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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE As principais competências necessárias para um gestor de pessoas de sucesso em empresas prestadoras de serviços Ana Carmen Tavares Machado Orientador: Prof. Carlos Cereja Niterói 2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Vez do Mestre – Universidade ... Da mesma forma trata-se da liderança como aspecto fundamental para a obtenção da

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

As principais competências necessárias para um

gestor de pessoas de sucesso em empresas

prestadoras de serviços

Ana Carmen Tavares Machado

Orientador: Prof. Carlos Cereja

Niterói

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

As principais competências necessárias para um

gestor de pessoas de sucesso em empresas

prestadoras de serviços

Monografia enviada ao Instituto A

Vez do Mestre – Universidade

Candido Mendes como requisito para

obtenção de grau de Especialista em

Gestão Empresarial.

Por: Ana Carmen Tavares Machado

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela

força e obstinação concedida para a

realização de mais um sonho; ao meu

marido por todo o apoio, carinho e

paciência; à minha amiga Marcella por todo

o incentivo para a conclusão desse projeto;

aos colegas que participaram desta

pesquisa; a todos os mestres que me

acompanharam ao longo do curso; e a toda

a minha família e amigos que me ajudaram

a chegar onde estou e ser o que sou.

4

RESUMO

Esta monografia tem como finalidade aprofundar conhecimentos sobre a

liderança em empresas prestadoras de serviços e sua importância para o

crescimento e sucesso de empresas neste segmento. Salientando algumas das

principais competências necessárias para um líder bem sucedido, desenvolvida

espiritualmente e que atrai as pessoas. A história de como surgiu à

necessidade de se ter empresas que dêem um suporte às instituições para que

as mesmas possam se dedicar principalmente á sua atividade fim. Da mesma

forma trata-se da liderança como aspecto fundamental para a obtenção da

excelência por parte das empresas de terceirização

5

METODOLOGIA

Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica. Os principais

autores utilizados na realização deste trabalho foram Afonso Murad com

contribuições importantíssimas para o assunto tratado por espiritualidade; John

C. Maxwell com um livro sobre as qualidades de líderes de sucesso; e por

último e não menos importante, Jan Carlzon com ótimas pontuações sobre

linha de frente de empresas e a importância de funcionários bem treinados e

informados na obtenção do sucesso organizacional; serão usados também

outros autores, além de alguns artigos de autores diversos e sites.

Foi realizada também uma pesquisa de campo, através de um

questionário contendo cinco questões de múltipla escolha e duas de avaliação

quantitativa, sempre tentando fazer uma avaliação dos líderes deste segmento

e duas de avaliação quantitativa a fim de poder mensurar se as características

descritas aqui estão de acordo com a realidade.

O questionário foi respondido por 14 pessoas, sendo 7

funcionários internos do departamento operacional de uma empresa de

prestação de serviços, e 7 funcionários trabalhando externamente como

zeladores de condomínios, funcionários que são responsáveis pelo bom

andamento das equipes de serviço (porteiros e serventes), atuantes em

condomínios residenciais.

Todos os colaboradores desta pesquisa trabalham em uma empresa

prestadora de serviços de locação de mão de obra, no segmento condominial

tanto comercial quanto residencial, situada no bairro de São Francisco cidade

de Niterói estado do Rio de Janeiro, com a média de 45 clientes e 312

funcionários.

Todas as perguntas são referentes à figura do gestor (líder), no caso

desta empresa à pessoa que o representa é a do coordenador, que é a pessoa

6que lidera a equipe que supervisiona os postos de serviços e os funcionários

externos em geral.

As questões tem como base uma pesquisa comportamental, no

sentido de verificar os sentimentos e expectativas dos funcionários de uma

empresa de serviços em relação ao seu superior.

7

SUMÁRIO

METODOLOGIA 5

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 12

AS EMPRESAS DE TERCEIRIZAÇÃO, SEUS LÍDERES

E SUA MISSÃO.

CAPÍTULO II 17

A IMPORTÂNCIA DA ESPIRITUALIDADE ORGANIZACIONAL.

CAPÍTULO III 21

ALGUMAS DAS QUALIDADES INDISPENSÁVEIS PARA UM

LÍDER EM EMPRESAS DE GESTÃO DE MÃO DE OBRA.

CAPÍTULO IV 32

ANÁLISE DE PESQUISA REALIZADA

CONCLUSAO 34

ANEXOS 37

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE

41

8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende analisar e comprovar qual o papel dos

gestores, no sentido operacional, comportamental e espiritual de pessoas em

empresas prestadoras de serviços e quais as prováveis competências que são

necessárias para uma liderança eficaz e efetiva no sentido de elevar a empresa

prestadora de serviços ao nível de excelência no seu segmento de trabalho

que hoje em dia está tão concorrido.

O tema sugerido é de fundamental relevância e importância, pois

estuda e comprova, através de pesquisa e observação realizada, a real

carência de gestores capacitados, competentes e espiritualmente

desenvolvidos nesta área de prestação de serviços, muitas vezes, carente de

humanização.

Muitas empresas estão falhando com seus funcionários no sentido

de lhe proporcionar líderes, muitas vezes, desqualificados e despreparados,

causando assim um sentimento de uso indevido do capital humano, já que

seus funcionários externos (que são alocados em clientes) começam a ser

vistos como mão de obra que deve ser fiscalizada apenas, sem nenhuma

manutenção e acompanhamento de desenvolvimento. Todos esses problemas

poderiam ser evitados, se houvesse uma capacitação efetiva e especializada

seus líderes.

Empresas de prestação de serviços buscam, como de todos os

outros segmentos, os lucros e resultados positivos, deixando até de lado, as

vezes, a humanidade e humanismo, esquecendo que em empresas deste

ramo, o que vale é o trabalho da mão de obra que representa a empresa lá no

posto de serviço (cliente).

Isto é, em uma empresa de prestação de serviços, a sede

administrativa é como se fosse a “cabeça” e os funcionários que trabalham nos

9postos são os braços e as pernas, portanto a mão de obra qualificada e

motivada é fundamental para que uma empresa “caminhe” e alcance sua

excelência.

