho
logístico atenda continuamente às expectativas dos clientes, é
essencial que a administração tenha o compromisso com o
aperfeiçoamento continuo. Para aprimorar o desempenho do
17
serviço, é necessário estabelecer metas de maneira seletiva.
Alguns produtos são mais críticos do que outros devido a sua
importância para o cliente e sua contribuição relativa par ao lucro.
O nível de serviço logístico básico deve ser realista em termos de
expectativas e necessidades do cliente. Na maioria das vezes, as
empresas se defrontam com situações de mercado em que os
clientes possuem potencialidade de vendas diferentes, alguns
podendo demandar serviços exclusivos. Assim, é necessário que
os executivos que os clientes são diferentes e que os serviços
devem ser ajustados de modo a satisfazer, de forma especifica,
às preferências e ao potencial de compra dos clientes.
Geralmente, as empresas costumam ser excessivamente
otimistas ao assumirem compromisso com um desempenho de
serviço ao cliente básico ou médio. A incapacidade de atender de
maneira consistente a uma meta básica de serviço
excessivamente alta pode resultar em maiores problemas
operacionais para o cliente do que no caso de metas menos
ambiciosas serem estabelecidas desde o início. Oferecer
indiscriminadamente compromissos de serviço fora da realidade
também pode diminuir a capacidade da empresa de satisfazer a
necessidades especiais de clientes com alto potencial.
Geralmente, as empresas procuram desenvolver e implementar uma
competência logística que satisfaça ás expectativas básicas do cliente com o
custo total realista. Muito raramente, o custo total mais baixo ou o melhor
serviço ao cliente constitui a estratégia logística mais apropriada. Um esforço
logístico bem planejado deve ter uma grande capacidade de resposta ao
cliente e deve, ao mesmo tempo, controlar desvios de desempenho
operacional e minimizar o nível de estoque comprometido.
Em face desta visão geral, é possível entender o motivo pelo qual
empresas bem gerenciadas dedicam grande atenção do desenvolvimento e ao
aperfeiçoamento contínuo de sua competência logística.
18
1.3 Custo Total no processo logístico
O custo total foi conceituado como custo que inclui todos os gastos
necessários para executar as exigências logísticas. Esse conceito de custo
total, embora básico, ainda não havia sido aplicado anteriormente na análise
logística. Provavelmente, a proposta de custo total despertou enorme atenção,
em decorrência do ambiente econômico da época e da ruptura radial com as
praticas vigentes. A prática administrativa predominante, reforçada pela
contabilidade e pelo controle financeiro, era concentrar a atenção em alcançar
o menos custo possível para cada função logística, com pouca ou nenhuma
atenção voltada para os custos totais. Os executivos concentravam-se
geralmente nas reduções funcionais, como transporte, com a expectativa de
que esse esforço teria custo combinado mais baixo.
Para Bowersox (2001) O conceito de custo total abriu as portas para o
exame das inter-relações entre custos funcionais. Aprimoramentos
subseqüentes propiciaram entendimento mais abrangente dos componentes de
custos logísticos e identificaram a necessidade critica de desenvolver
capacidades que aprimorassem a análise de custo funcional e a abordagem de
custeio baseado em atividades. No entanto, a implementação de um processo
eficaz de custeio logístico ainda continua sendo um desafio. Diversas práticas
consagradas de contabilidade continuam abrangentes de soluções logísticas
de custo total.
O nível adequado de custos logísticos está relacionado como
desempenho desejado de serviço. A obtenção simultânea de grande
disponibilidade, confiabilidade e desempenho operacional tem alto custo. A
dificuldade para aplicar o conceito origina-se no fato de que a relação entre o
custo logístico um melhor desempenho não é diretamente proporcional. Uma
empresa que assume compromissos com seus clientes em termos de
disponibilidades de estoque, prometendo entregas consistentes e rápidas,
poderá duplicar seu custo logístico em comparação com um compromisso
menos ambicioso. A mesma empresa, empenhada em oferecer um serviço
rápido com 100% de consistência, pode facilmente dissipar os lucros tentando
19
fornecer serviços que os clientes talvez não necessitem, não esperem ou
mesmo nem desejem.
A chave para alcançar a excelência logística é dominar a arte de
combinar competência com expectativas e necessidades básicas dos clientes
para uma formulação de uma estratégia logística.
20
CAPÍTULO II - CADEIA DE SUPRIMENTO
A logística/cadeia de suprimento é um conjunto de atividades funcionais
(transporte, controle de estoque, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo
do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, ao quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de
matérias-primas fabricadas e pontos de vendas em geral não têm a mesma
localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as
atividades logísticas podem se repetidas várias vezes até o produto chegar no
mercado. Então, as atividades logísticas se repetem à medida que produtos
usados são transformados a montante no canal logístico.
Uma única firma, em geral, não tem condições de controlar
integralmente seu canal de fluxo de produtos da fonte da
matéria prima até os pontos de consumo mesmo sendo esta
uma oportunidade emergente. Para finalidades práticas, a
logística tem em cada firma, um escopo mais reduzido.
Normalmente, espera-se um nível máximo de controle
gerencial sobre os canais físicos imediatos de suprimento e
distribuição (BALLOU, 2004, p. 29).
Devido às semelhanças de atividade entre os dois canais, o suprimento
físico (mais usualmente chamado de Gerenciamento de Materiais) e a
Distribuição Física compreendem aquelas atividades que são integradas na
Logística Empresarial. A gestão de logística passou a ser em geral chamada de
gerenciamento da cadeia suprimento. São também usados termos como redes
de valor, corrente de valor e logística enxuta a fim de descrever escopo e
objetivo similares.
Embora seja fácil pensar em logística como sendo simplesmente o
gerenciamento do fluxo dos produtos dos pontos de aquisição das matérias-
primas até o consumidor final. Para muitas empresas existe também um canal
logístico reverso que precisa ser igualmente administrado. A vida de um
21
produto, do ponto de vista, não se encera com a entrega ao consumidor.
Produtos tornam-se obsoletos, danificados ou inoperantes e são devolvidos
aos seus pontos de origem para conserto ou descartes. Material de embalagem
pode ser devolvido à origem devido a imposições da legislação ambiental ou
porque sua reutilização faz sentido em termos econômicos. O canal logístico
reverso pode usar o canal logístico normal em todo ou em parte, ou então
exigir um projeto em separado. Para Novaes (2004, p. 51) “A cadeia de
suprimentos se encerra com destaque final de um produto. O canal reverso
precisa ser considerado com parte do escopo do planejamento e controle
logístico”.
2.1 A cadeia de suprimento como vantagem competitiva
Toda cadeia de suprimentos é formada por elos que devem ser mantidos
sempre muito bem coesos, pois se um deles se rompe, toda a cadeia é
afetada. Então é muito importante manter uma boa administração em todos os
níveis, para que eles possam assegurar uma boa desenvoltura e suprir com as
necessidades de todos os envolvidos com a cadeia, se deve também a
interdependência de cada elo para com os resultados finais.
Uma das tarefas mais difíceis dentro de uma empresa é ter uma cadeia
de suprimentos bem equilibrada, balanceada, isto é, com elos firmes que
mantenham estabilidade e uma racionalidade quando da tomada de decisões.
Uma boa gestão da demanda depende de todo um entrosamento entre
os elos de uma cadeia de distribuição, de suprimentos, pois quanto mais a
jusante do elo final da cadeia, mais fácil e precisa será a previsão da demanda,
agora quanto mais a montante do elo final, maiores as dificuldades de previsão,
ficando muito mais difícil programar uma compra ou tomar uma decisão, devido
ao tempo da chegada de informações e os níveis por onde ela terá que passar
até chegar ao local específico. O ideal é que a informação flua de uma maneira
22
ágil e íntegra, resultando em ações rápidas que levem de volta ao fluxo da
cadeia todas as respostas em tempo hábil.
Uma cadeia má administrada pode levar a uma série de prejuízos,
financeiros, de imagem, pois ao não entregar um produto / serviço da forma em
que foi requisitado, com atraso, em quantidade diferente do pedido, pode levar
a uma falta de credibilidade, acarretando até mesmo no descredenciamento da
empresa como fornecedora, então é de suma importância precisar com
exatidão todos estes quesitos e dimensioná-los de acordo com o especificado
pelo cliente, que é o mandatário e a quem o canal deve obedecer e direcionar a
sua atenção.
A economia de tempo gera melhores possibilidades de lucro,
então veja como é importante ter uma cadeia logística bem
administrada e dentro dos melhores parâmetros de qualidade,
resultando em maior rentabilidade, relacionamento eficiente
entre os elos, um processo mais seguro, menos instável e com
certeza mais propensa a gerar resultados satisfatórios para
todos os níveis da cadeia (ASLOG, 2011, p. 11).