Muitas vezes as organizações se referem aos funcionários externos

como peças de um tabuleiro, que vão de um cliente para outro, de dia ou à

noite, mudando turnos e escalas, o que para o funcionário não é adequado e

satisfatório.

Porém, para as empresas deste ramo, é necessário que se adapte

funcionários ao cliente e não o contrário, sendo assim, toda a vez que um

cliente não se sente à vontade ou satisfeito com um funcionário é fundamental

que seja feita a vontade do cliente.

Desta forma, é onde se afirma a necessidade de líderes preparados

que possam fazer a mediação entre a diretoria e os colaboradores, para que se

sintam de fato como fundamentais no processo. E que sejam sempre

resolvidos os problemas da maneira menos traumática possível, adaptando as

solicitações dos clientes, as soluções da diretoria às perspectivas dos

funcionários.

Portanto, objetivo deste estudo é refletir sobre as principais

competências necessárias para os líderes neste segmento de prestação de

serviços, com o intuito de que possam realizar todas tarefa scitadas acima e

muito mais, com maior competência e resultado. Para tanto será abordado

quando surgiu a necessidade de empresas de terceirização e sua chegada no

Brasil

No primeiro capítulo tratam-se as empresas prestadoras no seu

sentido histórico e de que forma elas trabalham, bem como a importância, não

só de empresas deste segmento, mas de todas as empresas terem seus

pilares muito bem estruturados, principalmente com sua missão bem

desenvolvida e clara para que seus funcionários.

10Discorrerá também a importância de um líder preparado e

capacitado para a formação de equipes sólidas e eficientes objetivando a

busca da excelência organizacional, através principalmente, do conhecimento

da política da empresa e o que esta empresa espera de seus funcionários.

Um assunto muito atual, inovador e que causa muita curiosidade,

será abordado que é a Espiritualidade Organizacional, sua fundamental

importância no ambiente de trabalho e em toda a vida, independentemente de

religião. Analisará a carência de espiritualidade nas pessoas e como ela é

indispensável para as organizações e nos indivíduos.

Este tema será explorado no segundo capítulo, de maneira bem

sucinta e esclarecedora, de extrema necessidade para as empresas e

principalmente para os indivíduos que convivem nesse sistema organizacional.

Além da ética espiritual existe uma infinidade de outras

competências que são de fundamental importância para a formação de e

desenvolvimento de um líder que atrai as pessoas e busca o seu sucesso

profissional e da organização a que representa, tais como amor, paixão,

humildade, credibilidade, coragem, responsabilidade, comprometimento, entre

outros.

Assim, ao terceiro capítulo são especificadas algumas dessas

qualidades de um líder de sucesso, passando por características

comportamentais, emocionais e espirituais.

Ao final deste trabalho faz-se uma análise sobre uma pesquisa feita

em uma empresa prestadora de serviços, analisando as principais questões em

relação ao sentimento dos funcionários quanto ao seu líder, através de

questionários.

Em uma empresa prestadora de serviços existe uma hierarquia,

como em qualquer outra organização, mas aqui serão analisadas duas esferas

que compreendem a figura do líder que corresponde ao coordenador e os dois

cargos que são diretamente abaixo, que são os supervisores e os zeladores.

11Os primeiros são funcionários que trabalham internamente com contato diário e

direto ao seu líder, os segundos trabalham em postos de serviço fora da

empresa, sendo chamados como funcionários externos, já que não trabalham

na sede da empresa, sendo representados pelos zeladores. Diante disto o

estudo abordará um paralelo entre os sentimentos destas duas figuras quanto

ao seu gestor e o que eles esperam deste.

12

CAPITULO I

AS EMPRESAS DE TERCEIRIZAÇÃO, SEUS

LÍDERES E SUA MISSÃO

A terceirização encontra sua origem durante a II Guerra Mundial,

e as indústrias bélicas (de guerra / armamentos) não conseguiram abastecer o

mercado, necessitando suprir o aumento excessivo da demanda e aprimorar o

produto e as técnicas de produção, decidiram então se concentrar mais nas

atividades fim e contratar outras empresas para atividade meio. Essa

necessidade demonstrou que a concentração industrial deveria voltar-se para a

produção, e as atividades de suporte deveriam ser transferidas para terceiros,

surgindo assim as empresas prestadoras de serviços.

No Brasil, a noção de terceirização foi trazida por multinacionais

por volta dos anos 50, pelo interesse que tinham em se preocupar apenas com

a essência do seu negócio. As empresas que tem por atividade limpeza e

conservação (que é o caso da empresa a que se refere este estudo), também

são consideradas pioneiras na terceirização de serviços no Brasil, pois existem

desde aproximadamente 1967.

Para o autor Sergio Martins Pinto (2005) apud Meireles (2007):

Terceirização deriva do latim tertius, que

seria o estranho a uma relação entre duas pessoas. Terceiro é

o intermediário, o interveniente. No caso, a relação entre duas

pessoas poderia ser entendida como a realizada entre o

terceirizante e o seu cliente, sendo que o terceirizado ficaria

fora dessa relação, daí, portanto, ser terceiro. A terceirização

entretanto, não fica restrita a serviços, podendo ser feita

13também em relação a bens e produtos.

(http://www.webartigos.com.br)

De acordo com Drucker (1998): “Uma empresa não se define pelo

seu nome, estatuto ou produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente

uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna

possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa”. Assim, a missão deve

ser utilizada a todo o momento para guiar decisões e estratégias gerenciais, e

não somente servir de elemento motivacional, ou para ficar exposto como

troféu. Os objetivos e metas sempre devem ser relacionados diretamente com

a missão da empresa.

Para as empresas, missão “define o negócio da instituição, sua

razão de ser e seu papel na sociedade, delimitando seu ambiente de atuação.

Ela caracteriza uma causa pela qual todos na instituição deverão estar

dispostos a lutar.” (Braga e Monteiro, 2005, pp. 44-45), as declarações de

missão devem ser compartilhadas com gerentes, funcionários e clientes.

Oferecer estas informações aos funcionários forma um senso compartilhado de

propósito, direção e oportunidade, além de orientar os colaboradores dispersos

a trabalhar de forma independente e coletiva, para realizar as metas da

organização.

É neste contexto que entra o papel fundamental do gestor, no

sentido de liderar e coordenar processos e pessoas, em vista a realizar a

missão de sua empresa. E para que isso seja possível é imprescindível que o

próprio gestor tenha clareza e entendimento total da missão da empresa e do

que esperam seus superiores em relação à sua equipe.

Muitos autores nos indicam e provam com experiências vividas nos

dando exemplos corriqueiros, a importância fundamental de os colaboradores

saberem quais os objetivos e valores da empresa em que trabalham, saber

pelo o quê a empresa trabalha e o que ela busca, faz com as pessoas tenham

consciência do real motivo pelo que acordam todos os dias e vão trabalhar.

14Para um funcionário (para todos os homens e mulheres) é de suma

importância saber o que seu gestor espera dele e de seu trabalho, ter suas

responsabilidades definidas, confiança e o interesse ativo de sua liderança é

crucial na obtenção de seu sucesso e satisfação pessoal. E conforme segue no

próximo capítulo, estimular essa força poderosa que é a auto-estima de seus

liderados é também produzir confiança e criatividade necessárias na obtenção

de novos resultados positivos.

Carlzon (2005) ilustra muito bem este pensamento através da

história de dois cortadores de pedras que trabalhavam blocos de granito, ele

conta:

“... Alguém que passava perguntou-lhes o que

estavam fazendo. O primeiro operário, com uma expressão

amarga, resmungou: “estou cortando essa maldita pedra para

fazer um bloco.”. o segundo, que parecia feliz com seu

trabalho, replicou orgulhoso: “faço parte de um grupo que está

construindo uma catedral.” (CARLZON, 2005, p.136).

Este pequeno relato mostra o quanto é importante que o líder

compartilhe com sua equipe dos objetivos que devem ser alcançados, para que

se estabeleça um senso de companheirismo e de luta pela mesma causa.

Em empresas prestadoras de serviços, onde os funcionários são

terceirizados, o quadro piora e as dificuldades aumentam, pois são funcionários

que ficam distantes de seu líder e correm o risco de sentirem-se abandonados,

sendo usados apenas na obtenção de lucros de seus patrões que ficam na

sede da empresa.

É neste sentido que se encontra grande dificuldade de chegar até

eles e manter programas de motivação e presença constante que mostrem a

estes colaboradores que são parte fundamental e decisiva neste processo de

prestação de serviços. Principalmente, pois na “hora da verdade” descrita mas

uma vez por Carlzon (2005) como o momento em que o cliente entra em

15contato com o pessoal da linha de frente, os colaboradores que prestam

serviços nos postos de trabalho é que ficam nesta frente, e devem estar

motivados e prontos a defenderem sua empresa e bancarem seus valores e

sua missão. É neste ponto que surge a necessidade de gestores preparados e

com pensamento estratégico bem desenvolvido.

A Missão, Visão e Valores é a forma mais eficaz que os gestores

têm de se tornar presente em cada “Hora da Verdade” (Carlzon) da sua

empresa, sem necessariamente estar lá.

Segundo Murad (2008) para desenvolver um pensamente

estratégico é preciso conhecer e aplicar os “pilares da gestão” que ele divide

em cinco tópicos, entre eles destaca-se:

• Senso de Pertença: que é onde seria trabalhada a

identificação com a missão de empresa visando que os colaboradores

“vistam a camisa da empresa”;

• Princípios e valores compartilhados: além da identificação

com a missão, é importante também incorporar valores da empresa na

sua conduta profissional e também em sua vida particular;

• Perspectiva humanista: perceber o quando a qualidade nas

relações humanas afetam positivamente nos resultados obtidos nas

empresa, procurar sempre analisar com o olhar profissional mas

também humanista;

O autor ainda cita “Imagem que reflete à prática” e “Tradição

como sabedoria” que se explicam por si só.

Em empresas prestadoras de serviços, temos os funcionários que

fazem a intermediação entre a empresa e seus postos de trabalho, que são

ligados diretamente ao gestor e é com estes os funcionários que participam

efetivamente do processo, que o trabalho deve ser maior ainda já que estes

têm um contato direto com seus gestores e devem saber o que é esperado

deles e ainda serem capazes de transmitir a mensagem para os funcionários

16da outra ponta, sendo assim fazendo a intermediação entre a gestão e os

funcionários externos, para que desperte também neles essa empatia pelos

objetivos de sua organização, é neste sentido que os líderes devem ser

trabalhados e estarem inclinados a desenvolver este pensamento estratégico e

aplicá-lo de fato em sua equipe.

17

CAPITULO II

A IMPORTANCIA DA ESPIRITUALIDADE

ORGANIZACIONAL

Na ótica de uma instituição, a espiritualidade é o conjunto de valores

que sustentam a sua missão e o seu negócio, e é inegável o quanto isso é

importante para a organização e seus membros, que passam a compreender o

por quê de seu trabalho.

É de suma importância perceber que um modelo que favorece a

participação e o envolvimento das pessoas é espiritualmente melhor do que

aquele que concentra o poder, as decisões e o mérito do sucesso em poucas

mãos. Portanto um indicador de espiritualização da organização é uma gestão

razoavelmente compartilhada, onde os indivíduos têm espaço para o diálogo e

aprendizado mútuo, e isto só será possível quando os líderes estiverem mais

espiritualmente conscientizados.

“Organização sem gestão fracassa. Sem

espiritualidade, se esvazia. A articulação da gestão com a

espiritualidade permite uma nova síntese entre interioridade e

eficácia, valores e resultados. É uma das chaves para a

humanidade superar o caos da falta de sentido e dar um salto

de qualidade em sua consciência.” (MURAD, 2008, p.246).