2.2 As atividades da cadeia de suprimentos
Para Ballou (2004) As atividades a serem gerenciadas que compõem a
logística variam de acordo com as empresas, dependendo, entre outros
fatores, da estrutura organizacional, das diferentes conceituações dos
respectivos gerentes sobre o que constitui a cadeia de suprimentos nesse
negócio e da importância das atividades especificas para as suas operações.
Os componentes de um sistema logístico típicos são: serviços ao cliente,
previsão de demanda, comunicação de distribuição, controle de estoque,
manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e
serviços de suporte, escolha de locais para fábrica e armazenagem (análise de
localização), embalagem, manuseio de produtos devolvidos, reciclagem de
sucata, tráfego de transporte e armazenagem e estocagem.
23
1 - Os serviços ao cliente padronizados cooperam com o marketing para:
a) Determinar as necessidades de desejos dos clientes em serviços
logísticos;
b) Determinar a reação dos clientes ao serviço;
c) Estabelecer níveis de serviço ao cliente.
2 - Transporte:
a) Seleção do modal e serviço de transporte;
b) Consolidação de fretes;
c) Determinação de roteiros;
d) Programação de veículos;
e) Seleção de equipamento;
f) Processamento de reclamações;
g) Auditoria de Frete;
3 - Gerência de estoques:
a) Políticas de estocagem de matérias-primas e produtos acabados;
b) Previsão de vendas a curto prazo;
c) Variedades de produtos nos pontos de estocagem;
d) Número, tamanho e localização dos pontos de estocagem;
e) Estratégias Just in time, de empurrar e de puxar;
f)
4 - Atividades de suporte:
a) Armazenagem;
b) Determinação de espaço;
c) Layout do estoque e desenho das docas;
d) Localização de estoque.
4.1 Manuseio de materiais:
24
a) Seleção do equipamento;
b) Normas de substituição de equipamentos;
c) Procedimento para separação de pedidos;
d) Alocação e recuperação de materiais.
4.2 Compras:
a) Seleção da fonte de suprimentos;
b) O momento da compra;
c) Quantidade das compras;
4.3 Embalagem protetora projetada para:
a) Manuseio;
b) Estocagem;
c) Proteção contra perdas e danos.
5 - Cooperação com produção/operações para:
a) Especificação da quantidade agregada;
b) Sequência e prazo do volume da produção;
c) Programação de suprimentos para produção/operações.
6 - Manutenção de informação:
a) Coleta, armazenamento e manipulação de informações;
b) Análise de dados;
c) Procedimentos de controle.
As atividades chaves e as de suporte são separadas porque algumas
delas em geral ocorrerão em todos os canais de logísticas.
Os padrões dos serviços aos clientes estabelecem a qualidade dos
serviços e o índice de agilidade com os quais o sistema logístico deve reagir.
Os custos logísticos aumentam proporcionalmente ao nível de serviço
25
oferecido ao cliente. Estabelecer níveis de serviços excessivos pode cataculpar
os custos logísticos para níveis insuportavelmente elevados.
O transporte e a manutenção dos estoques são as atividades da
logística primárias na absorção de custos. O transporte agrega valor de local
aos produtos e serviços, enquanto a manutenção dos estoques agrega-lhe
valor de tempo.
O transporte é essencial pelo fato de haver empresa moderna capaz de
operar sem adotar as providencias necessárias para a movimentação de suas
matérias-primas ou produtos acabados.
Para Novaes (2004) Os estoques são igualmente essenciais para a
gestão logística porque normalmente é impossível e impraticável produzir
instantaneamente ou garantir prazos entrega aos clientes. Os estoques
funcional como um “pulmão” entre a oferta e a demanda para que se possa
garantir aos clientes a disponibilidade dos produtos de maior demanda, ao
mesmo tempo, ao mesmo tempo que se dá flexibilidade à produção e logística
na busca de métodos eficientes de produção e distribuição de mercadoria.
Conforme Dias (1993) O processamento de pedidos é a atividade-chave
final. Seus custos são normalmente menores em comparação com o do
transporte ou de manutenção de estoques. Mesmo assim, o processamento de
pedidos é um elemento importante na determinação do tempo total da entrega
de mercadorias ou serviços a um cliente. Trata-se da atividade que
desencadeia a movimentação de produtos e o serviço de entrega.