Hoje em dia, as empresas demonstram e compreendem que

necessitam se preocupar em ver o ser humano a partir dos seus sentimentos,

suas necessidades, suas expectativas em relação a si próprio e ao trabalho. E

consequentemente estas organizações anseiam por profissionais com

18espiritualidade bem desenvolvida, não se fala em religião, mas de valores e

responsabilidade ética e moral. O que é espiritual vem de dentro e transcende

nossas crenças e pré-conceitos. São profissionais que agem e reagem em

comunhão, buscando sempre o bem para si, para os outros e seu ambiente.

Organizacional.

E essas empresas buscam profissionais espiritualmente maduros

não só por modismo ou para se adequar a programas de certificação, mas

porque cada vez mais estudos apontam que a era da máquina acabou e que

agora está aliada à era da humanidade, é hora de investir em material humano.

E neste momento onde se resgata valores que já estavam ultrapassados é que

surge este “novo” termo de espiritualidade organizacional.

Segundo artigo de Bispo (2010), as pessoas que tem maturidade

espiritual possuem uma forte tendência a administrarem melhor as emoções

mesmo sobre pressão. A espiritualidade auxilia os colaboradores a

encontrarem sentido (missão) nas atividades que executam diariamente na

empresa. Passam a ver suas ações como contribuições significativas para o

negócio (para atingir a visão). Uma vez que o trabalho tem sentido para quem

executa, a organização observa a melhoria dos serviços prestados por estes

profissionais.

Ao contar com funcionários com maturidade espiritual, é natural que

os índices de motivação aumentem, pois há uma disseminação de sentimentos

positivos e o espírito de equipe é estimulado pois há o amor entre os colegas,

contribuindo muito para o clima organizacional, onde o espírito de equipe é

estimulado e o individualismo perde espaço, já que todos juntos trabalham

como irmãos para o bem de uma família.

A espiritualidade é a consciência interior de cada um. A

espiritualidade é a fonte de sabedoria que leva o indivíduo a certos tipos de

comportamentos e compromissos como empatia, compaixão, criatividade,

intuição, inspiração, amor, humildade, entre outros. Abaixo alguma dessas

definições, conforme Guillory (2000):

19• empatia significa compreender e cuidar do caminho do

outro como se fosse o seu; significa ser e ver o mundo pelos olhos do

outro;

• compaixão é aceitar de forma incondicional a maneira pela

qual os outros decidiram criar as circunstâncias da própria vida e,

quando apropriado, deixar que eles demonstrem a capacidade que têm

para mudar;

• humildade são a compreensão da igualdade entre todos os

seres humanos apesar de suas diferenças, realizações, posição social e

quaisquer outras medidas usadas para criar distinções;

• amor é o entendimento da relação existente entre todas as

pessoas e a sabedoria para entender, que em situações de conflito,

observamos, na verdade, nossas próprias imagens especulares.

Segundo o autor pessoas que têm alguma crença são motivados na

maioria das vezes, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que tem

motivação espiritual sabem qual é a razão de sua vida, desta forma não

precisam de reconhecimento, elas tem um desejo natural de servir aos outros e

de ajudá-los. Tem como base um comprometimento inspirado pelo eu espiritual

das pessoas, é estar comprometido com o crescimento, sucesso, o bem-estar

dos outros, pelo simples fato de reconhecer a ligação básica entre todos. Isto é,

não precisa ninguém estar olhando para fazer o certo.

Uma necessidade básica para servir é perceber a ligação básica,

não apenas a ligação física que existe entre os seres humanos, mas uma

relação genuína também mental, emocional e espiritual, entre nós e aqueles a

quem servimos numa situação de trabalho. Quando o significado dessa relação

é compreendido, sente-se naturalmente a responsabilidade de agir em

benefício individual e dos outros. Para isso é necessário também de líderes

20que inspirem e saibam atrair pessoas. Essa capacidade está diretamente

ligada à experiência de humildade, pois para servir é necessário abdicar de

certos privilégios e colocar o bem coletivo acima do bem individual, esta

experiência de humildade já foi e será comentada mais pouco a seguir..

21

CAPITULO III

ALGUMAS DAS QUALIDADES INDISPENSÁVEIS

PARA UM LÍDER EM EMPRESAS DE GESTÃO DE MÃO

DE OBRA

Conforme Souza (2009) o líder eficaz passou a ser aquele que

souber criar condições para que a liderança se manifeste nas outras pessoas.

Em vez do mítico líder carismático que serviu de modelo na Era do Comando,

os líderes eficazes serão aqueles capazes de arquitetar e implantar formas de

organização que permitem o florescimento da liderança nos outros.

“Muito diferente daqueles líderes que sofrem da Síndrome da Branca de Neve

e preferem cercar-se de pessoas menores para brilhar na incompetência da

sua equipe ou na lealdade cega de seus seguidores”

Principalmente em empresas prestadoras de serviços é necessário

implantar este sentimento de novos líderes, pois os “supervisores”, quando

chegam aos postos de trabalham devem controlar e auxiliar na manutenção

das equipes, sendo assim líderes também. Sem contar no sistema de avaliação

que promove novos coordenadores, sempre estruturado sobre o desempenho

de seus funcionários do departamento operacional.

O líder eficaz cria condições para que seja revelado o potencial de

liderança das pessoas com as quais convive. Não é mais aquele que tem

talento apenas para comandar, mas sim aquele que tem capacidade de inspirar

as pessoas a fazer o mesmo.

Com fala MURAD (2008), precisa-se estar sempre atento e

gratificando seus liderados para que possamos atingir a excelência dos

serviços e possibilitar a esta organização uma inovação genuína, conforme

segue:

22“Exploração do sucesso significa,

fundamentalmente, dar ênfase as conquistas e às

oportunidades e não ficar mergulhado em problemas. Isto

significa também, alocar as pessoaos mais capazes nos

lugares de melhores oportunidades. Trata-se de valorizar

os próprios sucessos e construir sobre eles. Dar passos

pequenos e consisitentes, um após o outro, sobre as

realizações e projetos bem sucedidos. E essa exploração

conduz, cedo ou tarde, a uma inovação genuína.”

(MURAD, 228, p. 28)

Os líderes dessa era que se finda foram especialistas em construir

paredes que delimitavam muito bem o território de ação de seus

departamentos ou da empresa como um todo. Brilharam na especialização de

atividades e formaram seguidores baseados na cultura do “cada macaco no

seu galho” e no “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Hoje em dia

procura-se comunhão, equipes polivalentes que trabalhem juntas, fazendo

várias atividades.

Daqui para frente, vão brilhar os líderes

que souberem formar outros líderes, que souberem

construir pontes entre os diversos departamentos, entre a

empresa e seus clientes, com seus canais de

distribuição, investidores e comunidades onde atuam.

“Para somar lideres seguidores, para multiplicar lidere

líderes.” (MAXWELL, 2007, p.82).

23III.1 – Amor, paixão, carisma, ser prestativo,

relacionamentos, generosidade e atitude positiva.

Carisma, dito de forma simples, é a habilidade de atrair pessoas

para si e pode ser desenvolvida se for seguido os seguintes pontos segundo

MAXWELL (2007):

• Amor à vida: as pessoas gostam de líderes que tem prazer

na vida, que são apaixonados pela vida;

• O líder deve “dar um 10” para todas as pessoas, uma das

melhores coisas a fazer pelas pessoas é esperar o melhor delas.

Quando o líder valoriza o outro, encoraja-o e o ajuda a alcançar seu

potencial ele acaba sendo amado por isso;

• Sempre levar esperança às pessoas, ela é o bem maior de

todas as pessoas. Se o líder concede essa dádiva, então conseguirá

atrair pessoas para si;

• Procurar compartilhar de si mesmo, as pessoas só se

sentem atraídas se sentirem que o líder está aberto para elas.

Todo verdadeiro líder deve querer e ser capaz de atrair estas

pessoas e faze-las sentir o desejo de segui-lo e lutar pelos objetivos propostos,

mas para que isso aconteça às pessoas devem conseguir perceber todo o

envolvimento do líder, a paixão e o amor pela causa, para daí sim poderem de

identificar e colaborar. Quanto maior a paixão maio será a vontade de atingir

metas e prestar um serviço com excelência, conforme MAXWELL (2007) um

líder com grande paixão e poucas habilidades sempre supera um líder com

grandes habilidades mas desapaixonado. “Para os seres humanos, sempre

que algo incendeia a alma as impossibilidades se desvanecem.” (MAXWELL,

2007, p.81).

Um líder eficiente deve sempre ter atitude positiva consigo, com seu

trabalho e com seus liderados. Pessoas admiram líderes que tem capacidade

24de enxergar a vida por todos os lados, e que conseguem administrar os

problemas de maneira mais suave e positiva.

No coração do verdadeiro líder, só há espaço para o amor. Ele

espera sempre o melhor de sua equipe, espera sempre os flagrar fazendo a

coisa certa e não o contrário.

A habilidade de trabalhar com as pessoas e desenvolver

relacionamentos é absolutamente indispensável para a liderança eficiente. A

primeira qualidade de um líder que se relaciona bem é a capacidade de

entender como as pessoas sentem e pensam, isto é, a capacidade de se

colocar no lugar do outro.

Ainda sobre relacionamentos, um líder deve ser capaz ainda de

tratar a todos como indivíduos, com um tratamento diferenciado, respeitando a

individualidade de cada um. Essa sensibilidade pode ser chamada de fator

flexível da liderança. O líder precisa ser capaz de adaptar seu estilo de

liderança à pessoa que está liderando.

Uma grande base para a construção dos relacionamentos está na

luta pelo coletivo, um líder eficaz jamais luta por uma causa que é só sua, ele o

faz por toda a sua equipe. O líder sempre acrescenta às pessoas e não o

contrário, por tudo isso relatado, um líder sempre é amado e respeitado.

25

III.2 – Competência, credibilidade, discernimento,

coragem, iniciativa, segurança e educabilidade.

Um líder precisa ser competente na sua área. Isso não quer dizer,

necessariamente, que ele tem que ser o melhor , mas tem que ter a visão

ampla da área, passar confiança de que conhece a operação tanto no

específico como no contexto em geral.

Para um líder ser realmente competente precisa estar sempre pronto

para agir, sempre um passo à frente dos demais, e através deste processo

inspira a todos da sua equipe a fazer o mesmo. Está sempre buscando crescer,

aprender e melhorar.

Um líder altamente eficaz realiza mais do que o esperado, sempre

vai além. Para este líder bom nunca é o bastante. E, todo o processo iniciado é

sempre concluído com máxima competência e excelência.

A coragem é uma das primeiras qualidades de um líder, dela advêm

todas as outras, pois todas as competências necessitam de coragem para

aflorar. “a coragem não é a ausência de medo, é fazer o que se tem medo de

fazer”. A coragem de um líder é sempre inspiradora para os demais. Todas as

grandes mudanças organizacionais advêm de atitudes corajosas da liderança.

Diretamente ligada à coragem vem à iniciativa, assim um líder está

sempre buscando novas oportunidades e pronto para a ação.

Permanentemente atento e fiel aos seus desejos e ambições, sempre disposto

a correr riscos e está preparado também para aprender com seus fracassos e

superar os mesmos.

O discernimento é outra qualidade indispensável para qualquer líder

que deseje maximizar sua eficiência. Ela ajuda na execução de várias coisas

importantes, utilizando o raciocino lógico e intuição.

Este discernimento é o que vai auxiliar o líder na descoberta da

razão dos problemas para daí poder solucioná-los, através de avaliação das

26possibilidades e análise de seus impactos. Sempre embasado é claro na

atualização de seus conhecimentos, pois um líder sabe que para continuar

liderando, precisa estar sempre buscando, aprendendo e se especializando.