Para Dias (1993, p. 45) “As atividades de suporte, embora possam ser
tão críticas quanto as atividades-chave em algumas circunstancias, são
consideradas como contribuintes para a realização da missão da logística”.
Além disso, uma ou mais atividade de suporte podem fazer parte composto de
ações logísticas de todas as empresas.
A atividade de cobra embalagem protetora é uma atividade de suporte
de transporte e manutenção de estoque bem como de armazenagem e
manuseio de materiais, uma vez que contribui para a eficiência que pode ser
26
atingida nessas referidas atividades. Compras e programação de produtos
podem ser consideradas em geral uma preocupação mais de produção que de
logística. Ainda assim, também influem sobre o conjunto de operação logística,
e especificamente em relação à eficiência do transporte e gestão do estoque.
Por fim, a manutenção das informações dá suporte a todas as outras atividades
logísticas na medida em que proporciona as informações indispensáveis para o
planejamento e controle.
Para Dias (1993) A cadeia de suprimento estendida inclui os integrantes
do canal de suprimentos além de fornecedores e cliente imediatos da empresa.
Entre eles podem estar fornecedores dos fornecedores imediatos ou clientes
dos clientes imediatos assim por diante até chegar-se às fontes de matérias-
primas ou aos consumidores finais. É importante planejar e administrar as
atividades e fluxos de informação anteriormente destacados sempre que
afetem serviços logísticos aos clientes que possam ser proporcionados e os
custos desse serviço. O gerenciamento da cadeia de suprimento estendida tem
o potencial para elevar o desempenho da logística até os níveis bem superiores
aos do gerenciamento das atividades no escopo da cadeia de suprimentos
imediata.
2.3 – A Logística/Cadeia suprimento agrega valor ao cliente
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não
está no alcance dos clientes no momento e lugar adequado ao seu consumo.
Quando uma empresa incorre nos custos de levar ao cliente um produto antes
indisponível ou de tornar um estoque disponível no tempo certo, cria para o
cliente uma valor que antes não existia. E é valor igual àquele gerado pela
produção de artigos de qualidade ou de baixo preço.
Para Ballou (2004) é um conceito generalizado que atividade
empresarial cria quatro tipos de valores em produtos e serviços: forma, tempo,
lugar e posse. Desses quatros valores, dois são criados pela logística. A
27
produção cria o valo de forma à medida que transforma insumos em
resultados, ou seja, matérias-primas convertidas em produtos acabados. A
logística controla os valores de tempo e lugar nos produtos, principalmente por
meio do transporte, dos fluxos da informação e dos estoques. O valor de
posse, geralmente sob responsabilidade do marketing, engenharia e finanças,
é aquele criado ao induzir os clientes a adquirir o produto por meio de
mecanismo como publicidade (informação), suporte técnico e condições de
venda (preço e disponibilidade de crédito). Como o gerenciamento da cadeia
de suprimentos inclui a produção, três desses quatro valores podem ser
considerados responsabilidades do gerente de logística/Cadeia de
suprimentos.
28
CAPÍTULO III – EMPRESA NUTRIENTE
A Nutriente é uma Farmácia de Manipulação especializada em Terapia
Nutricional e está localizada na Av. Carlos Chagas Filho nº 791 – Cidade
Universitária – Ilha do Fundão – RJ.
Atividade Principal: Manipulação de produtos nutricionais sob prescrição
médica.
A Nutriente é uma empresa de terapia nutricional especializada em
Nutrição e Saúde que integra pesquisa, desenvolvimento, produção e serviços
com a finalidade de lançar inovações que ajudem a salvar e a preservar vidas.
Possui em seu corpo técnico de profissionais altamente qualificados.
Localizada no pólo de Biotecnologia da Fundação Bio Rio, a empresa
tem a palavra inovação como uma de suas principais responsabilidades. Conta
com um grande número de pesquisadores nos seus quadros e com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com patrocínios de teses e
pesquisas, o que faz da empresa uma ótima opção de criação de investimentos
na área de Terapia Nutricional.
Como resultado deste constante investimento em pesquisas, em março
do último ano, a Nutriente lançou no mercado um produto destinado à
fortificação de leites de mães de bebês prematuros. O aditivo ao leite materno
foi contemplado com o prêmio FAPERJ em 2006 e está pronto para ser
industrializado.