Uma posição de liderança sempre acentua as falhas, por isso um

líder tem que ser uma pessoa segura para si e para os outros. Líderes são

sempre doadores e não receptores, portanto devem sempre transbordar

afirmação e segurança e não buscar reconhecimento. Líderes seguros

delegam poder aos outros e não se sentem ameaçados pelo sucesso de seus

liderados, pelo contrário ele os reconhece e sente-se lisonjeado por sua

capacidade como líder.

Os líderes devem dar exemplo de seriedade, honestidade e

transparência de princípios, tanto na vida profissional quanto na social. Um

líder passa confiança de seus atos e suas palavras, na medida em que poe em

pratica o que diz,

27

III.3 – Humildade, ser prestativo e ouvir

Um dos grandes riscos que afeta um líder é a tendência de colocar-

se como superior onipotente, como detentor do conhecimento e do poder de

decisão, frente aos seus liderados. É primordial que um líder inspire espírito de

equipe, primeiramente pelo exemplo, deve portanto ter humildade, para aceitar

as críticas, os fracassos e conselhos, e assim sabendo ouvir.

O líder que as pessoas desejam seguir é aquele que consegue tocar

o coração, e só pode tocar no coração das pessoas quando se sabe o que tem

lá dentro, desta forma, precisa-se ouvir, ouvir e prestar atenção nos sinais, de

seus liderados e clientes.

Além de ouvir o líder que atrai as pessoas também precisa servir a

elas, ser prestativo, não é uma questão de posição ou capacidade, é uma

questão de atitude. O ato de servir não é motivado pela manipulação ou

autopromoção, mas estimulado pelo amor.

O grande líder percebe a necessidade, aproveita a oportunidade e

serve sem esperar nada em troca, mesmo que ninguém esteja percebendo

seus atos, ele faz a coisas certa sempre colocando sempre os outros acima de

seus compromissos e desejos pessoais, pois a segurança é sempre seu ponto

principal.

“Quem exerce o poder deve aprender a

lidar com a tendência à onipotência. É uma

aprendizagem exigente, tem conquistas cotidianas. Em

primeiro lugar, ele desenvolve a capacidade de

reconhecer serenamente até que em condições sua ação

interfere nos processos e nas pessoas. Aceita com

humildade que não pode realizar tudo o que devia ou

desejava. Acolhe a limitação do tempo e do espaço, em

si mesmo e nos outros. Isso lhe dá serenidade e paz

interior diante dos desafios que tem pela frente. O povo

28do campo, sabiamente, ensina que é preciso esperar

entre o tempo de plantio e o da colheita. Enquanto isso

se rega e cuida-se, até colher no momento certo. A

paciência, a humildade e o bom senso são antídotos para

a onipotência.” (MURAD, 2008,p.194)

Portanto, a humildade mostra-se muito importante em todas as

questões citadas acima. Baseadas no amor, no bom senso e na vontade

verdadeira todas as competências podem ser desenvolvidas.

29

III.4 – Comprometimento, responsabilidade, foco e

solução de problemas.

O mundo jamais viu um líder sem comprometimento, ele é o

responsável por renovar as forças, o que não deixa que o líder perca de vista

os seus objetivos, indiferente do que venha pela frente. O verdadeiro

compromisso inspira e atrai as pessoas.

Primeiramente, refere ao compromisso com sua empresa e sua

missão, naquele sentido mesmo de “vestir a camisa” da empresa, da

identificação com sua cultura e de realmente estar comprometido visando a

obtenção de resultados positivos.

Num segundo momento vem o comprometimento com o seu

trabalho, com sua função, suas tarefas e sua equipe, aquele compromisso

genuíno em fazer o que tem que ser feito.

Segundo Maxwell (2007), no que diz respeito a comprometimento

existem apenas quatro tipos de pessoas:

• Evasivas. Pessoas que não tem nenhum objetivo e não se

comprometem com nada;

• Reticentes. Pessoas que não sabem se podem alcançar seus objetivos e, por isso, têm medo de se comprometer;

• Desistentes. Pessoas que partem em direção ao objetivo, mas desistem quando a caminhada se torna difícil.

• Totalizadoras. Pessoas que definem os objetivos se comprometem com eles e pagam o preço para alcançá-los.

Sendo assim, fica óbvio que o verdadeiro líder deve ser uma pessoa

totalizadora, que atrai as pessoas pelos seus esforços para alcançar e

defender seus objetivos e ideais e os de sua organização, através de suas

30ações, idéias e atividades passadas à sua equipe, mesmo que estas atitudes o

levam a algum resultado negativo, mas o líder está sempre disposto a pagar o

preço que for, o que ele não pode fazer, é ficar parado frente aos problemas.

Neste sentido que se verifica que a única medida real do comprometimento é a

ação.

Um líder realmente eficiente reconhece suas prioridades e se

concentra nas ações para atingir seus objetivos, á exaustão sem necessidade,

mantendo sempre seu foco, nas situações que são de real importância para

sua organização. Nunca perdendo seu tempo e levando sua equipe

Para que um líder atinja totalmente seu potencial ele deve, segundo

Maxwell (2007), concentrar sua atenção: 70% no desenvolvimento dos seus

pontos fortes; 25% em coisas novas que permitam o aprimoramento de seus

pontos fortes e o deixem em constante movimento; e apenas 5% da atenção

voltada par aos pontos fracos objetivando minimizá-los o máximo possível.

Desta forma o líder manterá o foco para reunir potencial para alcançar grandes

coisas.

Outra competência de líderes eficientes é a boa capacidade de

solucionar e administrar problemas, sempre tentando prever através de

observação o surgimento deste, após a detecção irá analisar só ou com a

ajuda de sua equipe, para só depois partir para resolução do mesmo, sempre

verificando o momento ideal para a resolução.

Bons líderes jamais assumem a posição de vítima, reconhecem que

sua identidade e posição são de sua própria responsabilidade, compreendendo

que situações difíceis na realidade são oportunidades para o crescimento e

desenvolvimento, desde que bem organizadas e tratadas. Essas situações

servem sim para estudos e exemplos para continuar atraindo pessoas e sendo

admirado.