Como empresa compromissada com a investigação científica em terapia
nutricional dispõe também de um centro de estudos que fornece cursos
internos e externos. É no Rio de Janeiro a maior formadora de profissionais na
área farmacêutica e nutrição em terapia nutricional. A Nutriente se compromete
a atender cada paciente dentro das suas reais e específicas necessidades
29
3.1 Objetivos
A Nutriente tem como objetivo laborar produtos e serviços de alta
qualidade exclusivamente para os seus clientes, sob prescrição médica,
atendendo normas e portarias vigentes, sendo uma empresa comprometida
com a melhoria continua de seus produtos.
3.2 Produtos Oferecidos
A Nutriente oferece alguns produtos para seus clientes que são:
ü Nutrição Enteral – Consiste na infusão de uma dieta líquida administrada
por meio de sonda, no estômago ou no intestino quando há algum
impedimento de utilizar-se da alimentação via oral.
ü Fórmulas Infantis – São fórmulas artificiais industrializadas, com o
objetivo de atender às necessidades nutricionais específicas da criança,
para complementar ou substituir o leite materno quando por alguma
impossibilidade não se pode utilizar o mesmo.
ü Fórmulas Especiais para Pediatria – São elaboradas sob prescrição
médica para crianças com erro inato de metabolismo.
ü Nutrição Parenteral – Serve para complementar ou substituir
completamente a alimentação oral ou enteral por via intravenosa.
ü Quimioterápicos – São medicamentos usados por via intravenosa para
controle e tratamentos de doenças, como câncer.
30
3.3 Estratégias Competitivas
Diferentemente da concorrência a Nutriente personaliza seus serviços e
produtos de acordo com a necessidade de cada cliente. Além disso, possui um
quadro técnico especializado para suporte aos prescritores dos produtos.
Metas, Objetivos e desempenho de marketing.
Sua meta principal é aumentar a participação no mercado de nutrição
parenteral e expandir a distribuidora. A linha de nutrição enteral e fórmulas
infantis são consideradas linhas complementares. Porém, até então, o
investimento de marketing era muito pequeno e não havia nenhum tipo de
planejamento. Eram feita ações de acordo com a necessidade. O objetivo
deste projeto é viabilizar a implantação de ações de marketing programadas
para acontecerem ao longo do ano.
O Planejamento de Marketing tem como principal objetivo melhorar o
relacionamento da empresa com os clientes e fornecedores atuando mais
fortemente e melhorando os investimentos em estrutura. Atualmente atende-se
bem aos clientes, mas com recursos muito enxutos para a necessidade real.
Esta é uma visão que tem que atuar e mudar urgentemente, pois a idéia é não
se criar problemas de motivação de seus funcionários, principalmente aqueles
que estão em contato direto com os clientes.
Em comparação com a Nutriente as principais forças de seus
concorrentes são: Produzem os próprios insumos, melhores preços, mais
investimento em marketing, marcas multinacionais como apoio. Sendo que as
fraquezas são: Não possuem atendimento diferenciado, não possuem seguro
de responsabilidade civil, não são multimarcas (cada empresa comercializa
seus próprios produtos enquanto a nutriente comercializa todos).
As principais características de marketing de seus concorrentes em
relação a produtos, distribuição, promoção e preço:
31
Produtos – As linhas de produtos são parecidas, tendo a nutriente a vantagem
de trabalhar com todo os laboratórios.
Distribuição – Os prazos de entrega são parecidos, tendo a nutriente uma
vantagem na parenteral pediátrica, pois um concorrente só entrega de um dia
para o outro e a outra empresa como se localiza em São Paulo, apesar de
entregar no mesmo dia, não consegue ter a mesma agilidade da nutriente.
Promoção – Maior investimento em ações promocionais, exposição nos
melhores eventos e congressos da área, patrocínio aos profissionais
(pagamento de inscrição em congressos, passagem e estadia) que tomam
decisões importantes para a empresa.
Preço – Os concorrentes têm possibilidades de praticar preços menores e
como tem muitos segmentos, podem ganhar pouco em um item e compensar
em outro. Como a nutriente não tem fabricação própria e sim manipula outras
marcas, seu preço depende da política que os laboratórios praticam para ela e
acaba sofrendo variações com mai constância.
Para seus concorrentes quando ocorre, alguma mudança ambiental ou
se a nutriente muda a sua Estratégia de Marketing, eles analisam se é
interessante e vantajoso e tomam a decisão de mudarem também ou não.
Sempre ocorrem mudanças de planejamento, sendo que, com relação a seus
concorrentes, não ocorreram aparecimento de novos na manipulação há algum
tempo, porém no mercado de nutrição enteral apesar dos concorrentes se
manterem os mesmos, sempre estão lançando novos produtos.
3.4 Estratégia de Marketing
32
O Projeto foi desenvolvido com o Objetivo Principal de atender as
carências e possibilidades de Crescimento deste Mercado. Segmentamos 3
áreas para atuar, de acordo com o Serviço a ser oferecido, conforme segue
abaixo:
- Serviço de Nutrição Parenteral e Nutrição Enteral Manipulada;
Objetivo: Aumentar Participação no Mercado de Manipulação e Sistema
Fechado.
Cenário Atual:
• Diminuição da Participação do Mercado devido à atuação dos
concorrentes de Políticas de Preços baixos e prazos
impraticáveis;
• Falta de Diferenciais Técnicos Competitivos;
Ações
• Reavaliação dos custos para alcançar preços mais
competitivos;
• Treinamento da Equipe para atuação mais focada com
percepção de novas oportunidades. Enfatizar também a
importância do relacionamento com os clientes;
• Desenvolvimentos de “Novos Produtos” de acordo com as
necessidades do mercado e dos clientes;
• Aumentar o nível de Satisfação dos Clientes;
• Aumento da Percepção da Qualidade Oferecida
Resultado a Médio e Longo Prazo;
- Distribuição / Delivery de Produtos Industrializados;
Objetivo: Ganhar o Mercado Extra Hospitalar.
33
Cenário Atual
Logística Razoável;
Ações
• Estruturação de Pessoal Técnico e Treinado;
• Parceria com Laboratórios de Grande Porte;
• Parceria com profissionais prescritores;
• Redefinição da Política Comercial, preços e prazos mais
atraentes ao mercado;
• Informatização para Cadastro de Pacientes e Prescritores,
muito importante para desenvolvermos, malas diretas,
campanhas direcionadas;
• Telemarketing Ativo, com pesquisas de mercado e Avaliações
de nossos serviços junto aos seus clientes;
• Criação de Política de Incentivo a prescrição;
Resultado a médio prazo;
- Gestão da Terapia Nutricional;
Objetivo: Aumentar o Percentual de Lucratividade da Empresa e
aumentar a participação no mercado.
Cenário Atual
• Perda de Margem devido a Negociação dos Hospitais com os
Planos.
34
Ações
• Cadastramento junto aos Planos de Saúde;
• Negociação com os Hospitais Clientes;
• Aquisição de Equipe Especializada;
• Criação de Projeto para os Planos de Saúde;
• Definição dos Hospitais a serem trabalhados;
• Definição do Percentual a ser repassado aos Hospitais;
• Criação de Estrutura Administrativa / Financeira de
Acompanhamento;
• Resultado de médio a longo prazo.
3.5 Processos Logísticos
A prioridade é atender com eficiência e constante aperfeiçoamento de nossos sistemas e gestão operacional, integrando e racionalizando as funções sistêmicas desde a preparação até a efetiva entrega do produto, assegurando vantagens competitivas e conseqüente satisfação dos clientes.
Recursos
ü Sistema Operacional Integrado a logística permitindo acompanhamento em tempo real;
ü Equipe especializada com treinamentos contínuos; ü Frota própria e terceirizada; ü Gestão operacional Pró-Ativa.
35
Serviços
ü Recebimento: Inventários rotativos e verificação rigorosa das mercadorias recebidas;
ü Profissionais: Ágeis, eficazes e altamente treinados; ü Conferência: Estoque numerado e organizado; ü Rastreabilidade: Sistema de rastreamento completo de cada produto
vendido; ü Centro de distribuição: Localização privilegiada dos depósitos para maior
facilidade e rapidez no recebimento. Resultado
ü Atendimento rápido e eficiente; ü Satisfação comprovada dos clientes; ü Acompanhamento de entrega até seu destino; ü Constante evolução e aprimoramento técnico; ü Felxibilidade para solução de problemas.