Outra questão que está diretamente ligada ao comprometimento, é a

responsabilidade. Um líder eficaz sabe que não pode alcançar seu potencial

máximo fazendo o mínimo. Um líder responsável está sempre disposto a fazer

31o que for preciso para finalizar o trabalho necessário à empresa, pois a

excelência de seu trabalho e de sua empresa é o seu motivador.

Sua responsabilidade o faz tratar os problemas como seus

problemas, sempre os trazendo para si e os resolvendo da melhor maneira

possível, pois tem a responsabilidade e o comprometimento necessários para

saber que sempre que alguma questão referente à sua empresa não está boa,

é de sua responsabilidade ir em busca de soluções, não só porque sua

organização espera isso dele, mas porque ele sabe que é seu dever fazê-lo.

32

CAPÍTULO IV

ANÁLISES DE PESQUISA REALIZADA

Foi aplicado um questionário feito informalmente e sem identificação,

de maneira voluntária, com 10 funcionários de uma mesma empresa de

prestação de serviços, sendo 5 funcionários que trabalhavam internamente e o

restante trabalhando na sede administrativa da empresa, que fica situada em

Niterói, conforme citado anteriormente.

O questionário que foi feito teve a finalidade de verificar alguns

conceitos, carências e necessidades tratadas nos capítulos acima. Abaixo as

competências que foram verificadas através das questões e um gráfico divido

por cores para melhor ilustração da idéia proposta por este trabalho de

monografia.

A primeira questão se refere ao que a equipe acredita ser

importante em seu líder, em uma escala de 0 a 5, sendo um conceito máximo

em 50 pontos e 0 para a competência menos necessária entre todas as

propostas.

Fica óbvia então a Clareza de idéias como necessidade

fundamental para uma equipe de sucesso. Saber o que realmente pensa seu

líder e o que ele espera é fundamental para o bom funcionamento de uma

equipe.

E como fator menos importante aparece a Formação Escolar,

como competência que menos contribui para a obtenção de sucesso de um

líder. O que vem de encontro com todas as idéias expostas este trabalho,

porém deve-se levar em conta que só tinham pontos de extrema importância

também.

33Ficou confirmado também que as características comportamentais e

emocionais são as mais bem avaliadas pelos funcionários da empresa

analisada.

Já na segunda questão, verifica-se o reconhecimento profissional

como fator fundamental para a produtividade de uma equipe de trabalho.

Repara-se que esse item foi mais votado do que o próprio reconhecimento

profissional que quase todos colocaram como imprescindível, mas sempre

abaixo do profissional. O que prova que a nova geração de profissionais não

deseja apenas dinheiro, mas também o sucesso, realização, desafios, enfim

espera e deseja muito mais de sua organização.

Em segundo lugar ficou a melhoria da comunicação com o gestor

também como peça chave para produtividade. Também pela clareza e

sinceridade na obtenção dos resultados.

Como ultima análise, encontra-se uma questão muito interessante

até mesmo para futuras pesquisas, a maioria dos questionados colocou que

poderia dedicar-se mais ao trabalho, em contrapartida, as mesmas pessoas

assinalaram que têm entusiasmo nas suas tarefas. Verifica-se então que

mesmo as pessoas entusiasmadas acreditam que ainda poderiam dedicar-se

mais, então por que não se dedicam? Ou é exatamente o fato de que com

entusiasmo elas sempre cobram mais de sis mesmos achando que não se

dedicam o suficiente? Fica então uma questão muito interessante a ser

verificada num próximo trabalho.

34

CONCLUSÃO

Este trabalho chega ao final, ratificando todas as considerações

iniciais no que diz respeito às principais competências necessárias para um

gestor de pessoas atingir o sucesso e auxiliar sua organização, sendo

prestadora de serviços, ou não, na conquista da excelência.

As empresas necessitam de lideranças capazes de conduzi-las

rumo a seus objetivos estratégicos, superando todas as dificuldades e

cumprindo sua missão e visão. Estas que devem ser muito bem trabalhadas e

claras para toda a sua equipe, para que entendam e visualizem o porquê sua

empresa trabalha e o que ela pretende atingir ao longo dos anos, e o que a

mesma espera dele.

Todos os colaboradores de uma empresa devem ter muito claro e

explícito todos os valores e diretrizes que norteiam sua empresa, que devem

ser estrategicamente bem elaborados, apresentados e expostos no espaço

físico da organização. É papel do líder esclarecer e expor a sua equipe esse

sentimento de comunhão e de unificação de forças em prol dos objetivos da

empresa.

O verdadeiro líder é aquele capaz de inspirar o pensamento e o

comportamento das pessoas, através de seu exemplo, sua motivação e sua

ética que deve ser impecável. Sua presença e sua atuação atraem e conduzem

as pessoas e equipes ao seu redor, mobilizando-as e gerando avanços

qualitativos. Além disso precisa também sempre focar no auxílio ao

desenvolvimento de novos líderes.

Um líder eficaz, desperta cada liderado pela ética espiritual, o

exemplo de comportamento diante das situações sempre encontrando formas

de lidar respeitosamente com as referências alheias, enquanto as sintoniza as

suas próprias; pela competência e credibilidade, o domínio do assunto com o

qual trabalha e a capacidade de pensar e decidir; pela; pela comunicação,

35com a qual consegue estabelecer contatos, gerar parceiros, criar vínculos e

reunir as diferenças; e pela sua paixão, característica fundamental para que

possa embasar todas as outras potencialidades.

Uma necessidade que é gritante nos últimos tempos, é que as

empresas comecem a trabalhar para a humanização das organizações, e a

gestão da espiritualidade é o caminho. Na medida em que cada pessoa

avançar e aprofundar sua evolução espiritual - conseguirá compreender e

aceitar melhor as diferenças dentro das empresas - e estará mais aberta ao

amor pelo seu colega de trabalho, pelo questionamento das idéias e não das

pessoas, pelo interesse transformador e contributivo, pelo entendimento mútuo

e respeito às leis e às normas em geral.