3.6 Forças Econômicas: Tendências no Mercado – Oportunidades
-Planos de saúde pagando valores cada vez menores pelas dietas
utilizadas pelos hospitais;
-Planos de saúde optando pelo pagamento de pacotes(valor fixo na
diária do paciente), o que obrigada os hospitais a optarem por dietas de
custos inferiores;
-Hospitais restringindo o uso de algumas dietas e principalmente de
suplementos, que só são ressarcidos pelo plano através de justificativa
técnica consistente;
-As dietas enterais em Sistema fechado nos últimos dez anos vêm
apresentando uma queda significativa e vem tirando o espaça da enteral
manipulada;
36
-Nutrição Parenteral Adulto, Sistema Fechado com crescimento de 79%;
-Crescimento do Mercado Extra Hospitalar (Home Care e Domiciliar);
-Nutrição Parenteral Pediátrico com crescimento de 100% Manipulado;
-Cobrança direta aos Planos de Saúde para Nutrição Enteral; (a
empresa que terceiriza o serviço passar a cobrar direto do plano e não
mais do hospital);
-Carência de Suporte Nutricional Adequado; (empresas que passarem a
oferecer equipe especializada em terapia nutricional para prestar serviço
nos hospitais vão ganhar espaço no mercado)
3.6.1 Forças Legais e Regulamentadoras
Não ocorreu nenhuma mudança nas leis ou nos regulamentos que
regem o mercado e com isso não precisou fazer nenhuma mudança em suas
atividades de marketing. A empresa tem funcionamento fiscalizado no âmbito
municipal e estadual, onde anualmente os órgãos fiscalizadores fazem
inspeção na empresa para renovar ou não a licença de funcionamento e a de
âmbito nacional que são as normas regulamentadoras da ANVISA.
As resoluções da ANVISA que regulamentam o mercado de atuação da
empresa são as descritas abaixo:
• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 63, DE 9 DE
SETEMBRO DE 2008
• RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 272, DE 22 DE
SETEMBRO DE 2005.
37
• Resolução - RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001
Essas RDC’s regulamentam desde a qualificação de fornecedores até a
e especificação da área física, passando pelos controles que devem ser feitos
e qualificação da mão de obra a ser utilizada.
A empresa para atuar em órgãos públicos e participar de licitações, tem
que ter as licenças anuais sempre em dia.
3.6.2 Forças Tecnológicas
A Nutriente acompanha o mercado de forma direta e sempre atenta a
novas formas de manipulação, preparo e conservação de seus produtos, para
desta forma estar sempre atualizada em relação à concorrência, porém após
quinze anos de existência, a Nutriente ainda se mantém numa área incubada, o
que é um limitador importante, já que a área física é pequena e a vigilância
sanitária limita o número de manipulações que se pode produzir por dia. Isto é
um importante fator que impede o crescimento da empresa.
3.7 Ambiente do Consumidor
Os consumidores de seus produtos são pacientes hospitalizados,
principalmente em CTI’s e UTI’s de Hospitais e clínicas especializadas, que são
os agentes influenciadores e financeiramente responsáveis pela compra de
seus produtos, junto a médicos e nutricionistas.
O consumo de seus produtos varia de acordo com a necessidade destes
pacientes, pelo porte dos hospitais e pela prescrição do médico ou nutricionista
38
responsável. Estes indicam a necessidade para o setor responsável que envia
o pedido.
Os seus produtos são adquiridos diretamente com a empresa ou através
de empresas de alimentação. O comércio eletrônico ainda é pouco utilizado,
inclusive pela concorrência. A compra direta com a empresa ainda é a principal
forma utilizada pelos hospitais e clínicas, principalmente para diminuição de
custos.
O Consumo de seus produtos não é sazonal, pois são comprados
mediante a necessidade de pacientes, o que ocorre diariamente, devido
principalmente as características dos mesmos, pois são dietas desenvolvidos
para impossibilitados de se alimentar pela via fisiológica (oral), necessidades
de alimentação especiais.
Existe uma tendência a mudança da demanda de produtos serem
alteradas num futuro próximo, ou seja, mudar para um sistema fechado, que
possui o diferencial de ser armazenado, mas na maioria das vezes o pedido
tem de ser individualizado, pois depende da necessidade de um único
paciente.
Seus clientes, Pessoas Jurídicas, pagam os produtos com prazos
variados, entre 15 e 60 dias, em boleto bancário. O Atendimento é
personalizado e com isso desenvolveram parcerias de longo prazo, focados em
relacionamento e atendimento.
Os potenciais consumidores desses produtos, que estão, na sua maioria
sendo atendidos pela concorrência, buscam mais o preço baixo, o que seus
concorrentes hoje possuem e que nos atingem diretamente.
39
3.8 Pesquisa de Avaliação de Satisfação de Clientes
Os atuais clientes da Nutriente têm uma boa imagem da empresa, sendo
bem atendidos tecnicamente pela mesma. O atendimento telefônico é um item
que pode ser melhorado.
O produto satisfaz as expectativas na maioria das vezes, porém o
formulário de prescrição em alguns é um limitador. Uma saída importante é
investir na prescrição eletrônica (já feita por um dos concorrentes). Os
diferenciais talvez não estejam tão claro na cabeça dos clientes e isto deve ser
mais bem trabalhado, o que tem maior evidência, é a entrega da parenteral
pediátrica no mesmo dia.
A equipe de entrega é reconhecida pela bolsa térmica (que possui a logo
da empresa) e tem uma avaliação de boa a razoável.
Após a realização da pesquisa, chegou-se a conclusão que se tem
condições de aumentar a participação da NUTRIENTE no mercado atuando
fortemente para manter e melhorar as forças e oportunidades e atacar as sua
fraquezas e ameaças com o objetivo de reduzir o impacto em seus serviços.
3.9 Controle de Resultados.
O acompanhamento do andamento dos projetos será feito mensalmente,
com um balanço trimestral dos resultados obtidos, através de controles
específicos pelas áreas que foram escolhidas para atuar. Os responsáveis,
serão os gerentes dos setores ou áreas segmentadas. A cada trimestre será
realizada uma reavaliação dos números e objetivos alcançados ou não,
tomando-se as medidas que se acharem necessárias a cada momento. Todos
os setores serão recompensados conforme forem sendo alcançados os
40
objetivos finais do Plano de Marketing. Os objetivos serão sempre reavaliados
pois este é um mercado que está sempre em movimento.
41
CONCLUSÃO
O objetivo desta monografia foi apresentar a importância do processo logístico
para obtenção de resultados. Geralmente, as empresas procuram desenvolver uma
competência logística que satisfaça às expectativas básicas do cliente. Um esforço
logístico bem planejado deve ter uma grande capacidade de resposta ao cliente, a
partir de processo logístico bem planejado e operado de maneira adequada pode
ajudar a obter vantagem competitiva. As empresas que obtêm vantagem estratégica
baseada em competência logística estabelecem parâmetros para a concorrência.
Assim como a logística deve atuar com um alto nível de serviço, a fim de obter
menores tempos de atendimento perante aos clientes. Esses processos têm o intuito
de proporcionar qualidade, redução de custo, agilidade nas entregas buscando a
satisfação dos clientes, pois isso será umas das formas que tornará uma empresa
competitiva no mercado.
42
BIBLIOGRAFIA
ASLOG. Disponível em:. Consultado
em: 19/2/2011.
BALLOU. Ronaldo H. Gerenciamento da Cadeia de
Suprimento/Logística Empresarial. São Paulo, Bookman, 2004.
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Integração de Suprimento. São Paulo, Atlas, 2001.
CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Silabo,
2002.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem
Logística. São Paulo: Atlas, 1993.
FERNANDA GOMES. História da Nutriente. Disponível em:. Consultado em: 19/2/2011.
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Distribuição. São Paulo: Elseevier; 2004.
http://www.aslog.com.br/http://www.nutriente.com.br/
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO DA LOGISTICA
9
1.1 Definição De Logística E Sua Importância No Mercado Atual 11
1.2 Dos Serviços Logísticos 14
1.3 Custo Total Nos Processos Logísticos 18
CAPÍTULO II
CADEIA DE SUPRIMENTO
20
2.1 A Cadeia De Suprimento Como Vantagem Competitiva 21
2.2 As Atividades Da Cadeia De Suprimento 22
2.3 A Logística E Cadeia De Suprimento Agrega Valor Ao Cliente 26
44
CAPÍTULO III
EMPRESA NUTRIENTE
28
3.1 Objetivos 29
3.2 Produtos Oferecidos 29
3.3 Estratégia Competitiva 30
3.4 Estratégia De Marketing 32
3.5 Processos Logísticos 34
3.6 Forças Econômicas: Tendência No Mercado Oportunidade 35
3.6.1 Forças Legais e Regulamentadoras 36
3.6.2 Forças Tecnológicas 37
3.7 Ambiente Do Consumidor 37
3.8 Pesquisa De Satisfação Do Cliente 39
3.9 Controle De Ambiente 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
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