Em empresas prestadoras de serviços o papel do líder é de

extrema importância no sentido de que os funcionários externos precisam se

sentir parte do processo e colaboradores de fato. Por eles ficarem distantes da

empresa e não participarem ativamente do desenvolvimento da empresa

correndo o risco de sentirem-se desprestigiados e sem responsabilidade sobre

o cumprimento da missão e visão da empresa. E como foi falado

anteriormente, no momento em que chega a “hora da verdade” são estes

funcionários que representam toda a cultura da empresa nos postos de

serviços.

Daí vem a importância em se ter líderes que preparem outros

líderes, pois no estudo em questão os supervisores que ficam como volantes

fazendo as inspeções nos postos de trabalho e que tema a missão de levar

todas as informações de seu líder para os funcionários externos.

Todo este trabalho foi embasado no amor e em competências

comportamentais como fundamentais para o sucesso pessoal e profissional de

qualquer indivíduo, pois eles que norteiam e embasam toda uma carreira bem

sucedida.

Não se trata aqui de nenhuma “receita de bolo”, visto que esta não

existe e cada organização tem suas necessidades e particularidades. Cada

36equipe também é única e exige comportamentos diferentes em relação aos

objetivos que serão cobrados e esperados por seus gestores, e, principalmente

pela visão e da empresa e suas estratégias.

Da mesma forma, tratamos aqui algumas competências dos

profissionais, deixando de lado toda a parte da organização e os gestores

desses líderes que têm papel fundamental para que estes líderes possam ter e

manter todas as competências citadas. Este trabalho propôs apenas analisar a

parte dos colaboradores e não da instituição e seus diretores..

Enfim, é importante salientar que qualquer avanço organizacional

depende sempre de seu capital humano, que cada vez mais necessita além de

reconhecimento financeiro, de outros tipos de valorização e principalmente de

líderes espiritualmente maduros que os guiem no desenvolvimento de suas

atividades com êxito.

A figura de um líder é de suma importância dentro de uma

organização, pois é a partir do exercício de sua função que a organização

poderá submergir ou emergir no mercado, o que torna seu papel crucial, porém

não pesaroso, devido ao fato de amar o que faz.

37ANEXO 1

Abaixo, questionário usado para pesquisa.

38

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE - CAMPUS NITEROI PÓS- GRADUAÇÃO GESTÃO EMPRESARIAL – 2011

QUESTIONÁRIO PARA FINS DE PESQUISA

FUNÇÃO: _______________________________ IDADE: ________________

FUNCÃO ANALISADA: GESTOR – COORDENADOR

I. Avaliando de 0 (menor importância) a 5 (imprescindível), o que considero mais importante num líder é:

( ) Humildade ( ) Clareza de idéias ( ) Franqueza ( ) Postura ( ) Espiritualidade ( ) Formação escolar ( ) Bom vocabulário ( ) Autoridade ( ) Inteligência ( ) _________________ ( ) ________________ ( ) ______________

II. Avaliando de 0 (menor importância) a 5 (imprescindível) Poderia melhorar minha produtividade se:

( ) Tivesse reconhecimento financeiro. ( ) Tivesse reconhecimento profissional. ( ) Minhas metas fossem mais claras. ( ) Houvesse melhor comunicação com meu gestor. ( ) Pudesse participar do planejamento dos objetivos de minha área. ( ) Se houvesse melhor relacionamento entre mim e colegas de setor.

III. Na empresa onde trabalho, tenho total conhecimento de sua Visão, Missão e Valores.

( ) SIM ( ) NÃO IV. Sei exatamente o que meu gestor espera de mim. ( ) SIM ( ) NÃO V. Já me senti, de alguma forma, coagido pelo meu gestor. ( ) SIM ( ) NÃO VI. Poderia me dedicar mais ao meu trabalho. ( ) SIM ( ) NÃO VII. Tenho entusiasmo pelo meu trabalho na maior parte do tempo.

( ) SIM ( ) NÃO

OBS.:_________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

39ANEXO 2

0

51015

20

253035

40

4550

Humildade

Postura

Bom vocabulário

Clareza de idéias

Espiritualidade

Autoridade

Franqueza

Formação escolar

Inteligência

40

BIBLIOGRAFIA

BISPO, Patrícia. Dez razões para valorizar a espiritualidade no trabalho.

<URL: http://www.rh.com.br> publicado em 23/09/2010.

CARLZON, Jan. A hora da verdade / Jan Carlzon e Tomas Langerström;

tradução de Maria Luiza Newlands da Silveira – Rio de Janeiro: Sextante,

2005.

DRUCKER, Peter F. O gerente eficaz em ação: uma agenda para fazer as

coisas certas acontecerem. Rio de Janeiro: LTC, 2007.

GUILLORY, William A. A empresa viva – Espiritualidade no local de trabalho /

William A. Guillory; tradução de Afonso Teixeira Filho – São Paulo: Cultrix,

2000.

MAXWELL, John C. As 21 indispensáveis qualidades de um líder/John C.

Maxwell; traduzido por Josué Ribeiro. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil,

2007.

MEIRELLES, Lívia Maria Silva Meirelles. Terceirização. <URL:

http://www.webartigos.com.br> publicado em 29.05.2007.

MURAD, Afonso. Gestão e espiritualidade: uma porta entreaberta. São Paulo:

Paulinas,2007.

41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

RESUMO 4

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 12

“As empresas de terceirização, seus líderes e sua missão.”

CAPÍTULO II 17

“A importância da espiritualidade organizacional.”

CAPÍTULO III 21

“Algumas das qualidades indispensáveis para um líder

em empresas de gestão de mão de obra.”

3.1. Amor, paixão, carisma, ser prestativo, relacionamentos,

generosidade e atitude positiva 23

3.2. Competência, credibilidade, discernimento, coragem,

Iniciativa, segurança e educabilidade 25

3.3. Humildade, ser prestativo e ouvir 27

3.4. Comprometimento, responsabilidade, foco e solução

de problemas 29

CAPÍTULO IV 32

“Análises de pesquisa realizada.”

CONCLUSÃO 34

ANEXOS 36

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 41